Sobre marcas, grifes, logos, política e custo-brasil

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Led Zé
Veterano
# nov/13
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Lelo Mig
- Porque os instrumentos são bons. Os caras são endorses, são pagos para usarem, mas os instrumentos são realmente bons.

- Porque os instrumentos atendem o que a música Popular em geral pede. Porque esses caras tocam, têm pegada, tiram som e sabem usar equipos.

- Porque esse conceito de verniz X, madeira Y, mimis e frescuras em geral, influi muito menos do que acham no som e tá mais prá viadagem do que coisa de bluesman ou rocker de verdade!

- B.B. King dá uma nota e quem escuta diz: É B.B King!! Enquanto um monte de Zé Ruela metido a especialista, já gravou 20 CDs sem identidade alguma.

Isso, não é o instrumento que faz... isso se chama pegada! E ou o cabra têm, ou não!


Isso aê , velho. Disse tudo. Fenders e Gibsons são bons intrumentos e têm nível profissional . Há quem diga que standards (seja Fender ou Gibson) não são grande coisa. Eu discordo plenamente e não é porque eu não tenho grana pra ter uma Custom shop da vida. Basta ver os profissionais. Olha o tanto de Gibson standard em um evento com o RIR. Nego tá tocando pra milhares de pessoas! Mais do que qualquer uma aqui sonharia em tocar algum dia. E a guitarra tá lá dando conta do recado pois o cara é bom e o resto do equipo acompanha o nível. Aí eu vejo nego de forum falando que standard é meia boca, que a o top é isso ou aquilo...Sinceramente...Puta frescurite aguda. Eu me espelho no profissional e não no usuário cheio de GAS que inventa todo dia um motivo pra comprar uma guitarra mais cara.

Natanael_DM
Veterano
# nov/13
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Há quem diga que standards (seja Fender ou Gibson) não são grande coisa. Eu discordo plenamente e não é porque eu não tenho grana pra ter uma Custom shop da vida.

Apoiado, Led Zé!
É muito preciosismo e mimimi de neguinho que, muitas vezes, sequer chegou a tocar (mesmo) num modelo standard bem reguladinho. Não que seja esse o caso, sempre.

Outra coisa: eu, realmente, acho que os 60 ou 70 anos que a Fender e a Gibson têm de produção de guitarra devem significar alguma coisa, mesmo nos modelos mais simples da marca. Esse know-how tem de representar algum "atalho" na questão produtiva (manha, técnica, empirismo...).

Um exemplo disso é o Ted McCarty que, mesmo nunca tendo tocado uma guitarra na vida, foi contratado pela PRS, durante muitos anos, pra ajudar no desenvolvimento de modelos deles. PRS. Não um fulaninho qualquer... Ou seja, o know-how do trabalho desenvolvido com a Gibson, de fato, serviu pra melhorar o processo produtivo de uma outra grande fabricante de instrumentos.

E me desculpa se eu desvirtuei o tópico.

FBlues_rock
Veterano
# nov/13 · Editado por: FBlues_rock
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Lelo Mig
Beleza, valeu a antítese.
Não farei pois a conta é simples demais, faz aí: se no EUA vende a 100 e lucra 80 descontado impostos, quanto precisa custar no Brasil para lucrar os mesmos 80? 300 reais?
Matemática simples. :)

Sim, além da carga tributária absurda, os tributos (citou tributos, não só impostos) são os piores possíveis. Há os que não são cumulativos, ao contrário do que disseram aqui, mas mesmo esses penalizam mais quem produz, quem está na base da pirâmide, etc.

Não vou aprofundar nem corrigir uns conceitos pois passei anos estudando apenas direito tributário é não é nada divertido nem simples; no fim das contas, concordamos sobre o absurdo das alíquotas, fatos geradores e bases de cálculo. :)

Política partidária não é sinônimo de política, em seu sentido amplo, esse é muito mais abrangente. Me referi a não se tratar de "problema de um partido", mas um mal que está arraigado no nosso país. Se quer abordar o governo atual, podemos dizer que o problema é não ter mudado isso.

