O desconforto de uma Gibson Les Paul adeus (um desabafo)

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Filippo14
Veterano
# jul/14
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Mais outra coisa. O tempo de vida das Stratos é muito maior e ela é uma guitarra mais barata. É natural que as pessoas comecem com uma strato e acabem achando seu som ali. Quantas pessoas no fórum mesmo você ve recomendando começar com uma stratinho? As les pauls deixaram de ser produzidas pela gibson na década de 60 e são relativamente mais caras que uma strato, o que faz com que ela perca para as stratos comercialmente.

alfacorrea
Veterano
# jul/14
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Tudo bem, e quantos usaram Les Paul até morrer? Você falou sobre stratos de 62 a 65, quantas lespas tem com mais idade que isso?

Filippo14

É esse meu ponto de vista. Me diz aí vc... Me manda uma lista aí de guitarristas famosos que usaram Lespas véias de guerra e surradas. De todos que eu consigo me lembrar, a única história que me vem a cabeça é a famosa Lespa do Slash, que ele usou muito nos anos 80. Reza uma lenda que o luthier do Slash já colou o headstock daquela Lespa por 5 ou 7 vezes...

EduJazz
Veterano
# jul/14
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alfacorrea
Filippo14

É importante levar em consideração o fato de a strato ter sido produzida por mais tempo desde seu lançamento (a LP parou em 60 e só voltou mais pra frente) e sempre foi uma guitarra mais barata, mais acessível. Isso tem grande influência no "número de guitarras relicadas" que se vê por aí.

Mas, independentemente disso, se bem construídas, ambas as guitarras podem ser praticamente indestrutíveis.

Filippo14
Veterano
# jul/14
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alfacorrea

Entendo esta sua ideia da robustez que uma Les Paul transmite, mas gostaria de deixar apenas o pensamento de que vc vê muito mais guitarras do tipo Strato velhas e surradas, as verdadeiras relic.

Sabe porque vc vê muito mais guitarristas das antigas com Strato velhas e surredas? Porque se fossem Les Paul elas não aguentariam o tranco de anos e anos de surra das estradas.


Cara, é o que eu falei, nenhuma guitarra fica assim com "anos de estrada". Ela fica mais ou menos desse jeito (outra foto). Essa strato do Gilmour foi bem mexida, reparem onde ficava o antigo jack, ele trocou de lugar, a ponte ele já colocou uma maior e fez um recorte ali também.

Isso aqui é uma les paul detonada, e ela ta com cordas e tudo, está funcionando. Volto a dizer, você não pode afirmar que uma les paul não guenta anos e anos de estrada por causa do braço frágil dela. E outra, nenhum idiota profissional arregaça, surra sua strato durante anos e anos de estrada, nenhuma guitarra dura muito tempo assim.

Eu tenho uma lespa que o headstock quebrou, ele quebrou, uma moça que trabalhava em casa que causou isso, eu não sei como foi, ou ela pisou sem querer no braço ou headstock ou a guitarra caiu. Uma strato pode arrebentar caindo também, isso não prova que uma les paul aguenta mais ou menos anos de estrada, uma falta de cuidado o bastante para arrebentar uma les paul pode ocasionar a quebra de qualquer guitarra. Derrubar qualquer modelo de guitarra pode estragar.

MMI
Veterano
# jul/14
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Natanael_DM

Eu errei em generalizar, mas pelo que percebo, ao menos na minha, não há nada de frágil. Muito menos o braço parece mal fixado.
Eu sei que boa parte delas é ruim. Talvez eu tenha sido sortudo mesmo.

Todas com 3 parafusos que vi na vida e alguns amigos luthiers viram, eram com o braço mal fixado. Simplesmente porque 3 parafusos não aguentam. Não que isso obrigatoriamente dão problema, geralmente nem é problema.

