Tecladistas: retorno à simplicidade?

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Scoth_Pr
Veterano
# set/06
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Legal esse tópico... No meu caso, tô tentando dar uma melhorada no setup, dar mais um passo no aprendizado, mas não ao ponto de virar um "item" desse setup.

A simplicidade mesmo não está no número de acordes que se usa, nem na quantidade de variações de timbres no meio da música (quando se pede, é claro) mas sim no próprio músico, que realmente complica o que deveria ser simples e prazeroso.

É claro que ninguém reclamaria de ter uma parafernalha de última geração à disposição, mas às vezes deixamos de aprender coisas novas com coisas simples.

mano_a_mano
Veterano
# set/06
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Scoth_Pr
A simplicidade mesmo não está no número de acordes que se usa, nem na quantidade de variações de timbres no meio da música (quando se pede, é claro) mas sim no próprio músico, que realmente complica o que deveria ser simples e prazeroso. (2) (3) (4) (5)...

gustavorino
Veterano
# set/06
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Não conheço nada do Cachorro Grande, vou procurar alguma coisa deles...

Oba.. o rock gaucho subindo o pais!!

DALE ROCK GAUCHO!!!

Mr_Mojo_Rising
Veterano
# set/06
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Quem for ouvir cachorro grande, pegue coisas do ultimo album ou musicas ao vivo, incluindo o acustico (onde o cara toca um pianao de cauda com um puta timbre). É onde da pra perceber melhor os trampos do piano eletrico, no primeiro disco nao tinha o tecladista ainda. Nos ultimos clipes sempre aparece o Rhodes la tbem.

Mr_Mojo_Rising
Veterano
# set/06
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gustavorino

Mesmo sendo gaúcha, é bacana a banda.

:P

Montana
Veterano
# set/06
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Eu concordo em parte com o que foi dito. Sou da opinião sim de que muitas vezes, essa procura pelo "timbre perfeito" ou então procurar usar o maior número de timbres possível, às vezes atrapalha um pouco a música.

Na verdade, eu penso que deve haver um pouco dos dois. O foco principal sempre deve ser a música em questão, a composição. Tanto harmonia, quanto melodia, solo, etc. A critavidade real de um músico está nas suas composições (ou interpretações) e não apenas num timbre.

Por outro lado, essa busca por timbres sempre existirá. É quase que impossível negar que sempre temos vontade de ter uma sonoridade x ou y. O próprio autor do tópico, Mr_Mojo, que citou ter um TX-5. Provavelmente (não sei), deve ter adquitido o TX-5 por querer tocar um som de Hammond e não estar satisfeito com os sons que vem pré programados nos demais teclados. Ao meu ver, essa é uma característica normal em tecladistas visto que a tecnologia deu muito poder a nós. Guitarristas, por mais que possuam pedais e tal, o som sempre será característico de guitarra. Já em teclados, você tem a possibilidade de produzir sons TOTALMENTE diferentes uns dos outros.

Os timbres também conferem a "cor" da música. Trocar um piano por órgão numa música não é algo que se faça assim de qualquer maneira. Uma mudança dessas pode mudar totalmente a cara da música e alterar todo o contexto no qual ela se insere. Infelizmente, precisamos muitas vezes ter que nos preocuparmos com timbres para conseguir dar a "cara" que queremos para a música.

Portanto, eu acredito que devamos sempre nos focar na música em si, mas também tentar conciliar as composições com as "cor" que queremos dar a elas.

ROTTA
Veterano
# set/06 · Editado por: ROTTA
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Sempre fui um adepto da simplicidade, não apenas no teclado, mas na música em geral. Quando faço uma análise das músicas que gosto, percebo que a maioria tem características de arranjo (especialmente melodia) muito simples.

Falando especificamente de teclados, apesar de eu também gostar de programar timbres, não pude deixar de pensar naquela velha histórica de se ter um teclado com mais de mil timbres e só se usar uns 10 ou 20. Só discordando do que o Mojo falou lá na abertura, alguns guitarristas (seriam muitos?) também se preocupam muito com o timbre e perdem um bom tempo programando-o... é a tecnologia. =)

Abraços.

Mauro Lacerda
Veterano
# set/06
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Penso o seguinte: perder a simplicidade é perder a alma da música. Quando se toca buscando demonstrar a técnica, tanto na composição quanto na programação do timbre, colocando-a acima do sentimento, acaba que o seu Setup se torna mais importante do que você.
Não acho a tecnologia ruim, pelo contrário. Lógico que um piano de cauda não tem comparação com qualquer tipo de amostragem.
Acredito que devemos utilizar todo material que tivermos a mão para conseguir, de uma maneira simples e completa, passar nosso sentimento da melhor maneira possível.

Abraços

Cpires
Veterano
# set/06
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Já vi muita gente encher a música de acordes e estraga-la, como também já vi encherem a música de acordes e ela ficar maravilhosa e é óbivio o contrário também. Como dizia um amigo meu:
- O bom músico é aquele que sabe colocar a nota certa no lugar certo.

