Funk carioca pode ser considerado música?

Autor Mensagem
Hawklord
Veterano
# out/15
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dô maior conceito pra os amigos meus
mas morro do dende tambm é terra de deus

makumbator
Moderador
# out/15
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Parapapapapapapapapapa
Parapapapapapapapapapa
Papara, papara,
Clack Bum
Parapapapapapapapapapa

TG Aoshi
Veterano
# out/15
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oi qeria saber c alguém aqui sabe qto é a renumerasão p/ o cargo d delegado da musibraz e qdo comença a inscr p/ o concursso desculpa ce postei no lugar errado sou novo no fóro e naum sabia onde coloquar mina duviad kkkk

mto obgdo,

tg óxi

makumbator
Moderador
# out/15
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TG Aoshi

Mas que mané concurso rapá! Na Musibrás só se entra por QI. Vai precisar de indicação de pelo menos 1 deputado estadual. Sinto muito.

cafe_com_leite
Veterano
# out/15
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FELIZ NATAL
OT sênior


Não tem culhões pra isso. Só uma versão piorada mesmo.

pianoid
Veterano
# out/15
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levantando a bandeira deixada pelo Wuju: não, DJ não é músico. é um desempregado anacrônico, ainda na era do vinil kkkkk

é basicamente um stockhausen muderninho fazendo colagens sonoras com músicas dos outros ao invés de ruídos

Adler3x3
Veterano
# out/15 · Editado por: Adler3x3
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pianoid e outros
Com relação aos DJ eu concordo em parte.
Tanto o hardware como os softwares dão a ilusão de que é possível fazer a música facilmente meio no chute, o que é diferente de saber improvisar.
Um DJ pode improvisar sim, desde que combine bem o que pode ser combinado e executado junto.
A percussão é o forte dos estilos, assim como os arpegios que bem sincronizados e com respeito a harmonia musical, produzem bons resultados.
Claro toda improvisação em tempo real sempre esta sujeita a alguns erros, mesmo entre os melhores músicos.
Mas tem DJs que entendem de música sim, não dá para generalizar e afirmar que DJ não é músico.
Claro tem iniciantes que só sabem copiar e colar e nem sabem o que é tom de música, não tem suporte nenhum de teoria musical.
Muitos nem sabem direito o que é bpm, e misturam até batidas incompatíveis com tempos e formas de compasso diferentes e fica tudo uma salada que não combina.
E tem muita gente que mistura e faz uma porcaria, mas como o software vai fazendo certas correções automáticas, se acham os "tais" para um leigo parece que é boa música, mas aí concordo não é música, é sim uma mistura muito mal feita e cheia de erros.
Por outro lado o DJ músico de verdade, mesmo com o uso de softwares e hardwares que vão ajustando e compatibilizando as notas com os tons e fazendo uma harmonia automática em tempo real, sabem os limites, tem experiência sabem o que pode dar certo e o que não pode dar certo, e o que deve ser evitado, pois nesta questão automática, sempre podem ocorrer coisas imprevisíveis.
O certo é que o DJ já sabe de antemão o que vai tocar (dar play) e assim já sabe no que pode improvisar, aonde vai jogar e alternar a percussão, em que oitavas vai gerar outros sons, para o som em geral não embolar, e muito mais, e bem mais complexo do que parece a primeira vista, e isto só se consegue com um bom conhecimento musical, não tenho dúvidas de que isto seja uma arte, muito embora a maioria dos sons não foi criada por ele (exceto algumas partes da percussão, pads e arpegios que pode criar, antes ou até na hora conforme os recursos que dispõe), não é tão fácil assim, e estes músicos tem o seu papel na música moderna.
Tem que estar concentrado pois não esta mexendo com um instrumento só, esta na verdade combinando sons e até criando no momento, o que exige um raciocínio ultra rápido e percepção musical aguçada, o que não é para qualquer um.
Numa primeira improvisação em música, na primeira parte ele até pode errar, num pequeno trecho, mas depois quando retoma o tema musical, ele já age de outra forma e não erra.
E quando esta tocando por ser músico e ter um bom ouvido, quando começa a errar, já percebe no momento, e obviamente já busca em seguida outro caminho,e a maioria dos ouvintes nem percebe o erro momentâneo, pelo próprio som alto e a natureza do ambiente onde as pessoas dançam.
E quando estes momentos de erro acontecem, e convenhamos são inevitáveis pela própria dinâmica de combinar sons e inventar ao mesmo tempo, em vez do pânico, o DJ deixa soando somente o que sabe que não tem erro, e como o ritmo da percussão e do baixo são mais importantes, pode deixar isto soando por alguns segundos até retomar a consciência musical e voltar a improvisar.
Tudo depende da ousadia do DJ, tem aqueles que ficam quase só no play e aí não tem erro, mas tem aqueles que criam em tempo real.
Toda a parafernália que os DJs usam em boas mãos podem produzir excelentes resultados, e fazem parte do mundo musical moderno, estão aí as danceterias e os shows de música puramente eletrônica, que é válida sim, não deixa de ser uma arte, uma forma de expressão, dentro da realidade do nosso mundo em constante transformação.
Claro tem aqueles DJs que até por questões financeiras tem o seu Setup mais simples, mas tem outros que além do setup padrão, tem teclados, pads dos mais diversos tipos e sintetizadores fenomenais, além de programas tops, e claro o principal do músico o conhecimento musical mais apurado, onde o músico é mais ativo não é um mero passivo apertador de botões e reprodutor de sons pré gravados.
Eu não tenho toda esta parafernália mas já tentei me aventurar só usando softwares e os teclados que tenho, olha tem que ter muita criatividade e ser muito ágil, e tem que usar a boa teoria musical, não deixa de ser uma boa experiência e diversão garantida, é mais uma forma de expressão, toca música de outros, assim como muitos fazem covers, mas tem uma dinâmica bem diferente, e tem que ter um bom preparo físico e mental para aguentar certo tempo, pois o desgaste é enorme não é brincadeira, além do notebook a sua frente tem muito mais equipamentos com diferentes usos, teclados,Ipads, vai usar as duas mãos os dois pés, pedais e até movimentos do corpo e da cabeça, não é mole não, além de estar concentrado e saber o que esta fazendo, e conforme a reação do público, tem que saber prolongar ou encurtar certas partes, mas já esta tudo gravado, tem que saber dar o corte bem da parte certa do compasso, e dar a continuação, e sair com um novo som.
Como é que isto pode não ser considerado arte e o DJ não ser considerado um músico de verdade?

