O desconforto de uma Gibson Les Paul adeus (um desabafo)

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krixzy
Veterano
# jul/14 · Editado por: krixzy
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nichendrix
o problema delas é achar uma posição que preste pra tocar

Nem é cara, não tem segredo, posição de violão clássico, a ponta de baixo do corpo apoiada na perna direita, tu pode soltar os dois braços e ela nem se meche.

https://www.youtube.com/watch?v=uLQb2ouNUn4

Led Zé
Veterano
# jul/14
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Já tive/tenho stratos, super stratos, teles, flying vs e lespas. As melhores pra mim , de longe, são as lespas seguidas das teles. Minhas compras futruras serão apenas isso. Lespas e Teles.

cafe_com_leite
Veterano
# jul/14
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Quais são as desvantagens da Tele ergonomicamente comparadas a uma stratocaster? Tenho vontade de ter uma um dia.

Filippo14
Veterano
# jul/14
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cafe_com_leite

A escala dela eh mais reta e nao tem as curvas ergonomicas

JeGuitar
Veterano
# jul/14
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Falaram de todos os modelos mas esqueceram das semi acústicas.

Para mim são as guitarras mais confortáveis que existem.

Corpo maior, encaixa bem, braço na espessura certa, etc.

Já tive strato, tenho uma SG, mas para mim a semi acústica é a melhor.

ALF is back
Veterano
# jul/14 · Editado por: ALF is back
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JeGuitar
sobre as semis, não sei se é possível generalizar, mas concordo com vc! Como falei, tbm não dou conta de tocar em Gibson les Paul, mas tô com uma Gibson 335 aqui em casa e ela é surreal em tocabilidade...nem tenho ctza se é necessariamente conforto, mas a tocabilidade mesmo, a pegada que ela proporciona e o timbre desplugada ou plugada, é muito top!

nichendrix
Não há argumentos que argumentem seus argumentos! Vc que já tocou em tudo que é instrumento no mundo e só se da bem com lespaul, nao tem volta mesmo! Huahuahua

Lelo Mig
Membro
# jul/14
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ALF is back

"nem tenho ctza se é necessariamente conforto, mas a tocabilidade mesmo, a pegada que ela proporciona..."

Concordo... as semis são outro departamento, outro mundo.

Disse estes dias, num outro tópico, que havia feito um "test drive" numa Gretsch Brian Setzer. Por pouco não pratiquei um assalto na loja, de tão "animado" que fiquei com a guitarra....rs.

Luis A.
Membro Novato
# jul/14 · Editado por: Luis A.
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Lelo Mig

As Gretsch sao otimas msm, todas q eu toquei me chamaram mais atenção do q as Gibson semi acusticas.... agora estou curioso com as dusenbergs de tanto ouvir elogios....

Mas voltando ao tema inicial, na minha opiniao, das Gibsons solidas a SG é a mais ergonômica, mas nada q o habito nao resolva, eu particularmente acho o acesso aos últimos trastes ruim em todas guitarras de braço parafusado, nem por isso vou dizer q as stratos são ruins, apenas nao sao da minha preferencia.....

Alguém citou q existe um pouco de mimimi nisso, e por uma lado eu concordo, Baden tocava em um Di giorgio com braço igual taco de baseball e nao devia reclamar de ergonomia....

Alex guitar man
Veterano
# jul/14
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Acho que tudo é uma questão de costume, quando comprei minha LP após sair da strato, tive muita dificuldade, demorei muito pra acostumar, a tocabilidade é outra, mas agora, quando pego uma strato não consigo tocar bem também, do mesmo modo que toquei a pouco tempo em uma artchop e estranhei muito, não é como violão... Creio que é tudo questão de se acostumar, eu mesmo não todo muito violão, mas quando toco é com folk, quando pego o jumbo.. ah.. que inferno...

nichendrix
Veterano
# jul/14 · Editado por: nichendrix
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ALF is back
sobre as semis, não sei se é possível generalizar, mas concordo com vc! Como falei, tbm não dou conta de tocar em Gibson les Paul, mas tô com uma Gibson 335 aqui em casa e ela é surreal em tocabilidade...nem tenho ctza se é necessariamente conforto, mas a tocabilidade mesmo, a pegada que ela proporciona e o timbre desplugada ou plugada, é muito top!

