Funk Carioca. Cultura Brasileira

Autor Mensagem
Rednef2
Veterano
# jun/16
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Qual conceito de Cultura vocês estão utilizando?

Ismah
Veterano
# jun/16
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inExperienced

Considerando que nenhuma pessoa consegue viver sem influência do meio em qual vive, e com quem convive. O maxixe, foi muito influente no batidão/funk carioca, como o rap para o funk americano, e o reggae para o funk jamaicano. Classifique o vídeo abaixo. (5,0 pontos)



Ismah
Veterano
# jun/16
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Rednef2

1. Cabedal de conhecimentos de uma pessoa ou grupo social.
"estudioso, possuía uma vasta c."
2. antrpol conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes etc. que distinguem um grupo social.
3. Forma ou etapa evolutiva das tradições e valores intelectuais, morais, espirituais (de um lugar ou período específico); civilização.
"c. clássica"
4. Complexo de atividades, instituições, padrões sociais ligados à criação e difusão das belas-artes, ciências humanas e afins.
"um governo que privilegiou a c."

entamoeba
Membro Novato
# jun/16
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É a "cultura" de um povo que não lê, tem pouco estudo, experiências estéticas limitadíssimas e vê muita TV. Quem não quiser ver correlação, sinta-se à vontade. Não vou discutir isso!

Até meados dos anos 90 a coisa era menos democrática. Democracia é ótimo, a ascensão social de classes com quase nenhum poder de compra também é, mas é inegável que tudo isso tem efeitos colaterais que recaem sobre a cultura...

Ismah
Veterano
# jun/16
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entamoeba

Deveria tentar.

renatocaster
Moderador
# jun/16 · Editado por: renatocaster
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Ismah

Quando me refiro a "desapareceu de vez", é da mídia. A alguns anos, domingo à tarde, os programas voltados a família apresentavam o McCréu e as mulheres fruta ao povo brasileiro. Hoje, as pautas não estão muito melhores, mas música de baixo calão ao menos está fora, e estou a um mês olhando TV pra afirmar isso.

Hum, ok. Agora sim vc elucidou melhor a questão, rsrs. Mas aqui no RJ existe uma "mídia paralela", que ainda alimenta muito a mente e os ouvidos dos jovens desprovidos de capacidade de discernimento, limitação artística, dentre outras coisas. Então, o sujeito acaba aceitando aquilo como "bom" pq no meio em que ele vive não existem outras opções (quer dizer, não tem devido à limitação artística, estética, acadêmica, pedagógica, etc..). Enfim, basicamente o que o entamoeba falou no post dele.

antes de fazer o juízo de que funk é um microfone, e meia dúzia de merda. rs

Mas a grosso modo, é isso. Não vejo problema nenhum em generalizar neste caso, pq é uma generalização válida. Para achar alguma coisa de boa nesse funk batidão, proibidão, é como achar uma agulha no meio de um palheiro. Querer dar algum valor positivo ao funk é procurar defender o indefensável.

Entendo que deves estar saturado disso, e deve conhecer o batidão na raiz, bem melhor qu'eu, mas ainda assim, terá de aceitar que entre tanta coisa ruim, tem algum que outro com talento...

Tem um caso curioso, o do Mr. Catra. O cara é um artista talentosíssimo, e além disso ele é um sujeito letrado, não é nem de longe nenhum ignorante. O "Mr. Catra" na verdade é um personagem que ele criou para associação ao funk. Só que o funk que ele faz consegue ser ainda pior que os outros, hehehe.

Talvez esteja aí a questão do "talento". Ele é um cara talentoso, tem um feeling para o showbiz, e tals. Só que nem mesmo ele conseguiu usar o seu talento artístico para transformar em algo "bom" para o funk, musicalmente falando. Eu penso que ele trilhou o caminho errado, com esse lance de "funk putaria", e tal. Se talvez ele seguisse por um caminho mais cômico, com uma veia mais humorística, talvez seria ainda mais caricato.

renatocaster
Moderador
# jun/16 · Editado por: renatocaster
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Uma outra mazela que esses funks proibidões acabam gerando na mente dos jovens de periferia e favelas. O culto ao crime, ao tráfico, a apologia evidente e maciça que essa letras carregam.

O garoto já bem muito novo aprende que ser traficante é legal, que aquilo é bom, vira um "ideal" de vida pra ele. O chefão do tráfico vira um ídolo para essa garotada, é como se ele fosse um Semi Deus, um ser supremo. E, em contrapartida, quando morrem ou são presos, acabam virando "mártires", como se fossem pessoas que morreram lutando em prol da comunidade.

É triste, cara. E o funk na sua essência, acaba servindo de agente causador disso, é um estimulante, aquelas letras encorajam o cara a trilhar aquele caminho do crime.

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