Autor |
Mensagem |
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
Hammer
sabe qual ano elas foram fabricadas?
Aí forçou... kkkk
Põe no google que você acha.
outra como anda a dunamiz?
Faz tempo que não vou lá. Tem saído umas guitarras bonitas, pelo menos na aparência.
|
MMI Veterano
|
# dez/14 · Editado por: MMI
· votar
Hammer
Para ajudar sua busca...
Braço em mahogany, escala em Braz. Rosewood: Artist I (91-94), Artist II (93-95), Artist III (96-97), Artist Limited (94-95), Custom 22 Brazilian (2003), Custom 24 (85-91), Custom 24 Brazilian (03), Dragon I (92), Limited Edition (89-91), McCarty Archtop second version (02-04), McCarty Archtop Artist (98-02), McCarty Brazilian (03), Metal (85-86), 1980 West St. LTD (07-?), Santana (95-98), Santana II (98-?), Signature (87-91), Special (87-91), Standard 24 (85-91), Studio (88-91), Studio maple top (90-91), 20th Anniversary Dragon Double Neck (05).
Braço em maple e escala em Brazilian Rosewood: Golden Eagle (97-98).
Braço em rosewood, escala em Brazilian Rosewood: Rosewood LTD. (96)
Braço inteiro de Brazilian Rosewood: Dragon II (93), Dragon 2000 (1999), Dragon 2002 (2002), 513 Rosewood (2004-07), Modern Eagle (04-?), Santana Brazilian (03), Singlecut Brazilian Rosewood (01), Singlecut Trem Modern Eagle (06-?).
Alguns violões saíram com Brazilian Rosewwod, como o PRS Private Stock Tony McManus Brazilian Rosewood, PRS Private Stock Brazilian Rosewood Angelus.
Obs.: onde coloquei "?" foi porque no livro " The PRS Guitar Book - The Complete History of Paul Reed Smith Guitars" de Dave Burrluck (2007) dizia que era até "current" - é preciso checar.
Próximo de 2007, data do livro, o fornecedor acabou o estoque de Brazilian Rosewood. Esta madeira ficou muito restrita ao estoque da PRS por um bom tempo, saindo apenas raríssimas guitarras especiais. Mais ou menos no ano passado a PRS fez uma parceria no sul da Bahia e voltou a conseguir um pouco de Brazilian Rosewood para oferecer.
|
NeoRamza Veterano |
# dez/14
· votar
Hammer De qualquer forma ainda fabricam. No site da guitar center tem 3 tipos de PRSs com rosewood neck, Custom Floyd 24, Custom 22 e a 513. No caso da Floyd tem inclusive em várias cores.
MMI Que história é essa de passaporte para a guitarra? Isso é tanto para sair do Brasil quanto pra entrar no Brasil? E ao comprar uma PRS dessas no exterior ela já vem com esse passaporte?
|
Ismah Veterano |
# dez/14
· votar
NeoRamza
É uma autorização pra poder transportar a madeira, acho que dada pelo IBAMA, para evitar tráfico.
|
Filippo14 Veterano |
# dez/14
· votar
Mais uma vez o MMI explicando peculiaridades não só das burst, mas da construção do instrumento como um todo, parabéns!
Uma dúvida, a Fender Custom Shop faz esse "alinhamento" das frequências de corpo e braço não é?
Abração
|
Ismah Veterano |
# dez/14 · Editado por: Ismah
· votar
Filippo14
Talvez... Alguns luthiers - e isso inclui os que assinam as custom shop - são mais supersiticiosos... Conheço caras que calculam semanas pra fazer uma guitarra, e outros olham pro pedaço da madeira e dizem "é esse"... Literalmente escolhem à esmo...
|
NeoRamza Veterano |
# dez/14 · Editado por: NeoRamza
· votar
Filippo14 Acho que não exatamente. O que o Paul Reed diz fazer é procurar braço e corpo que tem a frequência bem semelhante ou que seja um harmônico um do outro.