Em todo caso, uma das 2 melhores stratos que eu vi na vida era uma dessas, daquelas que olhando apenas se diria que era um lixo. Mas o som... Tudo bem, era um fenômeno de uma em 20.000, talvez.

alfacorrea

Não, isso aí é uma minoria das Gibson, o que eles fizeram foi alterar o ângulo ainda na década de 50 (ou 60, nem lembro). Mas é e sempre vai ser um ponto fraco.

o que eu diria que era bobagem:

Sabe porque vc vê muito mais guitarristas das antigas com Strato velhas e surredas? Porque se fossem Les Paul elas não aguentariam o tranco de anos e anos de surra das estradas.

De forma nenhuma!

Tanto é que a própria Gibson mudou o shape do headstock para fazer um reforço na parte de trás da junção do braço com o headstock. Ela fez um saltinho, tipo uma lombada para deixar o headstock mais resistente.

Não, o "saltinho" é numa minoria.

A Les Paul passa a ser uma guitarra bem mais "manhosa" para um luthier deixar ela com as cordas com ação bem baixa.

Conversa. A maioria dos luthiers dizem que é uma das mais fáceis de regular. O difícil é fazer uma.

Tanto é que quase nenhum dos "fritadores" prefere ou gosta ou consegue usar uma Les Paul. Pode até haver exceções, mas os grandes ícones da fritação, tipo: Satriani, Vai, Van Halen, Hendrix e Malmsteen dentre outros preferem guitarras que se assemelham ao design das Strato.

Bobagem. Sem comentários... :)

alfacorrea
Veterano
# jul/14
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Então tá...

Natanael_DM
Veterano
# jul/14
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Tudo bem, era um fenômeno de uma em 20.000, talvez.

Proporção cruel, MMI.

Ao fim e ao cabo, gosto muito do som da minha véia e nunca me incomodei com ela. Foi comprar, regular e ser feliz.

A única coisa que não gosto é do peso excessivo.

T. Forge
Membro Novato
# jul/14
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Depois leio e respondo as réplicas com mais calma, mas sempre devemos ter em mente que é muito comum pegar Stratos surradas e deixá-las assim, como relics. Ao passo que, no caso das Les Paul, o mais comum é reformá-las "completamente".

Não sei o motivo e nem se existe um, mas é o que observo.

MMI
Veterano
# jul/14
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Natanael_DM

É nada. É uma proporção até muito otimista.

Natanael_DM
Veterano
# jul/14
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Tá bom, MMI.

Spect
Veterano
# jul/14
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alfacorrea
Tudo bem, e quantos usaram Les Paul até morrer? Você falou sobre stratos de 62 a 65, quantas lespas tem com mais idade que isso?

É esse meu ponto de vista. Me diz aí vc... Me manda uma lista aí de guitarristas famosos que usaram Lespas véias de guerra e surradas. De todos que eu consigo me lembrar, a única história que me vem a cabeça é a famosa Lespa do Slash, que ele usou muito nos anos 80. Reza uma lenda que o luthier do Slash já colou o headstock daquela Lespa por 5 ou 7 vezes...

Putz, cara. Tá falando besteira e generalizando por falta de conhecimento.,

Não preciso nem pesquisar, só de cabeça já me vem um monte. Gary Moore, Peter Green (sendo que o Gary Moore comprou uma 1959 que era do Peter Green), Zakk Wylde, Jimmy Page, Billy Gibbons, Paul Kossoff (atualmente, a 1959 do Paul Kosoff é do Joe Bonamassa, que é outro que usa Les Paul clássicas em turnês), Joe Perry, etc. Você falou de fritadores, mas até mesmo o Rhandy Rhoads tinha uma Les Paul e usava frequentemente.

MMI
Veterano
# jul/14
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Luis A.

E nao precisa preocupar com valores, se for preciso eu sei economizar por longos períodos para ter oq procuro rsrsrsr

Esqueci de escrever sobre isso, desculpe.

Se sua praia é um captador PAF, muitas ideias me vem à cabeça. Dá uma olhada, logo de cara, nos Lindy Fralin, Joe Barden, mas principalmente nos Lollar. Um mais difícil de achar, mas que vale muito a pena são os Tom Holmes. Um que me disseram que são muito bom são os Ron Ellis. No blog Louco por guitarra, que não gosto muito porque escrevem muita coisa da cabeça deles, fizeram um comparativo de Les Paul com vários captadores, várias Custom Shop, e chegaram numa pagação de pau nos Jim Rolph, que em parte até vou concordar. Só não acho superior aos mencionados...

