"Marca de verdade é Fender e Gibson!" Mas a IBANEZ já não está no mesmo patamar das duas?

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iRock
Veterano
# fev/11 · Editado por: iRock
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jonas.hetfield

É, verdade.

MMI

Esses dias apareceu la na oficina uma Gibson LP Standard pra ser feita a troca de trastes, mas além de trastes mal colocados, a escala da mesma estava torta.

MMI
Veterano
# fev/11
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Vinícius Iron

A Gibson Supreme é uma "bonitinha, mas ordinária". As que eu experimentei, não valiam. Perceba que simplesmente é uma guitarra comum com um tampo AAAA e inlays diferentes. Um cara aqui do fórum ficou bravo quando disse que guitarra é primordialmente SOM, desencana um pouco do visual, apesar que eventualmente você pode associar os dois. A R9 já é algo que você pode chamar de "top", para continuar a usar a linguagem do tópico, feita pela Custom Shop etc.


o que existe de melhor em Gibson de 20 mil, em relação a uma de 8 mil?

Mudam as madeiras, mudam as técnicas de construção, muda bastante coisa. Principalmente, muda a sonoridade. Volto a dizer, guitarra boa não é visual! Se você quer ver a diferença, muito provavelmente não vai ver.

Olha esse video comparando uma guitarra de uns 6 mil dólares em relação a uma de algumas centenas de milhares de dólares, ou seja, uma Gibson Custom Shop R9 e uma Gibson 1959 autêntica. Dá vontade de chamar a R9 de lixo. Visualmente talvez eu preferisse a R9 por ser mais nova e provavelmente estar mais perfeita, mas olha a surra de som que ela toma. Talvez isso responda sua pergunta.

MMI
Veterano
# fev/11
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iRock

Esses dias apareceu la na oficina uma Gibson LP Standard pra ser feita a troca de trastes, mas além de trastes mal colocados, a escala da mesma estava torta.

Foda, cara! Acho lamentável e imperdoável por se tratar de uma guitarra cara em qualquer lugar. Imagine que eu vi isso em Custom Shop de mais de 6 mil dólares!

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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MMI

A diferença é grande mesmo... a 1959 original tem um som mais estalado, brilhante e alto, enquanto que o som da de 2002 parece meio ''vagabundo''. Curti muito o vídeo, bem revelador!

Pois é, tem muita verdade no que tu falou. Muitas vezes, a gente se guia pela aparência da guitarra. Mas o que tu achou daquela Custom Shop Les Paul 1959 Reissue Gloss, que eu postei? Tu a considera uma das tops?

Eu sempre imaginei as Custom Shop de qualquer marca se sobressaindo dos modelos convencionais. Até hoje, eu quero ir pros EUA e fazer uma Ibanez Custom à minha maneira. Com a madeira de corpo, escala, braço e regiões elétricas de minhl preferência. Eu percebi que o teu negócio não é muito Ibanez, mas, ainda se tu tiver oportunidade, procura pelos braços ''Super Wizard HP''! Eles não existem em nenhuma Ibanez pronta. Ficam à disposição apenas para trabalhos customizados, o que me leva exatamente ao que tu falou de as Gibsons Custom mantiverem peças escondidas que jamais aparecerão nas convencionais, apenas nas customizadas mesmo. Acho que é aí que nós poderemos fazer uma comparação mais justa de Ibanez, Gibson e Fender, desde que tenhamos os melhores de todos os seus componentes juntos numa guitarra.

Agradeço por toda a informação!

MMI
Veterano
# fev/11
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Vinícius Iron

Para mim a R9 é o que há em termos de Gibson Les Paul. Não acho que vale a pena gastar numa nova acima disso. O mesmo considero da Fender Classic Custom Shop. Tem coisa melhor sim, mas não recomendaria.

