Transformando um Squier em Fretless (Tutorial com fotos)

Autor Mensagem
ClaudioBass
Veterano
# mar/08 · Editado por: ClaudioBass


Prezados,

Venho por meio desde post compartilhar com vocês minha mais recente experiência. Transformei um Squier em Fretless. Depois de intensas negociações com meu filho, peguei o Squier dele e fiz a transformação. A negociação foi complicada, tive que dar em troca um dos meus baixos feito pelo Cássio, e traçar um plano de aulas pra ensinar a ele a tocar no acústico... tudo bem, topei, e o resultado final mostrou que valeu muito a pena, ficou ótimo!

Vou postar os textos com o link para as fotos de todos os passos que fiz. Espero que esse tutorial sirva de inspiração pra alguém que também queira tentar a transformação e ainda não teve coragem de arriscar! Vamos lá....

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Foto 01: O baixo original

Nesta foto vemos o baixo original, ainda com as cordas normais e com os trastes.

Foto 02: Retirando os trastes

Na retirada dos trastes, utilizei apenas uma faca olfa e uma chave de fenda daquelas bem pequenas. Essa operação foi mais fácil do que eu imaginava, somente 4 trates deram trabalho pra sair (repare na foto que são os 4 trastes que estão tortos), todos os outros sairam retos, com facilidade e somente com a ação da faca olfa. Não foi necessário usar ferro de solda pra amolecer a cola. O macete é entrar com a faca olfa em diagonal no limite entre o traste e a escala, e vir puxando a faca pra cima bem devagar pra não detonar a escala.

No final, descobri a grande e verdadeira utilidade de uma faca olfa: Retirar trastes. É bem verdade que no fim do processo, minha faca olfa parecia mais uma faca de churrasco, cheia de dentes!

Como diz o pessoal lá da escola de música erudita: "Se traste fosse bom, não tinha esse nome..."

Foto 03: A primeira lixa

Antes de começar a fechar as cavidades dos trastes, fiz uma primeira mão de lixa pra deixar a escala toda uniforme (usei uma lixa 180). Durante esse processo, o pó que sai da escala fechou todas as cavidades, e foi necessário usar o pincel pra retirar o pó de madeira das cavidades. Usei também a lâmina da espátula para retirar a sobra de cola que ficou nos cantinhos das cavidades.

Foto 04: Fechando as cavidades com a massa

Pra fechar as cavidades dos trastes, usei uma massa própria pra madeira feita a base de Ipê. A massa tem quase a mesma cor da escala. Existem massas em todos os tons de madeira, mas optei por uma que fosse mais próxima da cor da minha escala, minha idéia era fazer linhas bem fininhas e invisíveis mesmo que de perto.

Pra passar a massa não tem segredo. Primeiro espalhei no sentido horizontal, e sem deixar secar retirei o excesso. Depois, passei uma segunda mão de massa no sentido horizontal, e também retirei o excesso. Usei uma espátula de metal polido pra fazer esse trabalho. Essa massa rende muito, seguramente deve dar pra fazer uns 20 baixos com cada tubo desses.

Foto 05: Dando o acabamento

O meu grande erro nisso tudo, foi deixar a massa secando de um dia para o outro. A embalagem da massa dizia pra fazer a lixa após no máximo 2 horas da aplicação da massa, mas eu resolvi fazer o acabamento no dia seguinte, e até agora estou sentindo os efeitos no meu braço direito!

Usei uma lixa 180 pra retirar toda a massa do braço. Passei horas lixando e usei 2 folhas inteiras de 180 pra completar o processo (achei que toda aquela massa jamais fosse desgrudar da escala. Haja braço). Depois que consegui finalmente retirar toda a massa, usei uma lixa 220 bem fininha pra dar o acabamento, e deixar a escala com aquela sensação de superfície aveludada, parecendo novamente uma escala de contrabaixo. Pra fazer o acabamento dos cantinhos das cavidades, usei uma micro-retífica com lixa 250.

