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Devil Boy Veterano |
# jul/08 · Editado por: Devil Boy
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r2s2 Esse é o ponto, poder o STF pode tudo (em tese), mas se fosse assim pra todo mundo, todo HC iria direto ao STF, pois era só colocar o direito à liberdade, de ir e vir, e pronto.
Até poderia ser assim(em tese). Mas não seria nem um pouco prático alguém mandar um advogado até Brasília para impetrar um habeas corpus que poderia ser obtido em qualquer juizado especial do bairro em que você mora(algo em torno de 70 a 90% dos casos de habeas corpus). Sem falar nas custas proce$$uais.
Mas isso é o q o Celso Antônio Bandeira de Melo chama de área de incerteza. Nessa parte vale tudo, se vc quiser entender de um jeito, vc entende, e se quiser ter entendimento diametralmente oposto, vc tb estará certo.
Exato. Eu nem me incomodaria tanto se os ministros estabelecessem que a "supressão de instâncias" se aplica ao STF(mesmo sendo um ponto de vista fraco), pois ainda assim seria um raciocínio juridicamente válido.
O grave nisso tudo, a meu ver, é a contradição em que eles caem. O argumento da supressão de instâncias vale, mas só para barrar os processos "anônimos"(que não são numerosos), mas não vale quando é para julgarem os processos "famosos".
Isso fode com a Jurisprudência. E fode com o princípio de isonomia("todos são tratados de forma igual pelo magistrado e pela lei").
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Ronin Veterano |
# jul/08
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r2s2, o nome disto é "destruição de personalidade" ou "character attack" e outros termos parecidos. É uma técnica das "guerras administrativas" que consta em diversos livros de adminstração.
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Chespirito Veterano |
# jul/08 · Editado por: Chespirito
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Lula era alvo do banqueiro Daniel Dantas
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Ronin Veterano |
# jul/08
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Segundo Cícero Rôla, o Brasil tem 211 mil presos esperando o julgamento do mesmo tipo de sentença que o Ministro Gilmar Mendes concedeu a Daniel Dantas duas vezes em 48 horas.
Fonte: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/forum/Post.aspx?id=414
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Ronin Segundo Cícero Rôla, o Brasil tem 211 mil presos esperando o julgamento do mesmo tipo de sentença que o Ministro Gilmar Mendes concedeu a Daniel Dantas duas vezes em 48 horas.
Rôla nele!
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Devil Boy Veterano |
# jul/08
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'Admitamos: somos corruptos'
O Brasil ganharia se assumisse a queda que tem para a transgressão e os ilícitos, afirma Bolívar.
SÃO PAULO - A história de Daniel Dantas se confunde com a do Brasil nos últimos 15 anos. Aluno dileto do economista Mário Henrique Simonsen, foi cogitado para o Ministério da Fazenda no governo Fernando Collor e teve atuação de destaque na venda de estatais. É também uma história passada na iniciativa privada, sempre sinuosamente entrelaçada com a política e o governo. Primeiro, pelas mãos de Antonio Carlos Magalhães, conterrâneo e protetor político. Então, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, nas estreitas relações com economistas ligados ao Plano Real, como Pérsio Arida e Elena Landau. Agora, no governo Lula, com petistas como Luiz Eduardo Greenhalgh e José Dirceu.
Dantas dominou manchetes e conflitos acionários, cultivou inimigos poderosos na iniciativa privada e no Planalto. Preso pela Polícia Federal, provocou uma briga jamais vista, com procuradores e juízes federais se levantando contra o Supremo Tribunal Federal. É uma história que insinua profundos veios de corrupção nas entranhas do Estado. "O Brasil é essencialmente corrupto e precisamos encarar isso", diz o cientista político Bolívar Lamounier, autor, com outros estudiosos, de Cultura das Transgressões no Brasil (Ed. Saraiva). "Vivemos há cem anos a ilusão de que com o crescimento econômico e a melhoria educacional tudo vai melhorar. O País está mais rico e, ao que tudo indica, mais corrupto. Existem avanços. O Ministério Público, a Polícia Federal, a própria Justiça. Mas, na avaliação do professor, temos uma política pior.
Daniel Dantas tem demonstrado habilidade de criar uma teia de sustentação em todos os governos. O que isso diz a respeito do Brasil?
É o chamado capitalismo político. Ele faz crescer sua fortuna pelos contatos políticos e o recebimento de informação privilegiada. O Brasil tem uma formação patrimonialista, ou seja, o Estado é o verdadeiro detentor da riqueza. Seu poder é avassalador. O emaranhado jurídico é tal que se tornou impossível manter uma empresa sempre em ordem. Daí a capacidade de pressão do governo ser devastadora. A influência do Estado em setores por natureza oligopólicos como telecomunicações, energia ou aviação é ainda maior. Desse jeito, um sujeito que tenha capacitação técnica e audácia, como Daniel Dantas, precisa de contatos políticos para se sustentar empresarialmente. É evidente que o caso dele, que dizem ter recorrido até a empresas de espionagem, é extremado. Mas todo grande empresário brasileiro precisa de uma relação simbiótica com o governo. Porque a mão do governo está presente em tudo.
Essa é a origem da corrupção no Brasil?
O problema da corrupção é muito mais profundo. Hoje estamos muito desarmados intelectualmente para compreender suas origens. O que nos sobra são dois consensos. O primeiro é de que a corrupção é generalizada na sociedade e todos discordamos do comportamento de todo mundo. O segundo é que a impunidade é ampla. Há uma total incapacidade de aplicar as leis. Se fôssemos punir, segundo o que manda a lei, toda a corrupção que há no País teríamos que pôr na cadeia metade da população. O que está acontecendo, agora, é uma tentativa de sair dessa síndrome da impunidade. Por isso um juiz federal manda prender, no Supremo mandam soltar, o juiz pede novamente a prisão. Mas daí pode haver um excesso do juiz federal, uma arbitrariedade, criando um clima de insegurança jurídica.
Por que não debelamos a corrupção?
Porque a enxergamos por uma ótica otimista. Atribuímos tudo ao passado: à colonização, aos portugueses, à formação do País. É uma análise evolucionista. Temos a impressão de que vamos em direção a algo melhor. O que atrapalharia seriam os grilhões do passado. Isso não é necessariamente verdade. Essa leitura esconde outra premissa, o conceito do bom selvagem de Jean-Jacques Rousseau. O homem é bom, mas a sociedade o corrompe. No Brasil, a elite é ruim, mas o povo é essencialmente bom. Essa impressão é profundamente superficial. O Brasil é essencialmente corrupto. A verdade é a seguinte: nada indica que estamos a caminho de um mundo melhor. Corrupção e clientelismo não estão dando sinais de terem diminuído. Acho que estão aumentando. Quando o governo diz que temos mais informação sobre corrupção e só por isso ela aparece mais, isso soa como uma afirmação tão válida quanto qualquer outra. Só poderia aceitá-la se o governo tivesse uma lista com todos os corruptos e quanto desviaram ao longo dos tempos. No Brasil, a transgressão é generalizada e ocorre sempre por motivos econômicos. Há casos passionais, mas esses existem em qualquer sociedade e são a exceção. Estelionato, assalto, corrupção, o crime brasileiro tem causas econômicas.
Quais as causas da corrupção brasileira?
São três. A primeira é o crescimento econômico. Lá nos anos 50, desenvolvimentistas, acreditávamos que o enriquecimento do País levaria a uma população mais bem educada e enfim teríamos um Estado impessoal no qual todos que quebrassem a lei seriam punidos. O Brasil enriqueceu e nada disso aconteceu. Sempre que há um momento de crescimento econômico e modernização, surgem novas oportunidades de corrupção. É assim em todo lugar, não só nas nações pobres. Na França ou nos EUA, também. É quando aparece o conluio de grupos para fraudar licitações promovidas pelo Estado, por exemplo. Porque são oportunidades óbvias, envolvendo grandes quantias. Mesmo nas nações mais liberais, quando a economia cresce o Estado contrata muitos serviços envolvendo valores altos. Quando um país passa por uma grande transformação econômica, como é nosso caso, a tendência aumenta. No caso das privatizações, por exemplo, grandes somas passaram de uma mão para a outra e a corrupção foi inevitável, por mais que existissem controles. Na Rússia foi muito pior. O Japão tem uma corrupção monstro até hoje. A Coréia do Sul, também. São governos que concentram muito poder. A China se tornou capitalista faz quanto tempo? Vinte anos. E já ostenta um número grande de bilionários. Mesmo considerando o ritmo de crescimento chinês, essa riqueza veio como? Não pelo mérito.
E a segunda causa?