Parece uma contradição porque eu já tive outras Custom Shop, como uma Gibson CS Classic e atualmente tenho uma Fender CS NOS. Quer algo melhor que isso? Parte para Tom Anderson, Suhr ou eventualmente as PRS, especialmente as 10 top. Minhas PRS deixam muitas Gibson pequenas... Para guitarras sólidas, acho que o lance pára aí. Não se justifica ir além. Se for pensar em archtops, o céu é o limite, faz muita diferença, diria para fugir de Gibson inclusive, muito simples e inferiores (imagine, "só" 10 mil dólares... Baratinha!). São guitarras que a técnica, o apuro na construção faz diferença demais. Parta para os melhores luthiers do mundo.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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MMI

Eu acho que eu não tô muito ligado nas nomenclaturas... a R9 que tu tá falando não é aquela 1959 Original, que soou melhor no vídeo que tu postou?

10 mil dólares, PRA MIM, é o limite do limite que eu pago em uma guitarra. Tá louco, e é ainda mais caro que qualquer amplificador valvulado no mundo! Ainda bem que as Archtops não são muita a minha cara, no que diz respeito ao estilo, mas, se fossem, eu tava ferrado! Hehehe. E outra coisa bem importante a se levar em conta: se a gente compra uma guitarra de 20 mil dólares, o que a gente vai fazer com ela? Levar para algum show? Nem a pau! Tocar em casa? Muito provavelmente, mas eu não conseguiria justificar 20 mil doletas numa guitarra que eu só usaria em casa e, se fosse levar pra fora, teria que contratar seguranças armados para andarem ao meu lado (e, ainda por cima, não estou a salvo de um ataque aéreo, rs).

As PRS eu conheço, mas não muito à fundo de seus modelos... as Tom Andreson e Suhr só conheço de nome. Mas eu tô por ti, cara. Até, no máximo, 9 mil ou 10 mil, tu já tem uma guitarra que já está no topo do mundo. Mais que isso, além de ser desnecessário, é perigoso, na minha opinião.

MMI
Veterano
# fev/11
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Vinícius Iron

R9 é uma Reissue 59 qualquer, como a 2002 do video, como essas atuais que você postou. As originais são 59 mesmo...

Eu só paguei uma vez 10 mil dólares, meu limite está abaixo disso.

Ah, tem alguns detalhes que fazem muita diferença. Dizem que o Plek é uma (mas custa mais de cem mil dólares essa máquina robotizada), mas eu não achei isso tudo, acho que um cara muito experimentado é capaz de fazer igual. Já o tal "Graduated Fingerboard Relief and Radius" faz diferença sim, é muito bom.

Rick Martinez
Veterano
# fev/11 · Editado por: Rick Martinez
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Esse lance que a guitarra é só som, pra mim é balela, tem que ter visual sim, até por que pouquíssimas pessoas vão saber diferenciar uma Gibson Studio de uma Custom Shop só de ouvir.

Abraços!!

Leomju
Veterano
# fev/11
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PRA TODA GALERA!

Como o assunto entrou em preço, vou dar minha opinião!

Acho que a Fender é a mais barata das TOP, porque com R$ 4.000,00 vc consegue um puta instrumento confiável como a American Standard, já naum teria essa mesma confiança com uma RG do mesmo preço!
Gibson então, estaria desconfiado de vez!

Uma hora vendo uma moto e compro uma dessas... huahauhauhauha

Mesmo as mais TOP da Fender como a Jeff Beck assinature (a verde água, com ferragens Douradas, meu sonho por sinal! Rsrsrsrs) mesmo essa, dependendo da época do ano, se acham no Brasil a R$ 7.000,00!

Paul.Gilbert
Veterano
# fev/11 · Editado por: Paul.Gilbert
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MMI e Compania!

Eu acho que avaliar instrumentos por preço é uma grande besteira. Do contrário as guitarras mais tops do mundo seriam aquelas guitarras excêntricas feitas de ouro e pedras preciosas.

As comparações que fiz sobre a Ibanez, foi em resposta a um tópico anterior, não estou dizendo que são melhores ou piores que Gibsons, até porque isto é uma discussão infundada, dado as diferenças brutais de uma marca para outra.

Agora um fato curioso, os melhores guitarristas(ao menos os mais reconhecidos) que vemos por aí usam guitarras de no máximo 2000 dólares, se a guitarra Signature deles custa mais do que isso, é por causa da fama e da marca.