Cara, a 335 é a guitarra mais confortável das que já tive, perfeita pro meio biotipo e a tocabilidade do braço 60's é de outro mundo.

Não há argumentos que argumentem seus argumentos! Vc que já tocou em tudo que é instrumento no mundo e só se da bem com lespaul, nao tem volta mesmo! Huahuahua

No fim depois de 20 anos tocando e mais de 20 guitarras, eu não acho nenhum tipo instrumento realmente ruim de tocar, nenhum tem uma tocabilidade tão ruim que eu trocaria só por causa disso.

Eu não me dou tão bem assim com Les Paul não, pelo contrário, não me dar tão bem foi o que me fez testar as SG e testar as SG foi o que me fez apaixonar por elas. Só que eu me dou melhor com Les Paul do que Strato ou Super Stratos em geral (existem exceções como as Jackson Soloist antigas, made in USA e made in Japan e algumas Suhr).

Não nego, pra mim é realmente difícil achar um instrumento que eu diga que se adapta a meu jeito de tocar de cara. Isso acontece com as ES semi-sólidas da Gibson (335, 135, 336, 339, 330, 345, 355, Birdland), com Semi-Acusticas com corpo de 17" e com as SG e parou por aí. Todas as outras precisam de alguma adaptação da minha parte para realmente ficar confortável, seja mudança na forma que pego o braço ou na forma que uso o braço direito para palhetar.

No caso das stratos e super-stratos elas são um pouco mais trabalhosas pra fazer essa adaptação, porque eu tenho perto de 1,90 e como disse, relativamente magro com o panceps levemente protuberante, então strato só fica boa pra mim se eu botar ela muito alta, quase embaixo do sovaco ou então lá no joelho, só que isso gera problemas: tocando com ela lá em cima todas aquelas curvas "ergonomicas" ficam bem ruins de se adaptar, e tocando com ela lá embaixo fica bem ruim de manter uma digitação legal no braço sem aquela dorzinha básica de cansaço.

No fim, eu achei uma posição que se adapta quase perfeitamente e isso é tão crítico que tenho uma correia regulada nessa posição e costurada pra não sair dali.

E eu passo é longe de ter tocado em tudo que é instrumento, mas como disse, já tive mais de 20 guitarras que vão de Epiphone a Gibson Custom Shop, então entre 500 e 6000 dólares eu já tive muita coisa sim. Também tem o fato de que eu importava instrumentos para alguns clientes e amigos que colecionam guitarra, e obvio quando você é muito chegado de pessoas que tem 100-200 instrumentos em casa, fica bem mais fácil você tocar em um monte de instrumentos.

Pra você ter noção tem um amigo meu que toda vez que precisa trocar de corda de guitarra, faz um churrasco e chama os amigos guitarristas pra ajudar. Tu chega lá e dá de cara com uma das salas do sitio dele assim:

Muito trabalho pra pouca gente

Só nessa foto são quase 60 guitarras e 5 baixos.

krixzy
Nem é cara, não tem segredo, posição de violão clássico, a ponta de baixo do corpo apoiada na perna direita, tu pode soltar os dois braços e ela nem se meche.

Cara, isso não é exatamente a posição de tocar violão clássico, e não é exatamente sentar e botar a guitarra que já está na posição, tem uns fine tunnings aí pra ela ficar na posição certa.

Luis A.
Mas voltando ao tema inicial, na minha opiniao, das Gibsons solidas a SG é a mais ergonômica, mas nada q o habito nao resolva, eu particularmente acho o acesso aos últimos trastes ruim em todas guitarras de braço parafusado, nem por isso vou dizer q as stratos são ruins, apenas nao sao da minha preferencia.....

Que estranho, uma das coisas que eu acho mais legal na SG é a junção do corpo com o braço ser na 20ª casa.