entamoeba
Membro Novato
# out/15 · Editado por: entamoeba
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Aproveitando o ensejo do DJ e retomando uma linha que se perdeu...

Funk pode ser considerado música? Claro!

Funk pode não ser considerado música? Também!

Cada palavra tem suas bordas, que vem e vão, ajustando-se à nossa necessidade de comunicação. Coisas que estão nos limites dessas bordas, hora, ficam pra dentro, hora, pra fora - tanto diacronicamente quanto sincronicamente. E o porquê disso, qual é?

Ora, dizer que X = X é não dizer nada.

Quando a gente diz que A = X é que o bicho pega. Se eles forem iguais, A não é A, é X. Quando dizemos que A = X (A ∈ X), na verdade, dizemos que A "gravita" no campo semântico de X. Que existe uma ideia geral de X que comporta A, mas que também pode comportar B (que é diferente de A).

As vezes a ideia geral de X cabe numa cheklist, ou seja, as bordas de X são bem definidas e estáveis. Não acho que seja o caso de música se considerarmos música uma arte, mas pode ser o caso da música se considerarmos que pode existir música que não é arte.

Alguém entendeu? kkkkkk

entamoeba
Membro Novato
# out/15 · Editado por: entamoeba
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E levantando outra questão que ficou meio de lado:

Podemos dizer que "música boa" é mais música do que "música ruim"? Ou o ser da música é uma chave seletora do tipo ON/OFF (ou "é" ou "não é")?

