Tópico do "emocional musical" Vocês pensam nisso?

Autor Mensagem
Lelo Mig
Membro
# ago/15
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sobrevivente

Isso de equipamento dos outros é complicado mesmo, a gente estranha demais.

Key5
Membro Novato
# ago/15
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Gostei muito do tema deste tópico, acho um que é um ponto interessante a ser discutido.

Eu ultimamente tenho tido uma ansiedade digamos que em um nível considerável. O que tem me causado essa ansiedade não é nem pelo medo de errar na musica mas é porque eu sempre acho que vou passar algum tipo de vexame como sentir dor de barriga e acabar borrando as calças no meio da apresentação kkkkk , levar algum tombo na frente de todo mundo rsrs. E o pior que esse medo todo é muito irracional pois isso nunca aconteceu comigo (não me pergunte como eu arranjei isso kkk).

Eu também fico nervoso e tenso quando tenho que improvisar algum solo no piano pois (principalmente no meio de pessoas que sabem fazer isso melhor) eu sinto aquela obrigação de soar criativo e genial e acabo fazendo solos sem sentido e enfadonhos.

É interessante essa questão psicológica pra gente que trabalha com coisas artísticas. O cara pode fazer a melhor musica do mundo mas se ele não tiver fé no trabalho dele, se ele não acreditar que o trabalho dele é bom ele talvez nunca vai conseguir o objetivo que deseja. Faz pouco tempo que eu comecei a compor minhas próprias canções e eu só publicava elas nos grupos do soundcloud e aqui mas eu não compartilhava ela pros meus amigos do facebook porque achava que ninguém ia gostar e ia acabar metendo o pau nelas. Eu só tomei coragem mais ou menos depois de um ano (quando eu tinha uma música que achava que era realmente boa) e o resultado não foi muito diferente, algumas poucas pessoas curtiram mas ninguém me zuou huahsuha fora isso elas passam despercebidas pelo pessoal.

Particularmente esse é um defeito grande que eu tenho pois eu penso demais antes de fazer as coisas e acabo não fazendo nada e eu acabei criando medos muito infantis/irracionais .

Lelo Mig
Membro
# ago/15 · Editado por: Lelo Mig
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Key5

"o pior que esse medo todo é muito irracional "

Esse medo é o pior, sempre.

Se você ficar com medo de ladrão, pode racionalizar maneiras de se livrar ou se defender. Se você ficar com medo de fantasma, por mais idiota e infantil que seja, não racionaliza porque não visualiza uma forma lógica de enfrentar, então o medo toma conta. Sempre sentimos mais medo de coisas improváveis do que prováveis, isso é natural.

MMI
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig

Para você não se sentir sozinho...

Uma vez, quando tocava em banda, fui fazer uma apresentação para uma platéia relativamente grande. Os caras da banda eram tão ou mais inexperientes que eu. Mais ou menos como você, o primeiro acorde já saiu errado, todo mundo errou, foram uns 3 ou 4 acordes que ninguém se entendia, cada um ia para um lado e ninguém se achava. Pior: eu estava no teclado (promessa de desastre) e a banda ia na cola minha e na do outro guitarrista, que era quem tinha mais experiência (eu era cabação!). Como estava o caos, eu fiz cara de quem era fodão e estava tocando outside (na verdade, tão outside que estava errado mesmo). Fiz sinal para o cantor entrar no meio do caos, já que a intro não funcionou, mas o acompanhamento da voz era mais fácil e na dúvida deixava ele cantar a capella e achava a linha - sim, joguei o cara na fogueira. Rolou! Depois vieram falar que foi legal a entrada, o show foi perfeito. huahuahuahua

Quanto a síndrome do Rec... Coisa mais comum! Vi caras experientes travando. Mas tocar é algo que vem de dentro, depende do estado de espírito, da inspiração, da parte motora, do horóscopo, da fase da Lua ou sei lá o que. Tem dia, com um mesmo músico, que rolam várias músicas e ficam perfeitas, mas já tive dia de gravação de mais de 6 horas onde nada saiu, absolutamente nada, tudo foi para o lixo. Isso no palco é diferente, porque tem que sair alguma coisa obrigatoriamente. Nesses dias ruins de estúdio, melhor parar tudo e ir para o boteco. Melhor coisa.

guitarflip
Veterano
# ago/15
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sobrevivente
horrível tocar sem conhecer o equipamento eu cometi um erro dizendo que a regulagem do contra baixo era horrível eu só não estava acostumado com aquela regulagem mas era o gosto do cara
esse negocio de processar a burrice que é horrível piora a vergonha até n dar mais kkkkkkkkkkk

Ramsay
Veterano
# ago/15
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Eu meio que já passei por isso, numa das 3 bandas em que toquei na qual tocamos no clube Monte Líbano do Rio.
Confesso que sempre morri de vergonha de encarar uma plateia ou um palco e na primeira música eu travei e errei o solo.
E errei um pouco nas músicas subsequentes, mas, menos que na primeira.
Então, o empresário me fez tomar umas 2 ou 3 garrafinhas de cerveja e pronto. Eu me descontraí e acertei todos os solos numa boa.
Daí pra frente eu só entrava num show ou similar se tomasse antes pelo menos 2 doses de whisky.

