Opinião: Irão os Simuladores, futuramente, substituir totalmente os Amplificadores valvulados?

Autor Mensagem
MauricioBahia
Moderador
# set/10
· votar


Vinícius Iron: Sature aquela válvula de power!

Foda é saturar numa boa...

Abs ;-)

Vinícius Iron
Veterano
# set/10
· votar


MauricioBahia

Hehehe, já dei uma olhada nesse tópico. Tem das mais variadas teorias de como saturar sem ficar surdo, uaheuheauhe.

Abs

.lam.
Veterano
# set/10
· votar


Entrando de gaiato no meio da discussão:

1- Eu não tenho dúvida que os simuladores em breve terão sons mais perfeitos que os valvulados que tentam simular. Digo mais porque serão capazes de simular a perfeição e ainda permitirão corrigir pequenos detalhes ao gosto do fregues. E isto é para muito breve. 5 anos.

2- Estes ainda serão superiores porque vão gerar timbres que não existem. Vão ampliar a expressividade do musico, oferecendo um leque de opções impensável no passado. Lembre-se que o som que se tirava no passado era limitado pela tecnologia da epoca. Conseguiu-se achar alguns sons clássicos que viraram referencia. Mas estes sons não eram o "som perfeito" que era buscado e se conseguiu sintetizar, mas sim o que de melhor se conseguiu fazer com a eletroacustica da epoca. Fossem os componentes inventados um pouco diferentes teriamos outros sons classicos hoje em dia.


3- A tecnologia sera adotada sim. Pois será superior em versatilidade de producao de som, em mobilidade e em preço. Alguns saudosistas vao manter seus valvulados e vão ser considerados aliens pela nova geração. Não tem arte mais purista e conservadora que a fotografia. Muita gente, inclusive eu, duvidavamos que em pouco tempo seria possivel substituir a foto de filme pela digital. Não era a mesma coisa, até hoje por alguns minimos detalhes, a serem superados em breve nao é. Mas a praticidade é tão absurda que ja quase tornou filme coisa de museu. Ver a foto na hora. Poder tirar 500 fotos sem trocar a midia. Custos reduzidissimos. Ajustar o branco para o tipo de luz sem trocar rolo ou por filtro. Poder ver histograma da foto na hora para checar a regulagem.

4-Se as fabricas tradicionais nao investirem nos novos produtos vira uma nova geracao de empresas que vai fabricar um produto superior e mais barato. Quebra todo mundo. Por isto acho sim que elas vao fazer a revolução antes que façam por elas.

5- A graça não esta em comprar o equipamento. A graça esta em produzir som, tocando. Isto nao muda. Mas o som que é produzido sim pode mudar ao gosto das novas geracoes. Se alguem gosta de colecionar vai continuar podendo comprar varios modelos. Porque o aspecto estetico sempre ira existir.

6-Se o som digital de CD nao é tão bom quanto o analogico é apenas porque foi feita uma decisao de engenharia que 44100Hz era uma taxa de quantizacao boa o suficiente para (quase) todo mundo. Se quer melhor cria um padrao com 88200hz que ai eu duvido alguem ouvir diferença. Nao existe esta coisa do som analogico ser intrinsicamente melhor que o digital. Basta criar um digital bom o suficiente para ser imperceptivel. Particularmente em um mundo de mp3 ficar discutindo qualidade de cd x vinil soa ridiculo :) Mp3 sim tem perda e muito.

Del-Rei
Veterano
# set/10
· votar


MauricioBahia

Cara, vi que nuns posts atrás, vc comentou sobre atenuador... vc chegou à conclusão que pode "matar" o timbre, né?

Bom... eu já testei dois e realmente achei que não tiveram bons resultados.
Mas o meu valvulado tem um atenuador.
É um handmade do Pedrone (ótimo, diga-se de passagem), que tem a chave pra 5, 15 e 30W.

Sinceramente?

No TIMBRE não notei diferença, cara.
O que acontece, é que quanto menor a potência selecionada, a válvula satura mais rápido, à volumes menores.

Posso estar com meus ouvidos completamente falhos, mas realmente não noto diferença no timbre, cara.

E como disse, em outros que testei, achei uma merda só.

Tô até pra fazer um review dele, mas antes preciso de uns ajustes.

Mas tu podia tentar ver com o Pedrone, se ele teria uma solução pra ti.

Falou!!!



um aceno de longe!!!

MauricioBahia
Moderador
# set/10 · Editado por: MauricioBahia
· votar


Del-Rei: Cara, vi que nuns posts atrás, vc comentou sobre atenuador... vc chegou à conclusão que pode "matar" o timbre, né?

Cara... pelo que pude constatar em muitas leituras é que o volume é a "chave". O som, em volumes altos, faz a diferença. A pressão sonora, fisicamente falando, literalmente marca presença. Então, se vc atenuar pra poder tocar baixinho, ainda sim não terá a mesma sensação que o volume proporcionaria. Veja, não tenho "know-how" em valvulados, mas pelo que constato é isso que acontece. Me corrijam se estiver errado, please.

Abs

Vinícius Iron
Veterano
# set/10
· votar


.lam.

1- Eu não tenho dúvida que os simuladores em breve terão sons mais perfeitos que os valvulados que tentam simular. Digo mais porque serão capazes de simular a perfeição e ainda permitirão corrigir pequenos detalhes ao gosto do fregues. E isto é para muito breve. 5 anos.

Cara, com todo respeito, até porque ninguém aqui é criança e sabe respeitar diferentes, mas eu tenho de discordar de praticamente tudo que tu disse nessa primeira afirmação. Os simuladores digitais não serão superiores aos valvulados. Como o próprio nome sugere, a função do simulador é copiar o som do valvulado, exatamente como ele é, e não tem a intenção de ser melhor. Agora, se tu fores falar de uma nova tecnologia digital, que não seja de simulação e que pretenda atinigir níveis sonoros incapazes pelos valvulados, aí isso é OUTRA história. Sobre corrigir detalhes, isso não vem de simulação, mas sim, de outros efeitos que estaríam em jogo, sejam efeitos digitais imbutidos no teu rack ou analógicos, caso o cara use pedais em seus valvulados (se bem que também existe pedal digital para isso - DD3). Outra coisa: acho que esse negócio de dizer que o tempo para chegar essas simulações mais perfeitas é de 5 anos, é pura ESPECULAÇÃO. Ninguém sabe se vai ser nesse tempo, mas, se for, isso não mudará em nada, a não ser na questão de praticidade. As pessoas que tem valvulados continuarão usando, a não ser em um caso especial, como em gravações, nas quais a praticidade fala mais alto. Mas, para quem tem valvulado, não sentirá a necessidade de usar uma simulação em shows ao vivo. A coisa real está bem ali na tua frente, que é o valvulado.

