Compressor na mixagem, Sidechain e Compressor multibanda

Autor Mensagem
Casper
Veterano
# jan/17


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Compressor na mixagem,
Sidechain
e
Compressor multibanda
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Pare de ler imediatamente isso se:

1) Você acredita que toda música tem
que ter dinâmica e tem uma camiseta
Loudness war no armário;

2) Você toca música Erudita ou Jazz;

3) Suas convicções sogre gravação
são imutáveis, e tudo que não é
gravado em fita de 1" é um lixo;


OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Eu sou amador e tudo escrito abaixo
é uma opinião baseada em minha pouca
experiência, portanto não acredite
em nada.






A questão da gravação contemporânea.

Para os padrões atuais, a música com
muita dinâmica é algo inaceitável.
A maioria das pessoas ouve música
fazendo alguma outra coisa, e ela vai
competir com o ruído ambiente do dia
a dia. Tente ouvir Carl Orff: Carmina
Burana no carro, no trânsito com a
janela aberta e tudo ficará claro.

Nas abordagens mais tradicionais,
a mixagem é feita com compressão
por partes (bateria, guitarras, vocal).
A mixagem é feita com compressão
moderada, e em um processo posterior,
utiliza-se um compressor ou limiter
para "aumentar o volume da mix".

O que ocorre é que, quando se aplica
um compressor ou limitador depois da
mixagem consolidada, os balanços internos
de volume acabam sendo alterados.
Aquele violão que estava bem ao fundo
acaba aparecendo mais (ou sumindo de vez).
A solução é voltar na mixagem, corrigir
e comprimir de novo. Mas isso pode ser
um processo exaustivo e infinito.

Por isso, uma abordagem realista é
já mixar com o compressor na saída LR,
ligado o tempo todo.
O famoso Bus Compressor.

Mixar com um Bus Compressor é
uma experiência diferente e interessante.
Os balanços internos da mixagem ficam
se modificando constantemente. Se algo
no foco da mixagem não pode ter esse
comportamento se faz necessária uma
automação de volumes, para corrigir
esse comportamento. Mas a vida pode se
tornar bem mais fácil usando um truque
simples.

Sidechain

A maioria dos compressores tem uma entrada
de Sidechain. Essa entrada serve
para injetar o sinal que irá controlar a
quantidade de compressão que o sinal de
entrada vai ter em relação ao sinal de saída.
Quando não utilizada, o próprio sinal de
entrada do compressor faz esse papel.
O truque aqui é dividir o sinal em dois:

1) O primeiro vai para a entrada normal
do compressor.

2) O segundo entra em um equalizador, e
a saída desse equalizador vai na entrada
de Sidechain do compressor.

Como funciona - exemplo:

Sua música tem um bumbo proeminente em
100Hz, que se fosse ligado diretamente no
compressor iria causar o famoso efeito
de pumping exagerado (quando o bumbo
entra abaixa drasticamente todo mundo).
Mas como esse sinal passou pelo equalizador
para controlar a quantidade de compressão,
pode-se fazer o ajuste fino de quanto desses
100Hz vão entrar no Sidechain.
O resultado é o controle cirúrgico de como
o Bus Compressor vai atenuar algumas
frequências que estão complicando sua
mixagem, diminuindo bastante a necessidade
de automação manual.

Então porque não usar logo um
compressor multibanda?

É o que eu vinha fazendo, porque é
muito mais fácil. Mas o resultado não
é tão bom quanto o do compressor com
Sidechain, porque parte da
mágica do processo é o pumping
que uma parte da música causa na outra.
No compressor multibanda isso não existe,
os graves não interferem nos médios que
não interferem nos agudos. Cada um é
tratado de forma independente. Se o
objetivo for reduzir a dinâmica muito
fortemente, esse pode ser um caminho
excelente. Mas tudo tem limites, claro.
Talvez o apelo do compressor multibanda
para simplificar o processo cobre o
preço em forma de fadiga auditiva.

