Funk carioca pode ser considerado música?

Autor Mensagem
Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# out/15
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BrotherCrow
Cara, Chet Baker e Sinatra são f...!
Não gosto de Mötley Crüe... Mas prefiro ouvir esta banda do que qualquer funqueiro....
(exceto se a Anitta ficar sussurrando no meu ouvido... Kkkkkkkkkk).
Abç

rcorts
Veterano
# out/15
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Morte aos funkeiros, e pagodeiros também! "Rockeiro, sobre funk"
Tem uma galerinha da hora lá na comunidade. Só amizade. Galera do bem, simplicidade total! "[i]pagodeiro sobre funk[/i]"
Vem, bola de ferro! "funkeira, sobre funk"
Mi mi mi, mi mi mi! "Fórum cifra club, sobre funk"

pianoid
Veterano
# out/15
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aqui tá tão acalorado quanto lá fora

Ismah
Veterano
# out/15
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Já que faz alguns dias que não vejo isso no topo, vamos por um pouco de fogo na palha...



Que o batidão, pseudo funk, tem muita apelação sexual explícita, sabemos. Mas tem gente achando que é só lá... Essa temática é bem recorrente em outros gêneros, como os diversos ritmos populares, do norte do país.

A novela é a mesma... Som automotivo, ostentação, bebida, mulheres nuas, um bando de marmanjo babando em cima, dando rolê com 3~4 cueca dentro da caranga, e geralmente colocando o bairro pra escutar a música que eles querem...

No norte do país, não existem muitas casas noturnas voltadas para o povão, geralmente "se faz festa" em galpões e campos, a base de som automotivo. É tão forte o som automotivo que até tem casos em que eles estão lá junto com um PA...

Wade
Membro Novato
# out/15 · Editado por: Wade
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No norte do país, não existem muitas casas noturnas voltadas para o povão, geralmente "se faz festa" em galpões e campos, a base de som automotivo.

A questão aqui não é falta de casas. É simplesmente que na casa, a pé, você é só mais um. Com seu carro controlando o som, você é Deus.

Geralmente os donos desses trios elétricos são tios desprovidos de beleza, mas que comem geral.

entamoeba
Membro Novato
# out/15
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A grande demanda moderna, no que concerne à sexualidade, é o respeito à mulher! Qualquer movimento "cultural" que explore a humilhação feminina merece censura!

renatocaster
Moderador
# out/15
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Funk carioca é a festa da carne, gente! É quase a mesma coisa que o carnaval...As minas vão pro baile de saia curta e sem calcinha, e na parte de cima às vezes usam só um sutiã. Elas já vão livres, leves e soltas pq já vão na intenção de meter. E isso pra elas está longe de ser humilhação, pelo contrário...é diversão!

Ismah
Veterano
# out/15
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Man, mas isso é a mesma coisa que a mina que vai pro show de rock, e se empolga a ponto pra mostrar os peitos...

A minha questão não é a celebração da carne, mas a questão de ouvir por que todos ouvem, e consumir material da mais baixa qualidade. Como diz o Paulo Anhaia, "o mais ou menos, não deveria servir".

entamoeba
Membro Novato
# out/15
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renatocaster
E isso pra elas está longe de ser humilhação, pelo contrário...é diversão!

"Para elas" não interessa, o que interessa é "para cultura", é o efeito dessa joça na coletividade. "Elas" são só hospedeiras da imbecilidade, não têm autoconsciência, tampouco escolha!

pianoid
Veterano
# out/15
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exatamente

funk não é música, é só barulho de pano de fundo pra pegação geral

Ken Himura
Veterano
# out/15
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entamoeba
"Para elas" não interessa, o que interessa é "para cultura", é o efeito dessa joça na coletividade. "Elas" são só hospedeiras da imbecilidade, não têm autoconsciência, tampouco escolha!
Então você é a autoridade que vai servir de messias para mostrar o caminho da luz?

Não seja ridículo.

renatocaster
Moderador
# out/15 · Editado por: renatocaster
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Ismah

Man, mas isso é a mesma coisa que a mina que vai pro show de rock, e se empolga a ponto pra mostrar os peitos...

Não acho que é a mesma coisa não...claro que num show de rock rola essa vibe da mina querer pagar peitinho ali na empolgação. O que quero dizer é que a piriguete funkeira já sai de casa pronta pro crime, é premeditado. É um ato "pensado", e não uma empolgação de momento.

mas a questão de ouvir por que todos ouvem, e consumir material da mais baixa qualidade.

Mas ali ninguém tá muito preocupado com o "ouvir", muito menos com a qualidade. Não é na qualidade musical do "batidão", do "proibidão", que eles estão ligados, e sim na sensação que ela causa.

makumbator
Moderador
# out/15
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pianoid
funk não é música, é só barulho de pano de fundo pra pegação geral

Mas tem o lado positivo disso tudo. Não dizem que a música perdeu seu caráter ritualístico e verdadeiramente funcional que um dia teve? Pois bem, música pra pegação é bastante funcional e importante do ponto de vista social, além de nos remeter levemente a um passado glorioso das antigas danças de acasalamento.