Alguém citou q existe um pouco de mimimi nisso, e por uma lado eu concordo, Baden tocava em um Di giorgio com braço igual taco de baseball e nao devia reclamar de ergonomia....

É, os caras não reclamavam, a gente que nasceu mal acostumado... kkkk

Luis A.
Membro Novato
# jul/14
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nichendrix

Que estranho, uma das coisas que eu acho mais legal na SG é a junção do corpo com o braço ser na 20ª casa.

Mas foi isso msm q eu quis dizer, nas de braço parafusado, como stratos e suas derivadas, a região onde o braço se prende ao corpo fica super desconfortável.....

O braço das SG pra mim sao perfeitos.....

ogner
Veterano
# jul/14
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nichendrix
Pra você ter noção tem um amigo meu que toda vez que precisa trocar de corda de guitarra, faz um churrasco e chama os amigos guitarristas pra ajudar. Tu chega lá e dá de cara com uma das salas do sitio dele assim:

Muito trabalho pra pouca gente

Só nessa foto são quase 60 guitarras e 5 baixos.


Hauheuhauhuehuaha..Que psicopata, melhor..Guitarropata!!

JJJ
Veterano
# jul/14
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nichendrix

Lendo essa sua história e vendo essa foto, eu me sinto bem menos "culpado" pelas minhas 10 guitarras! Ainda mais que não tem nenhuma super cara no meio...

nichendrix
Veterano
# jul/14 · Editado por: nichendrix
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JJJ

Cara, eu também não tenho nenhuma super cara, a guitarra mais cara que tenho é a ES-335, no geral são guitarras bem normais e simples. Só que conheço pelo menos uma dúzia de caras que colecionam instrumento seriamente.

Nessa foto por exemplo, tem 3 Les Pauls que é de sonho, uma Jimmy Page #2, uma Clapton Beano e uma Billy Gibbons Pearly Gates, cada uma aqui no Brasil custa mais de 50mil (os caras compram fora, então sai bem mais barato que isso), de qualquer forma, eu dificilmente daria 15-25mil dólares numa guitarra que não é vintage, mesmo tendo a grana pra isso. No fim os dinheiro é deles e eles são felizes assim, quem sou eu pra dar uma de chato e dizer alguma coisa? Faço é aproveitar os encontros pra botar a conversa em dia e tocar um bocadinho com as electric ladies deles.

ogner
Hauheuhauhuehuaha..Que psicopata, melhor..Guitarropata!!

Acredite, eu conheci ao longo da vida, alguns guitarropatas que fazem esse daí ser café com leite. Tem um guitarropata daqui de Sampa que tem uma das maiores coleções de Fender Stratocaster do mundo, já foram até usada em exibições da própria Fender, o cara tem pelo menos uma Strato pra cada ano a partir de 54 até 1982 e várias posteriores (os anos que ele mais gosta chega a ter 5 instrumentos). Ele também tem 3 Lespa Burst originais, duas 58 e uma 60 e por aí vai. Esse é um dos guitarropatas mais guitarropatas que conheci...kkkkkkkkk

Luis A.
Membro Novato
# jul/14
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nichendrix

Po eu tenho um chegado q tem 12 guitarras e eu ja achava muito, nao sei de nada kkkkkkkkkk

nichendrix
Veterano
# jul/14
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Luis A.

Eu acho as 6 que tenho muito, imagina 12. Só que não dá pra compara eu a esses caras, o da foto em questão é dono de um hospital. Ele ganha num ano o que eu levo pelo menos 15 pra ganhar e eu estou longe de ganhar mal.

Luis A.
Membro Novato
# jul/14 · Editado por: Luis A.
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nichendrix

Claro, entendo, eu como pé rapado q sou, estou muito satisfeito com o q tenho, e sei q é sonho para muita gente, mas comprei minha guitarra na adolescência, juntando todas migalhas durante 2 anos, sendo assim vejo caras q ganham 10 vezes mais do q eu com guitarras de 300 conto e acho eles deslechados..... Mas na maioria das vezes a guitarra de 300 reais reflete o empenho q o cara tem com o instrumento........

nichendrix
Veterano
# jul/14
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Luis A.

