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JJJ Veterano
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# jan/17
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Marcando
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shoyoninja Veterano |
# jan/17 · Editado por: shoyoninja
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Ismah Mas não é, o sinal pode ter 0 HZ (CC), atingiu o threshold, vai ativar a compressão da mesma forma.
Há dois momentos nisso, a detecção (que é determinada pela amplitude), e o efetivo ataque (que você regula através do tempo de ataque.
Se o threshold é -10dB, e você aplica um sinal CC que bate -8, passado o tempo de ataque o compressor vai atuar (gerando em um breve instante distorção harmônica).
O efeito ao qual você se refere PODERIA acontecer se a detecção envolvesse um filtro de frequências, ou, uma média RMS (o reaper permite ambos). Mas o funcionamento básico do compressor não depende de frequências.
Não há como prever o conteúdo da janela de ataque sem conhecer o conteúdo e sem considerar a configuração de detecção. Exemplo:
Se você sustentar as vogais IE em ligado, articulando-as corretamente, o ataque na vogal I terá menor intensidade do que a vogal E. Digamos com um pico de -10dB no I, e -5 no E. Regule o compressor para -11, e o ataque do compressor será na vogal I. Essa vogal tem um conteúdo harmônico "esparso", além da fundamental, você terá parciais baixas (próximas da fundamental e mais agudas (formante na região de 2 a 3 K).
Se você ajustar o compressor para -6db, o ataque do compressor será no E. Que é uma vogal mais compacta e tem maior conteúdo entre 400 a 1K.
Resultado, não importa o tempo de ataque que você usar, o que vai determinar as frequências afetadas nessa situação é o threshold. A não ser é claro que você use um ataque longo o suficiente para que o compressor detecte o I e só comece a atuar na vogal E. Parece viagem mas tem aplicação prática.
Por isso que afirmo: não há como avaliar o efeito do compressor em termos de espectro de frequência sem conhecer o conteúdo, e tempo de ataque por si só não diz nada a respeito disso. Você pode colocar um ataque de 0ms ou infinito sobre ruído branco, e o compressor nem seria ativado se o ruído não atingir o threshold.
E também, usar um ataque curto em um material com conteúdo médio (como a voz ou guitarra) não vai tem nenhuma consequência negativa intrínseca.
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Casper Veterano
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# jan/17
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Como funciona o compressor:
Quando a amplitude do sinal ultrapassa uma amplitude definida pelo usuário (threshold) o circuito de atenuação espera o tempo de attack e atenua a amplitude com uma determinada razão (ratio). Quando o sinal volta a ficar abaixo da amplitude do threshold, logo após o tempo de release passar, o compressor volta a não comprimir. Até que o sinal ultrapasse novamente o threshold, então começa um novo ciclo de compressão.
Só isso. Não tem tanto mistério assim.
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Synth-Men Veterano |
# jan/17
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Ismah
Eu sou um tanto cético pra isso... Muitas vezes os harmônicos já estão lá... Quando se diminui os picos e o volume como um todo aumenta, eles apenas se tornam mais audíveis...
Opa! O buraco é um pouco mais em baixo ai. Não discordando do que escreveu.
Quando uma forma de onda bate no treshold, ela acaba se comportando de forma diferente. Ao invés de ir para o infinito, ela foi limitada no conjunto da obra.
Por exemplo uma senoidal ( a que parece as ondas da praia), quando o seu pico bate no teto/limite/treshold ao invés de arredondado ela fica achatado, ou quase quadrado, ao bater neste limite a onda acaba apresentando harmônicos que estava quietinhos na deles. Desta forma, são excitados a soarem, em consequência do uso do treshold. Causa/Efeito/Causa viciosamente.
Como ela ficou parcialmente quadrada (ao menos o seu pico) e a onda quadrada tem mais harmônicos que a onda senoidal, os harmônicos ficam mais evidentes por este motivo, não por causa do volume ou por que já estavam lá. Não há cortes neles, apenas achatamento, não se modificam, apenas se comportam diferentemente após bater no limite.
Outro detalhe é que independente do tipo de forma de onda sonora , batendo no treshold, seu pico sempre ficará quadrado/ahatado e excitara harmônicos que estavam na deles, de boa, apenas passando por ali, a fim de tomar o seu refrigerante, um X-Tudo e um dogão com a peguete.
