"Marca de verdade é Fender e Gibson!" Mas a IBANEZ já não está no mesmo patamar das duas?

Autor Mensagem
Practus
Veterano
# jun/12
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nichendrix

Nada como entender de estratégias de marketing e posicionamento de produto e marca

Verdadeira aula, como já foi dito...!!!

vintagentleman
Veterano
# jun/12
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Nichendrix,

O seu texto ficou muito bom e os argumentos são muito coerentes. Acho que esse tipo de opinião fundamentada é o que falta em muitos tópicos desse fórum.
Realmente a tradição da Gibson precede as guitarras, o que não ocorre com as outras duas marcas a ela comparadas no tópico discutido.
Agora, é importante ressaltar os pesados investimentos das três marcas em tecnologia e inovação, com novos processos produtivos automatizados, somente nas partes nas quais as máquinas são mais precisas que os artesãos, como cortes de madeira, por exemplo.
Note-se a preocupação em manter a "mão humana" em outras etapas consideradas mais artísticas como o acabamento. Isso é claro considerando os produtos top de linha das três marcas.
Como inovações relevantes e recentes, pode-se citar a Gibson Robot, que afina sozinha, a Fender Strato sintetizadora, que elimina a necessidade de um profissional possuir várias guitarras para ter várias afinações e timbres diferentes e, da parte da Ibanez, a excepcional tecnologia mecânica das novas pontes desenvolvidas "in house" e que são referências para a indústria atual.

Bog
Veterano
# jun/12
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vintagentleman
a Fender Strato sintetizadora, que elimina a necessidade de um profissional possuir várias guitarras

Só meus 2 centavos: os investimentos em tecnologia e inovação, neste caso, foram da Roland. A tecnologia por trás dessas Strato já existia antes delas.

nichendrix
Veterano
# jun/12
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vintagentleman

Sim as três marcas são bem inovadoras cada uma a seu modo. A Fender e criou muitos projetos interessantes e é mestre em reinventar esses projetos e em misturar um com o outro. A Gibson está também sempre trazendo a modernidade para os modelos já tradicionais da marca, mas ao longo dos anos sempre desenvolveu designs anos luz a frente do seu tempo, como a Explorer e a Flying V, que foram criadas nos anos 50, mas só pegaram mesmo dos 70/80 em diante.

Depois largou essa diferenciação em Design e passou a agregar novas tecnologias, ela inclusive criou um novo tipo de protocolo de troca de dados de computador em parceria com a 3Com/Sisco só para uso em instrumentos. Que é a base do Chamaleon Tone da marca.

Ibanez faz bons instrumentos, pra mim o que talvez seja um "problema" sob certos aspectos é que ela explora todos os mercados com a mesma marca, ela tem séries que a qualidade do instrumento creio que empate com uma Gibson de série, pelos poucos instrumentos dessas séries que pude tocar, mas também tem séries que não valem um sibasol furado.

explorer4ever
Veterano
# jun/12
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nichendrix

Na prática, o que eu vejo, já que não nasci em 1930, é que, andando por ai, por alguns países do mundo, me deparei com muitos palcos e situações de show e conheci muitos músicos(não cito isso como patente(o que seria uma idiotice), só como circunstância), é esmagadora a presença destas marcas em todos lugares, países, e somo a isso matérias de revistas brasileiras ou gringas, sobre bandas de inúmeros estilos que pesquiso. Mesmo com todos os dados e informação que você explicitou, e aos quais agradeço por aumentar meu conhecimento sobre este maravilhoso instrumento, a única verdade simples que continuo destilando é que Fender e Gibson são detentoras das maiores fatias de mercado, e isso, não estou expressando apenas o item vendas, mas valor do instrumento(que mesmo com várias series não são dos mais baixos), uso por parte dos profissionais mais reconhecidos(seja por marketing ou por escolha) e como citei antes, onipresença. Eu não sou fã de nenhuma das duas grandes marcas. Já tive guitarras das duas. Mas é incrível o poder que elas conseguiram agregar às suas marcas. Inegável. Seja na Europa, seja na américa do sul, seja na Asia. Elas estão lá, mais do que qualquer outra. Lembrando...falo de uma coisa simples..todo mundo usa, compra, se endivida, sonha com, vende coisas para tê-las, e ao redor do mundo os profissionais respeitam essas marcas como nenhuma outra. Sim, há os superluthiers que fazem custom a preços altíssimos e uma guitarra por mês e tals, há tantas outras marcas ótimas, com vários músicos que as defendem, mas igual a Fender e Gibson nichendrix, numa visão simplória de onipresença, ninguém me convencerá que estas são [/i]em questão de estarem com seus nomes na quase totalidade dos palcos de bandas conhecidas ou não, e no inconsciente coletivo musical dos jovenzinhos que estão almejando chegar lá[i], as maiores marcas mundiais num quesito que agrega estarem em todo lugar, e serem objeto de desejo de no mínimo 6 em cada dez propensos guitarristas e profissionais. Nem a PRS, Gretsch, Rickenbaker, Suhr, Tom Anderson, Brian Moore, Benedetto, Kramer, Jackson, D'angelico...chegam nelas, e sabemos que é por um conjunto de fatores, desde "idade" até localização, tamanho, proposta etc...