Alguém por aqui usa compressor na mixagem?

strinbergshredder
Veterano
# jan/17
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Casper
Interessante seu texto!

Nas mixagens que eu faço, costumo reduzir todos os volumes das trilhas para em torno de -10dB, como ponto de partida, e a trilha master eu jogo pro alto, pra equilibrar os volumes. Feito isso, eu começo a fazer a mixagem propriamente dita, sempre atento aos volumes, e à sonoridade do conjunto, ocasionalmente agrupando Buses secundários conforme a necessidade de cada projeto (Reverb Bus, Compression Bus, etc). No final, quando a trilha está soando bem em volume "normal", eu volto a trilha master para 0db, a fim de checar se em baixo volume a trilha também soa legal. Caso precise, faço alguns pequenos ajustes, mas estando OK eu aumento o volume de todas as trilhas ao mesmo tempo para chegar ao máximo em -4 ou -3dB, e então ajusto o Izotope Ozone na master track para elevar o volume geral e fazer a "masterização".

Geralmente meu fluxo de trabalho numa mix é esse =)

Casper
Veterano
# jan/17 · Editado por: Casper
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Caro strinbergshredder:

Estou supondo que o Izotope Ozone
seja usado de forma relativamente
agressiva, do modo que eu uso o
compressor (ratio elevado etc...).

Depois de passar no Izotope Ozone
não ocorre um desequilíbrio nos
volumes internos da mixagem?

Ismah
Veterano
# jan/17
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strinbergshredder
volumes das trilhas para em torno de -10dB, como ponto de partida, e a trilha master eu jogo pro alto, pra equilibrar os volumes.

Isso é estrutura de ganho, o básico para que se tenha menor distorção do sinal possível.

Casper

Meu caro entendi muito pouco do que escreveste... Sua linguagem subjetiva não me ajuda.

Basicamente, para ouvir Orff, basta aumentar o volume... Mas só se percebe a distorção quando se conhece o som natural... Fazia meses que apenas ouvia gravinas antigas (anteriores a 95), então me caiu um pop regional nos ouvidos, pareceu-me uma pedrada...

PS Por que tu escreve 5 palavras por linha?

Casper
Veterano
# jan/17
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Caro Ismah:

Então tentarei me expressar de forma mais direta.
Meu processo anterior de gravação não utilizava
compressor na saída da mixagem.

Após a mixagem, eu utilizava um compressor
multi banda para diminuir a dinâmica da música.

Meu processo atual envolve o uso de um compressor
normal e o uso do sidechain (com o sinal passando
em um equalizador para controlar melhor a compressão).
Esse compressor fica ligado o tempo todo.

Penso que esse modo de mixar dessa
forma melhorou meu som.

PS Na verdade minha média é de
sete palavras por linha.

strinbergshredder
Veterano
# jan/17
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Casper
Então cara, até há quem use de modo bem agressivo, mas meu modo de uso dele não chega a esse ponto...

Dentro dos módulos dele o que eu sempre uso mesmo é o Imager, de forma a espacializar um pouco mais a mix, e o Maximizer, que é onde dou o empurrão no volume final. Ocasionalmente, o Exciter e o Equalizer, quando preciso dar o tapinha final...

No máximo uso meu Maximizer com -4 ou -5dB de Threshold, não mais que isso, e sempre uso um Level Meter do T-Racks pra ir acompanhando... Não chego a fazer um uso muito brutal não rsrsrsrsr

Wade
Membro Novato
# jan/17
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Marcando pra ler depois.

Alguém por aqui usa compressor na mixagem?

No talo.
Mas estou começando a reduzir e controlar a dinâmica por outros caminhos.
Usava compressor pra quase tudo, controlar volume, equalizar (multibanda), limitar... Agora to mais light.

francisco2004
Veterano
# jan/17
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Como vai ficar essa onda quando o áudio "HD" se popularizar? Quer dizer, se um Spotify da vida passar a transmitir músicas a 96KHz/24bit, você vai querer ouvir mais dinâmica, não? Não é isso que daria o aspecto "HD" da música?

