Tópico do "emocional musical" Vocês pensam nisso?

Autor Mensagem
Lelo Mig
Membro
# ago/15 · Editado por: Lelo Mig


Acho que este assunto nunca foi abordado aqui (usei a busca e não encontrei), então resolvi falar sobre ele.

Obs: Este tópico é para troca de experiências, dicas e conselhos entre músicos com experiência, mesmo que pequena, ao vivo ou em stúdio/gravações.

Ok, você toca direitinho, sabe as músicas de cor (ou lê partitura), não têm deficiências com o equipamento. Esta tecnicamente apto para tocar o repertório sem grandes riscos e esta ensaiado e entrosado com a banda. Certeza de boa apresentação? Não!

Uma pequena historinha, para elucidar.

Era 1983, várias bandas se apresentariam num evento na USP. Ao ar livre, palco montado próximo ao prédio de História, muita gente, TV presente e mostrando flashes ao vivo na sua programação.
Eu estava ensaiado, com domínio de meu equipo, som passado e com boa qualidade. Apresentaríamos quatro canções, nenhuma exigia nada que eu não pudesse fazer com facilidade.

Chegou nosso momento, subimos ao palco... A primeira música começava com uma frase de bateria. Nosso baterista errou a frase e eu entrei errado... à partir daí nada mais deu certo prá mim. A apresentação foi uma merda. A banda percebeu minha “instabilidade”, o clima ficou tenso com todos me olhando esperando a próxima cagada. A música não fluiu e obviamente a platéia não deu bola e a TV não nos colocou no ar. O vocalista foi inteligente e solidário, encerrou nossa apresentação ao fim da segunda música... respirei fundo aliviado. Nunca duas músicas demoraram tanto tempo para passar.

Não foi culpa do batera. Ele errou, todo mundo erra. Ele errou se corrigiu e não errou mais. Toda a banda após o erro inicial se acertou... mas eu não.

O que aconteceu?
Quando errei a entrada, fiquei muito nervoso. Isso me surpreendeu e piorou, porque não costumava ficar nervoso, sempre fui muito seguro. Mas fiquei nervoso e com isso muito i inseguro. Comecei por errar os tempos e entrar fora nas convenções. Optei pela “malandragem” de não fazer as convenções, deixar com a banda. Comecei a ter branco com a harmonia... novamente usei de “malandragem” fazendo soar notas perdidas e abertas e não executando determinados acordes. A segunda música tinha um solo, que eu adorava fazer, a banda caia a dinâmica e minha guitarra se destacava num solo lento com bends destacados... Senti que iria errar e sinalizei para banda que estava com problemas, para passarem batido pelo solo. Entenderam, fizeram uma convenção e “desviaram” do solo.

Trabalho autoral, nada disso percebido pela audiência. Não foi nada que os leigos da platéia percebessem tecnicamente, poderia ser contornado facilmente. Mas, por minha culpa, a apresentação ficou mecânica, fria, tensa. Uma apresentação típica de uma bandinha de merda sem graça e sem liga.

Acabada a apresentação me senti muito mal. Principalmente envergonhado. Era como se tivesse que provar pros caras que tão bem me conheciam e tocavam comigo há alguns anos: “Olha, eu não sou ruim...eu toco direitinho, juro!”

Eu não sei exatamente o que houve aquele dia. Não tinha motivos, aparentes, para perder o controle daquele jeito. Mas me marcou por muito tempo e criou um fantasma que passou a me aterrorizar antes de qualquer apresentação ao vivo. Precisei criar muitos mecanismos e rotinas para me apresentar bem até conseguir eliminar este fantasma por completo.

Não desconsiderem o emocional nunca. Não sejam inseguros mas não deixem sua autoconfiança lhe traírem. Pensem sempre na possibilidade de erros acontecerem e de como contorna-los.

Atletas costumam pensar nisso o tempo todo, mas a maioria dos músicos não... deveriam. Se o emocional te trair, todas aqueles acordes e escalas que você decorou não irão servir de nada. Talvez você nem lembre deles.