Mobilidade social. Nosso País tem 200 milhões de pessoas, metade delas muito carentes, a outra metade louca para melhorar de vida. Há muita mobilidade social. Quem diz que, no Brasil, o pobre nasce e morre pobre está no mundo da lua. Qualquer pequeno movimento da economia provoca mudanças imediatas, toda oportunidade aqui é aproveitada, pois o mercado é imenso e tem carências enormes. Nos últimos meses, por exemplo, quando o crédito para automóvel se estendeu, todo mundo comprou imediatamente sem se preocupar com quantas prestações ia pagar ou com o trânsito ruim. Automóvel facilita a vida e é um símbolo de status. O brasileiro tem uma vontade incrível de melhorar de vida, de ter melhor situação que a que seu pai teve. Junte as duas questões, oportunidades de corrupção e a vontade de melhorar de vida, e una isso à terceira causa: as normas brasileiras são frouxas.
É nossa herança portuguesa?
As normas morais, no Brasil, sempre foram fraquíssimas. Comparado à Europa, tivemos, por exemplo, uma Igreja muito fraca. O Direito, até há muito pouco tempo, não chegava a boa parte do País. As normas sociais são débeis e o Estado é incapaz de aplicá-las. A origem disso é o de menos. Nosso problema não é o passado, é o presente. Voltemos a Rousseau. Há algumas décadas, a Igreja no Brasil era fraca, mas muito reacionária. Defendia a propriedade, o latifúndio. Hoje, a Igreja é outra, acredita em Rousseau. Essa visão de que o povo é essencialmente bom, mas corrompido pelo ambiente, se espalhou por todos os setores da sociedade. É uma mentalidade que impede a aplicação da lei. Só a defesa do altruísmo é legítima. Um grupo que defenda seus interesses é considerado imoral. A palavra "interesse" soa suja, sugere um indivíduo calculista. Acreditamos em Papai Noel. Cremos que as pessoas são boas por princípio. Nos EUA, a cabeça deles não é Rousseau. É Thomas Hobbes. Para eles, as pessoas são más. É preciso vigiar o comportamento a toda hora. É preciso cumprir a lei, porque se não cumprir, a transgressão será generalizada. Polícia não tem que achar que as pessoas são boas ou são más. Tem é que olhar transgressão. A política tem que lidar com a probabilidade de certos comportamentos ocorrerem e se prevenir. Achamos que tudo que deu errado no Brasil tem uma origem social em algum ponto do latifúndio, da família patriarcal ou do que quer que seja. É ingenuidade. Nós somos uma sociedade de 200 milhões de pessoas, completamente urbana e pobre. É um País diferente.
Gilberto Freyre está obsoleto?
Completamente. No tempo dele, acreditava-se naquela idéia de que geração de riqueza levava a um mundo mais perfeito. Vinte anos atrás havia uma discussão entre a esquerda e o malufismo, em São Paulo, se a polícia devia atuar preventiva ou repressivamente. Que discussão é essa? A polícia tem que atuar, só isso. Tínhamos que estar muito mais preparados em termos jurídicos e policiais para atuar quando há transgressão. Não se combatem valores culturais ou a propensão a certos comportamentos. Você combate infrações graves da norma legal. Nós não entendemos a gravidade da situação que o Brasil enfrenta. O nível de corrupção pode aumentar. Veja o exemplo paralelo, a violência urbana. Muitos teóricos falam como se fosse uma coisa de momento que, mais à frente, vai desaparecer. Mas como vai desaparecer? O país é urbano, tem periferias imensas, o tráfico de drogas atua em larga escala, não há nenhuma medida para combater o mercado da droga, que é o consumidor, ou a entrada da droga, nas fronteiras. A violência não vai desaparecer espontaneamente. O Brasil não enfrenta a transgressão.
Ricos não iam para a cadeia antes.
É verdade. Antes havia uma diferença de classes muito grande,. Você prendia o pobre, mas não o rico. Não estou negando que a Polícia Federal esteja mais eficiente. A mudança começa com a Constituição de 1988. Antes dela, os procuradores eram subordinados aos juízes. Ela deu autonomia ao Ministério Público e uma geração nova de procuradores veio com vontade de investigar. Por sua vez, isso fez com que muitos juízes também se mexessem. O fim da ditadura despertou, dentro da Polícia Federal, um debate. Estavam acostumados a agir sob os generais, o que a democracia representaria para eles? Demoraram uma década até encontrar um rumo. Ajudados pelo Ministério Público, que começou a investigar problemas em tudo quanto é área, ela encontrou sua vocação. Não foi só isso que mudou. Inflação corrói a sociedade, força todos ao comportamento criminoso. No início dos anos 90, ninguém comprava um imóvel, em São Paulo, sem uma mala cheia de dólares. Isso criou um câmbio negro e um mercado de ilícitos do qual todos participavam. Não há mais aquela inflação. A perna que não andou, nesse processo, foi a da CPI. Ela acaba se politizando tanto que fica inócua na maioria das vezes. O caso do mensalão é uma exceção. Levou 40 nomes para o Supremo.
Qual o problema do Congresso?
Câmara e Senado estão numa mediocridade como nunca vi. Vivemos uma entressafra de líderes políticos. No tempo da Constituinte você, sem dificuldades, punha no papel 20 nomes de imensa importância no cenário político nacional. Hoje, não dá. Não há incentivo para ser político. Vão chamar você de ladrão, sua família vai ficar chateada. O indivíduo que tem uma boa formação ganhará o triplo em outra profissão e terá fim de semana. Quando o crédito do político cai para quase zero, nasce um círculo vicioso. Ou você atrai corruptos ou gente despreparada. O Executivo não tem projeto. E os partidos não têm projeto. O resultado é que, sem ter o que fazer, deputados e senadores partem para a investigação. O Executivo reage com acordos políticos. A política no Brasil se resume a isso. Só.
Antes da ditadura, partidos como UDN e PTB de fato representavam setores da sociedade. O senhor não acha que hoje isso deixou de acontecer?
A UDN era o partido da classe média urbana, aquela gente que ganhava a vida duramente e não esperava uma aposentadoria generosa. Ainda existe essa classe média urbana, muito maior hoje. É um contingente de pessoas que paga o serviço duas vezes: o imposto para a educação e a educação na escola particular. Era um partido liberal. O DEM, hoje, não é um partido liberal. Por isso mudou de nome. Um partido liberal, no Brasil, teria que vir de São Paulo ou das grandes capitais. Não é o caso. O PSDB. O que é? É o partido da reforma feita no governo Fernando Henrique. Mas não descobriu uma agenda própria depois disso. E o PT? Alguns dizem que é representativo. Não sei de quê. Qual a doutrina econômica do PT? Vimos que não tinha. O partido chegou ao poder e desdisse tudo. Não tinha projeto. E desconfia do capitalismo. Tem uma cabeça nacionalista dos anos 50, com preconceito contra o setor privado. Não é à toa que a doutora Dilma é o braço forte do governo. Os partidos, no Brasil, foram dissolvidos em 30, em 37 e em 64. Os militares acreditavam que as origens da corrupção estava neles. Dissolveram e tentaram impor um sistema bipartidário como o britânico. Quando a democracia voltou, o País era completamente diferente e os partidos de antes não queriam dizer mais nada. Ficou um vácuo. Em 1989, quando tivemos a primeira eleição presidencial, houve 22 candidatos. Eram 21 partidos de oposição. E nenhum dos partidos grandes se saiu bem. É sinal de que não representavam mais os anseios da população.
Qual a responsabilidade da ditadura pela atual corrupção?
Quando os militares instauraram o regime, diziam "nós vamos combater a corrupção". Além de se intrometerem no sistema partidário que tinha seu valor, criaram um governo dez vezes mais concentrado. Na pressa de desenvolver o País, contrataram obras públicas faraônicas. Transformaram o País apoiados num crescimento de 8% a 10% ao ano. Posso bem imaginar quanto de superfaturamento houve naqueles 21 anos.
Fonte.
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leandro rodrigues Veterano |
# jul/08
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Devil Boy
Vc acha que alguém vai ler tudo isso que vc postou?
Esse tópico seria legal e útil, se fosse criado a 10 anos atrás, hoje todo mundo tá cansado de saber da CORRUPÇÃO e as FALCATRÚAS que existe nesse país
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Devil Boy Veterano |
# jul/08 · Editado por: Devil Boy
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leandro rodrigues Vc acha que alguém vai ler tudo isso que vc postou?
Não tome a maioria dos membros deste fórum por analfabetos funcionais.
Nem todos têm dificuldade em ler mais de 3 linhas de texto sem figurinhas ilustrativas.
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Devil Boy
Legal o texto. Não concordei com alguns pontos, como a inutilidade de discutr se a polícia deveria atuar preventivamente ou repressivamente. Mas de resto é bem o que eu penso também.