Já em um vídeo da fender parece que eles tendem a combinar um braço de som mais agudo com um corpo com som mais fechado, e vice versa. Ou seja, a tentativa é uma coisa compensar a outra para que a guitarra não fique aguda demais ou grave demais, porém não parecem verificar se as frequências 'batem'.
edit: link do video: https://www.youtube.com/watch?v=rAxvKw-wg-Y
|
rafael_cpu Veterano |
# dez/14
· votar
Muito post interessante neste tópico!
Marcando...
T+
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
NeoRamza
Que história é essa de passaporte para a guitarra? Isso é tanto para sair do Brasil quanto pra entrar no Brasil? E ao comprar uma PRS dessas no exterior ela já vem com esse passaporte?
Por acordos mundiais hoje produtos com marfim, brazilian rosewood e outros materiais em extinção precisam de licença especiais para atravessar fronteiras e eventualmente até Estados. Nenhum fabricante atualmente fornece o certificado direto, já incluso. Precisa ser retirado nos órgãos competentes, igual ao seu passaporte.
Alguns fabricantes já informam e direcionam isso. Aqui no Brasil eu sei que o Cassias consegue, não sei outros.
Filippo14
Uma dúvida, a Fender Custom Shop faz esse "alinhamento" das frequências de corpo e braço não é?
O vídeo que o NeoRamza mostra que existe esse tipo de preocupação. Aliás, excelente vídeo que não conhecia.
Pois é, nos modelos tradicionais da Fender é mais complicado. Os corpos não são propriamente escavados (carved, no sentido dessa palavra), mas são peças da mesma madeira (nesse caso da CS, no máximo de 2 peças o que em certa maneira facilita) o que vai facilitar tem uma vibração uniforme. E daí vem o braço...
O próprio Clapton teve a história de desmontar 3 guitarras para montar uma com as melhores peças - e acho que essa discussão tem muito a ver com isso. Na Custom Shop deve (ou pode...) haver essa preocupação, testar diferentes braços em diferentes corpos.
Existe o cara que era uma lenda na Fender, que diziam ser o mestre dos braços, o melhor: Herb [Herbie] Gastelum. Ele junto com a Abigail Ybarra eram os mais antigos funcionários, cada um com seu domínio. Suponho que a habilidade dele seja exatamente em acertar o som do braço, já que meramente construir um braço até o CNC e um peão qualquer fazem.
Alguns luthiers famosos dizem que uma realmente boa Fender é uma em mil ou mais, algo raro, no que eu concordo. Tem umas que são de chorar de joelhos... Posso dizer que na minha vida vi 2 assim, stratos! Minha strato diria que é legalzinha, é uma Custom Shop NOS que está com captadores Lindy Fralin customizados, mas é apenas uma CS boazinha. Depois disso fiquei a procura de um bom baixo e depois de procurar muito achei um 79 (é um PJ) de som muito bom, anormal. Pois é, quando fiz a manutenção dele descobri que foi feita por Gastelum... Hoje ele está com captadores Lollar, tem muito som. Mais difícil ainda foi achar uma tele. Consegui depois de anos encontrar uma que realmente se diferencia, uma Custom Shop 67 relic que mata a pau, tem um som gordo e agradável, sem perder as características do som de tele. Depois de muita conversa, estou testando uma ponte que o ex-master builder John Page (talvez um dos melhores da história da Fender) fez para mim. Acho que o ataque muda um pouquinho, mas não achei nada absurdo. Nenhum dos meus instrumento Fender são desses raros (1:1.000 ou mais) de som absurdo para tocar chorando, mas a tele e o baixo se aproximam um pouco disso. E isso tem muito a ver com o comportamento geral, timbre primário e secundário do instrumento.
Mais uma vez o MMI explicando peculiaridades não só das burst, mas da construção do instrumento como um todo, parabéns!