Posso citar Vários: Eric Jonson, Steve Vai, Yngwie Malmsteen, Steve Morse, Andy Timmons, Mike Stern, e por aí vai...

Será que o conceito de Top, deve vir do preço mesmo, ou do fato de simplesmente o instrumento ser muito bom?

igor.schecter
Veterano
# fev/11
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Rick Martinez
quem manja manja quem não manja senta no pudim KAPOAKPO

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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MMI

Já o tal "Graduated Fingerboard Relief and Radius" faz diferença sim, é muito bom.

Esse eu já vi nas PRS, mas não sei bem o que é. Nas Gibson, eu ainda não vi, mas acredito que deve encarecer bastante o produto, no caso de uma customizada.

Paul.Gilbert

Eu concordo contigo. Eu acho que têm alguns preços em que não se vale pagar. Muitas vezes, são ''firulas'' que eles implementam que nem vão fazer lá tanta diferença, porém o preço SOBE.

Todos

O assunto que nós estamos debatendo não é tão complexo, mas já vale pela informação e por saber os custos que pagamos para cada componente que temos em uma guitarra. A condição de que se vale ou não pagar por tal coisa já é importante de esclarecermos aqui. O tópico está rendendo informações bem úteis.

MMI
Veterano
# fev/11
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Paul.Gilbert

Como eu disse, é um risco aliar diretamente e sem outros parâmetros a qualidade e o preço. Foi a primeira coisa que disse. Mas não tenha dúvidas que qualidade tem um preço a pagar e você se engana muito em dizer que os grandes guitarristas usam guitarras baratinhas. Alguns sim, como Van Halen, Brian May e Steve Morse, que fizeram suas guitarras, sem se importar com o visual que eram bem exóticos (talvez feias mesmo). Apesar que consta que o Van Halen pegou um PAF para a guitarra, coisa que só ele custa algumas centenas de milhares de dólares. Como eu disse, primordialmente um instrumento se destina ao som. Por isso que essas guitarras de ouro e pedras preciosas que você citou não são isso tudo e nem as mais caras (po, deixa de palhaçada).

Hoje mesmo morreu um notório guitarrista que usava uma Gibson 1959, coisa de centenas de milhares de dólares. Assim como Billy Gibbons, Jimmy Page e tantos outros. Malmsteen tem uma coleção muito cara de guitarras, não se limita a baratinhas não. Eric Johnson também não é de coisas baratas não, o cara é super exigente. E os modelos atuais que se destinam a esses guitarristas são extremamente sofisticados e não são os modelos de lojas. Vide as guitarras do Santana, não as PRS Santana que vão para as lojas (caríssimas, por sinal, mas as dele são praticamente Private Stock).

A relação preço x qualidade pode não ser tão direta assim e entram outros fatores como marca, custos de marketing etc., mas é inegável que existe relação. Como disse, quando se toca numa guitarra de 25-30 mil dólares a diferença é gritante, é como comparar fusquinha com Ferrari, como alguém disse no início do tópico. Faça isso um dia em sua vida tire suas conclusões. Se valem a pena pelo preço é outra questão.


Vinícius Iron

Esse eu já vi nas PRS, mas não sei bem o que é. Nas Gibson, eu ainda não vi, mas acredito que deve encarecer bastante o produto, no caso de uma customizada.

O Graduated fingerboard é bem complexo de se fazer. Não sei, mas acho que a Gibson deve fazer pois possui sofisticados maquinários CNC exatamente para fazer braços. Tive a oportunidade de vê-los trabalhando e depois as guitarras ainda vão para o Plek, mas acho que não são todas. Como eu disse, sofisticações e qualidade tem um preço. Mesmo assim não acho as Gibson a última bolacha do pacote não.

Se você não sabe o que é, tem aqui uma boa oportunidade de ver um detalhe onde se separa brinquedos de obras de arte.

Acho que minha participação no tópico já deu... Abç.

MauricioBahia
Moderador
# fev/11 · Editado por: MauricioBahia
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"Marca de verdade é Fender e Gibson!" Mas a IBANEZ já não está no mesmo patamar das duas?

Sem comentários... Tem muita coisa boa por aí...