Se eu falasse de gosto pessoal, falaria das Suhr.

Gostaria de lembrar que me atenho exclusivamente a penetração(iu!) destas marcas no mercado mundial.

Quanto ao marketing, tamanho físico da empresa, estratégia, eu concordo com você e agradeço tanta informação bacana. De verdade.

Legal conhecer mais sobre essas marcas e sobre sua visão. Acrescentou bastante ler o que escreveu.

Stratozoide
Veterano
# jun/12
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Cara o negocio é pegar uma giannini da linha GGX pois todas vem com as tarraxas blindadas,isso é,voce já vai estar pronto para guerra!

nichendrix
Veterano
# jun/12
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explorer4ever
a única verdade simples que continuo destilando é que Fender e Gibson são detentoras das maiores fatias de mercado, e isso, não estou expressando apenas o item vendas, mas valor do instrumento(que mesmo com várias series não são dos mais baixos), uso por parte dos profissionais mais reconhecidos(seja por marketing ou por escolha) e como citei antes, onipresença.

Sinceramente isso chega a ser maluco, já que as 3 maiores fábricas de guitarras do mundo são a Samick, a Sejung e a FujiGen. De cada 10 guitarras do mundo coisa de 6 são produzidas por essas 3 marcas, que englobam tanto marcas próprias, quanto marcas OEM (como Epiphone, LTD, Squier e afins).

Então é meio difícil você achar que eles tem a maior parcela do mercado se nenhuma das duas marcas sequer está entre os maiores fabricantes.

SuperSucata
Veterano
# jun/12
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Elas são as marcas mais famosas, por isso acontece isso, mas claro que existem outra marcas muito boas que são possivelmente melhores que as duas. Isso vai da opinião de cada um, cada um tem seu gosto. A Fender é boa para tocar qualquer tipo de música, a Gibson é melhor para Hard Rock e a Ibanez é uma das melhores para Heavy Metal. Eu particularmente sou fã da Fender. Quando fui testar pela primeira vez, só quando toquei nas cordas já senti a diferença, tem um ótimo som, ótimo braço, é bom em tudo, sem falar que são Stratos, meu estilo de guitarra preferido.

É isso cara, cada um tem seu gosto, e a grande maioria prefere Gibson ou Fender, mas existem várias outras marcas concorrentes, a maior e mais conhecida talvez seja a Ibanez.

Bog
Veterano
# jun/12 · Editado por: Bog
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SuperSucata
a Gibson é melhor para Hard Rock

Taí um mito que eu não consigo entender...

O pessoal parece que nem lembra que a Gibson tem entre seus modelos lendários algumas coisas da linha ES, ou que o próprio Les Paul nunca foi um guitarrista de Hard Rock.

vintagentleman
Veterano
# jun/12
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Acho que dá para resumir o assunto da seguinte forma,

1. Há diversas marcas de guitarra com a mesma qualidade de Fender e Gibson, tais com as top da PRS, da Ibanez, da Gretsch etc etc. A escolha entre elas é questão de gosto.