JJJ
É bem por aí, o pior problema não é o valor, mas como isso é revertido para a sociedade. A segundo maior o valor e a forma de tributarem... hehe
Embora não ache que justifique, o Brasil é o segundo país no ranking mundial de sonegação; só para ter ideia, o que se deixa de recolher aos cofres públicos com sonegação é muito superior ao que se desvia com corrupção, mas com certeza esse último é bem mais revoltante.

Mas abordou o que considero o fator mais importante na discussão sobre instrumentos: distribuição exclusiva. No caso de carros, é cartel.


Mas isso na questão das importações. No caso de produção nacional, com certeza os tributos altíssimos (assim como a forma de tributação) fazem toda a diferença.

ALF is back
Veterano
# nov/13
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Caramba, esse tópico ta bem legal...varias coisas q eu não sabia!
marcando pra continuar a leitura depois

MauricioBahia
Moderador
# nov/13 · Editado por: MauricioBahia
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Pior é que em muitas vezes essas "mega distribuidoras" daqui não dão suporte ao cliente no pós venda. Descaso pra todo mundo ver. Algumas, quando atendem, dizem que vou comunicar ao fabricante e, só! hahaha Deve ser um negócio da China...

Isso me lembrou a Operação Condor.

rcorts
Veterano
# nov/13
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Natanael_DM

É muito preciosismo e mimimi de neguinho que, muitas vezes, sequer chegou a tocar (mesmo) num modelo standard bem reguladinho. Não que seja esse o caso, sempre.

Ficou um pouco confusa esta colocação sua, mas você leu os últimos tópicos né? e aqui ninguém falou que standard é ruim, aliás, foi o contrário. Isso por um motivo bem simples. O STANDARD de guitarras americanas como Fender e Gibson pode ser considerado TOP frente aos modelos existentes no mercado de instrumentos brasileiros.

Led Zé
Veterano
# nov/13
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rcorts
Ficou um pouco confusa esta colocação sua, mas você leu os últimos tópicos né? e aqui ninguém falou que standard é ruim, aliás, foi o contrário. Isso por um motivo bem simples. O STANDARD de guitarras americanas como Fender e Gibson pode ser considerado TOP frente aos modelos existentes no mercado de instrumentos brasileiros.
Cara, não foi pra mim mas...Se você der uma cavucada aí na net, inclusive aqui no FCC, você vai achar gente que disse que Gibson já foi Gibson, que as standards estão ruins, principalmente as standards Fenders. Há que jura até que Walzack seja melhor. Dá uma busca aí. Acho que ele apenas ratificou o que eu disse, que foi de uma maneira geral, e não relativo aos ultimos tópicos do FCC. Abrax.

Natanael_DM
Veterano
# nov/13 · Editado por: Natanael_DM
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rcorts
Na verdade, não há confusão nenhuma.
Se tu fores olhar alguns posts anteriores, dentro desse mesmo tópico, tem comentários acerca do lance do "sonho do logo no headstock" e coisa e tal. Aí, quando se entra nessa seara, sempre tem alguém pra dizer que instrumento hand made brasileiro é melhor do que um das linhas normais de produção das grandes, porque é mais pessoal, porque isso ou porque aquilo...
Aí o Led Zé escreveu sobre algo que, pra mim faz muito sentido e acabei repisando a colocação dele, justamente porque acho que mesmo os instrumentos menos "poderosos" da Fender e da Gibson estão anos-luz à frente da concorrência nacional, não se resumindo a questão apenas ao lance do fetiche pelas marcas...

Ou algo assim! Hehehehehehehe!

rcorts
Veterano
# nov/13
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Led Zé
Natanael_DM

Ok. Confusões desfeitas, vamos seguir com o tópico, k k k k k.

Abraço.

JJJ
Veterano
# nov/13 · Editado por: JJJ
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Led Zé
Lelo Mig
Natanael_DM
rcorts

Um dos tópicos desvirtuados recentemente (por mim também, mea culpa declarada, o que fez com que eu criasse este tópico aqui) fazia menção a uma R9. E se supos (e eu não duvido) maravilhas a respeito!

Mas... se pensarmos um pouquinho, o que seria uma Gibson Reissue 59?

Uma réplica de uma... adivinhem... Gibson Standard!!! Só que feita em 1959.

Então, acho uma bobeira muito grande, tentar diminuir tanto assim a Gibson Standard de hoje. Afinal de contas, é a mesma série de guitarras.