A marca bem conceituada é legal pq gera confiança, mas o guitarrista PRO, DUVIDO que ligue pra isso.

Brian May e Ed. Van Halen fizer suas guitarras. Slash, usava um clone de uma Gibson no aclamado Apetite for Destruction. E aí?

Abs

rafael_cpu
Veterano
# fev/11
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MauricioBahia
Paul.Gilbert
Concordo com vocês.
T+

Daniel_MV
Veterano
# fev/11
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Nem li o tópico todo, mas a Ibanez não está no nível nem Cort, quanto mais Jackson, ESP, etc..

MMI
Veterano
# fev/11
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MauricioBahia

Bahia, o Eddie Van Halen construiu sua Frankie para o PAF de sua Gibson Vintage (olha o nível...). Só para se ter uma idéia esse captador hoje está custando uns 6 mil dólares. O Brian May é um cara nada menos que brilhante, construiu sua guitarra com madeira do século 18, refez os captadores, alterou as fases dos captadores, fez coisas que até hoje não se encontra em guitarras. Slash e Hendrix (de brinde) eram dois malucos que nunca tinham dinheiro e vendiam suas guitarras melhores para viver a mil, aceitando tocar com guitarras aquém do que desejavam. Essa é a história e a razão desses caras terem tocado as guitarras que você descreveu. A quase totalidade dos guitarristas se preocupam sim com a qualidade dos instrumentos que usam, além do marketing e grana que vem atrás. Por isso que muitos acabam indo atrás de instrumentos vintage. Uma exceção a isso são caras como Kurt Cobain, tem uns caras que fazem questão de usar instrumentos segunda linha, sem explicação para isso.

Abç

buddy guy
Veterano
# fev/11
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MMI
Hoje mesmo morreu um notório guitarrista que usava uma Gibson 1959, coisa de centenas de milhares de dólares.



Meu velho,só acrescentando:E que tinha uma senhora pegada,né?Fiquei triste abéssa com a notícia.Aquela gibson 59 falava um absurdo nas mãos dele. Ainda lí em algúm lugar,que ele estava de planos de fazer shows aqui no Brasuca.E foi uma pena,nós não demos sorte !!!

Daniel_MV
Veterano
# fev/11
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buddy guy

Aquela LP plugada no Soldano falava alto demais pqp, melhor timbre de LP que já escutei certamente.

E pegada então, putz, nego vem falar do Zakk Wylde, quando ohar pegada no dicionário certamente temque ter o nome do Gary Moore lá.

Paul.Gilbert
Veterano
# fev/11
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MMI

Mas isso é aquela história...

O PAF, e a Gibson 1959, só custam esse absurdo hoje. Em 1959 era apenas uma Gibson comum. Como eu disse os instrumentos desses caras tem valor venal de no máximo 2000-3000 dólares. Se eles custam mais hoje, é pela tradição e pelo nome nome de quem usa. Se você pegar um PAF dos anos 50, e um atual, grandes chances do atual custar 1/80 dso preço e ainda ser melhor. Pelo simples motivo de que a eletrônica evolui desde lá.

Os grandes guitarristas aí, em sua maioria começaram sem dinheiro, e usam as mesmas guitarras que usavam anos atrás. Essas guitarras mega-caras, nunca vi um sequer usar, só vejo músicos amadores, ou colecionadores.

Não toquei em guitarras de 25.000 dólares, mas já toquei em guitarras caras, como Gretschs e Parkers Fly, e realmente a diferença de qualidade é grande em relação a minha Fender STD por exemplo, mas não em relação a uma Music Man Steve Morse, uma Guitarra de 2.000 e poucos dólares, que é feita com um esmero absurdo.

Cara, se você estudar Luthieria, vai ver como é barato fazer um instrumento de alto nível, e como não há motivos para um destes custar tanto dinheiro, salvo Marca e Mão-de-obra. Nenhuma marca vale tanto, e para a mão-de-obra valer milhares de dólares, teria de ser algo fora do comum.

Sabe os violões Sugiyama? Os de 8 mil dólares? Esses tem motivo para custar o que custam. Mas será que um Martin Incrustrado de mádrepérola e Ouro realmente vale 25-30 mil dólares?

