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cristal26 Veterano |
# set/12
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LeandroP Entendo, então se fossemos pegar um Dm Dórico D E F G A B C existe semitom de E - F e entre B - C logo teriam que ser evitadas certo? daí formaria a penta de Dm6 Dórico D E G A B e transformando a 6 em 7m Dm7 Dórico D E G A C
está correto?
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LeandroP Moderador |
# set/12
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cristal26
Não, o modo dórico forma o acorde Dm.
As notas do Dm são: D, F e A
O Fá neste caso não deve ser evitado porque faz parte do acorde Dm.
É aí que os modos fazem a diferença. Por exemplo, porque você evitaria a nota Si no acorde Bm7(b5)? Pra este acorde a nota evitada é a própria nota Dó, porque ela forma um semitom com a tônica d acorde Bm7(b5).
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LeandroP Moderador |
# set/12
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Você não evita a nota da formação da tríade, mas a nota que forma um semitom. No caso do Ré dórico a nota Fá pertence ao acorde, e a nota Mi não pertence. Como ambas as notas semitonam, então quem deve ser evitada é a nota que semitona com o grau do acorde. Sobre o modo Ré dórico, evite repousar sobre a nota Mi, pois ela será atraída pela nota Fá, que pertence ao acorde em questão.
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cristal26 Veterano |
# set/12 · Editado por: cristal26
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LeandroP true, esqueci da tríade.. tirei F sendo que faz parte do acorde hehehe de novo... D E F G A B C se tira então o E pois forma um semitom com F, e não faz parte do acorde e tira o C que faz um semitom com Si, que é a 6º maior Penta Dm6 Dórico D - F - G - A - B Penta Dm7 Dórico D - F - G - A - C
sim, entendo, foi erro meu mesmo, esqueci de ver isso.. e agora?
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LeandroP Moderador |
# set/12
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cristal26
Isso, ou quase isso. A penta m7 não é dórico. Você até pode utilizar esta penta sobre este acorde, mas quem dá o sabor dórico é justamente a 6a maior em um acorde menor.
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cristal26 Veterano |
# set/12
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LeandroP ah entendo... acabei de perceber que isso é nada mais nada menos do que a penta m7 de Dm, achei que eram notas diferentes, pois eu tiro uma da escala de C maior, e outra da escala de D menor, que esquisito hehehe valeu pela ajuda
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LeandroP Moderador |
# set/12 · Editado por: LeandroP
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cristal26
É legal saber que os modos não são apenas uma inversão da escala maior. Que o campo harmônico possui acordes com características próprias, com notas características, notas evitadas, cada um em função da sua própria tônica. Aí os modos fazem sentido, embora sejam as mesmas notas.
valeu pela ajuda
Por nada. Fico feliz em ajudar ;)
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Lucas RX20 Veterano |
# out/12 · Editado por: Lucas RX20
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Olá pessoal, eu montei para mim uma espécie de shape de campo harmonico (Tudo com pestana), e utilizo ele para tocar as musicas de improviso, meio que na hora sabe, e no tom que a pessoa ta cantando.... mas as vezes sinto que algumas das notas eu não encontro. Então eu pensei que deveriam ser os famosos emprestimos modais, ou seja fora do C.H. Alguém sabe se é possível tocar sem os emprestimos(Musicas da harpa cristã)?
Se alguém não entendeu o que eu disse eh que quero saber se é possível tirar qualquer musica da harpa cristã de ouvido (na hora) utilizando somente as notas do C.H. seM os "AEM" (Acorde de emprestimo modal eu acho xD)
Se caso nao for possível eu quero saber se é tão frequente os emprestimos nas musicas da harpa. MUITO OBRIGADO
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LeandroP Moderador |
# out/12
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Lucas RX20
Não sei te dizer se AEM é de uso frequente nas músicas da harpa. Provavelmente sim, porque é de uso constante em música popular.
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Lucas RX20 Veterano |
# out/12
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ta entao como eu identifico um aem sendo que ele nao pertence ao c.h? na hora eu n vou saber eu vou ficar tentando achar se eh alguma do c.h... como eu faço dai?
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LeandroP Moderador |
# out/12
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Lucas RX20
Você identifica da mesma forma que identifica os acordes de um campo harmônico. Acordes de empréstimo modal geralmente são encontrados em campos harmônicos paralelos. Por exemplo, o campo harmônico paralelo ao de Dó maior é o de Dó menor. Por isso é bem comum um acorde de um campo aparecer em outro. Veja este clichê: C - F - Fm - C. O acorde Fm é o IVº grau, só que do campo harmônico de Dó menor e não de Dó maior, entretanto ele pode ser utilizado sem problemas. Tem tópicos que tratam especificamente este assunto. Recomendo que use a busca e procure por "AEM", onde a sua dúvida é bem comum e a resposta está lá.