Que é isso, rapá... Obrigado! :)
|
Filippo14 Veterano |
# dez/14
· votar
NeoRamza Po, animal esse vídeo. Mas uma dúvida, ele diz que faria algumas combinações pela frequência da guitarra certo?
É possível através de um captador a gente alterar essa frequência de ressonância?
Exemplo(fictício):
Fizeram na Fender Custom Shop uma guitarra, pensaram nessas frequências de ressonância, mas perceberam que a guitarra ficou soando muito estridente, a combinação não foi das melhores. Se eles enrolarem um captador específico para essa guitarra, como devem fazer, seria possível deixar a guitarra mais grave, sem ficar estridente através de mudanças de timbre do captador?
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
Filippo14
Fizeram na Fender Custom Shop uma guitarra, pensaram nessas frequências de ressonância, mas perceberam que a guitarra ficou soando muito estridente, a combinação não foi das melhores. Se eles enrolarem um captador específico para essa guitarra, como devem fazer, seria possível deixar a guitarra mais grave, sem ficar estridente através de mudanças de timbre do captador?
Sim, mas daí você está está falando no mínimo das masterbuilt... Talvez até daquelas obras de arte únicas.
|
Filippo14 Veterano |
# dez/14
· votar
MMI Realmente pensei em uma dessas nesse caso. Contudo, penso em uma opção mais em conta hahahaha. Se levássemos a guitarra no Edu Fullertone, teria como mostrar quais frequências sobram e quais faltam e ele poderia fazer um captador personalidado para você.
Lindy Fralin, Jim Rolph, Van Zandt, SD Custom Shop, também seriam empresas que poderiam fazer esse tipo de coisa, pensei no Edu mais por levar a guitarra até o fabricante do captador.
Abração
|
NeoRamza Veterano |
# dez/14
· votar
Mais uma vez o MMI explicando peculiaridades não só das burst, mas da construção do instrumento como um todo, parabéns!
Eu nem fico elogiando muito e agradecendo porque se não vou ter que fazer isso a cada post. Só vou lá em cima e voto. Cada post é precioso. :-D
MMI Alguns luthiers famosos dizem que uma realmente boa Fender é uma em mil ou mais, algo raro, no que eu concordo.
Mas essa proporção de 1:1000 seria apenas da fender? Esses luthier quiseram apenas dizer que é muito difícil fazer pra qualquer um, ou que é eles fazem melhor? Esses luthiers famosos conseguem uma quantidade maior de guitarras pra "tocar chorando" rsrs?
Vendo o Paul Reed falar dá vontade de vender o carro pra comprar uma private stock kkk. Juntando o belíssimo acabamento das PRSs às histórias que ele conta parece que a maioria das guitarras dele são mágicas. Ele sabe bem como vender o produto. A história dele com o Santana é um exemplo
|
Hammer Veterano |
# dez/14 · Editado por: Hammer
· votar
MMI
poxa valew pelo conhecimento! talvez em um futuro se a sorte me ajudar eu invista em uma PRS dessas é a que eu mais curto.... outra que poderia vir seria uma teleca do nash me parecem uma puta guitarra... mas acho que ficaria com a PRS em primeiro lugar..
oc ainda tem a 513? oq achas do som dela?
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
Filippo14
Lindy Fralin, Jim Rolph, Van Zandt, SD Custom Shop, também seriam empresas que poderiam fazer esse tipo de coisa, pensei no Edu mais por levar a guitarra até o fabricante do captador.
Sim, cara... É bem possível isso.
