Talvez uma polêmica opinião sobre Fender.

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4bloods
Membro Novato
# ago/22 · Editado por: 4bloods


ontem eu havia ido comprar uma guitarra nova para mim. em um certo tempo eu fui testar algumas que haviam por lá: evh, ibanez e fender. eu toco há 7 anos e nunca tinha experimentado uma guitarra Fender, porém, esse dia eu experimentei. eu conectei o cabo p10 com uma felicidade extraordinária, pois todos diziam que é maravilhosa em todas os aspectos. em seguida eu fiz um power chord e desanimei... não havia nada que eu esperava. eu estava me sentindo tocando uma guitarra chinesa qualquer por menos de 1.000, literalmente. diziam que a pegada, o timbre, tudo era maravilhoso, mas não vi nada disso. a guitarra que eu toquei é excelente mas não é nada do que falam só mais uma guitarra comum.

ejames
Membro Novato
# ago/22
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Tem uma confusão de conceitos aí. Diferente de Gibson, Gretsch e Epiphone (antes, beeeem antes de virar uma subsidiária da Gibson) que prezavam pelo lado artístico da luthieria, com materiais nobres e métodos de construção clássicos, a Fender desde que começou a produzir guitarras sólidas adotou uma filosofia bem diferente, ao estilo fordista: simplicidade e eficiência, com o objetivo de se ter um produto para produção em massa. Madeiras nobres como mogno e ébano? Nada, usa maple e alder, que são madeiras usadas em pisos, prateleiras, etc. Headstock angulado para exercer a pressão adequada no nut? Não, dobra uma chapinha de metal para rebaixar as cordas. Marcações em abalone ou madrepérola, tops "carved" em madeiras lindamente figuradas? Muito menos, marcação em bolinha de plástico, corpo em uma peça só pintado com tinta automotiva - não é mera coincidência que as Fender dos anos 60 tem cores que acompanhavam a cultura automotiva, é porque usavam literalmente as tintas do catálogo da Ford e GM.

O protótipo do que veio virar a Telecaster não era nada muito além do que dois pedaços de madeira (corpo e braço, sendo o corpo laminado e o braço sem tensor) parafusados um no outro, com alguns trastes, seis tarraxas e um captador. Claro, passando pela Telecaster e chegando até a Stratocaster houveram diversas mudanças e refinamentos, sendo talvez o maior deles o corpo muito mais ergonômico da Strato e a elétrica com agora três captadores, mas a filosofia de fazer mais com menos ainda estava lá.

Tudo isso possibilitou que fossem produzidos instrumentos em larga escala, com consistência de qualidade (para a época) e preço acessível. Não era fácil encontrar um instrumento decente na época, ou você pagava uma pequena fortuna em alguma das citadas aqui no começo do texto, ou teria que navegar num mar de instrumentos com péssimo controle de qualidade. A simplicidade também garantia robustez, então a soma desses fatores logo levou a serem instrumentos muito populares entre músicos profissionais, seja nos bares, casas de show ou nos estúdios. Depois veio Hendrix e a partir daí acho que não preciso falar mais nada.

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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Tem uma confusão de conceitos aí. Diferente de Gibson, Gretsch e Epiphone (antes, beeeem antes de virar uma subsidiária da Gibson) que prezavam pelo lado artístico da luthieria, com materiais nobres e métodos de construção clássicos, a Fender desde que começou a produzir guitarras sólidas adotou uma filosofia bem diferente, ao estilo fordista: simplicidade e eficiência, com o objetivo de se ter um produto para produção em massa. Madeiras nobres como mogno e ébano? Nada, usa maple e alder, que são madeiras usadas em pisos, prateleiras, etc. Headstock angulado para exercer a pressão adequada no nut? Não, dobra uma chapinha de metal para rebaixar as cordas. Marcações em abalone ou madrepérola, tops "carved" em madeiras lindamente figuradas? Muito menos, marcação em bolinha de plástico, corpo em uma peça só pintado com tinta automotiva - não é mera coincidência que as Fender dos anos 60 tem cores que acompanhavam a cultura automotiva, é porque usavam literalmente as tintas do catálogo da Ford e GM.

