【FIXO】 Pedais: O que é, como funciona, p/ que serve, ordem, dicas sobre cada efeito

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Ismah
Veterano
# ago/13
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Hum, mas e a lenda de que um DI limpe o sinal?

Fernando de almeida
Veterano
# ago/13
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Ismah
Hum, mas e a lenda de que um DI limpe o sinal?
"Limpa" (na verdade adéqua) para se usar em uma mesa de som ... em amplificador de guita não faz isso não ...

Hocix
Veterano
# ago/13 · Editado por: Hocix
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E aí galera, tenho uma dúvida, gostaria de opinião se está certo a maneira que ligo os meus pedais, pois em alguns pedais que uso, o boost não surte efeito. Tenho os seguintes pedais:
Behringer TU 100
Boss NS-2
Dunlop GCB95 Cry baby
Boss SD-1
Marshall Guv'nor Plus 2
Boss MD-2
Boss CS-3
Boss GE-7
Boss CH-1
Behringer DD400

Ligo na seguinte ordem:
TU100 -> NS-2 (ligo no Send: Wah -> SD-1 -> Guv'nor -> MD-2 -> CS-3(Boost) -> GE-7 -Volta para o Return) -Outup NS-2 -> CH1 -> DD400.

Mas quando eu uso o Guv'nor e SD-1 e uso o CS-3 como boost, é pouco / quase mínima a diferença.
Uso o CS-3 com o level no máximo o resto em flat. Já testei outras configuração no pedal que aumento o som, porém fica um "piiii" muito alto.

Tenho uma ESP EX-50 e Amp Laney VC 30 212
Agradeço quem puder ajudar.

magnocm
Veterano
# ago/13
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Cara,

Quanto a cadeia de pedais:
Eu só faria uma alteração: colocar o SD-1 antes do WAH, e o CS-3 imediatamente depois do WAH...

Quanto ao ruído
O "piiii" acontece mesmo quando você está com o volume da guitarra zerado?
Se você tirar o cabo de entrada da guitarra, para o TU-100, o "pii" continua?
Usando o NS-2 da forma que você usa, isso deveria sumir... compressor, é uma pedal ruidoso mesmo... e assim, embora seja muito pessoal, uma aplicação dele é reforçar frequencias que estão com amlpitude baixa, e ceifar frequencias que estão com amplitudes altas... como bosster, é melhor mesmo usar um bosster, ou o próprio SD-1...

Tem duas formas de usar booster: antes de drives, para aumentar o ganho, o punch, a "afiação" do drive que está vindo depois do bosster; depois de drives (ou último pedal da cadeia), para aumentar o volume geral, sem alterar tonalidade de nada...

Tendo dito isso, então pergunto: qual a aplicação de bosster que você pretende ter?

Hocix
Veterano
# ago/13 · Editado por: Hocix
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magnocm
Olá, primeiramente agradeço tuas sugestões. Respondendo tuas perguntas:
- O "piiii" acontece mesmo quando você está com o volume da guitarra zerado?
Não, somente quando estou com o volume do SD-1 no caso, mais da metade.
- Se você tirar o cabo de entrada da guitarra, para o TU-100, o "pii" continua?
Isso eu nunca testei, farei isso hoje à noite.
- Usando o NS-2 da forma que você usa, isso deveria sumir.
Eu uso o NS-2 somente quando fica aquele barulho de energia, quando os locais não são aterrados, daí utilizo ele. E se eu aumentar a configuração do NS-2, some quase todo o "Piii".
- ... como bosster, é melhor mesmo usar um bosster, ou o próprio SD-1...
Não uso esse pedal como booster, porque eu curto o timbre dele, tenho uma banda de rock anos 60 e 70 e esse drive me agrada muito, por isso não uso ele como booster.
- qual a aplicação de bosster que você pretende ter?
Booster pra mim, seria para dar aquele "up" na hora do solo, para destacar bem o solo. Creio eu então, lendo o que você descreveu, que o melhor seria usa-lo antes dos drivers.

Irei fazer uns testes e depois postar resultados aqui.
Novamente agradeço as opiniões e dicas que tu me deu.

magnocm
Veterano
# ago/13
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Hocix
Para aumentar na hora de solos, sem alterar o tom e a cor do que se está tocando, o melhor, é usar um booster ao final da cadeia, ou imediatamente antes das modulações.