Aumentando o ganho no output do compressor, ficará mais drástico a evidencia destes fatos, até mesmo podendo distorcer.
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Ismah Veterano |
# jan/17
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shoyoninja
Esquece o Treshold, estou considerando que ele foi acionado.
O ponto de frequência X, acontece entre o instante quando o treshold point é ultrapassado, e o momento que a compressão começa a atuar. É disso que estou falando, os ditos transientes...
Se o tempo de ataque for de 0,5 ms, qualquer transiente abaixo de 2 KHz passa. No seu exemplo, o I deve passar um pouco, depende da duração dele obviamente.
E sim, eu sei como um compressor funciona, ao menos o ótico que me parece o mais legal - o SS/Valvulado eu nunca me apeguei bem a estudar o funcionamento, mas deve ser por aí também.
Se quiser desenho um "CCF OpticComp" sem problemas. Só alguém tem que montar (nivek?) porque eu não tenho saco, nem condições de sair do interior do Judas, pra correr atrás dos componentes...
Também posso transformar esse circuito em um expander, ou adicionar um LFO para injetar pulsos/senoidais pelo side chain e criar um tremolo óptico...
Synth-Men Ao invés de ir para o infinito
Ela não iria para o infinito, mas ok.
a que parece as ondas da praia
Ondas de praia pra mim mais parece um híbrido de dente de serra invertida (não sei o nome) com quadrada, como de pedais de distorção (quase qualquer um que não fuzz)... Veja o TS. E sim eu sou chato. rs
a onda quadrada tem mais harmônicos que a onda senoidal, os harmônicos ficam mais evidentes por este motivo, não por causa do volume ou por que já estavam lá
Nunca havia visto por essa forma, e faz todo sentido. Há de concordar que o harmônico que tava la quietinho a 10dB abaixo da fundamental, depois de comprimido, vai ter um up legal...
Porém... O que tu descreve é um circuito quase que de um drive, e não de compressor. Não faço ideia de quanto THD um compressor óptico adiciona, vou ver se consigo umas medições, to sem scope aí é difícil...
excitara harmônicos que estavam na deles já estavam lá
Tens que se decidir, os harmônicos estava lá ou não? rsrs
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Casper Veterano
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# jan/17
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Caro Ismah:
Tenho dois compressores aqui, um Alesis 3630 e um DBX 1066. Us dois são tipo VCA, e teoricamente teriam que ter baixa distorção em todas configurações, o que obviamente não acontece. Ataque rápido é mortal, destrói o som, nos dois. O DBX aguenta mais abuso, tem um limiter cavalo na saída.
Mas em nenhum dos dois a questão da mudança de frequências é perceptível e/ou relevante.
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shoyoninja Veterano |
# jan/17
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Ismah Cara mas que teimosia hein. Como eu já disse o funcionamento será exatamente o mesmo desde CC (0 Hz) até o limite do plugin/circuito. Você pode fazer o circuito da forma que quiser, o princípio de funcionamento é baseado na amplitude do sinal, e não na frequência, simples assim.
Você falou em transientes, isso ocorrerá no ataque, e é exatamente a distorção que eu já havia falado anteriormente. As frequências envolvidas, vão depender principalmente do QUE está sendo distorcido. É o mesmo que ocorre em outros tipos de distorção, mas de forma muito mais suave.
Um ataque curto causa mais distorção em teoria, mas também depende do release e, principalmente, do quanto o compressor está sendo utilizado. Um hard limiter com ataque e release em 0 é virtualmente o mesmo que clipar o sinal.
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Ismah Veterano |
# jan/17
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Casper
Legal eu não havia trabalhado com esses modelos ainda, fiquei curioso - aliás faz tempo que não vejo um rack de periféricos... :(
shoyoninja
Peace!
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Casper Veterano
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# jan/17
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Caro Ismah:
Tento manter as coisas simples. Consigo fazer tudo longe do computador e com periféricos medievais (para os padrões de hoje). O Alesis vai embora nessa semana, só fica o DBX, que dá conta de minhas brincadeiras.