Tem valor nisso aí manolo!

Ismah
Veterano
# out/15
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renatocaster
É um ato "pensado", e não uma empolgação de momento.

E teoricamente, não é tudo pensado? Quero dizer, vc poderia beber e ouvir a mesma música em casa, na praça, etc... Mas vai a encontro com outros seres humanos, mesmo que subconscientemente para buscar acasalamento (Freudiano até a alma kkkk).

Sobre sair de casa pronta pro crime, bom, os meus 2 anos em baile funk toda terça, mostraram que não é bem assim. De fato, os "bondes" são coisa dos anos 80~90. As minas vão sim, com roupas curtíssimas, e o fio dental olhando pra fora, mas ainda é mais clean (ao menos aqui no sul).

Não é na qualidade musical do "batidão", do "proibidão", que eles estão ligados, e sim na sensação que ela causa.

Tal qual as viagens (com ou sem drogas) do rock psicodélico rs
Ou as alucinações sonoras do psy rs²
Eu sei que eu gosto dessas duas, de preferência fumando um tabaco.

makumbator

Vero. Lembrei-me do ritual da fertilidade.

rcorts
Veterano
# out/15
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renatocaster

Funk carioca é a festa da carne, gente! É quase a mesma coisa que o carnaval...As minas vão pro baile de saia curta e sem calcinha, e na parte de cima às vezes usam só um sutiã. Elas já vão livres, leves e soltas pq já vão na intenção de meter. E isso pra elas está longe de ser humilhação, pelo contrário...é diversão!

Tocou no ponto chave aqui. Funk carioca é na verdade um fenômeno cultural ligado como você disse, à festa da carne, mas também à estrutura de poder paralelo presente nas comunidades. E mais especificamente, no caso do funk ostentação, se apresenta como um revanchismo social e joga na cara da sociedade o abismo socioeconômico e cultural presente na sociedade carioca.

Em geral, o funk carioca não é lá tão diferente do tecnobrega, do sertanejo universitário e do forró. Todos os estilos tem em comum a temática da putaria, do consumismo ou do valor do indivíduo (medido pelo tamanho da bala que este tem pra gastar na night).

Todos são fenômenos culturais, porque expressam modos de vida e sistemas de valores presentes nas suas realidades locais.

O problema é misturar música e cultura no mesmo balaio.

É fenômeno cultural? sim.
É música? sim.
É bom? a resposta depende de quem irá responder essa pergunta.

Pra mim, por exemplo é tudo produto descartável como foi a Lambada nos 80 e o Axé já foi nos 90.

entamoeba
Membro Novato
# out/15
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Ken Himura
Então você é a autoridade que vai servir de messias para mostrar o caminho da luz?

Nunca disse isso. Não consigo imaginar como você chegou a essa conclusão com base no que eu escrevi. É muita imaginação...

renatocaster
Moderador
# out/15
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Ismah

Tal qual as viagens (com ou sem drogas) do rock psicodélico rs

Pois é, mas do rock psicodélico (pelo menos aqui) ninguém fala mal, rsrsrs.

As minas vão sim, com roupas curtíssimas, e o fio dental olhando pra fora, mas ainda é mais clean (ao menos aqui no sul).

Os baile funk daí rolam dentro da igreja? kkkk!

Mas sério, isso não é só um "mal" do funk...já reparou no forró? Letras de duplo sentido, conotação sexual, e a dança é aquele esfrega-esfrega frenético, o cara roçando a piroca nas coxas da mulher...

renatocaster
Moderador
# out/15
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rcorts

Isso aí.

Ismah
Veterano
# out/15 · Editado por: Ismah
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Mas é isso que estou tentando dizer... Só vemos o funk porque ele ganhou mídia... No fim, a gente só quer uma bela mulher.

EDIT: e não, não rolam dentro da igreja os bailes funk. Mas existe sim certa resistência ainda. Talvez por uma raíz tradicionalista mais forte. Arrisco a dizer que até o clima, mais frio, influencia kkkk

Ken Himura
Veterano
# out/15
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entamoeba
Nunca disse isso.
Mas se colocou na posição de juiz. É a mesma coisa, na prática.

entamoeba
Membro Novato
# out/15
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Ken Himura
Sai dessa, cara! Esqueça o que você julga ser minha postura e foque no argumento! Me explique com clareza o que você achou errado no que eu disse, senão não dá pra conversar.

Ken Himura
Veterano
# out/15
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entamoeba
Fácil.

"Para elas" não interessa, o que interessa é "para cultura", é o efeito dessa joça na coletividade. "Elas" são só hospedeiras da imbecilidade, não têm autoconsciência, tampouco escolha!

Você tá assumindo isso por puro preconceito.

entamoeba
Membro Novato
# out/15 · Editado por: entamoeba
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...

entamoeba
Membro Novato
# out/15 · Editado por: entamoeba
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Vou explicar a passagem (para dummies).