Quando o ALF is back mandou o Seymour Duncan JB dele, depois de fazer ter queimado o captador, foi mais ou menos o que o Edu fez. Não mandou a guitarra junto, apenas conversou e trocaram ideias do que o ALF esperava daquilo. Eu conversei pessoalmente com o Edu na época, ele enrolou, montou, colocou numa guitarra Les Paul e tocou em estúdio umas 10 vezes, sem exagero, até conseguir o que ele esperava. O imã e a armação/base é a original, mas o Edu refez o captador um monte de vezes até se convencer. Pergunte agora ao ALF se o captador não é perfeito, melhor que o original... kkkkk
NeoRamza
Antes de tudo, valeu pelo elogio... Fico contente, mas deixem disso... ;-)
Mas essa proporção de 1:1000 seria apenas da fender? Esses luthier quiseram apenas dizer que é muito difícil fazer pra qualquer um, ou que é eles fazem melhor?
Não, isso é sobre strato, na verdade. Nas palavras dele, "no dia que você tiver uma strato dessas, nunca mais venda porque provavelmente nunca mais verá uma na frente". Depois outro falou algo semelhante e fui conversar com eles. Isso vale para tele, tem umas que simplesmente são fenomenais, impressionantes. Na opinião de um deles é por isso que alguns guitarristas famosos tem uma "number one" (no caso do SRV) e nunca mais largam dela. Sobre essas guitarras singulares e excepcionais, deem uma olhada na entrevista do Tiago Castro. Conheço alguns colecionadores sérios de guitarra e todos falam da existência dessas pérolas.
Esses luthiers famosos conseguem uma quantidade maior de guitarras pra "tocar chorando" rsrs?
Olha, essas pérolas de tocar chorando não. Sei lá, isso é coisa do dia certo, na madeira certa, na lua certa, no dia certo ou sei lá mais o que. Sai uma de chorar.
Porém tem caras que fazem guitarras superiores, guitarras que claramente são melhores (na média) que o que se vê por aí. Te dou um exemplo bem claro... As teles Nash! Na média são, sem dúvida, melhores que as teles da Fender Custom Shop. Se pegarmos guitarras feitas, de certa forma em produção, na média colocaria Fender CS > Suhr > Nash (uns amigos dos EUA insistem em dizer que LsL supera, mas só vi 1 até hoje e não me atrevo, mas são alguns...). Não são dessas para chorar, mas são claramente superiores.
Por exemplo, se você pegar uma Gibson ES-335 e uma Collings I-35 muito provavelmente vai sair falando que a Collings é melhor, mesmo sabendo que as ES-335 atuais são feitas em Memphis e são Custom Shop. Mas não quero dizer que sempre vai valer essa regra, na Fender idem.
Mas aí vem um porém... Alguns luthiers, em especial de violões e archtops, são tão fodas que tem lista de espera de 1,5 a 2 anos (paga!) e o preço do instrumento básico, mais simples, começa em 20 a 30 mil dólares. De novo, não vou falar muito disso porque nem tenho muito o que falar de experiência particular, rs. Entenda que pela metade disso você leva na hora um excelente instrumento escolhido e testado em lojas, então alguma razão deve ter. E mais uma vez tenho que falar do Cassias, que trabalhou com o Somogyi e botava a mão nesse tipo de instrumento, que o preço começa em 30 mil dólares. O cara tem que ser muito bom porque ao se pagar para ficar na fila, esperar tanto tempo por um preço desses, o mínimo que se espera é algo além da perfeição, para se tocar soluçando de tanto chorar.
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
Hammer
outra que poderia vir seria uma teleca do nash me parecem uma puta guitarra... mas acho que ficaria com a PRS em primeiro lugar..
Baita dumas guitarras... kkkk
oc ainda tem a 513? oq achas do som dela?
Tenho ela aqui, inclusive foram feitas umas gravações com ela recentemente. É uma guitarra que impressiona, até pelo cheiro do Brazilian Rosewood, pela aparência e muito pelo som. Li uma vez um artigo falando que infelizmente o visual dos captadores não fez muito sucesso, mas que sem dúvidas é uma das melhores guitarras inventadas pela PRS.