Ou estou falando algum absurdo?

Drinho
Veterano
# nov/13 · Editado por: Drinho
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O STANDARD de guitarras americanas como Fender e Gibson pode ser considerado TOP frente aos modelos existentes no mercado de instrumentos brasileiros.

O mercado brasileiro de instrumentos é constituído em sua grande parte por instrumentos que custam menos de 1000 reais, são instrumentos que concorrem com instrumentos chineses, é claro que pode ser considerado top em frente a um instrumento nacional, o instrumento nacional é uma coisa humilde, para o publico de baixo poder aquisitivo, uma fender standard americana custa 1100 dólares, mesmo pro mercado americano ela já é mais cara...

Os unicos instrumentos nacionais focados num nível mais alto fabricados em industria, de tudo o que eu vi até hoje, é uma série da Tagima chamada Premium e pro meu gosto é mais interessante do que a própria Fender citada, porém ela custa o mesmo que a Fender no brasil, então não ajuda muito.....

Led Zé
Cara, não foi pra mim mas...Se você der uma cavucada aí na net, inclusive aqui no FCC, você vai achar gente que disse que Gibson já foi Gibson, que as standards estão ruins, principalmente as standards Fenders

sim sim, eu sou uma dessas pessoas....

Na verdade eu não exagero tanto em dizer que uma fender standard é ruim, porque tem algumas legaizinhas kkkkk

Eu só acho que é uma guitarra meio mentirosa.. porque a turma acha que essa guitarra é sensacional e até hoje eu não entendo o porque, pra mim ela tem som de guitarrinha turbinada e pra obter isso ninguém precisa ser ingenuo e comprar uma guitarra dessas quando se pode gastar 5 vezes menos...

Claro, com todo respeito a quem gosta do instrumento, é apenas minha opinião e notem que eu nao disse que ela é ruim....

E gibson, eu acho a lespaul standard legal e realmente tem uma galera que criticac, mas não entendo de gibson, embora já ouvi do meu lado algumas custom shops que achei maravilhosas entao prefiro ficar calado....

Natanael_DM
Veterano
# nov/13
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Então, acho uma bobeira muito grande, tentar diminuir tanto assim a Gibson Standard de hoje. Afinal de contas, é a mesma série de guitarras. Ou estou falando algum absurdo?

JJJ, é exatamente isso que quero dizer! Nos primórdios da fabricação das Fenders e Gibsons, "todas" eram standard. Hehehehe! E aí, como falei anteriormente, agrega esse "pequeno' know-how de 60 anos de produção e, voilà!, chegamos à ideia de que as standards devem ter algo de bom, além do logo no headstock.

Drinho
Veterano
# nov/13 · Editado por: Drinho
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Natanael_DM

Sim, todas eram standard para a época, mas a demanda por elas era uma fração irrisória perto do que é hoje...

hoje entra um pau de um lado da fabrica sai uma guitarra de outro, é muita ingenuidade acreditar que qualquer grande fabrica do mundo vai vomitar guitarras maravilhosas o ano inteiro e se isso acontecer não é mil dólares que vai custar, numa boa mesmo...

Natanael_DM
Veterano
# nov/13
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Drinho
Certamente não tô fazendo uma crítica à tua opinião, brother! o/
Até porque, cada um tem a sua. Por mim, o importante é o debate.

Respeito, mas, amavelmente, disconcordo de ti!

Eu já tive uma penca de "standards", tanto da Gibson quanto da Fender e, talvez tenha sido acaso ou sorte (vai saber), sempre foram bons instrumentos. Em alguns casos, excelentes, pro meu uso e pro meu gosto, logicamente.

Entendo quando tu fala da questão de a guita ser "mentirosa", afinal, pagar 5K num instrumento que não soa como se fosse de outro planeta, acaba sendo bem doloroso. Hehehehe!

Mas, por outro lado, se tu conseguires comprar uma standard por um preço não absurdo, direto da gringa, por exemplo, acaba sendo um grande negócio, pelo menos na minha opinião, se formos considerar aquilo que eu escrevi antes, sobre o know-how e coisa e tal.