Eu tinha a intenção de comprar um compressor melhor, mas acontece um fenômeno estranho com esse tipo de equipamento. Existem os de entrada (Alesis, alguns DBX, Behringer), que ficam na faixa de 150 a 300 Trumps. Ai tem um vácuo, e só aparecem alguns entre 400 e 600 Trumps (Art, Joemeek). Depois disso, começa a aparecer os profissionais, entre 1000 e 10000 Trumps. Meu poder aquisitivo fica no primeiro grupo, que são equipamentos marromeno.
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Ismah Veterano |
# jan/17
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Por força da estrada eu vejo mais os compressores "moles", "transparentes" das consoles digitais... Tenho mixado geralmente em Behringela X32 e X-Air, Yamahas 01V, LS9 e uma M7CL de vez enquando, e claro na Mackie DL32R da banda... Ou seja, rack é lenda, a maioria diz que existiu algum dia rs
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Casper Veterano
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# jan/17
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O vídeo abaixo mostra o efeito de "cola" do bus compressor na mixagem:
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Deji Veterano |
# jan/17
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Minha colaboração. O attack do compressor não é exatamente o tempo que o compressor "deixa passar" ante de comprimir. O attack é quanto tempo o compressor leva para atingir o pico da compressão. A partir daí ele segura pelo tempo determinado no release (liberando gradativamente também. Para segurar transientes eu utilizo attack extremamente curto e release curto também. Para dar efeito pump, pouco threshold, pouco GR e pouco ratio. Para master, attack e longo e release syncado com o time da musica e GR de no MAXIMO 3DB.
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shoyoninja Veterano |
# jan/17
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O attack do compressor não é exatamente o tempo que o compressor "deixa passar" ante de comprimir. Yep, falei isso em algum lugar e está errado mesmo :P.
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Casper Veterano
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# jan/17
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Para tirara todas as dúvidas:
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Casper Veterano
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# jan/17
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Casper Veterano
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# jan/17
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Casper Veterano
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# jan/17
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Casper Veterano
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# jan/17
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Deji Veterano |
# jan/17 · Editado por: Deji
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Mais uma observação. Esses compressores de boutique (SSL, API, V-Comp, KRAMER, etc...) colorem o som adicionando harmônicos. Alguns nos médios graves, outros no médio agudos, o que faz soar Muddy ou Harsh, em alguns casos. Recomendo utiliza-los somente quando você sabe exatamente o que quer, caso contrário, é melhor usar um digital simples, porém mais transparente.
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Deji Veterano |
# jan/17
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Minha conta para release, da compressão na Master:
Ex.: Bit 128bpm 4/4
Cada (batida do metrônomo = 128/4 = 32bpm) Uma batida de metrônomo é muito tempo de release para MASTER (na minha opinião), então divido esse valor por 2. (=16bpm) Convertendo para ms: 1 seg = 1000 ms 1000/128=7.8125 (cada bmp) 7.8125*16=125ms Release = 125ms.
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JJJ Veterano
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# fev/17 · Editado por: JJJ
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Depois de ler (quase) tudo, algumas observações:
1) Multibanda.
Entendo a coisa há muito tempo, mas nunca foi "natural" pra mim.
Simplesmente não consigo trabalhar com nada que seja "multibanda". Deve ser alguma restrição do meu cérebro "monotarefa": só vai uma "banda" por vez, mesmo que isso custe voltar e refazer ad infinitum, como o Casper citou em algum momento no início do tópico.
Esse é meu processo usual: vai e volta, até cansar.
2) O volume do threshold.
Uma vez eu estava escrevendo uma rotina de áudio (coisa velha, em VB!) e me deparei com um problema elementar: volume e amplitude de onda são coisas diferentes, ao contrário do que talvez se possa pensar num primeiro momento. O "volume", como genericamente entendido por um ouvinte (mesmo leigo) é uma percepção da altura, da pressão sonora sobre os ouvidos, de um "trecho" de uma música; não é um "pico único" de uma simples ondinha. "Porra, abaixa essa merda!" - ninguém fala isso porque uma simples onda alcançou 0 dB. Precisa de um "tempo" para o ouvido "reclamar".
O meu problema foi identificar um "chunk", um "bloco" de dados que, juntos e num determinado intervalo de tempo, soariam ao ouvido humano como algo muito alto ou muito baixo, pra daí pra frente ver o que fazer com aquele "bloco".