Concordo que paga-se por qualidade, mas tudo tem um limite.

buddy guy
Veterano
# fev/11
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Daniel_MV
buddy guy

Aquela LP plugada no Soldano falava alto demais pqp, melhor timbre de LP que já escutei certamente.

E pegada então, putz, nego vem falar do Zakk Wylde, quando ohar pegada no dicionário certamente temque ter o nome do Gary Moore lá.




Podes crêr !!!

MauricioBahia
Moderador
# fev/11
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MMI: O Brian May é um cara nada menos que brilhante, construiu sua guitarra com madeira do século 18, refez os captadores, alterou as fases dos captadores, fez coisas que até hoje não se encontra em guitarras.

Perfeito o que você disse em sua postagem e destaco esse trecho acima. Mas ainda assim, não tinha marca. A percepção de qualidade estava justamente no artista e por isso falei do guitarrista "PRO".

Abs

Hammer
Veterano
# fev/11
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ainda tão discutindo essta besteira a hj!!!

MauricioBahia
Moderador
# fev/11
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Hammer: ainda tão discutindo essta besteira a hj!!!

Não, estou deixando claro o meu posto de ontem! hehe

Abs

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11 · Editado por: Vinícius Iron
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O negócio do preço da guitarra era algo que eu tava discutindo com o MMI, ontem. As melhores Gibsons ficam na faixa dos 8 mil dólares. Passando disso, não existe uma diferença tão grande, são mais mínimos implementos de componentes ou máquinas diferentes para a manufatura do instrumento. Não acho que justificaria um preço maior que 10 mil, além de eu achar perigoso andar pelos lugares com um produto tão caro.

Nem li o tópico todo, mas a Ibanez não está no nível nem Cort, quanto mais Jackson, ESP, etc..

São esses tipos de post troll que fazem os tópicos terem mais de 10 páginas... sem comentários.

Abs

MMI
Veterano
# fev/11
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Paul.Gilbert

A eletrônica não mudou muita coisa em se tratando de um captador, que basicamente é um imã com uns fios enrolados. Os PAF variavam muito, não eram tão constantes, mas até hoje são os modelos e os mais copiados. Inegável isso.

Se você nunca viu nenhum usar "guitarras mega-caras", vou lhe apresentar alguns. Veja um tal de Eric Clapton, Joe Bonamassa, Joe Perry, John Mayer, Pat Metheny, Al Di Meola, Santana, Billy Gibbons, Pizzarelli (pai e filho), isso para ficar em diferentes estilos e gerações.

Eu tive uma MM Steve Morse, a de 4 captadores. É uma guitarra honesta, mas longe de ser excepcional. Em termos de timbre, as Morse Y2D são melhores. É bem construída, mas não é isso tudo não. É um exemplo de guitarra mediana mas honesta e bem feita, assim como a maioria (quase totalidade) das Gretsch e Parker que conheci.