Me excedi um pouco, mas é isso o que eu penso.

Paz.

rgmanica
Veterano
# set/10
· votar


méldels

Som de válvula não é só distorcer, saturar, comprimir. pausa. comprimir.. ou o que seja.

A PRINCIPAL DIFERENÇA num valvulado é que sua curva não é linear. Esqueçam isso de só saturar pra obter o som das válvulas.

Pega um amp linearíssimo, nada de classe D como falaram antes, Um classe A Solid State onde se limita a resposta numa região legitimamente linear, com um volume baixo THD de 0,001% ou menos. Pronto. Tudo o que entra por ele sai, sem perdas nem ganhos. Daí vem um efeito simulador que NA ENTRADA modifica o sinal ao ponto de torná-lo compatível com a curva de um valvulado. Pronto. Teremos na saída um som com as mesmas características valvuladas.

Del-Rei
Veterano
# set/10
· votar


MauricioBahia
Cara... pelo que pude constatar em muitas leituras é que o volume é a "chave". O som, em volumes altos, faz a diferença. A pressão sonora, fisicamente falando, literalmente marca presença. Então, se vc atenuar pra poder tocar baixinho, ainda sim não terá a mesma sensação que o volume proporcionaria. Veja, não tenho "know-how" em valvulados, mas pelo que constato é isso que acontece. Me corrijam se estiver errado, please.

Cara, na verdade, o que acontece com o atenuador do meu amp, não tem a ver com volume ser mais baixo... Isso, na verdade, acaba sendo uma consequência: como vc diminui a potência, a válvula satura mais rápido, então vc não precisa necessariamente colocar o power no talo.

E na verdade, o som continua bem alto... Eu tenho 2 falantes de 12" mas uso apenas 1 com o amp em 5W. E fala bastante alto... Mas dá pra tocar relativamente mais baixo.

É o mesmo esquema do Orange Tiny Terror. Tu nota diferença no timbre qdo cai pra 7W?

Bom, eu acho que valeu muito instalar no meu amp.
Sério mesmo.
Claro que no teu, original, talvez não valha correr o risco e alterar o amp (eu não faria, sei lá...), mas acho que uma conversa com o Pedrone pode não ser inútil.



Vinícius Iron
Os simuladores digitais não serão superiores aos valvulados. Como o próprio nome sugere, a função do simulador é copiar o som do valvulado, exatamente como ele é, e não tem a intenção de ser melhor.

Isso ae. Já falei isso várias vezes aqui pello fórum.

Falou!!!



Um aceno de longe!!!

nichendrix
Veterano
# set/10
· votar


MMI
Temos maiorzinhos também, que até chegaram num valvuladinho e acham que conhecem todos...

Tá doido... e como tem, agora eu acho engraçado é quando aparece um cara falando da maravilha que é o som de um Marshall Plexi ou de um JTM45 dos anos 70 sem nunca ter chegado perto de um... hehehehehe

Eu não vou ter a pretensão de saber muito, já testei um numero razoável de equipamentos, seja os que tive, os de amigos (inclusive de alguns poucos amigos que colecionam gear e tem muita coisa), os que vendi, os que pude testar aqui e acolá nas minhas viagens, eventualmente, se o equipamento fosse interessante o suficiente, até alguns que tive a cara dura de encostar no dono e pedir pra testar mesmo sem conhecer ele previamente.

Nessa jornada já deu para testar alguns sonhos meus, e arrisco dizer que de muitos, já testei minha pequena quota de equipamentos vintage, de boutique (não muitos, mas o suficiente pra ter uma opinião embasada a respeito do tema), de clássicos, e muitos daqueles normais que todo ser humano pode ter sem ter que vender um rim no mercado negro.

Embora isso tenha me dado uma base pra emitir opinião e julgar o que funciona ou não para mim e as vezes eu possa extrapolar um pouco para algumas situações alheias às minhas ou para emitir algumas opiniões que vem da minha percepção (limitada, como a de todo mundo) e eventualmente de alguma comparação que pude fazer direta ou indiretamente.

Só que isso não passa de uma opinião, afinal eu não sou técnico nisso, embora tenha conhecimento para entender alguns aspectos técnicos, mas longe de ser algo profissional.

Da mesma forma, eu não tenho a audácia de achar que o que vale pra mim, vale para todos e muitas vezes nem para mim vale, já que muitas vezes mordi a minha própria língua, revendo impressões que a tive em um momento e que em outro provaram ser apenas fruto da falta de experiência ou mesmo de um reflexo de um momento passageiro da vida.

Acho que o fato que ilustra bem isso é o de que o melhor valvulado que já toquei para tirar uns sons jazzisticos a la bebop, foi um Marshall, mesmo que eu tenha demorado a aceitar e que isso vá totalmente contra o senso estabelecido de que som limpo de Marshall não "presta", algo que eu mesmo já pensei e depois tive que rever.

A mesma coisa vale pros Mesa/Boogie, os primeiros que testei, eu não gostei, me perguntava rapaz, porque falam tanto deles?? Anos depois testando alguns outros produtos da marca, descobri porque esses amps viraram lenda.

É difícil achar quem ouça em fones ou monitores de verdade. Nessa época de Pro-Tools, tudo é mexido e pós-produzido. E acaba indo para um MP3 xing-ling em muitos casos.

As vezes nem em monitores e fones tops se pode confiar, uma coisa que aprendi colecionando audio digital, foi que mesmo que você use um formato lossless, eles tem um desempenho muito mais satisfatório em equipamentos bons, mas medianos. Quando você bota em algo mais fiel, com mais definição a tendência é os "defeitos" ficarem tão na cara que se perde um pouco da mágica de ouvir a música em sí. Sabe aquela coisa que em um Sony mediano fica lindo, mas em um Hi-Fi da Bose não fica "normal".

Na minha opinião, pelo o que eu experimentei (estou longe de conhecer tudo), tocar na frente de um bom valvulado tem sua característica.

Ah! isso tem, embora ao menos para mim o lance seja mais ritualístico. É como ler livro de papel e digital. Eu leio muito livro digital, mas em geral nesses casos é apenas uma leitura, por mais prazer ou conhecimento que ela agregue.

