O que acharam do ativismo politico do Roger Waters no show dele?

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ferraz bass
Veterano
# out/18
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Insufferable Bear
Nem foi o Lincoln que escreveu isso lol:
https://en.m.wikipedia.org/wiki/William_J._H._Boetcker


Não importa quem seja o autor, não importa se Abraham Lincoln é gay, o que importa é que essas regras se aplicam até hoje.

entamoeba
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# out/18
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ferraz bass
O que você fez no show do Waters? Vaiou, gritou "mito" ou foi embora?

Insufferable Bear
Membro
# out/18
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Para quem não entendeu a piada, aqui uma ajuda:
01. Não criarás a prosperidade se não estimulares a poupança.
Abe Lincoln foi o primeiro gayzista.


Se ainda não entendeu, só perguntar.
Abraços

TendTudo
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# out/18
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Roger Waters é o primeiro baixista nazista da banda megalomaniaca carismática, como Padre Marcelo Rossi, chamada Pink Floyd que os futuros droogies irão confundir com Floyd Rose...Sem mais...a história não se repete...apenas as aulas sobre geopolítica se repetem...

TendTudo
Membro Novato
# out/18
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Roger Waters é o primeiro baixista nazista da banda megalomaniaca carismática, como Padre Marcelo Rossi, chamada Pink Floyd que os futuros droogies irão confundir com Floyd Rose...Sem mais...a história não se repete...apenas as aulas sobre geopolítica se repetem...

Cínico aqui só o Roger Waters https://gente.ig.com.br/cultura/2017-07-20/radiohead-israel.html

TendTudo
Membro Novato
# out/18
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Minha solidariedade ao Berla


ferraz bass
Veterano
# out/18
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entamoeba
ferraz bass
O que você fez no show do Waters? Vaiou, gritou "mito" ou foi embora?


Esperei ele dar a lacrada dele pra continuar curtir o show, mas fiquei puto porque só queria ouvir musica, e não comício politico.

ferraz bass
Veterano
# out/18
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Insufferable Bear
Para quem não entendeu a piada, aqui uma ajuda:
01. Não criarás a prosperidade se não estimulares a poupança.
Abe Lincoln foi o primeiro gayzista.

Se ainda não entendeu, só perguntar.
Abraços


Entendi agora kkkkk

Filippo14
Veterano
# out/18
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Mauricio Luiz Bertola

Sim, não estudou História Econômica nem Economia Política (como eu não estudei Medicina...). Se o tivesse feito não terias dito o que disse.

Pior que eu estudei, estudei desde os economistas clássicos, com a teoria do valor do trabalho, passando pelos marginalistas, austríacos, marx e keynes.

Estudei também na faculdade história econômica das organizações, claro que muuuuito menos do que você estudou e com um foco totalmente diferente.

Mas eu já expliquei...
O Capitalismo é uma estrutura econômico-social histórica MUITO dinâmica e capaz de gerar um desenvolvimento técnico muito rápido e exponencial. Mas também o de gerar inúmeras contradições, injustiças, alterações psíquico-sociais, concentração de renda, destruição ambiental e etc... É exatamente essa parte que tem que ser controlada. Você advoga que se deve deixá-lo sem controle, submetido às lógicas do "mercado" (que, aliás, é uma abstração); isso não deu em boa coisa (e não está dando agora). A discordância está aí...


Eu entendo a sua preocupação, realmente entendo, mas continuo a afirmar que não houve nenhuma sociedade moderna que tivesse um poder central reduzido, com o poder descentralizado e com alta liberdade social e econômica. Você usa exemplos de épocas que estados guerreavam entre sí, conquistavam outras terras, escravizavam outras pessoas, que mulheres não tinham voz. Isso vai totalmente contra os príncipios liberais e insisto, até hoje não vivemos em um liberalismo, e sim em uma social democracia/ welfare state. Acredito que seja isso que crie uma discordância entre nos, por que os exemplos que você usa são exemplos de sociedades com pouca liberdade e com um grau autoritário (reproduzido de varias formas) muito alto.

Porque você não leu Marx... Simples assim... Marx escreveu no século XIX, para as condições de sua época. Algumas das condições observadas e criticadas por ele já não mais existem, outras, se mantêm...

De fato, não li o Capital inteiro, mas estudei diversos capítulos na faculdade, li bons pedaços por conta própria e li mais de uma vez o Manifesto Comunista (tenho inclusive ambos os livros).