Você se prepara psicologicamente? Pensa nisso? Já teve este tipo de problema? Como fez/faz para corrigir?

Abraço!

Jabijirous
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig
Você se prepara psicologicamente? Pensa nisso? Já teve este tipo de problema? Como fez/faz para corrigir?

Eu bebo! kkkkkkkkkkkk

entamoeba
Membro Novato
# ago/15
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Ansiedade, minha nêmesis, diz para o corpo: fuja, se ficar aí você vai morrer! O disjuntor cai, desarmando a consciência, a musculatura enrijece e fica sensível como no frio, os movimentos trêmulos, a voz não sai.

Ao vivo, no nível do descrito, me aconteceu uma vez. Levei meu pedal duplo para o show, mas não trouxe a chave allem e o batedor do pedal soltou. Pedi um pedal emprestado para o baterista da banda que tocou antes. Quando sentei na bateria notei que a regulagem do pedal tava lá embaixo, quase encostado no chão (como aquele cara tocava daquele jeito?). Comecei a errar o tempo do bumbo, o que me deixou nervoso, daí me atravessei todo. Não consegui mais me recuperar. Parecia um iniciante! Nesse dia só queria sair dali. Na manhã seguinte o gerente da casa me ligou avisando que eu tinha esquecido minhas ferragens lá - de tão tenso, acabei esquecendo.

ogner
Veterano
# ago/15
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Jabijirous
Eu bebo! kkkkkkkkkkkk

Tenho treinado pra conseguir tocar de pilequinho social tb!!

aheuhaushwuhauehuha

Jabijirous
Veterano
# ago/15
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ogner

Nunca fui de ficar nervoso, mas quando fui dar a minha primeira aula para uma turma grande, aí o bicho pegou. Mas pra dar aula eu não bebo, né? kkkkkkkk Até pq são 10 anos de estrada, já me acostumei!

tito lemos
Veterano
# ago/15
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Eu sou expert em errar quando estou tocando com banda. Erros grotescos em coisas simples. Me sinto iniciante.

Lelo Mig
Membro
# ago/15 · Editado por: Lelo Mig
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tito lemos

É porque fica tenso?

Aandreep
Membro Novato
# ago/15
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Eu sofro com isso, a pergunta que surge, então, é: Como controlar o lado emocional? Fale ai Lelo Mig um dos seus mecanismos que você usou para vencer este "fantasma" kk

cafe_com_leite
Veterano
# ago/15 · Editado por: cafe_com_leite
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Eu sempre gosto de ver esse video aqui pra relembrar o quanto a falta de preparação técnica somada à noção disso atrapalha:





Eu criei tudo na musica. A ideia central era a base, porém criei essa linha melodica pra apresentar na escola (lembro que fiz a música só pra tocar na escola) Finalizei a composição um ou dois dias antes da apresentação. Lembro que na véspera da apresentação fui dormir 2 manhã porque estava repassando as frases.
Enfim, na hora foi o que saiu, no último solo me deu um branco e eu tive que improvisar (percebe-se por aquela nota fora).
Não saiu do jeito que eu queria, mas gostei de ter feito.


A lição que tiro disso?
Preparação é tudo.

Soultunes
Membro
# ago/15
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Sou bastante seguro com minha guita nas mãos, comigo nunca rolou uma travada emocional.

Claro que rola uma ansiedade, frio na barriga, eventualmente um nervosismo dependendo do evento, mas nada que cause um desequilíbrio emocional, mesmo quando rola alguma escapada e cagada no som, a vibe segue na boa.

Acho que é um problema relacionado a uma insegurança com sua técnica no instrumento, ou com seu conhecimento (digo a falta dele) do repertorio.

Não há porque ficar "travado" se a coisa esta suave tecnicamente para você e não estou falando em ser virtuose, até pq eu mesmo não sou.

Fico tenso caso tenha que tocar uma reunião em inglês, ai rola uma travada básica na língua, creio que é o mesmo mecanismo. De uns tempos para cá comecei a relaxar um pouco mais e não ligar tanto para pronuncia de algumas palavras ou eventualmente erros em estruturas gramaticais.