De toda forma, assim como o nichendrix te recomendou, vou te falar que o Edu Fullertone faz captadores desse nível aqui no Brasil. O difícil é esperar que ele faça. kkkkkkk

Abraço.

Drinho
Veterano
# jul/14
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o sonho da minha vida é segurar uma fender e ouvir uma gibson

vida de corno.....

Marco A. SDD
Veterano
# jul/14
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Chimbinha usa strato. PONTO FINAL.

T. Forge
Membro Novato
# jul/14 · Editado por: T. Forge
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Bom, como essa discussão de fragilidade x robustez se iniciou ali com o meu post, vou fazer umas observações:

1 - Ali falei sobre a sensação de robustez. É diferente de ser de fato robusta ou não. Por exemplo, a maior fragilidade apresentada por aqui foi o headstock. Mas perceba que, ao tocar, essa fragilidade pouco importa. Ela é relevante em uma queda ou se tu estiver surrando a guitarra, mas simplesmente tocando? No meu caso, o que me admira na Les Paul em detrimento das Stratos não é a solidez de fato, mas a sensação que a construção acaba por passar no ato do tocar.

2 - Sobre a relação quantitativa entre o número de Strato velhas e Les Pauls velhas, devemos considerar que o próprio número de LPs em circulação por aí em relação ao de Stratos deve ser absurdamente menor por si só. Então, estatisticamente, é completamente justificável essa diferença.

Luis A.
Membro Novato
# jul/14
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MMI

Fala meste! Muito obrigado pela etenção!

Depois eu vou ler a reportagem com calma. O Nichendrix me deu uma orientação bem parecida com a sua, por enquanto ja pesquisei o Lindy pure paf e o Lollar imprerial e ambos me chamaram muita atenção, são bastante elogiados e gostei muito dos videos q vi (apesar de ser complicado ter referencia pelo youtube)....

Achei ate deles vendendo aqui por um precinho bem salgado rsrsrsr, agora vou começar a fazer uma poupancinha e continuar pesquisando ate outubro quando irei compra-los....

Valeu, abraço!

MMI
Veterano
# jul/14
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relação quantitativa entre o número de Strato velhas e Les Pauls velhas

A questão é que as Les Paul foram se desenvolvendo até que viraram uma das guitarras mais perfeitas já feitas, só que na época não foram reconhecidas e pararam de fabricar. As que viraram "o santo graal", com collectible index A+, são as burst de 58 a 60. Como curiosidade:

Collectibility Rating: 1952-1953: C, 1953-1955: B, 1955-1957 p90: A-, 1957-1958 goldtop: A, 1958-1960 sunburst: A+, 1961: C-, 1962-1964: C, 1968: B, 1971: D.

Foram produzidas ao redor de 1.200 guitarras de agosto de 58 até 60. Essas guitarras hoje são vendidas por milhares de dólares, muitas foram para as mãos de investidores, museus e colecionadores ricos, que dificilmente se arriscam a colocar em risco tamanho patrimônio. Se falar em strato, o Gilmour mesmo não toca em shows com sua 001, apenas muito, mas muito eventualmente, por este motivo.

Dos famosos, temou tiveram bursts: Slash, Bonamassa (são 3), Billly Gibbons (são 2, a Pearly Gates é a 9 1171), Kirk Hammet, Joe Perry, Brad Whitford, Jeff Beck, Paul Stanley (alguns falam que a 9 1876 dele é a melhor burst que existe), Ace Frehley, Rick Derringer, Joe Walsh, Don Felder, Keith Richards, Mick Taylor, Gary Moore, Paul McCartney, Duane Allmann, Peter Green, Michael Bloomfield, Jimmy Page, Eric Clapton, Paul Kossoff, Warren Haynes, Les Paul, Bryan Adams, Keith Scott (Bryan Adams Band), Robby Krieger (The Doors), Brian Ray (banda do Paul McCartney), Derek Trucks, Tom Keifer, Ed King (Lynyrd Skynyrd), Mick Ralphs (Bad Company, teve 6 delas), Steve Lukather, Mark Knopfer, Rick Nielsen, Eric Johnson, J. Geils e outros, mas acho que já está bom para um universo tão pequeno de guitarras.