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Ronin Veterano |
# jul/08
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Devil Boy, eu também lí... concordo em alguns pontos, discordo de diversos. Principalmente no início do texto, quando de certa forma o autor faz uma "defesa" ao Dantas, insinuando que seria impossível ser empresário bem suscedido no Brasil sem ser corrúpto e corruptor, o que eu considero uma falácia.
Concordo que o povo brasileiro é essencialmente corrúpto... é o povo que bebe e dirije (e acha errado quando proíbem), é o povo que compra drogas sem se importar com o fim que seu dinheiro tem na mão do traficante... é o povo que pirateia DVDs e CDs e por aí vai.
Mas acreditar que, como diz Thomas Hobbes, o mundo é essencialmente mal, é desacreditar de casos de pessoas que negam subornos, devolvem dinheiro encontrado e etc... episódios que normalmente envolvem pessoas bastante pobres.
QUal a linha de raciocínio? O mais ético é o pobre? Ou é pobre porque é mais ético?? Não sei responder.
Agora o texto me chama a atenção para uma coisa, nesta frase:
Nos EUA, a cabeça deles não é Rousseau. É Thomas Hobbes. Para eles, as pessoas são más. É preciso vigiar o comportamento a toda hora. É preciso cumprir a lei, porque se não cumprir, a transgressão será generalizada. Polícia não tem que achar que as pessoas são boas ou são más. Tem é que olhar transgressão. A política tem que lidar com a probabilidade de certos comportamentos ocorrerem e se prevenir.
No Mídia Sem Máscara os autores defendem os EUA como o bastião maior da liberdade individual... agora este cara defende isto. Quem está certo? O EUA é o bastião da liberdade individual, ou um país no qual a polícia lida com a probabilidade e se previne?
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Todos que acompanham o site do Paulo Henrique Amorim sabem que há séculos ele chama o Heráclito Fortes de um dos membros da bancada Dantas do congresso.
Quem está acompanhando os desdobramentos dessa Operação Satiagraha sabe que se for para o STF, já era, Dantas vai sair rindo de todos nós.
Agora ferrou tudo, leiam abaixo e vâo entender pq:
Com o delegado Protógenes Queiroz afastado, Daniel Dantas ganhou a terceira cartada. As duas anteriores foram os habeas-corpus liberatórios.
Agora, Dantas joga em duas frentes. Precisa afastar o juiz Fausto De Sanctis e, para isso, já argüiu no processo criminal o seu impedimento por falta de imparcialidade. Se o juiz recusar a exceção de suspeição, caberá ao Tribunal Regional Federal apreciar essa matéria.
A outra cartada já foi dada. Ao apreciar o pedido do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) de acesso às apurações (habeas-datas), o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou-o investigado.
Como Heráclito é investigado, haverá, em breve, avocação dos inquéritos e do processo criminal ao STF, pois o senador tem foro privilegiado. Aí, De Sanctis estará definitivamente afastado.
Para arrematar, a força-tarefa instituída para apurações, com grande número de envolvidos, poderá se transformar em fonte permanente de vazamentos.
PANO RÁPIDO. Dantas continua com o jogo na mão. E a dar as cartas
Fonte
Vcs vão ver, um monte de informações vão começar a vazar, claro que sempre distorcidas, sempre a favor dos acusados, e os reverberadores do PIG vão fazer a festa (Reinaldo Azevedo, Mainardi, Janaína Leite etc) e criar "verdades", e depois ninguém mais acreditará em nada contra eles.
Vai ser um show de desinformação. Podem estar certos de uma coisa: Só temos a perder!
A verdade vai ser diluída em milhões de especulações, distorções, meias-verdades e opiniões compradas.
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leandro rodrigues Veterano |
# jul/08
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r2s2 Ronin Devil Boy Chespirito Dantas vai sair rindo de todos nós.
Sim!
Na verdade o Povão não tá nem aí com o Dantas, corrupção, falcatrúas e tais. O Povão está interessado em tomar todas, e que "Os" Dantas se funique
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Devil Boy Veterano |
# jul/08 · Editado por: Devil Boy
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Ronin insinuando que seria impossível ser empresário bem suscedido no Brasil sem ser corrúpto e corruptor, o que eu considero uma falácia.
Não vi desse jeito. Quando ele fala em "relação simbiótica" entre o empresariado e o governo, não implica necessariamente em corrupção. Ele quer dizer que, se o empresário não está no mínimo a par do que rola nos círculos internos e nas "panelinhas" do governo, a chance de ele ser passado para trás por outros mais bem informados(que também não são necessariamente corruptos) é enorme. Ou seja: independente de ser corrupto ou não, o empresário que não tem bons contatos e não faz lobby junto ao governo, perde várias oportunidades de lucrar. E, em se tratando de capitalismo, quem não lucra, já era.
Por que isso ocorre? Porque no Brasil, como o cara falou, o Estado é onipresente/onipotente(de um jeito ou de outro) em todos os setores relevantes da economia. Essa "promiscuidade" entre o setor público e o privado acaba sendo algo meio que natural e, sem dúvida, "facilita" a corrupção. Uns continuam honestos, outros se corrompem. E vez ou outra, descobrem um Daniel Dantas.
Mas acreditar que, como diz Thomas Hobbes, o mundo é essencialmente mal. QUal a linha de raciocínio? O mais ético é o pobre? Ou é pobre porque é mais ético?? Não sei responder.
Pelo que conheço de Hobbes e outros conservadores, essa galera não crê que o mundo é "essencialmente mau"(não assim ao pé-da-letra). Eles apenas acreditam que "a ocasião faz o ladrão". O ponto de vista é: se as pessoas sabem que o Estado é fraco e não vai punir ninguém caso cometam trangressões e abusos à lei, a chance de elas cometerem transgressões e abusos aumenta. Essas transgressões se traduziriam em coisas como se embebedar ao volante, bater na mulher ou mesmo passar do sinal vermelho.
Com um Estado forte, as pessoas sabem que a qualquer transgressão e abuso serão punidos e evitarão ao máximo "passar do sinal vermelho", "bater na mulher" ou se "embebedar ao volante". É essa a essência da coisa.
Quem está certo? O EUA é o bastião da liberdade individual, ou um país no qual a polícia lida com a probabilidade e se previne?
As duas coisas. Quando se fala em lidar com a probabilidade e se prevenir, não quer dizer que vão punir crimes que sequer aconteceram ainda. "Prevenção" é a polícia estar a postos, pronta para enquadrar qualquer um que se atreva a transgredir a lei, a cometer um crime. Ou seja, o "bastião da liberdade individual" é o país que se prepara para tudo, que se preocupa em vigiar e punir quando acontece, sem desrespeitar os direitos individuais, é claro.
Apesar de alguns retrocessos(como a lei que o Bush aprovou para violar a privacidade de qualquer americano "suspeito" de terrorismo), os EUA ainda são, apesar de tudo, o país que melhor encarna essa idéia. Lá, empresários corruptos são presos em seu próprio local de trabalho e juiz nenhum dá ordem de soltura(vide o caso dos executivos da Enron).
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Devil Boy Veterano |
# jul/08 · Editado por: Devil Boy
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Concordo que o povo brasileiro é essencialmente corrúpto... é o povo que bebe e dirije (e acha errado quando proíbem), é o povo que compra drogas sem se importar com o fim que seu dinheiro tem na mão do traficante... é o povo que pirateia DVDs e CDs e por aí vai.
Não por isso. No caso da pirataria de arquivos, a coisa é em nível mundial. E a tendência é só cada vez mais generalizar. Adivinha por quê? Porque os Estados em todo o mundo(inclusive os EUA) são impotentes em fazer valer qualquer proibição aos downlods ilegais. Até agora, é uma impossibilidade mesmo. E se o Estado é fraco em punir, a coisa só vai piorar. Novamente, essa é a idéia de Hobbes: a ocasião faz o ladrão; quanto mais impunidade o Estado permite, mais ladrões haverá.
Sobre "achar errado" a proibição das drogas ou do álcool para quem dirige, não é um exemplo de corrupção. É questão de discordância mesmo. Como você mesmo disse, as pessoas "acham errado quando proíbem". Se acham errado, sempre vão preferir fazer aquilo que acham certo. Se fossem corruptas, pensariam: "É errado mesmo, e daí? Faço mesmo assim." Provavelmente é isso o que o Dantas estava pensando em sua última tentativa de suborno.
Quando você diz que a simples discordância sobre a validade de uma lei é um exemplo de "corrupção" ou "perversão moral", acaba cometendo o mesmo erro de alguns articulistas do Mídia Sem Máscara, que afirmam que quem discorda de sua opinião é "degenerado moral" da esquerda.