Desculpe, mas ele não era a favor do capitalismo, ou não teria escrito o que escreveu. Pode ser que tenham passagens que ele fale algo do tipo, mas os principais pontos dele eram completamente diferentes e contrários a uma ótima liberal.

Dizer que ele era a favor do capitalismo é o mesmo argumento de dizer que o bolsonaro é paz e amor e que ele se contradisse "em alguns momentos" com frases "mal colocadas"

Aqui está o equívoco básico: Você se atém ao presente sem perceber que ele nada mais é que FRUTO DO PASSADO. Sem estudar, sem entender História você jamais saberá de onde vem a Realidade econômica e Social de hoje; porque ela não surge do nada. Nós mesmos (pessoas) não somos mais que fruto do nosso meio familiar, social, histórico e etc. Você (e eu) não é mais que um resultado do seu passado, da sua família, do seu ambiente cultural.

É claro que eu entendo isso, somos fruto do passado, Paulo freire, Sérgio Buarque de Hollanda e Douglas North (imaginação sociológica) falaram muito sobre isso. O ponto é que não da para olhar somente para o passado e tentar reproduzir coisas somente feitas no passado, é preciso pegar ideias, mesmo que a princípi de dificil execução ou "utópicas" e tentar inserí-las na sociedade pouco a pouco.

O ponto é que eu não acredito em Anarco capitalismo hoje, de fato, o mundo tem grandes monopólios e injustiças e um mundo basicamente "sem regulações" seria complicado atualmente. Inclusive nem tenho imaginação para pensar em um mundo factivel que fosse assim, mas acredito completamente que uma sociedade mais livre reduziria preconceitos e injustiças, trazendo bem estar para a sociedade. Me pego claro, em mais conceitos economicos do que históricos, mas acredito que seja o correto para a sociedade hoje.

Abs,

Lelo Mig
Membro
# out/18 · Editado por: Lelo Mig
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Filippo14
Mauricio Luiz Bertola

Eu acompanhei o "debate" de vocês. Ambos fizeram colocações inteligentes com argumentos plausíveis, e conseguiram se manter no campo das idéias.

Mas, existe um abismo enorme no campo ideológico e é justamente aí, e onde percebe-se a presença da "paixão" em detrimento da razão, que torna impossível um acordo. Resta cada qual respeitar a colocação do outro e mais nada. Vocês pensam diferente.

Já fui um homem de esquerda. Não xiita radical, nem comunista, mas já fui um socialista. Hoje não mais... Ainda, que no papel, muitas teorias de esquerda sejam muito interessantes, na pratica nenhuma deu certo. Mas não me tornei um liberal radical.

Bakunin disse, em outras palavras, que Marx cagava toda sua teoria, quase perfeita, ao concentrar o poder na mão do Estado, ele tinha razão. Apesar de o anarquismo de Bakunin, sem a presença de Estado algum, ser ainda mais utópica.

O comunismo não deu certo na prática.

O capitalismo, mais tosco e agressivo, existe antes de qualquer teoria. Mesmo "teorizado", posteriormente, nunca foi exatamente implantado por algum governante como ideologia... Ele simplesmente ocorre, e também não resolveu, na prática, questões e necessidades essenciais ao homem.

Minha decepção e mudança de viez político filosófico se deu observando o mundo prático Quando vejo esquerda e direita degladiando conceitos teóricos e depois usando Cuba e EUA como exemplos práticos, eu acho lamentável. Ainda que os EUA sejam "menos pior" que Cuba para uma parcela mais significativa de suas populações.

Numa sociedade, onde um analfabeto irá competir com um astrofisico, a implantação de um liberalismo, sem promover uma melhor distribuição de renda e justiça social antes, seria desastroso. É como me colocar numa corrida contra o Usain Bolt e ele dar a largada 15 segundos antes. Por mais competitivo e esforçado que eu seja, não irei ganhar nunca. Contudo, se vale tudo, e sou muito competitivo, terei uma chance matando-o.

O Estado não funciona. É inchado, é corrupto. Emprega, em sua maioria gente que, justamente por não querer trabalhar, migrou para o público e gente que é, agraciada com cargo público, por ser amiga do poder. Essa prática se dá desde o Império. É claro que existem inúmeras exceções, mas negar a grande massa de parasitas é se fingir de cego.