Mr_Mojo_Rising
Veterano
# set/06
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Trocar um piano por órgão numa música não é algo que se faça assim de qualquer maneira. Uma mudança dessas pode mudar totalmente a cara da música e alterar todo o contexto no qual ela se insere.

Mas aí é que entra o poder do tecladista de compensar a "falta" daquele instrumento original. E mudar a cara da musica e alterar o contexto pode ser uma coisa muito boa, dar personalidade. O negocio é nao ficar paranoico com isso.

Ainda falando de guitarristas: quem nunca viu uma banda sem tecladista tocar algum cover q orginalmente tem teclados na maior, simplificando o arranjo e boa?? As vezes ate fica bom. Nao eh pq nao tem tal timbre q os caras deixam de experimentar.

Acho que os tecladistas deveriam encarar seus instrumentos mais como instrumentos mesmo, de verdade, e nao como preenchedores de espaço de tudo que nao é guitarra, baixo ou bateria. Metade do problema estaria resolvido.

marcus c. f.
Veterano
# set/06
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Mr_Mojo_Rising

Acho que os tecladistas deveriam encarar seus instrumentos mais como instrumentos mesmo, de verdade, e nao como preenchedores de espaço de tudo que nao é guitarra, baixo ou bateria. Metade do problema estaria resolvido.

Eu considero guitarra, baixo e bateria como preenchedores de espaço de tudo que não é teclado \o/ hahaha.

storrecilha
Veterano
# set/06
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Acho que os tecladistas deveriam encarar seus instrumentos mais como instrumentos mesmo, de verdade, e nao como preenchedores de espaço de tudo que nao é guitarra, baixo ou bateria. Metade do problema estaria resolvido. (2)

com certeza .... as vezes parece que o tecladista não é instrumentista, é técnico de efeitos especiais, preenchendo espaços...

Hammond B3
Veterano
# set/06
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Ae, já fiz uma musica inteira trocando piano e orgão por clavinet!!!!
Acreditem se quiser, deu certo e ficou bacana!

mano_a_mano
Veterano
# set/06
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Existem tecladistas que só usam piano e órgão, no máximo uns pads, e tocam muito bem, preenchem legal a música que suas bandas estão tocando. Mas existem também outros que perdem tempo demais querendo fazer programações espalhafatosas e pouco se preocupam com a música em si, o que, ao meu ver, fica horrível.
Assim como o Marco Alan Rotta, eu sou adepto da simplicidade. Aliás, sou um adepto fervoroso da simplicidade. Tanto é que, embora eu trabalhe com vários equipamentos e VSTs em estúdio, ao vivo prefiro apenas tocar piano. Eu me sinto muito mais à vontade assim. Sei que estou contrariando muita gente que adora programar 1001 coisas, mas cada um é cada um, e isso nunca vai mudar.

marcus c. f.
Veterano
# set/06
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storrecilha

"Técnico de efeitos especiais" foi boa! :D

Scoth_Pr
Veterano
# set/06
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Sou totalmente a favor dos tecladistas que ousam colocar sua própria criatividade sobre um arranjo já criado. Quando colocamos algo de nós numa interpretação musical passamos a fazer parte daquela música, e isso é legal, porque mostra os diferentes impactos que tal música ou tal arranjo teve em cada músico/musicista. É claro que a interpretação pessoal deve tomar cuidado pra não estragar de vez a música né, mas é sempre legal quando conseguimos fazer nossas próprias versões de nosso repertório favorito.

mano_a_mano
Veterano
# set/06
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Scoth_Pr
É, uma coisa é colocar sua própria criatividade sobre um arranjo já criado. Outra é ficar fazendo firula desnecessária...

Mr_Mojo_Rising
Veterano
# set/06
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Praticamente todas as bandas que tenho ouvid ultimamente seguem essa linha do quanto menos melhor. Tô pirando muito em Soulive: Hammond, Clavinet e synth apenas para os baixos de mãõ esquerda. Simples, simples, simples. Três pessoas no palco, mas parece q tem 10, de tanto que o som é grandão.

storrecilha
Veterano
# set/06
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Mr_Mojo_Rising

putz soulive foi uma banda q vc me apresentou, lembra? Tenho ouvido bastante mesmo, e nessa linha de arranjos "enxutos" niacin tb arrebenta...

Mr_Mojo_Rising
Veterano
# set/06
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niacin tb arrebenta...

hehehe, niacin eh massa, mas ja eh outra linha. simples no set up, mas complexo pra caralho musicalmente, tudo medido. soulive ja sao groovezoes mais espontaneos, rola mais improviso, jams, eh um lance mais organico mesmo.

storrecilha
Veterano
# set/06
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Mr_Mojo_Rising

sim, mas no quesito arranjo, acho q tanto o niacin como o soulive tem coisas em comum, como explorar uma sonoridade particular de cada instrumento (no niacin é o hammond + baixo eletrico, no soulive é o hammond + guitarra), e trabalhar ritmos mais quebrados...
claro que o estilo de composição é diferente...