Não vou ficar um expert de uma hora para outra e enquanto isto não ocorre o que tenho tentado fazer é ficar o mais relaxado possível e caso o outro não entenda algo, repito e se eu não entender, peço para o outro repetir, sem muita cobrança pela perfeição, tem ficado bem mais fácil para mim nesta área.

Corroborando com o que disse acima, não sou confiante com meu nível de conhecimento no idioma e a travada é justamente por esta insegurança. Estudar e praticar resolve, em ambos os casos heheh

Com musica acho que seria por ai, o problema é que com a banda no palco, errou tem que relaxar e seguir tocando o som, não dá para parar e pedir para repetir.

A boa noticia é que dependendo do tipo de evento, para dar um exemplo, fazendo um som em boteco com banda de rock, 98% do publico não vai nem se ligar que você errou hahahahahahahaha

Difícil é fazer um recital, um casamento, mas ai entendo que quem topa este tipo de evento esta preparado para faze-lo.

tito lemos
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig

Rapaz, algumas vezes, sim. Mas é comum, mesmo sem tanto nervosismo, eu me desconcentrar. Tenho problemas sérios com isso.

guitarflip
Veterano
# ago/15
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cara eu toco na igreja até ai tudo bem ja passei da fase de ficar nervoso agora não fico nem se eu não souber muito bem a musica
POREM um dia fomos e uma igreja louvar mas não deu pra levar o nosso equipamento (imagina o cagaço) eu toco em um contra baixo de 4 cordas sem nenhum pedal e um amp da meteoro bonzinho até
chegamos la na igreja tinha logo um contra baixo de 5 cordas cheio dos pedais (nem sabia usar na época) mas a regulagem do baixo era HORRIVEL parecia um vibra call gigante o cabo que ligava ele ao amp tbm era todo zuado qualquer movimento demasiado dava aquele BZZZZZ ou seja eu estava mt tenso começou a dar aquele frio na barriga aquele calor infernal comecei a suar pq tipo eu só ouvia o baixo e a bateria do meu lado (perco a noção quando não escuto os outros instrumentos) FOI HORRIVEL parece que demorou séculos pra acabar a musica e eu errando tudo la kkkkkkkk
enfim agora nunca mais irei tocar em nenhum lugar sem meu equipamento

Del-Rei
Veterano
# ago/15 · Editado por: Del-Rei
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Hahaha. Tópico maneiro e bem importante.

Eu toco em banda há 14 anos e continuo inseguro e envergonhado de subir ao palco, rsrs. Óbvio que rolam várias notas fora.
Mas... Vamo que vamo!!!! Rsrsrs...

Jabijirous
ogner
Nas poucas vezes que mando um goró pra dentro, fico muito mais tranquilo e solto no palco. E certamente devo errar mais, rsrs.

Mas a merda é que com a porra da Lei Seca, fica impossível beber em 99% dos shows. Sempre volto dirigindo sozinho e diversas vezes fui parado em lei seca na madruga. Mas sempre sóbrio.


Um aceno de longe!!!

Lelo Mig
Membro
# ago/15 · Editado por: Lelo Mig
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cafe_com_leite

"A lição que tiro disso? Preparação é tudo."

Concordo... Mas quando aconteceu o exemplo que descrevi em meu tópico, e fazem muitos anos, eu estava absolutamente preparado. Até este dia eu pecava pelo excesso de confiança, tanto de meu preparo como de minha capacidade.

A lição que tirei é que se a possibilidade de ter um dia ruim, de errar, não fizer parte de sua preparação, quando ela ocorrer você não saberá lidar.

Aandreep

Ser prudente e ter convicção que algo pode dar errado (diferente de ser pessimista e achar que algo dará errado) é a primeira coisa.

Diminuir o peso da responsabilidade e fazer a coisa de forma mais leve e prazeirosa. Saber se divertir, inclusive com o erro.

Tomar cuidado com a vaidade de "no fundo", não estar usando sua habilidade para impressionar algo ou alguém. Demorei para admitir que eu era vaidoso.