Drinho
Veterano
# nov/13 · Editado por: Drinho
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Entendo quando tu fala da questão de a guita ser "mentirosa", afinal, pagar 5K num instrumento que não soa como se fosse de outro planeta, acaba sendo bem doloroso. Hehehehe!

eh isso.... voce conseguiu expressar super bem minha opiniao sobre as fenders

Não é que elas são ruins, elas são legais... mas elas tem uma imagem de o senhor é meu pastor, custam uma fabula e quando eu plugo elas eu nao consigo detectar isso que a massa fala, entao eu não sei se o problema tá na massa ou eu que to meio surdo....

Drinho
Veterano
# nov/13 · Editado por: Drinho
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duplo

Luis A.
Membro Novato
# nov/13
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JJJ

Cara, mas será q em 1959 a produção em serie era como hoje?
Se vc pesquisar a historia da Gibson vc verá q varias medidas ja foram tomadas para reduzir custos, incluindo a transferência da fabrica para cidades sem mão de obra especializada....

Eu ja observei que haviam custom shops no inicio dos anos 60 e nao sei se elas ja existiam até antes, desta forma sempre existiu modelos diferenciados....

Pra mim qualquer standard é top.... mas enfim, nao penso q uma standard de hoje é feita da msm forma q em 1959....

rcorts
Veterano
# nov/13 · Editado por: rcorts
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Drinho
meu hoje seria uma Surh

essa guitarra é bacana cara...nao seria uma má compra...


Muito bacana. Acho que seria até muita prepotência minha um cara do meu nível com uma Suhr, ha ha!

JJJ
Mas... se pensarmos um pouquinho, o que seria uma Gibson Reissue 59?

Uma réplica de uma... adivinhem... Gibson Standard!!! Só que feita em 1959.

Então, acho uma bobeira muito grande, tentar diminuir tanto assim a Gibson Standard de hoje. Afinal de contas, é a mesma série de guitarras.

Ou estou falando algum absurdo?


Cara, absurdo nenhum. Como eu não conheço a Gibson R9, tampouco a Gibson Standard, eu não sou o mais indicado para falar. Mas a Standard já é uma maravilha mesmo pra mim que nunca pus as mãos (quer dizer, nem o mindinho) nela. EDIT: pois pela filosofia da empresa, também não vão soltar lixo no mercado. Pode até haver pequenas variações, mas há um certo controle de qualidade pra criar um padrão.

E ela acaba sendo cara demais aqui no Brasil por conta de tudo que já foi discutido por aqui. Se eu morasse nos EUA consideraria mais do que justo pagar o valor que se pede por uma delas lá (de 1800 a 3 mil e poucos dólares).

Natanael_DM
Veterano
# nov/13
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Drinho
Pois é, velho. E aí, finalmente (hehehehehe!), retornamos ao título do tópico: é só nesse país que uma guita desse naipe custa 5K!!! Convenhamos, nos EUA tu compra standards da Fender, usadas mas com cara de nova, por míseros 600 dólares. Pô, isso é preço de Tagima aqui no Brasil, com todo respeito à Tagima.

É a isso que me refiro. Por 1,5K, que é um preço surreal pra nossa realidade, um modelo standard, americano, acaba sendo um P*TA negócio, não?

Mas, por outro lado, e aí estamos falando de percepção pessoal, mesmo que tivesse que desembolsar 3k pra pegar um modelo standard, ainda assim, pra mim, fico com uma delas ao invés de um hand made nacional... Eu realmente levo fé no histórico de produção dessas marcas e pelas guitarras que passaram na minha mão ao longo dos anos.

Talvez eu seja ludibriado pelo fato de que só compro guitarras com uma certa idade. Quanto mais velha, melhor.

Talvez naquela época os instrumentos fossem mais selecionados, sei lá, mesmo sendo modelos de linha.

Luis A.
Certamente, o processo de fabricação se tornou muito menos "pessoal" e com muito menos "mão na massa". Nesse aspecto, tu tá coberto de razão.

JJJ
Veterano
# nov/13
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Luis A.
nao penso q uma standard de hoje é feita da msm forma q em 1959....