No fim, nessa questão de ergonomia, a SG é uma guitarra impar, eu não nego que embora eu não seja lá essas coisas no Slide, antigamente, quando tinha 2, eu deixava uma afinada em G ou E aberto e com a ação um pouco mais alta só pra isso. Entre meus planos pros próximos anos é pegar outra SG '61 VOS, antes disso tenho que pegar uma archtop de 17", mas depois definitivamente é uma SG, só estou na dúvida se pego com ou sem Vibrola.

Tu nunca teve problema de neck dive com e tua? A única vez que tive foi com uma Standard que tem o braço mais grosso que as outras.

Lucaz Oliveira
Membro Novato
# jul/14
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bom, eu aprendi a tocar guitarra em uma memphis lespaul.. tenho uma superstrato da tagima e acho meio "dificil" tocar nela, sei la pra mim é estranho, e ate porque ela tem floyd rose a pegada fica bem diferente...

mas acho que voce nunca tocou numa explorer... tenho uma jackson rapaz, horrivel de tocar em pe, se vc soltar o braço da guita, ele vai ate o chao mesmo, nao tem jeito, vou acabar comprando umas correias com velcro e usar um colete pra resolver o problema HEUAHEUHAEA

Luis A.
Membro Novato
# jul/14 · Editado por: Luis A.
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nichendrix

A minha é uma standard da decada de 90 com o 62's neck profile (rounded neck) que é um meio termo entre o 61's q é fininho e o 50's q é mais grosso....

Hoje é um pouco complicado eu avaliar o balanço dela pois instalei um bigsby q soma peso ao corpo, mas tmb instalei tarrachas grover com trava q soma peso ao headstock..... de qualquer maneira ela nao está com o balaço original.....

Eu nao me lembro de ter nenhum problema de diving neck, e como comentei antes, eu só soube q isso existia depois q comecei a frequentar o forum....

Quanto à vibrola, eu acho super bacana o visual, mas nao tenho experiencia, já o Bigsby B5, apos a instalação das tarrachas com trava e do nut e ponte graphtech, me deixou muito satisfeito....

nichendrix
Veterano
# jul/14
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Luis A.

Pois é minha experiência com Vibrola é meio ambigua, as vezes foi bom, as vezes foi ruim, ela é meio que um "Floyd Rose!" vintage, já que pode ser usada tanto pra cima quanto pra baixo, o negócio que algumas pareciam estáveis feito uma rocha, outras desafinavam por qualquer coisa.

Luis A.
Membro Novato
# jul/14
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nichendrix

Cara acho q todo vibrato pode ir um pouco para cima ou pra baixo conforme o ajuste..... claro q ha limites, com o bigsby se eu puxar demais eu arrebento as cordas ou quebro a alavanca.....

Ja a questão da afinação, isso pra mim tem mais a ver com o restante dos componentes do q com o vibrato em si, digo te isso pq minha guitarra desafinava muito, depois q eu mudei as tarrachas, o nut e a ponte (teflon), melhorou 90%, é claro q todo vibrato q nao tem sistema de trava (tipo floyd) vai desafinar se houver abusos, mas a minha está dentro dos padrões aceitáveis....

nichendrix
Veterano
# jul/14 · Editado por: nichendrix
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Luis A.
Cara acho q todo vibrato pode ir um pouco para cima ou pra baixo conforme o ajuste..... claro q ha limites, com o bigsby se eu puxar demais eu arrebento as cordas ou quebro a alavanca.....

Sim, todos vão pouco, no caso da Vibrola o lance é que das pontes que conheço é a que vai mais fora as Floyd e Kahler. Com certeza é a que vai mais das antigas.

Ja a questão da afinação, isso pra mim tem mais a ver com o restante dos componentes do q com o vibrato em si, digo te isso pq minha guitarra desafinava muito, depois q eu mudei as tarrachas, o nut e a ponte (teflon), melhorou 90%, é claro q todo vibrato q nao tem sistema de trava (tipo floyd) vai desafinar se houver abusos, mas a minha está dentro dos padrões aceitáveis....