Já quando eu vou ler um livro de papel, existe todo um ritual, pegar o livro, folhear, cheirar, sentir a textura, as cores, apreciar o tipo de papel, a perfeição da encadernação, ficar umas horas, as vezes dias namorando o livro, depois pegar ele, deitar numa rede, botar uma musica calma e legal bem baixinho, só pra isolar os ruídos externos, e finalmente me entregar ao prazer da leitura.

Tocar com valvulado é a mesma coisa, desde o tirar do case, posicionar de forma satisfatória, colocar as válvulas para esquentar enquanto afino os instrumentos, tomo alguma coisa e bato um papo para passar o tempo e ir entrando no clima, depois todo o processo de ficar "fuçando" para achar o som ideal para o momento... e por aí vai.

É esse ritual que eu acho mais significativo, não necessariamente o som... hehehehehe

Que até pode chegar perto um SS, não nego.

B.B. King que o diga... como eu namoro um Lab5 daqueles... hehehehhe

Mas esse som valvulado microfonado, gravado, processado, transformado em MP3, tocado num fone baratinho, descaracteriza e fica tudo igual, ao ponto de falar que um bom amp valvulado é igual a um Guitar Rig da vida numa placa onboard.

É aqui que eu acho que mora o grande perigo, essas generalizações malucas que sempre aparecem. Eu mesmo já tive uma ou duas oportunidades de comparar Amplificador e Emuladores, e o que dá pra dizer é que assim como há amps e AMPS, há emuladores e EMULADORES, em geral nos dois caso o preço tente a crescer junto com o desempenho, as vezes até de forma desproporcional.

Eu acho que essa discussão simuladores x valvulados um tanto complexa e até sem graça. Se a questão é "simulador" como diz o título do tópico, é algo que quer copiar, ser o que um valvulado é tentando copiar sem ter sua identidade própria. Acaba que copiar, não copia, via de regra. Da mesma forma que não tem um valvulado que simula um Polytone ou um JC-120 com perfeição.

Por isso acho que o primeiro ponto é botar cada macaco no seu galho, já que cada um é feito para atender uma proposta e uma necessidade. É como comparar esportivo e sedã, o que é bom em um, não necessariamente se traduz no outro.

Aliás, tem que ficar claro a que nível se situa a discussão. O transistor veio para baratear e simplificar os sistemas. Assim, os valvulados geralmente estão num patamar de qualidade e preço também (geralmente altos), mas tem valvulados e valvulados. Assim como também tem SS e SS, mas a gama de qualidade e preço é muito maior, nem se compara um Zoom 505 ou um amplificador a pilha com um Amp Farm, um Polytone, um Fractal Audio Systems ou um rack Rocktron (o Fractal eu já vi mas não toquei, os Rocktron são muito bons e o Polytone tá me matando de GAS...). "Cada um no seu quadrado"...

É aqui que o bicho pega, você e em menos intensidade eu, tivemos acesso a usar, testar e em alguns casos até possuir equipamentos que para a maioria daqui só é possível em sonho.

É só ver a questão de emuladores, como um ex-cliente meu é dono de um estúdio com Pro Tools HD e muitas vezes eu me ofereci para ficar ajudando lá, só porque tinha tempo sobrando e por curiosidade, por isso pude testar o Amp Farm, algumas vezes pude testar ele junto com o amp emulado, como o caso do JCM800, Basman, Twin Reverb, JC-120, Dual Recto.

Engraçado é notar se tu botar um split mandando o sinal seco para a mesa e pro amp e rodar os 2, tu acha a diferença na hora, mas se tu deixar pra ouvir no dia seguinte, sem estar com o amp lá do lado, a dúvida já surge, quando vai pra mixagem e aplica os efeitos é indistinguível só pelo ouvido.

Agora até saber o quanto dessa diferença é psicológica ou não, é bem complicado, talvez só perguntando para um cachorro ou algum computador de análise de frequências.

E não me fale em Polytone, esses dias o Jim Hall, o Joe Pass, o Barney Kesell e o George Benson encarnaram aqui na minha playlist e tem feito eu delirar com as possibilidades dessas criaturas mágicas e exóticas da Timbrolândia.

DotCom
PORÉM, OS VALVULADOS TIMBRAM MELHOR (Ou ao menos essa é a opinião de 99,9% dos guitarristas), e é nisso que reside a força comercial do valvulado.

Eu discordo, em geral acho o contrário, timbrar SS é uma maciez só, pouca coisa interfere nele, não tem que pensar se o timbre muda à medida que esquenta, não tem que pensar se o espaço vai gerar alguma anomalia eletro-magnética que interfira a ponto de pegar sinal de radio ou fazer a microfonia vai ficar descontrolada por conta de um passo para um lado ou outro.

Mesmo o timbre de distorção que eu achava impossível um SS chegar perto, depois de presenciar o resultado de um Lab5, eu mudei de idéia, só aí entendi porque o B.B. King usa um SS pra tirar aquele som dele. E olha que nem pude testar o amp, só ficar lá no palco na passagem de som do show do dono do amp.

Vinícius Iron
PS: E lembre-se:
Sature aquela válvula de power!


Eu complementaria com do seu amp de 0,25W.

Na boa, eu já tive 8 modelos de valvulados diferentes, e posso garantir que são raras as vezes que pude saturar as válvulas de power livremente, não é nem a questão da falta de vontade, é de que se tu não toca em um lugar enorme, não está em um lugar grande e sem vizinhos próximos, como um sitio, ou não tem uma sala de ensaio/gravação bem grande; então tu dificilmente vai conseguir fazer isso, pois em lugares pequenos os ouvidos começam a zumbir e a doer bem antes das valvulas de power começarem a saturar; sem contar que muito antes das valvulas de power saturarem, teus vizinhos já ligaram ou bateram na tua porta pra reclamar da zoada; e mesmo que você consiga burlar as duas situações, fica aquela coisa que se tua banda não tiver uma infra-estrutura boa o suficiente pra fazer par com teu amp, muito antes de saturar as válvulas de power vão mandar tu baixar porque está encobrindo os outros instrumentos.

Então, a menos que sejam amps de baixa ou baixissima wattagem, essa situação não é tão comum quanto apregoam por aí.