Um compressor, atua reforçando frequencias pouco audíveis, e atenuando frequencias muito audíveis... asvezes, isso provoca uma característica de "booster", porque acaba aumentando a percepção de quem escuta o conteúdo harmonico daquilo que se está passando pelo compressor... mas compressor, por esse motivo, gera também ruído... sempre, principalmente em configurações extremas, e em cadeia com muito ganho...

O wah, por trabalhar "transladando" as frequências médias entre suas harmônicas, é legal de vir antes do compressor, nesse caso, o compressor, faria soar "em mesmo volume" "toda a faixa de movimentaçaõ do wah"; por exemplo: quando o wah estiver todo para cima (realçando os graves) teria o mesmo volume de quando estivesse no meio do curso (money for nothing) e o mesmo volume de quando estivesse todo para baixo (realçando os agudos). Isso na teoria...

Vai testando aí e contando pra gente...

Ismah
Veterano
# ago/13
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Bom, ontem fui as compras de um afinador, e encontrei um chorus que amei, faz bem o efeito "rotator", típico de um órgão hammond... Groovin Super Chorus 700, liguei ele depois da pedaleira, e para minha surpresa quando ligo ele em alguns patchs tenho mais volume, e ele acaba atuando como um booster leve... isso é normal? eu que regulei mal o pedal ou o que?

Fernando de almeida

Valeu pela dica \m/

Fernando de almeida
Veterano
# ago/13
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Ismah
Groovin Super Chorus 700, liguei ele depois da pedaleira, e para minha surpresa quando ligo ele em alguns patchs tenho mais volume, e ele acaba atuando como um booster leve... isso é normal? eu que regulei mal o pedal ou o que?
Brow, acontece o seguinte:
- Em alguns chorus (creio que a maioria) o sinal que entra nele é dividido em dois ...
- Uma parte do sinal recebe o "tratamento" para ficar "choruszado" (hehehehe) e a outra parte de sinal que permaneceu "limpo" é somado, no final, com o sinal "tratado"...

O que acontece é que antes de dividir o sinal da entrada, geralmente o sinal é amplificado para compensar eventuais perdas devido a própria divisão do sinal e também perdas devido os sinais passarem por outros componentes ...
Mas, mesmo com perdas, nem sempre o sinal volta ao seu volume original e acaba saindo um pouco mais alto do que entrou causando um eventual boost ...

Cara, isso é uma hipotese do que deve estar acontecendo (ao menos não vejo outra explicação) ... Se o pedal estiver com problema também pode causar isso .... Então fique ligado e qq coisa leva para trocar ...



ABR

Shafik
Membro
# ago/13 · Editado por: Shafik
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Galera, boa tarde!
Dia 12 de setembro eu receberei um abono salarial ( PIS ), e quero dar fim nele adiquirindo um pedal de loop, aquele que agente constrói uma melodia, dai vai inserindo solos, arranjinhos, enfim, o pedal de loop. Eu não conheço absolutamente nada do que se diz respeito a custo x beneficio de pedais e pedaleiras. O meu orçamento para gastar com o mesmo é de R$ 670,00 ( salario mínimo e valor do abono que eu vou pegar ) porem vou arredondar para R$ 700,00. Pois bem, definido o objeto do post, gostaria de saber da galera qual marca e modelo comprar... por min até agora é isso: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-502607214-pedal-boss-loop-stati on-rc3-pronta-entrega-_JM
Mas dai já viu né, as vezes tem outro modelo ou outra marca similar ou mais em conta que faz a mesma coisa e agente acaba "comendo bronha"...
De qualquer maneira muito agradecido! ^^
PS: Eu não quero o pedal pq eu acho legal, eu quero porque é o que eu preciso no momento, não estou interessado em pedais de efeitos por hora.

FBlues_rock
Veterano
# ago/13 · Editado por: FBlues_rock
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Shafik
Segue 3 sugestões, para olhar além do Boss, um mais barato (minha escolha, pela qualidade e simplicidade) e os dois últimos mais caros:

O TC Electronics - Ditto Looper, se o uso não for gravar e reproduzir em um PC ou usar midis junto:





Se for usar trocentos recursos, gravar em cartão de memória, etc., sugiro olhar o Pigtronix - Infinity Looper:





Agora se quer pegar um "clássico" e muito bom, com bastante recursos também e cheio de botões para pisar, o Boomerang III Phrase Looper.

