Transformadores, a sonoridade do núcleo

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Matec
Membro
# ago/16 · Editado por: Matec
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A.Sim

Mudando um pouco o foco, mas mantendo as fórmulas do Martignoni, eu gostaria de criar um transformador fictício, por exemplo um SE para o Fender Champ.

O que eu sei sobre esse transformador que a impedância primária é de 8k, a potência dissipada pela válvula 6V6GT é 10W, apesar de só entregar 4W ao falante, com fonte de 283v (+ a tensão do cátodo). Vou utilizar um núcleo de Bmax =14000G; f=100hz

Agora a parte que eu não sei. Já que é um transformador SE, eu tenho que fazer um "desconto" no Bmax e colocar a metade, ou 2/3 do valor na fórmula como dizem alguns autores? Qual o melhor critério para essa escolha?

Continuando, e adotando B=12000G

Z1=8000 ohms
P=10W
B=12000G
a=1,6cm
F=100Hz
V1=283v
Sm=2,37cm² (Sg=2,6cm²)
N1=2239,5 espiras

Isso é simples, mas não dá pra ter certeza se a minha escolha é a mais acertada.

Abs

macaco veio
Veterano
# ago/16
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A.Sim
Colega! que rabo que voce pegou, comecei a ler lá mas é muita matemática junta.
Matec
Faltou a frequencia de corte (calculei aqui e deu 100 não estaria um pouco alta?) e eu aumentaria o empilhamento um pouquinho, pelo menos 1,8cm.
eu tenho que fazer um "desconto" no Bmax e colocar a metade, ou 2/3 do valor na fórmula como dizem alguns autores? Qual o melhor critério para essa escolha?
é ai que eu acho que o cálculo desse modo é um chute no saco. Tambem gostaria de saber.

Matec
Membro
# ago/16
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macaco veio

Vc tem razão, eu tinha esquecido de f, agora já está lá.

calculei aqui e deu 100 não estaria um pouco alta?

Talvez, mas é só um exercício...

Abs

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá a todos.

Num transformador SE temos uma parcela de fluxo AC causada pelo sinal amplificado e uma parcela de fluxo DC causado pela corrente de placa quiescente. A soma das respectivas induções deve resultar na indução máxima desejada no núcleo.

Para excursão simétrica, a parcela DC precisa ser pelo menos igual à parcela AC ( para que tenhamos uma excursão que vai de Bdc - Bac = 0 até Bdc + Bac = Bmax ).

Matec
Membro
# ago/16
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A.Sim

Para excursão simétrica, a parcela DC precisa ser pelo menos igual à parcela AC ( para que tenhamos uma excursão que vai de Bdc - Bac = 0 até Bdc + Bac = Bmax ).

Perfeito.
É uma explicação lógica que não deixa dúvidas

Abs

macaco veio
Veterano
# ago/16
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Para excursão simétrica, a parcela DC precisa ser pelo menos igual à parcela AC ( para que tenhamos uma excursão que vai de Bdc - Bac = 0 até Bdc + Bac = Bmax ).

(pondo lenha na fogueira) Não seria essa simetria algo de menos importancia em trafos para amplis de guitarra, porque eu tenho visto a mesma coisa que o Matec disse, por exemplo fazer no exemplo acima Bac = 7000 gauss e Bdc = 5000 (e assim ter menor número de espiras e menos perda no cobre). Contanto que 5000 gauss seja suficiente para cobrir o fluxo dc causado pela corrente de placa (tem uma fórmula pra saber isso). Isso so faria subir ligeiramente o valor da permeabilidade efetiva no cálculo, mas desde que estaríamos usando uma lâmina desconhecida isso não faria a menor diferença. Alguns gurus trafista que ja li por ai aconselham que ela fique em torno de 400 (GNO), (alguns fixam esse número e acham o número de espiras por ele) até poderia se escolher um determindo valor para Bdc de forma a aproximar desse número e ao mesmo tempo ter gauss suficiente para cobrir Bdc. O que causaria no som essa falta de simetria?distorção?