MMI
Veterano
# jul/14
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Luis A.

Imagino onde você viu, mas isso se compra lá fora! O Youtube não é muita referência, qualquer coisa, fale, se eu puder ajudar...

FBlues_rock
Veterano
# jul/14 · Editado por: FBlues_rock
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T. Forge
Confessa, tu és mãos de alicate!! kkkkkkk

MMI
Luis A.
Também me interessei pelos Fullertone, mas não tenho muita paciência para esperar, ainda mais quando quem gerencia a fila não sabe a que velocidade ela anda.
Interessei muito, muito mesmo nos Imperial "Peter Green" e nos "normal wound". Tem sugestão de alguns outros caps com proposta semelhante para eu pesquisar? (os Lindy PAF já pesquisei e os Lollar me pareceram um pouco melhores)
Colocar os Lindy Blues Special na minha Strato foi um dos melhores investimentos de upgrade que já fiz no meu set, pensando em fazer na minha Semi.

Edit: faço coro com o MMI, compre lá fora. Peguei os Lindy com lojista do Ebay, fiz bom negócio e chegou tudo ok, ainda com uns agrados (knobs, etc.) na cor da cor da capa dos captadores.

Alex guitar man
Veterano
# jul/14
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PRA TODOS VOCÊS!!!!!!

T. Forge
Membro Novato
# jul/14
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FBlues_rock
Confessa, tu és mãos de alicate!! kkkkkkk

Pior que nem tanto rsrsrs. Não toco tão levinho, mas também não surro a bichinha.

MMI
Veterano
# jul/14 · Editado por: MMI
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FBlues_rock

A especialidade do Lindy, na minha modesta opinião, são os de strato e P-90. Tenho um PAF dele, muito bom, acima de quase todos que posso imaginar, mas não é acima dos Lollar e outros. (fiz uma lista de PAFs para o colega acima)

Tem uns caps da Suhr que vi numa guitarra que me impressionou bastante, aliás, diz o nichendrix que é talvez a melhor LP nova que ele tocou.

Não sei que semi é a sua, nem sei o que você procura para tocar. Mas em se pensando em PAF para archtop, o que há de melhor (ou entre os melhores) são os Kent Armstrong handmades (veja, não são os de linha normais. Precisam ser encomendados e demora uns 3 meses para serem feitos).

ogner
Veterano
# jul/14
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FBlues_rock
Po..gostei da pintura ficou bacana sim!

FBlues_rock
Veterano
# jul/14
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MMI
Longe de ser uma archtop, tenho uma bem modesta, essa aqui (link foto).
Toco mais blues-rock, rock clássico e MPB (uma referência de timbre, Hélio Delmiro).
Pretendo me aventurar no jazz, mas aí talvez já seja o caso de pensar também em uma nova guitarra, não apenas captador...

Além dos Suhr, vou olhar o Tom Holmes e o Ron Ellis que citou acima, agradeço pelas indicações.

Alex guitar man
Nunca tinha visto um diálogo ou conversa que extrapolasse o assunto? Não dá conta de acompanhar, pede pra sair! (já dizia o CN)
:)

Luis A.
Membro Novato
# jul/14
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MMI
FBlues_rock

Essa é a primeira vez q eu vou trocar os caps, e interessante q inicialmente muitos me indicaram captadores com alta saída, agora q estou começando a entender oq isso implica a nível de som, e vejo q talvez isto nem seja o ideal para mim...