Em suma, dependendo o uso, sugiro 1 desses três. Eu uso o Ditto, perfeito para a aplicação que preciso: muito prático de usar, audio idêntico e infinitas sobreposições (também fáceis de fazer, pausar e deletar última).

Ismah
Veterano
# ago/13
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Fernando de almeida

It's way! Acho que não é bicho de sete cabeças... foi uma dúvida que me surgiu, oporque em outros pedais que tive em mãos já (OD-2, Vox Wah, angel chorus) não percebi essa diferença hehe

outra coisa que quis perguntar e me esqueci, existe algum pedal de reverb que seja com mola?

Shafik
Membro
# ago/13
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Nossa adorei esse Ditto! Faz tudo o que eu quero com a simplicidade que eu to procurando, sem contar que custa quase 300 reais a menos que o Boss!!! Muito Obrigado FBlues_rock, você me ajudou muito! ^^

Fernando de almeida
Veterano
# ago/13 · Editado por: Fernando de almeida
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Ismah
outra coisa que quis perguntar e me esqueci, existe algum pedal de reverb que seja com mola?
Não... Reverb com mola só os amplificadores ...

O tanque de reverb (onde ficam as molas) deve ter uma tamanho relativamente grande (comparado ao tamanho de pedais) para as molas "gerarem" um reverb aceitável ... Se o tanque de reverb fosse do tamanho de um pedal, é provável que o reverb sairia curtinho e magrinho ...

Ainda bem que os pedais conseguem simular de modo honesto o reverb de mola ...

Expliquei em um outro tópico para um cara sobre os reverbs (de mola, digital, analógico, de placa e tamanho de salas - room, hall, chamber, etc) ... Dá uma lida no tópico todo que além de vários comentários meus tem outros colegas explicando muita coisa legal lá ...
LINK: http://forum.cifraclub.com.br/forum/7/179564/

Ismah
Veterano
# ago/13
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Muito bom, te deixei uma resposta lá.

FBlues_rock
Veterano
# ago/13 · Editado por: FBlues_rock
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Fernando de almeida
Ismah

Existe sim, sendo famosos os da Van Amps, os Sole-Mate (antigamente eram os Reverbamate). Grandes, meio caros e bem falados por muitos ligados no "som vintage".
http://vanamps.com/products/sole-mate/



Meu pitaco (que ninguém pediu rs): existem pedais de efeitos de ambiência e modulação digitais excelentes; Ismah, a não ser que procure exatamente o som vintage, inclusive com suas "imperfeições" o mais detalhadas possíveis (sim, pois um Strymon também reproduz as imperfeições, embora digital), pesquise os vários Reverbs que existem no mercado, deve ter diversos que o satisfaça sem o custo e o inconvenientes de alguns analógicos (fico pensando o custo e demora para consertar um Van Amp...)

Ismah
Veterano
# ago/13
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a não ser que procure exatamente o som vintage

Se pudesse comprar cordas velhas iria kk

Sei lá, mas não compro por isso ou aquilo... A peça pode ser o que for, se eu gostar do timbre tá valendo.

Ismah
Veterano
# ago/13
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Fernando de almeida

Já que vc se mostrou entendido no assunto, me fale dos pedais Sound/Malagoli, to brigando por um wah/cry baby/distortion num arremate do ML... pelo que pesquisei eles eram os fodas dos anos 70~80 no Brasil... mas é tudo '-'

magnocm
Veterano
# ago/13
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Ismah
Esse pedal não é "O" pedal, mas se compara aos famosos da mesma categoria...

Tem um guitarrista aqui do Rio (Fábio Caiaffa), que era endorçado pela wavebox, que usava esse pedal que você está querendo comprar, um em suas apresentações ao vivo.

Equivale ao morley wha-distortion-volume e aos vox wah-distotion, no entanto, desses, eu ficaria com o Morley (minha preferência por timbre de wah).

Procura vídeo do Caiaffa na internet que talvez você veja ele usando esse pedal.

