"Marca de verdade é Fender e Gibson!" Mas a IBANEZ já não está no mesmo patamar das duas?

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nichendrix
Veterano
# fev/11
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MMI
Meio como sair de um automóvel de passeio e sentar num fórmula 1. Passei um pouco de vexame, tocar jazz numa 7 cordas das mais top do mundo, não sabia nem por onde começar (e era muita corda para mim, hehehehe).

Cara, eu sei como é, acontece comigo sempre que pego um instrumento de 7 cordas, quando comecei a aprender a tocar violão e guitarra, meu professor, nunca tinha dado aulas fora da universidade, então nunca tinha dado aulas pra iniciantes, eu e os filhos dele eramos as cobaias... hehehehhe

Então um dia ele chega com o Suguiyama de 7 cordas pra me ensinar a tocar (eu mal tinha aprendido a versão original de Garota de Ipanema direito), eu não sabia para onde ir e pra falar a verdade, até hoje não sei... hehehehhehehe

Agora essas guitarras tops é como dirigir carro esportivo sem estar muito habituado a eles, tu pode é já ter dirigido algumas vezes e por isso sabe se virar, mas não é como dirigir um carro normal nos primeiros minutos sempre apanha.

É mais ou menos o que aconteceu comigo e o M3 lá do meu cliente, nada te prepara pra ir de 0 a 100 em 4seg... hehehhehehe... e nem era intencional, passei a primeira e fui andando e no primeiro semaforo na hora que pisei no acelerador a cantada de pneu e o carro saindo com tudo, chegou na BR que liga BH à Confins, qualquer pisadinha de nada no acelerador o carro ia pra 120km/h, só deu pra dirigir sem parecer um barbeiro, quando liguei o modo cruzeiro e limitei a 110 por hora.

Eu já dirigi um numero legal de esportivos, mas como não é hábito, sempre que pego vem a barbeirice até se aclimatar.

Mas nota-se que a guitarra vibra de forma muito uniforme e espetacular, como uns Martin top de linha que experimentei, parece que aquilo vibra e soa de forma tão expendida que faz seu corpo vibrar junto, como se você fosse um instrumento da guitarra. O braço é milimetricamente perfeito, junto com os trastes, a mão encaixa e fica fácil fazer acordes complexos, mas nem saberia dizer por que.

Cara, é isso que eu senti na maioria desses instrumentos top de linha. Existe algo que pra nós, que não estamos acostumados a tocar com eles diariamente, é difícil definir com direito o que elas tem de realmente diferentes, sabemos que está lá, mas é uma imagem meio fora de foco.

Se bem que agora tu tem uma e daqui um dia vai poder definir direito...heheheh... se parar pra pensar, no dia que tu tocou nela a primeira vez, tu não conseguia definir as qualidades da guitarra, nas conversas que tivemos depois, cada dia tu vem definindo melhor a percepção de porque ela tem as qualidades que tem.

Agora é interessante ver como esses caras veem o som. O Benedetto uma vez falou, acho que para a guitar player ou guitar world, que não é o timbre que faz o homem, mas o homem que faz o timbre e que por isso ele concebia os instrumentos sempre com o guitarrista em mente, para ele o instrumento só está completo quando está na mão de um músico, vestindo sua melhor roupa, sentado na frente do público, o melhor das suas habilidades para fazer sua música e é bem legal ver o Foster falando que concorda com ele em outra afirmação que embora a madeira seja importante para o timbre do instrumento, o fator decisivo na verdade é o luthier, que pode usar a técnica para mudar o timbre natural da madeira e por o timbre que ele quiser.

Eu sei que uma coisa que se sente rápido é a vibração do corpo na tua barriga e o o braço, todas as Benedettos, Foster, D'Aquisto, Suhr, Pensa-Suhr, Tom Anderson e as Gibson VOS Tom Murphy e Fender Closet Classic John English que toquei, todas mesmo tinham em comum, essa facilidade quase indefinível que o braço delas oferecer para fazermos com menos esforço digitações que normalmente precisamos de esforço para fazer e a sensação que a guitarra vibra diferente na tua mão e na tua barriga e que de alguma forma faz tu vibrar junto.

Isso que eu admiro em você, sua capacidade de analisar, memorizar e verbalizar suas sensações.

Como eu disse muito vem da experiência com outras coisas que me ajudam a entender o que é feito ou como funcionam o que esses caras fazem, o resto é o hábito de juntar todo mundo da família na casa da vó pra contar histórias tanto as da semana, quanto relembrar as dos "velhos tempos de antigamente".

Mas também me impressiona as tuas colocações, porque tipo, é fácil expressar uma idéia sendo tão prolixo quanto eu sou, mas tu consegue dizer em 3 linhas o que eu digo em 3 páginas... hehehehe

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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MMI
nichendrix

Nossa, isso é tanta informação que chega a ser desestimulante... eu nem fazia ideia dessas guitarras de luthieria que vocês estão falando: Foster, Benedetto, D'Angelico e D'Aquisto (este último já falecido, como vocês mesmos disseram). Olhei os sites deles e tudo o mais e parece que os preços vão de 4 mil dólares pra cima. Uma Foster Royale, por exemplo, que tava vendo aqui, custa pelo menos 20 mil dólares. As Benedetto começam ali pelos 5 mil dólares e as D'Angelico vi pouco. Mas isso foram só pesquisas rápidas dos sites deles.

Mas bah, nem sei o que falar, viu... literalmente, não sei mais o que falar mesmo, hehehe. Tudo isso tá muito além de mim... e não me refiro a preço, mas sim no instrumento em si, na fabricação, nos componentes, no detalhes, em tudo... é desestimulante.

Mas foi muito bom saber de tudo isso e agradeço a vocês por isso. Conheci coisas que nem imaginaria conhecer. É um mundo meio fora do meu alcance. Digo, o que eu tenho falado desde o início: mesmo sabendo da qualidade superior desses instrumentos, eu não sei se conseguiria justificar o dinheiro que eu pagaria neles. Pra falar a verdade, eu teria até medo. Precisaria mandar construir um cofre do tamanho de uma sala para esses instrumentos, rs.

nichendrix
Veterano
# fev/11 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron

Cara, o John D'Angelico morreu na década de 60, se não me engano em 64, e o Jimmy D'Aquisto (aprendiz do D'Angelico) tocou a marca até 65, quando as ultimas guitarras iniciadas pelo mestre dele ainda era vivo, o Jimmy comprou a marca. Daí em diante a marca foi "esquecida", o D'Aquisto passou a usar o nome dele nas guitarras que fazia e vendeu a marca para a GHS em 1980.

A partir dos anos 80 ele e o Bob Benedetto viraram subsidiárias da Fender, o D'Aquisto não deixou a marca dele de lado, mas criou duas marcas com a Fender D'Aquisto Ultra e D'Aquisto Elite, que tinham guitarras que projetadas por ele e construídas na oficina dele, mas não necessariamente por ele, a maioria era feita por aprendizes dele, e ele supervisionava o trabalho para sair com a qualidade que o nome dele significava no mercado.

Um desses caras era o Stephen Stern, que hoje é Senior Master Builder da Fender e chefe de projeto das linhas de archtops (que incluen DeArmond, Guild e Gretsch e já incluiram D'Aquisto e Benedetto).

Hoje, com a morte do D'Aquisto em 1995, a marca foi retirada do mercado em 1998, se não me engano. Em 2009 uma outra empresa comprou a marca D'Angelico da GHS, e hoje vende guitarras archtop feitas no Japão e Coreia, e tem muita gente reclamando da qualidade delas.