O grande erro, recorrente, da esquerda brasileira, é a esperança num líder que vá fazer a máquina funcionar. Mas isso nunca ocorreu e nem vai acontecer.

São Paulo, por exemplo, teve durante décadas 2 bancos públicos, Banespa e Nossa Caixa, que serviram somente para a corrupção e como cabide de empregos e fizeram um estrago imenso no Estado. Aí, em pleno 2018, um imbecil feito Marinho, candidato a governador pelo PT, tem em sua plataforma a criação de um Banco Estadual. Qual a real intenção de um sujeito desses? Criar um sistema de crédito barato para os pobres? Duvido!

É esse tipo de ideia de jerico ou má intencionada que me afastou da esquerda.

Hoje, sou a favor de um governo simplista sem base ideológica, capitaneado por um administrador, que crie apenas as condições para o que o País precisa de imediato:

Gerar empregos e aquecer a econômica através da infraestrutura.

Fechar drasticamente o ralo da máquina pública por onde esta escoando bilhões, demitindo todos os servidores não concursados/indicados e, reduzindo drasticamente o número de ministérios.

Colocar no plenário o fim de cargo vitalício para Juízes STF e propor mandato igual do senado e sem reeleição. E propor uma nova opção de escolha que não indicação presidencial.

Reduzir o número de partidos para no máximo 5.

Promover a reforma da previdência CLT, apenas depois de fazer uma reforma na previdência do judiciário e militares.

Acabar com o voto obrigatório. Aumentar, gradativamente, a independência dos Estados, permitindo maior autonomia e legislação próprias. Dada as imensa diferenças entre os estados, questões como armas, descriminalização de drogas e aborto, por exemplo, poderiam ser discutidas regionalmente, como acontece nos EUA.

Acabar com foro privilegiado, imunidade parlamentar, prisão especial para nível superior.


Haddad vai fazer isso? Não!
Bolsonaro vai fazer isso? Não!


Anula... Confirma!

TendTudo
Membro Novato
# out/18
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Lelo Mig
O dinheiro vai sempre pro ralo e ainda tu quer uma nova Constituição?
Veio músico nasce músico Juiz nasce Juiz...é assim...assim como Evita Perón fez a América tu quer uma constituição meia mussarela meia calabresa aí Disque entrega pizza mas entrega pizza hut.

Filippo14
Veterano
# out/18
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Lelo Mig

Concordo com você em muitos pontos e minhas opiniões quanto ao que deve ser feito bate muito com algumas ideias que você sugeriu.

Mesmo talvez atrapalhando um pouco o andamento do tópico, e peço desculpas por isso, insisti em discutir por que em geral as pessoas são muito radicais e possuem pouco estudo/interesse real no assunto, então discutir com o Mauricio Luiz Bertola, mesmo discordando dele, é uma aula e valeu muito a pena.

Gostei do seu comentário. Concordo que um liberalismo puro, hoje, diante da cultura e história do brasileiro, seu "jeitinho brasileiro" e diversas outras características seria desastroso em um médio prazo.

Abs,

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# out/18
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Filippo14
Pior que eu estudei, estudei desde os economistas clássicos, com a teoria do valor do trabalho, passando pelos marginalistas, austríacos, marx e keynes.
Que Bom!
Aliás, deu pra perceber isso. Continue estudando (aliás, é o que estou fazendo também...).
Aliás estou desenvolvendo uma linha de pesquisa na UFF exatamente sobre a atuação do empresariado brasileiro durante a transição do Império para a República, e como esses empresários utilizavam-se de suas relações (inclusive pessoais) para inserir-se no Estado, conseguindo contratos, concessões e garantias de empréstimos. De uma certa forma é a continuação de meu livro anterior (de História Empresarial) destacando questões mais amplas...
, mas continuo a afirmar que não houve nenhuma sociedade moderna que tivesse um poder central reduzido,
Diga-me, será que isso é possível?
Em uma sociedade, uma estrutura econômica industrial-tecnológica como a dos tempos atuais, no qual o Capital é altamente concentrado em grandes Corporações transnacionais que são verdadeiros Estados dentro dos Estados, será isso possível? Ou não passa de trocar 6 por meia-dúzia?

