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Mensagem |
Bero Vidal
Veterano |
# dez/05
Muita gente rala muito pra conseguir ganhar o primeiro tostão com música. Outros já nascem como a Sandy: virada pra lua!
O mercado anda de mal com você ou suas músicas já estão ficando em desuso?
O que fazer para ganhar dinheiro em um mercado tão competitivo e desonesto como o mundo da música?
Será que o músico é uma profissão que depende eternamente do acaso ou se estudarmos música de verdade temos o futuro garantido?
São perguntas reflexivas que todo amante, iniciante ou profissional da música deve fazer a si próprio.
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André GuitarMan
Veterano |
# dez/05
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Bero Vidal
É amigo, totalmente de acordo! Ainda bem que tocar por enquanto é só uma paixão e diversão... pq eu se vivesse disso, já estava morto de fome! Gostaria sim de ganhar dinheiro exclusivamente com música... mas infelizmente, como vc disse, o mercado é competitivo e desonesto. Seja qual for seu estilo de tocar, sempre que vc bater nas casas pedindo um espaço eles vão querer que vc se apresente atroco de cerveja... as vezes nem isso tem, ou seja... o objeto dos donos de casas é sempre esse:
* Conseguir o máximo de bandas ou músicos à custo ZERO, pois isso pesa bastante no nosso faturamento mensal.
Fica aqui a minha tristesa e indignação com a situação, pois como todas as outras profissões, dispende-se um certo "preço" até chegarmos à algum lugar!
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Fritz_mkvl
Veterano |
# dez/05 · Editado por: Fritz_mkvl
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Arrume um emprego de verdade para poder sustentar o vício em música.
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André GuitarMan
Veterano |
# dez/05
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Fritz_mkvl
É o q eu faço atualmente... me formei em uma outra área, que tb gosto (Sistemas de informação) e trabalho com isso... Mas se a situação fosse outra, com certeza eu não tinha seguido esse caminh...
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Fritz_mkvl
Veterano |
# dez/05
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André GuitarMan
Pretendo arrumar um emprego de meio periodo e aproveitar o resto pra exercitar o vício.
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Mauricio Luiz Bertola
Veterano
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# dez/05
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Bero Vidal
Depende do que vc quer para sua vida. Se vc é uma pessoa de origem humilde a música pode te dar um ganho mensal próximo ao nível da sobrevivência, ou seja, vc continuará pobre (e terá que dar aulas, tocar em barzinho música do Wando e Pagode, etc). Se mesmo assim vc se tornar um profissional com uma "gig" certa em uma grande banda (não no Babado Novo por exemplo), dará para vc alugar um apezinho de quarto e sala em um subúrbio distante e pagar minimamente seus impostos e necessidades, como um plano básico de saúde, comprar um carro usado, vez por outra um equipo de médio preço (um pedal, por exemplo), mas não poderá pagar uma escola particular para seu filho (se vc cometer a bobeira de ter um), ou comprar um apartamento ou carro zero.
Se vc é uma pessoa de classe-média e não tem parentes músicos ou não é "enturmado" e não toca como o Yamandú (ou seja, tem um talento realmente fora do comum), vc descerá de classe social ou se manterá na mesma se tiver muita sorte ou trabalhar em estúdio e tocar numa banda cover grande como o Celebrare ou Soul de Quem Quiser, por exemplo.
Agora, se vc é rico, faça o que quiser que dá, mas creio que aos 30 ou 40 vc terá que largar a música para gerir as empresas de sua família.
Abç
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hell_boy
Veterano |
# dez/05
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Depende do que vc quer para sua vida. Se vc é uma pessoa de origem humilde a música pode te dar um ganho mensal próximo ao nível da sobrevivência, ou seja, vc continuará pobre (e terá que dar aulas, tocar em barzinho música do Wando e Pagode, etc). Se mesmo assim vc se tornar um profissional com uma "gig" certa em uma grande banda (não no Babado Novo por exemplo), dará para vc alugar um apezinho de quarto e sala em um subúrbio distante e pagar minimamente seus impostos e necessidades, como um plano básico de saúde, comprar um carro usado, vez por outra um equipo de médio preço (um pedal, por exemplo), mas não poderá pagar uma escola particular para seu filho (se vc cometer a bobeira de ter um), ou comprar um apartamento ou carro zero.
