Autor |
Mensagem |
JJJ Veterano
|
# fev/14 · Editado por: JJJ
· votar
Eu até acho válidos os testes que medem a "equalização" do timbre, o espectro sonoro, as frequências. Mas essa é apenas uma faceta do som.
Há que se levar em conta outras coisinhas...
A "foto" do espectro de frequências na "média" de uma amostra de nota ou acorde não diz nada sobre o ataque, por exemplo. Não diz nada sobre o sustain. Não diz nada sobre o sentimento pessoal de ter a madeira "x" junto à você, vibrando. Não diz nada sobre a satisfação de ter um corpo que não esfarela a cada parafuso de escudo que você coloca. Não diz nada sobre a beleza dos veios de uma bela madeira...
|
Luis A. Membro Novato |
# fev/14
· votar
Pessoal, quantos aos testes científicos, eu entrei neste fórum justamente para fazer um deles... Eu queria medir o tempo de reverberação em um ambiente, a fim de estudar suas aplicações na arquitetura....
Minha professora orientadora (q é doutora especializada em acústica) estava fora do país. E para nao ficar esperando as coisas caírem nas minhas mãos, comecei a pesquisar na net, a coloquei essa questão aqui no fórum (foi meu primeiro post)....
Quando ela voltou, eu levei todas informações q eu havia obtido crente q eu seria capaz de pegar um Shure mais meu notebook e sair medindo tempo de reverberação dos espaços. (como afirmam muitos sites na net). Quando a mostrei todo conteúdo q eu havia pesquisado, ela simplesmente olhou e disse: "bacana seu esforço, mas a coisa é mais complexa".
Segundo ela, para se medir tempo de reverberação com extrema exatidão alem de praticamente impossível, é extremamente caro, tanto o equipamento de captação quanto o de processamento de dados... (se nao me engano, ela me falou em softwares de 50 mil dólares)... Ou seja, é impossível ter exatidão com recursos limitados ou domésticos....
Essa professora tem muita experiência em projetos de acústica e faz a maioria dos cálculos na mão, tendo em conta o tamanho dos espaços, sua geometria e as propriedades dos materiais q os compõem.... Visto q em arquitetura acústica nao existe uma precisão tão "milimétrica" como na musica, havendo sim tolerâncias mínimas tanto para reverberação quando para absorção em cada ambiente de acordo com as funções que nele serão desempenhadas.... Ela me mostrou as normas da ABNT q estão aqui:
tempo otimo de reverbração
Msm com toda especialização, ela já foi humilde o suficiente para me pedir sugestões, visto q ela sabe q eu sou músico, ou seja, ela não se considera dona da verdade..... e compreende o caráter subjetivo do som....
Nesta msm época eu fui trocar ideia com outro professor meu q é especialista em matérias e tmb guitarrista de jazz (uma conversa informal na cantina da escola). O cara é daqueles q defendem q ate o verniz influencia no som. Segundo as palavras dele “os acrílicos após muito tempo começam a trabalhar como a madeira”. Ele disse-me para observar como um copo de acrílico, à medida q envelhece deixa visível ranhuras fibrosas... como na imagem abaixo.
Fibras acrílico
Eu não sou especialista em nada... Mas quando encontro pessoas q estudaram durante anos estes temas dou credibilidade. Desta forma acredito q é muito complicado fazer testes com precisão, principalmente com poucos recursos, como devem ser feito a maior parte dos experimentos aqui no Brasil..... Eu prefiro levar em consideração os anos de experiencia do Bertola (por exemplo), do q em testes de exatidão questionável.....
Só isso rsrsrsr
|
Insufferable Bear Membro |
# fev/14
· votar
Mauricio Luiz Bertola eu citei fontes Quem citou fontes foi o MMI, disse até as páginas, você citou nomes, não é a mesma coisa. Se eu citar nomes não vou estar provando nada a ninguém. Não é por argumento de autoridade (isso sim é uma falácia) que se chega a conclusões.