Sds,

Fernando de almeida
Veterano
# ago/13
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Ismah
me fale dos pedais Sound/Malagoli, to brigando por um wah/cry baby/distortion num arremate do ML... pelo que pesquisei eles eram os fodas dos anos 70~80 no Brasil.

Por acaso seria um desse:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-504195618-raro-pedal-de-wah-e-f uzz-es-2-marca-sound-vintage-brasileiro-_JM
??????

Ismah
Veterano
# ago/13
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QUASE! Seria esse

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-503795981-pedal-wah-wah-sound-n -vox-fendermorley-cru-babydunlop-_JM

Fernando de almeida
Veterano
# ago/13
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Ismah
Então cara são similares ... Esse wah deles não soa exatamente um wah mas é um som tipo de filtros mesmo (algo tipo um phaser malucão controlado pelo expressão) ... O fuzz dele é bem vintage com ganho exagerado (ao meu ver) deixando o som até um tanto embolado dependendo da regulagem ...

Vc notou que precisa de manutenção, né?

Ismah
Veterano
# ago/13 · Editado por: Ismah
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Sim, meu intuito era fechar cambalacho kkk

Na loja que costumo comprar (vamos ao marketing: http://artesomstore.com.br/loja/) eles tem gênios da lâmpada, conseguiria trocar o pedal por alguma peça, caso não curtisse o timbre, ou mesmo mandar consertar... Mas o Fuzz não me atrai, os Furhmann HotRod e um cor vinho que eu esqueci o nome, chegam bem perto do que eu desejo...

+/- isso

http://www.youtube.com/watch?v=HBMdayjisYs&feature=player_detailpage&t =184

Edson Caetano
Veterano
# ago/13
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Opa galera, vamo dar uns pitacos aqui pro tio Edson hehe

Estou terminando de montar meu setzinho de pedais, confesso que já liguei de um monte de jeito, e estou quase 80% convencido que estou chegando no meu timbre... mas, falta 20% quem sabe com a dica de vocês isso não vira 100%

Vamos lá

Guitarra > Wha Vox 847a > MXR Fullbore Metal (para leads exclusivamente) > Marshall Guvnor 2 (para os drives) > Akai E2 Headrush (Delay / Loop / Tape Echo) > iRig Stomp (frescura com cellular) > Behringer Mic200 (Fica mais como master vol) > Amp

Ufa... Então, não sou metaleiro sangue nos olhos, gusto muito do drive do guv para o rock`n`roll do dia a dia, e adoro sons viajantes (por isso o delay de cara) herança dos teclados claro

O iRig Stomp serve com qualquer app de guitarra do iOS, e acaba por me possibilitar outros efeitos e simulaçoes, mas não curto muito, acaba tendo qualidade inferior aos pedais

Detalhe... o pedal board só tem mais 2 slots vagos porque tem uma fonte PS08 da landscape que é grande + um trafo 110/220 (maldita região que moro que tem as 2 voltagens sem criterio algum), um patch bay, tuner, ab

Dito isso e agora??

meu pedalboard

ps... na foto o fullbore ainda não estava no set

O que fazer, que direção tomar... sinto que falta muito pouco mesmo para acertar em cheio meu som e sair gravando as jams da galera hehe

Ismah
Veterano
# ago/13
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Edson Caetano

Se vc tiver deixado de ser keyman

- Compressor
- Chorus
- Reverb
- Octaver

Se vc continua o mesmo tecladista louco que conehci:

- Rotator/Leslie/Tremolo (viva as leslie num hammond?)
- Reverse/Slow attack (só ouvi esse pedal ainda não achei o nome)
- Arpeggiator Delay (dispensa comentários)
- Dobro Effect (te dá uma nota num intervalo determinado em relação a original, dentro da escala, bom pra fazer um "duo" estilo sertanejo)

Acho que é isso... Poderia me falar da utilidade do pré Behringer?

