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sanabria Veterano |
# jan/15
Sempre vejo o pessoal dizendo que gosto musical não se discute, que não existe música ruim, o que existe é música que você gosta e que você não gosta.
Concordam ou discordam?
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Casper Veterano
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# jan/15
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Caro sanabria:
Claro que existe música ruim. Música é como tudo na vida.
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Ismah Veterano |
# jan/15
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Não é viável a convivência, intervindo na vontade alheia. Quero dizer, é necessário o individualismo, para existir a boa convivência. E principalmente o respeito mútuo de opiniões opostas e contrárias. Há um vídeo tratando de teísmo e ateísmo que trata muito bem.
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sanabria Veterano |
# jan/15
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Ismah
"E principalmente o respeito mútuo de opiniões opostas e contrária"
Acho que devemos respeitar as pessoas e não opiniões, também penso que cada pessoa tem o direito de escutar o que quiser. Meio redundante dizer isso, pois "opostas" e "contrarias" são sinônimos, ou seja a mesma coisa.
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sanabria Veterano |
# jan/15
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Casper
O que seria "música ruim"? Você pode adorar metal e guitarras com distorção, mas tem pessoas que detestam, acham ruim, isso é muito relativo.
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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Existe música mal feita e sem proposito artístico. Isso é feio.
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MrYuriSilva Veterano |
# jan/15 · Editado por: MrYuriSilva
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Na música vale tudo, mas em tudo na música tem um nível de qualidade e ritmo musical não tem nada a ver com qualidade.
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Slash_1989 Veterano |
# jan/15
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Acho que uma música é boa ou ruim dependendo do propósito para o qual ela é feita: pra vender, pra apreciar, pra ouvir em churrasco, pra ouvir depois de um pé na bunda, etc...
Beethoven seria uma péssima música para um churrascão na laje, da mesma forma que Naldo é música ruim quando se quer apreciar a arte por trás disso.
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Lelo Mig Membro
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# jan/15 · Editado por: Lelo Mig
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sanabria
É assunto bastante complexo. Concordo com a colocação de música boa para determinado meio, conforme escreveu o Slash_1989.
O "gosto x não gosto" é importante e determinante... mas, têm muito a ver com o meio social, a formação (qualquer uma, inclusive a da vida) e principalmente com cultura.
Não conheço alguém que leia Kafka ou Flaubert e assista filmes de Polanski ou Felinni, por exemplo, que curta Naldo ou Latino... pode parecer pretenso, mas costuma ser real, na maioria das vezes.
Quanto ao discutir... se discute sim. A discussão de alto nível nos faz evoluir, nos difere dos imbecis. Só não se pode confundir as coisas, discutir não é impor sua verdade, não é agir com violência, seja verbal ou física, para empurrar suas convicções. Isso é coisa de fanático, e fanáticos são doentes.
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BSE_Andre Veterano |
# jan/15
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Concordo principalmente com o último parágrafo do Lelo Mig. Gosto se discute sim. Mas em vez de falar das coisas que não gostamos, seria bem mais interessante falar das coisas que gostamos e do porque gostamos delas. Numa discussão madura, a pessoa que está nos ouvindo presta atenção justamente no "porque", e não tanto no "que" a gente gosta.
Esse lance de tentar impor sua verdade é coisa de fanático e de adolescente que começa a descobrir um monte de música legal e não sabe lidar com isso e com o fato de que existe muito mais coisa legal além daquilo que ele acabou de descobrir. O segundo eu entendo e deixo pra lá, o primeiro já é mais preocupante.
*E conheço gente que leu Kafka, Dostoiévski, entre outros, e curte Garotos Romeu, algumas coisas de funk, Megadeth, Dream Theater e muitas outras coisas bem questionáveis.
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Casper Veterano
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# jan/15
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Caro sanabria:
Você pode adorar metal e guitarras com distorção, mas tem pessoas que detestam, acham ruim, isso é muito relativo.
E o que o gênero da música se relaciona com o assunto? O pensamento mais limítrofe que um ser humano pode ter é esse: generalizar a partir de um conhecimento limitado. Obviamente, qualquer gênero pode ter coisas de maior ou menor qualidade. Sim, apesar dos politicamente corretos ficarem arrepiados, qualidade é um conceito que pode ser aplicado a tudo na vida.