Me desculpe se estou errado (devo estar...) Sim, está, eu comentei que minha experiência com a pseudo-ciência me fez me distanciar da mesma.
|
Insufferable Bear Membro |
# fev/14
· votar
Luis A. Acústica e reverberação em geral é muito mais complicado que o assunto daqui, não tem nem comparação, nesse ponto sua orientadora está certa mesmo.
Mas eu não acho que isso se aplica da mesma forma no estudo do som de guitarras elétricas. Mas não quero dar a impressão de que o artigo seja ideal em qualquer aspectos, eu sei sobre suas falhas, principalmente no modelo matemático no final, mas isso não tira todo o seu mérito, acho que ele nos aponta a certas direções, principalmente se considerarmos os outros que foram postados aqui.
O que eu tiro disso é que músico é uma pessoa como qualquer outra e é enganado facilmente pela sua percepção quando possui uma expectativa. Quando alguém posta o som de uma guitarra no fórum para os usuários adivinharem o material para no fim descobrir que ela é de compensado é sempre divertido. Geralmente basta uns captadores decentes e boa regulagem e ninguém acredita.
O que eu quero é que mais dezenas de artigos sejam publicados e que se existem madeiras com bons timbres e madeiras ruins, eu queria ver isso em termos mais precisos.
|
Luis A. Membro Novato |
# fev/14
· votar
Insufferable Bear
"Acústica e reverberação em geral é muito mais complicado que o assunto daqui"
Cara se é mais complexo ou nao, eu nao sei, acho q tudo tem a ver com o nível de exigência.... e este o ponto q eu queria tocar.... A tecnologia para estudos de extrema exatidão em acústica ainda é demasiada cara.
Acho q oq vc esta procurando é alguém q te mostre uma diferença significativa entre os timbres causados pelo tipo de madeira. E como ja foi dito aqui, as mudanças sao sutis, como quase tudo em guitarras. Uma madeira nao vai fazer um single soar como Hum ou vice versa....
Entretanto essas sutilezas sao importante, e é oq muitos procuram para ter um som com identidade.... Veja q para um leigo, guitarra é tudo igual, pra eles uma Strato e uma Les Paul tem o msm som....
Por isso q eu prefiro dar credito no q os luthiers dizem, pq eles convivem com esses detalhes diariamente, e provavelmente ja fizeram mais experiencias do q esses estudantes todos ...
|
MMI Veterano
|
# fev/14
· votar
Luis A.
O problema é que a questão não é só acústica. Claro que é a finalidade da guitarra, o som é o que mais importa e o objetivo final do instrumento. Mas o que faz uma boa guitarra não é apenas o som dela. De novo, sugiro a leitura do livro que citei que é de um cara extremamente minucioso e respeitado pelo seu trabalho. mas te adianto e passo algumas ideias (minhas inclusive, misturadas com o livro e de outros grandes luthiers do mundo, não só brasileiros). Serve para você pensar no assunto e desenvolver ideias... Outro livro interessante, menos explicativo e menos dissertativo, mas que serve para coletar algumas ideias é do Vic DaPra, que é um dos maiores colecionadores do mundo e um grande entendedor e apaixonado das Gibson Burst (58, 59 e 60), inclusive é dono de uma das melhores burst que existem e que foi escolhida pela Gibson para algumas reissue, a Gibson Custom Collector's Choice #9 Vic DaPra 1959 Les Paul. Diga-se de passagem, Yasuhiko Iwanade e algumas outras pessoas dizem que a melhor Gibson Burst que existe é a 9 1876 que pertence a Paul Stanley, do Kiss.
Além do som que a guitarra produz tem questões de conforto, tocabilidade, envelhecimento, ferragens, tensor, tudo isso muda alguma coisa seja no som, seja no conforto do músico, seja na sensação que ela passa e que traduz na inspiração ao tocar. Ou seja, uma guitarra não é só avaliada pela audição, mas pelo tato, propriocepção, porque não dizer que até pela visão e olfato (não pense que as grandes fábricas como Gibson e PRS investem em "cheiros" no case sem razão). Claro que tem "frescura" no meio disso, mas é impossível de dissociar todo o conjunto e ficar só com a audição. E todo esse conjunto de sentidos, em última análise o conforto de tocar, o equilíbrio de peso e até o prazer e inspiração que dá ao músico é difícil de ser mensurado objetivamente.