Todavia, as antigas são consideradas o mais próximo que alguém pode chegar da perfeição quando se trata de guitarras archtop.

Nossa, isso é tanta informação que chega a ser desestimulante... eu nem fazia ideia dessas guitarras de luthieria que vocês estão falando

Cara, já eu vivi a situação inversa, eu sempre lia sobre essas guitarras quando era criança/adolescente, comecei tocando saxofone, passei pra guitarra só com 13-14 anos, e lia alguns livros que eram da década de 70-80 (como o toque que era publicado pela editora globo e era a versão nacional do the guitar handbook e afins), eu era o menino estranho que quando foi comprar a primeira guitarra pediu uma Les Paul Sunburst, eu nem sabia que a cor que eu queria tinha nome, pensava que era sunburst, vim saber que se chamava henritage cherry sunburst anos mais tarde. Eu também não fazia noção de quanto era uma guitarra, só queria um e a primeira guitarra que ganhei, uma Squier, eu achava que era igual a do Jimi Hendrix.

Só quando entrei na aula de guitarra que descobri que as coisas tinham mudado dos tempos dos livros que lia para o tempo atual, que tinha Fenders e FENDERs... hehehehhe... mas também tive a sorte de meu primeiro professor ser um cara que tem muitos equipamentos que pra mim ainda hoje são coisa de sonho (não porque seja rico, mas porque comprou em outra época, quando tudo era bem mais barato).

Ele me ensinou um pouco de tudo que sabia e que entendia, eu ensinei pra ele tudo que eu sabia que ele ainda não sabia, enfim eu sabia pouco e ele muito... heheheheh. Até hoje temos essa relação, quando ele quer comprar um equipamento novo, sempre me consulta, sempre que compra algo novo eu sou o primeiro a testar, as vezes antes mesmo de ele usar, já que não raro ele me chama para tirar o equipamento da caixa e ir descobrindo os sons com ele.

Vez por outra ele aparece lá em casa com algum alguma guitarra pra gente fazer um som, ou então vai lá em casa pra jogar uma conversa fora me pedir para passar na casa dele pra gente ficar "brincando" de tocar e de fuçar no equipamento dele. Falo brincando porque embora ele toque zinlhões de anos luz mais que eu, já que tem doutorado em musica, é maestro, arranjador, instrumentista, professor e o escambau, ele ainda toca comigo como se tocasse com um igual, não torce o nariz quando eu enfio uma pentazinha básica porque não entendi que escala "maluca" usar nas inversões doidas que ele tanto gosta, ou porque eu não consigo fazer um acorde como os do Pat Metheny, ou Joe Diorio. Enfim é uma das poucas pessoas que ainda me fazem tocar jazz e ainda diz que eu levo jeito pra coisa (mesmo que eu saiba que é só pra me estimular a não ficar muito tempo sem treinar), enfim, como ele diz: musica é pra se divertir, é muito chato quando musica vira ciência. Enfim, nos encontramos poucas vezes por ano, mas é muito divertido quando acontece.

Em grande parte por isso, que na época que eu tinha minha importadora com meu pai, comecei a trazer guitarras, amps e efeitos sob encomenda porque ele sempre pedia coisas quando eu viajava e terminou que uma hora comecei a trazer para outras pessoas que encomendavam.

A primeira vez que vi uma archtop dessas top de linha foi com um amigo dele americano, o Mike, que é um pianista e guitarrista de New Orleans que é professor na Nebraska State University. O cara é velhão, e tem preciosidades tanto novas quanto vintage, pense em qualquer marca foda de archtop e ele tem pelo menos uma: Gibson, Gretsch, D'Angelico, D'Aquisto, Foster, Stromberg, Petillo etc.

Eu tive o prazer de tocar com algumas das guitarras dele, e por indicação dele de conhecer outras pessoas que também tem esses instrumentos e obvio de testar em lojas.

Mas bah, nem sei o que falar, viu... literalmente, não sei mais o que falar mesmo, hehehe. Tudo isso tá muito além de mim... e não me refiro a preço, mas sim no instrumento em si, na fabricação, nos componentes, no detalhes, em tudo... é desestimulante.

Não foram muitos os instrumentos desse calibre que toquei, mas tive o privilégio de sempre ter gente que sabia muito e não tinha medo de mostrar a um "noob" porque elas eram tudo que eram.

Então pra mim, foram momentos completamente sonho realizado, e ao invés de desestimular, me estimulou tanto a aprender mais, quanto a querer um dia ter a condição para ter pelo menos uma dessas.

Nem que seja para poder chegar ao completo entendimento do que pude constatar na prática, que como o MMI falou, é algo mais sentido do que objetivamente definido. Como falei no caso das 2 D'Aquisto que já toquei, teoricamente o braço das duas era igual, mas a que foi feita pelo próprio Jimmy D'Aquisto tinha um algo a mais que eu não sei explicar exatamente o que é até hoje, 8 anos depois que toquei com elas.

Mas foi muito bom saber de tudo isso e agradeço a vocês por isso. Conheci coisas que nem imaginaria conhecer. É um mundo meio fora do meu alcance. Digo, o que eu tenho falado desde o início: mesmo sabendo da qualidade superior desses instrumentos, eu não sei se conseguiria justificar o dinheiro que eu pagaria neles. Pra falar a verdade, eu teria até medo. Precisaria mandar construir um cofre do tamanho de uma sala para esses instrumentos, rs.

Cara, eu acho que nem precisa tanto, a maioria dos caras que conheço que tem esses instrumentos, não faz deles um objeto sagrado ou que tenha outra finalidade que não tocar. São obras de arte de um oficio, mas acima de tudo são para tocar. Os que são músicos profissionais, usam em suas gravações, para dar aulas, para compor, para fazer shows, etc.

Alguns por viajarem muito, só usam em ocasiões mais especiais, já que preferem usar uma guitarra mais normal como uma Ibanez, Gibson ou Gretsch de série mesmo e até mesmo Epiphone para quando tem que cair na estrada.

Fora isso, é instrumento que fica lá no cantinho deles de tocar, seja o quartinho dos fundos, o home studio, a sala de casa, nada do outro mundo, mesmo os amigos que eu conheço que tem instrumentos vintage, não tem esse preciosismo todo. Afinal é só um pedaço de pau, como diz um deles.

Enfim, são instrumentos musicais, são para serem tocados. Tu tem um carro, sai todo dia na rua com ele, pode acontecer 1000 coisas com ele e tu não vai deixar de usar. Se tu bater e der perda total, dependendo do carro vai muito mais que uma guitarra dessas, e tu não deixa ele lá de enfeite na garagem.

Acho que o único cuidado realmente com a segurança que eles tem a mais que eu ou você, vai ser o seguro para os instrumentos, afinal, assim como o carro alguma coisa ruim pode acontecer.

nichendrix
Veterano
# fev/11 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron

Só voltando a um ponto que está mais dentro do assunto original do tópico.

Nada disso quer dizer muita coisa, como disse o Benedetto, não é o timbre que faz o homem, mas o homem que faz o timbre.

Com isso quero dizer que de nada vai adiantar uma pessoa ter uma guitarra de 20mil dólares, se ela não sabe tocar o suficiente para tirar o mínimo de proveito do instrumento.

Nenhuma Les Paul 1959 ou Ibanez J.Custom ou D'Aquisto vai fazer milagre por quem não toca, porque quem não sabe tirar um bom timbre, isso é o mais importante.

Quando você é um DeRos, um instrumento desses começa a fazer realmente fazer uma diferença grande, porque você pega e potencializa o instrumentista com o instrumento e o instrumento faz o mesmo com o instrumentista.