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Ronin Veterano |
# jul/08
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Devil Boy Por que isso ocorre? Porque no Brasil, como o cara falou, o Estado é onipresente/onipotente(de um jeito ou de outro) em todos os setores relevantes da economia. Essa "promiscuidade" entre o setor público e o privado acaba sendo algo meio que natural e, sem dúvida, "facilita" a corrupção. Uns continuam honestos, outros se corrompem. E vez ou outra, descobrem um Daniel Dantas.
E existe algum lugar no mundo, excessão feita aos vilarejos mais isolados da China, aonde o estado não seja presente o suficiente para existir esta relação? Digo isto porque o que mais vejo é empresário/agricultor defender a estado mínimo (redução de impostos, liberdade econômica e etc...) e correr para os braços do estado toda vez que a coisa aperta.
O pessoal do MSM usa os EUA como exemplo de Liberdade Econômica (inclusive, um colunista, semanas atrás, disse que esta liberdade econômica e individual é que fez dos EUA a "mais bem suscedida civilização de todos os tempos). Mas semana passada o governo teve de correr atrás e injetar dinheiro do estado em duas empresas de hipotecas que estavam prestes a falir, pois a falência das duas poderia significar uma hecatombe econômica aos EUA.
O que é melhor? Estado presente? Ausênte? Um meio termo? A corrupção deixa de existir quando some esta relação estado/economia, ou ela simplesmente muda de foco e direção? Em resumo, existe uma solução para esta questão?
O ponto de vista é: se as pessoas sabem que o Estado é fraco e não vai punir ninguém caso cometam trangressões e abusos à lei, a chance de elas cometerem transgressões e abusos aumenta. Essas transgressões se traduziriam em coisas como se embebedar ao volante, bater na mulher ou mesmo passar do sinal vermelho.
De acordo. Mas será que existe um meio termo ou solução para isto? Até que ponto o estado deixa de ser fraco e se torna fascista? Autoritário?? E até aonde o autoritarismo justifica o bem estar social (medidas anti-terroristas pós 11/setembro).
Infelizmente, ao meu ver, o Brasil está em um ponto crítico, aonde uma mudança de atitude, um estado mais forte e mais punitivo com quem desobedesse a lei, é visto como algo ruim e não bom. E chegamos em um ponto aonde a tentativa de punir estas pessoas atingiria uma parcela enorme da população do país. Corrupção política mesmo, seria uma piada, faltariam pessoas na lista de sucessão para tomar os cargos.
Lá, empresários corruptos são presos em seu próprio local de trabalho e juiz nenhum dá ordem de soltura(vide o caso dos executivos da Enron).
Por outro lado você tem situações terríveis que nunca foram solucionadas. Vide a vitória mal contado do Bush nas últimas eleições. Outro caso que acho interessante foi o fato da emissora FOX ter se "enganado" 3 vezes nestas eleições, e anúnciado uma matéria sobre Barak Obama e ilustrado ela com uma foto do Osama Bin Laden. Caso, na minha opinião, para uma multa pesada e retratação pública da emissora. Mas grita-se "liberdade de imprensa" e tudo fica por isto mesmo.
Se fossem corruptas, pensariam: "É errado mesmo, e daí? Faço mesmo assim." Provavelmente é isso o que o Dantas estava pensando em sua última tentativa de suborno.
Eu não fui claro, mas foi mais ou menos o que eu quis dizer. As pessoas sabem que é errado (como sabe quem fuma, como sabe quem usa drogas), mas opta por transgredir. Dirigir embriagado sempre foi proibido, mesmo antes da Lei Seca, e uma parcela simplesmente absurda de motoristas já dirigiram em condições de embriagues acima da média, e todos sabiam que estavam fazendo errado.
Acho que só não fui bem claro quando coloquei isto no que escrevi.
Deixo claro aqui que não sou esquerdista no sentido de acreditar que o estado deve se intrometer em tudo, principalmente na área econômica. Mas ainda estou em busca de um sistema melhor do que o liberalismo econômico baseado na platocracia, e aonde o estado corre para socorrer as empresas quando elas precisam. Melhor que a linha de pensamento da Direita Liberal, aonde as liberdade individuais devem ser preservadas, desde que não discordem deles... já que são contra pensamentos de esquerda, contra o aborto, e por aí vai.
Este meio termo... este nível até aonde o estado deve interferir na economia e na vida das pessoas, é o que ainda estou para ver. Até lá, vou me contentando com um país aonde todas as instâncias estão corrompidas... e como já sabia Maquiavel, quanto mais poder, maior a corrupção.
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Ronin Mas grita-se "liberdade de imprensa" e tudo fica por isto mesmo.
É que o PIG (até o dos EUA) confude liberdade de imprensa com liberdade da imprensa.
Muito legal a discussão de vcs dois, interessantes os pontos de vista. Mas acho que vcs concordam em mais coisas do q parece ao ler as argumentações e contra-argumentações.
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Ronin Este meio termo... este nível até aonde o estado deve interferir na economia e na vida das pessoas, é o que ainda estou para ver. Até lá, vou me contentando com um país aonde todas as instâncias estão corrompidas... e como já sabia Maquiavel, quanto mais poder, maior a corrupção.
Mas para se chegar ao equilíbrio, muitos países terão que errar e acertar muitas vezes. O problema é que os reacionários consideram que qqer erro pequeno compromete toda a estrutura, e mostra que está tudo errado. Não é assim.
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Devil Boy Veterano |
# jul/08 · Editado por: Devil Boy
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Ronin Editado: Desculpa aí se escrevi demais. Tô redigindo uma tese acadêmica e ando escrevendo pelos cotovelos.
Digo isto porque o que mais vejo é empresário/agricultor defender a estado mínimo (redução de impostos, liberdade econômica e etc...) e correr para os braços do estado toda vez que a coisa aperta.
É claro que quanto mais as empresas forem dependentes do Estado, mais haverá esse tipo de coisa. Apesar disso, não vejo contradição alguma nos empresários defenderem o Estado mínimo e recorrerem ao governo em momento de crise. Lembre-se de que órgãos como o BNDES não geram recursos de qualidade nenhuma. Toda a verba que o governo usa para "salvar" os empresários de uma eventual falência vêm de impostos específicos. E quem paga esses impostos específicos? Os próprios empresários(pelo menos os que não são corruptos e sonegadores).
Isto é... se eles já pagam a "contragosto" os impostos, por que não aproveitar?
(inclusive, um colunista, semanas atrás, disse que esta liberdade econômica e individual é que fez dos EUA a "mais bem suscedida civilização de todos os tempos).
Exceto pela parte do "mais bem sucedida civilização de todos os tempos", concordo com o cara. "Liberdade econômica" é qualquer um poder abrir uma empresa a hora que quiser, para produzir o que quiser, na quantidade que quiser e vender pelo preço que quiser. Essa idéia é colocada em prática nos EUA desde antes mesmo de eles serem um país independente. Certamente isso contribuiu muito para que as empresas de lá se tornassem fortes e altamente competitivas. Somando-se a isso o fato de o capitalismo ser um sistema que só prospera se houver competição em larga escala, você tem pelo menos uma das grandes causas do crescimento econômico daquele país.
Mas semana passada o governo teve de correr atrás e injetar dinheiro do estado em duas empresas de hipotecas que estavam prestes a falir, pois a falência das duas poderia significar uma hecatombe econômica aos EUA.
Aí é que está a pegadinha. Vamos por partes: qual foi a causa dessa recessão do setor imobiliário? Foi a falência das empresas de hipotecas e a especulação resultante dela. O que provocou a falência? As empresas venderam mais hipotecas do que o mercado podia pagar, e acabaram tomando calote. Mas o que levou essas empresas a construir mais casas e vender mais hipotecas, se ninguém podia pagar por elas? Foi o excesso de liquidez(as empresas tinham capital disponível, portanto tinham que investi-lo para continuar lucrando).
Mas aí fica a dúvida: e de onde veio esse excesso de liquidez que provocou todo esse desequilíbrio econômico? Veio do Fed(banco central deles), que injetou dinheiro na economia(através das taxas de juros) por três anos consecutivos até que a "bolha" estourasse e começasse a reação em cadeia. Ou seja, foi a própria intervenção do governo na quantidade de liquidez do mercado que deu origem a essa recessão.
Conclusão: nos EUA, realmente existe muita liberdade econômica, mas ainda há certas políticas intervencionistas(principalmente do Federal Reserve) que às vezes põem tudo a perder. É algo que ainda tem que ser melhorado por eles.
A corrupção deixa de existir quando some esta relação estado/economia, ou ela simplesmente muda de foco e direção?
Bem... deixar de existir não vai deixar nunca. Sempre haverá alguém que ache um jeito de burlar a lei. Mas que isso pode ser dificultado, acabando-se com essa farra entre o público e o privado, com certeza, pode.