Edson Caetano
Veterano
# ago/13
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Ismah
Mesmo keyboard man hehe e quanto mais louco o pedal melhor hehe

Vou analisar atentamente estas sugestões , na verdade mesmo o set principal é um vg99 com Kronos via midi utilizando o gk3... Preciso fazer o review disso

Este set da foto é para carregar e nao desmontar a tecnologia ( leia tomar cerveja e tocar guitarra ), mas preciso de algo diferente para fugir do trivial

Ps... Mic200 não faz nada além de servir de Master volume ( esta no fim da cadeia) mas imagino que ele serviria de booster (mas fullbore nao precisamos disso), resumindo... Esta ocupando espaço e adicionando ruído (mesmo que pouco )

Na caçada dos 20% hhehe

Ismah
Veterano
# ago/13
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Edson Caetano

Tentou um Noise Gate?

Sei que está na primeira página mas achei esta versão com um olhar mais "científico"...

"Publicado originalmente no site Rockonline em 15/02/2002

E aí galera, beleza?

efxEstou de volta! E na matéria deste mês vou falar sobre os efeitos, e sobre como eles funcionam, dando também algumas dicas de como utilizar melhor a cada um deles. Você sabe como funciona um Chorus? A diferença entre um Flanger e um Phaser? A diferença entre Delay e Reverb? Pois é, eu vou tentar dar uma geral em tudo isso. O assunto é muito abrangente, mas farei o possível para ser bem claro e objetivo.

Os efeitos mais populares são os famosos pedaizinhos de guitarra, e os poucos controles encontrados nesses pedais, geralmente alteram os parâmetros principais, que caracterizam o efeito, portanto vou me prender mais nestes poucos controles.

Processadores de áudio
Embora não sejam exatamente efeitos, os processadores são também encontrados em pedais e racks, e são os principais modeladores de som. Vamos começar pelo mais comum deles:

O equalizador
O equalizador pode ser encontrado em praticamente todos os sistemas de som. Sistemas domésticos, automotivos, amplificadores de guitarra e contrabaixo, todos eles tem algum tipo de equalização, mesmo que seja um simples controle de grave e agudo. O equalizador nada mais é do que um controle de volume de uma determinada freqüência.

As ondas sonoras se encontram em freqüências diferentes, por exemplo: uma onda sonora grave, tem um ciclo mais largo do que uma onda sonora aguda (ciclo mais estreito), e nossos ouvidos percebem essa diferença. O ouvido humano é capaz de captar freqüências de ciclos de 20Hz (extremamente grave) até 20KHz (extremamente agudo). Geralmente os controles de grave de um aparelho doméstico são fixados em 100Hz, e os de agudos em 10KHz. Quando você aumenta o controle de grave de seu aparelho o que você está fazendo é aumentar o volume da freqüência 100Hz.

Outro tipo de equalizador, é o equalizador gráfico, aquele que tem vários controles deslizantes, cada um correspondendo a uma freqüência diferente. Eles podem variar muito na quantidade de controles, alguns tem apenas três, e outros chegam até trinta e um, possibilitando uma equalização muito mais precisa.

Outro tipo de equalizador, é o equalizador paramétrico. A diferença é que, além de ter controle variável sobre a freqüência e o volume dela, você ainda tem controle sobre a amplitude (que é chamada “Q”), que é o quanto as freqüências vizinhas vão ser alteradas. Esta variação de “Q” também acontece nos outros tipos de equalizadores, só que você não tem controle sobre isso, pois os valores são pré-fixados.

O compressor
Outro processador muito conhecido, é o compressor. Afinal, para que serve um compressor? Boa pergunta! Em um estúdio de gravação, o compressor é um dos equipamentos mais úteis, e mais usados! Vamos pensar num volume que vá de zero a dez. Aí um cara está cantando, e o volume de voz dele está variando entre três e nove. Numa variação como essa, e em meio a uma música com vários outros instrumentos, a voz vai ficar aparecendo pra caramba em determinados pontos da música e totalmente sumida em outros. Aí é que entra o compressor!

Os controles mais comuns de um compressor são o “treshold” (limite), “ratio” (quantidade de compressão), e o “output gain” (volume de saída). Vamos voltar ao exemplo do vocalista. Digamos que o nosso “treshold” seja colocado em cinco, agora toda a vez que a voz dele passar de cinco o compressor vai começar a atuar. Se colocarmos o controle de “ratio” no máximo, qualquer coisa que ele cantar acima do volume cinco será comprimida e o volume de saída será no máximo cinco. Com isso conseguiremos uma constância muito maior de volume na voz dele, porém, o nosso volume geral será menor, para isso é que existe o controle “output gain”, onde podemos aumentar o volume de saída. Vamos aumentar o volume de saída para quatro. Agora o nosso volume máximo, que era cinco, será nove (cinco mais quatro) e nosso volume mais baixo que era três será sete! Assim conseguimos um volume geral bem maior, e uma variação de volume bem menor, com isso, a voz de nosso amigo estará bem mais presente durante toda a música. Isso se aplica também a qualquer outro instrumento. Como vocês podem ver o compressor é importantíssimo.