Suponho que quase a totalidade dos colegas aqui nunca tocaram numa guitarra vintage de verdade. Não digo antiga, me refiro às Bursts, à outras guitarras da década de 40, 50 e 60 principalmente. Eu já toquei em várias (infelizmente bursts não), inclusive bem mais antigas, algumas poderiam ser consideradas vintage, outras apenas guitarras antigas, isso só falando na marca Gibson. Garanto, a diferença é brutal para algumas guitarras, nem tanto para outras - veja o vídeo, por mais simplista e não científico que seja, da Gibson 59 e R59 e diga se não tem diferença. Pois bem, no livro do Iwanade ele explora alguns fatos do envelhecimento das bursts, porém evita um pouco entrar na área ultra-estrutural da madeira em relação ao envelhecimento.
Quanto aos vernizes... Logo de cara, no início a diferença é bem pequena. Alguns estudiosos e luthiers falam que o nitro cristaliza, o PU seca. Como o nitro cristaliza, adiciona uma rigidez ao sistema e por isso acrescentaria uma propriedade acústica. Outros falam da impermeabilização da madeira e alteração no envelhecimento. É algo um pouco obscuro mesmo... Mas alguns me relataram testes e que em instrumento acústicos, como violões, archtops, mandolins realmente se comportam de forma diferente. Entenda que de fato, o comportamento da madeira num violão de fato é muito grande e não se discute que tem propriedades acústicas. Mas não cai na idéia que numa guitarra sólida a propriedade acústica da madeira é zero, a realidade é que o comportamento acústico é bem menor no corpo, o que não significa que é zero, muito menos no braço - de novo, vide a descrição do "cantilever" do livro do Iwanade para entender.
Se o que você procura é ver a diferença que as madeiras fazem, tem caminhos simples. como falaram ali atrás, compare diferentes stratos ou teles, com ou sem escala de rosewood, corpos de ash e alder. Outra possibilidade é comparar Gibson Standard (pode ser uma Tribute, até) com uma Gibson Custom, geralmente sem top de maple e com escala de ébano. Medir isso, como sua professora disse, é extremamente complicado, mas dizer que são diferentes não.
|
Mauricio Luiz Bertola Veterano
|
# fev/14
· votar
Insufferable Bear você citou nomes, não é a mesma coisa. E porque não seria? Esse tópico aqui não é banca de defesa de tese na USP! Não é por argumento de autoridade (isso sim é uma falácia) que se chega a conclusões. Mas foi vc mesmo quem utilizou isso... O que eu quero é que mais dezenas de artigos sejam publicados e que se existem madeiras com bons timbres e madeiras ruins, eu queria ver isso em termos mais precisos. Sinceramente eu não vejo o porque disso, já que temos alguns séculos de experiência acumulada na luthiería (acústica) sobre essa questão. E, as recentes tentativas científicas de se provar que não existe influência na luthiería elétrica foram conduzidas de maneira pouco rigorosa e inconclusiva. Sim, está, eu comentei que minha experiência com a pseudo-ciência me fez me distanciar da mesma. Então me desculpo novamente pois não lí corretamente tal afirmação. Abç
|
Luis A. Membro Novato |
# fev/14
· votar
MMI
Os testes q eu pretendia fazer tinham a finalidade de serem aplicados totalmente na arquitetura, eu nao pretendo estudar propriedades sonoras das madeiras para instrumentos rsrsrsr
Eu havia, num post anterior, elogiado o Lelo Mig por ele ter tocado no ponto q vc ressaltou, a construção total da guitarra, onde se buscam componentes de qualidade não apenas pela questão do timbre, mas tmb durabilidade, ergonomia, estética, etc......