É como o Airton Senna e o Rubinho Barrichelo, ambos tiveram o melhor carro da F1 em sua época, mas o Senna era tão bom, que venceu uma corrida competindo com o Alain Prost na chuva, com o carro estando com os discos de 4 das 6 marchas quebrados (só tinha a 5ª e a 6ª), enquanto o Rubinho, com o carro em perfeito estado não conseguia nem chegar ao fim das corridas direito.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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nichendrix

Certo, entendi a história. Então a D'Angelico que eu vi no site é de uma outra empresa... então o único jeito de se adquirir uma verdadeira D'Angelico ou D'Aquisto é pagando milhares de dólares por aquelas já produzidas e guardadas para alguém que tenha cacife pra comprar, hehe. Mas, de qualquer modo, nós temos as Benedetto e as Foster como referência, atualmente, certo? Mas eu acho que essas guitarras Foster e Benedetto são mais voltadas para música de Jazz ou no estilo Jazz. Guitarras elétricas mesmo, a escolha ficaria sempre em Gibson, Ibanez, Fender, Suhr e Tom Anderson. Violões, eu acredito que seriam a Taylor e a Martin as pioneiras, né?

Cara, eu acho que eu vou começar a investir na Bolsa de Valores. Se eu comprar e vender ações, todos os dias, à altos investimentos, em uns 2-3 anos já dá pra começar a comprar esses equipos, hehehe. Mas é sério, um professor de história que me deu aula num pré-vestibular pra medicina, aqui, de Porto Alegre, me disse que tem um conhecido que começou a comprar e vender ações com 19 anos e, com 23, já tinha mais de 900 mil só fazendo isso. Incrível, não? A minha cunhada trabalha numa Bolsa e vende as ações do meu irmão, quando ele quer. Acho que vou entrar pra esse ramo também, hehehe. Afinal, é muito mais pé no chão e garantido do que ganhar na Sena. Tem gente que acha que ações é uma questão de sorte, mas eu digo o contrário: é uma questão de inteligência, hehe.

Então tu também perdeu o sono? Hahaha, somos dois! Se bem que eu dormi a tarde inteira, né, rs.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11 · Editado por: Vinícius Iron
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nichendrix

Bah, postamos ao mesmo tempo, hehehe.

Esqueci de uma coisa: acho que, para violões elétricos, Taylor e Martin seriam os pioneiros, mas pra acústicos, acho que os nossos Sérgio Abreu e Sugiyama são uns dos melhores do mundo, tanto para os de Nylon quanto para os de Aço, não acha?

Edit: Olha essas duas Archtops da Gibson, que eu achei, ambas Custom Shop.

Gibson Super 400 CES

Gibson Citation

Uma delas ''17 reais'' e a outra ''33 reais''. Será que são do nível das Foster e Benedetto?

nichendrix
Veterano
# fev/11
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Vinícius Iron
Certo, entendi a história. Então a D'Angelico que eu vi no site é de uma outra empresa... então o único jeito de se adquirir uma verdadeira D'Angelico ou D'Aquisto é pagando milhares de dólares por aquelas já produzidas e guardadas para alguém que tenha cacife pra comprar, hehe. Mas, de qualquer modo, nós temos as Benedetto e as Foster como referência, atualmente, certo? Mas eu acho que essas guitarras Foster e Benedetto são mais voltadas para música de Jazz ou no estilo Jazz. Guitarras elétricas mesmo, a escolha ficaria sempre em Gibson, Ibanez, Fender, Suhr e Tom Anderson. Violões, eu acredito que seriam a Taylor e a Martin as pioneiras, né?

Mais ou menos, eles fabricam guitarras sólidas também, não é só guitarra para Jazz, o Benedetto tem modelos similares em design às Les Paul, e o Foster modelos Telecaster.

http://www.fosterguitars.com/guitar-pictures/electric-guitars/the-perf ormer/the-performer-solid-body-electric-guitar.jpg

De qualquer forma, as obras de arte mesmo são as archtop, querendo ou não, guitarra sólida até robô faz, a luthieria de uma guitarra sólida, por mais refinada que seja, anda a anos luz da precisão necessária para uma archtop, por isso eles terminam sendo o simbolo de quem toca com esse tipo de guitarra, predominantemente quem toca jazz, já que é o estilo que mais usa hoje em dia. Mas já vi muito rockabilly tocado com essas guitarras e ficam muito foda.

Sobre violões as mais tradicionais para cordas de aço são, Martin (mais de 200 anos de tradição), Gibson, Collins e Guild, já que Taylor, Ovation e afins são bem mais recentes. Já os de Nylon, variam muito, alguns são unanimidades, como o Suguiyama no Brasil, Ramirez na Espanha, mas existe muitos outros over the top, já que são instrumentos tradicionalmente feitos artesanalmente, existe um numero bem mais significativos de luthiers muito acima da média.

Cara, eu acho que eu vou começar a investir na Bolsa de Valores. Se eu comprar e vender ações, todos os dias, à altos investimentos, em uns 2-3 anos já dá pra começar a comprar esses equipos, hehehe. Mas é sério, um professor de história que me deu aula num pré-vestibular pra medicina, aqui, de Porto Alegre, me disse que tem um conhecido que começou a comprar e vender ações com 19 anos e, com 23, já tinha mais de 900 mil só fazendo isso. Incrível, não? A minha cunhada trabalha numa Bolsa e vende as ações do meu irmão, quando ele quer. Acho que vou entrar pra esse ramo também, hehehe. Afinal, é muito mais pé no chão e garantido do que ganhar na Sena. Tem gente que acha que ações é uma questão de sorte, mas eu digo o contrário: é uma questão de inteligência, hehe.

Bolsa é um bom investimento, conheço gente que em 4 anos faz muito mais que 900mil, mas está longe de ser fácil ou de ser só inteligência. Meu problema com esses cursinhos que ensinam a operar na bolsa em 30h e dizem que as pessoas vão ganhar mundos e fundos, é que fazem parecer fácil um negócio que é muito difícil. Digamos que as chances de alguém de 19 anos começar a operar na bolsa com pouco dinheiro e em 4 anos conseguir 900mil, não são muito diferentes das de ganhar numa loteria dessas mais fáceis como Quina e Lotomania, afinal pra alguém ganhar na bolsa, alguém tem que perder e em geral poucos ganham horrores, muitos perdem um bocado e os que sobram ficam em algum lugar no meio.

Enfim, eu acho que é enganação, o pessoal achar que em 30h vai aprender o que um economista leva 6 anos pra aprender o minimo pra fazer isso com um bom embasamento, mas sempre tem as exceções.

De qualquer forma, para investimentos de longo e longuíssimo prazo, é o melhor investimento que existe, mas para investimentos de curto prazo, que giram em cima de daytrade e derivativos (que são os que fazem essas fortunas rápidas), o buraco é bem mais embaixo, fazer sem um bom embasamento é como sair com uma carteira cheia de dinheiro pra cracolância e torcer pra sair de lá com ela.

Então tu também perdeu o sono? Hahaha, somos dois! Se bem que eu dormi a tarde inteira, né, rs.

Perdi e não perdi, hoje só tenho uma reunião pela manhã e o resto do dia estou de folga, como acordei no meio da tarde, decidi emendar até lá e deixar para dormir depois, já que vou ter o dia inteiro livre.

nichendrix
Veterano
# fev/11
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Vinícius Iron

O problema da Gibson hoje em dia é uma certa irregularidade. Nenhuma delas é ruim, pelo contrário, os preços são muito justos pela qualidade que entregam, só que numa Benedetto tu tem uma certeza, tu não pega um produto com defeito, não porque eles fazem tudo com defeito zero, mas porque eles não entregam os que deram defeito. Se deu defeito, volta pra refazer ou então nem isso, é abandonado de vez e faz-se outro para entregar para o cliente.