Com certeza! Tanto SS quanto valvulados tem suas utilidades e diversões para determinados momentos. É feliz que tem os dois! Hehehe

Acho que ter os dois não é um grande mistério, com um pouco de planejamento e pensamento de longo prazo é até fácil ter os dois, se tiver um pouco de sorte é melhor ainda. Meu primeiro valvulado eu comprei novinho, era um Tremendão antigo com a caixa 4x12, mas totalmente novo, pois ficou na loja por mais de 20 anos sem ser vendido e quando a loja faliu estava sendo vendido por pelo preço de uma pedaleira mais ou menos da época (Entenda Boss ME8 ou Digitech RP10), vendi um ampzinho de 30W SS que tinha e uma Zoom 505 e foi 60% do valor, o resto eu tinha umas economias do que eu ganhava por mês ajudando meu pai na loja e minha mãe no escritório dela, e que eu esperava usar para comprar uma guitarra melhor.

No fim, foi arrependimento na hora, eu tinha um canhão pra matar mosca, já que não dava pra abrir quase nada antes de alguém puxar da tomada hehehehehhe

Os simuladores digitais não serão superiores aos valvulados. Como o próprio nome sugere, a função do simulador é copiar o som do valvulado, exatamente como ele é, e não tem a intenção de ser melhor.

Acho que você desconhece um pouco da tecnologia de emulação. Um exemplo bem acessível para isso (embora não seja o de melhor qualidade), são os Line 6 Spider.

Ele não emula nenhum amp valvulado específico, mas tem sons como a combinação de um Hiwatt e um Fender tocados juntos. Não são 2 sons, mas um som só com propriedades inerentes a dois sons. Outras emulações típicas dos Vetta é as tais correções, como sons a lá Marshall, mas com mais punch nos graves e médio graves.

Uma coisa que todo valvulado tem é defeitos, uns dão graves demais, outros de menos, em uns o defeito é não dar tanto ganho, em outros dar ganho demais, e sem contar que cada válvula tem um timbre diferente (tanto o modelo, quanto fabricante e não raro, cada exemplar da mesma marca), logo alguns tipos sempre vão ter excesso ou falta de certas freqüências.

No circuito, em geral você tenta compensar isso, mas 100% é impossível. Já na emulação, isso é perfeitamente possível, porque você pode adicionar e diminuir parâmetros à vontade, criando "modelos sonoros" que não tem uma correspondência com a realidade. São sons únicos e que só existem por conta do emulador.

Enfim, a conversa está boa, mas a cama me chama.

nichendrix
Veterano
# set/10 · Editado por: nichendrix
· votar


rgmanica
A PRINCIPAL DIFERENÇA num valvulado é que sua curva não é linear.

Isso é uma meia verdade, o único transistor linear é o transistor ideal, mas o mesmo vale para a válvula. Todo transistor é não linear também, porém tem uma linearidade bem maior que a válvula, e as não linearidades em geral são concentradas em regiões bem específicas e previsíveis, sem variações significativas de um exemplar para outro do mesmo modelo.

Esse é o grande defeito técnico das válvulas (o que faz com que ela tenha que ser usada, geralmente em números pares e casados), elas tem uma grande variação, tanto de um modelo para o outro, como de um exemplar para o outro. Elas nunca são iguais e isso, não é uma qualidade, é um defeito do ponto de vista técnico.

Outros defeitos são o fato de elas comprimirem o som, não respeitando a dinâmica original, assim como o fato de elas distorcerem e com isso haver adição de harmônicos.

Ironicamente, para 99,9% das aplicações possíveis para válvulas esses são defeitos intoleráveis, inclusive no que tange aos outros instrumentos musicais e aplicações diversas na música. Mas para uma parcela significativa dos guitarristas esses defeitos se tornaram sinônimo de qualidade, assim como fabricantes de compressores e microfones também vêm qualidade na compressão da válvula (embora as outras características negativas continuem sendo defeitos).

É bem difícil generalizar isso, com base em um ponto de vista, parcial, no caso o ponto de vista guitarristico, não o seu pessoal.

ogner

Cara, show de bola, tanto os timbres quanto a execução.

Eu morro fuçando e nunca consigo esses sons em casa... talvez esteja muito mal acostumado... heheheheh

Foda que agora em apartamento eu tenho que passar mais tempo destrinchando esses sons.

Vinícius Iron
Veterano
# set/10 · Editado por: Vinícius Iron
· votar


nichendrix

Ele não emula nenhum amp valvulado específico, mas tem sons como a combinação de um Hiwatt e um Fender tocados juntos. Não são 2 sons, mas um som só com propriedades inerentes a dois sons. Outras emulações típicas dos Vetta é as tais correções, como sons a lá Marshall, mas com mais punch nos graves e médio graves.

Uma coisa que todo valvulado tem é defeitos, uns dão graves demais, outros de menos, em uns o defeito é não dar tanto ganho, em outros dar ganho demais, e sem contar que cada válvula tem um timbre diferente (tanto o modelo, quanto fabricante e não raro, cada exemplar da mesma marca), logo alguns tipos sempre vão ter excesso ou falta de certas freqüências.


Cara, pra mim, isso tudo aí se resumiria a duas coisas: qualidade do amplificador e equalização. O que tu falou sobre emular dois sons diferentes em um único, realmente é um mérito das simulações já que elas vão nos dar possibilidades de timbre diferentes. A dinâmica que tu possui de timbrar esses sons de amps diferentes na simulação é grande e prática, mas nada que impossibilitaria com os valvulados. Nesses tempos, inclusive, não sei se tu viu, eu criei um tópico sobre misturar diferentes amps, a fim de se obter diferentes timbres. Claro que o trabalho é bem maior e muito pouco prático, se comparado a uma simulação digital. Outro ponto que tu tocou, em que existem amps que dão graves demais ou de menos, médio, etc... olha, cara, eu considero tudo isso uma questão de regulagem. Regulagem e timbragem no próprio ampli e nos pedais (ou racks). Existe, inclusive, aqueles equalizadores de 10 bandas (pedal da MXR, por exemplo) e 25 bandas (estes mais encontrados nos racks), onde as possibilidade de conseguir diferentes timbres ao gosto do freguês são inúmeras! As simulações nos trazem essa mesma dinâmica, porém, ao meu ver, com uma facilidade maior. Mas, pense bem, será que ainda tem toda aquela essência do valvulado e de seus racks? (mais uma vez, esse é aquele tipo de coisa que só o músico percebe, não a platéia). O que eu percebo é que as simulações digitais estão sendo mais usadas por essa ''garotada'' que tá chegando. Bandas mais atuais estão abusando dessas tecnologias, a fim de se diferenciar, muitas vezes, porque não pegarem afú a época dos valvulados e pode não ter todo aquele Às dentro deles, mas se formos olhar nossos ''mestres'' da década de 80 ou 90, eles continuam com seus valvulados e seus racks, equalizando e timbrando tudo no braço mesmo. Deve haver um motivo para eles ainda não terem trocado pelas simulaçõe. Não quero que tu pense que eu estou querendo dizer que eles são mais músico ou que entendem mais que nossos contemporâneos. Eu apenas acho que eles se mantém nos valvulados pelo fato de as simulações não terem aquele toque de conquista neles que o valvulado ainda tem. É como eu venho dizendo, talvez as simulações nao venham a roubar o coração de todos os músicos, a não ser esses beem contemporâneos. O que pode vir a acontecer, mas que nós não temos previsão de quando acontecerá, será uma uma tecnologia totalmente nova que venha a alcançar níveis sonoros que os valvulados não conseguem. Quais seriam esses níveis? Ninguém sabe... só saberão quando essa tecnologia desconhecida aparecer de alguma mente brilhante. Aì, nós entraremos em uma nova era musical. Eu disse e volto a dizer, as simulações estão aí apenas para FACILITAR a nossa vida.