Desculpe, mas ele não era a favor do capitalismo, ou não teria escrito o que escreveu. Pode ser que tenham passagens que ele fale algo do tipo, mas os principais pontos dele eram completamente diferentes e contrários a uma ótima liberal.
Aaah, mas era sim... Ele sempre destacou isso; como também a necessidade de superação das contradições desse sistema. Ele até tornou-se teleológico, pois algumas vezes afirmou (em outras não), que o desenvolvimento do Ksmo levaria (meio que "inevitavelmente) ao Socialismo... E, de fato, em alguns aspectos acertou (a participação nos lucros por exemplo pelos empregados corrobora isso).

Lelo Mig
Você, como disse alhures, tornou-se niilista, desiludido. Lamento isso...
Compreendo perfeitamente sua posição, e tenho muitos amigos que compartilham disso. Não os culpo...
Eu não sou assim, não por me achar isso ou aquilo, apenas tenho um trabalho, que é um projeto de vida, que me obriga à pensar no futuro. Meus alunos (e minha filha) são o futuro; por isso não posso me tornar desiludido não posso militar nas fileira de nihil... E tenho que estudar cada vez mais...

Bakunin disse, em outras palavras, que Marx cagava toda sua teoria, quase perfeita, ao concentrar o poder na mão do Estado, ele tinha razão
Lelo, há um equívoco aqui... Marx não pregava a concentração de poder nas mãos do Estado, muito pelo contrário. Essa é uma crítica equivocada do anarquista russo que foi duramente criticado pelo "barbudão"... Bakhunin queria Estado nenhum, o que é absurdo e impossível, coisa que o Marx sabia. O que ele (Marx) criticava era o Estado Burguês de sua época (que é bem diferente dos atuais...)

O grande erro, recorrente, da esquerda brasileira, é a esperança num líder que vá fazer a máquina funcionar. Mas isso nunca ocorreu e nem vai acontecer.
Concordo inteiramente. E creio que você, mesmo sabendo disso "embarcou" nessa onde, e decepcionou-se (como muitos) com o "Sapo Barbudo" e o seu partidinho.... A sua diferença em relação à mim talvez esteja também aí. Eu sempre soube O QUE É o PT. E não os perdôo, pois, se fizeram muito, também se "enlamearam" junto àqueles que criticavam... Deu no que deu...
Abçs

entamoeba
Membro Novato
# out/18
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Lelo Mig
prisão especial para nível superior.

Único motivo para eu ter me formado.

Filippo14
Veterano
# out/18
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Mauricio Luiz Bertola

Aliás estou desenvolvendo uma linha de pesquisa na UFF exatamente sobre a atuação do empresariado brasileiro durante a transição do Império para a República, e como esses empresários utilizavam-se de suas relações (inclusive pessoais) para inserir-se no Estado, conseguindo contratos, concessões e garantias de empréstimos. De uma certa forma é a continuação de meu livro anterior (de História Empresarial) destacando questões mais amplas...

Bacana, seria interessante ler uma pesquisa dessas.

Diga-me, será que isso é possível?
Em uma sociedade, uma estrutura econômica industrial-tecnológica como a dos tempos atuais, no qual o Capital é altamente concentrado em grandes Corporações transnacionais que são verdadeiros Estados dentro dos Estados, será isso possível? Ou não passa de trocar 6 por meia-dúzia?


Na minha concepção, de fato, acabar/reduzir o Estado de forma drástica do dia para a noite seria desastroso por esse fato que você mencionou acima. De fato existem empresas hoje que são imensas, e o rápido desenvolvimento tecnológico com uma regulação dos governos elevada e altas taxações impossibilitaram algumas empresas de serem rentáveis e serem competidoras dessas grandes organizações.

Suponhamos que uma empresa tenha 100 reais de receita, pague 0 de impostos sobre receita (basicamente um ICMS), tenha 80 reais de despesa e o restante, no caso 20, seja lucro. Isso fará com que a empresa tenha 20% de margem de lucro e isso faz seu dono satisfeito. Se o governo criar um imposto de 20% sobre as receitas, fará com que o empresario tenha uma margem de 0%, dessa forma, o empresário pensando somente em sí, para manter seu lucro igual, teria que aumentar seus preços de 100 para 125 e manter suas despesas estáveis. O problema é que ele está em um mercado de alta concorrência e ele não poderá aumentar tanto os preços, pois ele teria uma diminuição na quantidade vendida. Dessa forma, ele aumenta seus preços para 110, encarecendo os preços para a população, e fica com 8 reais de lucro ao fim do processo, bem abaixo do anterior mas ainda assim positivo.

