Autor |
Mensagem |
Matec Membro |
# abr/13
Quanta gente não manufatura ótimos transformadores de saída. Quantos compram transformadores com todas as especificações do seu ampli favorito. Porquê então a maioria desses clones não fica com o som do amplificador original? Será que estamos perdendo algo? Gostaria de saber sua opinião sobre esse assunto. Obrigado.
|
Nefelibata Veterano |
# abr/13
· votar
Matec
Eu vi um engenheiro dizendo q até a disposição física dos componentes internos, uns em relação aos outros, interfere no som. Ele explicou isso com as capacitâncias parasitas geradas e uma outra coisa q não me lembro.
Mas tem tudo isso, desde marca e tipo dos componentes, até a questão física da montagem. Por exemplo: capacitores cerâmicos dão um som diferente dos de poliester e etc.
Então, tem tudo isso e mais um pouco...
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
Sim Nefelibata, a disposição física dos componentes, principalmente num amplificador valvulado, tem uma importância muito grande, e, se não se tomar cuidado pode fazer com que surjam inclusive oscilações em alta frequência, o que pode destruir uma série de componentes de uma só vez. Mas o eu pretendo discutir mais a fundo é a importância do núcleo do transformador na sonoridade do amplificador, então, aguardo mais opiniões. Abs.
|
Nefelibata Veterano |
# abr/13
· votar
Matec
Mas o eu pretendo discutir mais a fundo é a importância do núcleo do transformador
Ahh tah. É que pelas indagações no corpo do post achei q estava jogando um foco geral, não só nos trafos. Como não entendo de trafo não vou opinar, mas vou acompanhar pra aprender!
abraço
|
edalko Veterano |
# abr/13
· votar
Alguma coisa tem, porque os amplificadores modificados com trafos Mercury Magnetics soam extremamente bem. Não sei se tem a ver com componentes, tipo de montagem ou dimensão. Mas que soam diferentes soam mesmo.
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
edalko
Sim eu li sobre os Mercury, mas também li um comentário de que essas peças, mesmo quando são vendidas como reposição específica de um amplificador, o som não é o mesmo, apesar de ser muito próximo. O comentário partiu de um luthier americano conhecido. Teve uma vez que eu mandei para o conserto um OT de um jcm900 100w. O trabalho ficou bom a ponto de ninguém nunca reclamar do som do ampli , que funciona num estúdio. Logo depois eu pedi para o que fosse feita uma cópia. O trabalho foi bem feito, mas o som, bem o som é genérico.... Abs.
|
carlos adolphs Veterano
|
# abr/13 · Editado por: carlos adolphs
· votar
Matec edalko Nefelibata Buenas! Caros amigos, não há nada de novo nisso. O segredo não existe, apenas o conhecimento, quando não corretamente passado, se perde ou não e ensinado. Lá vai a barbada. O núcleo, em si, é importante, claro, porém são fabricados por poucos e todos tem acesso a sua compra. Então, núcleo bom não é problema. A questão é como são construídos. Existe uma "coisinha" nas leis do trafo de áudio, chamada de "capacitância distribuída". O que é isso? É a capacitância entre os enrolamentos e destes para o núcleo. Capacitância é coisa importante em valvulados, devido a alta impedância, definindo freqüências de passagem, corte e timbres. Assim a coisa funciona da seguinte maneira: se vc construir o trafo simplesmente enrolando o número de espiras na seqüência, um sobre o outro, sua capacitância distribuída será maior para um enrolamento do que para o outro, fazendo que em um trafo push-pull a resposta de freqüência de um ramal seja diferente do outro, causando cancelamentos de freqüência e por consequência timbre pobre. A resistência ôhmica dos enrolamentos também fica diferente, causando diferenças de corrente entre as powers em DC, não