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, macaco veio e demais colegas :

Por favor, ao serem feitas citações, indiquem o endereço onde posso consultá-las ( quem é o guru trafista, por exemplo ??? ). Com isso, eu poderei confirmar ou refutar as afirmações dadas.

Sim, a operação assimétrica vai introduzir distorção. Num transformador SE não se pode ter inversão de fluxo, pois a corrente primária só pode fluir em um único sentido. Essa distorção é a que ocorre quando se opera um transformador SE à plena potência, abaixo da mínima frequência de resposta.

Matec
Membro
# ago/16
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macaco veio

Essa sua fogueira chega a um ponto interessante nessa discussão; até agora todos admitem que o núcleo satura e distorce, mas calcular e criar um transformador cujo núcleo deliberadamente distorce é algo que muitos dos projetistas nunca admitiriam. (A ideia e a fogueira são suas rsrs)
O possível resultado dessa ideia será posteriormente um estudo sobre os efeitos positivos e negativos desse projeto, tanto no bom funcionamento do estágio de saída , como no efeito sobre o timbre que isso traria.

A.Sim

Essa distorção é a que ocorre quando se opera uma transformador SE à plena potência, abaixo da mínima frequência de resposta.

Seria também interessante verificar o quanto de contribuição que isso traz para a melhora (ou piora..) do som nessas condições.
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De um modo ou de outro a saída vai acabar saturando, será que a "Boa" saturação vira um pouco desse núcleo saturado?

Abs

macaco veio
Veterano
# ago/16
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Matec
De um modo ou de outro a saída vai acabar saturando, será que a "Boa" saturação vira um pouco desse núcleo saturado?


Mas ai que ta! não vai saturar, so vai estar com menos gauss mas mesmo assim com uma folga enorme. O fluxo provocado pela corrente quiescente nao vai alcançar o valor reservado. Se satura, eu so queria entender entao porque alguns não racham o B pela metade.
Eu vou procurar aqui algumas fontes, tem coisa que leio e não salvo, tem coisa salvo e depois não sei onde é que ta, tem coisas que simplesmente dou downloud e nao bookmarko, achando posto aqui.

macaco veio
Veterano
# ago/16
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Link para o livro de Francisco Singer, na pg 195 da terceira parte ele cita como µeff = 400 um valor medio para chapas comuns (chapas em 1955).
http://www.813am.qsl.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2 3:pequenos-transformadores-singer&catid=17:trafos&Itemid=36

Neste link o autor usa µeff = 500 e ainda explica que não pode ser maior e porque e usa a fórmula da indutância pra tirar as espiras apesar do cálculo estar muito simplificado.
https://www.scribd.com/doc/34264665/Calculo-Transform-Adores-Para-Valv ulas

Acabei achando o link da discusão do argentino (popilin) com o ucraniano (45), acho que não é permitido botar link de outro forum aqui mas se quizerem dar uma olhada está no forum Diyaudio e o post se chama design of transformers for valve amplifiers. La o popilin põe todas as fórmulas e um arquivo com a matemática das fòrmulas (equações e teoremas de Maxwell e Stokes), alguem pede pra ele calcular um trafo e ele calcula duas vezes, uma com o B dividido no meio e outra com o Bac maior que o Bdc e a µeff não passa de 480 (e ainda com chapa GO) e o tal 45 discorda dizendo que tinha que ser muito mais baixa.
Apesar das demonstrações das fórmulas, ainda me parece que tem algo errado pois ele usa o tempo todo 9 x lmg (longitude magnetica) e só vejo 10xlmg por ai e quando faço algum cálculo experimental em polegadas uso L = (3,2 x N² x µeff x Sn) / (lmg x 100 000 000) para polegadas, ao fazer o mesmo cálculo em cm com a fórmula de L em cm com 10 x lmg bate certinho, ja com 9 x lmg da errado. Talvez porque ele calcula com a tensão Vdc e que eu saiba a excursão do sinal AC é só 70% de Vdc. Até da pra usar Vdc mas no final o calculo fica uma frequencia mais baixa e achando que a frequencia está correta e aonde eu acho que mesmo usando um Bdc menor que Bac não vai saturar porque o cálculo já vem errado com uma folga de gauss muito maior.
Minha ideia não é contestar ninguem, só estou tentando aprender um pouco mais tentando discernir o que parece mais correto no meio de tanta confusão e assim vou colocando as informações que tenho estejam elas corretas ou não, afinal forum é igual dar dízimo na maçonaria, Quem tem põe quem não tem tira, kkkkk