Se vc é uma pessoa de classe-média e não tem parentes músicos ou não é "enturmado" e não toca como o Yamandú (ou seja, tem um talento realmente fora do comum), vc descerá de classe social ou se manterá na mesma se tiver muita sorte ou trabalhar em estúdio e tocar numa banda cover grande como o Celebrare ou Soul de Quem Quiser, por exemplo.
Agora, se vc é rico, faça o que quiser que dá, mas creio que aos 30 ou 40 vc terá que largar a música para gerir as empresas de sua família.
Abç (2)
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Brunorocker
Veterano |
# dez/05
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O que você faz pra ganhar dinheiro com música?
coisa q eu nao faria, mas q muita gente faz, é deixar de tocar oq gosta pra tocar oq está na moda.
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Kirk_Hammett
Veterano |
# dez/05
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Pretendo arrumar um emprego de meio periodo e aproveitar o resto pra exercitar o vício.(2)
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Mauricio Luiz Bertola
Veterano
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# dez/05
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Brunorocker
Daí vc não ganha dinheiro.
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DIEGOGUITAR
Veterano |
# dez/05
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Brunorocker
Daí vc não ganha dinheiro.
(2)
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Rodrigo Yoshida
Veterano |
# dez/05
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Mauricio Luiz Bertola
nossa cara, triste essa imagem que vc passou de músico hein... hehe
na cidade onde morava tinham bandas de pop rock arrancando uma grana violenta, de repente eles apareceram com gibson, carro novo e etc...
mas creio q isso é sorte...
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Fritz_mkvl
Veterano |
# dez/05
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nossa cara, triste essa imagem que vc passou de músico hein... hehe
É triste porque é verdadeira.
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otavio016
Veterano |
# dez/05
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pra mim, foda-se se eh dificil...
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otavio016
Veterano |
# dez/05
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nao vo desisti
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Rodrigo Yoshida
Veterano |
# dez/05
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nossa cara, triste essa imagem que vc passou de músico hein... hehe
É triste porque é verdadeira.
Sad but true...
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Fritz_mkvl
Veterano |
# dez/05
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otavio016
Você é sustentado pelos pais né?
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Rodrigo Yoshida
Veterano |
# dez/05
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eu já pensei em tentar viver de música, vontade não falta mas é complicado... geralmente músico é um free lancer, ou seja, não tem renda garantida nem fixa, portanto em qualquer momento pode faltar dinheiro...
é como disseram aí em cima, eu trabalho em algo que me dá uma certa renda pra tocar minha vida pra frente, e música vira uma diversão (ou vício?)...
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Bero Vidal
Veterano |
# dez/05 · Editado por: Bero Vidal
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Camaradas,
Eu penso um pouco diferente.
Como em qualquer campo mercadológico, a música rende dinheiro e não depende da sorte. Acredito que qualquer pessoa que se dedique à música, seja na prática ou na partitura, e que tenha uma meta de vida, dificilmente não terá seus serviços requisitados. Acredito também que este campo está cheio de pessoas que não são músicos de verdade, mas ganham dinheiro com a profissão. Se a música (aí falo como ciência), fosse tratada com o devido respeito que ela merece por quem se autodenomina músico (não todos), a profissão seria tratada como qualquer grande profissão. Costumo a falar que Mozart foi um gênio porque ele escolheu a música. Os músicos de verdade (falo dos que se dedicam de verdade) estão acima da média normal dos seres humanos. Quem estuda música tem o poder de assmilação bem maior que a dos outros mortais. Talvez para quem não é músico de verdade, mas ganha dinheiro com música, não venha a aceitar tudo isso que digo de imediato. Mas quem é músico sabe da banalidade que alguns aproveitadores fazem com a musa música. Não me refiro a estilo algum, ou tendência. Refiro-me apenas a alguns vampiros agarrados na jugular da tecnologia que aproveita-se deste tempo que se orgulha em ser a época em que mais circula a informação, porém, com mais gente proporcionalmente desinformado.