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# out/15
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entamoeba

Funk pode não ser considerado música? Também!

só com muita divagação pessoal. na literalidade dos termos, para todos os efeitos, é musica, inegavelmente.

na mesma linha de raciocínio pode-se considerar qualquer coisa como 'não música'.

Podemos dizer que "música boa" é mais música do que "música ruim"? Ou o ser da música é uma chave seletora do tipo ON/OFF (ou "é" ou "não é")?

isso é gíria, forma de dizer, expressão. é válido como uma forma de se expressar, de se fazer entender, não como verdade.

sustentar esse tipo de coisa como verdade que faz surgir dúvidas como a deste tópico.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# out/15
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É tipo falar que sorvete de verdade é só de leite, ou o feito em pais X, etc..

Ou que sorvete de agua é menos sorvete que o feito de leite.

Todo mundo sabe que ambos são sorvetes. inegavelmente.

entamoeba
Membro Novato
# out/15 · Editado por: entamoeba
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Wuju Wu Yi
Tá, pra você a coisa é bem demarcada. Ou algo é música ou não é! Ok! Respeito essa posição. Então defina as bordas aí! Como fazemos para saber o que é e o que não é música? Seria legal você me dar um exemplo de algo que é quase música, mas que falta um pentelhésimo para ser - porque é assim que as bordas bem demarcadas funcionam.

Aproveite e me responda se toda música é arte! Se for, também defina as bordas de "arte".

isso é gíria

Não é! Tem quem use como gíria, mas, aqui, sou eu que estou falando. Estou usando a expressão no sentido literal. "filho da puta" também é gíria, mas é inegável que algumas putas são mães!

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# out/15
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entamoeba

Música é toda organização de sons feita com fins de expressividade, estéticos, ou a fim de causar sensações.

Seria legal você me dar um exemplo de algo que é quase música, mas que falta um pentelhesimo para ser

uma pergunta meio difícil. eu poderia citar os sons da natureza, como a queda de uma cachoeira, o canto dos passarinhos, o som do vento, e o som dos oceanos, como quase música. pois no meu entendimento, falta uma padronização, uma organização consciente. além de não ser uma forma humana de expressividade.

Aproveite e me responda se toda música é arte!

toda música é arte.

Se for, também defina as bordas de "arte".

qualquer forma de expressividade humana, atrelada a alguma habilidade técnica.

Não é! Tem quem use como gíria, mas, aqui, sou eu que estou falando. Estou usando a expressão no sentido literal.

ok. mas baseando-se em que você faz essa sua nova definição literal? veja o exemplo do sorvete que escrevi. para mim é exatamente a mesma coisa.

makumbator
Moderador
# out/15
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Wuju Wu Yi
Música é toda organização de sons feita com fins de expressividade, estéticos, ou a fim de causar sensações.

Pra mim essa definição é um tanto incompleta (sem contar que parece que todo mundo sempre esquece a droga do silêncio na música. Só lembram dos sons). É bem difícil dizer o que é música. Nem os musicólogos entram em acordo. Principalmente para definir coisas tão complexas quanto música ou arte em um parágrafo.

Talvez seja um pouco menos difícil dizer o que não é música (mas mesmo isso é complexo). É daquelas coisas que é menos complicado reconhecer do que explicar em palavras.

cafe_com_leite
Veterano
# out/15 · Editado por: cafe_com_leite
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DJ não é músico.


Depende da definição de DJ.

Se o DJ a que se refere é o mané que fica batendo palma nos shows, aí não é músico mesmo.
Mas se for caras como esses:






São tão músicos quanto qualquer outro.

entamoeba
Membro Novato
# out/15 · Editado por: entamoeba
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makumbator
É bem difícil dizer o que é música. Nem os musicólogos entram em acordo. Principalmente para definir coisas tão complexas quanto música ou arte em um parágrafo.

Com certeza!