Vinícius Iron
Veterano
# set/10
· votar


Hora de dormir... tô louco ficar aqui até essa hora...

Nos falamos amanhã, pessoal.

(todo mundo já deve estar dormindo mesmo :P)

nichendrix
Veterano
# set/10 · Editado por: nichendrix
· votar


Acordando no meio da noite...

Vinícius Iron

Cara eu não só vi o tópico, como tive uma ótima discussão com o MMI lá. E eu reitero o que eu falava lá com ele, inclusive salientando que sua idéia embora possível, em geral é tão difícil de operacionalizar que via de regra só vale a pena em estúdio, que é um ambiente bem controlado.

O que hoje é possível com tecnologia de emulação, é exatamente levar isso para um outro nível, um nível mais avançado que tem mais haver com a construção de um timbre totalmente novo, sem as limitações físicas que seriam impostas por tentar fazer essas coisas funcionarem em um circuito real.

Sobre essa coisa de existirem amps que dão mais graves, médios e agudos e ser possível mudar isso com EQs e Efeitos. Eu só posso dizer que isso não é verdade, é possível sim, mudar muito do som assim, mas ainda assim não haverá como mudar as características timbristicas de um determinado tipo de válvula. A única forma de mudar realmente esse som é usar os efeitos e equalizadores não no amplificador, mas no som microfonado, já que não haverá interferência posterior da válvula imprimindo uma característica própria e é muito fácil perceber isso quando tu usa o mesmo set de efeitos com amplificadores com valvulas de power diferentes.

Eu mesmo uso EQ sempre, e tenho 2 amps com 6L6, um com EL34 e outro com EL84, mesmo que eu morra tentando fazer uma EL34 ter os graves da 6L6 eu não vou conseguir, da mesma forma ela também não vai ter os médio-agudos e agudos das EL34, as EL84 são mais agudas ainda e por mais que você possa compensar isso tanto no projeto do amplificador ou com efeitos, você não vai poder superar todas as características de projeto dessas válvulas enquanto elas forem o ultimo ponto da cadeia antes dos falantes.

Sobre tecnologia de emulação, eu acho interessante você se informar um pouco, já que a grande maioria dos seus grandes ídolos dos anos 70, 80 e 90, quando vão pro estúdio gravar usam o Amp Farm, de Jimmy Page à Steve Vai, todos usam é algo que não tem pra onde fugir. Uns usam mais e outros menos, mas nem o Kerry King que dizia que nunca ia usar, conseguiu ficar imune.

Agora é o tipo da coisa, um Pro Tools HD com Amp Farm custa o preço de uma porrada de valvulados, o que posso garantir que não é algo que alguém pagaria se não tivesse um retorno igualmente satisfatório. É simplesmente muita grana já que um sistema básico apenas pro Pro Tools HD sai na faixa de 10mil dolares nos EUA, fora o Mac Pro ou PC equivalente para usar isso, mixer e todos os equipamentos extra que precisa pra chegar lá. É um investimento que passa fácil dos 20mil dolares para ter os resultados satisfatórios básicos.

Acho que o grande problema das suas posições, tanto nesse quanto no outro tópico são as generalizações em excesso em cima de coisas que você conhece muito pouco, afinal Guitar Rig, Pod Farm e Amplitube são apenas a ponta mais barata do que é possível com tecnologia de emulação. Da mesma forma o Laney LC-50 está na ponta mais barata da tecnologia dos valvulados.

As comparações que você fez até aqui é como alguém que dirigiu um Pálio 1.8R e um Siena e quer que essas experiências se apliquem para a comparação de um Rolls Royce e uma Ferrari. Embora um ou outro aspectos gerais se apliquem, a primeira comparação tem muito pouco em comum com a segunda.

Em momento algum eu disse que o Amp Farm ou qualquer outro emulador top de linha vai substituir os valvulados, ao menos não nessa sensação de tocar, que é muito mais psicológica do que técnica. Agora são ferramentas que vieram para ficar, e acho que prova maior que o fato de que estão aí há mais de 20 anos e pelo menos nos últimos 15 são a menina dos olhos de ouro das gravações mundo a fora.

E após se popularizarem com os Guitar Rigs da vida, viraram uma febre fora dos estúdios também, então o que a gurizada fez foi entrar na onda que os grandes já estão há quase 2 décadas, e não o contrário.

Músico que é músico não depende de um equipamento específico para ser músico. O Santana não vai ser menos Santana tocando numa Tonante plugada num multi-uso Fram, da mesma forma o Steve Vai vai ser menos Steve Vai porque usa um Fender Solid State pra tocar (e de fato ele usa para os sons limpos dele nos shows), nem o Satriani deixou de ser o Satriani porque usa o Amp Farm quando vai gravar.

Enfim, eu acho que você está dando muita importância à forma de conseguir o som e não ao som em sí e com isso esquecendo que 90% do som que você ouve não vem do equipamento, vem da pegada, vem do músico. Por isso que não importa que tecnologia você use, quem tem a Pegada, vai imprimir sua marca com a tecnologia que for.

Voltando pra cama que dá mais futuro...