É esse o lance, eu já peguei delas que toda original de fábrica não desasfinava antes que ou eu descesse a mão nas alavancadas ou então desse muitas alavancadas seguidas, outras desafinavam por qualquer merdinha, enfim é meio loteria, por isso meu receio de pegar uma com Vibrola, eu só toquei em uma SG com Bigsby, mas parece ser uma boa ideia, pena que as Gibson não venham com essa opção por padrão.

Enfim, isso vai ser decidido mesmo na hora de comprar, eu raramente compro guitarra de primeira, em geral namoro elas por um tempo, mas é a grande questão pra mim na hora de pegar a próxima SG.

Luis A.
Membro Novato
# jul/14
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nichendrix

De tempos em tempos eles lançam a standard com bigsby.... mas hoje em dia ha o vibramate (adaptador), caso vc não queira fazer furos no corpo do instrumento.....

Eu gosto muito da sonoridade do vibrato, entao não me importei em furar o corpo....

MMI
Veterano
# jul/14
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Já que o amigo nichendrix deu o ar da graça aqui, então vamos meter o pé na jaca...

Lendo a história do colega que criou o tópico logo me veio na cabeça... Caraca, reclamar que a guitarra não é ergonômica depois de 3 horas tocando? Para mim não existe ergonomia nenhuma nem se for para ficar de pé só assistindo o show. Concordo com quem disse que tem uma dose de mimimi nesse papo... Mas não tem nada muito "ergonômico" em tocar guitarra, nada muito simples, por isso que é comum o aparecimento de LER, síndrome do túnel do carpo, lombalgia, calos nos dedos, unhas quebradas (no caso de violonistas) etc. Quero dizer com isso demanda um esforço, sempre vai ter um incômodo, sempre vai existir uma superação para que se toque esse instrumento.

De toda forma, nessa questão de "guitarra confortável" entra muito em questão o biotipo da pessoa, ou seja, é algo pessoal. Eu faço coro com os que acham que as stratos dão a impressão que tudo está no lugar errado. Não me acerto com elas, é muito difícil para mim até para me acertar com o som delas. Mas todo o desconforto que eu sinto com uma strato ainda vale a pena para mim manter uma aqui, que quase não toco, que não acho ser das melhores em som, mas tem um som que só as stratos conseguem e ela faz isso de forma convincente, mas não excepcionalmente. É uma Fender Custom Shop NOS que coloquei captadores Lindy Fralin. Ela tem um braço em soft V, mas bem soft mesmo, que eu achei muito melhor que a Fender Clapton com braço em V que tive (tive algumas Fender já, acho que esse tipo de guitarra fica interessante com braço V). Pode ser que alguém fale que é uma super guitarra, que tire mais som que eu consigo dela, que inclusive já vi isso acontecer, mas para mim essa é a verdade...

Eu já tive essa conversa com o nichendrix, ele curte o polo oposto do que eu curto. Para mim o 60`s slim neck é o tipo mais sem graça da Gibson, gosto dos braços mais parrudos da marca. E acho o as tipo 335 sensacionais, mas para mim nada muito confortáveis. Toda vez que pego minha Lucille acabo me estranhando com ela, mas ainda acho sensacional. E um dia vou comprar uma 330 antiga.

Mas o papo é Les Paul (estou restringindo ao desenho original, o que não é vou chamar de singlecut, como faz a PRS)... Já tive de tudo que é jeito. Primeiro quero falar que não é porque ela tem weight relief que ela é mais leve. Isso é feito para que se possa usar mogno mais pesado, o resultado final geralmente cai na média de peso das Gibson LP, isso é, mogno pesado com buracos é igual a mogno leve sólido. Claro que existem as LP mais pesadas e mais leves, além do que por incrível que pareça, umas mais balanceadas em relação a outras (em questão de distribuição de peso), por uma questão de peso das madeiras. É um desenho clássico, com todos os pró e contras que possa ter. Nas palavras de Kirk Hammet: Les Paul Standards, along with Marshall amps, are responsible for the sound and attitude that later begat hard rock, heavy metal, and much to my own delight... the extended guitar solo. Without this modern-day Stradivarius, things might have developed quite differently. I venture to say, God truly blesed this mammoth of a guitar".