em AC, o que faz necessário ter um ajuste de bias ligeiramente diferente de uma em relação a outra. Por isso alguns construtores fazem amplis com ajuste de bias independente de cada power. O correto então seria fazer um enrolamento ordenado. Vamos construir um trafo hipotético como exemplo. Trafo de saída PP com primário de 2 x 3300 ohms e secundário de 8 ohms. Digamos que o projeto me volta o cálculo de 2 X 1200 espiras no primário e 80 espiras no secundário. É hipotético pessoal! Ao iniciarmos o enrolamento, deveremos fazer assim: Sobre a fôrma, vai primeiro parte do secundário(40espiras)sobre ele coloque uma isolação de papel manteiga(suporta alta temperatura). Sobre essa parte do secundário enrole a a primeira parte do primário ramal A(600espiras), isole com papel manteiga . Sobre essa parte do ramal A enrole a primeira parte do ramal B(600espiras), isole com papel manteiga. Enrole agora a segunda parte do secundário(40 espiras), isole com papel. Enrole a segunda parte do ramal A do primário(+600 espiras), isole. Enrole a segunda parte do ramal B( +600 espiras) , isole com papel. Conecte cada seção do primário ramal A e ramal B com suas metades assim como as duas seções do secundário. A seqüência ficou então assim: 1/2 secundário >1/2 primário A>1/2 primário B + 1/2secundário> 1/2 primário A> 1/2 primário B. Vc fez um "Sandwich" de enrolamentos. Intercalados. Por que isso não é normalmente feito? Porque causa 4x mais trabalho, pois além das camadas intercaladas, após ligá-las corretamente em fase, vc deve imergir toda a bobina em verniz para trafos, de modo a deixá-lo rígido, para não "cantar" quando em uso. Isso ocorre com trafos baratos, vc desliga a caixa e "ouve" o trafo tocar. Pronta a bobina, é só montar o núcleo. Aí está mais uma causa do não uso. Vc vai ter que usar um núcleo com janela um nº maior, para poder suportar o isolamento entre camadas, que torna a bobina mais gorda. Esse é o segredo entre um bom trafo e um "merreca". Fica mais trabalhoso, mais caro, porém com resposta estendida e capacitância equilibrada entre enrolamentos . Um legítimo Hi-End. Desculpem a extensão do texto. Abcs e bom Fim de Semana.
|
edalko Veterano |
# abr/13 · Editado por: edalko
· votar
carlos adolphs
Uma aula!!!
Agora me diz, o custo de um trafo decente desses, nos moldes citados (sanduíche-íche), é muito superior para fabricá-lo? As peças são facilmente encontradas ou é preciso customizá-las? Abraços
|
carlos adolphs Veterano
|
# abr/13
· votar
edalko Apenas o custo de um núcleo um pouco maior e sua fôrma, se vc for fabricar. Se mandar fazer, os caras vão cobrar a mais pelo tempo maior para enrolar(homem-hora). Forte abraço Edu!
|
MMI Veterano
|
# abr/13
· votar
carlos adolphs
Legal sua explicação, eu não entendo disso. Só uma suposição...
Conversando com um fabricante de captadores de guitarra custom (nada com trafos), o sujeito me explicou algumas coisas... Ao enrolar o captador, a forma de enrolar, seja um pouco mais para cima, umas voltas a mais para baixo e por aí vai, isso altera o som do mesmo. Por isso para clientes que querem algo custom de verdade ele dá a opção de enrolar pessoalmente o captador, o cliente vai lá, aprende como faz e enrola o seu (ou ele leva o aparelho até o cliente). Ele garante não é exatamente o mesmo som se enrolar 2 vezes o captador. Sei lá o quanto é válido e o quanto é sutil essa questão (acho que a diferença é pouca mesmo), mas suponho que até isso exista também num trafo, provavelmente mais sutil ainda.
|
Winterreise Membro |
# abr/13
· votar
carlos adolphs
Vc sabe de alguma empresa que fabrique trafos com enrolamento ordenado? Algum modelo da Mercury ou Hammond é assim? Tem algum amp de boutique com esse tipo de trafo?
abs.