"Para elas" não interessa, o que interessa é "para cultura", é o efeito dessa joça na coletividade. "Elas" são só hospedeiras da imbecilidade, não têm autoconsciência, tampouco escolha!

Ou seja,

Não estou ligando para a experiência individual. Uma criança humana que conseguir sobreviver ao ser jogada numa floresta não desenvolverá nada próximo da complexidade da cultura. Formamos opiniões complexas quando temos vivências sociais, quando participamos de um grupo. Por isso, dá pra inferir que não "possuímos" opiniões, são elas que nos "possuem". Somos hospedeiros de crenças que já existiam no ambiente em que estamos inseridos. No máximo, produzimos ligeiras modificações nelas.

Crenças idiotas prejudicam o ambiente - não é difícil pensar em exemplos, não é mesmo? Desde o "leite com manga" até um deus que te manda se encher de bombas em nome de uma guerra santa. Contudo, se ninguém "hospedar" a crença "x", ela morre! É mais do que óbvio que exitem crenças que são extremamente indesejáveis. Se pudéssemos tirar certas crenças de algumas pessoas, certamente o faríamos - aliás, o progresso consiste em substituir crenças ruins por outras, um pouco melhores.

As crenças suportadas pelo funk são ruins, do ponto de vista ético, como explicado anteriormente. A música e a cultura (pacote de crenças) se reforçam mutuamente. Cultura ruim dá origem a música ruim que, por sua vez, reforça cultura ruim.

O que há de errado nisso, Ken Himura???

makumbator
Moderador
# out/15 · Editado por: makumbator
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entamoeba
As crenças suportadas pelo funk são ruins, do ponto de vista ético, como explicado anteriormente. A música e a cultura (pacote de crenças) se reforçam mutuamente. Cultura ruim dá origem a música ruim que, por sua vez, reforça cultura ruim.

O que há de errado nisso


Acho que ele considera ruim ter alguém dizendo quais crenças a pessoa pode (ou precisa) ter. Nesse ponto concordo com ele. O Funk pode ser uma merda, mas é bom ter a liberdade de escolher até as crenças ruins e ideias idiotas.

Outro detalhe, é que se for pra generalizar, a ideologia do rock (e da música pop em geral) não fica totalmente atrás em ideias ruins.

entamoeba
Membro Novato
# out/15
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makumbator
Acho que ele considera ruim ter alguém dizendo quais crenças a pessoa pode (ou precisa) ter.

Vivemos dizendo quais crenças as pessoas podem ou não podem ter. O que é a escola, se não a imposição de um pacote de crenças? O que é a lei? Coagimos tantas práticas e encorajamos outras e não há nada de errado nisso!

é que se for pra generalizar, a ideologia do rock (e da música pop em geral) não fica totalmente atrás em ideias ruins.

O rock serve de plataforma para uma penca de crenças detestáveis, assim como boa parte da música popular e erudita! Só que tem gêneros que têm uma ligação muito forte com determinadas crenças - a ponto de se tornar indesejável separar um do outro.

makumbator
Moderador
# out/15
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entamoeba
Vivemos dizendo quais crenças as pessoas podem ou não podem ter. O que é a escola, se não a imposição de um pacote de crenças? O que é a lei?

E por isso não precisamos de mais controle através da polícia da música (ou a Musibrás, que sugeri em outro tópico). Cada um ouve o que quiser e dane-se se é ruim. O mundo é cheio de coisa ruim mesmo. Eu é que não vou ficar evangelizando por aí.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# out/15
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makumbator
O mundo é cheio de coisa ruim mesmo. Eu é que não vou ficar evangelizando por aí.
Quer dizer: "...Quero que se f...!...", ou então: "...não me importo com nada nem com ninguém...", ou talvez: "...quanto pior melhor...", ou seria: "...a única coisa que interessa sou eu, e o resto do mundo que se exploda..."
Difícil acreditar que vc pense verdadeiramente assim....

makumbator
Moderador
# out/15 · Editado por: makumbator
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Mauricio Luiz Bertola
Difícil acreditar que vc pense verdadeiramente assim....

Eu nem ligo mais pra essas coisas. Cada um que ouça o que quiser. Se os funkeiros quiserem ouvir o som deles até o cérebro derreter eu não me importo. Mas também não quero que me digam o que ouvir (por isso fico de fora da polícia da música). É principalmente uma questão de respeitar a decisão alheia.

Ken Himura
Veterano
# out/15
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entamoeba
Cultura ruim dá origem a música ruim que, por sua vez, reforça cultura ruim.

O que há de errado nisso, Ken Himura???

O que há de errado é que você não tem autoridade para dizer o que é cultura ruim ou boa. E, além disso, provavelmente você é formado numa cultura tão ruim quanto ou pior que a que tá criticando aí.

Vivemos dizendo quais crenças as pessoas podem ou não podem ter.
E por isso que vivemos na merda, porque queremos mandar na vida alheia ao invés de trabalhar nossas próprias fraquezas.

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