Wuju Wu Yi
Música é toda organização de sons feita com fins de expressividade, estéticos, ou a fim de causar sensações.

Então a fala é música, a campainha de erro do windows é música, o assobio dos pedreiros para a gostosa que atravessa a rua é música... Olha, não gostei dessa tua definição. É essa que é a oficial? é a "literalidade dos termos"?

makumbator
Moderador
# out/15
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entamoeba
a campainha de erro do windows é música

Lembrei disso:

https://www.youtube.com/watch?v=dGKwx-BFO0E



Julia Hardy
Veterano
# out/15 · Editado por: Julia Hardy
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Wuju Wu Yi

também não tem porque ouvir ac/dc ou iron maiden, se existe choro, jazz, e música erudita. também é modismo e falta de estudo.

Não, não é. Vagabundo tem que se assumir. Não adianta fazer merda e depois reclamar que os outros são preconceituosos e radicais. Como eu falei, rasqueado ou bugio são cultura e ninguém discute por aqui. Por quê? O expert em cultura brasileira poderia explicar?

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# out/15
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makumbator

eu não pensei em excluir os silêncios quando escrevi. penso que organizar os sons não envolve excluir os silêncios, mas boa observação.

sobre arte e música ser complexo, eu penso que as obras são, a definição não.

entamoeba

Então a fala é música, a campainha de erro do windows é música, o assobio dos pedreiros para a gostosa que atravessa a rua é música... Olha, não gostei dessa tua definição. É essa que é a oficial? é a "literalidade dos termos"?

Putz, ai você me complica cara. Não, não é a definição 'oficial' não. foi só uma que pensei em 5 segundos pra representar a ideia.

Mas pensando mais 5 segundos aqui, veja bem, da pra conceituar então que é uma organização de sons feita sobre as notas musicais, para expressar sentimentos, com fins estéticos, ou para causar sensações... etc...

Eu até posso passar o dia pensando pra te dar uma definição completíssima. mas penso ter sido claro na intenção de representar o que a música engloba não é?

mas vamos fazer o contrário. porque meu ponto de vista penso que você já sacou, mas eu não saquei o seu. como você conseguiria classificar o funk como não música?

Julia Hardy

guria, não entendi nada.

makumbator
Moderador
# out/15
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Wuju Wu Yi
sobre arte e música ser complexo, eu penso que as obras são, a definição não.

Pra mim ambos podem ser complexos (a definição certamente o é, e as obras muitas vezes podem ser também).

Mas pensando mais 5 segundos aqui, veja bem, da pra conceituar então que é uma organização de sons feita sobre as notas musicais, para expressar sentimentos, com fins estéticos, ou para causar sensações... etc...

Muita música possui entre seus sons notas não musicais, então definitivamente não se pode restringir ela a isso. Muitas organizações sonoras não musicais podem ser feitas para causar sensações e passar uma mensagem para pessoas (um alarme de carro, por exemplo) ou mesmo expressar sentimentos (os sons intencionais de muitos animais).

Eu até posso passar o dia pensando pra te dar uma definição completíssima.
Vá em frente, mas saiba que gente muito qualificada já tentou fazer isso e não conseguiu. Tem livros só sobre esse assunto. É mais complexo definir música do que parece.

cafe_com_leite
Veterano
# out/15
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Wuju Wu Yi
Mas pensando mais 5 segundos aqui, veja bem, da pra conceituar então que é uma organização de sons feita sobre as notas musicais, para expressar sentimentos, com fins estéticos, ou para causar sensações... etc...



O ruído intencional é muito importante na música contemporânea. Não podemos esquece-lo. Ruído não é nota musical.

entamoeba
Membro Novato
# out/15
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Wuju Wu Yi
sobre arte e música ser complexo, eu penso que as obras são, a definição não.

Então tente pesquisara definição de música e de arte. Melhor, tente achar um consenso entre os especialistas. Você só começa a entender um problema quando passa a ter a noção da dimensão dele!

mas vamos fazer o contrário. porque meu ponto de vista penso que você já sacou, mas eu não saquei o seu. como você conseguiria classificar o funk como não música?