Nem toda literatura é igual. Nem todos carros são iguais. Nem toda comida é igual. Nem toda bebida é igual. ... Nem todo(a) (... complete aqui...) é igual.
Mas tenho a impressão que a música sofre de um mal, que a música é tratada como uma arte acima da qualificação.
Alguém acima tentou justificar que Naldo, em certos momentos, seria mais adequado que Ludwig van Beethoven. Só consigo sentir pena de quem prefere Naldo a Ludwig van Beethoven, em toda e qualquer situação, na lage, na casinha, na fazenda, em qualquer lugar.
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Lelo Mig Membro
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# jan/15
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Casper
Tocou na ferida, que insinuei nas entrelinhas, quando disse:
"Não conheço alguém que leia Kafka ou Flaubert e assista filmes de Polanski ou Felinni, por exemplo, que curta Naldo..."
Estes, mesmo no churras na laje, vão ouvir outras coisas. Continuo achando que tem tudo a ver com cultura!
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Slash_1989 Veterano |
# jan/15
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Só consigo sentir pena de quem prefere Naldo a Ludwig van Beethoven
Só consigo sentir pena do nerd chato que tapa os ouvidos num churrasco da faculdade porque ta tocando rock ao invés de mpb...
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M.Leoni Membro Novato |
# jan/15
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Se existe música boa e ruim, precisam-se de parâmetros para "medir" a qualidade da música, quais parâmetros seriam esses?
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Slash_1989 Veterano |
# jan/15
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M.Leoni A priori, seu impacto na época X sua permanência através dos anos/séculos...
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AtalaBukas Membro Novato |
# jan/15
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M.Leoni
Se existe música boa e ruim, precisam-se de parâmetros para "medir" a qualidade da música, quais parâmetros seriam esses?
Com certeza. Sempre existiu música ruim. Agora, o que permanece para nós, das músicas dos séculos passados, deve ter algum valor, para continuar existindo. Tanto a música clássica como a música popular. Tudo que é bom se modifica e progride. Se o funk carioca, como muitos artistas pregam, tem algum valor musical (no caso, o ritmo), isso só o tempo dirá; ou seja, se ele tiver relevância para a produção musical do futuro. Essa é minha opinião: o que é bom sempre vai achar um meio de continuar existindo e influenciando às novas gerações, mesmo que seja relegada por determinado período. Aconteceu isso na Idade Média. E sempre é assim. Existem valores universais que não podem ser destruídos.
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Ismah Veterano |
# jan/15
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Vai dar pano pra manga...
sanabria Acho que devemos respeitar as pessoas e não opiniões
O respeito se dado a pessoa, inclui sua opinião... Por respeitar a opinião de fulano que LP é mais versátil que Strato, que eu não atiro em quem afirma isso. kkk
também penso que cada pessoa tem o direito de escutar o que quiser
Como também... Fazer o que quiser, como e quando quiser. Desde que isso não envolva terceiros involuntariamente.
Meio redundante dizer isso, pois "opostas" e "contrarias" são sinônimos
Seria uma elipse mal feita. kkkk
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Wuju Wu Yi Membro Novato |
# jan/15
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Gosto musical se discute, mas quando começa os argumentos como "esse gosto é uma bosta" ai a discussão acaba, e cada um anda pra um lado. Porque ai vira perca de tempo.
Eu não acredito que tenha um gênero musical que não tenha Nada de interessante. Particularmente sou um cara que consigo ver o melhor das coisas, então simplesmente Não entendo o pessoal que insiste dizer que "não consegue ouvir genero tal" ou que "genero tal é um lixo" e etc.. Enfim Como eu entendo praticamente todo mundo que chega em mim e me diz que gosta de tal coisa, seja ela pagode, metal, funk, musica erudita, jazz, samba, axé, tchaca tchaca, não entra na minha cabeça essas opinições de ódio e rebaixamento.
É muito importante como falaram ai, respeitar Principalmente as pessoas, e depois tentar entender os generos, pra assim acabar com o preconceito musical e tornar-se uma pessoa mais feliz.
E claro, acho alguns generos "melhores" que outros, mas faço questão de colocar o "melhores" entre aspas porque nem sei se os parametros que eu uso realmente servem pra definir o que é melhor. Eu consigo contra argumentar comigo mesmo o tempo todo pra fazer diferentes generos parecerem melhores para mim. Então no final, acabo pensando que o "melhor" é algo que não se define, e que gosto influência quase que totalmente.