Como eu nao sou luthier, meu conhecimento é bastante limitado, e o pouco q sei é por curiosidade msm.... Ja li algumas coisas a respeito do comportamento do verniz em instrumentos acústicos. E pelo q a maioria defende, o verniz nesses instrumentos desempenha um papel importante para o envelhecimento correto da madeira. Sem contar q a madeira macia do tampo e dura nos fundos e laterais tem funções diferentes e especificas.... Então acho q deu para entender um pouco oq vc quis dizer.....
Quanto aos instrumentos vintage, realmente eles são pouco acessíveis, nao ha muito oq comentar srsrsrsr. Como vc disse, nao é todo instrumento antigo (msm q de marcas respeitadas), ou com valor de coleção que pode ser considerado vintage, tanto é q nos USA é possível se comprar uma Gibson ou Fender antiga por preço de banana comparado ao valores do mercado brasileiro.... Desta forma, acho q único instrumento realmente vintage q eu tive a oportunidade de encostar foi uma ES 335, se nao me engano da década de 50, mas estava desplugada kkkkkkkk.
A questao do cheiro tmb é interessante, lembro quando vc fez o review da Les Paul Tom Murphy e disse q eles mudaram o cheiro do case..... o cheiro do meu case quando novo veio-me na hora na memoria. rsrsrsr
Depois irei pesquisar o livro q vc indicou para ler. Muito obrigado,
|
ogner Veterano
|
# fev/14
· votar
Nada cientifico porem empírico?
|
JJJ Veterano
|
# fev/14 · Editado por: JJJ
· votar
ogner
Eu não sei você, mas eu senti uma diferença tão pequena, que pode ser explicada até mais pela força da palhetada do que pela madeira (estou falando desse vídeo da Andertons em particular). Repare que o Chapman, claramente, no primeiro acorde, dá aquela forçada na palheta, enquanto o Captain toca o acorde de forma mais sutil. Tire o "ataque" da palheta e o som fica bem mais semelhante.
Eles mesmos precedem o teste dizendo que a diferença não vai ser nada absurda...
Além do que, 2 guitarras, por mais que sejam o mesmo modelo, sempre terão diferenças sutis.
Sei lá... Pra mim esse vídeo acabou saindo meio "tiro pela culatra"...
Agora... tem um detalhe (que eles mesmos falam): som de youtube não é lá essas coisas. Eles lá, pessoalmente, certamente tem uma percepção bem melhor.
|
boblau Veterano |
# mar/14
· votar
Aos céticos sobre a influência da madeira no som de guitarras elétricas,
Fazendo alguns experimentos na minha casa e com meus equipamentos, cheguei à uma "quase" conclusão que a madeira altera e muito o timbre de uma guitarra. Digo "quase" porque odeio conclusões. Conclusões matam reflexões.
Assisti aos vídeos do Paul Reed Smith sobre as 21 regras do timbre de guitarras elétricas e decidi refletir neste carnaval sobre o assunto.
E como estou falando com engenheiros ou "quase" engenheiros, ou mesmo com leitores de artigos científicos publicados, se não falarmos "engenheirês", provavelmente não entenderão nada, ou vão fazer o possível para não entender.
Como eu também fiz engenharia, fiz meus estágios e o início de minha vida profissional sempre na área de elétrica/eletrônica/instrumentação, me acho qualificado para dar a minha opinião escrita sobre o assunto.
Basicamente o conceito se baseia nas duas vibrações existentes, as vibrações livres e as vibrações forçadas. Não preciso explicar a diferença, certo?
Minha experiência foi relativamente simples - eu liguei a guitarra sem nenhum efeito em meu amplificador e induzi várias notas e acordes, apenas dando pequenas pancadas muito leves com um martelinho de borracha duro contra o corpo da guitarra, isto é, sem palhetar. Funciona inclusive se der as pancadinhas com a mão.
De onde viria a vibração das cordas? Aliás, ambas as guitarras conseguiram inclusive reproduzir a batida do martelo, de onde viria este som?