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, macaco veio :

O livro do Dr. Singer é bem honestinho. Ele é um livro prático; não é um tratado que apresenta o assunto com todo o rigor científico. E isso precisa ser levado em conta ao lê-lo.

À pág. 195 o Dr. Singer diz claramente : y aplicando estos valores a los CASOS PRÁCTICOS MÁS COMUNES, resulta que la permeabilidad APARENTE del núcleo, teniendo en cuenta EL HIERRO y EL ENTREHIERRO, adquiere un valor promedio de ue = 400.

Esse valor é um valor prático estimado ( que decerto o Dr. Singer usava com sucesso ) para a permeabilidade de todo o circuito magnético - ferro + entreferro. Num circuito magnético com entreferro longo ( caso do transformador SE ) a relutância é fortemente influenciada pelo entreferro e, do mesmo modo, a indutância. A boa prática é sempre fazer com que a relutância do núcleo seja desprezível frente à relutância do entreferro, pois sendo a permeabilidade do ar ( papel, plástico, etc ) conhecida, constante e imutável em 1,0000 , é ela que passa a controlar a permeabilidade efetiva de todo o circuito. Com isso, não é necessário saber a permeabilidade do ferro com precisão.

Definindo um valor prático para a permeabilidade efetiva, o Dr. Singer extrai o valor do entreferro com a fórmula da pág. 196. Eu, por outro lado, sou mais adepto do cálculo que o Martignoni apresenta, pois não gosto de usar esses tais "valores práticos". Do mesmo modo, o comprimento do circuito magnético ( pág 194 ) deveria ser 6a ( 2 x 1,5a + 2 x 0,5a + 8 x 0,25a ) ao invés de 6,5a. Também sou mais "Martignoni" nesse ponto também, com os 5,6a devido ao fato de que a seção magnética, nos cantos do núcleo, não é constante e percurso do fluxo, com certeza, não tem cantos vivos...

O segundo texto faz a mesma coisa : declara um valor prático ( que até é próximo do primeiro ) de ue = 500.

Uma coisa que vale lembrar : os antigos faziam muita coisa boa, mas

a) os recursos computacionais eram precários. Cálculo, era só à mão; pouca gente tinha e sabia usar uma régua de cálculo. Calculadora ? Bem, aquelas mecânicas, mas eram caras e duvido que o pessoal as tivessem em casa com a facilidade como temos nossas calculadoras eletrônicas. Por essa razão, os livros antigos insistem tanto em tabelas, gráficos, nomogramas, etc.

b) o instrumental era precário. Na maioria das vezes, o cidadão tinha um multiteste de 1000 ohms/volt em casa, para fazer as medições. Com sorte, um VTVM. Geradores de sinais, pontes de medida, osciloscópio...isso, talvez no laboratório da RCA, Philips, Mullard. A capacidade de medir as coisas e conferir se o protótipo "fechou" com o cálculo era muito limitada. Assim, o maior juiz era o ouvido - se o som ficou bom, era o que importava. Não era como hoje, quando qualquer fabricante pequeno de transformador pode ter um laboratório super-equipado que mede até a permeabilidade das lâminas...