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Devil Boy Veterano |
# jul/08 · Editado por: Devil Boy
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Mas será que existe um meio termo ou solução para isto? Até que ponto o estado deixa de ser fraco e se torna fascista? Autoritário?? E até aonde o autoritarismo justifica o bem estar social (medidas anti-terroristas pós 11/setembro).
Não confunda Estado forte com Estado autoritário. Não é preciso viver em uma ditadura fascista para que a lei seja cumprida. Muito pelo contrário: são governos desse tipo os que mais descumprem a própria lei, quando declaram "culpado" e lincham, ao invés de julgar justamente.
Por outro lado você tem situações terríveis que nunca foram solucionadas. Vide a vitória mal contado do Bush nas últimas eleições.
Eu já desisti de tentar entender o sistema eleitoral deles.
a emissora FOX ter se "enganado" 3 vezes nestas eleições, e anúnciado uma matéria sobre Barak Obama e ilustrado ela com uma foto do Osama Bin Laden. Caso, na minha opinião, para uma multa pesada e retratação pública da emissora.
Não foi a NBC? Mesmo que fosse com a intenção de sacanear o Obama, esse tipo de coisa lá é muito comum. Muito comum mesmo. Tem até uma comentarista política, a Ann Coulter, que diz abertamente que os democratas são "inimigos da pátria". Nos EUA, isso não dá em nada porque a mídia, principalmente a televisiva, nunca foi obrigada por lei a ser imparcial com ninguém. Os jornalistas podem falar o que quiser, desde que não chegue no nível de calúnia. Da mesma forma, eles podem ser esculachados publicamente por quem discorda das besteiras que eles falam. A mentalidade de lá é: "quem fala o que quer, ouve o que não quer".
Na minha opinião, isso é bem melhor do que criar um órgão de censura nos moldes de um "conselho federal de jornalismo", em que o governo dita o que é "aceitável" ou não sair na mídia.
As pessoas sabem que é errado (como sabe quem fuma, como sabe quem usa drogas), mas opta por transgredir. Dirigir embriagado sempre foi proibido, mesmo antes da Lei Seca
O que eu quis dizer foi: quem bebe uma taça de vinho no restaurante e volta para casa dirigindo não acha que está fazendo algo errado(antes não era crime, mas agora é). Por isso eu disse que casos desse tipo são de discordância sobre a validade da lei, não de corrupção.
Sobre as drogas ilícitas, certamente há quem ache que não é moralmente errado consumi-las. Por isso, querem a legalização. Manifestar-se pela legalização não é ser corrupto, é discordar da proibição.
Mas ainda estou em busca de um sistema melhor do que o liberalismo econômico baseado na platocracia, e aonde o estado corre para socorrer as empresas quando elas precisam.
Veja bem... o Liberalismo não defende a plutocracia ou que devemos deixar o mercado "ao léu". Essa é uma idéia ultrapassada. A direita defende apenas que o mercado seja livre de qualquer tipo de coação. Essa coação pode ser feita tanto pelo Estado(quando ele intervém na economia) quanto por empresários que ficam de conluio para controlar os preços e acabar com a competição(são os chamados "monopólios").
De que adiantaria acabar com o dirigismo estatal da economia, e substituí-lo pelo dirigismo dos monopólios(plutocracia)? Isso é trocar seis por meia dúzia. O que a direita defende é uma legislação rigorosa e minuciosa, que impossibilite tanto o Estado quanto os empresários de interferirem na concorrência de mercado. Ou seja, por mais paradoxal que pareça, para que haja "livre mercado", é preciso que a liberdade econômica seja protegida juridicamente nos mínimos detalhes.
Melhor que a linha de pensamento da Direita Liberal aonde as liberdade individuais devem ser preservadas, desde que não discordem deles...
Ah, dá um tempo. Os caras do MSM estão longe de ser o bastião da direita, seja liberal ou conservadora. Salvo agumas exceções, estão praticamente no mesmo nível que a demente da Ann Coulter. Além disso, nenhum "defensor da liberdade individual" jamais tentaria calar quem o critica. Podem até chamar de "vendido da esquerda", mas jamais tentariam censurar. (se bem que pelos critérios deles, eu também seria um conspirador da esquerda)
É aquela coisa: "Posso não concordar com uma única palavra do que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-la."
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Ronin Veterano |
# jul/08
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Devil Boy, saiba que li cada linha do que você escreveu, e sou obrigado a concordar com o r2s2... concordamos em mais coisas do que deixa a crêr nossas conversas.
Somando-se a isso o fato de o capitalismo ser um sistema que só prospera se houver competição em larga escala, você tem pelo menos uma das grandes causas do crescimento econômico daquele país.
Ainda assim tem um lado dos EUA que mostra um país que evade divisas profissionais para buscar mercados com menos impostos, principalmente empregatícios. Como buscar profissionais de telemarketing e SAC em países do oriente médio, Índia, bem como profissionais da área da informática (também na Índia). Hoje em dia empresas como IBM possuem sua força de programação na Índia, aonde os impostos são menores.
Não confunda Estado forte com Estado autoritário. Não é preciso viver em uma ditadura fascista para que a lei seja cumprida. Muito pelo contrário: são governos desse tipo os que mais descumprem a própria lei, quando declaram "culpado" e lincham, ao invés de julgar justamente.
Concordo plenamente. Mas precisaríamos, ao menos no Brasil, um movimento controlado e suave nesta direção. Como foi comentado em outro tópico, trocarmos de um dia para o outro um sistema que pune os culpados por todos os crimes, de forma exemplar, iria sobrecarregar o sistema legal por um bom tempo.
Esta velocidade de processo é que imagino ser algo complicado de alcançar.
Não foi a NBC? Uma vez, ao menos, foi a FOX. Pelo que acompanhei na TV. O reporter falou que não era a primeira vez... então é possível que tenha acontecido em outras também.
Veja bem... o Liberalismo não defende a plutocracia ou que devemos deixar o mercado "ao léu". Essa é uma idéia ultrapassada.
Talvés eu tenha uma visão equivocada disto pelo fato de que a maioria dos "liberais" que conheço são adoradores do MSM. Acho que, depois de conversar com você, eles talvez não sejam os melhores exemplos do grupo.
De que adiantaria acabar com o dirigismo estatal da economia, e substituí-lo pelo dirigismo dos monopólios(plutocracia)?
Isto me lembra o caso BrOI. Saímos de uma época terrível de telefonia estatal (quem lembra sabe como era)... e agora estamos, possivelmente, entrando em uma época de monopólio privado... aonde uma única empresa terá 78% da telefonia nacional nas mãos.
"Posso não concordar com uma única palavra do que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-la." Voltaire. Adoro esta frase.
E não se importe em escrever muito. Quanto mais você escreve, mais eu aprendo. ;)
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Devil Boy É claro que quanto mais as empresas forem dependentes do Estado, mais haverá esse tipo de coisa. Apesar disso, não vejo contradição alguma nos empresários defenderem o Estado mínimo e recorrerem ao governo em momento de crise. Lembre-se de que órgãos como o BNDES não geram recursos de qualidade nenhuma. Toda a verba que o governo usa para "salvar" os empresários de uma eventual falência vêm de impostos específicos.
Mas ele estava falando dos EEUU, onde se pode dizer que as empresas são as menos dependentes do governo. O governo lá praticamente só regulariza as atividades, por meio de suas agências reguladoras que têm poderes quase normativos (normativos na verdade). Se bem que vc sabe mais disso do q eu.
Exceto pela parte do "mais bem sucedida civilização de todos os tempos", concordo com o cara. "Liberdade econômica" é qualquer um poder abrir uma empresa a hora que quiser, para produzir o que quiser, na quantidade que quiser e vender pelo preço que quiser. Essa idéia é colocada em prática nos EUA desde antes mesmo de eles serem um país independente. Certamente isso contribuiu muito para que as empresas de lá se tornassem fortes e altamente competitivas. Somando-se a isso o fato de o capitalismo ser um sistema que só prospera se houver competição em larga escala, você tem pelo menos uma das grandes causas do crescimento econômico daquele país.
Vários fatores ajudaram os EEUU, mas o q eu acho fundamental para eles dominarem o século XX foram as 2 grandes guerras.
A América é um dínamo, eles são foda, mas ajudou muito a Inglaterra ter gastado rios de dinheiro, fomentando a indústria americana. Acho que ninguém mais acredita que a política de não-engajamento tenha sido um lampejo pacifista americano, mas sim uma bela desculpa para fornecer armamentos e não ter que entrar na guerra.