Não concordo que é tão barato fazer um instrumento de alto nível. Isso pode ser para uma stratinho ou até, forçando um pouco, uma guitarra sólida qualquer. Lembrando que estamos no Brasil, país das florestas mais ricas do planeta e por consequência, o mais rico em madeiras, o que barateia. Mas estou falando de instrumentos tradicionais, feitos com madeiras tradicionais, mesmo sabendo que alternativas brasileiras podem se sair até melhores, mas não passam de alternativas. Porém aqui não temos grandes nomes em luthieria de guitarras, diferente da área de violões que temos por exemplo um Sugiyama. De toda forma, para dar um exemplo, vou falar de minha PRS com braço de "brazilian rosewood" (ou jacarandá da bahia). Essa madeira está proibida a comercialização mundial há quase 40 anos. Se a PRS tinha ou é porque alguém estocou por 40 anos a um custo altíssimo ou é madeira ilegal, que também aumenta em muito o preço. Tive o prazer de conhecer guitarras de Bob Benedetto (para quem não sabe, o maior luthier do mundo atualmente) e Jimmy Foster. Aliás, Mr. Foster me recebeu por uma tarde na casa e oficina dele. O que ele tem ali e faz ali não é nem pode ser barato, além do que são anos de treinamento e aprendizado que pouquíssimos no mundo tem para fazer uma guitarra "carved" excepcional como aquela. Amigo, aquilo não é nada simples, exige uma perfeição muito grande para se traduzir num instrumento extraordinário e que lhe garanto, a guitarra de 30 mil dólares dele vale bem mais, é barata. Desde a escolha das madeiras, não serve qualquer coisa. Nas Benedetto, o ébano não pode ser menos que perfeito, por exemplo, muito superior ao ébano das Gibson Custom, só para dar uma comparação. O maple, idem, tanto Benedetto como Foster tem muito trabalho para selecionar exaustivamente, muitas vezes tendo que viajar e escolher pessoalmente num lote enorme, uma ou duas peças. Isso para não falar da arte de escavar com perfeição o tampo, fundo e laterais. E no caso do Sr. Foster, é ele e outro velhinho ali para dar conta de tudo. Por isso uma encomenda demora um ano para ser entregue e instrumentos como a Royale com upgrades que me foi mostrada ele não consegue produzir mais que uma por ano, por isso uma encomenda dessas pode demorar dois ou três anos. De fato eu não conheço de luthieria mas acho inaceitável alguém dizer que instrumentos desses são fáceis e baratos de fazer, mesmo porque dá para se contar nos dedos quem consegue fazer algo desse nível no mundo todo. Isso para não falar de guitarras como as Ribbecke que tem um desenho bem diferente e particular para projetar o som de forma diferente, mas isso é um projeto mais moderno, porém mais barato, "só" uns 15 mil dólares que valem cada centavo também.



Vinícius Iron

Para uma Gibson, como falei antes, pessoalmente acho que o teto está numa R9, mais que isso é besteira. De qualquer forma, são detalhes pequenos que na soma vão tornando um instrumento superior. E como o Bahia sempre diz, de nada adianta isso tudo se o camarada não sabe tocar e tirar proveito dessas diferenças.

E não esquente com esses trolleiros...

Leomju
Veterano
# fev/11
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Olha galera...

Vou comprar dois litros de coca-cola, um sorvete... e uma almofada nova...

Vou ler este tópico inteiro vagarosamente... post por post e depois vou mandar imprimir pra mim mesmo um diploma de Dr. em Luthieria e conhecimento sobre construção de instrumento de cordas!

Muito legal os posts, tem gente especializada (Luthiers) e outros que conhecem muito aqui!
Muito Obrigado galera!

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11 · Editado por: Vinícius Iron
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MMI

Exatamente. Eu já até tinha comentado isso num outro tópico... se o cara não tocar bem, não tem equipamento que o salve, seja amplificadores valvulados, guitarras tops e uma gama de efeitos. Antes de se comprar algo top, tem-se que ver se o instrumentista vai conseguir extrair o melhor que esses equipos podem oferecer, senão o dinheiro investido definitivamente não compensa.

É, aos poucos eu tô aprendendo a não esquentar a cabeça com trolls, não vale a pena...

Leomju

Imagina, cara. Não teríamos informações tão úteis, se tu não tivesse criado o tópico, rs. É sempre bom irmos upando tópicos assim para o pessoal aprender novas coisas. Eu mesmo já aprendi coisas novas, nesse mesmo tópico, conversando com o MMI e com o resto da galera.

Abraços gerais!

Paul.Gilbert
Veterano
# fev/11 · Editado por: Paul.Gilbert
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Vinícius Iron

Você tem razão em cada palavra. O músico vem em primeiro lugar, e não há equipamento que salve uma técnica ruim.

MMI

Claramente você é um cara que testou muito mais do que eu, e já teve equipamentos muito melhores que os meus. Invejo sua experiência com esse brilhante Luthier, e por favor não leve nada disso para o lado pessoal, estamos apenas trocando opiniões...

A eletrônica não mudou muita coisa em se tratando de um captador, que basicamente é um imã com uns fios enrolados. Os PAF variavam muito, não eram tão constantes, mas até hoje são os modelos e os mais copiados. Inegável isso.