Usando uma guitarrinha vagaba que eu tenho aqui em casa, até soaram as notas, mas com muito mais dificuldade.
Obviamente, um captador não reage como um microfone, todos nós sabemos como funciona, ele basicamente usa uma bobina e um campo magnético para fazer uma "cópia" elétrica da vibração da corda.
Se uma guitarra fosse um sistema perfeito, onde a vibração da corda não afetasse os pontos de apoio, teríamos uma vibração do tipo livre e o captador iria transformar a vibração da corda em sua frequência natural em simples sinal elétrico.
Porém a coisa não é assim em uma guitarra, a não ser aquela que o Sr Les Paul fez usando o trilho da linha do trem que passava atrás da casa dele, mesmo assim....
O que acontece em uma guitarra é que as cordas são presas à ponte e ao nut (ou ao dedo do guitarrista apertando a corda contra uma superfície metálica ou traste), e a ponte está ligada ao corpo da guitarra.
A corda vibra, e essa vibração é transmitida através da madeira (como em qualquer instrumento de cordas), que é refletida de volta para a ponte e para o braço, e de volta para a corda.
Isto é, onde as cordas estão fixadas, está tudo vibrando, introduzindo vibrações de volta à corda que não são iguais à vibração da corda original, em outros harmônicos e frequências.
Diferentes materiais transmitem vibrações de forma diferente, de modo que, dependendo das características da madeira, a vibração das cordas vai ser alterada de uma determinada forma, alterando, as flutuações do campo magnético, que alteram a corrente induzida na bobina, que altera o sinal enviado para o amplificador, que altera o timbre da guitarra.
Realmente não é tão difícil de entender.
Por isso - quanto mais sólido o corpo maior o sustain, pontes flutuantes, tem menos sustain e principalmente: guitarras extremamente bem feitas, com madeiras exclusivas, montadas por mestres com anos de conhecimento, têm sustain quase infinito.
É o caso da minha PRS 513 10 top e da minha Fender Custom Shop David Gilmour. A ressonância do corpo faz com que a corda continue soando, mesmo quando a energia da própria corda se dissipou quase que completamente, porque o corpo reage facilmente à vibração dos alto falantes fazendo um feed back. NÂO É UM FEEDBACK de altos volumes com altas distorções de alto falante/corda, é um feedback alto falante/corpo.
Portanto, fiquem tranquilos em achar que eu estou errado, porque para mim, eu me convenci mais ainda do que eu já estava convencido: se timbre é algo importante para um músico, a madeira tem uma influência importantíssima na escolha de um instrumento, assim como seu shape, construção, hardware, eletrônica, cabos, pedais, amplis e caixas. Tudo é um sistema e a madeira faz toda a diferença.
Portanto o famoso "tonewood" além de real, e muito real, é uma tremenda de uma ferramenta de marketing para vender guitarras que são verdadeiramente obras de arte e de engenharia. E isto tem o seu preço.
Dedico este post e minha pequena experiência a todos aqueles que acreditam nisto, tais como (me desculpem os que eu não citei) o Bertola, MMI e Penta Blues. Aliás este último, em um de seus posts relatou exatamente a minha experiência. Parabéns!
|
MMI Veterano
|
# mar/14
· votar
boblau
Agradeço a dedicatória! Só um relato...
Uma vez, durante gravações num grande estúdio, ao levar algumas de minhas jóias, gerou um assunto que o engenheiro de som de lá (e sócio) comentou. Varia um pouco, mas muitas vezes em estúdios o guitarrista toca na técnica, com os amps lá dentro, na outra sala. Pelo fato dos microfones estarem na sala isolada, com o amp geralmente berrando, acaba surgindo comentários durante a execução do guitarrista, algum incentivo, elogio ou dica. Dizia este experiente técnico, são raras as vezes que nesta situação ele tinha que pedir silêncio na sala técnica porque a guitarra sólida captava a voz das pessoas, jogava no amp e estragava a tomada. E segundo este relato, apesar de raro, acontecia mais com as Gibson Custom Shop e as PRS.