Nesse caso, se você grava a 96Khz/24bit, os compressores seriam dispensáveis, se o produtor desejasse a "maior fidelidade" ao que foi captado? Ok, os músicos teriam que se puxar mais para manter uma dinâmica constante... ou não, surgiria uma nova estética de um som mais "cru", ainda que sem aquela impressão de música perfeitinha da era dos compressores e auto-tune...

Casper
Veterano
# jan/17
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Caro francisco2004:

O CD normal já proporciona uma
dinâmica enorme. A questão não
é essa.

makumbator
Moderador
# jan/17 · Editado por: makumbator
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francisco2004
músicas a 96KHz/24bit, você vai querer ouvir mais dinâmica, não?

Vão continuar colocando ultra comprimido mesmo se forem 10 bilhões de Khz em 3 milhões de bits de resolução. Uma coisa não está atrelada a outra necessariamente.


Nesse caso, se você grava a 96Khz/24bit, os compressores seriam dispensáveis,

Já se grava assim em muitos lugares. Mudou alguma coisa? Não. Compressores continuam sendo importantes.

Wade
Membro Novato
# jan/17
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Exato. A morte da dinâmica não tem a ver com limitação técnica. É algo que está mais no campo musical. Na INTENÇÃO de produção.

francisco2004
Veterano
# jan/17
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makumbator
Já se grava assim em muitos lugares. Mudou alguma coisa? Não. Compressores continuam sendo importantes.

Wade
Exato. A morte da dinâmica não tem a ver com limitação técnica. É algo que está mais no campo musical. Na INTENÇÃO de produção.

Hum... então é mais uma questão estética. Só que se um dia qualquer Spotify da vida entregar áudio a 96KHz/24bit, o usuário final não vai notar uma melhora tão significativa na definição do som. A vantagem dos 24 e 32 bits é poder ouvir um toque sutil de um violão ao mesmo tempo que o baterista quebra tudo. Com a compressão, o violão é empurrado para cima e a bateria é empurrada para baixo, certo?

makumbator
Moderador
# jan/17 · Editado por: makumbator
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francisco2004
Só que se um dia qualquer Spotify da vida entregar áudio a 96KHz/24bit

Pra quê? Gastar mais banda de conexão e espaço em disco da empresa e do usuário sem uma melhora realmente significativa? O usuário comum escuta com celular (que não tem os melhores conversores) em headphone vagabundo no meio da correria da cidade (e escuta uma música ultra comprimida e maximizada). Nem faz tanta diferença assim.

A vantagem dos 24 e 32 bits

A vantagem é mais headroom na gravação/edição/mixagem e master e menos problema no sobe e desce entre conversões internas na DAW (entre plugins e edições) e externas em periféricos. Na música popular moderna nem existe muito isso de dinâmica (em geral é tudo colado no 0.1 o tempo todo).

Existem serviços de venda de gravações em alta resolução para usuário final. É nicho de mercado. Só audiófilo liga pra isso.

https://www.hdtracks.com/

Wade
Membro Novato
# jan/17 · Editado por: Wade
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francisco2004
Só que se um dia qualquer Spotify da vida entregar áudio a 96KHz/24bit, o usuário final não vai notar uma melhora tão significativa na definição do som.

A qualidade de reprodução atual já cobre quase (senão todo) o campo audível humano. O aumento de headroom e resolução serão úteis durante o processo de mixagem e masterização, mas para o ouvinte final não muda muita coisa.

francisco2004
Veterano
# jan/17
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makumbator
Pra quê? Gastar mais banda de conexão e espaço em disco da empresa e do usuário sem uma melhora realmente significativa? O usuário comum escuta com celular (que não tem os melhores conversores) em headphone vagabundo no meio da correria da cidade (e escuta uma música ultra comprimida e maximizada). Nem faz tanta diferença assim.