ZXC
Veterano
# set/06
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Tocar demais, colocar notas onde elas nãõ cabem, encher a musica de escalas, tambem é uma forma de complicar o que e´simples.
Como foi dito aqui: seja simples, mas cuidado porquie a barreira entre o simples e o simplista é muito pequena.

Mr Mojo
Sempre gostei do som simples, tanto no teclado quanto no piano. Me pego sempre simplificando as partituras nos dois. Tinha vergonha por gostar assim, afinal todo mundo faz tantas estripulias, que sempre me senti diferente. Achei legal você dar esse toque , pois me tirou o trauma.
Valeu!

Mr_Mojo_Rising
Veterano
# set/06
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ZXC

Lembre-se só que existe diferença entre ser simples e ser simplista. Cuidado para nao cair na segunda.

ZXC
Veterano
# set/06
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Mr Mojo

Eu entendi. É que as partituras já vêm com particularidades pessoais de cada um que toca, daí ela passa a não ser mais original. Acho legal quando a gente tem ela original e coloca do seu modo.
De verdade o que você chama de simplista?

danilomagacho
Veterano
# set/06
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Puta... gostei pra caramba deste tópico! Não sou tecladista, sou guitarrista, mas ele me lembrou de um velho amigo...

A uns 15 anos ou mais um pouco, não tenho certeza, ele comprou pela primeira vez um teclado que na época era um dos melhores... um Korg M1.

Os anos foram passando, ele sem grana para trocar, e com o tempo foi adaptando e melhorando, ao estilo dele, todos os timbres do teclado (sempre salvando no cartão pois me lembro que o teclado era uma praga para apagar a memória e resetar)...

A uns 4 ou 5 anos atrás ele vendeu o teclado... eu fiquei magoado pois nesta época no Estúdio onde ele trabalhava passaram quase todos os equipamentos que se pode imaginar, mas para mim, que não entendo muito de teclado, com nenhum outro ele conseguia ser tão eficaz... timbres que, na minha opnião de guitarrista, encaixavam e soavam bem com qualquer tipo de música, o teclado tinha a cara dele... nenhum outro timbrava tão bonito quanto o velho M1...

mano_a_mano
Veterano
# set/06
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Ah, o Korg M1... Até o Marcelo Lobato (ex-tecladista e atual baterista d' O Rappa) usava um...

Garoto das Teclas
Veterano
# set/06
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Aew,malz aew fugindo um poko do assunto,mas eu to juntanu grana pra compra um teclado, to aprendendo agora, pra mim conseguir colocar alguns timbres no meu teclado(aqueles puxados pela internet) qual seria o mais acessível para mim?


obs:se eu soh sei usa piano e strings, eu seria uma ''anta tecladista'' ou um tecladista ''simples''?

FabioSalgado
Veterano
# set/06
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Garoto das Teclas, sempre que alguém pergunta qual teclado deve comprar, coloque uma faixa de preço, tipo, entre R$ 1.000,00 e R$ 1.500,00, assim ajuda que os amigos do Fórum possam te auxiliar.

Nem anta, nem simples, apenas tecladista mesmo e ponto final.

Boa Sorte!

_BLACKMORE_
Veterano
# set/06
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Mr_Mojo_Rising

tenho acompanhado teu tópico .. e tenho gostado!! muito bacana ... e tento acrescentar algo q tenho percebido ...

essa necessidade de zilhões de efeitos tb existe no mundo dos guitas ... aocntece q tem tem guitarristas e "sonoplastas" !! haha
um dia uma pessoa me disse que na época dela tinha q se fazer muito com pouco ... e ele tem muita razão nisso ...
antigamente tinha-se muito recurso .. mas tinha-se tb muita criatividade ... hoje em dia tem-se muito mais recurso e pouquissima criatividade ...
eu acho q os músicos não precisam de um set violento pra fazer um puta som .. mas o músico tem q fazer a diferença!!tem q fazer música .. criar versões...expandir o conhecimento, não ficar bitolado em determinados estilos ou timbres ... pois hoje querem apenas copiar .. não criar .. eu acho q o poder de criar eh a chave da simplicidade ...

FabioSalgado
Veterano
# set/06
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Essa é a diferença BlackMore entre 10 pessoas que usam o teclado X, com o mesmo arquivo MIDI baixado da Internet, e aquele que também usa o teclado X, e baixa o mesmo MIDI, mas vai lá num software, trata a música, acrescenta alguma coisa, ajusta volumes, corrige frases, e depois, ao vivo, ainda TOCA alguma coisa.

Ou seja, o ao vivo e a criação, são e sempre serão os diferenciais, mesmo num mundo onde o TUDO SE COPIA, ainda impera.

Abraços!

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