Só um dado para acrescentar ao seu relato.
Valeu!
|
Luisfelp FR1 Membro |
# mar/14
· votar
boblau
Belo texto cara, muito claro e bem explicativo. Achei bem legal você dedicar um tempinho pra auxiliar na conclusão deste caso 'guitarrístico'. Concordo com o resultado de seu experimento, compartilho da mesma ideia. Vale a pena ressaltar que essa diferença timbrística nem sempre é aparente, as vezes é necessário ficar com a guitarra algumas horas pra notar essa diferença de uma pra outra, mas como isso vai de pessoa pra pessoa e nem sempre vai ser uma mudança significativa, isso é algo subjetivo. Mas o fato que você expôs, na minha opinião, não pode ser negado. Valeu por postar!!!!
|
boblau Veterano |
# mar/14
· votar
Uma vez, durante gravações num grande estúdio, ao levar algumas de minhas jóias, gerou um assunto que o engenheiro de som de lá (e sócio) comentou. Varia um pouco, mas muitas vezes em estúdios o guitarrista toca na técnica, com os amps lá dentro, na outra sala. Pelo fato dos microfones estarem na sala isolada, com o amp geralmente berrando, acaba surgindo comentários durante a execução do guitarrista, algum incentivo, elogio ou dica. Dizia este experiente técnico, são raras as vezes que nesta situação ele tinha que pedir silêncio na sala técnica porque a guitarra sólida captava a voz das pessoas, jogava no amp e estragava a tomada. E segundo este relato, apesar de raro, acontecia mais com as Gibson Custom Shop e as PRS.
Mais uma PROVA de que as vibrações externas âs das naturais das cordas, por menores que sejam, se propagam pelas cordas e são transformadas em sinal elétrico pelos captadores.
Quero ver alguém provar que as cordas não são capazes de transmitir estas frequencias....
|
Talmet_Br Veterano |
# mar/14
· votar
Por um tempo eu tive "diferentes" les pauls para comparar.... uma epiphone standart de 97, uma special com captadores de alnico wilkison, uma vintage v100 e tambem uma strato tagima ligado num gr-55 na qual eu podia simular uma les paul gibson.... E sabe... As diferenças de som entre as lespas eram minimas. Mínimas mesmo.
Em um teste cego era praticamente impossivel saber que guitarra estaria tocando. A maior surpresa foi realmente a special que é tão mal falada... A standart e a vintage sao realmente parecidas. E a strato com a gr55 simulando uma gibson com certeza nao eh uma gibson... Mas tinha som extremamente parecido com as outras...
Longe de mim querer provar que madeira nao influencia.... Mas.... Mesmo que influencie, ACHO que eh um ingrediente muuuuuuito pequeno perto de todo o processamento que o som da guitarra vai levar. O som gerado por uma guitarra indo direto pra um sistema frfr costuma ser muito ruim. Neste caminho todo a gente sempre procura fazer o som passar por alguma coloraçao de falantes, reverberaçao da caixa, coloraçao da potencia, pré, equalizadores, drives, demais efeitos, captadores e até cabos. Na soma de tudo acho que a madeira se torna um ingrediente muito pequeno no som produzido....
Maaaaassss.... Nao nego tambem que existe um estranho sentimento relacionado ao guitarrista em relaçao a sensação do instrumento a qual se coloca a mão. Não sei que palavras traduziria isto.... por exemplo, quando comprei a vintage v100, eu testei varias delas.... E todas elas da mesma marca e mesmo modelo variando apenas a cor. Adorei todas... Mas... Nao sei explicar o porque, gostei mais da que eu escolhi. Imagino que isto tambem se deva a um monte de fatores, mas acho que a madeira tem um peso maior aqui no que no som.
Agora.... Claro.... Tudo que disse acima sao apena devaneios de um mero guitarrista. Não tem valor cientifico.
|
Lelo Mig Membro
|
# mar/14
· votar
16 páginas...............