O problema é que seu concorrente, que era menos lucrativo que ele, vendia os mesmos 100, mas tinha ao invés de 80 reais, 90 reais de despesas. Caso ele tente aumentar os preços que nem o empresário A, ele ficará com uma receita de 110, um imposto de 22 e uma despesa de 90, o que irá gerar um prejuízo de 2 reais no lugar inicialmente dos 10 reais de lucro e 10% de margem de lucro.

Até aí "tudo bem", o problema é que ao longo do tempo esses concorrentes menos eficientes passam a quebrar, pois não podiam suportar esse aumento de impostos. Dessa forma a competição começa a diminuir, mas a demanda da população se mantém mais ou menos estável, mesmo com a elevação dos preços. Assim, essas companhias que sobrevivem passam a crescer, ter menos competição e passam a aumentar seus preços visando o lucro que elas possuíam anteriormente e que as satisfaziam (eram condizentes no equilíbrio com os riscos envolvidos na operação). O problema é que para isso elas passam a aumentar o preço até determinado novo ponto de equilíbrio. Consequentemente, o poder de compra da população acaba por se reduzir, pois os preços ficaram maiores, mas as despesas (que pagam os salários) se mantiveram estáveis. Dessa forma, além do governo passar a taxar mais as empresas, buscando oferecer novamente, via empresas estatais, os serviços e produtos que anteriormente o poder de compra da população tinha direito, acaba por refazer o mesmo ciclo de novo, só que dessa vez as despesas tendem a aumentar, pois a população passa a pedir grandes aumentos de salário. Esse é o ciclo vicioso de inflação e taxação.

Você pode alegar que esse valor gasto pelo governo retorna para a população, mas como nós concordamos anteriormente, essas operações estatais não são eficientes, o que faz com que os 22 retirados do empresário A (via imposto sobre receita) retornem a população como 18 reais, havendo uma perda de 4 reais via governo e 10 reais (via aumento de preços de 100 para 110) via atividade empresarial.

Fiz essa suposição para dizer que no meu entendimento esses monopólios são criados pelo governo e que a retirada, ou pelo menos redução, desse imposto seria benéfico e faria a população voltar ao seu ponto de equilíbrio. Contudo, tirar tudo de uma vez pode fazer com que esses monopólios criados pela taxação acabem por se estabelecerem como um poder central temporário, e isso seria realmente ruim para uma geração da população, pois entendo que o aumento da competição acabaria por quebrar esses monopólios em algum momento.

Respondendo mais diretamente sua pergunta (desculpe pela enrolação), com a queda dos impostos (ou extinção para convergir com o meu exemplo anterior), os empresários que eram menos eficientes e possuíam/topavam ter margens menores passam a retornar a empreender naquele setor, forçando os monopólios a reduzir seus preços para tentar competir com esses novos entrantes, que passariam a conquistar clientes que antes consumiam no monopólio, reduzindo duplamente o poder do monopólio e beneficiando a população. Em um longo prazo a economia tenderia a retornar ao seu funcionamento de equilíbrio e isso beneficiaria a população.

Abs,

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# out/18
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Filippo14
A concentração de Capitais, a absorção de empresas menores pelas maiores prescinde do Estado, o que é bem diferente do que você acha. Esse processo está na origem mesmo do próprio Capital e no processo de "competição" pelo Mercado, Quem tem mais Capital sai na frente, com vantagens comparativas maiores (como, aliás, de outra forma, o Lelo já havia observado). O Estado tem pouco à ver com isso. Aliás, ele agiu contra isso (Lei Sherman de 1890, a "Lei Anti-Trustes), portanto, sua alegação não procede.
Você julga o mercado como entidade metafísica. Ele é abstração apenas, e os meios de controlar e manipular o mesmo pelas empresas são muitos e utilizados o tempo todo ("dumpin", trustes, oligopólios, acordos, etc. Os exemplos na História Econômica são abundantes), portanto, "equilíbrio" do mercado é também abstração.
Abç

Filippo14
Veterano
# out/18
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Mauricio Luiz Bertola

Entendo seu ponto, inclusive tenho um conhecimento de certa forma aprofundado sobre a absorção entre empresas.

A quantidade de ativos ruins que grandes companhias compram ou que tenham menos sinergias do que as esperadas é bem elevado.

De fato quanto mais capital, maior a vantagem no inicio, mas isso também força empreendedores a pensarem fora da caixa para resolver essa disparidade, tanto via redução de custos, e consequentemente preços, ou via inovação no produto/serviço, na operação....