2. As MARCAS Gibson e Fender são fenômenos de marketing no bom sentido, ou seja, foram implantadas como referências em nossas consciências (e inconsciências também rsrsrs), assim como outros ícones como a Coca-Cola, a Mercedes Benz, a Apple, a Microsoft etc. Esse fenômeno da pós-modernidade vem sendo amplamente estudado por ciências como a filosofia, a história, a psicologia, a sociologia etc, cada uma com um enfoque especifico, mas visando responder a mesma pergunta básica, qual seja o motivo pelo qual nos envolvemos sentimentalmente com marcas de objetos, achando que elas nos representam ou que as representamos, em termos de estilo de vida, valores etc.

explorer4ever
Veterano
# jun/12 · Editado por: explorer4ever
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nichendrix

...a única verdade simples que continuo destilando é que Fender e Gibson são detentoras das maiores fatias de mercado, e isso, não estou expressando apenas o item vendas, mas valor do instrumento(que mesmo com várias series não são dos mais baixos), uso por parte dos profissionais mais reconhecidos(seja por marketing ou por escolha) e como citei antes, onipresença...

meu amigo eu respeito seu conhecimento, sua intenção, mas de acordo com o que grifei acima, que vem do meu próprio comentário, eu lhe digo, que me lembro da sombra de uma marca samick e as outras duas que citou, nunca ouvi falar, e acho que mais uma vez a coisa é simples: uma enquete em escolas de música ao redor do mundo, no Brasil e a pergunta, que marcas são mais conhecidas por vocês. Simples. Acho que eu não fui claro quando eu disse me ater à questão popularidade, onipresença nos palcos do mundo, principalmente os mais vistos. Tipo: existem hoje muitos programas de música na tv fechada, Abbey Road, Musicland, Rock Road, jools Holand, David Letterman, sesiones com Alejandro Franco, Mezzo..isso é uma faixa específica eu sei, mas veja, nestes programas que são produzidos em lugares diferentes do mundo, com bandas conhecidas ou underground, e me diga quando vemos uma Samick ou essas outras entendeu? Eu vejo todas marcas que citei acima, e ainda Martin, Ibanez, Squier, Music Man, mas essas que vendem mais não vejo. Se eu visse reconheceria e lhe diria. Seus dados são reais, eu acredito, mas o que estou falando é outra coisa meu velho. Com todo respeito, e mais uma vez agradecendo sua disponibilidade de informar tantas coisas legais sobre guitarra, marcas...como eu disse, não sou um grande fã de Fender, Gibson, nem bebo Coca-cola, mas essas marcas são fortes pra caramba. Por exemplo, se você abre a página da Musician Friends, e coloca toda a gama de instrumentos por ordem de melhores vendas, verá Gibsons e Fender liderando, mesmo sendo mais caras que Epiphone ou Squier, e mais uma vez pra encerrar porque acho que já dissemos tudo, meu argumento cruza tanto a capacidade de vender, quanto sua presença maçica nos palcos, bem como o valor que é em geral mais alto do que submarcas que talvez vendam mais, mas não quer dizer que lucram mais...

Mais uma vez obrigado por enriquecer meu glossário guitarrístico. Aliás, você já me ajudou muito também em outras questões como amplificadores, e outros assuntos.

Leomju
Veterano
# jun/12
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MMI
Alas, nem tinha notado. É mesmo. De toda forma é uma boa guita pra iniciante, até a ponte Floyd, desafina, sim, mas menos do que eu pensava!

nichendrix
São duas marcas que ficaram famosas pelo que entregam, uma pro ter instrumentos feitos com um cuidado bem acima da média, outra por ter uma produção muito regular, entra ano e sai ano e as Stratos, Teles, Jaguares e Mustangs continuam do mesmo jeito que sempre foram, mesmo que sempre adicionem novidades.
Gostei dessa parte!
E de todas as outras... hehe!

explorer4ever
Com certeza, para muitos músicos a Ibanez é "melhor" do que Fender ou Gibson. A ibanez tem uma pegada diferente de todas, na minha opinião, tem mais "personalidade"do que uma PRS por exemplo. Não estou dizendo que é melhor ou pior, só diferente, e bem específica em sua diferença.
Por isso citei a Ibanez no enunciado do tópico. Embora eu prefira uma strato, a Ibanez já tem uma personalidade própria!

Leomju
Veterano
# jun/12
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vintagentleman
Correto.

Bog
a Gibson é melhor para Hard Rock

Taí um mito que eu não consigo entender...

O pessoal parece que nem lembra que a Gibson tem entre seus modelos lendários algumas coisas da linha ES, ou que o próprio Les Paul nunca foi um guitarrista de Hard Rock.