Eu não consegui determinar precisamente o quanto de duração esse "bloco" deveria ter, até o ouvido humano identificá-lo como "uma parte da música que está muito alta". Acabei deixando um botão específico no programa, à escolha do usuário, pra variar o tempo desse bloco entre um limite mínimo e máximo de tempo (que não lembro mais quais foram...).
Imagino que diferentes fabricantes trabalhem com diferentes tempos de "blocos sonoros" para efetuar a compressão (ou qualquer outro efeito).
Existe algum padrão nisso aí?
Ou algum programa considera só um único pico de onda como "trigger" para o efeito, ao contrário do que eu supus, como ponto de partida?
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Casper Veterano
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# fev/17
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Um texto interessante sobre uso de sidechain em compressores:
http://www.sonicscoop.com/2013/06/27/beyond-the-basics-sidechain-compr ession/
Depois de anos de combinações, finalmente fiquei bastante satisfeito com essa combinação de compressor + equalizador no sidechain. Recomendo a todos que experimentem a combinação, nas mixagens.
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Ismah Veterano |
# fev/17
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JJJ
O compressor atua sobre transientes (" peak "), o que tu está calculando seria já RMS ou potência média (ao longo da linha do tempo)... Não que esteja errado, mas é que são coisas diferentes.
Como bem disse, ninguém reclama por um pico, mas reclamam após algum tempo de volume muito alto. Nessas, se explica porque a loudness war é possível, e ninguém quase percebe: precisa de ouvido bem treinado para ouvir isso!
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Ismah Veterano |
# fev/17
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Deji compressores de boutique
Esses citados não são bem de boutique, são feitos em série, e são o topo da cadeia alimentar nessa forma de produção.
é melhor usar um digital simples, porém mais transparente.
Mesmo sem ter certeza de se é de fato isso que eu quero, os transparentes pra mim não tem som de nada.
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Ismah Veterano |
# fev/17 · Editado por: Ismah
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Deji O attack é quanto tempo o compressor leva para atingir o pico da compressão.
Isso é um tanto de contra-senso ao que ouvi até hoje. Vou pesquisar mais!
A partir daí ele segura pelo tempo determinado no release
Não. Isso é o hold. Seguindo a lógica anterior, é o tempo que ele leva da compressão máxima, até parar de atuar completamente.
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Casper Veterano
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# fev/17
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Caro Ismah:
Os comportamentos dos compressores não são universais. Tem compressor onde a curva de attack e release são praticamente os tempos de um gate. A maioria tem comportamento linear ou exponencial, como na figura abaixo:
Curvas do compressor.
Hold em compressor é algo bastante raro, penso eu.
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shoyoninja Veterano |
# fev/17
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JJJ
Imagino que diferentes fabricantes trabalhem com diferentes tempos de "blocos sonoros" para efetuar a compressão (ou qualquer outro efeito).
Existe algum padrão nisso aí?
Ou algum programa considera só um único pico de onda como "trigger" para o efeito, ao contrário do que eu supus, como ponto de partida?
Não existe padrão, em alguns casos consta no manual a forma de detecção, em outros é totalmente configurável. O Reaper permite ajustar a janela de detecção (em milisegundos) e até aplicar filtros passa-alta/baixa para afetar a detecção.
Colocando em 0ms ele trabalha com os picos de onda, com uma janela maior ele calcula o valor RMS e trabalha com ele.
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JJJ Veterano
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# fev/17
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shoyoninja
O Reaper permite ajustar a janela de detecção (em milisegundos) [...] Colocando em 0ms ele trabalha com os picos de onda, com uma janela maior ele calcula o valor RMS e trabalha com ele.
Foi o que acabei fazendo.
Bom saber. Valeu!
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Ismah Veterano |
# fev/17
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Casper
Não sei se entendi bem os gráficos, eles expressam um pulso de onda quadrada, certo?
O controle de hold é um tanto impopular em compressores realmente, mas ele está lá, mesmo que setada em 0 ms. rs
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Casper Veterano
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# fev/17
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Caro Ismah:
Note que é um gráfico de amplitude do sinal x tempo.
O gráfico expressa uma música qualquer que estava com volume inferior ao threshold. Mostra o comportamento quando a música aumenta rapidamente (borda de subida da onda quadrada). Primeiro, mostra dois comportamentos diferentes do attack, e na borda de descida do quadrado (quando a musica diminuiu o volume e ficou abaixo do threshold) mostra dois comportamenteos típicos do release.
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