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
carlos adolphs edalko MMI
Opa! Uma postagem e já recebo uma aula completa! É esta a minha idéia de fórum! Porém eu ainda tenho minha dúvida. Quanto que o núcleo interfere na sonoridade? A respeito do entrelaçamento das camadas estou de acordo, capacitâncias, indutâncias de fuga, ampliação da resposta nos agudos, sim isto é muito relevante. Eu não tenho experiência em hi-end, mesmo assim sei de gente que nesse quesito chega aos extremos e jura que o investimento vale: http://www.audioasylum.com/forums/KandK/messages/3413.html Mas vejamos os transformadores para instrumentos musicais valvulados que temos nos mercados nacional e internacional. Muita gente comenta sobre as diferenças de sonoridade. Digamos que metade dos comentários tem procedência. Então algo existe para ser discutido. Como eu já disse anteriormente, eu tive a experiência de verificar que com o mesmo projeto de transformador, porém com núcleos distintos eu tive dois timbres de amplificador no mesmo aparelho! Um era o núcleo original, e o som ficou original; outro um núcleo nacional de ótima qualidade (M4) o som não é o mesmo. Ambos os enrolamentos haviam sido executados pelos mesmos profissionais, excluindo muito da responsabilidade dos enrolamentos pelas diferenças. Além de trocar conhecimento neste fórum, gostaria de saber se alguém mais teve alguma experiência semelhante. Agradeço desde já!
|
carlos adolphs Veterano
|
# abr/13
· votar
Matec Volto a afirmar, o núcleo ê importante, sim. Quanto ao fato de ser enrolado por profissionais, com respeito, muitos deles não sabem da história de entrelaçamento. Um enrolamento continuo, com o problema de capacitância, vai apresentar muito mais diferenças com núcleos diferentes. A permeancia de cada núcleo o torna diferente. Assim quando vc experimentar núcleos nacionais ou importados, para comparar sem tendências, vc deverá fazer observando caraterísticas como pemeância, seção quadrada, empilhamento, liga do ferro-silício. Deve comparar núcleos de mesma liga. Nacional ou importado não é parâmetro.Abcs. Winterreise Os modelos top de linha tanto da Mercury como Hammond obedecem a norma. MMI Fala grande! De fato, nos áureos tempos dos anos 70, eu enrolava meus catadores e isso é verdade. Não saem dois iguais.Abcs.
|
Matec Membro |
# abr/13 · Editado por: Matec
· votar
carlos adolphs
Sim Carlos. Estamos começando uma boa conversa. Claro os dois trafos que eu citei têem o entrelaçamento 1/4 PriA1 - 1/2 SEc- 1/2 PriA2 -1/2 Sec - 1/4 PriA1 Realmente eu não estava mencionando o fato de ser nacional ou não, nem mesmo ser essa ou aquela marca, e sim a falta de conhecimento dos resultados deste ou daquele material, por parte da maioria das pessoas. Mesmo os profissionais da área.
Por exemplo:
Preciso de um núcleo de um amplificador XX. Eu levo o pedido prá fábrica. O profissional olha e chuta é GO, e pronto! Vc pensa que o cara entende, mas na verdade ele leu em algum lugar que é isso. Da mesma maneira que eu li. (Só muito poucos sabem mesmo!) Mas o chute passa longe da trave...
Eu penso que poderíamos ter um pouco mais de informação sobre o uso prático deste ou daquele material.
Outro exemplo:
Os Handmades do Brasil (e penso que todos os profissionais na área do planeta). Cada um cria um projeto , tenta criar o timbre de seu aparelho que seja uma assinatura: - Ha! Esse ampli é o YYY! Ele tinha em sua oficina vários componentes entre eles um lote de OTs de alguma parte. Entre estes ele separou um que serviu como uma luva para o seu projeto. Aí ele mesmo consegue os specs do trafo e manda fazer 20 iguais prá começar... E o projeto que ele gastou meses para aperfeiçoar tem que voltar prá prancheta. Os Vinte amplis não satisfazem o cliente exigente. Deus sabe quantos atrasos de entrega começaram por aí. Só por que não se tem toda a informação sobre o raio do núcleo. Existem também materiais que não se fabricam mais... (Alguém sabe o que é Vicor (o material, técnica ou magia negra. Qualquer coisa...)) O pessoal talvez devesse começar a exigir e anotar em cada trafo produzido, todas as especificações possíveis, material do núcleo , número de espiras, entrelaçamento, capacitância, Indutância, indutância de dispersão, dimensôes .