Não, eu também não. Mas daí a endeusar uma e falar que a outra é uma merda, vai uma distância! hehehe

MMI
Veterano
# nov/13
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JJJ

Mas... se pensarmos um pouquinho, o que seria uma Gibson Reissue 59?
Uma réplica de uma... adivinhem... Gibson Standard!!! Só que feita em 1959.
Então, acho uma bobeira muito grande, tentar diminuir tanto assim a Gibson Standard de hoje. Afinal de contas, é a mesma série de guitarras.
Ou estou falando algum absurdo?

Putz, para tudo..

A Gibson começou a fazer a Les Paul em 52. Saiu cheia de defeitos, a ponte saiu errada, saindo por baixo do cordal (não era tune-o-matic), deixou Les Paul puto, era Goltop, só tinha um tipo e uma cor. Em 53 corrigiram as besteiras, saiu com cordal, mas as cordas saíam da barra do cordal, continou um só modelo e uma só cor, goldtop. Em 54 lançaram um modelo de luxo, a Custom, e um modelo mais simples, a Junior. Vieram a Special e a TV em 55. O nome Standard só apareceu em 58, sem o significado de uma modelo simples, mas seria o modelo padrão, daí tinham modelos acima e abaixo dela, mas foi apenas a continuação do modelo original Les Paul de 52. Acabaram com o goldtop, entrou a era das bursts. O modelo foi produzido de 58 ao início de 61, então ficaram famosos os 3 modelos, 58, 59 e 60, as famosas burst. Essas guitarras não eram o modelo mais simples, mas ficaram como os modelos mais famosos da marca e mais uma vez, Standard significa o padrão, o modelo ideal de onde se pode tirar algo para um modelo simples como se pode acrescentar algo para um modelo luxuoso. O mesmo raciocínio vale para o Standard da Fender. De qualquer forma, a Gibson tinha uns 4 modelos de Les Paul, com leves variacões opcionais, como Bigsby, 3 captadores na Custom, pouca coisa. Fizeram aproximadamente 1700 LP Standard, pararam de fazer. Nisso na década de 60 apareceu o Clapton arrebentando com uma, além dos Beatles, Jimmy Page e outros. Surgiu uma pressão no mercado e o modelo foi relançado em 68, sendo que as originais viraram míticas e alvo de colecionadores.

Hoje existe uma infinidade de modelos Les Paul da Gibson. Se formos avaliar, a Standard é um dos modelos inferiores, vem logo após dos modelos mais simples, as Studio. O mesmo vale para a Fender, saiu do México logo vem a Standard. Ninguém está falando que são ruins, mas estão bem longe do melhor que eles podem fazer, na ápoca das burst eram as melhores que podiam fazer se a intenção fosse uma guitarra com tampo de maple e escala em rosewood, hoje não é nem perto disso. São feitas por luthiers menos experimentados (os melhores vão para a Custom Shop), são feitas de matéria prima mediana, no fim das contas são feitas em outra fábrica onde não vão os melhores luthiers, as melhores madeiras e nem mesmo o melhor controle de qualidade.

Em se tocando no ponto de controle de qualidade, infelizmente a Gibson sofreu aquela multa e apreensão de madeiras que quase a fez fechar outra vez. Nisso foi necessário dispensar funcionários (os mais caros, lógico), diminuir o controle de qualidade e consequentemente as guitarras descartadas, sobrecarregar os funcionários que ficaram, tudo num esforço de sobrevivência, além de enfiar na linha de produção materiais alternativos e até discutíveis. E obviamente, onde se sofre mais é nas linhas mais básicas, feitas por mãos menos experientes, materiais piores, pressão por quantidade maior e claro que controle de qualidade mais afrouxado. Tenho visto detalhes lamentáveis na linha Studio e Standard, com bastante frequência.

Concluindo, a Standard de 58, 59 e 60 não tem absolutamente nada a ver com a Standard de hoje... Mas não é ruim, dá para tocar, seria a felicidade para muita gente daqui e mesmo alguns fora daqui do Brasil. Mas muitas hoje tem defeitos.

james.gurley
Veterano
# nov/13 · Editado por: james.gurley
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Exemplos que ilustram bem a discussão do tópico:

-Série Modern Player da Fender que certamente foi feita tendo em vista mercados emergentes como o Brasil quase não é importada pelas lojas brasileiras, que certamente temam que a marca Fender perca o status que tem por aqui.