Enfim. Acredito que quem estuda música mesmo, como quem estuda direito ou medicina, só não terá seu espaço ao sol se não quiser.
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Thio
Veterano |
# dez/05
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Acompanho cantores, como free-lancer, mas às vezes surge temporada. Tá dando pra manter.
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Thio
Veterano |
# dez/05
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Dizem que, se você quer viver de música, existem três meios:
1 - Dar aula.
Esse caso é o mais provável de sucesso, caso seja divulgado e seu trabalho seja satisfatório. Ou se gostam do jeito que você dá aula (um exemplo é o Alaor Neves, o melhor professor de bateria que já vi. As aulas dele são descontraidíssimas), ou se dá aula em alguma escola já de renome.
2 - Músico de Estúdio
Aqui você precisa de experiência, coesão, contatos, conhecimentos musicais não só musicais mas também de timbres e outras coisas, facilidade para incorporar a idéia do artista em questão...
3 - Músico de Artista
Aqui você também já precisa ter uma bagagem, porque, é certo que conseguindo tocar com um Zezé Di Cuamargo da vida você tá no mar de rosas, mas dizem que eles só contratam músicos que já são altamente experientes e que têm sua própria aparelhagem. Se você não tiver uma kombi cheia de amplificadores, potências, caixas, guitarras, pedais... esquece.
Ainda tem um 4 - Sorte
Se você der a sorte de conseguir lugares para tocar e manter um público, fazer contratos de 6 meses para tocar em casas...
Não é bem sorte, mas ela tem que estar junto. A não ser que você já conheça gente do meio (no meu caso, tive a sorte da minha irmã conhecer os caras do Sindikato BR, uma banda de groove lá de Sao Paulo.)
No meu caso, como já disse, acompanho cantores de brega e, de vez em nunca, dou uma força pros Jordans quando o Sinval não pode ir.
Durante uma época eu vendi composições para bandas alternativas, mas vi que estava jogando pro ar muita coisa interessante, não faço mais isso.
Conheço algumas bandas também que já estão mais ou menos no maistream, no mainstream do underground, digamos, o Funk, o Clube... e às vezes eles me dão um empurrãozinho.
Estou caminhando.
O que curto mesmo é as raras vezes que consigo tirar dinheiro improvisando com os amigos ou tocando composições. Minha meta é coneguir viver fazendo só isso.
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DIEGOGUITAR
Veterano |
# dez/05
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Thio
Os jordas é aquela banda que tem um tiozinho com uma strato vermelha e um bone de caminhoneiro ? vc toca com eles ?
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Thio
Veterano |
# dez/05
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DIEGOGUITAR
É. O Alladin.
Então, eu não toco com eles, mas às vezes o Sinval, que é o outro guitarrista, base, não pode ir. Quando não é o Pitu que substitui sou eu. Raras vezes. Raras mesmo. Quando isso acontece dá pr'eu mandar minha guita pro luthier pra fazer a geral e comprar uma roupa.
O dinheiro que tiro acompanhando dá pra minhas necessidades diárias.
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otavio016
Veterano |
# dez/05
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Bero Vidal
isso ai...
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Mauricio Luiz Bertola
Veterano
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# dez/05
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Bero Vidal
Cara, não é bem assim, e sua opinião, apesar de válida (e eu a respeito) me parece um pouco idealizada.
A questão é de custo-benefício, pois para se tornar um músico de verdade, como você mesmo coloca, deve-se começar de muito cedo e ter uma formação técnico-acadêmica sólida, coisa que custa anos e anos de estudo e dedicação. Hora, na prática do dia-a-dia, na vida quotidiana vc não recebe, em sua prática profissional a resposta financeira para esses estudos (investimentos) todos.