Aí é que está a pegadinha. Vamos por partes: qual foi a causa dessa recessão do setor imobiliário? Foi a falência das empresas de hipotecas e a especulação resultante dela. O que provocou a falência? As empresas venderam mais hipotecas do que o mercado podia pagar, e acabaram tomando calote. Mas o que levou essas empresas a construir mais casas e vender mais hipotecas, se ninguém podia pagar por elas? Foi o excesso de liquidez(as empresas tinham capital disponível, portanto tinham que investi-lo para continuar lucrando).
Mas aí fica a dúvida: e de onde veio esse excesso de liquidez que provocou todo esse desequilíbrio econômico? Veio do Fed(banco central deles), que injetou dinheiro na economia(através das taxas de juros) por três anos consecutivos até que a "bolha" estourasse e começasse a reação em cadeia. Ou seja, foi a própria intervenção do governo na quantidade de liquidez do mercado que deu origem a essa recessão.
Não foi só isso. Na verdade a bolha só estourou por causa disso, mas ela inchou antes, devido à falta de regulamentação dos mercados de hipoteca. Havia empresas com alavancagem financeira de 80%! Isso com ótimos pagadores já é um absurdo, imagina com maus pagadores, como os subprimes? Isso tinha que ser regulamenado antes, estabelecidos limites e outras coisas.
Conclusão: nos EUA, realmente existe muita liberdade econômica, mas ainda há certas políticas intervencionistas(principalmente do Federal Reserve) que às vezes põem tudo a perder. É algo que ainda tem que ser melhorado por eles.
Eu acho que o FED tem feito um ótimo trabalho, seja com o Greenspan , seja com o Bernanke. Quem teria culhões de colocar juros negativos? O Bernanke colocou, para aumentar a liquidez nessa turbulência.
O problema é que só olhamos o lado monetário da parada, pq é que a imprensa chama mais atenção. Mas tem que lembrar do lado fiscal tb, e isso não é função do FED.
Não foi a NBC? Mesmo que fosse com a intenção de sacanear o Obama, esse tipo de coisa lá é muito comum. Muito comum mesmo. Tem até uma comentarista política, a Ann Coulter, que diz abertamente que os democratas são "inimigos da pátria". Nos EUA, isso não dá em nada porque a mídia, principalmente a televisiva, nunca foi obrigada por lei a ser imparcial com ninguém. Os jornalistas podem falar o que quiser, desde que não chegue no nível de calúnia. Da mesma forma, eles podem ser esculachados publicamente por quem discorda das besteiras que eles falam. A mentalidade de lá é: "quem fala o que quer, ouve o que não quer".
Tem razão, aquela capa da Times do O.J. Simpson levou o editor dela a pedir desculpas pela manipulação, além de todos esses lances dessa campanha agora, eles pedem desculpas pelo que outros fizeram em nome deles! Exemplo aquele pastor que era guru do Obama.
Ah, e quando vão fazer isso com o Reinaldo Azevedo publicamente? Aquele lance que ele falou do Obama que o Ronin citou é uma pérola!
O que eu quis dizer foi: quem bebe uma taça de vinho no restaurante e volta para casa dirigindo não acha que está fazendo algo errado(antes não era crime, mas agora é). Por isso eu disse que casos desse tipo são de discordância sobre a validade da lei, não de corrupção.
É discordância mesmo, mas é crime. Num ambiente de impunidade como vivemos, isso se confunde com corrupção (claro, não literalmente), pq o cara comete o que ele sabe q é crime, mas o faz sabendo que não será punido. O que ele faz num é pela discordância, mas pela previsão de impunidade.
De que adiantaria acabar com o dirigismo estatal da economia, e substituí-lo pelo dirigismo dos monopólios(plutocracia)? Isso é trocar seis por meia dúzia.
Mas se a democracia evoluir isso não será assim. Se a população realmente exercer sua "soberania" o dirigismo estatal na verdade será o dirigismo do povo. Claro que o povo precisa ser bem informado, e para isso a imprensa terá que evoluir também.
Vale lembrar que na Suíça tem plebiscito quase toda semana. Já fizeram um para decidir se um urso ia ficar ou não no Zôo!
E outra, a democarcia não é o regime de governo definitivo. Ela pode e vai evoluir para algo superior. Basta lembrar uma citação do tio Churchill dizendo que a democracia é a pior forma de governo que existe, exceto por todas as outras formas já tentadas até hoje.
Ah, dá um tempo. Os caras do MSM estão longe de ser o bastião da direita, seja liberal ou conservadora. Salvo agumas exceções, estão praticamente no mesmo nível que a demente da Ann Coulter. Além disso, nenhum "defensor da liberdade individual" jamais tentaria calar quem o critica. Podem até chamar de "vendido da esquerda", mas jamais tentariam censurar. (se bem que pelos critérios deles, eu também seria um conspirador da esquerda)
Mas às vezes é melhor que os homens de bem censurem os maus. A questão é que os "bons" se corrompem, mas temos que descobrir uma forma de resolver isso, em vez de jogar para escanteio essas idéias.
Aquele documentário do Michael Moore (um babaca, mas que mostra coisas interessantes) sobre o sistema de saúde americano deixa bem claro o perigo dos "maus" falarem o que quiserem. Inventaram toda uma paranóia sobre a "saúde socializada" e hoje eles se ferram nas mãos dos seguros de saúde, e era tudo mentira!
Eu postei um texto aqui nesse tópico sobre um assassinato de reputação. Tem que lembrar tb dos papéis do pentágono e dos arquivos da ditadura.
Tem horas que precisamos decidir o que é certo e o que é errado e erradicar o errado. Matar é errado, então prisão para todos, claro que dentro da questão de culpa e dolo.
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Ronin Concordo plenamente. Mas precisaríamos, ao menos no Brasil, um movimento controlado e suave nesta direção. Como foi comentado em outro tópico, trocarmos de um dia para o outro um sistema que pune os culpados por todos os crimes, de forma exemplar, iria sobrecarregar o sistema legal por um bom tempo.
Não ia! A lentidão do Judiciário tem outros motivos. A legislação processual é uma zona, e dá brechas para tudo. Se Deus quiser, as súmulas vinculantes e as súmulas impeditivas de recursos vão desafogar o Judiciário.
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Hahaha, eu nem vi o Casseta ontem, mas o PHA colocou isso no site dele, achei legal!
. "Você prende o galã da novela das seis (Daniel Dantas) e antes da novela das sete ele já está solto", disse um comediante, no papel de agente da Polícia Federal.
. Numa claquete, entre blocos do programa, "banqueiro fica preso em engarrafamento e juiz manda soltar".
Hahahahahahaha
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Devil Boy Veterano |
# jul/08
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Ronin Como buscar profissionais de telemarketing e SAC em países do oriente médio, Índia, bem como profissionais da área da informática (também na Índia).
Isso aí é a globalização mesmo. Há uns anos, a Petrobrás queria construir uma plataforma em Cingapura, porque no Brasil o custo era maior. Foi uma confusão danada no horário eleitoral.
Esta velocidade de processo é que imagino ser algo complicado de alcançar.
E não tem a ver só com o fato de que "teríamos que prender metade da população" ou a "legislação processual ser uma zona".
Os próprios juízes e advogados estão sentindo que o conceito de "justiça" em que eles se baseiam está ultrapassado. A coisa atingiu um ponto em que não há mais volta: ou muda ou cai tudo.
Saímos de uma época terrível de telefonia estatal (quem lembra sabe como era)... e agora estamos, possivelmente, entrando em uma época de monopólio privado... aonde uma única empresa terá 78% da telefonia nacional nas mãos.
É lógica simples, mas matadora: quando não há mais competição, o cartel(ou a empresa estatal) passa a dar as cartas, ditando os preços e não se preocupa mais em oferecer um serviço de qualidade. Afinal, ela é a única que pode prestar esse serviço...
E não se importe em escrever muito. Quanto mais você escreve, mais eu aprendo.
A página já está demorando até para carregar. ahahaha.
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Devil Boy Veterano |
# jul/08 · Editado por: Devil Boy
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r2s2 O governo lá praticamente só regulariza as atividades, por meio de suas agências reguladoras que têm poderes quase normativos (normativos na verdade). Se bem que vc sabe mais disso do q eu.
Não só regulando. O governo deles é um dos maiores emitidores de crédito da praça. A diferença de cá, é que lá esse crédito não vem dos impostos dos empresários, mas em forma de "liquidez". Deixa eu explicar: como você mesmo sabe, o Fed teve a moral até de colocar os juros em um patamar negativo. O que isso significa exatamente? Que o Fed "colocou" dinheiro na conta dos bancos e fundos de financiamento suficiente para que eles fornecessem capital para as empresas a "juros negativos". Basicamente, é assim que aumentam a liquidez do mercado ou de um setor em específico.