Ismah
Veterano
# ago/15
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pianoid
acho que é uma paranóia comum kkkkk

só toco pra mim, nas poucas vezes em que familiares pedem pra eu tocar, só depois de alguns goles...


É sim vem comum, mas no meu caso estava acostumado com palco um ano atrás... Apenas parei de tocar praticamente, parei de estudar etc... Como disse, hoje o muito que estou pegando em algum instrumento é algumas horas por semana...

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig
O show de ontem foi legal. O volume do som estava adequado e a disposição de palco correta. Porém.....
O amp de baixo começo a falhar desgraçadamente (falta de manutenção) e bem que, se eu fosse alguém inexperiente ou "nervoso" podería ter colocado todo o trabalho à perder...
Mesmo com o som falhando o tempo todo, nem me fiz de rogado, continuei tocando, "agitando" e sorrindo, como se nada estivesse acontecendo, mexendo no amp algumas vezes pra tentar fazê-lo funcionar. O "técnico" (um dos donos da casa), mexeu algumas vezes no amp (controles e conectores), até que o maldito voltou a funcionar direito.
Na apresentação da banda foi a vez do amp de guitarra falhar também... Lamentável! Mas ninguém fez cara feia no palco ou "deixou a peteca cair"
Resultado: Até mesmo os outros músicos que estavam por lká elogiaram o show e o som.... Quem era "leigo", disse que nem notou. Uma garota achou que a ausência de baixo em algumas partes (como em todo o final de "Come Toghether") fosse "arranjo" da versão!
Eu... Bem... Não gostei nada daquilo, mas.... "The show must go on"...
Já estamos convidados para um novo show....
Ou seja: Nervosismo, "paúra", mêdo, etc... TEM QUE ser controlados ou simplesmente não existir. Ou então, como diz o Capitão Nascimento: "...Pede pra sair!..."
Abç

gpeddino
Veterano
# ago/15
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O que costuma me deixar apreensivo é estar pouco ensaiado. Mas quando estou nos trinques, só fico tenso antes de entrar no palco. Começado o show, levo numa boa.

Já fiz um show com minha banda fazendo a trilha ao vivo de um filme... Esse foi o mais tenso. Muitas músicas complicadas e tudo no click. Se algo saísse, era merda na certa. Mas no final tudo funcionou.

kiki
Moderador
# ago/15
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Lelo Mig
mais um bom debate com selo lelomig™ de qualidade

concordo plenamente contigo, tem um lance do emocional que dá todo o clima do negócio.

eu hoje acredito que inclusive erros tecnicos com um bom "feeling", "pegada", ou seja como chame isso, nem se nota.
o contrario, é o que voce relatou.

só pra constar na lista dos relatos, ano passado tocamos eu e meus irmaos no casamento do nosso irmao mais velho (o primeiro casamento da minha geração da familia, a banda é formada pelos irmaos e pela cunhada que era a noiva).
tava uma energia tão forte, todo mundo pilhado, que o arrisco dizer que foi minha melhor apresentação ao vivo (ok, não fiz mais que duas dezenas).
tecnicamente erramos pra burro, varias besteiras, mas nada que comprometesse.

Ismah
Veterano
# ago/15
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Mauricio Luiz Bertola
Nervosismo, "paúra", mêdo, etc... TEM QUE ser controlados ou simplesmente não existir.

A dita presença de palco, que é pré-requisito para uma banda, inclui essa frieza... Aqui o circo não pegou fogo hoje, a coisa fluiu com alguns problemas técnicos, o maior foi um monitor pessoal, que precisou ser trocado de canal no meio do show.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/15
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Ismah
Pódiscrê!
Cara, sou Professor Universitário, dou palestras, participo de simpósios, etc....
Se o cara não domina o público, se não sobre no palco com total domínio e confiança e naturalidade, dificilmente conseguirá passar suas idéias, suas pesquisas de forma total e "cativar" o público.
Técnica, treinamento, etc podem dar um "improvement" em quem não tem esse "talento", mas não vai elevar o cara a uma condição mais alta (nesse sentido).
Basta você ver um programa do Silvio Santos, uma peça do (falecido) Paulo Autran, um show do Led Zeppelin, do Jimi Hendrix, e comparar com um monte de artistas (apresentadores, professores, etc) sem carisma por aí...
Problemas de palco sempre existem, e o músico tem que "passar por cima deles", fazer o seu trabalho, entreter, e tocar com paixão (mesmo errando, mesmo não sendo um "virtuoso" - que é outro nível).
O ensaio, o treinamento, é o "dever de casa", tem que ser feito, o equipamento, é a "roupa", a "voz" do músico, o meio pelo qual ele se expressa (e, que hoje em dia é muito fácil ter...), e assim por diante...
Abç

MMI
Veterano
# ago/15 · Editado por: MMI
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Lelo Mig

Olha como o Rei fez quando se esqueceu completamente da letra da música. Dizem que ele até tentou fazer a backing vocal rir também, mas ali a banda era só de feras, ninguém caía e se caísse, caía de pé. kkkkk



Acho que só de ouvir já dá para sacar esse lance de "emocional musical".