Isso ocorre porque tu raramente vai ver uma dessas nova numa loja, via de regra o cliente encomenda e só então elas são montadas (em geral as partes já estão pré-fabricadas), eventualmente dão a cagada de pegar uma que acabou de ficar pronta.

A Gibson como tem que atender lojas, tem que fazer séries maiores, o que significa menos gente e não podem aumentar muito os custos e os prazos, logo eles tem mais pontos do processo produtivo em que pode dar algum erro e passar desapercebido. Isso não quer dizer que não tenha qualidade equivalente aos concorrentes mesma faixa de preço, mas que a chance de tu pegar uma com algum defeito inaceitável nessa faixa existe (embora o que é defeito nessa faixa de preço seja algo que nas faixas abaixo nem seja notado como significativo).

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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nichendrix

Sobre violões as mais tradicionais para cordas de aço são, Martin (mais de 200 anos de tradição), Gibson, Collins e Guild, já que Taylor, Ovation e afins são bem mais recentes. Já os de Nylon, variam muito, alguns são unanimidades, como o Suguiyama no Brasil, Ramirez na Espanha, mas existe muitos outros over the top, já que são instrumentos tradicionalmente feitos artesanalmente, existe um numero bem mais significativos de luthiers muito acima da média.

Os Sérgio Abreu estão sendo bastante referência também. Até teve uma época que estavam aparecendo bastantes japoneses com violões Sérgio Abreu, inclusive tirando fotos com eles. Os Sugiyama, apesar da história, andam dizendo que os atuais não são da mesma qualidade dos da décda de 70 e início de 80.

Bolsa é um bom investimento, conheço gente que em 4 anos faz muito mais que 900mil, mas está longe de ser fácil ou de ser só inteligência. Meu problema com esses cursinhos que ensinam a operar na bolsa em 30h e dizem que as pessoas vão ganhar mundos e fundos, é que fazem parecer fácil um negócio que é muito difícil. Digamos que as chances de alguém de 19 anos começar a operar na bolsa com pouco dinheiro e em 4 anos conseguir 900mil, não são muito diferentes das de ganhar numa loteria dessas mais fáceis como Quina e Lotomania, afinal pra alguém ganhar na bolsa, alguém tem que perder e em geral poucos ganham horrores, muitos perdem um bocado e os que sobram ficam em algum lugar no meio.

Pra mim, é mais uma questão de saber ''jogar'' direito. Comprar grandes quantidades de ações, quando estas estão na baixa, e vendê-las quando estao na alta são o que geram lucros. Mas pra ganhar dinheiro mesmo com isso leva tempo... eu poderia comprar, por exemplo, 100 mil em ações, quando estiverem em baixa, e vendê-las se derem uns 5% de aumento. Eu ganho de volta os 100 mil + os 5 mil, equivalentes aos 5%. É uma questão de paciência e saber jogar. Ninguém começa com uma grana dessas, mas, quando eu começar, vou partir de pelo menos uns 5 mil.


O problema da Gibson hoje em dia é uma certa irregularidade. Nenhuma delas é ruim, pelo contrário, os preços são muito justos pela qualidade que entregam, só que numa Benedetto tu tem uma certeza, tu não pega um produto com defeito, não porque eles fazem tudo com defeito zero, mas porque eles não entregam os que deram defeito. Se deu defeito, volta pra refazer ou então nem isso, é abandonado de vez e faz-se outro para entregar para o cliente.

Isso ocorre porque tu raramente vai ver uma dessas nova numa loja, via de regra o cliente encomenda e só então elas são montadas (em geral as partes já estão pré-fabricadas), eventualmente dão a cagada de pegar uma que acabou de ficar pronta.

A Gibson como tem que atender lojas, tem que fazer séries maiores, o que significa menos gente e não podem aumentar muito os custos e os prazos, logo eles tem mais pontos do processo produtivo em que pode dar algum erro e passar desapercebido. Isso não quer dizer que não tenha qualidade equivalente aos concorrentes mesma faixa de preço, mas que a chance de tu pegar uma com algum defeito inaceitável nessa faixa existe (embora o que é defeito nessa faixa de preço seja algo que nas faixas abaixo nem seja notado como significativo).


É, eu acho que em termos de Archtop, mesmo os Gibson tendo qualidade, o negócio fica entre Foster e Benedetto, mas eu não conheço eles, estou indo só por vocês, hehe. Violões a Gibson tem aquele SJ 250 Monarch, que o Elvis usou, mas não saberia como eles se comparam com os Sérgio Abreu, Sugiyama, Taylor e Martin.

MMI
Veterano
# fev/11
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Vinícius Iron

Será que são do nível das Foster e Benedetto?

Mas não mesmo.

Eu toquei em duas sólidas do Foster, inclusive. Apesar de também serem excepcionais, ele mesmo não se sente desafiado nem fala dessas guitarras como das archtop. O Benedetto andou fazendo e até lançando modelos sólidos recentemente, mas também não são os modelos que extraem dele tudo o que ele sabe.



É, eu acho que em termos de Archtop, mesmo os Gibson tendo qualidade, o negócio fica entre Foster e Benedetto, mas eu não conheço eles, estou indo só por vocês, hehe. Violões a Gibson tem aquele SJ 250 Monarch, que o Elvis usou, mas não saberia como eles se comparam com os Sérgio Abreu, Sugiyama, Taylor e Martin.

Eu já vi alguns SJ250, mas nunca toquei (inclusive o do Elvis, em Memphis). Já toquei em Martins de mais de 15 mil dólares, já toquei em Sugiyama e por aí vai. O Benedetto faz violões... Quer saber? SJ250 perde, não acredito que supere não. Se bem que excelente, lindo e tudo o mais que você disser. Só para ilustrar... A minha Benedetto não é das básicas, mas está longe das top. Um cara com muita experiência, que tocou em várias L-5, por exemplo, tocou na minha e disse: "Covardia. É melhor sim, não tem jeito".

nichendrix
Veterano
# fev/11 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron
Os Sérgio Abreu estão sendo bastante referência também. Até teve uma época que estavam aparecendo bastantes japoneses com violões Sérgio Abreu, inclusive tirando fotos com eles. Os Sugiyama, apesar da história, andam dizendo que os atuais não são da mesma qualidade dos da décda de 70 e início de 80.

Eu não conheço nenhum Sérgio Abreu pessoalmente, só de ouvir falar e ver os outros tocarem, logo não posso opinar, mas presumo que sejam realmente muito bons pelo que ouço falar.

Já o velho Sugemitsu Sugiyama, bom, ele tem quase 90 anos de idade, eu não sei como ele está, mas as ultimas noticias que tive é que hoje em dia ele já tem muita dificuldade de manter o trabalho dele, que a saúde não permite mais que ele trabalhe tanto como antigamente e obvio isso reflete um pouco no resultado final, embora ele ainda mantenha, ou faça tudo que pode para manter, o padrão que tornou ele conhecido.

É, eu acho que em termos de Archtop, mesmo os Gibson tendo qualidade, o negócio fica entre Foster e Benedetto, mas eu não conheço eles, estou indo só por vocês, hehe. Violões a Gibson tem aquele SJ 250 Monarch, que o Elvis usou, mas não saberia como eles se comparam com os Sérgio Abreu, Sugiyama, Taylor e Martin.