Então porque um captador antigo deve custar 80 vezes mais, se não mudou nada? Vou continuar batendo nesta tecla... O nome aí pesa mais do que o instrumento, em vários casos que você citou. O instrumento em si, não vale tanto. Cara, chamar uma Music Man dessas de medinana? Você já viu o processo de fabricação desses caras? É melhor que a maioria dos melhores Luthiers... Tudo é robotizado e livre de falhas humanas.

Jacarandá da Bahia, sinto dizer, eu tenho escrúpulos de não comprar, mas consegue-se sem muita dificuldade. Madeiras de Lei, são comercializadas a torto e a direito aqui, vide o estado da Amazônia e do Mato Grosso.

Madeiras... Isso é pessoal. Eu prefiro, assim como 70% dos Luthiers vão concordar, o Marfim imperial. Visualmente não é uma madeira tão Bonita como um Maple AAA, mas é muito mais resistente e equilibrada. Falar que tal madeira é melhor que tal madeira, não é certo. Certas aplicações demandam madeiras diferentes e de fato algumas acabam sendo melhores para fins específicos, mas não há uma lei que diga que Jacarandá é Melhor do que Ébano. Isso é pessoal demais para vir a tona em uma discussão.

Amigo, uma guitarra, BOA, BOA MESMO, vai custar no máximo 1000 reais de madeira(usando madeiras raras). Para você ter idéia, um braço bem feito, "PADRÃO FENDER" me custaria por volta de 15 reais(salvo os trastes e tarraxas). O que pega aí, é o processo envolvido. É trabalhoso, é caro. A mão-de-obra e a marca acabam sendo mais da metade do preço do instrumento. Uma mão-de-obra do nível desses caras, realmente vale alguns milhares de reais, mas não acho que chegue ao ponto das dezenas.

Selecionar Madeira, a Music Man e a PRS também fazem isso, e não cobram 10.000 dólares a mais. Veja o vídeo da fábrica deles! É muito legal mesmo.

MMI
Veterano
# fev/11
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Paul.Gilbert

Cara, acho que você não entendeu... Eu sei que marfim é uma boa alternativa, assim como cedro, pau ferro e outras. Algumas podem ser até superiores às referências. Mas são alternativas, estou falando em referências. Não levei para o lado pessoal em momento nenhum. Talvez tenha aqui um grande mal entendido que eu falo uma coisa e você fala algo totalmente fora de questão e não estamos nos entendendo.

As MM Steve Morse que testei (umas 4 ou 5 além da minha), como disse, as Y2D são melhores. As madeiras são bonitas. Mas o som é mediano, opinião minha e de um monte de gente que tocou e tem muito mais experiência que eu. Além de ter um circuito complexo demais e não usual. Acho que não devia ter vendido essa guitarra, uma das poucas que penso isso, mas garanto que ela tomava uma surra das PRS por exemplo. E minhas PRS não são top.

Eu sei que especialmente no Brasil ainda é fácil arrumar Jacarandá. Isso é fruto de ganância e exploração de pobreza, fazer o que? Mas estou falando de abastecimento em larga escala para uma fábrica nos EUA de renome mundial, que vai exportar para o mundo todo depois de manufaturado. Desculpe, isso não é fácil, complica muito. Só para dar um exemplo, se eu resolver que quero um nut para minha guitarra de marfim de elefante, existe a venda na internet, mas é proibido entrar no Brasil por conta de acordo de proteção ambiental. Mas lógico que é possível arrumar um por debaixo dos panos em se tratando de Brasil. Lançar uma linha, digamos, Zaganin marfim pode ter certeza que é cadeia.

Veja, até onde eu sei, existem no máximo uns três caras no Brasil capazes de fazer uma guitarra "carved". Pior, não chegam numa Benedetto e são bem caras. A madeira no caso que eu citei torna-se cara pelo processo de seleção apuradíssimo, muitas vezes precisando do tempo do próprio master luthier para seleção. A seleção de madeiras da PRS, quando fazem a seleção e decidem fazer algo top, custa bem mais de 10 mil dólares. Eu já tive a chance de experimentar uma dessas... Já a Music Man não faz nada nesse padrão, até onde eu sei.

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