Mas bom, bom mesmo, seria saber DE ONDE o Dr. Martignoni tirou as fórmulas e dados práticos que ele apresenta no livro. O Martignoni, que já deve ser falecido e cujo nome só aparece na internet através dos livros que publicou, era muito criticado na minha universidade porque não pôs nenhuma referência em nenhum dos livros.

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Quanto ao embate do fórum, achei o erro : post 182, curva 2. A parcela AC não é superposta à DC da maneira indicada. E o oponente não viu o erro ( post 191 ).

A maneira certa de considerar os fluxos AC e DC está explicada aqui na fig. 2. Observem que o campo DC inicialmente polariza o núcleo no ponto P. Com a aplicação do campo AC, o fluxo DC passa do ponto P para o ponto O em função da histerese do material.

No post 296 outro participante chama a atenção ( de forma bastante apropriada ) para a soma incorreta dos fluxos.

macaco veio
Veterano
# ago/16
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Uma coisa que vale lembrar : os antigos faziam muita coisa boa, mas

a) os recursos computacionais eram precários....

pois é, e eram aqueles trafos que moviam os consagrados fenders, vox, marschall etc. Garanto que muito cara não trocaria um Drake antigão por um novo feito todo a base de computador. E´ai que eu acho o grande lance da coisa, para o mundo DIY a ideia é fazer como eram feitos anteriormente. Nego troca ate capacitor de mica por de oleo! Eu que não quero um amplificador todo com resistores smd (não compro mesmo). Essa coisa de complicar só é bom para as industrias, para elas é bom que o usuario seja apenas um usuario idiota sem noção nenhuma do equipamento internamente.

No post 296 outro participante chama a atenção ( de forma bastante apropriada ) para a soma incorreta dos fluxos.

não sei se voce foi até o final, mas mais na frente ele desenha o grafico semelhante a esse do link que voce postou e o debate avança um pouco mais. De qualquer forma o debate la tem me ajudado e o membro popilin é bastante paciente, mas ainda sou bastante leigo mas com tempo e relendo muitas vezes eu vou pegando alguma coisa.

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, macaco veio :

Um texto escrito por um detentor de uma titulação em Física, que faz um erro crasso desses no momento de sobrepor dois fluxos, não merece qualquer consideração de minha parte. Após aquele ponto, tudo o mais perdeu qualquer significado...

O que tinham os Drake antigões, que não é possível de se reproduzir hoje em dia ??? O piche ? Talvez, pois a maioria dos transformadores antigos não era impregnada e talvez esse fosse o diferencial.

macaco veio
Veterano
# ago/16
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O que tinham os Drake antigões, que não se consiga reproduzir hoje em dia ??? O piche ? Talvez, pois a maioria dos transformadores antigos não era impregnada e talvez esse fosse o diferencial.
Que tal a lâmina antigona que não é mais fabricada no processo antigo (ainda que ela seja pior), ou por causa da lâmina antiga já estressada (que a nova ainda não está). Ou a cera com parafina que usavam pra impregnar, ou ainda o papelão do nucleo que certamente não era fabricado nas modernas máquinas de fazer papel com modernos produtos quimicos diferentes dos usados na época, ou quem sabe ainda o revestimento no fio de cobre que certamente não tinha os resistentes produtos quimicos que se tem nos revestimentos de hoje. Se voce quer dar o exemplo do pinche eu te dou estes exemplos, mas não é isso que vem ao caso. Um trafo antigo pode ser reproduzido perfeitamente, eu não disse que não pode, mas alguem faz se nao for um Diy? Irão usar carretel de plastico, papel nomex tal numero assim assim assado, epoxi impregnador marca tal especial para trafos fabricado por uma fabrica que faz produtos pra Nasa esse tipo de coisa, e toda essa nova superior tecnologia que dizem fazer os produtos melhores mas que estragam muito mais rapidos que os de antigamente.