Sim, mas o usuário comum não é parâmetro para audiofilia. É só olhar as mais pedidas do Spotify, mas não vou discutir aqui estilos musicais, pois produzir música de massa é o ganha pão de muito produtor. Nada de mais com isso. Só fico pensando que existe um público que vai, sim, ouvir Spotify com fones de ouvido top e vai notar a diferença.

Bom, não preciso ir longe, eu noto a diferença quando mando meu computador reproduzir a 96KHz/24bit com upsampling nos meus fones Shure SHR 440 (headphone de entrada para home studio). Imagino que sem upsampling fique ainda melhor. Nos fóruns gringos sobre áudio hd tem gente que se liga nessas coisas, então deve ter mercado. Mas concordo que para o dia a dia da produção musical, isso não deva ser uma preocupação.

francisco2004
Veterano
# jan/17
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Wade
A qualidade de reprodução atual já cobre quase (senão todo) o campo audível humano. O aumento de headroom e resolução serão úteis durante o processo de mixagem e masterização, mas para o ouvinte final não muda muita coisa.

Acho que para o ouvinte comum, adolescente cheio de espinhas, que ouve sertanejo, essa afirmação até vale. Mas mesmo na minha ignorância em produção musical, consigo notar diferença em áudio reproduzido a 48KHz/24bit em relação a 44.1KHz/16bit. A imersão no primeiro caso é muito maior. Não sei se para ouvir no carro é bom, mas com fones fica bem interessante. Dá vontade de ouvir tudo que é música nessa qualidade.

makumbator
Moderador
# jan/17
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francisco2004
Sim, mas o usuário comum não é parâmetro para audiofilia

E o audiófilo não é parâmetro para o Spotify, Apple music, Amazon music e outros semelhantes. Eles querem atender o usuário comum lucrando bastante. Audiófilo se quiser pode tentar a merda do Pono (que nem é tão audiófila assim, senão não lucra).

Bom, não preciso ir longe, eu noto a diferença quando mando meu computador reproduzir a 96KHz/24bit com upsampling nos meus fones Shure SHR 440 (headphone de entrada para home studio).

Boa parte disso é placebo. Você sabe que é um arquivo melhor e seu cérebro te convence disso.

Wade
Membro Novato
# jan/17 · Editado por: Wade
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francisco2004
consigo notar diferença em áudio reproduzido a 48KHz/24bit em relação a 44.1KHz/16bit

Essa diferença ainda está dentro do campo audível, então é natural notar a diferença (que é bem mínima, convenhamos). Mas quando disse "qualidade de reprodução atual" já me referia a um MP3 48 320, por exemplo.

E como o makumbator bem lembrou acima, a diferença na percepção quase sempre é placebo. Você sente a diferença porque você acha que tem que sentir.

96/24 vai fazer diferença real apenas durante o processo de mixagem. E mesmo assim ainda é algo um pouquinho distante da realidade, já que as vantagens ainda não compensam as dores de cabeça e o valor altíssimo do equipamento necessário pra suportar esse tipo de processamento de forma satisfatória.

francisco2004
Veterano
# jan/17 · Editado por: francisco2004
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Wade
96/24 vai fazer diferença real apenas durante o processo de mixagem. E mesmo assim ainda é algo um pouquinho distante da realidade, já que as vantagens ainda não compensam as dores de cabeça e o valor altíssimo do equipamento necessário pra suportar esse tipo de processamento de forma satisfatória.

Essa discussão até fez eu revisar algumas coisas de processamento de sinais que estudei há muito tempo na faculdade, em nível bem básico. Na verdade, aquela história de que "basta amostrar a 2x para recuperar um sinal de frequência x" do teorema de Nyquist é uma meia verdade. Há alguns requisitos para que os 2x sejam suficientes.

Uma é que o sinal amostrado e o conversor AD devem estar perfeitamente sincronizados em fase. Do contrário, a defasagem de um em relação ao outro fará perder sinal em alguma medida. Na prática, amostrar a 2x a frequência mais alta fora de um ambiente controlado de laboratório, com senoides simples, acarretará perdas.