Assim como as stratos e teles, alguns fabricantes repaginaram e buscaram um desenvolvimento no desenho e qualidades. Em especial entre as singlecut, a PRS e a ESP tem soluções interessantes. A PRS ainda se matém mais fiel ao desenho original, mas introduziu alguns cortes para o acesso às últimas casas e encaixe diferente do braço para também facilitar e acomodar a mão melhor, me atraem muito. Também fazem um "carved" mais acentuado, que acho legal. A ESP é mais radical, fez mais para melhorar a "ergonomia", mas não são guitarras que me atraem.

Uma guitarra que tenho que para mim é excepcional é a PRS Hollowbody 2. É leve, ajeitada, com peso bem distribuído, mas também é um tipo de guitarra que não sai igual da linha, a maioria não sai muito legal não. Mesmo o desenho das PRS sólidas é bastante interessante, mais leve que as singlecut e mais balanceadas. E em especial as Custom, foram guitarra projetadas para terem som de Les Paul e strato. Tenho hoje uma PRS 513, das primeiras em Brazilian Rosewood, acho uma guitarra sensacional em som e tocabilidade.

Por fim, as archtops, que para mim são o topo do que se pode chamar de guitarra. Pena que quase ninguém conhece no Brasil, quando muito umas Gibson que levo muito em consideração. Prefiro as 16`, que me acomodam melhor. Claro que precisam de certa adaptação, como já falaram, mas são o que de melhor existe em termos de guitarra, mais refinado e mais se aproxima a uma obra de arte. Ao contrário do que possam imaginar, são versáteis também. Quando bem feitas, são impressionantes.

nichendrix
Veterano
# jul/14
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MMI
Mas não tem nada muito "ergonômico" em tocar guitarra, nada muito simples, por isso que é comum o aparecimento de LER, síndrome do túnel do carpo, lombalgia, calos nos dedos, unhas quebradas (no caso de violonistas) etc. Quero dizer com isso demanda um esforço, sempre vai ter um incômodo, sempre vai existir uma superação para que se toque esse instrumento.

Isso é muito verdade, é como o pessoal que olha pro meu teclado todo torto e cheio de curvas e acha que é frescura, mas já tive tendinite 3x, por conta de tocar e digitar. Sem contar que com 2 cirurgias de coluna, quanto mais leve a guitarra melhor.... kkkkkk

De toda forma, nessa questão de "guitarra confortável" entra muito em questão o biotipo da pessoa, ou seja, é algo pessoal. Eu faço coro com os que acham que as stratos dão a impressão que tudo está no lugar errado. Não me acerto com elas, é muito difícil para mim até para me acertar com o som delas.

Isso é muito verdade, pra gente que já chegamos na idade que o "musculo" que mais cresce é o panceps, strato sempre fica estranho de achar uma posição boa... kkkk

Mas todo o desconforto que eu sinto com uma strato ainda vale a pena para mim manter uma aqui, que quase não toco, que não acho ser das melhores em som, mas tem um som que só as stratos conseguem e ela faz isso de forma convincente, mas não excepcionalmente.

Depois dos Lindys virou outra guitarra, ficou com som de Strato e é uma das poucas que eu achei realmente legais de tocar em muito tempo, junto com algumas das Nash que passaram pela Two Tone um tempo desses.

Ela tem um braço em soft V, mas bem soft mesmo, que eu achei muito melhor que a Fender Clapton com braço em V que tive (tive algumas Fender já, acho que esse tipo de guitarra fica interessante com braço V). Pode ser que alguém fale que é uma super guitarra, que tire mais som que eu consigo dela, que inclusive já vi isso acontecer, mas para mim essa é a verdade...

Strato tem que ser com braço soft V ou pelo menos um V, a pegada fica muito macia nesses braços (que também é o formato dos Braços dos violões tops de linha da Martin). Já pra tele, o que funciona é o C-Shape vintage mesmo.