O protótipo do que veio virar a Telecaster não era nada muito além do que dois pedaços de madeira (corpo e braço, sendo o corpo laminado e o braço sem tensor) parafusados um no outro, com alguns trastes, seis tarraxas e um captador. Claro, passando pela Telecaster e chegando até a Stratocaster houveram diversas mudanças e refinamentos, sendo talvez o maior deles o corpo muito mais ergonômico da Strato e a elétrica com agora três captadores, mas a filosofia de fazer mais com menos ainda estava lá.

Tudo isso possibilitou que fossem produzidos instrumentos em larga escala, com consistência de qualidade (para a época) e preço acessível. Não era fácil encontrar um instrumento decente na época, ou você pagava uma pequena fortuna em alguma das citadas aqui no começo do texto, ou teria que navegar num mar de instrumentos com péssimo controle de qualidade. A simplicidade também garantia robustez, então a soma desses fatores logo levou a serem instrumentos muito populares entre músicos profissionais, seja nos bares, casas de show ou nos estúdios. Depois veio Hendrix e a partir daí acho que não preciso falar mais nada.




a Fender tem extrema para os instrumentos ao todo, tanto em séculos passados quanto agora, isso é inegável. porém, ao tocar, percebi que não é um mar de rosas como dizem... mas claro sua importância é indiscutível.

JJJ
Veterano
# ago/22
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Também pode ter sido uma decepção, dependendo do amplificador em que se ligou a guitarra, da regulagem (ou falta de), do fato de serem captadores singles quando se prefere humbucker, etc... enfim, há um monte de detalhes que podem ter interferido na experiência.

Lelo Mig
Membro
# ago/22 · Editado por: Lelo Mig
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4bloods

A tocabilidade de uma Fender nunca foi o seu forte, assim como também não é da Gibson.

Uma maior preocupação e conforto ergonômico, relação braço/escala/trastes/posição da empunhadura só existem em guitarras mais modernas de meados dos anos 80 pra frente.

Há quem ache Stratos desconfortáveis e há, ainda mais, quem ache as Les Pauls desconfortáveis.

O que manda em Fenders e Gibsons é a sonoridade, e isso é subjetivo, pode-se gostar ou não.

A pergunta é: Você sabe o que você deseja/espera de uma guitarra?

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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Também pode ter sido uma decepção, dependendo do amplificador em que se ligou a guitarra, da regulagem (ou falta de), do fato de serem captadores singles quando se prefere humbucker, etc... enfim, há um monte de detalhes que podem ter interferido na experiência

o amplificador era muito bom, me agradou com todas as guitarras que eu testei no local. porém, a Fender não me agradou, mesmo sendo do mesmo amplificador.


era uma Fender telecaster com humbucker, assim como eu gosto.

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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A pergunta é: Você sabe o que você deseja/espera de uma guitarra?


ótima pergunta. eu espero uma guitarra que tenha um timbre que me agrade, o que não aconteceu com a Fender... mas é o que você disse, há pessoas que gostam e outras não. então não posso afirmar apenas pela minha experiência que não é tudo isso que falam. abraços.

Lelo Mig
Membro
# ago/22
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4bloods

"era uma Fender telecaster"

Tradicionalmente uma guitarra com o som super "estalado", sua grande e, via de regra, esperada característica.

"com humbucker"

Já perde, em muito, esta característica original. Geralmente quem opta por Telecaster com humbucker o faz porque gosta do modelo (design), mas quer um som mais jazzy, mais aveludado, com mais ganho e, para tal, "sacrifica" parte do som "estalado".

"uma Fender telecaster com humbucker, assim como eu gosto." "eu espero uma guitarra que tenha um timbre que me agrade"

E este timbre está numa telecaster com humbucker?

Poderia dar um exemplo de timbre que você gosta? Uma música, ou guitarrista, por exemplo?

HortaRates
Membro
# ago/22
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No Brasil a gente cresce com esse mito que Fender e Gibson (e etc) são instrumentos divinos, insuperáveis, definitivos e tal, só que isso simplesmente não é verdade. Eles são basicamente o mínimo, em questão de confiabilidade, que um instrumento profissional tem que ter. E são caros porque são produzidos nos EUA, onde a mão de obra é cara, e não por causa necessariamente da qualidade.
Dá pra tirar um som tão bom quanto ou melhor que uma Fender Standard com uma guitarra chinesa. A questão é confiabilidade e padronização, que são melhores porque o processo de controle de qualidade nesses instrumentos costuma ser melhor que nos chineses mais baratos.
Eu diria que uma Fender telecaster te entrega nada mais nada menos o que alguém esperaria de uma boa stratocaster. Soa como uma, tem a tocabilidade de uma, vai durar talvez décadas se bem cuidada, e aguenta uma quantidade razoável de abuso, e é isso.

anderson_gesteira
Membro Novato
# ago/22
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Outra coisa. Que guitarra que era essa? Era as versões mais simples da Fender ou as melhores? Isso também da uma boa diferença

JJJ
Veterano
# ago/22
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anderson_gesteira

Boa pergunta. Vai que era uma "Fender" Squier Bullet...