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Tomaz. Veterano |
# out/12
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A pergunta pode parecer idiota (e acredito que seja), mas existe alguma "afinidade" entre dados acordes?
Por exemplo, ao arranjar uma música popular de progressão simples (G - Am - Bm - Em - D) {ou qualquer outra progressão} e se queira dar um tempero diferente na música, adicionar umas dissonâncias (sem ser inversões, como um D/F#), tem alguns acordes que possam "substituir" outros? (um D7/9 substituir um D, sei lá)
Imagino que a pergunta seja bastante genérica e envolva função dos acordes em dada progressão, variando assim de música pra música. Tô muito perdido?
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Lucas RX20 Veterano |
# out/12
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LeandroP tá. mas tipo é quase sempre que o AEM é acorde do c.h maior vira um menor e vice versa ou tipo numa musica em C maior pode aparecer um F#m? desculpe incomodar
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Lucas RX20 Veterano |
# out/12
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up
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LeandroP Moderador |
# out/12
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Lucas RX20
Numa música em Dó maior pode aparecer qualquer acorde, inclusive o F#m.
Este acorde (F#m) não tem nenhuma função em Dó maior, mas pode aparecer como parte de uma cadência modulante. Digamos que você precise subir uma terça no tom. Um meio de fazer isso é através de uma cadência "II, V, I" por exemplo. Toque: C7M - F#m7 - B7(9) - E7M. Note como o F#m7 e o B7(9) forma uma cadência II, V, I pra Mi maior. Essas coisas são possíveis.
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Villts Veterano |
# out/12
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LeandroP Isso, ou quase isso. A penta m7 não é dórico. Você até pode utilizar esta penta sobre este acorde, mas quem dá o sabor dórico é justamente a 6a maior em um acorde menor.
6a maior e terça menor e maior = bluezeira fudida
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Villts Veterano |
# out/12
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LeandroP Baianão! Huahauhauah
Me ajuda numa coisinha, vc que manja bastante?
http://www.youtube.com/watch?v=UrCevo6jPBs
nesse som, aos 3:15 vem um solo de teclado, mas pela sonoridade acho q vc consegue pegar... com um puta clima de jazz, não jazz mto complexo, mas um clima bem smooth... o tom se não me engano tá em D7M... não consigo fazer soar assim! no maximo eu jogo as pentas respectivas, mas não dá esse clima que ele consegue... algum modo específico busca esse som? to tentando uma caralhada de coisa mas não chego nisso! hahaha
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nofear Veterano |
# out/12
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Alguem poderia me explicar a sequencia:
| E | Bm | A | Am | E |
Se trata de um samba!
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Denis Guitar Veterano |
# out/12
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nofear Olá!
Fica difícil analisar fora do contexto da música...
1 - Esses acordes são os únicos no trecho ou essa cadência faz parte de um momento na música? É um ciclo? Esse último acorde de E na verdade é o primeiro que aparece novamente?
2 - Quanto tempo fica cada acorde? Aquela é a separação real em compassos? Ou algum acorde dura menos que o outro?
3 - Quais as escalas usadas na melodia X acorde?
Agora analisando a cadência fora de contexto:
Campo Harmônico-> Lá Maior. Intenção Modal-> E Mixolídio. Am-> Acorde de passagem, sua terça menor é uma nota de passagem cromática. C# - C - B. Onde o C# é a terça do acorde de A, C é a terça do acorde de Am e B a quinta do acorde de E. Se a separação em compassos for: E | Bm | A Am | E essa teoria fica mais forte.
Vendo de outra forma...
E maior. Bm, acorde de função trocada, entrega intenção modal (mixolídio). Am, empréstimo modal.
Aguardo tuas respostas...
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Denis Guitar Veterano |
# out/12
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Villts O "efeito Jazz" não é construido apenas com o uso de uma escala, mas de várias escalas e da forma que você interpreta.
1 - Use os diferentes modos e enfatize as notas de cada um.
2 - Use escalas diferentes da diatônica, como menor harmônica e melódica, diminuta e tons inteiros.
3 - Use frases outside. Começe pelo outside simétrico que é mais fácil, basta tocar a frase meio tom acima, ou a inversão da frase meio tom acima.
4 - Use cromatismo.
5 - Use aproximações cromáticas. Antes de tocar a nota alvo, toque a nota meio tom abaixo ou meio tom acima, e daí resolva na nota alvo. Podes inclusive tocar meio tom abaixo, depois meio tom acima, e finalmente resolver na nota.