Falo de cadeira, pois, além de ter vários amigos músicos profissionais, inclusive eruditos, eu mesmo sou professor de História com Mestrado (concluído na USP) e anos de prática profissional e 42 anos de idade(ou seja, sou um profissional altamente qualificado e passei minha adolescência estudando), mal tenho dinheiro para sustentar minha família com o nível de vida como eu tive de meus pais.
Como um cientista social eu jamais cito a exceção pela regra, pois isto não é relevante para uma análise científica. Músicos que se sustentam com seu trabalho exclusivo existem. Sim, existem, mas são uma minoria dentro do universo de outros músicos igualmente talentosos que, ou não vêem seus esforços serem recompensados à contento ou desistem antes.
Isto se deve à própria estrutura sócio-econômica de nosso país, e descrevê-la aqui seria por demais longo.
Só a nivel de comparação: Existem cêrca de 900mil jogadores de futebol sindicalizados no Brasil nas várias categorias, e cêrca de mais de 80% deles recebem cêrca de 1 salário mínimo por mês.
Eu mesmo, no exercício de minha profissão, viajei por quase todo o Brasil e tive contato com músicos talentosos e perseverantes que mal conseguiam um salário mensal de cêrca de R$1000.
Abç
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Mauricio Luiz Bertola
Veterano
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# dez/05
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Rodrigo Yoshida
Você mora no Japão, não é?
"Aqui em baixo, as leis são diferentes" (trecho de uma interessante música do Biquini Cavadão).
Abç
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Fritz_mkvl
Veterano |
# dez/05
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Enfim. Acredito que quem estuda música mesmo, como quem estuda direito ou medicina, só não terá seu espaço ao sol se não quiser.
Tem médico se matando em 3 empregos e praticamente passando fome. E está cheio de advogado de porta de cadeia por aí.
Os músicos de verdade (falo dos que se dedicam de verdade) estão acima da média normal dos seres humanos. Quem estuda música tem o poder de assmilação bem maior que a dos outros mortais.
Acima da média é o Stephen Hawking.
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Bero Vidal
Veterano |
# dez/05
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Mauricio Luiz Bertola
Vejo que você sabe realmente o que diz, por seu tempo de estrada. Parabenizo-o por não ter desistido. Só que permita-me também não concordar com você em alguns aspectos.
Acredito que minha visão não é idealizadora. Estou raciocinando de maneira científica. Não acho que para você ser músico, tenha que começar quando criança (apesar de ser o ideal). Não vejo o grande músico como alguém que nasceu tocando. Na realidade, aí eu concordo com você, em tese,
Isto se deve à própria estrutura sócio-econômica de nosso país.
Para você ser um músico profissional (aí eu não me refiro a um gênio da música), necessita-se de dois anos de formação básica e quatro anos de formação acadêmica. Menos tempo que medicina. Não querendo comparar ou desmerecer qualquer profissão, mas os médicos só aprendem alguma coisa em medicina quando entram na Faculdade. O músico nâo. Geralmente quando o músico entra na faculdade é porque ele já sabe bastante coisa de música. Neste caso, você, que é professor, sabe muito bem que a evolução do aluno depende exclusivamente dele mesmo, portanto, de maneira técnico-científica, acredito que a formação em música está bem mais fácil ser adquirida no Brasil (pelo menos nas capitais ou grandes centros) do que a própria medicina.
Na verdade, pelo fato da música está inserida também no contexto artístico, e aí sim, digo que muitos músicos são artístas por natureza, acontece o outro lado da moeda. Geralmente os artistas preocupam-se com a obra de arte exposta e esquecem-se dos meios pelos quais a obra passará e aí, no final de tudo, a obra sai simplória e, em alguns casos, aceitáveis, simplesmente pelo fato deste artista não conhecer as técnicas que norteiam a profissão. Pois bem, em música não é diferente. Vejo aqui no forum, meninos que têm um ano de contato com o instrumento e já divulgam suas músicas como se fosse a obra prima do começo do milênio, isto é, não há uma preocupação em lapidar o conteúdo artístico com pitadas de profissionalismo. Neste ínterim, há um descaso com estes pseudo-músicos. O que acontece: Eles conseguem gravar alguma coisa e já se acham preparados para tocar ao lado de sua banda preferida. Alguns chegam a falar pretenciosamente (e por falta de formação, não de informação) que Paul não tocava nada, e Beethoven é música pra velho, como já li em alguns fóruns.