Um texto escrito por um detentor de uma titulação em Física, que faz um... É porque voce talvez não leu os posts todos la, ele fala la, ele é um simples tecnico reparador de TV, acho ate que ele sabe muito e tenta ensinar com boa vontade com todos os outros criticando ele e inclusive sendo grosseiro de graça com o cara sem a mínima razão. Voce talvez não tenha mais nada que aprender sobre trafos mas muitos outros ainda tem.

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, macaco veio :

O perfil do cidadão revela : Occupation : TV Repairman and undergraduate in Physics. Por "undergraduated" entenda-se aquele que tem um título superior ( Bacharel, por exemplo ) e não tem mestrado ou doutorado ( quando então ele seria "graduated "). O fato dele ser técnico reparador de TV não é relevante; relevante é o fato dele ter um diploma em Física. Observe; ele usa o termo "tensor" várias vezes em seus posts; é uma pessoa que tem ciência do rigor matemático, citações, referências, etc, que o ambiente científico do ensino superior exige. Um erro como aquele invalida todo o mérito que poderia advir do extenso texto. É como se alguém viesse aqui expor um tema qualquer e, a certa altura, declarasse "como a soma de dois mais dois resulta em vinte e dois, segue que...". Qual a credibilidade que o restante do texto teria?

Matec
Membro
# ago/16
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Quanto ao embate do fórum...

O que é mais frustrante, é que no final de tanta discussão, não sobra nenhuma certeza para quem deseja tirar dúvidas.
Nesse ponto fico com o Martignoni que é mais simples e honesto.

Abs

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, Matec:

Uma coisa que pode ser feita para evitar dissabores com o que se lê na internet é procurar as qualificações do autor. Faça uma pesquisa pelo nome do cidadão e tire as suas conclusões. Infelizmente, isso não é 100 % seguro ( vide meu post 21/ago/16 00:29 ). Outro conselho é verificar se o autor põe referências e citações para suportar suas colocações, ou se tudo sai "da sua experiência e da sua cabeça".

macaco veio
Veterano
# ago/16 · Editado por: macaco veio
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[u] undergraduate in Physics. Por "undergraduated" entenda-se aquele que tem um título superior[/u]
Como eu nunca fiz faculdade, eu na minha burrice achava que undergraduated era sair antes de terminar.
Eu estou chegando a conclusão que estudar trafos de audio vai ser mais complicado do que eu pensava, vou precisar redescobrir o magnetismo e reinventar parte da coisa toda porque cada um inventa ao seu modo.
Estou lendo uns artigos de um tal Waldyr Chaves (link abaixo) e bem mais bizarro do que outros que tenho lido. Pra calcular o trafo o cara calcula tanta quantidade de perda que no final o trafo sai superdimensionado. Pra começar o cara aumenta artificialmente a potência considerando um fator de eficiência, ora! se é pra ficar calculando perdas então deveria ser um fator de deficiência, e não eficiência. Como ele coloca uma potência maior o Vdc fica maior (na contra mão do que li no livro do F Singer que é menor), e ai é um tal de suponha pra lá, suponha pra cá e em determinado momento no final ele cita "o gerador", eu fico lá procurando onde é que está esse tal gerador, só se for o microfone ou o captador da guitarra onde realmente gera alguma coisa porque se for a válvula que ele se refere não tá gerando nada, só amplificando o que já foi gerado. Se ela se comporta como gerador de corrente contínua, ela só se comporta, não gera, só complica misturando termos. Eu não intendo a maneira de pensar desses projetistas, está certo que ter um trafo no circuito só se perde pois o trafo só perde, não ganha nada, mas ficar calculando perdas! tem que calcular é o que o trafo ganha, se ele não ganha nada então pelo menos calcular o que ele deixa de perder. Ai no final conforme a perda é que o cara vai escolher o tipo de entrelaçamento, o que que tem uma coisa a ver com a outra, se escolheria logo o que desse menos perdas. go figure! http://www.813am.qsl.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4 00:projtrafos&catid=17:trafos&Itemid=36