6 - Use saltos maiores que segundas e terças.
7 - Quebre os desenhos das escalas, não toque apenas de forma linear.
8 - Use arpejos.
9 - Trabalhe bastante com a questão rítmica, use síncopas, mude os acentos de lugar, alterne as células.
10 - Trabalhe com a dinâmica.
Abraço!
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nofear Veterano |
# out/12
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Denis Guitar
Valeu cara... Desculpa a pouca informação que dei mas você acabou deduzindo absolutamente certo. A sequencia fica assim mesmo nos compassos...
E | Bm | A Am | E
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nofear Veterano |
# out/12
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Denis Guitar
No samba assim como no blues de 12 compassos existem sequencias caracteristicas. Você poderia me ajudar a entender o que acontece aqui? Algumas coisas eu entendi como o uso de V7 como nota de preparação...
C - A7 - Dm - G7 - Gm - C7 - F - Fm - Em - A7 - Dm - G7 - C
Essa é uma sequencia de C com subida. A subida nessa sequencia se dá a partir do Gm. Como fica a tonalidade a partir desse momento?
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Drinho Veterano |
# out/12 · Editado por: Drinho
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nofear
Se isso ai for tocado rápido, um acorde atrás do outro como é comum no samba tipo um acorde chamando outro tende a soar C, por mais que alguns acordes ai estejam fora.....
Tem C, A7, esse 7 chama o C forte, Dm é o II, G7 é o V , Gm tá fora só pra dar uma "beliscadinha", C7 o C tá dá dentro mas o 7 tá fora, uma tensãozinha também, F tá dentro, Em tá dentro....
agora se você der tempo pra cada acorde falar o papo é diferente....
Ahh veio... isso ai é papo de louco ... toca C que funciona....
As vezes eu toco esses sambas ai com os amigos, to lá improvisando tranquilo ai no meio do negócio o cara joga um acorde infeliz lá.... eu paro de tocar na hora e falo "e ai brow, tá querendo me fude?"
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Denis Guitar Veterano |
# out/12
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nofear São movimentos harmônicos clichês que chamamos de... - Preparação V7-I primário, V7-I secundário. - Preparação II-V7-I primário, II-V7-I secundário. E acorde de empréstimo modal.
C - Primeiro acorde, define o tom, Dó maior. Tem função Tônico.
Campo Harmônico:
C Dm Em F G Am Bm7(b5)
A7 - quinto grau de Dm, é um acorde de preparação V7-I secundário, pois prepara um acorde que faz parte do campo harmônico mas não é o primeiro grau (C).
Dm - Faz parte do campo harmônico, segundo grau. Tem função subdominante.
G7 - Faz parte do campo harmônico, quinto grau. Tem função dominante pois tem o trítono da escala.
Gm-C7 - Preparação II-V7-I secundário do acorde de F. O Gm é o segundo grau subdominante de F e o C7 o quinto grau dominante. Esses dois acordes vem do campo harmônico de F maior, que é o acorde de chegada, alvo.
F - Faz parte do campo harmônico, quarto grau. Tem função subdominante.
Fm - Tem função dupla: Acorde de emprestimo modal (AEM) que vem da homônima (mesmo nome) menor, ou seja, Dó menor. São os acordes do campo menor que possuem a sexta menor (Ab), que podem ser-> Fm, Ab, Bb7 e Dm7(b5) e desempenha função subdominante. Esse acorde de Fm também pode ser visto como acorde de passagem cromática pois o que define ele como menor, a nota Ab, fica entre as notas A (terça maior de F) e G (terça menor de Em).
Em - Faz parte do campo harmônico, terceiro grau, tônico com função mais fraca que o primeiro grau.
A7 - Preparação V7-I secundário pro acorde de Dm, tem função dominante.
Dm - Faz parte do campo harmônico, segundo grau subdominante. Também participa da cadência II-V7-I pro acorde de C.
G7 - Faz parte do campo harmônico, quinto grau dominante primário. Prepara o C.
A cadência Dm-G7-C é chamada de II-V7-I primário pois resolve no acorde tônico de primeiro grau.
C - Finaliza a cadência. Acorde tônico de primeiro grau.
A tonalidade em todo o trecho é Dó maior, mas cuidado, isso não quer dizer que você só irá usar a escala de Dó maior. O conceito de tonalidade é muito mais amplo, quer dizer que gira em torno de uma tônica, mas ferramentas como as preparações e AEM e outras escalas podem ser utilizadas. Tudo vai depender de quanto tempo cada acorde vai ocupar. Mas de forma geral usa-se para solar durante as preparações as escalas dos acordes de chegada.