Empresas muito grandes se tornam muito complexas, abrem novas frentes, se perdem no core business em muitos casos. O que antes trazia ganho de escala e eficiência passa a trazer burocracia, falta de foco, ineficiência operacional, maior visibilidade para a concorrência, que passa a tentar copiar e ganhar principalmente dessa empresa, ou seja, essa diferença no longo prazo tende a se reduzir ou pelo menos a liderança acaba por trocar de mãos.

Se esse capital trouxesse um beneficio sempre, os produtos e preços sempre da maior empresa do setor seriam melhores, e muitas vezes isso não acontece. Alias, o ato de adquirir empresas para crescer (forma inorgânica) tende a ser muito mais custosa que o crescimento de lojas, linhas de produtos, clientes (forma orgânica), portanto não é tão simples assim

Abs,

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# out/18
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Filippo14
Se esse capital trouxesse um beneficio sempre, os produtos e preços sempre da maior empresa do setor seriam melhores, e muitas vezes isso não acontece.
Isso pouco importa, mas sim o preço final, o alcance e o "marketing", Inclusive o "peso" histórico da marca - que, aliás, no Ksmo contemporâneo, é o mais importante ativo financeiro de muitas empresas.

mas isso também força empreendedores a pensarem fora da caixa para resolver essa disparidade, tanto via redução de custos, e consequentemente preços, ou via inovação no produto/serviço, na operação....
Aqui você está pensando apenas no plano ideal, e não no prático. Esse processo que vc descreve não é real. Vía de regra inovações surgem apenas extemporaneamente ou através de mecanismos de incentivo das próprias grandes empresas ou de instituições de pesquisa estatais (a Indústria armamentista - a mais importante e avançada tecnológicamente de todas prova isso). Você aqui está sendo idealista... Se um processo antigo dá lucro, ele se mantém, se não dá, ele é substituído. Simples assim...
Abç

Filippo14
Veterano
# out/18
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Mauricio Luiz Bertola

O que eu digo como inovação muitas vezes é na operação, na forma de produzir aquele bem, e isso ocorre direto, nenhuma empresa opera igual e as maiores nem sempre tem as maiores margens, muitas vezes ocorre o contrario, Gibson e Fender são exemplos disso.

Mas concordo que muitas vezes marca garante uma sobrevivencia, mesmo exemplo de cima, mas no longo prazo isso tende a acabar (quantas marcas nao mudaram ou acabaram desde que voce comecou a tocar baixo/ser luthier)?

Uma ideia legal disso é olhar os mais ricos da Forbes. Desde a primeira edição na década de 80 até hoje a rotatividade foi absurda. Antigamente tinham muitas pessoas ligadas a petróleo, hoje é tecnologia, o que virá depois?

Abs,

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# out/18
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Filippo14
Tecnologia e especulação financeira...
Um setor que emprega pouca gente, e o outro que não produz nada...
Abç

Lelo Mig
Membro
# out/18
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Filippo14
Mauricio Luiz Bertola

Acabamos de adentrar uma nova fase... E como todos os ciclos histórico/politico/econômico há melhorias e pioras.

A globalização, o mundo virtual, a China se tornando a maior economia mundial (pelas previsões ultrapassará os EUA nos próximos 5 anos), a nova onda imigratória mundial, ascensão de empreendedores individuais, jovens milionários, queda na cultura, aumento de direitos individuais em detrimento do social, diluição de culturas regionais, crescimento impensável do narco tráfico mundial e consequente aumento da violência, e extremismo...

Tudo isso leva a refletir sobre uma nova forma de se fazer política. Estas teorias de esquerda e direita, algumas muito boas no papel, tem se mostrado ineficientes...