Uma vez levei a 513 para uma gravação num grande estúdio daqui de São Paulo. São caras que estão acostumados com todo tipo de instrumento top. Os caras simplesmente ficaram extasiados com a 513 e a Benedetto, tanto que até tiraram foto e pagaram pau, postaram as fotos e fizeram um certo barulho a respeito. É uma guitarra de ressonância incrível. Pode acreditar, é muito boa e versátil.
|
Filippo14 Veterano |
# dez/14
· votar
MMI Imagino, conversei com o Edu sobre os captadores da 335 que eu to fazendo com o pessoal da Dunamiz e o cara aparenta manjar demais. Estou ansioso demais para essa guitarra ficar pronta, estou sentido que vai ser minha guitarra favorita haahhaha.
Outra dúvida parecida com a do captador. Vou usar o exemplo de uma das minhas stratos.
Ela tem corpo de Alder e é em 3 peças. É uma american atandard que eu reformei, até o braço é diferente e para mim ficou absurda, muito boa, acho que é a guitarra com o timbre mais bonito aqui de casa. Se eu pegasse esse corpo dela, e desse uma frequência X e trocasse por um outro corpo de strato que possuisse uma frequencia X, mas de bloco único e feito exclusivamente para esse braço, de forma que a construção ficasse melhor do que a atual. Eu sentiria diferenças muito grandes ou apenas o sustain melhorado e outros detalhes. Digo isso por não querer perder o "DNA" da guitarra.
|
Hammer Veterano |
# dez/14
· votar
MMI me parece uma das mais versáteis.... essa sua é que ano? qual a serie dela (digo custom, private stock, limited sei lá.. não saco muito de prs)?
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
Filippo14
Imagino, conversei com o Edu sobre os captadores da 335 que eu to fazendo com o pessoal da Dunamiz e o cara aparenta manjar demais. Estou ansioso demais para essa guitarra ficar pronta, estou sentido que vai ser minha guitarra favorita haahhaha.
O Edu é muito bom. Acho que vai ser excelente mesmo.
É uma american atandard que eu reformei, até o braço é diferente e para mim ficou absurda, muito boa, acho que é a guitarra com o timbre mais bonito aqui de casa.
Se você já tem uma guitarra boa, acostume com o fato dela ser boa. Não recomendo inventar muito em cima dela. Se um dia você encontrar uma strato melhor que ela e dê para comprar, aí sim, faça negócio. Mas trocar o corpo? Não acho que é por aí...
Hammer
A minha é 2007. É uma 513 Rosewood. Na época eles anunciavam essa guitarra como uma linha de alto padrão: braço em Brazilian Rosewood, gold mother of pearl 513 bird inlays, 22 frets (513 fretwire), corpo com mogno sólido, todas eram 10 top, nickel plated vibrato. Isso era de linha, mas não faziam aos montes essa guitarra. O único opcional era o hardware dourado.
|
NeoRamza Veterano |
# dez/14
· votar
MMI Rapaz, que flickr lindo. Essa Tom Murphy, que espetáculo, não sei o som, mas o acabamento é de chorar.
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
NeoRamza
Valeu. Qualquer dia eu atualizo e ponho mais fotos legais.
A Murphy foi um achado, tem um som bem legal. Provavelmente farei umas gravações agora no começo do ano com ela.
|
Hammer Veterano |
# dez/14
· votar
aproveitando que pedalzim é aquele da tc eletronic no seu pedal board?
|
FStanzani Veterano |
# dez/14
· votar
Galera, vou tentar adicionar um pouco de informação aqui, mas não quero adicionar achismos.
Minha formação é na área de exatas e estudei física e ondulatória na faculdade.
Vamos lá:
O que difere um violão de uma guitarra? É óbvio, o violão possui uma caixa de ressonância, e a guitarra possui um corpo sólido.