Não existe só o Foster e o Benedetto, embora os dois sejam os mais conhecidos, existe o Phil Petillo da Petillo Guitars ou o Carl Barney da Narney Guitars, o Billy Cook da Cook Guitars, o próprio Stephen Stern da Fender (o D'Aquisto escolheu ele para tocar os últimos projetos dele, não foi a toa) e mais alguns outros que estão mais ou menos no mesmo nível, cada um com suas vantagens e desvantagens. Um dos motivos de o Benedetto e o Foster serem mais conhecidos hoje em dia é por conta dos usuários de instrumentos deles, bem mais "importantes" do que o dos outros.

Embora via de regra, quem tenha Benedetto ou Foster, em algum momento pare pra ter pelo menos uma Barney, Petillo, Cook ou outra dessas tops menos conhecidas.

O trabalho de inlay do Petillo é coisa de outro mundo, e ele e o Barney não fazem só guitarras, constroem violões também e no caso do Petillo, faz marchetaria normal, decorativa.

Pra mim, é mais uma questão de saber ''jogar'' direito. Comprar grandes quantidades de ações, quando estas estão na baixa, e vendê-las quando estao na alta são o que geram lucros. Mas pra ganhar dinheiro mesmo com isso leva tempo... eu poderia comprar, por exemplo, 100 mil em ações, quando estiverem em baixa, e vendê-las se derem uns 5% de aumento. Eu ganho de volta os 100 mil + os 5 mil, equivalentes aos 5%. É uma questão de paciência e saber jogar. Ninguém começa com uma grana dessas, mas, quando eu começar, vou partir de pelo menos uns 5 mil.

Cara, a lógica do mercado de ações é simples, mas aplicar ela não é. Se fosse fácil teríamos milhares de George Soros e de Warren Buffet no mundo.

Só pra dar o que pensar, esse principio de comprar na baixa e vender na alta pode ser aplicado em curtissimo, curto, médio, longo e longuissimo prazo. Isso porque uma ação pode ter baixas e altas dentro de um mesmo dia (daytrade), de uma mesma semana ou mês (period trade), dentro de um ano, dentro de 5 anos, dentro 10 anos, dentro de 20, 30, 40, 50 anos. Cada tipo de operação dessas tem seus riscos e sua possibilidade de retorno e a análise para saber se está na alta ou na baixa é totalmente diferente. Para quem faz period trade, uma baixa de 2-3% em um dia, é um sinal amarelo, mas não necessariamente algo alarmante, para quem faz daytrade, isso é um desastre, para quem aplica em longo e longuissimo prazo (como o Warren Buffet, o investidor mais rico do mundo), isso nem é algo a ser considerado.

Quem faz daytrade, em geral trabalha com carteiras menores, ativas e de maior volatilidade, porque precisa de agilidade, porque precisa vender e comprar rapidamente, precisa realizar as ações rápido, porque procura ganhos maiores de curto e curtissimo prazo. Já quem trabalha em periodos maiores, tem carteiras maiores e mais elaboradas, porque o risco vai ser diluído no tempo de retorno maior do investimento.

Cada tipo de investimento desses requer uma análise tanto do perfil do aplicante, quanto dos riscos que eles estão dispostos a correr, quanto dos riscos que a carteira e o mercado oferecem para ele.

E nem estamos pensando em derivativos, que é o que se usa para fazes a alavancagem de investimentos que geram essas fortunas em curto período de tempo. Entretanto também é onde você vê pouca gente ganhando rios amazonas de dinheiro e muita gente se ferrando e entrando numa estiagem financeira (como aconteceu com a Sadia).

O que quero dizer com isso, é que ao contrário dessas corretoras irresponsáveis, que dão cursinhos de 30 horas onde ficam 29 horas falando dos casos de sucesso, e só 1h falando dos riscos do mercado de valores mobiliários, eu prefiro mostrar que a realidade não é só essa maravilha que pregam, como todo negócio, ela tem prós e contras, e não vai ser decorando algumas duvidas de patterns de gráficos que tu vai se dar bem, pelo contrário, exige muito estudo, muita análise e muita dedicação. Quanto menor o período de retorno que tu quer, mais tu vai ter que saber para se garantir no mercado. Quem faz daytrade, via de regra vive disso, porque tem que passar o dia inteiro vendendo e comprando, não dá para fazer outra coisa, porque se ele for se dedicar a outra atividade se ferra, vai ter que ser muito bom em analise de riscos e tendências de curto prazo para fazer com segurança. Quem aplica em longo prazo precisa de muito entendimento de fundamentos econômicos e mercadológicos para prever o rendimento futuro com precisão suficiente para montar a carteira ideal, a analise de risco é outra, segue tendências macro-econômicas mais estáveis, porém mais difíceis de mensurar por causa dos prazos.

O que quero dizer é que investir e viver de ações é uma boa ideia, mas exige bastante conhecimento, dedicação e estudo para se fazer com segurança, se não, investir e tentar ficar rico com isso não é muito diferente de jogar na loteria, com o agravante de que na loteria tu só perde 2 reais no máximo, em ações tu pode perder bem mais que isso... mas também pode ganhar bem mais que isso.

PS: E até tem como tu investir 100mil reais sem ter isso, existem mecanismos de "aluguel" de ações.

nichendrix
Veterano
# fev/11 · Editado por: nichendrix
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MMI
Eu toquei em duas sólidas do Foster, inclusive. Apesar de também serem excepcionais, ele mesmo não se sente desafiado nem fala dessas guitarras como das archtop. O Benedetto andou fazendo e até lançando modelos sólidos recentemente, mas também não são os modelos que extraem dele tudo o que ele sabe.

É em termos de luthieria, fazer sólidas, por mais desafiante que seja, exige muito menos do luthier do que archtops, embora existam gente como o Rudy Pensa e o PRS que fazem loucuras com elas... hehehehhee

Mas não mesmo.

Aí depende cara, faz tempo que não pego numa archtop Gibson "brand new", então não tenho como comparar as atuais. Todavia contudo entretanto, as dos anos 90 e inicio dos 2000 não ficavam muito atrás das Benedettos e Foster não, vez por outra aparecia até umas L5 ou Super400 de cair o cú da bunda.

Eu já vi alguns SJ250, mas nunca toquei (inclusive o do Elvis, em Memphis). Já toquei em Martins de mais de 15 mil dólares, já toquei em Sugiyama e por aí vai. O Benedetto faz violões... Quer saber? SJ250 perde, não acredito que supere não. Se bem que excelente, lindo e tudo o mais que você disser.

O SJ250 eu nunca toquei, até porque pelo preço de Ferrari, eu nem ousaria hehehehehe. Mas, porém, todavia, contudo, entretanto... já toquei em alguns The Dove e SJ200 mais trabalhados da marca que em pouco devem aos Collings que é a marca mais over the top em qualidade já vi (sei que tem algumas custom até mais tops, mas nunca pude por a mão). Não falos dos mais simples que vendem na Guitar Player, falo dos artesanais mesmo que tem tiragem baixa.

Entretanto se tu acha que os Taylor e Martin são bons, precisa testar esses Collings um dia. É pouco conhecida do grande público, e mesmo os modelos mais "baratos", os de 3mil dólares, já dão banho em muito Martin e Taylor bem mais caros.

Só pra completar os posts anteriores, alguns links:

http://www.petilloguitars.com/marquetry/index.php
http://cookguitars.com/
http://www.barneyguitars.com/index.html
http://www.collingsguitars.com/

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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nichendrix

Quem faz daytrade, via de regra vive disso, porque tem que passar o dia inteiro vendendo e comprando, não dá para fazer outra coisa, porque se ele for se dedicar a outra atividade se ferra, vai ter que ser muito bom em analise de riscos e tendências de curto prazo para fazer com segurança.