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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Poderia dar um exemplo de timbre que você gosta? Uma música, ou guitarrista, por exemplo?

o álbum Ride The Lightning do Metallica tem exatamente o timbre que gosto. mas também gosto do timbre do Mick Mars em Shout At The Devil e Girls, Girls, Girls (o mesmo já usou telecaster com humbucker).

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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No Brasil a gente cresce com esse mito que Fender e Gibson (e etc) são instrumentos divinos, insuperáveis, definitivos e tal, só que isso simplesmente não é verdade.

realmente. a guitarra é excelente, mas o que ela faz, uma chinesa também pode fazer... logo em seguida eu comprei eu toquei em uma chinesa e preferi a chinesa.

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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Outra coisa. Que guitarra que era essa?

eu não sei te dizer detalhadamente, mas era uma telecaster com humbucker e, não, não era uma squier.

Lelo Mig
Membro
# ago/22
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4bloods

"Ride The Lightning do Metallica... Mick Mars"

High gain. Uma Telecaster, mesmo com humbucker, não é o instrumento ideal para este tipo de timbre. Não que seja impossível conseguir... mas, não é a melhor opção.

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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High gain. Uma Telecaster, mesmo com humbucker, não é o instrumento ideal para este tipo de timbre. Não que seja impossível conseguir... mas, não é a melhor opção.

bom, Mick Mars usava uma telecaster com humbucker... tirava um som muito bom.

anderson_gesteira
Membro Novato
# ago/22
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4bloods Mas a própria Fender em si tem varias linhas, com suas versões de entrada (que basicamente são Squier com um pouquinho a mais de capricho) e as versões top deles.

ejames
Membro Novato
# ago/22
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4bloods
bom, Mick Mars usava uma telecaster com humbucker... tirava um som muito bom.

Cara, você tem ideia da quantidade de processamento e produção que existe num rig em shows de arenas e gravações de discos? Não dá para sentar por 15min com uma guitarra numa loja e esperar que saia o mesmo som. Sem contar que de Telecaster a Kramer do Mick Mars só tinha o shape do corpo, pois era uma guitarra no estilo superstrato - ponte flutuante, braço fino, escala com raio de 12pol, trastes jumbo, captadores de alta saída, ou seja: o completo oposto de uma Telecaster clássica.

Como eu disse lá no começo: confusão de conceitos. Você estava esperando uma guitarra moderna num projeto clássico.

Lelo Mig
Membro
# ago/22 · Editado por: Lelo Mig
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4bloods

"Mick Mars usava uma telecaster com humbucker... tirava um som muito bom."

Não é assim que as coisas funcionam no mundo real com equipamentos de profissionais; o som deles, o que ouvimos, não têm nada a ver com o que vemos.

4bloods
Membro Novato
# ago/22 · Editado por: 4bloods
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Como eu disse lá no começo: confusão de conceitos. Você estava esperando uma guitarra moderna num projeto clássico.


no caso eu estava esperando por uma guitarra que >>me agrade<<, é apenas a minha opinião sobre o que eu achei. eu já toquei em algumas telecasters com humbucker e achei melhores que a da fender, tinha um timbre que não chegava a ser o que eu de fato queria, mas era um timbre que me deixava em cima do muro. o que eu quero dizer é o que o colega disse acima: nós crescemos achando que são instrumentos divinos, mas na realidade não são.