DotCom
Veterano
# set/10
· votar


Eu discordo, em geral acho o contrário, timbrar SS é uma maciez só, pouca coisa interfere nele, não tem que pensar se o timbre muda à medida que esquenta, não tem que pensar se o espaço vai gerar alguma anomalia eletro-magnética que interfira a ponto de pegar sinal de radio ou fazer a microfonia vai ficar descontrolada por conta de um passo para um lado ou outro.
Adorei a resposta. Coloquei aquela afirmação em maiúsculas justamente pra provocar, queria ver se conseguia respostas como a sua. É bom ver gente que tem discernimento pra não aceitar "fatos" como "valvulado é melhor em tudo", e sabe usar o que a tecnologia tem a oferecer.

MMI
Veterano
# set/10
· votar


nichendrix

Caramba, assim você descambou a escrever tanto que até fiquei inibido!

É fato que o ritual de um valvulado é um dos grandes baratos, aquecer as válvulas, fazer os acertos, o comportamento dele em relação ao volume etc. Nós achamos isso bem legal, mas tem uma geração "plug-and-play" que certamente acha isso um porre. Da mesma forma, no seu exemplo, que agora na onda dos Ipad, boa parte do pessoal tecnológico vai achar que carregar um livro pesado e achar referências nele algo impensável. Outro dia mesmo estava programando com meu irmão um daqueles aparelhos complicados com manuais que parecem uma bíblia, procurando no manual. Meu irmão comentou, "porra, cadê o campo 'search' aqui nesse monstrinho?" e foi baixar na net o pdf do manual, encontrou em segundos o que eu não achava naquilo de jeito nenhum. Contei isso porque eu tive que admitir, existe lá suas vantagens...

Voltando para o papo, eu nunca vi um simulador que lado a lado se possa afirmar que é igual (como disse antes, não vi tudo não). Só que depois de processado, o bicho pega! Fica completamente indistinguível, olha o som que o amigo ogner postou e quero ver quem diz que aquilo não passa por um valvulado. Mas como o MauricioBahia constatou, o som de um valvulado também tem a ver com a pressão sonora dele, aí também tem parte da magia. E aí tem parte do problema, porque num valvulado de 100W ou mais, gravar em estúdio com ele dando tudo que pode chega a ficar ruim até para gravar, chegando a distorcer ou até danificar microfones, já que colado ao falante chega fácil aos 140-150 dB (ou mais).

O Line 6 para mim é um mistério... Já vi caras tirando grandes timbres deles. Mas já tive algumas oportunidades de tocar e nunca achei som "desbundante" ali. Talvez só caras como o ogner para fazer aquilo detonar... Baita frustração!

Bom amigão, to indo, mas a gente se fala! Tenho que admitir que aquele pedaço de pau esculpido tem me tirado o sono de ansiedade. Bye!


Vinícius Iron

A grande desvantagem de qualquer simulador é exatamente que ele simula, tenta copiar um original, só que mesmo os originais apresentam variações. Então, chegando nos tops dos simuladores, diria que chegam a uns 90-95% de sucesso e o resto é perfeitamente tirado na pós produção. Para mim isso é fato, atualmente, pode falar o que for.

Por outro lado, a grande vantagem dos simuladores é exatamente que eles simulam. Eles podem chegar a 90% do som de um Marshall, por exemplo, mas ao toque de um botão eles também chegam a 90% de um Fender, de um Mesa, um Hiwatt, um Orange... E com facilidade e praticidade, muito fácil de gravar um desses, ao contrário de gravar um valvulado. Por isso, num estúdio eles já se fazem necessários atualmente. Num palco, aquela pequena diferença, a pressão sonora, patrocínios, fetiche etc. fazem com que os grandes guitarristas ainda usem e continuem a usar valvulados (só uma raríssima minoria abre mão deles).

Konrad
Veterano
# set/10
· votar


Sinceramente, hoje em dia meus valvuladinhos estão encostados. Para os barulhos que faço, e onde faço, esses simuladores mais interface, mais pedais estão mais do que suficientes.

ogaitnas
Veterano
# set/10
· votar


Acho que os simuladores especialmente, aqueles que usam samples de Impulse Response para simular caixas podem substituir caixas, mas substituir os valvulados, para distorção em ambiente mais pro ainda acho difícil... o cara usa um pré valvulado fodalhão, passa por várias simulações de caixa e ao invés de ter microfonar uma dúzia de falantes com mics que custam os olhos da cara, ele usa os simuladores e tem um resultado muito mais próximo do real do que usando simuladores de ampli...

.lam.
Veterano
# set/10
· votar


Vinicius Iron,

Cara, com todo respeito, até porque ninguém aqui é criança e sabe respeitar diferentes, mas eu tenho de discordar de praticamente tudo que tu disse nessa primeira afirmação.

Se não fosse para discordar não precisava discutir. Fecha o tópico.

Os simuladores digitais não serão superiores aos valvulados. Como o próprio nome sugere, a função do simulador é copiar o som do valvulado, exatamente como ele é, e não tem a intenção de ser melhor. Agora, se tu fores falar de uma nova tecnologia digital, que não seja de simulação e que pretenda atinigir níveis sonoros incapazes pelos valvulados, aí isso é OUTRA história. Sobre corrigir detalhes, isso não vem de simulação, mas sim, de outros efeitos que estaríam em jogo, sejam efeitos digitais imbutidos no teu rack ou analógicos, caso o cara use pedais em seus valvulados (se bem que também existe pedal digital para isso - DD3).

Claro que quando se fala em simular o objetivo é copiar fielmente. Mas acho que este é apenas o primeiro passo. Depois que copia fielmente e ganha o respeito do cliente o próximo passo é melhorar. Sim porque o som perfeito clássico é limitado a tecnologia que usa. Mas nada impede que você com tecnologia mais avançada aperfeiçoe esta transformação aplicada a este sinal eletrico. Não estou falando apenas de criar algo novo. Estou falando que engenheiros de som no futuro vão sim pegar aquele som clássico e dar uma tunada para soar ainda mais bonito. Tão similar que ninguém que não seja profissional vai dizer que não é o "original". E depois de um tempo ouvindo este som, de sucessivas tunagens, o ouvido acostuma. E os valvulados vão parecer limitados na sonoridade, um pouco desregulados.


Na prática tudo pode ser considerado uma aplicação de uma transformação em uma onda elétrica, que altera suas características: frequência, fase, amplitude... A diferença é que nos equipamentos digitais você pode aplicar a função de transformação que você quiser.

Outra coisa: acho que esse negócio de dizer que o tempo para chegar essas simulações mais perfeitas é de 5 anos, é pura ESPECULAÇÃO.