Acho que quem quer ser músico profissional não deve se contentar em aprender apenas de ouvido. O próprio Hermeto Pascoal aprendeu a ler partitura quando estava na casa dos 30. Digo isto por mim mesmo, eu estou acabando a faculdade de música e os conceitos que eu tinha sobre a profissão evoluíram de acordo com que eu via que a música estava no campo das grandes ciências. Antes de eu entrar na faculdade, eu ficava de boca aberta como um compositor erudito escrevia para uma orquestra inteira. Será que ele sabia tocar todos aqueles instrumentos. Hoje sei que qualquer compositor não toca um terço dos instrumentos que existe na orquestra, porém ele conhece a todos, e é exatamente isto que falta nos músicos que têm preguiça de se reciclar academicamente: Conhecer o seu próprio instrumento, em todas as suas extensões, seja teórica ou prática!
Portanto, Mauricio Luiz Bertola, qualquer pessoa que tenha uma coordenação motora básica e e tenha realmente vontade de escolher a música como profissão, dedicando-se realmente ao aprendizado como em qualquer outro curso, em seis anos este alguém será um grande músico. Isto não sou eu quem garanto, a própria academia garante isto, se não, não seria Academia.
Acho que precisamos urgentemente limpar a imagem do músico. Aí sim, falo como idealizador, vamos tirar o ranço de preguiçoso e vagabundo que foi taxado na testa de quem é músico. Vamos provar que isso não é verdade, neste sentido, eu sou um idealista, como todos os brasileiros são em relação à vergonha que o nosso país vem passando.
Abraços.
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Bero Vidal
Veterano |
# dez/05 · Editado por: Bero Vidal
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Fritz_mkvl
Tem médico se matando em 3 empregos e praticamente passando fome. E está cheio de advogado de porta de cadeia por aí.
Pelo menos aqui em Manaus, os médicos ganham muito bem obrigado. Não conheço nenhum "bom médico" que esteja passando fome. Eles podem trabalhar muito, isso é verdade, mas só passam fome se forem maus profissionais. Mesmo assim, isto é excessão, não é regra.
Quanto aos advogados, a sociedade taxou-os de oportunistas e este rótulo fazem com que muitos oportunistas de verdade corram para a área de direito. Estes, sim, também não honram a profissão e, da mesma forma, é excessão, se não o curso de Direito deixaria de ser um dos mais concorridos no mundo inteiro!
Acima da média é o Stephen Hawking.
Você sabia que ele só não é músico prático por causa da sua defiência? A teoria sobre o universo que ele defende baseia-se em campos magnéticos e freqüências, elementos essenciais no mundo da música. Os grandes nomes da ciência, inclusive Stephen Hawking, conhecem música, sim! O que eu quis dizer com minha afirmação é que a música abre um leque de possibilidades. Ela é a chave para muitos enigmas. Aristóteles falava sobre a música das esferas, referindo-se aos sons que os planetas produzem em suas rotações. Aristóteles ficou conhecido como filósofo, mas ele conhecia todos os modos gregos da músicas e estudava-os com afinco. Não despreze o potencial que a música lhe proporciona. Se você estudar música, verá um novo universo surgindo à sua frente que poucos têm a chance de ver.
Você já viu algum músico se colocar a favor da guerra? A música coloca-nos em um patamar que poucos entendem...
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Fritz_mkvl
Veterano |
# dez/05
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Venha pra São Paulo então ver o que é mercado de trabalho competitivo, aqui tem engenheiro civil trabalhando de mestre de obras. Sua visão é idealizada demais.
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