Certinho. Ela é mais versátil do que parece!

Stratozoide
Cara o negocio é pegar uma giannini da linha GGX pois todas vem com as tarraxas blindadas,isso é,voce já vai estar pronto para guerra!

Hahahaha!

Valeu pessoal!

renatocaster
Moderador
# jun/12
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SuperSucata

Gibson é melhor para Hard Rock e a Ibanez é uma das melhores para Heavy Metal

Isso é "genericamente" falando né? Porque esse negocio de guitarra tal para estilo tal, é bem subjetivo. Claro que em alguns modelos existem adequações que permitem tocar com mais fluidez um determinado estilo, mas nada é regra.

Eu poderia enumerar aqui vários casos onde a Ibanez e Gibson não se aplicam ao metal e hard rock, respectivamente. Agora o que vc falou da Fender (imaginando que vc se referiu as stratos) eu concordo. Eu acho a Strato uma das guitarras mais versáteis que existe, para o meu gosto.

MMI
Veterano
# jun/12
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nichendrix

Parabéns pelo texto... Só vou ajudar um pouco aqui.

Cara, eu conheço a fábrica da Gibson em Nashville, que é a maior das 3 fábricas deles, na boa é uma fábrica pequena, compatível com a operação que eles tem.

Bom, eu conheço a fábrica de Memphis. Lá falaram que a produção semanal deles bate próximo de 50 guitarras, produzem ali as todas as semi, a LP Custom branca e a double neck. A fábrica de Bozeman, Montana, onde fazem os violões e archtops, tem uma produção parecida em números. Em Nashville onde fazem as sólidas, tem uma produção maior nas 2 fábricas, porque lá está separado a produção normal da Custom Shop, mas não chega a ser o dobro das outras duas. Se for pensar, é uma produção até pequena.

se olhar a história da marca vai ver que a Les Paul foi descontinuada por baixas vendagens, o que não justificava manter o contrato dos royalties com o Lester (Les Paul). Então fica meio estranho, alegar sucesso desse modelo quando elas foram descontinuadas no auge dos caras que você citou como referências no Rock, entre 1960 e 1968 para as Custom e 1960 e 1972 para os demais modelos. A SG também perigou sair de linha por baixas vendagens nesse período.

Um fato curioso é que Les Paul morou muito tempo na região de New York. Não é de se estranhar que a Gibson tinha só a fábrica de Kalamazoo, Michigan, e a Epiphone tinha a fábrica em NY, logo foi lá na Epi que Les Paul desenvolveu seus estudos e projetos de guitarra de corpo sólido.

Devido a 2a Guerra Mundial, a fábrica da Gibson parou por falta de madeira e metal, passou a produzir partes de madeira para armas no esforço de guerra. Devido a crise, em 1944 a Gibson foi comprada pela Chicago Musical Instrument Company (CMI). A Epiphone de NY era a única fábrica que rivalizava com a empresa de Kalamazoo nas archtops, com excelentes instrumentos como as Triumph, Emperor, Deluxe e Broadway, além de banjos e baixos. Por isso em 1957 a mesma Chicago Musical Instrument Co comprou a Epiphone também, nessa época havia se transferido de NY para Philadelphia devido a uma greve de 4 meses dos funcionários. Logo, a coisa não ia tão bem para as duas empresas e não foi exatamente a Gibson que comprou a Epiphone como dizem.

Nessa fase CMI que foi contratado em 1948 e se tornou presidente Ted McCarty (1950-1966), que revolucionou e lançou a Les Paul, ES-175, as thinline (Byrdland, ES-350, ES-335), SG, Explorer, Flying-V, Firebird e inovações como Humbucker PAF e tune-o-matic.

No fim da década de 60 a coisa não estava boa nem para a Gibson (CMI) nem para a Fender, ambas mudaram de mãos, a Chicago Musical Instrument virou Norlin em 1974 (um conglomerado sul americano) e a Fender passou para a CBS. Essa foi uma fase de queda de qualidade de ambas as fábricas. A Gibson foi afundando até que em 1986 chegou a fechar as portas por 3 meses, até que um grupo formado por Henry E. Juszkiewicz, David H. Berryman e Gary A. Zebrowski adquiriu e reabriu a fábrica em janeiro de 1986. Em 2009, nova crise, houve uma queda de vendas e problemas com madeiras, tendo que demitir e readaptar as fábricas. Não é muita crise e dificuldade para essa enormidade que acham que é a Gibson? :-)

nichendrix
Veterano
# jun/12 · Editado por: nichendrix
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vintagentleman
1. Há diversas marcas de guitarra com a mesma qualidade de Fender e Gibson, tais com as top da PRS, da Ibanez, da Gretsch etc etc. A escolha entre elas é questão de gosto.