Sim... é especulação. Não mais que a especulação do pessoal falando acima em 20 a 30 anos. Só que minha especulação é baseada em outros mercados. Este tipo de tecnologia é assim. No início vai aos poucos. Depois de um tempo pega o momentum e dispara. E já esta sendo utilizada comercialmente em uma escala razoável. Acho que este momentum tá começando. E estes ciclos de adoção estão encurtando cada vez mais. Podem ser 10 anos. Mas eu não apostaria em tanto. Sim... em 10 anos você ainda vai achar valvulados por aí. Como ainda acha máquinas fotográficas mecânicas, clássica. Mas não é onde está o mercado.


Ninguém sabe se vai ser nesse tempo, mas, se for, isso não mudará em nada, a não ser na questão de praticidade. As pessoas que tem valvulados continuarão usando, a não ser em um caso especial, como em gravações, nas quais a praticidade fala mais alto. Mas, para quem tem valvulado, não sentirá a necessidade de usar uma simulação em shows ao vivo. A coisa real está bem ali na tua frente, que é o valvulado.


Sim... para quem tem não teria porque deixar de usar, a não ser que queira uns recursos a mais. Mas depois não vai ter porque comprar o valvulado se você JÁ TEM algo que te dá o mesmo efeito.

ogner
Veterano
# set/10
· votar


As comparações que você fez até aqui é como alguém que dirigiu um Pálio 1.8R e um Siena e quer que essas experiências se apliquem para a comparação de um Rolls Royce e uma Ferrari. Embora um ou outro aspectos gerais se apliquem, a primeira comparação tem muito pouco em comum com a segunda.

É, esse é o meu caso. E não sou do tipo que emite opinião sem conhecer, ate ja toquei em bastante amp bom, mas nao a contento, no aconchego do meu quarto, ou sozinho por muito tempo em estudio pra tecer comentários. O que digo é o seguinte:

Faço um acorde de G aberto no SE ou no outro P.Pull que tenho e a sensação sonora, as notas soam de uma forma completamente diferente doq no meu Bandit ou num Amplitube da vida. É simples assim pra mim.

Ah! isso tem, embora ao menos para mim o lance seja mais ritualístico. É como ler livro de papel e digital. Eu leio muito livro digital, mas em geral nesses casos é apenas uma leitura, por mais prazer ou conhecimento que ela agregue.

Já quando eu vou ler um livro de papel, existe todo um ritual, pegar o livro, folhear, cheirar, sentir a textura, as cores, apreciar o tipo de papel, a perfeição da encadernação, ficar umas horas, as vezes dias namorando o livro, depois pegar ele, deitar numa rede, botar uma musica calma e legal bem baixinho, só pra isolar os ruídos externos, e finalmente me entregar ao prazer da leitura.

Tocar com valvulado é a mesma coisa, desde o tirar do case, posicionar de forma satisfatória, colocar as válvulas para esquentar enquanto afino os instrumentos, tomo alguma coisa e bato um papo para passar o tempo e ir entrando no clima, depois todo o processo de ficar "fuçando" para achar o som ideal para o momento... e por aí vai.


Concordo, mas além de ritualístico, todos esses pontos despertam sensações como MMI comentou:
É fato que o ritual de um valvulado é um dos grandes baratos, aquecer as válvulas, fazer os acertos, o comportamento dele em relação ao volume etc. Nós achamos isso bem legal, mas tem uma geração "plug-and-play" que certamente acha isso um porre. Da mesma forma, no seu exemplo, que agora na onda dos Ipad, boa parte do pessoal tecnológico vai achar que carregar um livro pesado e achar referências nele algo impensável.

É meio irrelevante pro cerne da discussão mas é verdade! hehe

ogner
Veterano
# set/10
· votar


nichendrix
Cara, show de bola, tanto os timbres quanto a execução.

Eu morro fuçando e nunca consigo esses sons em casa... talvez esteja muito mal acostumado... heheheheh

Foda que agora em apartamento eu tenho que passar mais tempo destrinchando esses sons.


Cara, primo pela simplicidade. Hoje só uso Vandal e Vintage Amp Room, justamente pelo som que procuro e tenho como objetivo. Eles nao tem a perfumaria do Amplitube, Guitar Rig mas são muito eficientes pro tipo de som que curto. Bacana ter gostado, fico feliz mesmo!

Curly
Veterano
# set/10
· votar


tem uns dois anos que venho tocando com amp SS, pedais analógicos e strat, mais um simulador j-station quando não dá pra levar amp

ano que vem estou planejando voltar a usar só simulador: VG99 (e VG88 como bkp), GR30 para sons midi e roland ready strat + brian moore iGuitar como guitarras

Sgt. Eddie
Veterano
# set/10
· votar


Esse tópico me fez perceber que eu tenho que comprar urgentemente meu amplificador valvulado, antes que vire peça de colecionador, hahahaha!

ogner
Veterano
# set/10
· votar


Sgt. Eddie
Esse tópico me fez perceber que eu tenho que comprar urgentemente meu amplificador valvulado, antes que vire peça de colecionador, hahahaha!

E se vc acha que valvulado é caro hoje em dia, quando os simuladores e as maquinas dominarem o mundo, valvulado vai ser tão valioso quanto a água do Mad Max!!!! Hehehehe!!

trashit hc
Veterano
# set/10
· votar


porque o amp farm é tão superior, em comparação aos amplitubes, guitar rigs da vida??

como citou o nichendrix: já que a grande maioria dos seus grandes ídolos dos anos 70, 80 e 90, quando vão pro estúdio gravar usam o Amp Farm, de Jimmy Page à Steve Vai, todos usam é algo que não tem pra onde fugir. Uns usam mais e outros menos, mas nem o Kerry King que dizia que nunca ia usar, conseguiu ficar imune.

Agora é o tipo da coisa, um Pro Tools HD com Amp Farm custa o preço de uma porrada de valvulados,


pergunta besta, mais...

DotCom
Veterano
# set/10
· votar


Só um comentário meio off-topic, mas...
Estou impressinado como esse tópico, apesar de potencialmente polêmico, conseguiu chegar à QUINTA página sem descambar em outros assuntos, como um xingar a mãe do outro, e sem ofensas descabidas.
Todo mundo questionando e debatendo num alto nível de respeito e educação, um parabéns a todos.