Paulo Heineken
Veterano
# ago/22
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uma coisa que curto muito na fender é que ela é bem rustica.

tirar som de uma exige uma certa curva de aprendizado...
aconteceu comigo que ficou um bom tempo tocando com guitarra de "sapatenis"

Qnd tinha uma e me acostumei, levei pra um cara hiper cheio das técnica gravar com ela...
resultado, 10 x 0 pra guitarra...hahahahaha

telecaster o buraco é mais embaixo ainda, mas depois que pega o jeito, se apaixona....

ejames
Membro Novato
# ago/22 · Editado por: ejames
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4bloods
eu estava me sentindo tocando uma guitarra chinesa qualquer por menos de 1.000
a guitarra que eu toquei é excelente
a guitarra é excelente, mas o que ela faz
uma chinesa também pode fazer

É isso aqui que eu quero dar ênfase quando falo sobre confusão de conceitos.

nós crescemos achando que são instrumentos divinos, mas na realidade não são.
Não são, nunca foram e nem foram concebidos para ser. O que eu escrevi no começo do tópico não foi para "enaltecer" a histórica da marca, mas sim para contextualizar como a Fender foi uma das primeiras, se não a primeira fabricante a oferecer produtos de nível profissional, por valor acessível e em larga escala. Não era tão comum guitarristas viajarem com seus instrumentos até meados dos anos 70, muitas vezes usavam o que era disponibilizado pela produção para a turnê ou sessão de estúdio, portanto ter um produto com qualidade consistente fácil de achar em qualquer canto foi fator fundamental para a marca ter o renome que tem hoje.

Hoje isso pode parecer pouco, uma "guitarra comum", coisa que qualquer fábrica ou até mesmo alguém com acesso a uma máquina CNC e um conhecimento razoável de marcenaria consegue replicar. Mas algumas décadas atrás a realidade era bem diferente, principalmente no Brasil.

Tem vários canais de luthieria brasileiros onde você acha reformas de instrumentos nacionais e importados de baixo custo das décadas passadas: é cada bizarrice, tosquice, gambiarra industrial que fica até difícil de acreditar que aquilo já foi comercializado como um produto de verdade. Em resumo: não é que as Fender sejam pouca coisa, são as "chinesas" que deram um salto de qualidade nas últimas duas décadas, alcançando e até superando a mão de obra americana - boto chinesa entre aspas pois isso vale para qualquer canto do mundo, inclusive o Brasil.

Os modelos da série AM Pro Series II, que são os equivalentes da clássica série Standard, são instrumentos que hoje custam nos EUA em torno um pouco menos que a metade de dois salários mínimos (os colegas que estão mais atualizados podem me corrigir com mais exatidão, mas fazendo uma pesquisa rápida o que encontrei foi por aí). É grana que um jovem, morando com os pais, faz num trabalho temporário em coisa de 2 ou 3 meses sem sofrimento, com ainda uma sobra para comprar cachaça e maconha (legalizada, obviamente). Já aqui, são instrumentos que saem pela faixa dos 12, 15, 20 mil reais, dependendo do modelo específico, uma realidade bem distante da maior parte da população.

Você tá certíssimo em não ficar impressionado com uma Fender, ainda mais assim numa breve experiência e com um instrumento de loja, que quase nunca tá com corda novas e bem regulado. Então quer dizer que não vale pagar o que custa uma Fender? Depende. Tem toda a questão envolvida sobre o valor de revenda, toda essa coisa de como são instrumentos de projeto clássico e que possuem uma curva de adaptabilidade bem diferente de quem tá acostumado com projetos mais modernos, como bem citou o Paulo Heineken.

Drinho
Veterano
# ago/22 · Editado por: Drinho
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Gostaria de parabenizar o amigo 4bloods por trazer um pouco de vida para este fórum idoso terminal.

não havia nada que eu esperava. eu estava me sentindo tocando uma guitarra chinesa qualquer por menos de 1.000, literalmente. diziam que a pegada, o timbre, tudo era maravilhoso, mas não vi nada disso. a guitarra que eu toquei é excelente mas não é nada do que falam só mais uma guitarra comum.

A Fender talvez seja a maior e mais antiga marca de guitarra sólida do mundo, é natural que exista toda uma mística em cima do produto. O senso crítico da população possui um componente de emoção muito grande para qualificar o instrumento apenas pelo que é, de modo que isso o inflaciona significativamente sem fundamento para tal.

Eu gosto de Fender, eles possuem sim instrumentos ótimos para uso profissional, outros nem tanto, mas nada que outras marcas também não tenham ou não façam. A inflação pela emoção enche o saco mesmo, é um prato cheio para os vendedores arrancarem uma grana do iniciante, na verdade nem sei como estão as lojas no Brasil hoje em dia, me admira não terem sido fechadas ainda.