O problema começa aí: de onde veio esse dinheiro que o Fed usou para realizar essa operação e aumentar monstruosamente a liquidez do mercado? Se não veio dos impostos, veio de onde? Simples: de lugar nenhum. É isso aí: o Fed literalmente "cria" dinheiro com uma canetada, para "estimular a economia" ou seja lá o que for. Esse dinheiro antes não existia, mas agora existe. O fluxo de moeda circulante é aumentado artificialmente, sem que a economia ou o poder aquisitivo das pessoas tenha crescido também. É isso que provoca o desequilíbrio que leva às crises e à "estagflação".
O próprio Greenspan já disse que esse comportamento habitual do Fed(criar dinheiro que não existe), apesar de ser o plano-padrão para aquecer a economia, é o que acaba provocando as chamadas "crises cíclicas" do capitalismo, entre elas aquela de 29, que ferrou com o mundo inteiro. Tenho até uma citação dele aqui:
"O crédito adicional que o FED injetou na economia se espalhou para o mercado financeiro - provocando um crescimento especulativo fantástico. Em 1929 os desequilíbrios especulativos tinham-se tornado tão exagerados que a tentativa de enxugar as reservas adicionais precipitou uma aguda retração e a consequente desmoralização da confiança dos empresários. Em conseqüência, a economia americana desmoronou." (Alan Greenspan. Pág. 73. Capitalismo: o ideal desconhecido. RAND, AYN)
Qualquer semelhança com a crise atual não é mera coincidência.
A América é um dínamo, eles são foda, mas ajudou muito a Inglaterra ter gastado rios de dinheiro, fomentando a indústria americana.
Na verdade, a Inglaterra não investiu um centavo na colonização americana. Os primeiros imigrantes "ianques" eram na maioria exilados políticos/criminosos(holandeses) ou vítimas de perseguição religiosa(ingleses), que chegavam no país e eram deixados para se virar por sua própria conta. Ou seja, basicamente os EUA foram uma "colônia de degredados", formada por pessoas que eram consideradas "inimigos do rei" em seus países de origem.
Tanto é que o estopim que provocou a guerra de independência foi justamente o fato de a Inglaterra nunca ter dado a mínima para eles e, de repente, quando viu que a as colônias cresciam e prosperavam, resolver tirar vantagem da situação. O rei da época tinha colocado imposto até no chá que era produzido por eles.
Acho que ninguém mais acredita que a política de não-engajamento tenha sido um lampejo pacifista americano, mas sim uma bela desculpa para fornecer armamentos e não ter que entrar na guerra.
Não estou aqui defendendo nem puxando o saco dos EUA. Em se tratando de política externa, eles sempre foram os filhos da puta-mor. Só estou falando sobre um(houve outros mesmo) dos fatores que contribuíram muito para eles se afirmarem como potência econômica. E foi o fato de eles serem primeiramente uma potência econômica que possibilitou que eles se tornassem uma potência militar. Não o contrário.
O problema é que só olhamos o lado monetário da parada, pq é que a imprensa chama mais atenção. Mas tem que lembrar do lado fiscal tb, e isso não é função do FED.
Na verdade, eu acho que é justo o inverso. Desde sempre, se atribui essas crises à falta de regulamentação e "freio" dos empresários, o que levaria à superprodução. Quer dizer... essa idéia de que o mercado precisa de controle para não passar dos limites já faz parte do senso comum. Sou "jovem" demais para acompanhar isso, mas nunca vi ninguém da imprensa falando o contrário.
Na verdade a bolha só estourou por causa disso, mas ela inchou antes, devido à falta de regulamentação dos mercados de hipoteca. Havia empresas com alavancagem financeira de 80%!
Ela já havia inchado por causa do próprio excesso de liquidez. Se construíram mais imóveis(e venderam mais hipotecas) do que o mercado podia pagar, é porque já possuíam o capital, em quantidade excessiva, disponível para isso. Esse "capital excessivo" não poderia jamais ser proveniente do próprio lucro das empresas. Se fosse assim, a situação teria se mantido equilibrada porque a economia teria crescido como um todo.
O tal "capital em excesso", por uma questão de definição mesmo, só pode ter vindo das operações do Fed, que "criam dinheiro onde não existe".
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Devil Boy Veterano |
# jul/08 · Editado por: Devil Boy
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Tem razão, aquela capa da Times do O.J. Simpson levou o editor dela a pedir desculpas pela manipulação, além de todos esses lances dessa campanha agora, eles pedem desculpas pelo que outros fizeram em nome deles!
Eu não disse que pediam desculpas. Disse que a coisa mais comum lá é alguém da mídia meter o pau em outro alguém da mídia, por coisas desse tipo. Direito de resposta é o que não falta por lá(apesar de não ser feito necessariamente na própria emissora ou revista que provocou a coisa).
Ah, e quando vão fazer isso com o Reinaldo Azevedo publicamente?
E já não fazem? ahahahaha. Certamente o que não falta por aí é gente na mídia descendo a lenha em Diogo Mainardi e o tio Rei(não chamam até de Partido da Imprensa Golpista?). Você acha pouco chamar alguém de subversivo e conspirador? (quem se ofende com o pessoal do MSM que o diga).
O que ele faz num é pela discordância, mas pela previsão de impunidade.
De acordo. Mas veja que estávamos falando justamente de achar a lei errada, não de violá-la. Olha só: é o povo que bebe e dirije (e acha errado quando proíbem).
Mas se a democracia evoluir isso não será assim. Se a população realmente exercer sua "soberania" o dirigismo estatal na verdade será o dirigismo do povo.
Vou tentar resumir e simplificar isso o máximo que puder: o Liberalismo não parte da idéia de que o mercado não deve ser a favor do povo. Muito pelo contrário: o mercado existe para satisfazer as necessidades das pessoas, isto é, o mercado é o próprio povo.
O problema é o seguinte: cada pessoa é um "universo" em si mesma. Cada um tem a sua própria "curva de demanda". Nenhuma pessoa precisa necessariamente das mesmas coisas ao mesmo tempo e nas mesmas quantidades que outro alguém. Uns querem carro, outros preferem moto. Outros querem usar o carro em dia de chuva e a moto em dia de sol. Quer dizer, para cada pessoa existe uma infinidade de possibilidades. Multiplique isso por 200 milhões de pessoas.
Em outras palavras, aquilo que se chama de "bem estar social" é uma quantidade de informações virtualmente infinita(!). Nenhuma pessoa, governo, organização popular, monopólio privado, ou o que quer que seja, pode deter esse conhecimento todo. Isto é, nenhuma tentativa de dirigismo central pode realizar o tal "bem estar social". É uma impossibilidade lógica mesmo.
Toda e qualquer tentativa de dirigismo central sempre esbarra no mesmo erro: ignora a maior parte das informações que são necessárias para planejar a economia da forma "correta". Por isso o Liberalismo é contra o dirigismo centralizado(seja ele estatal ou privado): porque não importa o que se tente, nunca será eficiente e jamais desenvolverá todo o potencial econômico. Vide o caso da União Soviética, em que as pessoas tinham que ficar horas em filas para receber os próprios sapatos.
Percebe-se então que o único jeito de tornar o sistema econômico eficiente é fazendo um dirigismo "descentralizado" e "livre", em que cada pessoa administra os seus próprios recursos da maneira que lhe for mais conveniente. Ou seja, o problema da "informação infinita" é resolvido quando cada pessoa é responsável por uma pequena parte dela. É nisso que se baseia toda a idéia de "liberdade econômica" e "competição de mercado".
Vale lembrar que na Suíça tem plebiscito quase toda semana. Já fizeram um para decidir se um urso ia ficar ou não no Zôo!
A Suíça não tem estados, tem "cantões". ahahahaha. Quando é viável, a democracia direta(ou participativa) funciona bem, sim. Principalmente na Grécia antiga, que foi onde inventaram essa história. Mas até agora, não tenho motivo para acreditar que isso seja viável em um país muito populoso. Veja só: para a democracia participativa funcionar, precisaríamos de pelo menos uma dúzia de assembléias, conselhos e os mais variados órgãos comunitários, para cada cidade com 1 milhão de habitantes. Quem iria manter tudo isso funcionando de forma coesa e eficiente? Autoridades eleitas por uma... democracia representativa? ehehehe. Em essência, não mudaria nada. É algo contraditório demais.
Basta lembrar uma citação do tio Churchill dizendo que a democracia é a pior forma de governo que existe, exceto por todas as outras formas já tentadas até hoje.
Só uma curiosidade... até pouco antes de começar a segunda guerra mundial, Churchill também dizia que o regime nazista era um exemplo para o mundo. ehehehe.
E outra, a democarcia não é o regime de governo definitivo.
Até chegarmos lá, devemos nos planejar para a realidade que já existe.