Eu sei seria complicado. Mas creio que se poderia tentar no mínimo criar uma database sobre transformadores de saída, (que por muitos é considerado a "alma" (???) do amplificador valvulado.
Bem! Hoje eu não sei se fui claro ou se compliquei mais ainda o tema. Eu acho que estou ficando gripado.
Obrigado pela Paciência. Abs
|
carlos adolphs Veterano
|
# abr/13 · Editado por: carlos adolphs
· votar
Matec Por certo! Quando se fala hoje dos GOs, fica muito genérico, pois dentro da classificação , existem diversas ligas, com permeabilidades diferentes. Não é raro o handmaker comprar os núcleos e ao medir a indutância com sua bobina instalada, verificar que não atinge o valor mínimo do projeto. O material veio com liga diferente, apesar de medidas físicas iguais. Isso tudo se relaciona diretamente ao timbre. A indústria de trafos tem o controle sobre isso, mas o hobbysta não se liga no fato. No meu caso, quando vou fazer alguns trafos para importados ou clones, faço uma bobina simples , de teste , que instalo nos núcleos antes de irem para a montagem definitiva, fazendo a medida dela, cuja indutância conheço , nos núcleos comprados. Não raro tenho que trocá-los na loja, pois não satisfazem. E os caras ainda duvidam..."esse é dos bons... 15000 gauss"...coisa nenhuma! Mesmo os gringos sacaneiam , trafos mais baratos de reposição são os que não passaram no teste do CQ. Assim, um reparo em casa nunca fica igual ao "factory rebuilt". Abcs.
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
carlos adolphs
Veja só! Era nesse ponto que eu estava querendo chegar, experiências, testes, algo palpável, não só um disse-me-disse de vendedor, que olha todo mundo por cima. Como se a verdade só servisse prá ele vender o produto. Bem como eu sugeri uma database, eu mesmo vou organizar e postar algumas poucas características que eu consegui arrancar de algumas pobres peças que caíram nas minhas garras. Vai demorar um tempinho, mas alguma coisa tem que ser feita. Aí se alguém mais decidir ampliar e melhorar as informações estejam à vontade. Até mais. Haaah! Noite péssima. Estou mesmo gripado.
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
Olá a Todos
Bem, como eu havia prometido estou postando uma tentativa de Database sobre Transformadores de Áudio para Valvulados. Alguns ainda funcionam, outros morreram na batalha:
-----O Willkasson AG 4003, Ot do Giannini True Reverber
Resistência Placa a Placa = 92,5 Ohms Resistência Placa1 CT= Resistência Placa2 CT = Número de espiras do primário PP = 1962 esp Número de espiras do secundário 0-4 Ohms = 63 esp Número de espiras do secundário 0-8 Ohms = 90 esp Número de espiras do secundário 0-16 Ohms = Relação de Tensões Vpp/Vsec8r = 21.80 Relação de Espiras Npp/Nsec8r = 1962/90 esp = 21.80 Impedância PrimárioPP/ Sec8r Zpp-s8r=> Z=((Npp/Nsec8r)**2)*8 => Zpp =3801.92 Ohms Núcleo Altura H = Núcleo Largura L = Núcleo Profundidade P = Material Núcleo=
Esse trafo estava estragado e eu desmontei ele inteiro. O entrelaçamento dele não era grande coisa: 10 camadas de primário, 2 de secundário e mais 10 de primário. O núcleo é relativamente pequeno, (não me lembro as dimensões, se alguém tiver e puder medir...), o que empurra para cima a resposta de graves. No entanto a resposta do amplificador me pareceu muito equilibrada.
