A casa caiu para a Gibson? Governo dos EUA investiga.

Autor Mensagem
MMI
Veterano
# ago/12
· votar


Junior AJNB

Por causa do uso político, só a Gibson foi pega para bode espiatório. Mas todas as fábricas foram afetadas frontalmente, mesmo porque a fornecedora da Gibson, Luthiers Mercantile, é a maior fornecedora dos EUA. E essa fornecedora imediatamente cortou o fornecimento de várias madeiras, como rosewood e ébano e assim permaneceu por mais de ano. A Gibson precisou demitir e pagar essa multa enorme, mas todas outras tiveram prejuízos por conta desse fato. E isso gerou e ainda gera muita discussão sobre o assunto.

Obs.: como eu disse ali em cima, a Gibson é uma das grandes compradoras de madeira certificada sim, sempre foi.

Del-Rei
Veterano
# ago/12
· votar


MMI
Eu já me garanti, tenho na minha coleçãozinha mogno, rosewood, spruce, maple, poplar, jacarandá da bahia, ébano...

Pequena coleção, né?
Rolou até reticências no final... Hehehe.

Onde tu arrumou isso tudo??

Minha família tem um sítio, onde numa área que queríamos que permanecesse verde, temos jacandá da bahia, mogno, pau ferro, pau brasil, araucária e outras.

Hum... tá explicado, hehe.

(brincadeira, cara! Só descontraindo!)
\o/

Um aceno de longe!!!

Junior AJNB
Veterano
# ago/12
· votar


MMI

como eu disse ali em cima, a Gibson é uma das grandes compradoras de madeira certificada sim, sempre foi.

Quer dizer que a "culpa" disso tudo é a Luthiers Mercantile, que mesmo sendo proibida a extração de certos tipos de madeira continuou fazendo isso e vendendo pra Gibson e etc?

XBK
Veterano
# ago/12
· votar


MMI

Não entendi, quem quer ver a Gibson se ferrar?

Apenas citei comentários nas primeiras páginas: quero que a Gibson se exploda! - Binohendrix - 26/8/11.

Quanto ao plantio, você deve estar sendo testemunha que é viável em outros estados além dos localizados na região Norte.

A minha colocação foi no sentido de estimular o plantio em cidades como São Paulo. Sibipiruna foi a árvore mais plantada em arborização urbana no Estado de São Paulo.

Hoje está dando lugar ao "terrível" Ficus.

Porque não plantar espécies nativas brasileiras como o mogno? Chegará um dia que será mais barato ter uma guitarra de mogno (feita por luthier), pois a cidade terá abundância, do que ter uma de freijó.

Será para a próxima geração.

Eu já garanti a minha direto da Gibson, sem dor na consciência.

Mas acho que o tópico deu uma desvirtuada (com uma grande parcela de culpa minha), mas acho que essa história da casa da Gibson já está sanada, principalmente, considerando as suas observações na página 7.

edalko
Há possibilidade, inclusive, de exploração comercial do mogno, basta se atentar para alguns requisitos legais. Veja um cara de visão de MG: http://www.youtube.com/watch?v=di1WEkz0FAk.

MMI
Veterano
# ago/12
· votar


Del-Rei

Pequena coleção, né?

Tem maiores e melhores... hehehe

Onde tu arrumou isso tudo??

Ixi...Guitar Center, SamAsh, Rudy`s Music, uma ou outra no Brasil, com amigos, rolos, trocas. Tive tanta coisa que nem sei de onde veio tudo mais, assim de bate-pronto vai escapar muita coisa.

Junior AJNB

Quer dizer que a "culpa" disso tudo é a Luthiers Mercantile, que mesmo sendo proibida a extração de certos tipos de madeira continuou fazendo isso e vendendo pra Gibson e etc?

Também não. A culpa foi da tal Lacey Act, que foi mal re-escrita, dando margem para um uso político contra a Gibson. Como eu expliquei ali, na verdade não teve nada de madeira que foi proibida a extração, nada de contrabandistas, muito menos de madeira brasileira. Existiu madeira não certificada pelo FSC, mas legalizada que por conta de um detalhe da lei da India (sendo que a India não fez nenhuma acusação nem reclamação) e interpretação dessa lei, "a casa caiu para a Gibson", como disse o criador do tópico.

