Tecladista técnico e sem feeling x Tecladista com feeling e sem técnica

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Leandro Inácio
Veterano
# set/05
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ei, por falar em dream theater, tem alguem ai que tem as partituras dos teclados deles? eu posso sei lá, fazer uma troca e tal, ou se me endicarem onde eu acho eu vou atras. A técnica é muito importante! é melhor que ser uma alugado q não toca direito e fica fazendo caretas e poses... rsrsrsr!

Mauro Lacerda
Veterano
# set/05
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O importante é ter a técnica suficiente para conseguir desenvolver o seu feeling da melhor maneira possível...

claudinho Dedos Mágicos
Veterano
# out/05
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Caras!!!
Olha, com tanto tempo de estrada nunca parei para saber em q categoria me enquadro!!!
Eu estudei piano mas não tive saco pra terminar o curso. Entendo partituras e tudo mas eu gosto mesmo muito de tirar músicas de ouvido, de copiar cada música ao extremo. O pessoal diz que eu consigo imitar até os timbres da maioria das músicas com um synthesizer de boa qualidade, curto programação e edição de timbres, gosto mesmo.
Já quanto às técnicas, tento aplicar muito do que aprendi no conservatório e funciona muito, só que não domino uma técnica específica para estar caracterizado como um "feelinzeiro", ou , talvez o seja e não perceba isso pois sou muito perfeccionista.
Gostaria de estudar o blues, o gospel, o soul e o jazz, mas não tenho material q desdobre as técnicas, mas muitos dizem q não preciso disso, embora insista que preciso melhorar muito, embora há 15 anos na música acordo com a sensação que me falta aprender algo, tocar um pouco melhor. Não sei se este é um apelo da técnica ou do feeling...
Abraço.

Nadeshico
Veterano
# out/05
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Acho que o feeling é o diferencial. Mas tem que ter a técnica, claro. Se fosse para escolher algum, escolheria o do feeling. Ténica se aprende, agora, feeling... bom, acho que é mais difícil de se pegar... =)

Bob Wilson
Veterano
# ago/06 · Editado por: Bob Wilson
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Mas serio, acho que sim. De certa forma, o cara fica bitolado a "putz, essa é uma improvisação no modo eólio em D" e fica com medo de tentar coisas diferentes que soem legal. Mas lógico, tem que ter noção de alguma coisa, referências musicais (ouvir coisas legais) e um bom ouvido tbem.

Tbem acho isso. Recentemente comecei a estudar Jazz e estava lendo o livro de um pianista velhão já (35 anos de piano) de Jazz chamado Mark Levine aonde ele disse eu coisa que eu achei muito sensata:

Much of this book involves music theory. There is a good reason why music theory is not called music truth. The only truth is in the music itself. Theory is an intellectual dance we do around the music, trying to explain its dynamics. Theory varies from era to era and from musician to musician.

Traduzindo:

Muito deste livro involve teoria musical. Existe um bom motivo pelo qual teoria musical não é chamada deverdade musical. A única verdade está na música propriamente dita. Teoria é uma dança intelectual que fazemos ao redor da música, tentando explicar suas dinâmicas. Teoria varia de tempos em tempos e de músico para músico.

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E eu assino embaixo. Muita gente fica preso aos quase dogmas que a música te impõe. Sei que o anamorfismo é realmente perturbador e chato, mas ter uma forma a seguir sempre é limitante. Isso de ficar "esse é um modo lócrio, esse é o campo tal, se está escrito 6/8 então a semicolcheia vale tanto..." é pura limitação para mim. Quando eu comecei, eu ouvi muito Dream Theater e pirava nas partituras deles, com coisas como 13/16, 5/8, 10/18 e até 15/16 (Learn to live). Eu entendi a divisão com o ouvido, mas não consegui ler a partitura por causa das várias regras que se impôe aqui.