----O Willkasson AG 4004, Ot do reverber do Giannini True Reverber, etc
Resistência Placa a Placa = 350 Ohms Resistência Placa1 CT= Resistência Placa2 CT = Número de espiras do primário PP = Número de espiras do secundário 0-4 Ohms = Número de espiras do secundário 0-8 Ohms = Número de espiras do secundário 0-16 Ohms = Relação de Tensões Vpp/Vsec8r = 53.26 Relação de Espiras Npp/Nsec8r = 5326 esp/ 100 esp = 53.26 Impedância PrimárioPP/ Sec8r Zpp-s8r=> Z=((Npp/Nsec8r)**2)*8 => Zpp =22693.02Ohms Núcleo Altura H = Núcleo Largura L = Núcleo Profundidade P = Material Núcleo=
Transformador SE driver para reverb não tem entrelaçamento. É primário e secundário. Não me lembro, mas deve ter um gap
----O Willkasson AG 4008, Ot do Giannini Tunder Sound
Resistência Placa a Placa = 166 Ohms Resistência Placa1 CT= Resistência Placa2 CT = Número de espiras do primário PP = 166 Ohms Número de espiras do secundário 0-4 Ohms = Número de espiras do secundário 0-8 Ohms = Número de espiras do secundário 0-16 Ohms = Relação de Tensões Vpp/Vsec8r = 286v/12.8v =22.34 Relação de Espiras Npp/Nsec8r = 22.34 Impedância PrimárioPP/ Sec8r Zpp-s8r=> Z=((Npp/Nsec8r)**2)*8 => Zpp =3993.95 Ohms Núcleo Altura H = Núcleo Largura L = Núcleo Profundidade P = Material Núcleo=
Esse ainda está por aqui, mais tarde eu pego mais specs dele
----O Drake 784-139 OT do JCM800 e Master volume 50w
Resistência Placa a Placa = 84Ohms Resistência Placa1 CT= Resistência Placa2 CT = Número de espiras do primário PP = 1712 Número de espiras do secundário 0-4 Ohms = 60 esp Número de espiras do secundário 0-8 Ohms = 84 esp Número de espiras do secundário 0-16 Ohms = 120 esp Relação de Tensões Vpp/Vsec8r = 20.38 Relação de Espiras Npp/Nsec8r = 1712 esp/ 84 esp = 20.38 Impedância PrimárioPP/ Sec8r Zpp-s8r=> Z=((Npp/Nsec8r)**2)*8 => Zpp =3323.07 Ohms Núcleo Altura H = Núcleo Largura L = Núcleo Profundidade P = Material Núcleo= Vicor (??)
Os specs deste trafo foram em parte pesquisados na net. Parece que houve um maluco lá na Europa Oriental que desmontou o trafo do ampli dele só pra ver como era. Sorte nossa! As resistências Rpp foram medição minha. Esse material do núcleo é outra História. Na net inteira só achei duas citações dele: O cara que citou, e um folheto científico da década de 1930 ou 1940 de um cara que manjava bastante de trafos, mas é só isso. O entrelaçamento é o básico para amplis de guitarra: ¼ do primário1, ½ do secundário, ½ primário2, ½ secundário, ¼ do primário1 Com o tempo, vou incluir mais números a divisão do secundário em camadas e as tomadas de 4,8 e 16 ohms.
------O Dagnall C2668 OT do JCM800 100w
Resistência Placa a Placa = Resistência Placa1 CT= Resistência Placa2 CT = Número de espiras do primário PP = Número de espiras do secundário 0-4 Ohms = Número de espiras do secundário 0-8 Ohms = Número de espiras do secundário 0-16 Ohms = Relação de Tensões Vpp/Vsec8r = 414v/28.67v =14.34 Relação de Espiras Npp/Nsec8r =14.34 Impedância PrimárioPP/ Sec8r Zpp-s8r=> Z=((Npp/Nsec8r)**2)*8 => Zpp =1688.15 Ohms Núcleo Altura H = Núcleo Largura L = Núcleo Profundidade P = Material= GO M6- 0.35mm
Supostamente este é um pedido feito à Dagnall com os specs para a fabricação do C2668. É muito Net prá acreditar Mas na falta de mais , vai ele mesmo.
Dagnall C2668 Specs
Transformer Specification C2668 Dagnall Eletronics
-Customer: Marshall Amplification Plc. -Product: 100 watt Output Transformer - Steel Shroud Enclosure-Chassis Mounted
-Customer Part No: TXOP - 00006
-Core: Pattern 120N laminations in M6-35 grade material to BS6404 Sect 8.7
-Bobbin: Single Section moulded bobbin in 30% glass fibre reinforced Nylon 66 Core tube thickness 1.65mm
-Windings: In concentric sequential order with Input and Output windings sandwiched for performance characteristics. Output is split and parallel connected to improve efficiency and share load. All winding wires have enamel covering of thermal class B minimum.