Outro problema é que um sinal nunca é perfeitamente confinado dentro de uma banda. Há componentes de mais alta frequência misturados. Aplicar um filtro passa-baixas na frequência x vai gerar ruído de amostragem (refletirá sinal de alta frequência na forma de ruído no sinal resultante). Como os filtros nunca não cortam nada perfeitamente, amostrar a 2x também inspira cuidados em termos de ruído de amostragem.

O que eu quero dizer com isso é que, embora um bom ouvido não irá perceber nada muito acima de 16KHz, amostrar a 44100Hz, que aparentemente dá uma boa margem de amostragem em relação ao "ouvido médio", pode gerar outros problemas que até um ouvido médio irá perceber. Acho que nessa linha, o áudio em alta definição não é algo tão absurdo ou coisa de pessoas afetadas que acham que entendem. É realidade... ok que o mercado não tem exigido nada melhor que 44.1KHz/16bit, mas não é insanidade achar que esse mercado venha a se abrir, pois os problemas de fato existem.

Aqui tem um artigo interessante sobre os problemas de amostragem (não só para áudio):
http://www.wescottdesign.com/articles/Sampling/sampling.pdf

Del-Rei
Veterano
# jan/17
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Poxa, o papo parece muito legal, mas acho que meus ouvidos estão estragados. Nunca consegui entender nada de compressão.

No estúdio ouço a galera falando de compressão na caixa da bateria e comparando gráficos... Sério, pra mim, tudo soa muito parecido ou igual. Quando percebo alguma diferença, é relacionada a volume e talvez EQ.. Mas a tal da compressão, me parece caviar.

Até em casa, já fiz vários testes, mas nunca noto grandes diferenças na compressão que me gere interesse.
:(

Um aceno de longe!!!

Jabijirous
Veterano
# jan/17
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Del-Rei
Nem com fone?

Wade
Membro Novato
# jan/17
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francisco2004
Não acho insanidade. E como eu já disse, uma coisa é o salto entre 44 e 48 e outra é o salto entre 48 e 96. Só o que estou dizendo é que o campo audível do ouvido humano vai "permanecer intacto". Não vai "acompanhar" a tecnologia. E isso é um fator limitante.

Sobre estar um pouco longe da realidade, me referi a problemas mais práticos mesmo, como processador e memória pra processar audio a 96/24 e o tamanho gigantesco dos arquivos finais, que não funcionam para o modelo de comunicação e armazenamento que temos hoje.

É muita dor de cabeça pra pouca vantagem.

Wade
Membro Novato
# jan/17
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Del-Rei
Pra sentir MESMO a diferença entre um audio não processado e um audio comprimido (compressão simples), só se socar o compressor no talo mesmo. A diferença na grande maioria das vezes é mais "técnica" que audível.

Dá pra sacar treinando bem o ouvido e prestando muita atenção em um ambiente controlado? Dá.

Mas muito nego aí mete um 2:1 com redução de 0,00000000001db e fica falando "porra, sente só o punch..."

Punch é meu ovo. Fez porra nenhuma.

Jabijirous
Veterano
# jan/17
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Punch é meu ovo. Fez porra nenhuma.

kkkkkkkkkk Coitado do Fab Dupont

makumbator
Moderador
# jan/17 · Editado por: makumbator
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Wade
Punch é meu ovo. Fez porra nenhuma.


Hahaha! O cara até escuta na cabeça dele. O cérebro é muito poderoso. Quem nunca ficou movendo levemente um fader ou controle de equalizador ou outra coisa na DAW e achou que o som mudou pra logo depois descobrir que estava operando o EQ no canal errado? Hahahha!

Iversonfr
Veterano
# jan/17
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Wade
Mas muito nego aí mete um 2:1 com redução de 0,00000000001db e fica falando "porra, sente só o punch..."

Kkkk bem isso. Eu curto 2:1 porque vc consegue baixar mais o threshold e começar a comprimir antes do que se estiver num ratio maior, mas pra mim só começa a brincadeira com redução de uns 6db, ja vi nego falando em uma "diminuição suave" de 2 a 3db, não percebo p$&@ nenhuma, ainda mais no meio da mix, fica a mesma porcaria. Útil mesmo é fazer logo uma automação de volume, é na raça mas isso sim resolve de verdade.