Até que um dia, conversando com um baterista de jazz que já tinha mais de 30 anos de estrada, ele me falou uma coisa estúpida de simples, mas que simplesmente abriu minha mente: "não fique perdendo tempo se num compasso de 15/16 a semicolcheia tem que valer x, nem muito menos se assuste com isso. É um compasso composto, nada mais é do que vc tirar 1/4 de tempo do compasso inteiro - cada tempo tem 4 quartos, vc tira um do último. O mesmo acontece com os outros andamentos, como o 7/8. Basta vc tirar meio tempo (cada tempo tem 4 quartos, ou dois meios) e ao inves de contar 1 e 2 e 3 e 4 e 1 e 2 e 3 e 4 e , vc conta 1 e 2 e 3 e 4 1 e 2 e 3 e 4. Um compasso de 7/4 é um compasso de 4/4 e um de 3/4, etc".

Isso pode até parecer estúpido...mas com isso eu consegui me libertar de algumas regras que ficavam me perseguindo e hoje consigo tocar um compasso composto sem ter que ficar "OH MY GOD quanto vale uma semi colcheia?" Outro dia eu estava conversando com o baterista do nosso ministério, que faz percurssão sinfônica no Conservatório de Tatuí, e ele veio com uma partitura que hora ficava em 5/8, ora em 3/4, ora em 9/16 e ele não estava conseguindo ler justamente por causa de ficar pensando no valor de cada nota. Quando eu falei isso que me falaram, ele simplesmente sorriu e disse "caracas, pq não pensei nisso antes". Aliás, esta foi a reação que eu tive quando me falaram isso.

Por isso, prefiro uma pessoa que tenha feeling, que saiba o que esteja fazendo do que um cara que fica pensando em modos gregos.

mano_a_mano
Veterano
# ago/06
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A teoria vem SEMPRE depois da prática, e isso NUNCA vai mudar. E não é só na música, é em TUDO nessa vida.

João Gilberto
Veterano
# ago/06
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mano_a_mano

Não quando se trabalha no esquadrão anti-bombas x D

Mas entrando no assunto do tópico:

Eu acredito numa soma do feeling e da técnica para um bom tecladista, sem extremismos.

Mudando um pouco o assunto do tópico:

acho que pra um bom feeling é sempre bom uma visão externa dos instrumentos, prestar atenção não so no teclado ou instrumento que sola, variar em estilos e captar sonoridades variadas para melhorar seu som. O Brasil é tem tanta qualidade que parecem ser desperdiçada por tecladistas de mil notas por segundo.

Bob Wilson
Veterano
# ago/06 · Editado por: Bob Wilson
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Não quando se trabalha no esquadrão anti-bombas x D

hehehehe isso é verdade :) Nem para os terroristas homens-bombas :)

Eu ainda prefiro um tecladista que tenha feeling, que saiba explorar seu instrumento direito. Pq já vi gente que nem dar uma editadinha num timbre sabia, era duro pacas.

Uma pessoa que toca conosco é assim...duro. Ele só toca o que ele sabe (e o que ele quer, pq quando ele não quer simplesmente desliga o amplificador e fica parado ou fingindo que ta tocando) e se puxar algo na hora, é vergona na certa: o cara simplesmente não consegue. Sem falar que ele não toca em B maior, pq segundo ele é muito difícil :)

Daniel.m
Veterano
# out/07
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Não quando se trabalha no esquadrão anti-bombas x D

hehehehe isso é verdade :) Nem para os terroristas homens-bombas :)



auHUAHuHAUhUHAUHUahuahUAHuHAUHUAHUAHuh...

mano_a_mano
Veterano
# abr/08 · Editado por: mano_a_mano
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Técnica se aprende em escolas de música. Feeling... Ah, o feeling... Isso é de cada um e não tem como um imitar o outro. Cada um toca diferente, e isso é fato. Mesmo que sejam tecladistas do mesmo estilo, tocando as mesmas músicas.

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