-Output 1: 0 - 40v 16 ohms @ 100W (Brown - Green) Wound with grade 1 polyurethane wire to BS 6811 Insulated by 3 wraps of Nomex 410 paper, 0.08mm thk/layer
-Input: 0 - 207 - 414v 1750 ohms @ 100W (Brown - White - Red) Wound with grade 1 polyurethane wire to BS 6811 Interleaved every 3 Layers by 1 wrap of Nomex 410 paper, 0.08mm thk. Insulated by 3 wraps of Nomex 410 paper, 0.08mm thk/layer.
-Output 2: 0 - 20.33v 4 ohms @ 100W (Brown - Black) Wound with grade 2 polyestermide wire to BS 6811
-Output 3: 0 - 28.67v 8 ohms @ 100W (Brown - Yellow) Wound with grade 1 polyurethane wire to BS 6811 Insulated by 2 wraps of electrical Crepe Paper Tape, 0.24mm thk/layer.
-Terminations: All windings terminated to VX grade PVC; 105 deg C flexible leads
-Encapsulation: Laminated wound coil varnish dipped in Class F polyurethane electrical insulating varnish and oven cured.
-Assembly: Two steel end shells totally enclose windings, the connecting leads passing through PVC grommets.
-Electrical Tests: No Load Magnetisation Current Turns Ratio +/- 3% Induced Voltage Test @ x5 Rated Input @ x12 Rated Frequency Simultaneous Electrical Strength Test - 2.0Kv rms Primary to Secondaries and Core
Examination, Fit & Function, Performance and Safety Checks carried out at 100% level.
Tá tudo explicado aí.
Por hoje é só,.
Nesta semana vamos ter mais.
Caso alguém queira mudar as specs ou o layout dessa bagunça esteja á vontade.
Os cáculos são simples e já apareceram emvários posts por aqui mesmo.
Se você tem um OT em casa, qualquer um (NÂO os de força é claro, também não vale autotransformador 120V 240V) mande seus specs pra cá.
Se você não souber fazer isso a gente te dá uns toques.
Obrigado!
|
Marthin87 Veterano |
# abr/13
· votar
Matec Muito interessante esse tópico. Espero que consiga o que quer.
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
Marthin87
Obrigado. Espero de algum jeito ajudar alguém. ___________________________________________________________
Vou também fazer um elogio à uma firma nacional de transformadores que fornece os specs mais completos que já vi de seus produtos. Coisa rara atualmente. Esse negócio de "Segredo de Estado" em produtos que vão ser vendidos ao consumidor é uma pilantragem. Firmas idôneas não têm medo da concorrência. Parabéns.
|
MMI Veterano
|
# abr/13
· votar
Matec
Se você não souber fazer isso a gente te dá uns toques.
Melhor deixar explicado...
|
Matec Membro |
# abr/13 · Editado por: Matec
· votar
MMI
Eu ia postar agora, em poucas palavras o procedimento. Mas me passou pela cabeça uma série de acidentes que podem acontecer com quem não tem experiência em lidar com eletricidade. Então eu vou esmiuçar nos mínimos detalhes os procedimentos e a segurança, para que eu não perca uns poucos leitores interessados no tema. Até Mais.
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
Esta semana não está muito produtiva, mas voltando ao assunto:
MMI
Como não vai dar para fazer um tutorial de corpo inteiro, sobre como medir os parâmetros dos transformadores, com exemplos e figuras, vou fazer simples:
Para medir as resistências DC do primário: Pegue um voltímetro na escala de resistência, e meça de par em par todas as combinações de fios do primário, digamos: 30,5; 32,3; 62,9 Ohms, a combinação que der o maior valor de resistência é a resistência Placa a Placa ( no exemplo 62,9). Além da resistência DC ser um dos parâmetros básicos de um Trafo de Saída, ainda ajuda a identificar qual é o par P-P do trafo.