Vinícius Iron
Veterano
# set/10
· votar


nichendrix

Sim, cara, tu confirmou ainda mais o que eu pensava. Eu nunca achei que usar valvulado em estúdio era uma boa. Como o MMI falou, até conseguir um volume de saturação de válvulas microfonado, o ruído iria ser absurdo. Muito provavelmente, encostasse nas faixa dos 150 dB, além de tapar os outros instrumentos e deixar o ouvido de todos sangrando. Usar racks de simulações ou até mesmo softwares é muito mais prático, já que o valvulado perderia toda sua magia em estúdio, devido a fatores como compressões, ajustes de volumes, um ''põe grave aqui e acolá, médio ali, etc''. Para estúdio, eu penso exatamente assim: o valvulado a sua utilidade. Agora, se formos falar ao vivo, aí nós estramos em outra história. Pode ser psicológico, mas prefiro não afirmar isso dessa maneira... o negócio que eu penso é que, embora os simuladores tenham já aperfeiçoado a sua cópia no timbre e com muito mais praticidade, o músico, ao vivo, sente aquela válvula quente. Parece que ali tu ouve um timbre único, até porque tu está com a válvula em pessoa bem ali. Parece que o valvulado, ao vivo, puxa mais emoção até no próprio show. Eu não consigo explicar, tô tentando, mas não consigo achar palavras pra descrever isso. E eu acho que eu devo ter algum ponta de razão nisso, porque nossos ídolos dos anos 70 e 80 usam como sempre usaram seus softwares de simulação em estúdios (muito óbvio), mas CONTINUAM com seus valvulados em palco. Talvez, eles pensem mais ou menos o que eu estou tentando explicar sobre utilizar um valvulado ao vivo, e não simulações. Para quem faz showzinhos normais, tipo de shopping, bailes, etc nem precisa se preocupar em comprar um valvulado, esqueça isso. Mas, para quem faz shows com sons de alto ganho, no caso, quem toca metal, como eu (e volto a dizer que o meu nick não tem nada a ver com isso), vai entender essa sensação da válvula nos últimos estágios da saturação com volume quase no talo. Não consigo imaginar uma simulação fazendo isso dessa maneira.

Vinícius Iron
Veterano
# set/10
· votar


DotCom

Só um comentário meio off-topic, mas...
Estou impressinado como esse tópico, apesar de potencialmente polêmico, conseguiu chegar à QUINTA página sem descambar em outros assuntos, como um xingar a mãe do outro, e sem ofensas descabidas.
Todo mundo questionando e debatendo num alto nível de respeito e educação, um parabéns a todos.


Geralmente, quando a gente olha um tópico com várias páginas, a gente já pensa: ''putz o assunto do topico já deve ter ído pra outra galáxia'', uaehueheuauhe. Também fico feliz que o pessoal tá mantendo o nível, sem desvirtuar nada. Fórum com membros que se auto-moderam, não precisa de moderadores. ;)

Vinícius Iron
Veterano
# set/10
· votar


Sgt. Eddie

Esse tópico me fez perceber que eu tenho que comprar urgentemente meu amplificador valvulado, antes que vire peça de colecionador, hahahaha!

Não vão. Amplificadores valvulados sempre terão seu lugar no palco.

;)

MMI
Veterano
# set/10
· votar


ogner

É meio irrelevante pro cerne da discussão mas é verdade! hehe

É, me empolguei. Foi mal... rsrsrsrs

trashit hc

porque o amp farm é tão superior, em comparação aos amplitubes, guitar rigs da vida??

Cai naquela comparação de carros. Na sua experiência, existe diferença entre uma Zoom 505 e um GT-10? Pois é, caminhando ladeira acima em termos de sofisticação e preço, a coisa vai ficando cada vez melhor e mais cara. Olha por exemplo o rack da Fractal, já é algo de outra categoria.
Como falaram aqui:
Pega um amp linearíssimo, nada de classe D como falaram antes, Um classe A Solid State onde se limita a resposta numa região legitimamente linear, com um volume baixo THD de 0,001% ou menos. Pronto. Tudo o que entra por ele sai, sem perdas nem ganhos. Daí vem um efeito simulador que NA ENTRADA modifica o sinal ao ponto de torná-lo compatível com a curva de um valvulado. Pronto. Teremos na saída um som com as mesmas características valvuladas.
A questão é que um amp linearíssimo desse, que não gera perdas nem distorções, depois coloca um simulador para se comportar como valvulado (a questão é que os valvulados não se comportam uniformemente, mas vá lá), tudo em padrões Hi-Fi, custa uma fortuna. Muito longe dos Guitar Rig, Boss e Zoom da vida.

Vinícius Iron

Talvez você esteja procurando polêmica como outro colega... Mas não é isso. Hoje em dia, em estúdio, não se grava todos os instrumentos juntos, cobrir os outros instrumentos com volume do amp não é uma questão, nem se leva essa hipótese em consideração. Também não é uma questão de sangrar ouvidos, já que se pode deixar o amp na sala de gravação e se tocar na técnica. A questão é muito mais de acerto, de dificuldades, de microfones, de posições, reverberação, acústica e por aí vai.
Para os guitarristas famosos entra uma questão complicada que é patrocínios e grana, mesmo porque eles querem transformar essa fama em grana. Então é preciso alguma suspeita ao ver esses caras usando equipamentos. Já vi guitarristas muito famosos que dão workshop com um equipamento, shows com outros, saem em revistas em anúncios, mas na hora de gravar seu CD usam seus segredos escondidos, na moita, mesmo porque desses eles não recebem, mas o som que curtem está ali.

trashit hc
Veterano
# set/10
· votar


MMI

Cai naquela comparação de carros. Na sua experiência, existe diferença entre uma Zoom 505 e um GT-10? Pois é, caminhando ladeira acima em termos de sofisticação e preço, a coisa vai ficando cada vez melhor e mais cara. Olha por exemplo o rack da Fractal, já é algo de outra categoria.
pois é... pelo preço notasse que tem mais qualidade, do que os ''concorrentes'' mais baratos.

A questão é que um amp linearíssimo desse, que não gera perdas nem distorções, depois coloca um simulador para se comportar como valvulado (a questão é que os valvulados não se comportam uniformemente, mas vá lá), tudo em padrões Hi-Fi, custa uma fortuna. Muito longe dos Guitar Rig, Boss e Zoom da vida.

pior que é!! hehe
mais quem não tem dinheiro, (eu) tem que se virar com o que tem!! hehe


valeu pela explicação!!

eu tô com uma dúvida desde que vc falou sobre o Rectifier Studio Preamp nesse tópico, da pra usar esse brinquedo ao vivo??

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a Opinião: Irão os Simuladores, futuramente, substituir totalmente os Amplificadores valvulados?