Eu já tive essa conversa com o nichendrix, ele curte o polo oposto do que eu curto. Para mim o 60`s slim neck é o tipo mais sem graça da Gibson, gosto dos braços mais parrudos da marca. E acho o as tipo 335 sensacionais, mas para mim nada muito confortáveis.

Aí é que entra o lance do Biotipo, eu sou bem mais alto que você e tenho a mão enorme, então o que funciona pra mim, nunca vai funcionar direito pra ti e essa é uma das belezas desse instrumento maluco que a gente toca.

Toda vez que pego minha Lucille acabo me estranhando com ela, mas ainda acho sensacional.

Mais um sinal que eu devo me tornar o próximo dono dela... kkkkkkkk

Mas o papo é Les Paul (estou restringindo ao desenho original, o que não é vou chamar de singlecut, como faz a PRS)... Já tive de tudo que é jeito. Primeiro quero falar que não é porque ela tem weight relief que ela é mais leve. Isso é feito para que se possa usar mogno mais pesado, o resultado final geralmente cai na média de peso das Gibson LP, isso é, mogno pesado com buracos é igual a mogno leve sólido.

Isso que é engraçado de se considerar, em geral as Gibsons mais caras, com corpo todo sólido chegam a ser de 1 a 2kg mais leves em média do que as com Weight Relief e pelo menos uns 0,5-1kg mais leve que as chambered da linha normal, só por conta de usarem um Mogno bem velho e seco.

Assim como as stratos e teles, alguns fabricantes repaginaram e buscaram um desenvolvimento no desenho e qualidades.

Acho que nesse ponto o melhor dos que já vi foram as Les Pauls do João Cassias da Cassias Guitars, se manteve o mais fiel possível ao original, mas transformou as bichas numa besta de conforto ao tocar e mesmo sólida são bem levinhas.

Uma guitarra que tenho que para mim é excepcional é a PRS Hollowbody 2. É leve, ajeitada, com peso bem distribuído, mas também é um tipo de guitarra que não sai igual da linha, a maioria não sai muito legal não.

Eu te disse isso no dia que peguei ela a primeira vez, que já tinha tocado em pelo menos meia duzia desse modelo e não gostei, mas que a tua tem um tchan a mais, tanto na tocabilidade, quanto no conforto que não tinha visto em nenhuma PRS na vida.

Mesmo o desenho das PRS sólidas é bastante interessante, mais leve que as singlecut e mais balanceadas. E em especial as Custom, foram guitarra projetadas para terem som de Les Paul e strato.

Bah, eu não suporto as Custom, até já peguei algumas legais pra tocar, mas nenhuma é daquelas que a gente toca e apaixona, talvez justamente porque queira ser tudo em 1.

Tenho hoje uma PRS 513, das primeiras em Brazilian Rosewood, acho uma guitarra sensacional em som e tocabilidade.

Pra mim o melhor projeto de Super Strato baseada na LesPaul que já inventaram. Só falta um Floyd Rose pra virar uma Super-LesStrato... kkkkkkkkk

Claro que precisam de certa adaptação, como já falaram, mas são o que de melhor existe em termos de guitarra, mais refinado e mais se aproxima a uma obra de arte. Ao contrário do que possam imaginar, são versáteis também. Quando bem feitas, são impressionantes.

Archtop não é desse mundo, as Gibsons são legais, mas me incomoda serem muito padronizada, as archtops realmente tops, feitas por encomenda, em geral saem com o braço ajustado pro dono e isso é uma maravilha pra se ter e pra se tocar.

Lelo Mig
Membro
# jul/14
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Mimimi...

Tá, eu dei uma zuada nas Les Pauls, só prá por pimenta no tópico, mas falando sério, guitarrista reclamar de ergonomia?

Isso é Conforto Máximo!!