Além de que mesmo os generos que acho "melhores" eu enjoo se ouvir demais. Onde existe um ciclo de que quando enjoo de algo vou ouvir outra coisa que acho foda, e novamente enjoo e vou ouvir outra coisa, até que em certo momento ouço a primeira coisa e o ciclo se repete. Não necessariamente em períodos longos. Em um dia escuto muita coisa que não tem nada haver com a outra. Creio que depois que vc aprende a ouvir as coisas com diversidade, nunca mais consegue se fixar em um estilo ou gênero em específico.
As vezes acho que quem houve o mesmo gênero o dia Inteiro, sente vontade de bater a cabeça na parede de Tédio e Gastura. O que explicaria porque alguns metaleiros fazem isso. /piada a parte, brincadeira.
Mas resumindo em um frase a pergunta do tópico: Gosto musical de discute, com respeito, mente aberta, humildade e educação.
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sanabria Veterano |
# jan/15
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Acho que dá para avaliar sim se uma música é boa, embora acho isso meio relativo, por exemplo, não vejo nada de qualidade em um funk carioca, é tudo desafinado, a mesma batida, acho de péssima qualidade um som assim.
Lelo Mig
Acho que a música tem o poder de transmitir "energias" boas e ruins, acho que uma música que passe uma mensagem boa por exemplo, vai trazer muitos benefícios para uma pessoa.
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sanabria Veterano |
# jan/15
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Slash_1989
Concordo, e tem musicas que são apenas para um verão, as pessoas querem dançar e não estão muito a fim de analisar e ver se a letra é tem alguma poesia.
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sanabria Veterano |
# jan/15
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AtalaBukas "Se o funk carioca, como muitos artistas pregam, tem algum valor musical (no caso, o ritmo), isso só o tempo dirá"
O tempo já disse, muitas desses funks já caíram no esquecimento.
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sanabria Veterano |
# jan/15
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Ismah "O respeito se dado a pessoa, inclui sua opinião."
Uma pessoa que gosta de funk carioca, e eu dizer que acho péssimo gosto musical dela, não estou desrespeitando a pessoa em si.Como qualquer pessoa pode discordar de uma opinião, e isso não necessariamente é um desrespeito a mim, só quando passa para o lado pessoal, aí sim seria falta de respeito a pessoa, mas ideias podem ser discordadas, por isso disse respeito pessoas, e não ideias, se uma pessoa dizer que acha correto bater em animais, por que devo respeitar essa ideia?
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Wuju Wu Yi Membro Novato |
# jan/15
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sanabria Uma pessoa que gosta de funk carioca, e eu dizer que acho péssimo gosto musical dela, não estou desrespeitando a pessoa em si. Você está, porque o gosto da pessoa é uma parte dela. E a não ser que sua intenção seja que a pessoa n goste de falar com vc, comentários negativos não são boa idéia.
Enfim, eu gosto de funk, principalmente os dos anos 90-2000-2004. Eu ouvia na infância, em colégio particular, e sem nenhuma malícia. Porque era simplesmente divertido. E em momento algum eu julgava harmonia ou melodia. E acho isso saudável. E gosto de resgatar esse sentimento ouvindo. Ouvir só porque gosta e não pensando em varias regrinhas.
E também. Eu gosto de putaria. Então hoje em dia funk me é muito interessante por esse lado também.
Não gosto das letras do funk ostentação. Mas já deve ter visto esse vídeo.
Representa as crítica minhas e de muitos a ostentação. Mas fora isso, veja que genial o funk Carioca fica se misturar com uma harmonia legal. O ritmo do funk carioca é muito bom.
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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AtalaBukas Se o funk carioca, como muitos artistas pregam, tem algum valor musical (no caso, o ritmo), isso só o tempo dirá; ou seja, se ele tiver relevância para a produção musical do futuro.
Mas ai tu falou um negocio interessante. O funk carioca começou no final da década de 90. Passou por claudinho e buxexa, os malucos do eu só quero é ser feliz, dai saiu da bateria eletrônica e entrou nos sons de atabaque ( sei lá que instrumento de percurssão é aquele), como aquela batida de O Créu. Ai dai pra frente a sensualidade e sexualidade só cresceu. A batida mudou pra aquele som de gente imitando percurssão igual um endominhado. Veio o tal do proibidão que faz apologia ao crime. Aqui pra São Paulo desenvolveu o tal do Funk ostentação. Defitivamente o negocio se alastrou pelo Brasil inteiro, mas com o centro de sua força em Rio e São Paulo.