É esse mecanismo de Daytrade que eu estava programando pra mim. Porém, eu começo a estudar em março, então eu teria que ficar dezembro, janeiro e fevereiro quase em função disso. Ao longo do ano, eu pediria para a minha cunhada cuidar das minhas ações e pedir para ela comprar de alguma empresa confiável e vender quando esta subir. Claro que eu não iria me aproveitar dela e pedir que ela fique o dia inteiro fazendo isso pra mim, sem falar que ela nem saberia o quanto de ações que eu quero comprar naquele momento. Durantes essas época, então, eu compraria e venderia apenas uma vez por dia, em valor já especificado. Já pensou toda hora o meu celular tocando durante a aula? Seria um pé no saco e desrespeitoso, ao meu ver. Se feito com atenção e perspicácia, em 1 ano já se nota uma grande diferença nas finanças. De 3 à 4 anos, já se pode estar milionário, se tu abrir uma poupança só para isso.

Acho que o ideal SERIA ter um Archtop de cada marca, por exemplo: 1 Benedetto, 1 Foster, 1 Petillo.

Aquela hora que o MMI estava falando do violão Bendetto dele, eu vi o Bendetto Sinfonietta. Caríssimo, mas, pelo que o cara fala, é o top de linha da Benedetto. O que nós ouvimos no próprio áudio já impressiona, agora imagina ao vivo. O Manhattan Archtop, que seria o signature do Bob Benedetto, parece ser incrível também, assim como o Fratello.

rafael_cpu
Veterano
# fev/11
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nichendrix
MMI

Parabéns, amigos, pela aula e por compartilhar com o FCC suas experiências e conhecimentos.
Há muito tempo não surgia um tópico tão interessante e rico como este.
Sigo aprendendo...
T+

nichendrix
Veterano
# fev/11 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron
Acho que o ideal SERIA ter um Archtop de cada marca, por exemplo: 1 Benedetto, 1 Foster, 1 Petillo.

Cara, sei lá, se o cara tem dinheiro e quer fazer um investimento em algo que ele gosta ou então aprecia a esse ponto acho válido, mas ter por ter, acho meio fanboyismo demais.

Eu quero ter uma, programo isso para daqui alguns bons anos, até porque com a idade dos caras não posso demorar muito... hehehhehe

Mas ter um monte delas em casa... sei não, eu to com 5 guitarras e já dão um trabalho danado cuidar, especialmente pela falta de tempo até para tocar.

Aquela hora que o MMI estava falando do violão Bendetto dele, eu vi o Bendetto Sinfonietta. Caríssimo, mas, pelo que o cara fala, é o top de linha da Benedetto. O que nós ouvimos no próprio áudio já impressiona, agora imagina ao vivo. O Manhattan Archtop, que seria o signature do Bob Benedetto, parece ser incrível também, assim como o Fratello.

Eu curto violões archtop, não são violões comuns de cordas de aço, como Martin, Taylor e Gibson, a sonoridade é bem diferente, mas me agrada muito.

As guitarras são basicamente violões com captador, por isso o refino na feitura. É diferente de uma ES-175 da Gibson por exemplo ou de uma Ibanez GB-20, que são guitarras elétricas que tem o som acústico usável caso seja necessário. Por isso essas séries tem tampo, laterais e fundo laminados, para diminuir o feedback, algo que é bem mais trabalhoso de fazer numa archtop carved.

Já pensou toda hora o meu celular tocando durante a aula? Seria um pé no saco e desrespeitoso, ao meu ver. Se feito com atenção e perspicácia, em 1 ano já se nota uma grande diferença nas finanças. De 3 à 4 anos, já se pode estar milionário, se tu abrir uma poupança só para isso.

Cara, pensa em investir em fundos, já que tu quer ganho rápido, fundos alavancados e super alavancados, essa coisa de daytrade que o cara só vai comprar e vender uma vez por dia é bobagem, já que toda a lógica do daytrade gira em torno de realizar o maior numero de vezes no menor espaço de tempo possível. Se for pra fazer uma operação por ação da carteira por dia, é mais simples partir para um period trade, onde tu vai ter uma carteira mais diversificada e e balanceada para minimizar os impactos de curtissimo prazo na carteira.

MMI
Veterano
# fev/11
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nichendrix

Vou levantar uma bola que é óbvio que você sabe, mas tem uma galerinha que não sabe.

Scott Chinery era o maior colecionador de guitarras do mundo, tinha uma coleção de mais de 700 guitarras. Em 1995 ele quis provar que era possível que fizessem guitarras com a qualidade da D'Aquisto, maior luthier de guitarras da história. Ele contratou 22 dos maiores luthiers da época, para fazerem o que podiam de melhor, com total liberdade, com a única condição que fosse usada uma tinta azul fornecida por ele. Ficaram conhecidas como as "Blue Guitars" (site do Scotty Moore, guitarrista do Elvis que foi convidado para a entrega das guitarras, junto com Tal Farlow, Johnny Winter e outros. Pelo que vejo e leio a respeito dessa coleção uma que mais se destacou, se não for a mais destacada é a criada por Bob Benedetto, "La Cremona Azurra". Estas guitarras viraram exposição no museu Smithsonian, se bem que suas outras guitarras também foram alvos de exposição. Não à toa, Bob Benedetto é considerado hoje o maior luthier vivo. Mas falar dos outros ou citar que depois dele vem o Foster, não sei se isso poderia ser dito. De qualquer forma, todos os 22 escolhidos eram acima da média e representantes dos melhores do mundo. Assim, o Collings estava nessa lista. Assim como Moll, Manzer, Hollenbeck, Ribbecke, Bozo Podunavac e vários outros.

Vou deixar uns vídeos para vocês aqui...







nichendrix
Veterano
# fev/11
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MMI

Com certeza eu conheço essa coleção sou louco com elas e com a guitarra que deu origem à essa coleção, vi parte dela uma vez que ficou exposta no MoMA (acho que era até em homenagem a 1 ano de morte do Chinery ou algo assim), muito lindas as guitarras, minha preferida nem é a Bendetto nessa coleção, mas a feita pelo Stephen Stern uma que no primeiro vídeo aparece ao lado da Benedetto.

Tem um cd do Greg Howe e do Martin Taylor em que os dois tocam com 75 instrumentos da coleção do Chinery, chama-se Masterpiece Guitars o nome do album, e inclusive inclui muitas das guitarras da Blue Collection.

Nós temos muita sorte de ainda poder termos a disposição essa ultima grande geração de luthiers extraordinários que surgiu dos anos 60 pra 70. O próprio D'Aquisto é dessa geração, Petillo, Hollenberg e toda essa "velharada" é muito foda. Também tenho visto uma nova geração, de aprendizes desses caras, como o Cook, Stern, Collins e outros que começaram nos anos 70-80 e que a cada dia vem fazendo instrumentos melhores, levando à diante o conhecimento dessa arte.

iRock
Veterano
# fev/11 · Editado por: iRock
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nichendrix
MMI

Saio daqui por um tempo e vocês postam coisas que muitos de nós jamais descobririamos! Daqui a pouco vamos fazer um livro a partir deste tópico, estão de parabéns.

De Ros
Veterano
# fev/11
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nichendrix

Greg Howe? Estranhíssimo, um cara conhecido por usar drive e guitarras sólidas toda a carreira!

Não seria talvez o Steve Howe?