O Noise gate
Outro processador muito importante. Vamos usar novamente um volume de zero a dez? Ok, digamos que um baterista está tocando a caixa da bateria num volume sete, mas seu chimbau pode ser ouvido através do microfone da caixa no volume quatro. Aí quanto mais você aumenta a caixa, mais aumenta também o seu chimbau, é neste caso que entra o noise gate. O noise gate (algo como “portão de barulho”), possui como controles mais comuns o “threshold” (limite) e o “decay time” (tempo de demora de fechamento). Agora vamos ajustar o “decay” em cinco. O noise gate vai “fechar” o som do microfone, que só se abrirá após algum som acima do volume cinco seja tocado, sendo assim o nosso chimbau não vai mais encher o saco! Só que a nossa caixa está com um som de “plec, plec, plec”… Eu sei o que aconteceu, o “decay” (tempo de duração) de nossa caixa, foi pro brejo. Mas não esquenta não, é só aumentar um pouco o tempo de “decay” do noise gate que as coisas vão soar bem mais naturais. O noise gate deve ser usado com muito cuidado, afinal qualquer pequeno toque da caixa que esteja abaixo do “threshold” vai sumir. Use com moderação e somente quando necessário.

Bom, agora que já esclarecemos algumas coisas sobre os processadores, vamos aos efeitos!

Efeitos baseados em tempo, Delay e Reverb
O “delay” ou “echo” (ou eco, porra!), nada mais é do que a repetição, tição, tição, tição, de um determinado som. Os controles mais comuns são “time” (tempo do delay), “feedback” (quantidade de repetições) e “effect level” (volume do efeito).

Quanto maior o “time”, maior o tempo de demora entre o som original e as repetições. Quanto maior o “feedback”, maior a quantidade de repetições. Com esse controle no mínimo, você terá apenas uma repetição. Quanto maior o “effect level”, mais alto o “delay” estará em relação ao som original. Uma das coisas mais divertidas é “brincar” com os efeitos de um pedal de “delay”, acho que foi assim que David Gilmour do Pink Floyd surgiu com o arranjo das primeiras partes de “Another Brick In The Wall”, e como The Edge do U2 surgiu com o arranjo de “Where The Streets Have No Name”. Experimente várias formas de usar, além de ser muito legal pode vir a ser muito útil.

O “Reverb” é formado por centenas e centenas de delays. Quando o som acontece num determinado ambiente ele bate numa das paredes, reflete em outra, no teto, no chão e volta pra nós como vários “delays” de tempo diferentes, que se juntam e formam o que chamamos de “reverb”. Existem vários tipos de “reverb” diferentes, que simulam os mais diversos ambientes. Os mais comuns são “Room” (uma sala pequena), “Hall” (um “salão”), “Plate”, que simula o som refletindo numa bacia de metal, essa era uma das formas de se conseguir “reverb” quando surgiram as primeiras gravações, eles colocavam a bacia perto de quem estava cantando e punham um microfone dento dela! “Spring” (mola), que simula o “reverb de mola”, muito comum nos amplificadores de guitarra antigos, aquele som de guitarra de “Surf Music”. Geralmente você tem o controle de “time” (quanto tempo dura o reverb), algum tipo de equalização do “reverb”, para deixá-lo mais brilhante, e o controle de “mix” para ajustar a quantidade de “reverb” em relação ao som original.

O “Flanger”, também pode ser considerado um efeito de tempo, só que ele é um efeito de “tempo variável”. Se você ajustar o tempo de um “delay” em menos de trinta milésimos de segundo, e aumentar a quantidade de “feedback”, você conseguirá um som meio “entubado”. Quanto menor o tempo do “delay”, mais aguda é a tonalidade do “tubo”. Agora se você variar periódicamente o tempo do “delay” entre dez e um milésimo de segundo, você consegue o efeito de “flanger”. O “phaser” funciona mais ou menos da mesma forma, só que o “delay” varia apenas entre zero e um milésimo de segundo.