Tanto a guitarra quanto o violão, ou qualquer outro instrumento de corda são sistemas subtrativos, ou seja, esses sistemas SUBTRAEM vibração das cordas. No caso do violão o som é audível acusticamente devido ao corpo ser uma caixa de ressonância, que permite que o som reverbere dentro do corpo e seja projetado para fora através da saída frontal. O mesmo efeito pode ser reproduzido por exemplo com um celular: já experimentaram ligar o som do celular e colocar o aparelho num copo (vazio, é claro)?
O porém, no caso do violão, é que devido à baixa densidade de madeira presente no corpo, o som não se sustenta por muito tempo, pois o corpo, principalmente o tampo, amortece a vibração das cordas, roubando a energia de vibração das cordas. Por esse mesmo motivo, um violão de tampo maciço possui muito mais ressonância e sustain que um violão laminado. Por que? Pois a madeira maciça é muito mais densa, pesada, e consequentemente menos porosa que as peças laminadas. Além disso, são coladas palhetas de madeira dentro do corpo do violão para dar mais resistência ao corpo evitando que ele se quebre, e também para melhorar o sustain.
Na guitarra, a falta da caixa de ressonância dando lugar a um corpo sólido faz com que menos vibração seja roubada das cordas, sustentando o som por muito mais tempo, mas de forma menos audível acusticamente.
Diz-se que uma boa guitarra vai soar melhor que uma guitarra ruim mesmo que ambas estejam desligadas.
A existência de um captador magnético nas guitarras elétricas adiciona algumas propriedades ao som amplificado, ao mesmo tempo que remove outras, e por essa mesma razão o som obtido através de captadores de guitarra não é igual ao som de um violão tocado acusticamente. Nem mesmo captadores piezo são capazes de obter o mesmo som. Obviamente, hoje os fabricantes de captadores e pre-amps para violão têm usado de outros artifícios para amplificar o som dos violões, como sistemas híbridos nos quais se coloca um microfone dentro do corpo do violão para aumentar a fidelidade de captação do som acústico, mas mesmo assim, em gravações, os microfones fora do corpo ainda são insubstituíveis.
A primeira vez que Les Paul resolveu fazer uma guitarra de corpo sólido, ele colocou cordas em um trilho de trem, ou seja, uma peça sólida, resistente e pesada de metal, com extrema densidade. De acordo com o próprio Les Paul, foi o som "mais lindo" que ele já ouviu. Como seria inviável fazer instrumentos daquele modo, les paul resolveu utilizar madeira, e no caso da Les Paul, ele queria um corpo mais denso que o da Fender Broadcaster, e braço colado.
Em outras passagens há relatos contraditórios, por exemplo, quanto à criação de SG, que primeiro se chamou Les Paul SG, mas o Les Paul mandou remover seu nome por 3 motivos: o primeiro foi o design que ele não gostou. Os outros dois? A falta de madeira no corpo e o "braço fraco".
Captação faz diferença? TODA, inclusive a forma que a captação é ligada no circuito (procurem sobre modern wiring e vintage wiring). A captação permite por exemplo que as cordas da guitarra fiquem mais próximas ao braço, com isso, o instrumento seja mais macio, e mesmo assim o trastejamento não seja tão perceptível quanto num violão. Agora, experimente colocar um mesmo kit de captadores em uma Les Paul e depois coloque numa Strato. O som terá características semelhantes no que tange à captação, mas de forma alguma será idêntico. Impossível ser. Uma strato com humbuckers não soa como uma Les Paul. Não existe mágica.
No vídeo abaixo segue uma breve palestra do Mr. PRS sobre construção de guitarras e o sistema subtrativo. Ele dá um exemplo bem interessante mostrando a diferença entre um nut vagabundo de plástico e o nut utilizado nas PRS:
Sem fazer jabá, no meu blog eu tento falar sobre o assunto:
Por que uma guitarra boa é tão cara?
Não sou profissional da música nem da luthieria, mas tudo que eu escrevo é fruto de anos de leitura sobre construção de instrumentos somados ao conhecimento sobre ondulatória, engenharia de materiais, fenômenos de transporte e etc.