PEMAMETAL
Veterano
# jul/14
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Lelo Mig

Já que é pra dar relaxo.
Acesso às casas mais agudas. hahaha
acesso fácil a casas agudas

ogner
Veterano
# jul/14
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nichendrix
Acredite, eu conheci ao longo da vida, alguns guitarropatas que fazem esse daí ser café com leite. Tem um guitarropata daqui de Sampa que tem uma das maiores coleções de Fender Stratocaster do mundo, já foram até usada em exibições da própria Fender, o cara tem pelo menos uma Strato pra cada ano a partir de 54 até 1982 e várias posteriores (os anos que ele mais gosta chega a ter 5 instrumentos). Ele também tem 3 Lespa Burst originais, duas 58 e uma 60 e por aí vai. Esse é um dos guitarropatas mais guitarropatas que conheci...kkkkkkkkk

Sou duma estirpe sustentável onde sempre menos é mais e quanto menos eu me mexer, gastar, menos merda farei pra terra, porém... Se eu tivesse dinheiro certamente meu calcanhar de aquiles seriam guitarras, strats, fenders..tipo esse maluco...Hehehehe!!

MMI
Veterano
# jul/14
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nichendrix

Isso que é engraçado de se considerar, em geral as Gibsons mais caras, com corpo todo sólido chegam a ser de 1 a 2kg mais leves em média do que as com Weight Relief e pelo menos uns 0,5-1kg mais leve que as chambered da linha normal, só por conta de usarem um Mogno bem velho e seco.

Se você pegar as Featherweight (que são exclusivas da Wildwood) a diferença é marcante mesmo. A mesma loja já fez uma linha com weight relief dessas reissues... Mas pelo que tenho observado, as guitarras com alívio de peso realmente tem aumentado de peso e sua afirmação é verdadeira, eles tem jogado as LP comuns para o limite superior de peso.

Acho que nesse ponto o melhor dos que já vi foram as Les Pauls do João Cassias da Cassias Guitars, se manteve o mais fiel possível ao original, mas transformou as bichas numa besta de conforto ao tocar e mesmo sólida são bem levinhas.

Sim, eu concordo. São excepcionais de fato. Mas também é até covardia o que ele tem de madeira lá para fazer esse tipo de coisa numa guitarra sólida, nas melhores madeiras.

Eu te disse isso no dia que peguei ela a primeira vez, que já tinha tocado em pelo menos meia duzia desse modelo e não gostei, mas que a tua tem um tchan a mais, tanto na tocabilidade, quanto no conforto que não tinha visto em nenhuma PRS na vida.

Tem sim, eu falo, rs. Normalmente elas não me agradam muito, neste modelo.

Bah, eu não suporto as Custom, até já peguei algumas legais pra tocar, mas nenhuma é daquelas que a gente toca e apaixona, talvez justamente porque queira ser tudo em 1.

Eu também acho as Custom as mais sem graça e as que dificilmente compraria. Mas o desenho básico, que é semelhante à 513, P24, P22 etc. eu considero muito bom. A guitarra em si, marromeno. rs

Pra mim o melhor projeto de Super Strato baseada na LesPaul que já inventaram. Só falta um Floyd Rose pra virar uma Super-LesStrato... kkkkkkkkk

Percebi que eu nunca botei a alavanca do tremolo nela para te mostrar. A ponte é bem resolvida, para frente e para trás, é muito boa, dentro dos limites do que uma guitarra sem locking nut pode fazer.

Archtop não é desse mundo, as Gibsons são legais, mas me incomoda serem muito padronizada, as archtops realmente tops, feitas por encomenda, em geral saem com o braço ajustado pro dono e isso é uma maravilha pra se ter e pra se tocar.

Exatamente, são dessas tops que me refiro. Quando se parte para guitarras de 10, 15, 20 mil dólares, nada que não seja perfeito pode ser admitido. mesmo que o braço não tenha sido ajustado para mim, são impressionantes. Foi exatamente meu comentário no dia que estava na oficina do Foster, ele me mostrou uma guitarra, achei o braço excepcional, depois me mostrou uns 3 braços soltos, prontos, fiquei impressionado. Comentei com ele que os braços dele eram fenomenais e ele me respondeu que não era nada além da obrigação dele como músico e luthier, precisava fazer o melhor que ele podia imaginar.

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