Del-Rei

"continuo inseguro e envergonhado de subir ao palco"

Hoje em dia acho isso um ponto benéfico.

Pequei, no exemplo descrito, por ser seguro demais e absolutamente sem vergonha. Eu, no fundo, supunha que EU nunca iria errar ou fazer uma apresentação ruim, simplesmente porque eu era foda! Por isso um pequeno erro se tornou uma sucessão de erros e fugiu do controle.

Eu achava que "ter branco" era desculpa de quem não sabe.

Jabijirous
Veterano
# ago/15
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Del-Rei
Lei seca é brabo mesmo. Agora eu só bebo em casa, até pq a breja tá caríssima nos botecos da vida!

sandroguiraldo
Veterano
# ago/15
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Aconteceu comigo algumas vezes... lembro de uma vez em especial, fui tocar com uns amigos na festa do peão / aniversário de uma cidade no interior de SP. Evento grande na arena, palco bem estruturado até, porém uma galerinha mais fraca tecnicamente. Ensaiamos e estava tudo bonitinho, mas chegou no dia e:

O baixista trincou o dedo, só cantou.
A moça do violão foi pro baixo.
Um outro amigo assumiu o violão.

E ficou aquela maravilha. Não tinha como encaixar nada em cima do "chá-com-pão" que o violão fazia. O baixo, estava... bem... ele estava baixo! Não dava pra ouvir nada. Eu errei músicas que conhecia e tocava há pelo menos uns 5 anos... desastre.

Tive que aprender a contornar esses imprevistos:

1 - quando a banda erra
Não adianta ficar nervosinho e querer chutar o bumbo da batera. Eles erram, você também erra. Ou é um time ou você contrata sua "rising force band" e pode demitir os caras...

2 - quando eu erro
Errou porque? Não conhecia a música? Não tirou? Não tem habilidade para tocar aquele som? Esqueceu? Talento tem que andar de mãos dadas com preparo. Talento sem preparação é apenas uma pedra bruta, que pode passar despercebida, como confundir um diamante com carvão.

3 - quando cagam no som
Não tem muito o que fazer. Fecha os olhos e torce pra terminar logo.

4 - quando dá pau no equipamento
Lelo Mig já dizia: leve a menor quantidade possível de tralha. Um amigo foi tocar num bar uma vez, banda de tiozões, todos engenheiros e tal. Tinha um set de pedais tops, chegou na hora deu pau... e aí, até descobrir qual pedal que era... Resultado: vendeu tudo e comprou uma M13...

Em todas situações é preciso algo que você só vai aprender depois de quebrar a cara algumas vezes: resiliência!

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig
Não sinto ansiedade, não sinto insegurança antes e durante uma apresentação e não fico nervoso quando erro ou dá "branco"...
Fico danado quando o som está ruim, mas vou lá e toco...
Simples assim...
Abç

Lelo Mig
Membro
# ago/15
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Mauricio Luiz Bertola

Mas já deu/costuma dar "branco"?

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig
Já deu sim, mas não é comum não... Quando acontece, saio "metendo a mão" no braço (improvisando) até "me achar" de novo...
Talvez eu deva isto às minhas características pessoais e formação... Não sei...
Hoje tem show da minha banda. Sei que todos nós iremos errar. Normal...
Uma coisa que aprendi ao longo dos (muitos) anos tocando por aí, é que 90% do público não sabe que vc errou se o erro não for muito crasso ou coletivo, e presta atenção apenas no "canário", eventualmente nos solos.
O público é leigo...
Isso não quer dizer que não devamos buscar a perfeição no palco (até porque, para mim, ele é um espaço "sagrado").
Agora... "encanar" ou ficar nervoso ao tocar... Não é comigo...
Abç

Rednef2
Veterano
# ago/15 · Editado por: Rednef2
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Sei bem como é isso. Minha pior apresentação foi algo mais ou menos assim. Não sei o que deu em mim aquele dia, mas eu estava tocando como alguem que pega numa guitarra pela primeira vez na vida.
Solos de merda, sem pegada, sem bends, palhetadas sujas...... horrivel. Bases fora do ritmo.... e olha que as musicas tinham uns 3 acordes apenas.