TendTudo
Membro Novato
# out/18
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não dizem por aí...que foi golpe e tal...o problema maior não é o Estado na Economia...brasileiros que estudaram quando entrou o Lula Molusco do partido do polvo...tá certo...A cabeçuda cabra macho da Dilma não perdeu os direitos políticos, mas o partido que se dizia "chefiado pelo mafioso Lula", partido do "polvo"...peraí Lelo, pisa fora da faixa não, pra que pagou o dízimo da dívida externa...? Bento XVI pra botar fogo no mundo mirabolando teorias no monastério...desenvolveu de certa forma o mercado de trabalho com o aparelhamento lá deste Estado que citei no começo, tecnologia esta que entorpece há tempos as crianças com app 360 "grau" ou 360 graal no caso de Jesus o relojoeiro Lula 2002 2006 2014 2016...é muita palhaçada desta sociedade de pensamento de rebanho que vê o outro como louco mas se diz morto de cansado de pagar 20 cents a mais, esperar por ciclo vias, ver o dinheiro indo pro ralo, 10 teclas na urna e colocar um cocozinho de nariz no azulejo do banheiro achando que todo mundo faz igualzinho, rouba, corrompe, se deixa corromper, não estuda ou senão vira uma puta paga na melhor das hipóteses, e no final do dia dá de mama pra criança e estica a perna na Jacuzzy e dorme, enquanto tem o outro que perdeu o emprego e se jogou na lagoa Rodrigo de Fritas do Burger King.

Filippo14
Veterano
# out/18
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Mauricio Luiz Bertola

Tecnologia e especulação financeira...
Um setor que emprega pouca gente, e o outro que não produz nada...


Com todo o respeito, mas aparentemente você tem um preconceito muito grande com esses setores ou não entende muito. Discordo completamente da sua afirmação e nesse quesito eu tenho muito a falar.

Eu trabalho no mercado financeiro e tenho grandes amigos que trabalham nesse mesmo mercado, em startups, são engenheiros (quimicos, mecatronicos, civis....).

Iniciando pela tecnologia, meio absurda essa afirmação. As maiores empresas atualmente são de tecnologia e empregam milhões de pessoas. Essa tabela mostra o ranking atual e o valor de mercado de cada uma delas em bilhões de dólares.

1- Apple 926.9
2- Amazon.com 777.8
3- Alphabet 766.4
4- Microsoft 750.6
5- Facebook 541.5
6- Alibaba 499.4
7- Berkshire Hathaway 491.9
8- Tencent Holdings 491.3
9- JPMorgan Chase 387.7
10- ExxonMobil 344.1
11- Johnson & Johnson 341.3
12- Samsung Electronics 325.9
13- Bank of America 313.5

Em 2017 a Apple tinha 123.000 funcionários, a Amazon possuia, Alphabet (holding de tecnologia dona do Google) tinha 89.058 empregados em 2018....

Além disso, tecnologia está em tudo, desde a tinta que está na sua parede até sua TV, passando por qualquer coisa que a gente consuma. Tecnologia é pensar para frente e isso reflete diretamente na vida das pessoas, melhor acesso a produtos e serviços que ficam cada vez melhores. Tecnologia não é só o Iphone que o brasileiro rico tem.

Quanto ao mercado financeiro, você se enganou profundamente na sua afirmação, esse é um preconceito muuuuito forte na sociedade brasileira (que possui uma educação bem esquerda e que critica as pessoas de sucesso no país).

O mercado financeiro é responsável por fazer uma alocação eficiente dos recursos poupados pela população, emprestando para empresas e outras pessoas ou investindo esse dinheiro via participação societária em negócios novos ou já existentes.

Alguns exemplos:

Empresa precisa tomar uma dívida para fazer uma ampliação em sua planta e assim fornecer produtos em maior quantidade e mais baratos para a sociedade. O dinheiro que o banco empresta é o dinheiro poupado pelos cidadãos que deixaram o dinheiro nesse mesmo banco. Sem a poupança das pessoas e sem a atuação dos bancos essas empresas teriam uma dificuldade muuuuito maior de conseguir esse capital, pois ao invés de pegarem emprestado com um banco elas teriam que ir atrás de uma pessoa de cada vez buscando recursos.

Quando uma empresa faz um IPO na Bolsa de Valores, ela em geral faz duas emissões de ações: primária (dinheiro que entra diretamente na companhia via "novas ações") e secundária (dinheiro que compra participação já existente da companhia e vai para os acionistas que estão vendendo suas participações). Isso é uma forma DIRETA de impactar na produtividade do país, pois essas companhias vão pegar esse capital novo e realizar investimentos em suas plantas, escritórios, serviços, P&D...

Existem diversos outros tipos de fundos com estratégia diferentes (comprar e vender cambio, apostar em juros, inflação, comprar empresas não listadas na bolsa de valores, comprar ações em bolsa, empréstimo corporativo, compra e venda de duplicatas). O ponto é que a grande maioria da população não sabe investir e para isso existem profissionais especializados em fazer essa gestão das poupanças, visando o aumento de capital dos cotistas desses fundos, que são justamente toda a população do país.