Acredito que existam vários caminhos para isso. Poderia apelar para falta de consciência estética do gênero, utilizando uma definição de música que a exigisse como requisito; poderia usar conceitos de arte que não contemplariam o funk e, depois disso, afirmar que toda música é arte, portanto funk não seria música; poderia usar aquele recurso do "ser menos música", fazendo paralelo com linguagens primitivas que estão no limiar do que chamamos de linguagem, portanto, são menos linguagens do que outras, que atendem a todos os requisitos da definição - Isso, fazendo o uso dos mesmos 5 segundos que você dedicou a pensar no que é música.

Mas, pensando mais 5 segundos, a definição do que é precede a definição do que não é. O que compreendemos por música gravita em torno de uma ideia geral de música constituída culturalmente. A coisa se dá por semelhança. Talvez alguém que passou a vida escutando peças para piano possa não entender os batuques de uma etnia africana como música, já que ela não apresenta notas com altura definida organizadas segundo as escalas ocidentais.

Uma comunidade verbal pode decidir excluir o funk da definição de música, caso ache necessário. Basta procurar uma definição que produza tal efeito!

Sabe quando a rua X quer pertencer ao bairro Y, mas no site da prefeitura eles a colocam no bairro W, que é menos nobre? A coisa é mais ou menos assim, movida por interesses. Uns querem agregar valor ao seu produto atribuindo-lhe o status de "arte", outros querem exclusividade não permitindo que qualquer coisa seja chamada de "arte".

Funk é Arte? = Design de sobrancelhas é Design?

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# out/15
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makumbator

saquei, então é daquelas coisas mais difíceis de definir do que de entender. penso que isso da muita brecha pra raciocínios de segregação. inclusive, é possível que muitos dos ditos musicólogos devem ser estudiosos rants ouvidores de música erudita que só consideram tal como música rs. sendo tipo o que acontece aqui no fórum, mas em escala acadêmica. rsrs. só ideia. um dia vou buscar ver essas coisas ai.

entamoeba

pelo que entendi, e até voltando na analogia que fiz antes. seria o mesmo que dizer que um sorvete só é sorvete, se for de leite e tiver pedaços de chocolate. porque sorvete de agua com frutas não teria 'apelo estético ou gastronômico o suficiente'

mas voltando ao assunto de ser arte ou não, pela numeração das artes, já é o suficiente para definirmos toda música como arte. se funk é música, logo funk é arte. inegavelmente.

e como definir se funk é música?

pelos mesmos critérios que se define rock, hip hop, axé, sertanejo, samba, eletrônica, e outras mais, como música. Se funk não é música, nada disso é.

vamos partir do básico que tem nos livrinhos de música. funk tem harmonia, melodia, e ritmo (mesmo sabendo que essa não é mais abrangente definição de música, e que nem todo funk possui os 3 elementos). então sendo assim, como negar o funk como música?

apelo estético certamente é algo pessoal. por mais que você tente objetivizar isso, você não vai conseguir. a não ser que você possua embasamento científico, do tipo neurológico, ou psicológico, que indique que reagimos melhor a determinados padrões estéticos, como é o caso da simetria, e ainda assim tem aqueles que veem beleza em coisas assimétricas. ou seja, nem o certo é certo.
só não venha com filosofia pra cima de mim. do tipo um tiozão dos últimos séculos que escreveu livros de 300 páginas sobre o que ele acha da estética. não me interessa. ou você objetiva essa questão a luz científica ou nada feito.

considerar free jazz ou serialismo como música, mas funk carioca não, soa-me completamente absurdo.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# out/15
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cafe_com_leite

é verdade. bem observado.

cafe_com_leite
Veterano
# out/15
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e como definir se funk é música?

pelos mesmos critérios que se define rock, hip hop, axé, sertanejo, samba, eletrônica, e outras mais, como música. Se funk não é música, nada disso é.



Concordo com isso.