Hoje eu pegaria o Lollar imperial com saida de 7.4 no braço, e 8.4 na ponte, pq são mais próximos do 490r da minha guitarra, e eu gosto mais dele do que do 498t.... gostei muito do q ouvi dos lollar...

nichendrix
Veterano
# jul/14
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Luisfelp FR1

Discodo muito dessa idéia de Fender não ter grave, nem precisa ir longe ouve os 4 primeiros discos do Zeppelin ali 90% dos sons de guitarra são feitos com 2 Telecasters, inclusive o que muitos consideram o som definitivo de Les Paul, que é o solo de Starway to Heaven, que foi gravado com a Tele do Page que tem aqueles desenhos psicodélicos que parecem uma paisagem (não é a Dragon).

alfacorrea

Cara, acho que você meteu os pés pelas mãos algumas vezes nas suas colocações.

Uma delas é essa idéia equivocada de que Les Paul tem o headstock mais frágil do que de outras guitarras, isso é conversa pra boi dormir, as Fender são tão fráveis quanto, eu já vi mais de uma vez Fender quebrar Headstock afinando corda e nem precisa ir pra gauges extremos como 016-017, já vi isso acontecer com 011-012, inclusive comigo, já tive uma Fender Japonesa que quebrou o Headstock enquanto eu afinava e regulava um set de cordas 016 nelas. Qualquer Les Paul aguenta isso sem nem vergar o braço direito. Também perdi as contas de Stratos que vi o headstock partir na minha frente.

O ponto a favor da Strato é que a forma que o Headstock dela quebra é muito mais simples de reparar, na Les Paul ele realmente quebra, já na Strato em geral ele vai criando uma fissura ao longo da linha de colagem e huma hora ele simplesmente descola. Do ponto de vista de reparo isso basicamente se resume a recolar o headstock, já na Les Paul, você tem que pegar outro pedaço de madeira e criar não só pontos de contato, mas dar um reforço ali também, porque uma vez quebrada, se não fizer isso ela fica muito instável, não pro ser mais frágil, mas pela forma que ocorre a quebra.

Outra coisa é que toda Gibson com headstock quebrado que vi, sempre é a mesma história, alguém deixou encostada num canto, a guitarra escorregou e caiu de lado batando com o headstock em angulo. nessa mesma situação Strato levaria uma vantagem porque a forma do corpo amorteceria muito mais o impacto antes do headstock bater, mas pode ter certeza, se bater, quebra facinho.

Outro tipo de quebra fácil em strato é o contorno da parte inferior do Headstockm a parte onde tem o nome Fender, ali se bater um um pouco mais de força, quebra facinho e já vi acontecer vária vezes.

Outro ponto a se reassalar, é a questão de escala de produção, Fender é instrumento de massa sempre foi. Foram feitas em torno de 1300 Stratos em 1954 e por volta de 1956 essa produção já girava em torno de 14mil instrumentos por ano. Se você pensar que a Gibson fez pouco mais ou pouco menos de 1200 Les Paul entre 1958 e 1960, você tem uma bela explicação de porquê você não veja tantas dessas guitarras por aí. Eu tive o prazer de conhecer 3 dessas originais, cada uma custaria em um leilão aproximadamente 1 milhão de dólares.

Agora já que você fala do quesito de resistência, a maioria das aproximadamente 1200 Gibsons Les Paul produzidas entre 1958 e 1960 ainda está na ativa, enquanto a grane maioria das Stratos dessa época não está, mas a diferença entre as duas é muito superior a 20 pra 1, então se duas de casa uma das 20+ guitarras que a Fender produziu entre1954 e 1961 para cada Les Paul produzidas entre 1958 e 1960, enfim se duas em cada 20 sobreviver, já é um numero mais de 100% superior em relação ao número de Gibsons da época aurea em circulação hoje.

Rory Gallager - Fender Strato 1961. Essa pra mim é a rainha de todas as relic/road worn guitars. Nada aguentaria tamanho desgaste se não fosse uma guitarra de muita resistência.