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, macaco veio :

Pois é, eu também fazia essa confusão. Aí, aqui nos EUA me explicaram : quando tu tconcluis a faculdade, tu és um undergraduated. A coisa é assim "I graduated in Engineering, thus I am now an undergraduated person". Quando tu concluis, então, Mestrado ou Doutorado, tu te "graduate" de novo, mas daí tu és uma "graduated person". Que mistura de Inglês e Português...

Quanto ao gerador, a válvula é um gerador. Válvulas e transistores são geradores ditos "controlados", ou "fontes controladas". Neles, a tensão ou corrente de saída é controlada por outra tensão ou corrente. Veja o caso do triodo; eb = u * ec onde u ( mu ) = fator de amplificação. Evidentemente, a energia que sai da válvula precisa vir de algum lugar, no caso, da fonte de +B. Como em qualquer outro gerador...

Matec
Membro
# ago/16 · Editado por: Matec
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macaco veio

Qualquer dia desses vamos criar as fórmulas MacacoVéio-Matec com todos os requintes físicos e filosóficos que pudermos pensar; utilizando as fórmulas básicas, mas criando variáveis aleatórias que só nós vamos entender. É claro que não vamos revelar a ninguém de onde vieram tais números. Aí vamos ficar importantes com os transformadores feitos com nossas fórmulas.
Se alguém falar que não são bons, diremos que o montador não levou em conta as fases da lua.


A.Sim

Quando iniciei este tópico pensei que teria rapidamente respostas simples para um assunto aparentemente simples. Tenho que reconhecer que o assunto não é tão simples e que as respostas, se é que estão disponíveis, estão nas entrelinhas de várias fórmulas que eu ainda não compreendo.
Em compensação aprendi à fazer gráficos que representam muito bem a curva B/H para transformadores em PP e em SE, (Apesar de que na verdade os meus gráficos representam ali outras grandezas), que até o popilin ficaria com inveja rsrs.

Abs

macaco veio
Veterano
# ago/16 · Editado por: macaco veio
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Quanto ao gerador, a válvula é um gerador. Válvulas e transistores são geradores ditos "controlados", ou "fontes controladas".

Talvez eu tenha aprendido isso na passado, como ninguem usa chamar válvulas ou transistores de geradores talves eu tenha esquecido.

Qualquer dia desses vamos criar as fórmulas MacacoVéio-Matec com todos os requintes físicos e filosóficos que pudermos pensar; utilizando as fórmulas básicas, mas criando variáveis aleatórias que só nós vamos entender. É claro que não vamos revelar a ninguém de onde vieram tais números.

Método revolucioário MVM de cálculos para transformadores (Farady, Henry, Stanley, e essa gente vai ter tudo que nascer de novo).

Se alguém falar que não são bons, diremos que o montador não levou em conta as fases da lua.

Mas esta é a condição sine wave equanon para um trafo ficar bom, simples, lua nova usar material novo, lua crescente trafo step up, lua minguante trafo step down e na lua cheia se o trafo tiver que ser para excelente qualidade. Fazer o trafo fora de época é arriscado.

Voce cuida dos gráficos que eu cuido das fórmulas, já aprendi mais uma maluca. Segundo o Dr Waldyr, duas vezes pi não se escreve 2∏, se escreve ( ω ) e a fórmula para a indutância mínima não é Lmin = Z / 2∏ x F e sim Lmin = Rparalelo / ωF x [ √ ( 1 / abf²) -1] onde abf² significa um fator de atenuação nas baixas frequências. Mas o pitoresco da coisa é que numa fórmula anterior de calculo de amplitude o mesmo abf signfica amplitude nas baixas frequências kkkkk. Bem a frente num cálculo de exemplo, o valor de abf² surge do nada (tentei ver se era um valor de -alguma coisa dB mas nada se encaixava) e a indutância mínima do cara ia nas alturas. O Rparalelo até que faz algum sentido. Como suferido aqui procurei alguma referência sobre o Dr Waldyr e parece que ele tinha alguma relação numa certa industria eletrônica Stenveson e não se tem mais noticias, bem os artigos dele datam de 1967, suponho que se ele ainda está vivo deve estar internado em algum manicomio de tanto enrolar espira.