Efeitos de pitch
Acho que o primeiro efeito de “pitch” (afinação), foi o oitavador. Com ele você consegue uma reprodução do som original, uma ou duas oitavas abaixo. Depois disso, surgiram os efeitos de “pitch shifter”, com os quais você conseguia qualquer intervalo (terças, quintas…) da nota original. Só que os intervalos eram fixos, logo, quando você escolhia uma terça maior da nota original, ela era sempre uma terça maior, o que não é muito musical, pois ela não varia entre terça maior e menor, como as escalas musicais fazem. Para resolver esse problema, foram criados os “pitch shifters” inteligentes, neles você pode ajustar a tonalidade em que está tocando e ele varia de forma inteligente os intervalos entre maiores ou menores. Eles também são chamados de “harmonizers”, e às vezes podem reproduzir vários intervalos da mesma nota simultaneamente, criando verdadeiros “corais”!

Efeitos de pitch e delay
Da combinação do “pitch” com o “delay”, conseguimos alguns novos efeitos muito interessantes. O “chorus” por exemplo, consiste de um “delay” muito curto, mas com “pitch” varável, é como se duas pessoas tentassem cantar a mesma nota simultaneamente. Sempre haverá uma pequena diferença de tempo e de afinação, o que dá uma “engordada” no som. Por isso o nome “chorus” (coro). Os controles são bem simples, o “rate” controla a velocidade da modulação e o “depht” controla a intensidade da modulação.

Existem também “delays” com modulação, ou seja, a cada repetição o “pitch” se altera. Não é um efeito muito útil, afinal um “delay” desafinado em relação ao som original, não é muito agradável, mas não deixa de ser interessante.

Bom, aí foi uma breve explicação sobre os diferentes tipos de efeitos, como disse no início da matéria, o assunto é muito abrangente, mas espero poder ter “clareado” um pouco as coisas pra vocês. Se tiverem algumas dúvidas ou sugestões, me escrevam.

Um abraço a todos e ‘Keep on Rockin’."

Fonte: http://pauloanhaia.com.br/?page_id=37 in 25 de agosto de 2013

SkyHawk
Membro
# ago/13
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Ismah
Muito bom !!!! Otimo artigo !!!!

Thechained
Veterano
# set/13
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Galera, tô pra pegar um equalizador pra poder dar uma variedade na sonoridade e usar tbm como um booster de frequência. Gostaria de saber de vcs se o pedal da Landscape GEQ1 é uma boa opção, ou se a melhor opção é o GE7 da Boss. Já procurei pelo EQ400 da Groovin, mas aqui na minha cidade (Niterói/RJ) não acho em lugar nenhum. Se vcs tiverem experiencias com outros pedais de boa qualidade aceito sugestões...
Desde já agradeço.

gabiscap
Veterano
# set/13
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Galera gostaria da opinião de vocês. Tenho um set de pedais composto por um wah wah pw 10 boss, Nig Shred pro, Boost Black snake, Compressor e Delay analog Axcess Gianini, Chorus JOYO, Boss Equalizer GE7, Tube Screamer Furhmann. Acham que compensa trocar por uma Boss GT 10. Gosto de tocar mais hard rock e heavy metal e tenho tido dificuldades em achar um pedal que me agrade. Acham que os drives dessa pedaleira atende quem toca Whitesnake, Iron, Metallica. Seria uma boa troca? obrigado

gL.
Veterano
# set/13
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Fala pessoal, tudo bom?
Estou com um esquema de que eu preciso de aproximadamente 15m de cabo para poder ligar minha pedaleira a mesa de som onde possui os pré amplificadores que jogam os sinais para as "caixas", porém a mesma não possui saída balanceada(XLR), gostaria de saber se eu usar cabos P10 ligados direto a ela usando apenas a pedaleira vai haver algum problema ou se é melhor eu comprar um DI passivo e usar cabos balanceados(XLR). Essa pedaleira não tem saída balanceada mesmo não?

Obrigado!!!!!!

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