MMI
Veterano
# fev/11 · Editado por: MMI
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De Ros

Exato!!! O grande nichendrix finalmente deu uma mancada! kkkkkkkkkk Mas a gente perdoa essa, né? kkkkkkkkk



iRock

Não diga que jamais descobriria não... A gente descobriu, talvez facilitamos o trabalho para muita gente, mas a informação está aí.

Não rola escrever um livro não. Como eu disse ali atrás, traduzir em palavras o que tudo isso significa e proporciona é extremamente difícil. Por isso que vale ver uns vídeos, mesmo com as limitações dá para perceber alguma coisa da maneira que essas maravilhas produzem sons perfeitos. Aí vai uma mostra, com uma entrevista com Chinery e Benedetto, mais Jimmy Bruno tocando a "La Cremona Azzurra", lembrando que as "Blue Guitars" foram uma proposta de guitarras SEM captadores, "pure acoustic archtop guitars". O som vem do microfone mesmo (e que som maravilhoso!).







De Ros
Veterano
# fev/11
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MMI

Aha! Então finalmente pegamos o nichendrix, né, hehehe!!

Velho, depois de ler várias coisas e ver alguns videos, chego a conclusão que, definitivamente, não tenho o espirito de colecionador.

Eu vejo todas essas guitarras de milhares de dolares e não dou muita bola. Fico espantado com o preço (quem não fica, hehehe), mas não fico enlouquecido do tipo "nossa, como eu queria ter essa coleção".

Em compensação, vi o video do Jimmy Bruno e já fiquei analizando vários aspectos tecnicos e harmonicos dele tocando. Aliás, inclusive o pensamento "nossa, como eu queria tocar assim" me passou pela cabeça também, hehehe!!

Mas isso sou eu, o que não desvaloriza em nada o tópico (que está sensacional) e a maneira de pensar dos amigos!

Abraços!!

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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Esse tópico tá incrível. Se não é o MMI e o nichendrix pra nos passar as informações deles, esse tópico já teria sido passado pra trás ou teria ficado numa discussãozinha chata. Os dois são MESTRES.

Um tópico com boas aulas e livre pra conversar sobre as diferentes marcas e estilos de guitarras. O assunto inicial era Gibson, Fender e Ibanez, mas acabou evoluindo pra uma conversa bem melhor, de alto nível.

Pra falar a verdade, eu nunca dei bola pra Archtops. Mas eu fiquei impressionado com a qualidade das Foster e Benedetto e realmente me interessei por elas. Apesar de não ser tocador de Jazz, o som desses instrumentos para qualquer composição acústica deve ser o máximo.

Abraços

MMI
Veterano
# fev/11 · Editado por: MMI
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De Ros

Bem que eu achava que o Nic não sabia o que falava! kkkkkkkkkkkkkkk (to de sacanagem, brincadeira...)

Eu digo que ter essa coleção eu não queria ter também, mas morro de vontade de conhecer ou de tocar um acorde numa dessas. A diferença minha é que você tem mais recursos técnicos e harmônicos (para usar suas palavras), se você olha o Jimmy Bruno e pensa que queria tocar assim, imagine eu que olho seus videos e penso a mesma coisa. Sei que caras que tem uma técnica e conhecimento apuradíssimo (como você, por exemplo), arrancam "timbre na unha" de instrumentos inferiores a esses. Talvez minha fuga seja pesquisar e eventualmente experimentar esses instrumentos. Se não toco como vocês tocam, pelo menos eu sei alguma coisa de instrumentos. kkkkkkkkk

Só para ilustrar, mais uns videos para a galera. A Linda Manzer é uma das raríssimas mulheres-luthiers do mundo e participou dessa super seleção dos melhores do mundo que fizeram as "Blue Guitars". O Milton Nascimento tem uma dela, o Pat Metheny tem uma que se chama Pikasso 42-string guitar, que nessa entrevista ela diz que uma dessas custaria 100 mil dólares. Aí vai uma entrevista com ela que vale a pena ver...




nichendrix
Veterano
# fev/11
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De Ros
MMI
Greg Howe? Estranhíssimo, um cara conhecido por usar drive e guitarras sólidas toda a carreira!

Não seria talvez o Steve Howe?

Exato!!! O grande nichendrix finalmente deu uma mancada! kkkkkkkkkk Mas a gente perdoa essa, né? kkkkkkkkk
Aha! Então finalmente pegamos o nichendrix, né, hehehe!!

Bah é tudo Howe... heheheh

Enfim eu não sou essa enciclopédia que vocês pensam, também sou gente de carne, osso e dente... hehehehehheheh

Todavia, o cd é legal do mesmo jeito, independente do Howe em questão.

De Ros
Velho, depois de ler várias coisas e ver alguns videos, chego a conclusão que, definitivamente, não tenho o espirito de colecionador.

Eu vejo todas essas guitarras de milhares de dolares e não dou muita bola. Fico espantado com o preço (quem não fica, hehehe), mas não fico enlouquecido do tipo "nossa, como eu queria ter essa coleção".


São dois que pensam assim, tipo, eu não conseguiria ter trocentas guitarras, faz muito tempo que eu sei exatamente quais sons eu quero, ainda dá um numero razoável de instrumentos se comparado com a realidade da maioria do fórum (até porque só de guitarra já vão 5), mas nada de absurdo ou que saia dos padrões normais.

Eu ainda chego lá, em ter os sons básicos uma archtop full body de 17" ou 18", uma tipo 335, uma guitarra com humbuckers (provavelmente uma SG), uma strato, uma tele as 3 das realmente boas, uma guitarra com P-90s e 2 Rickenbackers (uma de 6 e uma de 12).

Dessas eu tenho a com P-90s e a Tele, tenho duas stratos, mas pra mim ainda não são as definitivas, já tive a SG definitiva, mas tive que vender, por conta de uns apertos financeiros.

Logo eu não desejo nada de números exagerados ou algo muito doido ou só coisas de qualidade ultra hiper top, pra mim a única guitarra que eu faria questão de procurar uma Custom dessas caríssimas seria justamente a archtop por ser um instrumento mais delicado, em que a diferença entre o Bom e o Ótimo é gritante e mesmo assim nada de pegar instrumentos de 20-30mil dólares. Nas outras, guitarra de série me satisfaz, já que eu sou só um "menino" metido a fazer pentatonicas e acordes complicados.

Já os Saxofones nesse quesito me chamam mais a atenção a diferença de qualidade entre os bons e os tops do que guitarra, porque a diferença entre um Selmer e o segundo lugar da lista (Yamaha e Conn) é gritante, tanto em preço quanto em timbre, embora os Yamaha sejam bem mais ergonômicos e os Conn tenham um timbre que é lendário, os dois chegam quase lá, mas ainda tem uma diferença gritante de timbre em relação aos Selmer e se você pegar e comparar esses 2 com os demais é outro salto enorme. Por isso saxofone abaixo de Conn e Yamaha não vale a pena para mim, tem é daí pra cima, eu já tenho um Sax Alto da Conn que ganhei com 11 anos de idade, antes de morrer pretendo pegar um Tenor e um Soprano, provavelmente da Yamaha.

Mas isso sou eu, o que não desvaloriza em nada o tópico (que está sensacional) e a maneira de pensar dos amigos!

Bom, pensar e agir são duas coisas diferentes, e eu entendo teu ponto. Eu aprendi, até por conta de ter trabalhado parte do meu tempo vendendo instrumentos, que existe esse mundo a parte na qualidade e no preço que é quase inimaginável para nós, os mortais, mas como disse antes, não é meu objetivo de vida ter tudo isso, é algo que eu gosto mais de ver na mão de quem realmente sabe usar para extrair 100% do que esses instrumentos podem dar, do que para eu ter em casa.