Matec
Membro
# ago/16
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macaco veio

Segundo o Dr Waldyr, duas vezes pi não se escreve 2∏, se escreve ( ω )
É que a gente fugiu da escola já faz séculos:

ω = 2*∏*f

Ou seja Frequência Angular.

Wiki

O pior de calcular transformadores é ter que desenterrar aquelas fórmulas e conceitos que vc achou que nunca mais iria ter pela frente.

Física básica e conceitos de eletricidade e magnetismo. Buááá!

Abs

macaco veio
Veterano
# ago/16
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Matec

muito boa, mas é o mesmo caso. Porque que se chama uma laranja de laranja e não se chama um limão de verde?
assim prefiro continuar chamando 2 x ∏ x F de 2 x ∏ x F e válvula de ´válvula e transistor de transistor. Fuck them, comigo o treco é simples.

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá a todos :

Pelo menos, o bom-humor permanece. Desejo sucesso no desenvolvimento das fórmulas.

Os artigos do Dr. Chaves são bem abrangentes; eu já os tinha lido no passado. As fórmulas são coerentes; não encontrei nada de errado. O problema é que os artigos demandam uma certa fundamentação teórica para serem entendidos.

A Revista Monitor era muito boa; no aspecto de artigo técnico era melhor do que Antenna. Muita gente competente da então indústria eletrônica nacional escreveu artigos nela - e artigos com bastante profundidade. Valeria a pena obter uma coleção da Revista Monitor e recuperar todo esse material.

Respondendo ao Matec, não será possível dar respostas simples para um assunto aparentemente simples. É um assunto complexo que vai demandar tempo se for, mesmo, estudado com a profundidade necessária.

A.Sim
Membro Novato
# ago/16
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Eu não pude deixar de ir atrás : encontrei uma verdadeira mina de revistas antigas, incluindo... a Monitor, aqui.

macaco veio
Veterano
# ago/16
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A minha jornada agora vai ser mais longa do que eu pensei, eu ja tinha essas aqui para procurar algo sobre trafos. http://www.americanradiohistory.com/Popular-Electronics-Guide.htm

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá a todos :

Eu apoio essas iniciativas que disponibilizam material gratuitamente e estimulo a todos para que façam o mesmo. Seguidamente estou digitalizando algo do meu arquivo e hospedando no EBAMAN. Também contribuo para a Wiki todo ano e faço, anualmente, uma doação ( pequena, eu sei ) para os sites que fornecem material digitalizado gratuitamente. Esse tipo de atitude não deixa ninguém mais pobre e ajuda a estimular os poucos abnegados que mantêm esses sites funcionando para o benefício de todos.

Quando retornar ao Brasil, verei se tenho algum dos números que faltam na lista da Monitor.

E deixo aqui meu repúdio ao antipático Radiomuseum.