Preparação A7-Dm, no A7 use D menor harmônica. No Dm podes voltar para C maior ou usar D menor natural (F maior).
Preparação Gm-C7, use a escala de F maior.
Fm - use a escala de C menor natural (Eb maior).
Claro, podes pensar de forma modal, daí as possibilidades são gigantescas.
"Algumas coisas eu entendi como o uso de V7 como nota de preparação..."
Tome cuidado com a terminologia, o V7 é um acorde de preparação, não é uma nota.
Pesquise essas preparações no livro:
Almir Chediak - Harmonia e Improvisação, volume 1.
Abraço!
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nofear Veterano |
# out/12
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Denis Guitar
Bah cara muito bom... Sempre quis entender tudo isso dessa forma. Eu tive uma parte teorica muito fraca durante meus estudos. Vou procurar esse livro que você me indicou.
Abraço
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Denis Guitar Veterano |
# out/12 · Editado por: Denis Guitar
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O interessante da análise harmônica é que podemos fazer uma desconstrução de todo o trecho, vou explicar de forma invertida.
"C - A7 - Dm - G7 - Gm - C7 - F - Fm - Em - A7 - Dm - G7 - C"
Imagine a seguinte cadência:
C - G7 - C com as funções T - D - T
Essa cadência é o mínimo para existir tonalidade pois possui um acorde de partida (C), um ápice com a tensão do trítono (G7) e um acorde de retorno resolvendo o trítono (C).
Podemos colocar um acorde de tensão intermediária, o subdominante Dm, para criar um degrau na subida de tensão. Fica:
C - Dm - G7 - C
Agora podemos alternar esse Dm com outro acorde subdominante do campo harmônico.
C - Dm - F - Dm - G7 - C
Agora adicionar algumas preparações:
C - (A7) - Dm - (Gm - C7) - F - (Em - A7) - Dm - G7 - C
(Em-A7) - Quando preparamos acorde menor normalmente o II será um acorde do tipo Tm7(b5), mas como o Em faz parte do campo harmônico é comum ele aparecer no formato Tm. Pode ser analisado fora da cadência, apenas como um acorde do campo harmônico.
Adicionar acordes de passagem:
C - A7 - Dm - G7 - Gm - C7 - F - Fm - Em - A7 - Dm - G7 - C
E voltamos para a cadência inicial.
C - A7 - Dm - G7 - Gm - C7 - F - Fm - Em - A7 - Dm - G7 - C C - A7 - Dm - G7 - Gm - C7 - F - Fm - Em - A7 - Dm - G7 - C C - A7 - Dm - G7 - Gm - C7 - F - Fm - Em - A7 - Dm - G7 - C C - (A7) - Dm - G7 - (Gm - C7) - F - (Fm) - (Em - A7) - Dm - G7 - C
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nofear Veterano |
# out/12
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Denis Guitar
Saquei cara, vou estudar melhor isso... Graças a deus estou entendendo tudo isso mas ainda fico meio tonto. Já mandei vir o livro do chediak!
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Villts Veterano |
# out/12
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Denis Guitar Complexo! To estudando, usando modos diferentas e muita setima/setima maior e cromatismo... tem q ter muita fluencia em dversificar os modos, mas ta ficando legal!
Valeu!
Ah, uma duvida:
Tenho uma progressão D7M D7M C#m7 D#m7... Eu entendo que por exemplo o ultimo acorde tem a mesma funcao do primeiro, mas não to entendendo o C#... sai um som muito bonito, mas ainda é algo q pra mim não entendo a estrutura, a harmonia disso... sei q é o setimo grau, mas não entendo muito pq pode ir tão tranquilamente pra um segundo grau bemolizado
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LeandroP Moderador |
# out/12 · Editado por: LeandroP
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Villts
O modo frígio é um modo menor, certo?! Se você pegar o próximo modo (o que vem após o frígio) encontrará o lídio. E o modo lídio (que é maior) está um semitom acima do frígio. Então experimente ver o C#m7 como frígio e o D7M como lídio. Já o D#m7 não segue esta lógica, então você pode ver como um modo a parte. Geralmente eu trato os menores como dórico e os maiores como lídio, pela minha experiência. Então eu trataria os acordes da seguinte forma:
D7M = Ré lídio C#m7 = Dó# frígio D#m7 = Ré# dórico
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LeandroP Moderador |
# out/12
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nofear Já mandei vir o livro do chediak!
Com este livro acho que muita coisa vai ficar clara pra você, assim como foi pra mim também. Ótimo livro!
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