Fernando
Veterano
# ago/15 · Editado por: Fernando
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Uma vez, no show de uma banda cristã da qual eu fazia parte, fomos começar uma música em que todos entravam juntos. O batera conta: "1, 2, 3 e 4", todo mundo entra no tempo certo, mas todos notam que algo está MUITO errado. Tocamos uns 4 compassos e paramos a música, não tinha como continuar, estava bizarro. Todos da banda se olham, verificam se estão tocando no tom e tal. O vocalista fala: "Vamos de novo". Mesma coisa! Paramos de novo, todos olham pro baixista (sempre o baixista), mas ele fala: "Nem vem, eu estou certo!". O baixista era meu irmão, toca muito, então eu sabia que ele não tinha errado.

Aí fui ver o violão do vocalista e achei o problema: ele colocou o capotraste uma casinha antes do que deveria. Ou seja, tava tocando meio-tom abaixo de todo mundo hahaha. Ele consertou a posição, deu um sorriso, fez uma brincadeira com a plateia e começamos de novo, dessa vez tudo certo.

Enfim, acho que ter que parar uma música no meio é a pior coisa que pode acontecer. Mas, se você souber sair disso "com estilo", não será o fim do mundo. O clima não pode ficar pesado. Errou? Dá um sorriso e bola pra frente. A plateia vai achar isso legal. Mas, se todos ficarem carrancudos e nervosos com um erro, é muito pior. No entanto, eu sei que na prática é bem difícil.

Lelo Mig
Membro
# ago/15
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Fernando

"todos olham pro baixista (sempre o baixista),"

Cara isso é fatal né? Qualquer instrumento desafinado ou fora do tom e parece que é o baixo que esta desafinado.....o baixista sempre é a vitima dos olhares repreensores....kkkkkk

Ismah
Veterano
# ago/15
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Você se prepara psicologicamente? Pensa nisso? Já teve este tipo de problema? Como fez/faz para corrigir?

Cara eu sou MUITO ansioso, como técnico, dificilmente durmo o dia antes do show. Mas fiquei chateado, eu realmente entrei na zona de conforto e parei de tocar a mais de um ano. As poucas vezes que toco, é para gravar algo, ou jogar no Rocksmith.

E isso virou vício! Hoje quando fiz o sound check de um 12 cordas, no estúdio onde a banda grava, eu não consegui lembrar de outra música que Knockin on heavens door.

E tenho uma lista com 30 músicas que eu toco de cabo a rabo que uso como sound check ao vivo!

Já havia tido essa impressão outras vezes, que se perceber alguém me olhando, eu travo. Mas achei que foram casos isolados. LEDO engano!

O que me leva a concluir que preciso voltar a estudar IMEDIATAMENTE.

pianoid
Veterano
# ago/15
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Ismah
se perceber alguém me olhando, eu travo

acho que é uma paranóia comum kkkkk

só toco pra mim, nas poucas vezes em que familiares pedem pra eu tocar, só depois de alguns goles...

a vantagem de ser um autista cego nessas horas é óbvia

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# ago/15
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....tem dia que simplesmente da errado.

Ja passei por isso mas, eu estava sem muito ensaio, problemas pessoas me sobrecarregando e estava meses sem tocar num palco. Eu suava demais, a banda conseguiu segurar meus erros. No final o pessoal gostou e fiquei tranquilo.
Acho que não ha muito o que fazer num dia de azar, podemos mitigar os problemas seguindo as dicas de ensaiar, deixar em bom estados os equipamentos, etc.

Subir num palco é também correr o risco de dar tudo errado, se expor, faz parte.

MMI
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig

Isso aí tem solução, é como o B.B King falou uma vez. No momento do entrar no palco, você se convence que é O CARA, o mais fodão, ninguém no mundo faz isso melhor que você. Essa empáfia toda você deixa no palco, esquece lá, na hora de sair e acabar o show.