Por tocar há anos com o modelo stratocaster, seja o clássico com singles ou mesmo com o humbucker (para fugir de ibanez), seria injusto e até ingrato da minha parte dizer que não é possível fazer um grande som de guitarra com uma boa fender regulada, um amplificador decente com bom volume e compromisso para tocar, da mesma forma que seria indecente por parte de qualquer pessoa negar que a precificação destes itens é completamente incompatível com o benefício oferecido por eles, principalmente se comparados com outras opções disponíveis.

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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É isso aqui que eu quero dar ênfase quando falo sobre confusão de conceitos.

eu sei que a Fender tem extrema importância para a indústria da música, isso é indiscutível. mas a minha vida inteira ouvi e vi pessoas dizendo que são instrumentos divinos, mas na realidade não, sabe? apenas isso que quero dizer. antes de plugar eu achei que iria tocar igual o jimi hendrix, claro, um exemplo extremamente exagerado, mas é perceptível o que eu quero dizer.

4bloods
Membro Novato
# ago/22
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Gostaria de parabenizar o amigo 4bloods por trazer um pouco de vida para este fórum idoso terminal.

valeu!


Eu gosto de Fender, eles possuem sim instrumentos ótimos para uso profissional, outros nem tanto, mas nada que outras marcas também não tenham ou não façam.


realmente. Fender tem sim instrumentos ótimos, mas como você falou: nada que outras marcas não façam.

Lelo Mig
Membro
# ago/22 · Editado por: Lelo Mig
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Talvez nem todos entendam... mas, de qualquer forma vale à pena:



Delson
Veterano
# ago/22 · Editado por: Delson
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Certo dia eu pluguei uma Stratocaster American Standard em uma multiuso. Não ficou o melhor timbre do mundo, mas o DNA da Stratocaster tava lá, era bem audível. Mas certa vez eu toquei em uma American Deluxe e não curti tanto, talvez pelo set de Noiseless dela.
Nunca toquei em uma Telecaster Americana, mas sei que uma dessas não é pau pra toda obra. Dá pra tocar até Heavy Metal, mas se fica bom (ou sequer parecido com o timbre esperado) são outros 500.

Enfim, é como foi dito: Ou você tocou em uma guitarra inferior, ou o amplificador era ruim, ou o timbre esperado não estava nessa guitarra.
O fato da tele em questão ter um humbucker, não a torna igual às Kramers do Mick Mars, que, concordando com o ejames, só tinha o shape do corpo

EDIT: Não tô dizendo que as Fender são criações divinas, que não devem ser insultadas.

Wanton
Veterano
# ago/22
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Lelo Mig
Talvez nem todos entendam

A desgourmetizada foi muito sutil, daquelas que só podem ser percebidas pelo ouvido de músico, mas tá valendo. Se você trocar as faixas de guitarra dos álbuns clássicos por faixas gravadas com uma PRS, 99% dos fãs sequer notariam a diferença.


Delson
Não tô dizendo que as Fender são criações divinas, que não devem ser insultadas.

Tenho desprezo pela aparência das strato e das les paul. Para mim, todo músico que recorre à segurança dos clássicos deve ser um chato do caralho. Até parece que não dá para tirar um som legal com outras guitarras.

maspn
Veterano
# ago/22 · Editado por: maspn
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o que faz uma fender soar bem é as suas mãos... só diz que fez um power chord, nem disse em que amp ligou a fender, não é novidade que lojas oferecem amps de teste... amps baratos, o vendedor não irá ficar oferencendo "testa lá no fender twin...", a pessoa falar que uma fender soa igual uma chinesa de R$1000,00 ou você está na técnica de alguém que toca uma guitarra de R$1000,00???

Lelo Mig
Membro
# ago/22
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Delson
Wanton
maspn

O que eu quis dizer, sutilmente, e de forma com que o rapaz não se sinta criticado negativamente, é que ele não sabe de onde vêm o som que deseja. E se você não sabe, não importa o equipamento.

Toquei 25 anos profissionalmente, nunca vi equipamento "fazer" o som, e sim o músico. Um cara experiente faz uma guitarra mais ou menos e um ampli meia boca soar bem. O que muda é que com equipo de ponta ele chega no resultado de forma melhor e com uma melhor tocabilidade. Se você der uma Tonante para o Jeff Beck ele vai tocar bem e com um som legal.

A maior prova disso são vídeos do David Gilmour com Les Paul... ele tira quase exatamente o mesmo som que das Stratos. Até mesmo com uma Gretsch.



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