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Devil Boy Não só regulando. O governo deles é um dos maiores emitidores de crédito da praça. A diferença de cá, é que lá esse crédito não vem dos impostos dos empresários, mas em forma de "liquidez". Deixa eu explicar: como você mesmo sabe, o Fed teve a moral até de colocar os juros em um patamar negativo. O que isso significa exatamente? Que o Fed "colocou" dinheiro na conta dos bancos e fundos de financiamento suficiente para que eles fornecessem capital para as empresas a "juros negativos". Basicamente, é assim que aumentam a liquidez do mercado ou de um setor em específico.
O problema começa aí: de onde veio esse dinheiro que o Fed usou para realizar essa operação e aumentar monstruosamente a liquidez do mercado? Se não veio dos impostos, veio de onde? Simples: de lugar nenhum. É isso aí: o Fed literalmente "cria" dinheiro com uma canetada, para "estimular a economia" ou seja lá o que for. Esse dinheiro antes não existia, mas agora existe. O fluxo de moeda circulante é aumentado artificialmente, sem que a economia ou o poder aquisitivo das pessoas tenha crescido também. É isso que provoca o desequilíbrio que leva às crises e à "estagflação".
Num é bem isso, o FED não "cria"dinheiro. Diminuir os juros para juros negativos é deixar a taxa básica menor que a inflação. Com isso, os investidores num ganham nada (na verdade perdem) com títulos do governo e garantias (que são relativamente fixos, tipo aprisionam o dinheiro), aí realocam esse capital para outros investimentos, o que injeta toneladas de grana no mercado, gerando essa liquidez.
Acho q vc está confundindo com lastro, que antes era ouro, aí mudou. Foi isso que aconteceu em 29, eles criavam dinheiro sem lastro. Cortar juros é bem diferente.
Na verdade, a Inglaterra não investiu um centavo na colonização americana. Os primeiros imigrantes "ianques" eram na maioria exilados políticos/criminosos(holandeses) ou vítimas de perseguição religiosa(ingleses), que chegavam no país e eram deixados para se virar por sua própria conta. Ou seja, basicamente os EUA foram uma "colônia de degredados", formada por pessoas que eram consideradas "inimigos do rei" em seus países de origem.
Tanto é que o estopim que provocou a guerra de independência foi justamente o fato de a Inglaterra nunca ter dado a mínima para eles e, de repente, quando viu que a as colônias cresciam e prosperavam, resolver tirar vantagem da situação. O rei da época tinha colocado imposto até no chá que era produzido por eles.
Não, vc não entendeu. Eu falei da segunda guerra, aí que a Inglaterra injetou grana nos EUA, comprando armamentos e suprimentos.
Na verdade, eu acho que é justo o inverso. Desde sempre, se atribui essas crises à falta de regulamentação e "freio" dos empresários, o que levaria à superprodução. Quer dizer... essa idéia de que o mercado precisa de controle para não passar dos limites já faz parte do senso comum. Sou "jovem" demais para acompanhar isso, mas nunca vi ninguém da imprensa falando o contrário.
Não é bem isso. A regulação que eu citei foi sobre o mercado especulativo e de crédito. Já para produção de bens é até boa uma superprodução temporária, que diminui os preços e acirra a concorrência.
Essa coisa de que deflação é sinal de crise já caiu por terra (um cara ganhou até o Nobel por causa disso), só para certos casos, como retração da economia devido a desemprego.
Ela já havia inchado por causa do próprio excesso de liquidez. Se construíram mais imóveis(e venderam mais hipotecas) do que o mercado podia pagar, é porque já possuíam o capital, em quantidade excessiva, disponível para isso. Esse "capital excessivo" não poderia jamais ser proveniente do próprio lucro das empresas. Se fosse assim, a situação teria se mantido equilibrada porque a economia teria crescido como um todo.
O tal "capital em excesso", por uma questão de definição mesmo, só pode ter vindo das operações do Fed, que "criam dinheiro onde não existe".
Eu já falei acima, o FED num "cria" mais grana não (só dentro dos limites de crescimento), ele só estimjula o fluxo para outros investimentos.
Eu nunca li sobre isto q vou dizer, mas para mim o excesso de dinheiro num é o problema principal, e sim o imenso fluxo dele. Tanto que os juros fazem isso, "seguram" o dinheiro para que ele não fique voando por aí.
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Devil Boy Percebe-se então que o único jeito de tornar o sistema econômico eficiente é fazendo um dirigismo "descentralizado" e "livre", em que cada pessoa administra os seus próprios recursos da maneira que lhe for mais conveniente. Ou seja, o problema da "informação infinita" é resolvido quando cada pessoa é responsável por uma pequena parte dela. É nisso que se baseia toda a idéia de "liberdade econômica" e "competição de mercado".
Nossa, seu último post foi o com mais aspas que já vi no FCC! Hehehe
Mas voltando, acho que o dirigismo em uma democracia bem desenvolvida tem tudo pra dar certo. E não digo numa ditadura da maioria, mas sim uma conscientização geral que estimule a discussão imparcial sempre que possível.
Sempre citam essas ditaduras como problemáticas, mas temos que lembra do Getúlio Vargas. Não sei exatamente se tudo o que direi foi criado na ditadura dele, mas foram instituídas leis trabalhistas, um salário mínimo decente, mulheres votando, Petrobras e CSN (claro, injeção de grana dos EUA, mas valeu mesmo assim) e várias outras coisas que num me lembro agora.
O problema é achar outro que faça essas coisas, e sem ter que fazer toda a pilantragem que foi necessária.
A Suíça não tem estados, tem "cantões". ahahahaha. Quando é viável, a democracia direta(ou participativa) funciona bem, sim. Principalmente na Grécia antiga, que foi onde inventaram essa história. Mas até agora, não tenho motivo para acreditar que isso seja viável em um país muito populoso. Veja só: para a democracia participativa funcionar, precisaríamos de pelo menos uma dúzia de assembléias, conselhos e os mais variados órgãos comunitários, para cada cidade com 1 milhão de habitantes. Quem iria manter tudo isso funcionando de forma coesa e eficiente? Autoridades eleitas por uma... democracia representativa? ehehehe. Em essência, não mudaria nada. É algo contraditório demais.
Concordo, no Brasil seria dificílimo, por suas dimensões. Mas lá na Suíça num tem plebiscito federal toda semana não, são cerca de um por ano só. Só nos distritos (ou comunas, num lembro) é que tem sempre, e são decisões locais.
Mas mesmo assim num podemos aceitar essas limitações sem atuar para mudá-las.
Vamos falar de novo da Suíça? Pois é, hoje temos a internet com banda larga e certificação digital. Dá pra geral votar todo dia em algo. Vc concorda que isso diminui as dimensôes de um país? Pois é, a Suíça começou os plesbicitos nacionais antes de 1850! Isso mesmo, primeira metade do séc. XIX. Ou seja, não podemos aceitar essas limitações e deixar pra lá, tem que começar, tem que "meter a cabecinha", pq o resto entra fácil!
Ah, não quero comparar Brasil e Suíça, mas que precisamos ter visão e investir no futuro a exemplo deles, isso temos.
Só uma curiosidade... até pouco antes de começar a segunda guerra mundial, Churchill também dizia que o regime nazista era um exemplo para o mundo. ehehehe.
Esse é o problema de demonizar as coisas. Até o nazismo teve seus méritos. Num era só uma força do mal que queria matar judeus e dominar o mundo. Eles tb reergueram a economia alemã (de forma torta, mas fizeram) e estimularam a produção em várias áreas. Antes da questão dos sudetos, a Alemanha era quase que um exemplo para o mundo. O problema foi a loucura de seu alto governo, aí fizeram toda aquela merda. Mas em termos de administração e industrialização eles deram show.
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r2s2 Veterano |
# jul/08
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Mas muito legal a discussãqo nesse tópico. Disparado o que mais gostei até hoje aqui no FCC. Todo mundo se respeitando, dando opiniões, sem tentar desmoralizar.
Muito bom!
Devil Boy e Ronin estão de parabéns, trouxeram ótimas contribuições.
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Ronin Veterano |
# jul/08
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r2s2 Vamos falar de novo da Suíça? Pois é, hoje temos a internet com banda larga e certificação digital. Dá pra geral votar todo dia em algo.
Ainda assim, o percentual de residências no Brasil com computador é de 19%, ou seja, 10,4 milhões de domicílios. É muita coisa (comparado aos 2% de alguns anos atrás), mas ainda não é uma maioria expressiva para que se justifique voto por computador.
Apesar de que, a idéia é boa, e somada com idéias que existem por aí (quem já conversou com John Maddog Hall da Linux Foundation, e seus projetos na África, sabe do que estou falando) de baratear o custo dos computadores, é algo que pode ser levado em frente.
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