Ismah
Veterano
# ago/15
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Mauricio Luiz Bertola
Problemas de palco sempre existem, e o músico tem que "passar por cima deles", fazer o seu trabalho, entreter, e tocar com paixão (mesmo errando, mesmo não sendo um "virtuoso" - que é outro nível).

E mesmo sendo um virtuose, é preciso estar no contexto. Acho feio pra caramba algumas bandas onde um dos músicos é virtuose, e esse faz dos outros sua banda de apoio. Tipo os ao vivos do RHCP, no começo da carreira, onde o Flea fazia isso.

MMI
Olha como o Rei fez quando se esqueceu completamente da letra da música.

Aqui no país se tem duas saídas:

A) Joga pra galera
B) Para a música e pede mais animação/faz um agradecimento (funciona pra quando estiver muito fora do tempo).

PianoGlauco
Veterano
# nov/15 · Editado por: PianoGlauco
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Uma palavra resume esse tipo de situação:

Autoboicote

Agora vem a parte de opinião, então se eu estiver falando bobagem, por favor releve e me corrija ou complemente, pois se você já estava completamente preparado pra apresentação, já estava estudado, som passado, convenções acertadas, o erro do baterista foi mero pretexto pra você se esborrachar e levar todos junto com você...

Provavelmente o fato de estar na TV (acho que eram aqueles programas da TV Cultura que eram filmados na Geociências da USP, né? Chute de macaco velho) faria com que vocês alçassem outro patamar em termos de reconhecimento, visibilidade, etc.

E como é difícil lidar com essas mudanças todas você e o batera no começo automaticamente deram um jeitinho de se manterem na Zona de Conforto...

carlcarl
Veterano
# nov/15
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tenho algumas horas de voo e consigo ter tranquilidade para antecipar quase tudo de errado que acontece nas apresentações e me adaptar.
conheço muito bem os meus limites e nunca chego a beira do precipício ,deixo sempre uma margem de segurança.
não tenho medo de errar e isto facilita,e troca as dificuldades pelo prazer.
costumo dizer aos músicos com os quais troco algumas notas musicais que o musico estuda horas e mais horas ,ensaia inúmeras vezes e na maioria das vezes erra na hora de se apresentar em publico,isto faz parte do show....
na minha maneira de ver as coisas ,estes momentos breves e únicos(estar num palco fazendo o que amo) eu os aproveito plenamente.
abç

Lelo Mig
Membro
# nov/15 · Editado por: Lelo Mig
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PianoGlauco

Cara, respeito sua visão, de verdade, e durante um tempo em minha vida também pensei assim....

Hoje em dia, não mais. Não há nem tem que haver razões para tudo. Não temos que ter responsabilidades diretas ou indiretas por tudo que acontece. Estar no controle das coisas 100% do tempo é de um porre sem tamanho.

As coisas simplesmente acontecem e dão errado muitas vezes... e ninguém vai mudar nem antever isso.

Calime
Veterano
# nov/15
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Lelo Mig

O fator humano muitas vezes é algo que de fato é incompreensível, que foge do controle. Podemos nos precaver de várias formas, treinar bastante, nos preparar....mas de fato não conseguimos antever e controlar tudo.

PianoGlauco
Veterano
# nov/15
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Lelo Mig

Bacana! Melhor assim... Por isso mesmo fiz as ressalvas todas... :-)

Abraço!

waltercruz
Veterano
# nov/15
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Bem no começo da minha carreira, se eu errasse no começo da apresentação, era ladeira abaixo até o fim. Hoje em dia, não.

Dependendo da situação eu tomo uma dose de Jack antes pra relaxar. Todo teclados e uso controladores/softwares, as vezes solto clique pro baterista, não é o tipo de coisa que do conta de fazer beubo.

Wade
Membro Novato
# nov/15
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Eu sempre fui e ainda sou muito tímido. Mas tocar é uma das únicas coisas que não tenho vergonha de fazer em público. Toda a minha ansiedade e nervosismo ao subir no palco vem do medo de algo dar errado (e sempre dá, normal...), não de estar na frente de muita gente em si.

As vezes, o nervosismo faz a gente focar, em algum momento, mais em qualquer outra coisa que no tocar, então sai um erro aqui, outro ali. Mas assim, minha banda toca Stoner/Grunge, não temos a menor pretensão de tocar matematicamente perfeito em todo o show. Não queremos ser o Rush.
Não descaracterizando a música, tá tudo lindo.

Marcos Jall
Membro
# nov/15
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Creio ser muito exigência e expectativa

No ensaio se exige muito para não errar

Depois cria-se uma enorme expectativa quanto ao show.

Mas é a vida.... e não podemos controla-la

Fazendo uma comparação :

Num jogo de futebol, mesmo fazendo cagada em uma jogada, vc não pára de jogar o restante da partida, e procurando fazer o melhor possível, sempre.

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