Polêmica UNIVERSAL...........olha só o nível "filosófico" que encontrei numa discussão sobre o mesmo tema num fórum americano: (tradução)
"Este fórum é para aficionados em guitarra. Se a pessoa não quer nem compreender a influência da madeira, então por que ainda vêm aqui?"
Mais taxativo e enfadonho do que discutir a existência, ou não, de seres sobrenaturais......kkkkkkkkk.
|
ogner Veterano
|
# mar/14
· votar
Lelo Mig Vou mais longe. Guitarrista que nao acredita na influencia da madeira deveria se retirar desse mister e no máximo serviria como tecladista...
É preciso ter fé!!!
aheuhauheuhauheuhaue!!!!
\o/
#Caos
|
Lelo Mig Membro
|
# mar/14 · Editado por: Lelo Mig
· votar
ogner
"no máximo serviria como tecladista"
Ah!! Seu Herege!!
Você vai desprezar a influência do material plástico das teclas no timbre de um VST?
|
renatocaster Moderador
|
# mar/14
· votar
https://scontent-b-lga.xx.fbcdn.net/hphotos-prn1/l/t1/1979563_82739073 7277864_1122656075_n.jpg
|
MMI Veterano
|
# mar/14 · Editado por: MMI
· votar
renatocaster
Gênio!!!! Deve ser esta a solução para o tópico do colega!
Este é um dos grandes mitos não esclarecidos do FCC
|
ogner Veterano
|
# mar/14 · Editado por: ogner
· votar
Lelo Mig se forem de polipropileno o som é mais "seco", já o polietileno mais "suave", "concerteza".... hehehehe!!!!
\o/
Edit: Melhor editar pra explicar. Poucas coisas me irritam tanto quanto essa "nova" maneira de escrever com certeza...aheuahue!!
|
d.u.n.h.a. Veterano |
# mar/14
· votar
itt: pessoas que não sabem a diferença entre timbre e ressonância
|
Luisfelp FR1 Membro |
# mar/14 · Editado por: Luisfelp FR1
· votar
MMI
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' Ri muito desse tópico que você postou. O pior foi a o fato dele, no começo, falar de maneira séria sobre qual efeito era... e foi perguntar isso, dessa maneira justo do guitarrista que mais faz combinação de feitos que tem (aka my guitar hero :D). Só podia sair zueira disso...
|
SkyHawk Membro |
# mar/14 · Editado por: SkyHawk
· votar
d.u.n.h.a. 100% certo !!! E o efeito da madeira do corpo no timbre, se é que existe, é desprezível em comparação com os demais fatores, principalmente captação, parte elétrica, comprimento da escala, cordas, tipo e material da ponte. Até o material do Nut e do bloco da ponte tem mais importancia do que a madeira.
Isso só falando da guitarra, se botar amp, falantes e microfone então... E olha que nem falei de compressão, outros pedais e processamento digital.
Tenho uma strato que tem um timbre lindo de saxofone !!! Via Midi Guitar e SampleTank !!!!! Kkkkkkkk !!!!! O timbre de piano então é totalmente profissional !!!! Kkkkkkkkkkkkkkk
Se quiser samplear uma guitarra qualquer que tenha como referência vc toca com o timbre dela até com piano de brinquedo !!!
Madeira .....blá !!!
|
boblau Veterano |
# mar/14
· votar
Interessante: tem pessoas que não sabem a diferença entre ler e interpretar textos
|
d.u.n.h.a. Veterano |
# mar/14
· votar
SkyHawk Pois é cara. Que a madeira têm influência no sustain e na ressonância eu não tenho dúvidas. Bem como, obviamente, na confiabilidade, robustez e qualidade do instrumento.
Agora no timbre...
...