-Gibson SGJ, que nos EUA custa 500 dólares (o mesmo preço que uma Fender mexicana de entrada) é vendida aqui no Basil entre 3 e 4 mil reais, enquanto stratos e teles mexicanas estão em torno de 2 mil reais. Como justificar a diferença de preço? A importadora resolveu trazer a guitarra junto com um case de luxo, que lá nos EUA custa metade do preço da guitarra (250 dólares) -lá fora o modelo vem com um bag vagabundo, que custa uns 40 dólares. Claro, vender uma Gibson pelo preço de uma Epiphone no Brasil, nem pensar, isso é coisa de americano.

Natanael_DM
Veterano
# nov/13
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Hoje existe uma infinidade de modelos Les Paul da Gibson. Se formos avaliar, a Standard é um dos modelos inferiores, vem logo após dos modelos mais simples, as Studio. O mesmo vale para a Fender, saiu do México logo vem a Standard.

Na verdade, não, MMI. Entre as Gibsons Studio e as Stardard ainda tem as Traditional. E na linha da Fender tem as American special, também.

Mas, no mais, concordo com o que tu diz, exceto por um detalhe: a questão dos defeitos dessas linhas. Por serem guitarras de linha, eventualmente vão apresentar defeitos. É meio que um "mal necessário" embutido na ideia de produção em (grande) escala.

Contudo, não acredito que esse percentual de produtos defeituosos seja tão absurdo assim, pelo menos na minha experiência e nas guitarras de amigos meus que tive a oportunidade de usar.

FBlues_rock
Veterano
# nov/13
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Natanael_DM
Sim, tais fabricantes são citados inclusive como exemplos de controle de qualidade ineficiente, como alguém já citou aqui no FCC.
A tal "história de décadas" que citou, se pesquisar, verá que em diversas houveram medidas não de aprimoramento, mas de redução de custos para aumento da margem de lucro, sacrificando parte da qualidade dos instrumentos, inclusive.

MMI
Citou os "luthiers" das standard e outros modelos que não custom shop, mas ao que parece boa parte do processo é automatizado.
Gostei da PRS, a cada etapa tem um botando a mão, às vezes mais de um, talvez por isso sejam boa referência no controle de qualidade entre as marcas grandes.
Se quiser complementar ou corrigir, é bem vindo! (vai que falei bobagem) hehe

Drinho
Veterano
# nov/13
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Nada contra pagar caro no negócio...
Mas se for pra pagar caro a guitarra tem que ser a zica do rolê, satanás na terra, tem que ser tipo o rambo... se não for pra ser tudo isso eu compro uma paumija como uma que eu tive no passado que nao tinha som de nada mas tambem nao custava nada..

MMI
Veterano
# nov/13 · Editado por: MMI
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Natanael_DM

Tem as Studio, depois vem as Traditional, como a Traditional Standard, só Standard, as Standard Premium, Standard Goldtop e por aí, vai, Standard é o que mais tem. De toda forma, pode ver na linha Fender e Gibson, tem muito mais modelo acima que abaixo.

Os defeitos tem sido muito frequentes, talvez mais de 40% nessa linha Traditional e Std somente. Os defeitos são apontados por lojistas e importadores também, não só por mim. São coisas pequenas em geral, como um binding com enchimento, um traste mal polido, um defeito de pintura, geralmente nada que a deixe "porca" ou intocável, mas tem com bastante frequência. E repito, não é teoria minha, algumas pessoas da importadora dizem isso.

FBlues_rock

Já estive na fábrica. Há um processo automatizado, mas boa parte ainda é manual, é considerável. O CNC faz os braços, por exemplo, mas sai de lá rústico, tem que passar nas mãos de alguém para lixar, uns acertos de adaptação ao corpo, trastes, isso tudo é manual. O binding não tem como ser colocado automaticamente, por exemplo.

A PRS não é diferente, o processo é automatizado e depois passa a ser manual. Só que o controle de qualidade é mais rigoroso, passa menos problemas, a exigência é maior.

Drinho
Veterano
# nov/13 · Editado por: Drinho
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que certamente temam que a marca Fender perca o status que tem por aqui.