Sem instrumentos de investimento no país a produção seria muuuito mais custosa e diminuta, pois a dificuldade de encontrar capital para investimentos seria muito maior.

Desculpa, mas isso é um preconceito absurdo e que demonstra um desconhecimento muito grande de investimento, cadeia produtiva, com todo o respeito.

Abs,

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# out/18
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Filippo14
Não tenho "preconceitos". Tenho uma opinião formada sobre o assunto. E estou falando de especulação, e não de atividade bancária. Acho que vc se equivocou...
Abç

fernando tecladista
Veterano
# out/18
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https://www.band.uol.com.br/amp/100000936131
Ministro da Cultura diz que Roger Waters recebeu R$ 90 mi por campanha em show

makumbator
Moderador
# out/18
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Mauricio Luiz Bertola
Tecnologia
Um setor que emprega pouca gente

Tecnologia é um setor emprega pouca gente? Se tiver alguns dados comparativos com outros setores pra gente ver seria interessante, senão é só trollagem! Não que trollar seja errado, é claro.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# out/18
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makumbator
Exatamente. Você está confundindo pessoas que tem salários razoáveis e empregos mais ou menos estáveis com prestadores de serviços que ganham pouco mais que salário mínimo... Que são a maioria...
Abç

makumbator
Moderador
# out/18 · Editado por: makumbator
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Mauricio Luiz Bertola
Você está confundindo pessoas que tem salários razoáveis e empregos mais ou menos estáveis com prestadores de serviços que ganham pouco mais que salário mínimo... Que são a maioria...

Mas se há pessoas empregadas formalmente (mesmo que recebendo o mínimo) isso também não é emprego? A partir de quanto que a pessoa tem que receber pra ser considerado empregado?


Se puder mostrar os dados sobre os empregos no setor de tecnologia em comparação com outros (e agora com dados extras sobre os valores médios recebidos) seria útil.

E de falta de estabilidade eu entendo. Sou profissional autônomo e não vejo problema algum em não ter emprego garantido por leis. Também não tenho 13 salário, férias remuneradas, plano médico pago por empregador e nem nada disso. Vivo relativamente bem.

JJJ
Veterano
# out/18
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Marx, Rousseau, Trotsky, Mao, Hegel, Kant, Maquiavel, Weber, Huguinho, Zezinho, Luizinho...

Acho engraçado falar sobre esses pensadores - e outros tantos - como se eles, se ainda vivos, fossem pensar exatamente da forma que pensavam à época de seus "pensamentos", sem mudar uma vírgula.

Vocês acham realmente que Marx, por exemplo, sendo um cara obviamente inteligente e de grande senso crítico (independentemente do resultado desastroso de algumas de suas ideias supostamente postas em prática), se vivesse 300 anos, não teria revisto e atualizado uma porrada de coisas que escreveu? Talvez tivesse virado um neo-liberal, criticado pelo PT... kkkkkkkk

Foi só pra colocar uma pimentinha a mais no debate (como se precisasse... hehehe).

Lelo Mig
Membro
# out/18
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fernando tecladista

Cara, esse lance do RW ter recebido dinheiro para fazer propaganda, creio ser fake news. No entanto, se for verdade, esse Waters é um fidaputa maior do que eu pensava.

Em tempo, esse mínimi que Ta rolando por aí de "tadinho do Waters ele perdeu o pai na guerra", lamento pela historia dele, mas é a realidade daí pra pior de quase todos ingleses da geração dele...

Só que eu lembre de cabeça:

- Eric Clapton foi criado achando que sua vó era sua mãe e seu avô seu pai, em saber que sua irmã mais velha era na verdade sua mãe. Só conheceu o pai verdadeiro aos 16 anos.

- O pai de John Lennon era marinheiro na segunda guerra e John Lennon quase não o conheceu. Só foi ter algum contato quando adulto.

- Birghimann foi uma das cidades mais bombardeadas da Inglaterra... Metade dos parentes do Ozzy viraram pó. Ozzy, brincava em escombros de bombardeios e só foi descobrir que a palavra Playground não significava Lugar Bombardeado, quando ficou adulto.

- Keith Richards passou seus primeiros anos embaixo de intensos bombardeios. Ele nasceu em 43, e Dartford foi intensamente bombardeada várias vezes.

E, por aí, pra pior, 1/3 dos rockeiros dos 60 e 70.

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