Vinícius Iron
Pra falar a verdade, eu nunca dei bola pra Archtops. Mas eu fiquei impressionado com a qualidade das Foster e Benedetto e realmente me interessei por elas. Apesar de não ser tocador de Jazz, o som desses instrumentos para qualquer composição acústica deve ser o máximo.

Cara, no primeiro video que o MMI postou com o Scott Chinery, ele diz algo que pra mim é verdade, que é quando ele afirma que embora archtops sejam muito associadas ao Jazz, cada vez mais são usadas em outros estilos. Isso vale pra tudo entre o Jazz e o metal (por exemplo o Kirk Hammet gravou boa parte dos sons limpos do Metallica, usando archtops, o exemplo mais notável é a parte limpa de Nothing Else Matters). Rockabilly é um estilo que sempre usou archtops, desde o Scott More. Blues nem se fala, o Duke Robillard e o Ronnie Earl que o digam, e mesmo no rock and roll você vai ver essas guitarras nas mãos de caras como Chuck Berry, Keith Richards, The Edge, Ronnie Wood, Ed O'Brien, Joe Perry, Malcolm Young (embora o Angus use muito para tocar fora do AC/DC), Clapton e por aí vai.

Então, achar que esses instrumentos são exclusividade de jazzman é um estereótipo bem bobo, é o mesmo que dizer que é impossível tocar Jazz com super strato, mas o Jeff Beck, Frank Gamballe, Lionel Loueke, Scott Henderson (em outra época), Stanley Jordan e afins, que são grandes guitarristas que tocam ou tocaram jazz com superstrato.

MMI
Veterano
# fev/11
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nichendrix

O CD é duca, independente do Howe em questão.

Mesmo se eu tivesse a grana para comprar uma "Azzurra" dessas, ia ser uma baita falta de sacanagem. São guitarras para estarem nas mão de um Jimmy Bruno, o Howe do CD (hehehehe) ou caras desse nível. Mesmo porque fazem som para o mundo, não é?

Concordo que nenhuma guitarra precisa se limitar a um estilo, isso é uma bobagem tremenda. Claro que as archtops são mais ligadas ao jazz, é só ver o que caras como os Pizzarelli, Pat Metheny ou Benson tocam. Se bem que, por exemplo, Scofield toca stratos também, assim como Pat Martino toca Les Paul. Saindo dessa praia de jazz, também se encontra os mais variados estilos de guitarras nas mãos de todo o tipo de guitarrista. O lance é não ter preconceitos, observar com atenção todos os estilos que em todos os cantos tem muita coisa a se aprender, especialmente no jazz. Para a garotada, acho que basta o que o mestre De Ros comentou do Jimmy Bruno ali em cima: "nossa, como eu queria tocar assim"

nichendrix
Veterano
# fev/11
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MMI
O CD é duca, independente do Howe em questão.

Foi o som do dia, só repetindo na playlist.

Mesmo se eu tivesse a grana para comprar uma "Azzurra" dessas, ia ser uma baita falta de sacanagem. São guitarras para estarem nas mão de um Jimmy Bruno, o Howe do CD (hehehehe) ou caras desse nível. Mesmo porque fazem som para o mundo, não é?

É acho que essas one of a kind devem mesmo ficar na mão de quem tem talento pra explorar elas ao máximo, pra mim a mais baratinha da série tá de ótimo tamanho.

Se bem que, por exemplo, Scofield toca stratos também, assim como Pat Martino toca Les Paul.

Sim, o Duke Robillard nesse ponto é engraçado, porque via de regra ele toca Rock and Roll, Rockabilly e Blues com uma fullbody e jazz com uma Strato Custom Classic das mais normaizinhas. Segundo ele o som a Strato com o pot de tone no zero é o som de jazz que ele sempre procurou.

Para a garotada, acho que basta o que o mestre De Ros comentou do Jimmy Bruno ali em cima: "nossa, como eu queria tocar assim"

Tá doido, eu tocando 10% disso eu tava morto de feliz.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11
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nichendrix

É verdade o que tu falou. Aliás, eu vi, no próprio site da Benedetto, que existem vários tipos de Archtop. Me corrija se eu falar besteira, o que provavelmente é o que acontecerá: o modelo 'Sinfonietta' tem de dois tipos - um deles com o orifício circular central e o outro com aqueles orifícios de violino. É certo eu dizer que o primeiro é um violão normal acústico e o segundo um violão Arcthop? Também vi guitarras Archtops com apenas um captador de braço e outros com captador de braço e de ponte, então essas guitarras seriam acústicas ou semi-acústicas? Eu sei, são muito ingênuas as perguntas, mas é que eu tô recém entrando pro mundo das Archtops, hehe.

Então, achar que esses instrumentos são exclusividade de jazzman é um estereótipo bem bobo, é o mesmo que dizer que é impossível tocar Jazz com super strato, mas o Jeff Beck, Frank Gamballe, Lionel Loueke, Scott Henderson (em outra época), Stanley Jordan e afins, que são grandes guitarristas que tocam ou tocaram jazz com superstrato.

Coincidência tu falar isso. Tava vendo, hoje mesmo, um vídeo do Frank Gambale usando uma Ibanez amarela, hehehe. Esse é o vídeo.



MMI
Veterano
# fev/11
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Vinícius Iron

Independe se tem um ou dois captadores. O Benedetto não faz semis, mas geralmente ele coloca só um captador. Mas a archtop da Gibson, a L-5 geralmente tem dois captadores.

nichendrix
Veterano
# fev/11
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Vinícius Iron
o modelo 'Sinfonietta' tem de dois tipos - um deles com o orifício circular central e o outro com aqueles orifícios de violino. É certo eu dizer que o primeiro é um violão normal acústico e o segundo um violão Arcthop?

Não, as duas são violões archtop (logo acústicos), o que define o archtop não é os F holes e sim a construção do tampo e do fundo, que é abaulado (arqueado), muito mais o tampo que o fundo, por isso archtop, de tampo arqueado.


Também vi guitarras Archtops com apenas um captador de braço e outros com captador de braço e de ponte, então essas guitarras seriam acústicas ou semi-acústicas?

Na verdade semi-acústica é um nome meio controverso, via de regra o que diferencia uma archtop acústica de uma semi-acústica é a forma de construção do tampo, escavado ou laminado.

Tampos laminados tendem a ser mais resistentes a feedback e por isso são usados em instrumentos que são primariamente elétricos, mas com som acústico usável.

Tampos escavados, tendem a ser usados quando o som acústico tem a mesma importância (ou mais) que o som elétrico. O princípio é como um violão elétrico, tu até usa plugado, mas compra ele pelo som desplugado.

Coincidência tu falar isso. Tava vendo, hoje mesmo, um vídeo do Frank Gambale usando uma Ibanez amarela, hehehe. Esse é o vídeo.

É eu adorava essas Ibanez FG, embora eu em geral preferisse os caps das S-series normais, e obvio odiava as cores espalhafatosas das FG.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/11 · Editado por: Vinícius Iron
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MMI
nichendrix

Entendi. No caso da Benedetto (e de muitas outras), o instrumento sem capatdores, embora possa ser usado plugado, é melhor desplugado. E a guitarra é propriamente para plugar em um amp, como se FOSSE um violão elétrico, porém com uma sonoridade distinta por causa dos captadores.

(Puta merda, que perguntas mais amadoras, parece que comecei a tocar ontem... Desculpem por isso)

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