Se as fender mexicanas e americanas que chegam aqui não fizeram a fender perder status, não é essa que vai fazer ....
A não ser que clientela seja realmente incoerente e maluca...

vintagentleman
Veterano
# nov/13
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Natanael_DM

Mas, por outro lado, e aí estamos falando de percepção pessoal, mesmo que tivesse que desembolsar 3k pra pegar um modelo standard, ainda assim, pra mim, fico com uma delas ao invés de um hand made nacional... Eu realmente levo fé no histórico de produção dessas marcas e pelas guitarras que passaram na minha mão ao longo dos anos.

Isso que você falou da percepção pessoal é um fator, embora, um tanto relativo, que pode tornar as inevitáveis compras em território nacional um pouco mais toleráveis.

Isso porque, dando uma boa pesquisada (boa mesmo), dá para fazer boas compras com alguns dos comerciantes sérios (sim, eles existem) que pelejam contra tudo e contra todos para manterem seus negócios por aqui. Sim. Tem cara que cobra um preço ao menos mais justo.

Ah, o pessoal já vai dizer, mas nos EUA tal coisa custa 180 dólares e aqui tão vendendo por 600 reais...

Olhem bem: é o tipo de negócio razoavelmente honesto, porque você não tem que viajar para comprar o tal objeto. Ele está sendo entregue na porta da sua casa, com nota fiscal, e, supõe-se, ao menos a garantia legal de 90 dias.

Dá para imaginar também que com os impostos de importação e uma margem de lucro honesta, fora a cotação do dólar, o preço seja mais ou menos esse mesmo. E dá para pagar parcelado no cartão, coisa que nunca ocorre no exterior.

O que deixa puto é o cara anunciar o mesmo objeto, digamos um pedal qualquer, que custa US$ 180,00 numa Guitar Center da vida, e querer vender no Mercado Livre por R$ 900,00 ou mais. Essa é a diferença entre um negócio razoável e uma baita exploração.

Ontem eu comprei uma outra guita, uma IBZ RG com corpo de mogno e ponte fixa (já falei várias vezes que não curto pontes móveis e que o segredo de uma boa guitarra são as madeiras). A captação eu já conheço: é aquela bosta INF de sempre. Eu que não sou bobo nem nada já encomendei dois Dimarzios e paguei tudo no boleto com desconto de 10%. Ficou por menos de R$ 1800,00. Frete grátis. Guitarra nova mais a captação Dimarzio. E eu mesmo vou instalar os pickups e regular a criança, com ação bem baixinha usando alguma experiência adquirida com cinco guitarras e dois violões ao longo de três anos felizes de aprendizado... Alguém tem dúvida de que vai falar como uma guitarra de mais de três mil reais original?

Quem tem mais de um instrumento tem que saber fazer todo o básico dos ajustes, ou então gasta demais em luthier...

Então como disse você, tenho a percepção pessoal de ter feito um negócio honesto. Pelo menos dessa vez não me senti explorado, pois certamente gastaria nos EUA uns trezentos dólares na guitarra e mais uns duzentos em captadores, mas teria que programar uma viagem e essa compra seria uma pequena fração dos gastos, além de que minhas próximas férias estão agendadas só para outubro de 2014! Haja paciência rsrs.

Drinho
Veterano
# nov/13
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Alguém tem dúvida de que vai falar como uma guitarra de mais de três mil reais original?

Pô, 3 mil reais é pessimismo demais....

Cincão por baixo vai!

JJJ
Veterano
# nov/13
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MMI
Putz, para tudo.

Sabia que estava cutucando a onça com vara curta... hehehe

Cara... seguinte... Eu já li essa história da Gibson mais de uma vez, mas sou péssimo para guardar essas coisas de cabeça! Você provavelmente está correto (só um detalhe que vi que você escorregou foi quando disse sobre a Fender que "saiu do México, vem a standard" - na verdade a MIM clássica é standard), mas quem chamou a Gibson de Standard (em ambas as ocasiões) foi a Gibson, não eu. Há diferenças? Sim. Mas há muitas semelhanças também, não?

Você deve conhecer a piadinha sobre as guitarras antigas nos parecerem tão boas: é porque as ruins estragaram com o tempo... as que sobraram eram as boas! hehehe

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