Seguem novas dicas depois Obrigado
|
carlos adolphs Veterano
|
# abr/13
· votar
Matec MMI Boas, pessoal.Estive fora durante a semana, dando voltas pelo Brasil afora... Mas estou seguindo vcs na leitura. Vou procurar um link muito bacana que tem um programa para projeto de trafos, assim que achar eu posto. Abcs.
|
carlos adolphs Veterano
|
# abr/13 · Editado por: carlos adolphs
· votar
Matec MMI Dêem uma olhada no : www.813am.qsl.br Tem bastante coisa . Cliquem em artigos e depois moduladores.
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
carlos adolphs
Buenas! Já que vc postou um site bem interessante , eu também deixo aqui um endereço, este programa é mais específico.Quem for enrolar um OT pode achar a ferramenta útil. Este site também tem muita coisa sobre valvulados. http://www.dissident-audio.com/OPT_da/Page.html
Obrigado
|
Ramsay Veterano |
# abr/13
· votar
Matec
É importante frisar que núcleos GOs normalmente não são utilizados em trafos de saida de amps valvulados, mas, sim em valvulados stéreo para audio em que a qualidade hi-fi é indispensável.
Em amps valvulados de guitarra, o uso de núcleos de menor qualidade propicia a saturação do nucleo e favorece o som que se espera de um amp valvulado.
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
Ramsay
Sim.
Existe uma diferença entre o que se fala em qualidade para se construir um bom trafo para hi-fi e um bom trafo para instrumento. Em especial para guitarra. Meu interesse é saber quanto especificamente o núcleo entra nessa conta. Qual é a diferença da distorção da válvula de saída para a distorção do núcleo do trafo. Será que o que ouvimos é mesmo a saturação da válvula, ou uma combinação? - E a Histerese? Que atua o tempo todo de um modo sutil em volume baixo e vai crescendo com o aumento da corrente... Temos muita conversa ainda.
Agradeço a colaboração
|
Ramsay Veterano |
# abr/13
· votar
Matec
É difícil saber ao certo, mas, eu acho que é uma combinação da saturação das válvulas de potência com a histerese do núcleo do trafo de saída e, tanto é que os valvulados a baixo volume, talvez devido a falta de histerese, apresentam um som muito ruim, pior que os amps transistorizados.
E é por isso que eu utilizo há anos um atenuador de potência que eu mesmo construí e que faz as válvulas de potência trabalharem a um nível adequado para o amp valvulado ter um som bom, mesmo com baixo volume.
http://forum.cifraclub.com.br/forum/10/227240/
|
Matec Membro |
# abr/13
· votar
Ramsay
Todo Mundo , no final das contas, já percebeu que existe um "algo a mais" no som dos valvulados e a seu jeito tem buscado suas respostas e soluções para seus problemas. Parabéns a todos estes "cientistas" pelas suas iniciativas.
|
carlos adolphs Veterano
|
# abr/13
· votar
Ramsay Matec Boas! Pessoal, os GOs propiciam trafos menores devido maior rendimento do conjunto magnético, mas relembrando, o que acontece quando o núcleo satura? Nada mais pode ser induzido, não é verdade? Já a valvula ao saturar começa a cortar a crista da onda, daí a distorção. Saturação de núcleo de trafo só causa aquecimento do trafo, em termos de áudio, devido as correntes de Foucalt. A saturação do núcleo de OTs ocorre pela corrente de placa X voltagem de placa, principalmente. Assim, trafos com GOs são realmente superiores em sonoridade. Já fiz essa experiência em um Tremendão e notei a diferença. O trafo com GO deixou o som mais encorpado que o original Giannini(Willkasom). Muitos não se tocam disso, por exemplo, ao substituir uma 6L6 por EL34. Se o OT não tiver núcleo com reserva de permeância, vai saturar fácil , sobreaquecendo, devido a maior corrente de placa das EL.Saturação de trafo é uma coisa, de válvula, outra. Funcionam e respondem de maneira adversa. Antigamente se trabalhava com amplificadores magnéticos, para atuação de servo-motores, onde a intensidade dos sinais de saída era controlada mediante saturação do núcleo através de um 3° enrolamento onde era aplicado uma tensão DC variável, cuja função era magnetizar o núcleo, "abrindo ou fechando" sua capacidade de indução. Era o tal do "flux gate". Abcs.
|