Ou seja, já se vão quase 20 anos de um processo de modificação e de aumento de popularidade.É um tempo relativamente curto, mas que já significa alguma coisa, não é só uma moda.
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erico.ascencao Veterano |
# jan/15
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O gosto musical em si se discute. Já a qualidade eu acho bastante subjetivo. Por mais que eu, fã de rock, fale as vezes que "funk é uma bosta", eu não tenho argumentos objetivos para basear este meu argumento. Por isso, pensando racionalmente, eu acredito que tem sertanejo universitário bom, funk bom, axé bom...
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Wuju Wu Yi Membro Novato |
# jan/15
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AtalaBukas Questionar o valor ritmo do funk é céguismo musical, na minha humilde opinião. Agora porque ninguém mistura com outros ritmos, isso eu não sei. Eu gostaria muito de ouvir mais música como a desse vídeo do Krieger ai. Como você disse, com o tempo, e superação de preconceito creio que o pessoal vai começar a fazer esse tipo de trabalho. Ou pelo menos espero, porque se ninguém fizer vai ser um desperdício.
erico.ascencao Você chegou num ponto que acho muito importante. Que é reconhecer a falta de sustento da maioria das críticas que as pessoas fazem. E como você disse, realmente tem muito sertanejo, funk, axé, bom, e só não admite quem quer fingir e bater o pé que os únicos gêneros bons são os da própria preferência.
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entamoeba Membro Novato |
# jan/15 · Editado por: entamoeba
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Gosto não se discute porque não estamos preparados para discutir.
...mas vamos tentar, né?
Num filme, por exemplo, podemos dizer que duas coisas estão em jogo:
1) Se o filme é convincente (verdadeiro, crível): ou seja, se você é capaz de imergir no enredo, esquecendo que está sentado em uma cadeira de cinema, assistindo a uma projeção luminosa e que aquelas pessoas ali representadas são atores seguindo um roteiro. Em uma experiência imersiva convincente você praticamente vivencia a história.
2) Se a história atende suas expectativas, ou seja, se ela te surpreende positivamente, se não ofende tua moral, se não te frustra demais etc.
Explico: Uma pessoa que "não gosta de filmes de terror" geralmente é capaz de imergir no filme (1), mas se sente mal com as vivências propostas (2). Já uma pessoa que "não gosta de novela mexicana" provavelmente não foi capaz de imergir na história (1) por conta da péssima atuação dos atores (famosos canastrões).
Semana passada estava num bar e a rádio sintonizada era a Antena 1. Começou a tocar um cover de "American Pie", de Don McLean, em uma versão quase "dançante", na voz de uma moça. Na versão original, McLean transmite com a entonação de sua voz um sentimento saudosista, ligeiramente melancólico, que confere à música sua verdade (1). Na versão da moça a carga emotiva ficou "flat". Por mais que tenha ficado "bonitinho", ela assassinou a música!
(por enquanto é isso, senão ninguém lê).
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shoyoninja Veterano |
# jan/15
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Entamoeba e como se determina objetivamente se, por exemplo, o item 1 ocorreu ou não?
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entamoeba Membro Novato |
# jan/15
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shoyoninja Você não espera que haja uma resposta trivial para isso, né? Uma discussão somente sobre "objetividade" iria longe, já que não há consenso sobre o assunto. O agravante, nesse caso, é que estamos tratando de sistemas extremamente complexos, com incontáveis variáveis. O método que serve às ciências naturais não dá conta de assuntos tão complexos, seja por nossa incapacidade para conhecer e levantar todas as variáveis, seja pelo nível de complexidade da relação entre essas variáveis. Ademais, mesmo os dados coletados de maneira rigorosa estão sujeitos a interpretação.
Se um dia eu for capaz de quantificar o bom gosto da maneira que você exige, não te darei a resposta num fórum, te direi para comprar meu livro!
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Henry D. Thoreau Membro Novato |
# jan/15
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sem proposito artístico
qual o limite entre expressão e arte?
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