A ciência utilizada da maneira errada é pior que a ignorância utilizada da maneira correta.
Abraço!!!
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
Hammer
Da TC... Tive que procurar porque aquele pedalboard nunca é fixo. Aquele é um Stereo Chorus Flanger. Tenho um Vintage Delay deles e um Mini Polytune, que virou o afinador do pedalboard.
FStanzani
Muito bom. Mas vale uns pequenos adendos...
Na questão de sólido x laminado entra em questão as fibras da madeira também. As vibrações do som na madeira são transmitidas preferencialmente e mais rapidamente pelas fibras. Na laminação se consegue maior rigidez, eventualmente até com menor espessura, mas a vibração é prejudicada. E por causa da vibração é que geralmente a melhor madeira disponível é usada no bracing, nos melhores violões se exige uma madeira perfeita para que seja usada no bracing. Basta ver no vídeo da Fender (dos braços) que o birdseyes tem menos som. Este video mostra alguma coisa da questão da vibração do top e dá para entender a questão das aberturas e do bracing. Portanto muito do bracing tem menos função estrutural e mais função vibratória.
Les Paul não usou trilho de trem e sim o dormente. Suas experimentações sempre foram com madeiras, tanto que ele sempre chamou o projeto de "The Log" que os dicionários da internet dão como tradução: n. A usually large section of a trunk or limb of a fallen or felled tree. n. A long thick section of trimmed, unhewn timber.
[url=https://www.youtube.com/watch?v=PrLwh3Jh2OQ] Depois ele desenvolveu o projeto na Epiphone, em NYC. [/url]
Em 61 saíram algumas guitarras Les Paul com novo formato. Ele dizia que era uma guitarra cheia de erros de projeto, até quanto aos captadores e por isso ele rescindiu o contrato. Como foi um modelo que vendeu muito mais que as tradicionais Les Paul, ele dizia que não entendia nada de guitarra... rs
Sobre preços, vou te recomendar ler este artigo.
|
FStanzani Veterano |
# dez/14 · Editado por: FStanzani
· votar
FStanzani
Ele usou um trilho de trem. The Log era uma peça sim de madeira, mas antes de The Log ele resolveu colocar cordas em um trilho (rail), tá aqui:
Les Paul Foundation
;)
|
FStanzani Veterano |
# dez/14
· votar
MMI
Ele usou um trilho de trem. The Log era uma peça sim de madeira, mas antes de The Log ele resolveu colocar cordas em um trilho (rail), tá aqui:
Les Paul Foundation
;)
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
FStanzani
Tem razão. Desculpa.
|
Hammer Veterano |
# dez/14
· votar
MMI poxa acho que é a primeira vez que oc se confunde em algo... isso é muito estranho... hehehehe
oc sabe me dizer se o pedal nova reverb da tc eletronic é bom?
|
MMI Veterano
|
# dez/14
· votar
Hammer
Herrar é umano.
Tive pouco contato com esse pedal, só uma experimentada. Mas considero a TC como uma das boas marcas, ruim nunca é. Por exemplo, no último fim de semana estava gravando com outro que conhecia pouco, o Flashback X4 e sem dúvida é um dos tops. Acho que nunca vi ninguém passar vergonha com um pedal TC, tenho 2 pedais da marca.
Porém... Eu já tinha um EHX Cathedral e resolvi pegar outro reverb há pouco tempo. Peguei o Strymon Flint, mesmo porque tem um tremolo legal também - estou bem feliz com ele (também já gravei com ele!!!).
|
Hammer Veterano |
# dez/14
· votar
MMI
pois é eu tava dando uma olhada na strymon tb... tava pensando entre o tc e o o blue sky , mas acho que estou dando preferencia para o da tc... me parece mais versátil... alem que é mais facil encontrar o da tc usado...
da strymon acho que se fosse pegar algo no futuro seria o delay el capitain dizem ser excelente
|