Ismah
Veterano
# jan/17
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mete um 2:1 com redução de 0,00000000001db e fica falando "porra, sente só o punch...

Não é assim que funciona...

Iversonfr
"diminuição suave" de 2 a 3db, não percebo p$&@ nenhuma, ainda mais no meio da mix, fica a mesma porcaria.

Meu amigo, que ouvidos brutos! hehe A pergunta é mais ampla... Reduzir 3dB, rms ou peak? E com quais tempos de ataque e release?


Ataque implica na frequência mais alta atingida,, e release na mais baixa... Até 1/4 de lambda da onda mexe com ela, pouco mas mexe.
Além de que o ataque interfere em transientes que passam ou não. Sendo que algumas vezes o compressor é usado para controles de transientes, outras para aumento de sustain, outras para redução de dinâmica...

Del-Rei

Depende o que tu deseja com a compressão.

Pensando a partir das 6 cordas, para manter aquela nota que o cara se empolga no lugar
Para uma voz adiciona uma regularidade de volume (controle de dinâmica), evitando que ela suma ou se sobressaia ao longo da mix.

Num tambor, ele trata de transientes. Faz com que a batida da caixa distorça no sistema, e que dure um pouco mais - principalmente a esteira.

Casper

Entendi. Eu não uso compressão praticamente, mas prefiro a multibandas para finalizar. Nada nos graves, um pouco nos agudos, e os médios bem firmes no lugar.

Del-Rei
Veterano
# jan/17 · Editado por: Del-Rei
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Wade: Mas muito nego aí mete um 2:1 com redução de 0,00000000001db e fica falando "porra, sente só o punch..."
Punch é meu ovo. Fez porra nenhuma.

makumbator: logo depois descobrir que estava operando o EQ no canal errado? Hahahha!

Hahahahahaha! Muito bom, muito bom... Me senti até melhor agora, juro... rsrs. Vejo a galera falando com tanta naturalidade e certeza sobre coisas em que eu não vejo nada, e acabo me sentindo um jumento, rsrs.


Wade: Pra sentir MESMO a diferença entre um audio não processado e um audio comprimido (compressão simples), só se socar o compressor no talo mesmo. A diferença na grande maioria das vezes é mais "técnica" que audível.
Jabijirous: Nem com fone?
Ismah: Depende o que tu deseja com a compressão.

Caras, então... Pra ficar algo evidente, eu já cheguei a fazer uns testes radicais aqui e jogar a compressão em níveis altos, mas aí eu devo ter feito merda, porque no geral sempre achava que matava o timbre das guitarras. Aí eu acabava desistindo. E mantendo o timbre natural dos instrumentos acabava que a compressão em si era tão sutil que eu achava que não valeria à pena perder tempo nela, já que na mix com outros instrumentos essa sutileza da compressão passava sempre batida.

Um aceno de longe!!!

Wade
Membro Novato
# jan/17
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Del-Rei
É como o makumbator falou nesse tópico já mais de uma vez. Placebo é mato.

Uma vez um carinha postou aqui no fórum uma mix dele e eu pirei. Tava tudo tão redondinho, nível profissional mesmo. Pensei "olha que trabalho lindo, a compressão aqui deve ter sido trabalhada nos mínimos detalhes." Perguntei ao cara como ele tinha feito e a resposta dele foi: "nem coloco compressor, não sei usar". Nesse dia eu quase deleto todos os plugins haha.

As vezes a gente usa coisas porque "tem que usar". Isso é uma merda.

Ismah
Veterano
# jan/17
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Del-Rei

Faz sim todo sentido o que tu estás a dizer. Comprimir guitarras captadas de um amp valvulado, é tipo querer regar as plantas antes da chuva. A dinâmica do som já não é legal. Mas tente gravar um violão em linha...

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