Sim, existem muitas, se tu pegar as Gretsch de série em geral são tão ou mais bem trabalhadas que as Gibson equivalentes e a PRS americana padrão é superior a Gibson americana padrão.

explorer4ever

Cara ,eu não estou fazendo confusão, você está misturando diversos conceitos e apresentando a idéia de que são a mesma coisa, quando na verdade não são.

Fender e Gibson são detentoras das maiores fatias de mercado, [...] não estou expressando apenas o item vendas

Eu não sei o seu conhecimento de marketing, mas em marketing quando você diz que uma marca tem a maior fatia do mercado, está se falando que a quantidade vendida (em número itens ou em dinheiro), é maior que a dos outros.

Certamente a Gibson não tem a maior fatia do mercado, já que Samick sozinha fabrica pouco mais da metade de todos os instrumentos do mundo.

valor do instrumento(que mesmo com várias series não são dos mais baixos) [...] mesmo sendo mais caras que Epiphone ou Squier

Aqui é outro conceito, o conceito de valor monetário e valor agregado, é totalmente diferente do conceito participação de mercado, no fim aqui é mais fácil ver equivalências para avaliar a lucratividade.

Num calculo feito na base do "chutometro", já que eu não tenho as tabelas de custos, mas posso estimar pela média do que se pratica em industrias, o valor do lucro da venda de umas 1000 Gibsons equivale ao lucro de aproximadamente 2500 Epiphones.

A diferença mercadológica é que a probablilidade de vender 1000 Gibsons é menor (porque o mercado é bem menor), do que a de se vender 2500 Epiphones (que tem um mercado muito, mas muito maior).

Duvida, pergunte aqui no fórum quantas pessoas tem Gibson e quantas tem Epiphone, e vai ver que a diferença é gritante.

Eu me preferi me ater a duas marcas da mesma empresa, para não entrar em diferenças de grandeza imensas como o fato de que pra cada Epiphone que se vende, se vende 100x mais guitarras xing ling genéricas.

Mesmo aqui se você pensar que a Samick usa a capacidade ociosa de suas fábricas para vender espaço de produção para marcas "OEM", como Epiphone, Squier, Ibanez, Memphis, Gianinni, Condor, praticamente todas as segundas linhas das grandes americanas e as marcas que são puramente regionais, são todas guitarras que a Samick produz com o brand de outra empresa, em troca de parte dos lucros das vendas delas, e isso é só a capacidade ociosa dela, fora o que ela vende com as marcas próprias uma bem "famosa" aqui no Brasil são as Shelter e SX.

uso por parte dos profissionais mais reconhecidos(seja por marketing ou por escolha) [...] acho que mais uma vez a coisa é simples: uma enquete em escolas de música ao redor do mundo, no Brasil e a pergunta, que marcas são mais conhecidas por vocês. [...] como eu disse, não sou um grande fã de Fender, Gibson, nem bebo Coca-cola, mas essas marcas são fortes pra caramba.

Aqui você já trabalha outro conceito, que é o conceito de marca e não o de mercado, e o conceito de penetração da marca.

São conceitos bem diferentes, como falei, a Coca Cola tem a marca mais forte do mundo, vale mais que tudo que a empresa produz e é a marca com a maior penetração de mercado do mundo, mas em participação de mercado ela não é lider, anda é longe, também não é a líder em valor agregado, já que ninguém pagaria mais por uma Coca-Cola do que se paga hoje.

Sim Gibson e Fender são marcas que tem uma grande penetração no inconsciente coletivo, basicamente são as duas marcas que definiram o que é guitarra elétrica, as outras, mesmo hoje em dia só correm atrás do caminho que elas vem apontando há mais de 50 anos.