Num vídeo do Victor Wooten ele diz que o máximo que se pode errar é meio tom, então um bend, um ligado para cima ou para baixo corrige a nota errada. O lance é esse, esquece que errou, na hora tenta corrigir. Não pode deixar a peteca cair, parar ou se abalar, NUNCA. Exige uma certa cara de pau e traquejo. Uns amigos meus, excelentes músicos que são acostumados a encarar palcos e plateias pelo mundo, quando dão uma fora não se abalam em nada, zero, sem reação nenhuma, capaz até de fazerem cara que se acham o máximo na hora. Vi um desses caras ser elogiado por gringos porque ele esqueceu o acorde na hora e emendou uns 5 acordes em sequência no mesmo compasso até achar. É traquejo, cara de pau, uma certa sem-vergonhice. kkkkk

Fernando
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig
hahaha pois é, nessas horas o baixista é o primeiro a levar a culpa, incrível.

MMI
Já li uma frase assim: "Errou uma nota, ok, não se desespere. No próximo compasso erre a mesma nota de novo e todo mundo vai pensar que foi de propósito".

pianoid
Veterano
# ago/15
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MMI
Vi um desses caras ser elogiado por gringos porque ele esqueceu o acorde na hora e emendou uns 5 acordes em sequência no mesmo compasso até achar. É traquejo, cara de pau, uma certa sem-vergonhice.

improviso é isso aí kkkk

Lelo Mig
Membro
# ago/15 · Editado por: Lelo Mig
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MMI

Sim... têm solução e solucionei há tempos....encarei muitos palcos nesta vida, sem problemas, inclusive plateias grandes, ainda bem...hehehe.

Contei este acontecido e o pós trauma, que durou um tempo, para desenvolver o tópico, ver as experiências de cada um.

É como a "síndrome do REC", em studio, que eu nunca tive, mas cansei de ver músicos tarimbados sofrerem com isso. (Essa você deve conhecer bem de perto, né?)

sobrevivente
Veterano
# ago/15 · Editado por: sobrevivente
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guitarflip
enfim agora nunca mais irei tocar em nenhum lugar sem meu equipamento

Aconteceu algo muito similar ao que aconteceu contigo. Mas a diferença é que eu toquei com a minha banda na própria igreja que costumo tocar, porém com equipamentos totalmente diferentes, pois era um evento em que iríamos somente fazer uma participação, e uma banda de fora era a que ia comandar o som. Era um evento de jovens, e tinha praticamente TODOS os jovens da cidade da nossa igreja.

A banda convidada abriu o evento, mandando a ver no som. Tocavam muito bem, e o som estava bem legal. Daí chegou a oportunidade de tocarmos.

Usei somente minha guitarra, mas os pedais e o amp era o do guitarrista da outra banda, e foi algo bizarro. Não tinha o som que eu gostava, não tinha as regulagens que costumo usar, não tinha minhas latinhas ali e nem meu amp, somente minha guitarra. Meu psicológico foi minando a partir do primeiro acorde que dei para testar o som. Terrível.

Selecionamos 2 músicas que estávamos acostumados a tocar, uma mais agitada e outra mais calma. Na mais agitada não foi de todo ruim, mas sentia que não estávamos tocando como sempre. Mas o golpe maior foi na última música. Eu e o resto da banda começamos a desandar, a fazer um som tão terrível que comecei a ficar extremamente envergonhado de ficar ali. Ficava imaginando que nunca tocamos daquele jeito, e comecei a errar mais ainda. Todos ficavam olhando pasmos pra aquela situação, não sabiam onde enfiar a cara. Imagina nós ali da banda.

Após o término eu sentei em um banco na parte de fora da igreja e comecei a processar mentalmente a bizarrice que havia acontecido. A vergonha foi uma das maiores que já passei, algo que nunca mais quero sentir.

Mas enfim, estamos sujeitos a isso, acontece. Mas uma coisa é certa: eu nunca mais toco em equipamento dos outros, não sem ao menos ter a oportunidade de passar o som e fazer nossas regulagens antes de tocarmos.

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