Cara, eu tenho amigos que tem Strato 1961, inclusive um que até alguns anos atrás era o dono da única 1961 do mundo com matching headstock que ainda estava "viva" (Foram feitas em torno de 150 guitarras com matching headstock naquele ano, hoje só uma ainda está em capacidade de uso). Na boa, são guitarras ótimas, mas duravilidade não é lá o forte delas, o verniz dela é especialmente frágil e literalmente descasca sozinho a menos que você cuide como um louco, outro fato é que elas tem o headstock e o corpo muito fáceis de partir no meio, se uma dessas cair de quina o corpo simplesmente racha no meio, isso vale pra quase todas as Pré-CBS, tanto que embora tenham sido produzidas em massa pouquíssimas sobreviveram até hoje.

Jimi Hendrix - Fender Strato 1965 essa ele tacou fogo e depois foi remontada para funcionar. Foi vendida em um leilão depois de 2007 por mais de 500.000 dólares.

Engraçado que o Hendrix não era um grande apreciador de Stratos no geral, as guitarras preferidas dele eram duas Flying V e 2 SG Custom e uma Les Paul Standard que podem ser ouvidas sempre nas gravações dele. O uso de Stratos (que ele também gostava muito, mas não tiravam o título das Flying V dele em preferência), começou porque ele sempre botava as guitarras dele pra penhorar em troca de grana por drogas e a única guitarra que dava pra pegar com o resto do dinheiro eram Stratos, isso aos poucos foi ficando na vida dele, mas é só ver que ele literalmente destruiu todas as Stratos que teve, mas as 5 Gibsons dele continuam aí até hoje, por sinal 4 delas são do Paul Allen, um dos donos da Microsoft e que as mantém em um museu (junto com os restos de outras duas guitarras do Hendrix, a Olimpic White do show de Woodstock e a Voodoo do Show de Monterey) e a outra é do Hard Rock Café.

Tanto é que quase nenhum dos "fritadores" prefere ou gosta ou consegue usar uma Les Paul. Pode até haver exceções, mas os grandes ícones da fritação, tipo: Satriani, Vai, Van Halen, Hendrix e Malmsteen dentre outros preferem guitarras que se assemelham ao design das Strato.

Satriani é colecionador de Les Pauls, Van Halen também, tanto que o design da Wolfgang é baseado na Les Paul, mas incorporando características da Frankenstein. Hendrix como disso, embora preferisse Flying Vs tinha pelo menos uma Les Paul que por sinal foi presente do Billy Cox (junto com uma Tele) e que ambas foram bastante usadas pra gravar nos discos dele, como é o caso de Purple Haze, Foxxy Lady, quase todas as músicas do ultimo disco dele, o First Rays of the New Rising Sun tem pelo menos um som de Gibson, existem músicas como Dolly Dagger ou Freedon que chegam a ter 9 sons diferente de Gibson rolando em paralelo na música.

E junto com a Strato branquinha dele, a ourta guitarra preferida do Malmsteen é uma Les Paul Goldtop, a que aparece na página abaixo e que acompanha ele desde o início da carreira:

Malmsteen Goldtop

É esse meu ponto de vista. Me diz aí vc... Me manda uma lista aí de guitarristas famosos que usaram Lespas véias de guerra e surradas. De todos que eu consigo me lembrar, a única história que me vem a cabeça é a famosa Lespa do Slash, que ele usou muito nos anos 80. Reza uma lenda que o luthier do Slash já colou o headstock daquela Lespa por 5 ou 7 vezes...

O MMI citou a grande maioria deles, logo me abstenho, mas na boa fritar mais do que o Randy Rhoads, Gary Moore, Doug Aldrich, Kirk Hammett, Alex Liferson, Zakk Wylde, John Sykes, Kee Marcello, Bucketheadm Joe Perry só pra citar alguns. Na boa pra Hard Rock e Glam Rock, dos anos 70 e 80, Les Paul é basicamente a guitarra de todos os fritadores. Então você pode até argumentar que da virada dos anos 80 pra 90 em diante, quando Floyd Rose passou a fazer parte necessária do repertório fritador wanna be e as supestratos começaram a dominar a cena metal, o número de Les Pauls em shows diminuiram, mas não em estúdios, em geral elas diminuiram nos palcos porque a maioria dos caras a partir daí são endossers de alguma outra marca, mas mesmo assim, alguns ainda conseguem se manter fieis ao modelo, afinal na linha de ESPs do Kirk Hammett sempre tem pelo menos algum modelo baseado na Les Paul as vezes mais de um e se você for atrás de todos os fritadores usando PRS, estão basicamente usando Les Pauls com double cutway.