XBK

Agora entendi, desculpa. Mas acho que até o dia que mogno der em ruas, vai ser mais proibido ainda cortar e vai ser mais fácil fazer guitarras com fibra de carbono ou algo do tipo.

Hammer
Veterano
# ago/12
· votar


Dando uma bicada na discução... eu acho que o uso de madeiras em extinção tem que ser cada vez mais controlado e restrito, o que acredito que só vai acontecer quando as reservas indianas forem extintas de vez...de certo modo parabéns para o governo Americano... melhor ainda se a Gibson continuar como está.. ainda que é duro.. eu mesmo dou muito mais preferencia em ter uma guita com rosewood do que com o backed maple... mas até acho legal isso de desenvolvimento sustentável... Agora o que revolta de certo modo é impedir que a Gibson trabalhe com rosewood enquanto que o mercado está cheio de instrumentos chineses, com preços absurdamente baratos usando rosewood sem nenhum pudor...isso é que é foda... os EUA fazem a parte deles mas a china não ta nem ai...

JJJ
Veterano
# ago/12
· votar


Hammer
a china não ta nem ai...

nem aí e meio...

MMI
Veterano
# ago/12
· votar


É difícil ser simplista nesse caso, não dá. Por um lado, existem pessoas pobres e necessitadas, Estados pobres e corruptos (em maior ou menor grau), onde há necessidade de exploração dos recursos naturais, seja na India, na Africa ou no Brasil. Vejam bem em relação à Amazônia, só é uma riqueza se puder ser explorada, a alegação que é "ar para o mundo" não serve para muita coisa na prática, não põe comida na mesa dos habitantes, não dá recursos para o Estado.

No outro lado, existem quem precisa dessa madeira. Um dos que precisam, uma absoluta minoria, são os luthiers e músicos. Na porcentagem, é quase nada a quantidade de madeira necessária para instrumentos. De acordo Bob Taylor, o cedro e o spruce que eles usam na Taylor são de idades iguais. Acredito eu que o mogno, o rosewood e o ébano não sejam muito diferentes. Diz ele que usam árvores menores atualmente porque as grandes já acabaram. Eles tem usado troncos de aproximadamente 1 metro de diâmetro e tendem a ter entre 250 e 400 anos. A Taylor usava troncos de 2 metros de diâmetro que tinham entre 500 a 800 anos. Ou seja, o uso de madeira dessa idade é absolutamente inviável de ser sustentável, tanto é que acabaram as mais antigas.

Para quem não leu o artigo da Taylor... A empresa comprou a maior serraralheria de ébano de Camarões, o último exportador de ébano de qualidade do mundo, responsável por 75% do ébano do país. Ébano é a melhor madeira para escala, recentemente um colega aqui do fórum notou as diferenças e gostou muito. O que nem Bob Taylor sabia, muito menos eu e acredito que grande parte dos usuários daqui, é que o ébano preto é uma minoria. Eles precisam derrubar 10 árvores para encontrar 1 de madeira preta, o restante deixavam apodrecer na mata porque não tinha valor comercial, essa talvez seja uma das razões dessa árvore ter quase extinguido de todos os países onde era nativa. Por conta disso, Bob Taylor resolveu que compraria pelo mesmo preço todas toras de ébano claro, o que multiplica por 10 as reservas de ébano de Camarões. E assim, lançou para Taylor e outras empresas do ramo o ébano claro que particularmente acho bonito. Isso acho muito válido e uma iniciativa muito interessante.




Felippe Rosa
Veterano
# out/12
· votar


MMI
Cara, você sabe onde eu posso encontrar mais sobre esse assunto ? eu estou fazendo uma pesquisa exatamente sobre a relação entre a fabricação de instrumentos musicais e o desmatamento, se puder me ajudar...
Abçs

MMI
Veterano
# out/12
· votar


Felippe Rosa

Olha os sites da Taylor, eles tem arigos sobre isso que eu falei sobre o ébano. Mas basicamente é botar no google e ir procurando.
Qualquer coisa fala aqui, a gente tenta te dar uma explicação mais aprofundada.

AndrewG1
Veterano
# out/12
· votar


relaxa gente, é só fal com o slash ele tem mais d 100 kkkk

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a A casa caiu para a Gibson? Governo dos EUA investiga.