Isso é muito diferente de dizer que elas tem a maior participação de mercado, já que nesse quesito elas são bem pequenas, justamente por serem instrumentos linha acima, em focado em profissionais e semi-profissionais, hobbistas e colecionadores bem abastados. Nesse tipo de mercado quanto menos se produz, melhor e se produz par auma fatia bem pequena do mercado geral de guitarras.

Eu tenho muitos amigos profissionais da música tanto no Brasil, quanto fora, mas se você me pergunta quantos guitarristas eu conheço que não são profissionais, o número vai fácil pra ordem de 10x mais. Então é meio obvio que a maior fatia do mercado vai pra quem vende mais nesse mercado fora dos profissionais.

que me lembro da sombra de uma marca samick e as outras duas que citou, nunca ouvi falar ... e me diga quando vemos uma Samick ou essas outras entendeu?

Eu vejo toda hora, porque eu vejo toda hora o povo tocando com Squier, Epiphone, SX, Shelter, Condor, Memphis, LTD, OLP, Ibanez Chinesa e afins, isso daí só pra citar as que são produzidas pela Samick.

Pra cada 10 que tem uma dessas eu conheço um que tem Gibson e Fender, e pra cada 10 que tem uma Gibson ou Fender eu conheço uns 3 que tem as duas, e só 2 que tem mais de uma de cada.

Como a Samick só entra em negócio em que ela tem uma parte da sociedade, mesmo que seja uma parte menor, dá pra ter uma idéia do tamanho dela em termos de grana.

E usando seu exemplo da escola de música, na prática se tu perguntar com qual guitarra 9 de cada 10 guitarrista sonha? Vais ouvir Gibson, Fender, Ibanez, etc. Mas se perguntar qual guitarra eles de fato tem? Vais ser muito mais provável ele dizer que é Squier, Epiphone e afins.

como citei antes, onipresença...

Isso eu nem discuto, essas marcas são sim onipresente no imaginário popular, mas isso não tem uma tradução nos lucros delas ou no número de suas vendas ou na sua participação no mercado.

O que estou questionando desde o começo é essa associação que você faz entre 3 grandezas, que, neste caso específico, não estão em relação diretamente proporcional entre si, mas que por algum motivo você quer que estejam, mesmo a realidade lhe mostrando outra coisa.

MMI
Bom, eu conheço a fábrica de Memphis. Lá falaram que a produção semanal deles bate próximo de 50 guitarras, produzem ali as todas as semi, a LP Custom branca e a double neck. A fábrica de Bozeman, Montana, onde fazem os violões e archtops, tem uma produção parecida em números. Em Nashville onde fazem as sólidas, tem uma produção maior nas 2 fábricas, porque lá está separado a produção normal da Custom Shop, mas não chega a ser o dobro das outras duas. Se for pensar, é uma produção até pequena.

Eu não vou lembrar de cabeça, até porque isso foi em 98, em 98 a produção máxima girava em torno de 200 guitarras por semana, se não me engano, contado Gibson USA e Custom, Art and Historic, na época saiam só 5 Custom Shop por semana, já que tava começando a produção das CS.

Não é muita crise e dificuldade para essa enormidade que acham que é a Gibson? :-)

É isso que eu estou tentando dizer há horas, uma coisa é uma marca ser conhecida e desejada, e outra é ela vender bastante e dar um lucro absurdo.

Se tu pensar em carros, um Palio é produzido por menos de 5mil dólares e vendidos a 10mil fora do Brasil e 20mil aqui, e vende na casa da dezena/centena de milhar por mês no mundo inteiro. Os Rolls Royce são produzidos por quase 1 milhão de dólarese são vendidos por pouco mais de 1,3 milhão de dólares e só são produzidos pouco mais de 1500 deles por ano.

Faz as contas de quem tem mais lucratividade e quem tem a maior presença de mercado?