Filippo14
Cara, é o que eu falei, nenhuma guitarra fica assim com "anos de estrada". Ela fica mais ou menos desse jeito (outra foto).

No caso das Fender até ficam assim porque o acabamento sempre foi de péssima qualidade, a verdade que a maioria das Stratos e Teles entre 52 e 63 em especial são guitarras feitas me massa, com pouco cuidado com acabamento, a maioria das antigas que você vê tem captadores de reposição, porque os caps originais delas simplesmente pifam, das 6 que pude todas desse período e outras 5 que não toquei, mas conheci os donos, só uma ainda estava 100% original, a maioria tinha os caps e outras partes trocadas, porque eram guitarras baratas, produzidas em massa e em geral com componentes de menor qualidade.

Drinho
o sonho da minha vida é segurar uma fender e ouvir uma gibson

Com você tocando eu não sei, com outros, só ouvir o Solo de Stairway to Heaven, the Rover e afins.

MMI
Tem uns caps da Suhr que vi numa guitarra que me impressionou bastante, aliás, diz o nichendrix que é talvez a melhor LP nova que ele tocou.

Impressionaram mesmo. Mas discordo que Lollar seja melhor que Lindy, pra mim chegam perto, especialmente para sons alguns específicos, mas difícil superar os Fralin na minha opinião, especialmente se forem personalizados, som de PAF pra mim é Fralin, mas o Lollar chega bem perto, a um pentelho abaixo.

T. Forge
Membro Novato
# jul/14
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MMI

Muito legal essa informação sobre as Bursts.

FBlues_rock
Veterano
# jul/14 · Editado por: FBlues_rock
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ogner
Valeu!

Luis A.
Essa é a primeira vez q eu vou trocar os caps, e interessante q inicialmente muitos me indicaram captadores com alta saída, agora q estou começando a entender oq isso implica a nível de som, e vejo q talvez isto nem seja o ideal para mim...

Te indicaram possivelmente por ser o "padrão" da maioria, não por serem melhores ou mais indicados.
Se gostou tanto dos Lollar Imperial, muito provavelmente não seja seu caso. Outra coisa a ponderar é talvez colocar um de maior saída na ponte e um estilo PAF no braço (no caso, os Imperial), cobrindo uma maior variedade de timbres.
Hoje no meu set tenho um Seymour Jazz Model no braço, som bem limpo e articulado, ótimo para utilizar drives e timbre menos "anasalado" que PAF comuns (embora isso, para mim, hoje não seja qualidade). Mas o que interessa: uso um JB na ponte, meio que uma referência em humbucker de saída mais elevada. Comprei por "audição", nem sabia que era tão famoso à época, e vivo de "amor e ódio" com ele. Entendo o apelo dele e é muito bom para alguns estilos, mas com o tempo criei uma "identidade musical" e procuro um timbre mais condizente com ela, o que não inclui o JB nem outro cap de saída elevada.
Na verdade, o Lollar que me interessou para o braço, por exemplo, sequer é normal wind, está mais para low wind.

Luis A.
Membro Novato
# jul/14
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FBlues_rock

Pois é, isso acabou me mostrando q estas decisões precisam ser tomadas com calma e preciso buscar o máximo de informações para encontrar oq eu quero..... nem sempre o senso comum é a melhor opção...

Luisfelp FR1
Membro
# jul/14
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nichendrix

"Discodo muito dessa idéia de Fender não ter grave"

Eu também discordo disso, acho que fender tem grave sim. Na verdade não tava falando de Fender em geral, mas sim de Stratocaster em geral. Mas depois assumi que mesmo assim generalizei demais e fiz o comentário baseado em uma guitarra específica, no caso a Condor RX-20s, me expressei mal. :)

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