Wade
Membro Novato
# out/15
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ruído intencional

Isso não existe.

entamoeba
Membro Novato
# out/15
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Wade
ruído intencional

Isso não existe.


Já tinha me enchido desse tópico, mas essa "pérola" me animou! Explica aí, porque tá difícil de engolir!

rcorts
Veterano
# out/15
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makumbator
Vá em frente, mas saiba que gente muito qualificada já tentou fazer isso e não conseguiu. Tem livros só sobre esse assunto. É mais complexo definir música do que parece.


Realmente, som de perereca é música? se for bem expressivo e transmitir boa sensação então é música, mas não pode descuidar do ritmo também.

entamoeba
Design de sobrancelhas é Design?

Penso que sim. O papel do design é comunicar uma ideia ou conceito. Se um design de sobrancelha altera a fisionomia do indivíduo e colabora para alterar a percepção que as pessoas tem, sim.

Por isso qualquer vagabundo num bom terno e de barbas e cabelos bem aparados passa uma imagem de poder ou autoridade, pois comunica (na maioria das vezes ilegitimamente) que aquele indivíduo ou tem alto grau de instrução ou é bem sucedido financeiramente.

Posso estar enganado, mas você parece contestar o que é ou não arte através de uma perspectiva puramente elitizante e academicista. É a mesma postura adotada pelo maestro chefe do Makumbator que coloca rock e funk no mesmo balaio.

Eu posso até não gostar de funk e sertanejo universitário (como efetivamente não gosto), mas não me recuso a aceitar que meu gosto pessoal é insuficiente e ausente de objetividade para julgar se é ou não música. A meu ver, pelo meu conceito do que é música, funk é sim música, apesar de eu ser um dos que não vê a hora de que essa moda passe.

Agora, quanto a análise moral e ética do funk, essa é bem mais simples, porque esses valores são compartilhados pela sociedade "de bem", diga-se, cristã e economicamente produtiva. Mesmo assim, melhor julgar com base nestes valores do que abrir brecha para depravação generalizada e incitação ao crime.

renatocaster
Moderador
# out/15
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Design de sobrancelhas é Design?

Pois é, agora que vi isso. Pq não seria?

entamoeba
Membro Novato
# out/15 · Editado por: entamoeba
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rcorts
renatocaster
Usei como exemplo porque a regulamentação dessa profissão está próxima a sair e os "designers de sobrancelhas" não poderão mais utilizar essa denominação, a menos que cursem 4 anos numa faculdade de Design. Ademais, há uma penca de teóricos do Design que delimitam a atividade excluindo coisas como design de sobrancelhas, artesanato e afins. Nessa mesma linha tem:

Curanderismo é Medicina?

Auto-ajuda é Psicologia?

Pensar é filosofar?

Criacionismo é ciência?

Como já expliquei antes, as palavras servem ao que queremos comunicar e há interesses por detrás da delimitação da abrangência delas. Quem decide o sentido e a abrangência dos conceitos é a comunidade verbal que se serve deles, seja pelo uso corriqueiro, por imposição de autoridades em áreas específicas ou, até mesmo, por coação jurídica.

É inegável que somos beneficiados pelas restrições desses conceitos! Claro, toda decisão dessa natureza tem seus efeitos colaterais, mas, no geral, saímos no lucro!

Quando vamos ao médico sabemos que estamos nos consultando com um profissional que faz uso de práticas selecionadas pela comunidade científica ao longo de anos. Por isso, o nome "médico" traz consigo uma espécie de "selo de qualidade". Seria indesejável que qualquer um pudesse de autodenominar médico, não é mesmo?

rcorts
você parece contestar o que é ou não arte através de uma perspectiva puramente elitizante e academicista.

Não pretendo impor ou convencer de que deva ser assim. Estou sendo descritivo e também estou levantando possibilidades, enquanto outros dão as definições como algo certo e imutável.

A definição de "médico" também pode ser considerada "elitizante e academicista" e, convenhamos, não há mal algum nisso!

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