Agora pergunta em qualquer canto do mundo se a pessoa sabe o que é um Rolls Royce e o que é um Pálio pra ver como o resultado é o oposto?

vintagentleman
Veterano
# jun/12
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Em se tratando de Gibson e Fender muitos confundem o custo das guitarras com o valor das mesmas...
Esses dizem "Pagar US$ 5000,00 por um pedaço de pau com cordas? É muito dinheiro..." ou então "Comprando Fender ou Gibson você paga pela marca no headstock porque os instrumentos não valem isso..."
Bem, o custo dessas guitarras é um mero cálculo, totalmente objetivo e para um consumidor seria o repasse de toda a matéria prima empregada, mais a mão de obra e mais os impostos inevitáveis, além é claro, da margem de lucro do fabricante e do revendedor.
Já o valor tem um componente subjetivo que depende do interesse de quem paga no objeto em questão, e isso é mais difícil de ser quantificado embora repercuta em acréscimo de US$ no preço final da guitarra. O consumidor paga por outras qualidades menos mensuráveis como tradição, status, reputação etc.
É isso que faz com que as Gibsons e Fenders sejam mais caras que similares com a mesma qualidade. É isso que faz com que consumidores paguem mais por produtos da Apple, por automóveis Ferrari etc.
Como agregar valor à marca é um dos segredos mais pesquisados pelas empresas porque isso faz com que o patrimônio "intelectual" delas seja muito maior do que o patrimônio real que possuem. Como exemplo maior temos a Coca-Cola, empresa cujo valor é muitíssimo superior à soma de todos os prédios, veículos , maquinário etc.

nichendrix
Veterano
# jun/12 · Editado por: nichendrix
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vintagentleman
Já o valor tem um componente subjetivo que depende do interesse de quem paga no objeto em questão, e isso é mais difícil de ser quantificado embora repercuta em acréscimo de US$ no preço final da guitarra. O consumidor paga por outras qualidades menos mensuráveis como tradição, status, reputação etc.

Isso mesmo, essa é a grande sacada de estudar valor de um produto, porque valor monetário em geral está muito amarrado em fatores intangíveis, que não se pode mensurar com tanta precisão, e é aí que se pode ganhar muita grana.

A Ibanez fez a fama dela assim, ela não tinha tradição e nem fama, então decidiu investir em alguns nomes que na época estavam iniciando a carreira, estavam começando a ficar conhecidos e ela investiu "pesado" para que se tornassem conhecidos e assim alavancassem as vendas.

O Steve Vai bem no começo usava Kramer, Fender, Jackson e afins, Satriani usava Les Pauls (ele inclusive coleciona o modelo), a Ibanez pegou dois caras duros e pouco conhecidos e bancou para terem algum status e assim vender em cima desse nome, assim ela criou uma certa tradição em superstratos. Elas estão longe de serem as melhores super stratos do mercado, mas as referências são endosers dela.

É isso que faz com que as Gibsons e Fenders sejam mais caras que similares com a mesma qualidade. É isso que faz com que consumidores paguem mais por produtos da Apple, por automóveis Ferrari etc.

Não poderia ter dito melhor, a Apple tem menos de 5% do mercado de computadores, mas é, junto com a Microsoft, a Dell e a IBM uma das maiores referências nesse mercado.

Como agregar valor à marca é um dos segredos mais pesquisados pelas empresas porque isso faz com que o patrimônio "intelectual" delas seja muito maior do que o patrimônio real que possuem. Como exemplo maior temos a Coca-Cola, empresa cujo valor é muitíssimo superior à soma de todos os prédios, veículos , maquinário etc.

Pois é, o conceito de valor é muito diferente do conceito de participação de mercado, até a forma de abordar a produção do produto é diferente. Se você quer participação você tenta reduzir custos, produzir grandes quantidades e vender pelo menor preço possível, ou pelo menos a melhor relação custo-benefício possível.

Já quando se foca em valor agregado, você foca em produzir em escalas pequenas, não se economiza tanto em custos, mas se tem uma margem maior em cima do produto porque ele entrega algo que para o consumidor não tem preço.

É só ver que a Gibson, tem Les Pauls de 799 dólares e de 30mil dólares sendo produzidas quase que lado a lado, ambas em escalas relativamente pequenas. Quando vocÊ vai numa fábrica chinesa, você esteiras onde passam milhares de instrumentos um atrás do outro sem parar.

vintagentleman
Veterano
# jun/12
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Nichendrix,

É devido a essa manipulação consciente do meu inconsciente por parte das empresas, que eu me consumo em GAS... rsrsrsrsr
Já dei lucro para Gibson, Ibanez, Roland... Sou um fraco! rsrsrsrs

nichendrix
Veterano
# jun/12
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vintagentleman

Eu sou outro que to no eterno prejuízo... hehehehehehhe

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