Sei não hahaha
|
ALF is back Veterano
|
# mar/14
· votar
d.u.n.h.a. na minha opiniao, ou admitimos que ela influencia no timbre, e isso contempla equalização e sustain, ou admitimos que não influencia nem o timbre e nem o sustain...pois o este ultimo se daria pela realimentação da vibração da corda pela madeira e é um atributo fundamental no timbre da guitarra Segundo os que acreditam que a madeira não influencia, o sustain é conferido quase que totalmente pela regulagem da guitarra, desde altura das cordas até a distancia dos captadores e talvez pela construção do braço, mas aí entramos em uma nova polemica...kkkkkkk
|
makumbator Moderador
|
# mar/14
· votar
ALF is back o sustain é conferido quase que totalmente pela regulagem da guitarra, desde altura das cordas até a distancia dos captadores e talvez pela construção do braço, mas aí entramos em uma nova polemica...kkkkkkk
Acho que você esqueceu um item também importante na sustentação: tipo, qualidade, e "idade" da corda em questão. Imagino que o tipo e qualidade dos trastes também tenham influencia na duração da sustentação (em cordas presas, obviamente) e o nut nas cordas soltas.
Mas é claro que tudo isso carece de comprovação científica (e não testes caseiros conduzidos por alguém imerso em efeito placebo ).
|
boblau Veterano |
# mar/14
· votar
makumbator
eu fiz um teste caseiro sim. Valeu para as pessoas que têm muita experiência e são desprendidas de paradigmas ridículos.
Efeito placebo sofre de quem não é aberto a fazer um teste para tentar resolver uma questão e só aparece para criticar.
Ou quem tem um paradigma do qual não quer se livrar.
Se vc olhar um pouco para trás no tópico (talvez eu esteja pedindo muito...), eu descrevi uma tese de mestrado (comprovação científica portanto), conduzido no IPT (não foi em casa) e que desqualifica o uso de softwares de análise acústica para questões de timbre, que é o grande argumento utilizado para definir "timbre" de uma guitarra (ou voz, sopro, etc.).
Aí vem um cidadão, que não entendeu 3% do que foi escrito e quer me dizer em entrelinhas (porque provavelmente não consegue se dirigir diretamente) que eu não sei diferenciar timbre de ressonância. Faça-me o favor...
Vamos ser menos deselegantes e críticos com as pessoas e vamos analisar os dados e as impressões das pessoas aqui que têm o que contribuir, como por exemplo o Bertola e o MMI.
|
makumbator Moderador
|
# mar/14 · Editado por: makumbator
· votar
boblau eu fiz um teste caseiro sim. Valeu para as pessoas que têm muita experiência e são desprendidas de paradigmas ridículos.
Eu nem me referia a você hein, não sei se entendeu dessa forma.
Efeito placebo sofre de quem não é aberto a fazer um teste
Não, o efeito placebo é inerente a qualquer teste que dependa da subjetividade humana para atestar os resultados. Não dá para "decidir" não ser atingido pelo efeito placebo. Não funciona assim. A mente prega peças na gente (mesmo que a gente se disponha a ser o mais isento possível), e por isso é preciso eliminar ao máximo a influência da opinião humana no experimento.
Ou quem tem um paradigma do qual não quer se livrar.
Mas o paradigma diz que a madeira influencia (por conta de uma analogia com a tradição da lutheria em instrumentos acústicos, em que a madeira é comprovadamente relevante). Então quem deseja provar o contrário é que precisa superar o paradigma. Não há paradigma de que a madeira é irrelevante (ou tem influência microscópica) no timbre de instrumentos elétricos.
Vamos ser menos deselegantes e críticos com as pessoas e vamos analisar os dados e as impressões das pessoas aqui que têm o que contribuir, como por exemplo o Bertola e o MMI.
Talvez a postagem dele tenha sido um pouco deselegante (mas não achei grosseira), mas fora ele ninguém mais foi rude no tópico. Nem os que são favoráveis à influência da madeira nem os que duvidam dessa influência. Pelo menos eu vi a coisa assim.
Eu não estou "brigando" com ninguém, e nem fico nervoso ao discutir esse assunto. Não sei se é o mesmo com os demais.
|