macaco veio
Veterano
# ago/16 · Editado por: macaco veio
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Continuando a formação das fórmulas para o método MVM (kkkk). Que me desculpe o Dr Waldyr la da monitor, mas aquilo lá não tem nexo pra mim não. A excursão da onda (headroom pros mais complicados) não pode ser maior que a tensão de alimentação, não tem cabimento.
Assim usando o exemplo ficticio dado pela Matec aqui vai as primeiras constatações
Primeiro quanto a medida do núcleo, 1,6 de perna como estimado no exemplo, a janela não cabe os fios não. Foi usado a fórmula do Martignoni, mas a fórmula (provisória) para SE deverá ser 15 √ P/F onde a potência deverá ser a SE (40% da total estimada abaixo do limite de dissipação da válvula). Assim seria 15 √ 4/100 = 3cm² (e não 2,37) isto daria uma perna de √ 3 = 1,73cm lâmina mais proxima 1,8 onde 1,8² = 3,24cm² magnéticos (no mínimo). Ainda não estou satisfeito com a fórmula pois acho que ele deve ter um fator de impedância, ou seja P/F para um menor Z dá menos espiras do que P/F para um Z maior e assim a fórmula não satisfaz as duas condições (ainda estou estudando um fator).
Também ainda estou estudando como se aplicaria em trafo de audio o fator praxe de empilhamento que uso em trafos de fôrça, que é o seguinte, é de praxe aumentar o empilhamento em 1/8 do valor da perna central (ou 1/4), calcula-se tudo com um núcleo quadrado e depois antes de montar o trafo aumenta o empilhamento, assim se tem um ganho de qualidade referente a tempo que o trafo irá ficar ligado (em termos de aquecimento) e também um menor nivel de ruido de magnetostrição apesar de mais lâminação (tem uma numeração pra isso referente ao aumento do empilhamento). Só falta relacionar este fator ao aumento de indutância.
Quanto a tensão Vac e Vdc para o uso na fórmula do 444 para SE ela deverá ser a tensão Vac (pois trafos não funcionam com Vdc) e Vac nunca poderá ser maior que Vdc pois a excursão da onda é menor que a alimentação. De acordo com acadêmicos matemáticos a excursão não passa de 60% de Vdc em SE, assim a tensão Vac que será injetada no trafo poderá ser qualquer coisa entre 0,7Vdc (como no livro do F Singer onde tem 10% a mais) até Vdc. Se usar Vdc será como calcular um trafo para 127V e usa-lo em 110V se fosse um trafo de fôrça (tem menos magnetostrição e o trafo esquenta menos), fica a critério de escolha. Alguns trafos teimosos ao invés de mandarem toda a carga para o alto falante eles insitem em fazer eles mesmos a função do alto falante usando o seu poder de magnetostrição e vibram de excitação com a música. Uma taxa de pressão de aperto de parafusos das lâminas poderá ser acrescentada para os audiófilos mais loucos ou fanáticos (kkkk).

Com referência a Bac e Bdc se deverá oBdcr a regra do bom relacionamento com partilha igual para a boa linearidade mas eventualmente seguindo a filosofia chinesa poderá se economizar alguns centavos fazendo Bac > Bdc em detrenimento da linearidade (ninguem vai notar um pouquinho de distorção), porém Bdc nunca poderá ser menor que 4000 gauss (senão satura demais e ferra a coisa toda). O Bmax escolhido (não o B máxima que a chapa pode aguentar) deverá ser no máximo 11000 para GNO (e já é muito pois essas lâminas não guentam mais do que isso não) e 13000 para GO. Assim no exemplo ficticio dado devemos baixar o 12000 para 11000 fazendo 5500 + 5500. Nada ainda é definitivo, só o será depois de varios testes práticos onde trafos serão avaliados de ouvido e através de equipamentos, quando então poderá se obter um fator ou taxa de equilibrio empírico de avaliação entre o que é escutado e o que o equipamento marca (o loco).

Depois comento mais sobre outras loucuras dos cálculos do Dr Waldir.

Matec
Membro
# ago/16
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macaco veio

Estou acompanhando aqui a criação das fórmulas MVM. Já tem vários indícios do componente "mojo" na sua formulação rsrs. Só pode ser uma fórmula de sucesso.
Vou lentamente estudando as fórmulas do Dr Chaves, mas ainda falta muito para ter uma ideia de suas características.

Abs

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