A essa altura dos acontecimentos eu já não tinha mais braço nem pra levantar um copo d'água... a micro-retífica me salvou!

Foto 06: Hidratando a escala

Percebi que minha escala estava realmente com sede... passei duas mãos de Óleo de Peroba pra hidratar a escala. Na primeira mão, a escala secou em menos de 5 minutos. Na segunda mão levou pouco mais de 15 minutos pra estar completamente seca e hidratada, com uma aparência saudável e pegada bem macia. Um Perfex novo e seco foi utilizado pra passar o óleo na escala.

Foto 07: Cordas e primeira afinação

Após todo o processo de transformação pronto, foi a vez de colocar as cordas. Usei um jogo D'Addario Chromes ECB81 Flat Wound .045/.065/.080/.100 e um afinador Boss TU-15 pra completar a tarefa.

Foto 08: O produto final e as regulagens

Depois de encerrado todo o processo de transformação do baixo em fretless, tive que fazer algumas regulagens pra que o instrumento pudesse recuperar a tocabilidade.

Antes da transformação, o baixo usava cordas .040, e agora passou a usar .045, sem contar o fato de que todas as cordas foram retiradas de uma só vez. Com isso, o baixo passou a trastejar no início do braço junto ao Nut. (é isso mesmo... um baixo fretless também trasteja)

Com uma régua de ferro sobre a escala, ficou fácil perceber que havia uma covexidade no braço. Afrouxei as cordas, girei o tensor em 1/4 no sentido anti-horário, e voltei a afinar as cordas, e pra minha surpresa parou de trastejar logo na primeira tentativa. Pronto, esse problema estava resolvido!

A segunda regulagem foi na altura das cordas. Pra mim, fretless tem que ter as cordas o mais rente possível do braço. Essa foi fácil. Com a chave Allen fui soltando os parafusos dos Saddles até as cordas chegaram na altura que eu queria, mas com muita paciência e cuidado, fazendo uma volta de cada vez, e testanto o trastejamento nas casas 1 e 12.

A terceira e úlltima regulagem foi das oitavas. Primeiro eu fiz no ouvido mesmo, pra ver se a idade não está me deixando surdo. Fiz o harmônico na casa 12 na corda (E) e em seguida fiz a nota na casa 12. As duas estavam em alturas completamente diferentes. Com uma chave Phillips fui apertando o parafuso horizontal do Saddle até que a nota da casa 12 estivesse na mesma altura do harmônico. Fiz esse mesmo processo para as outras cordas. Isso demorou muito, é um trabalho de paciência e bastante precisão.

No final, peguei o afinador Boss TU-15 e fui conferir as oitavas. Esse afinador tem uma função que diz se a oitava da corda está regulada ou não, e se estiver desregulada ele indica pra que lado o parafuso deve ser ajustado.

Com o afinador nas mãos, pude conferir que aos 41 anos minha audição ainda está em dia.

O resultado final, é que o baixo ficou com um som roncado, com um punch animal, daqueles de tremer as paredes... surpreendeu muito as minhas expectativas. Agora, meu filho tá querendo ele de volta... hahahaha, perdeu!!!

Bem... essa foi minha primeira "aventura" na tentativa de brincar de Luthier. Acabou dando certo, e serviu como experiência pra futuras empreitadas. Mas, principalmente, serviu pra dar mais valor ainda ao trabalho de um Luthier profissional, pois pude sentir o quanto é meticuloso o trabalho desses profissionais, é um trabalho que não permite erros e acima de tudo é necessário ter muita paciência. Quando um Luthier te disser que vai levar uma semana pra converter teu baixo em fretless, não fique revoltado, acredite, é no mínimo o tempo que ele necessita pra fazer um
excelente trabalho!

Quem quiser, fique a vontade pra fazer comentários, críticas, tirar dúvidas e trocar idéias sobre o assunto.

[ ]s Cláudio
www.gravidadevertical.zip.net

allexcosta
Veterano
# mar/08
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Muito bom, Claudio! Parabens e obrigado pelas dicas.

THE BASSMAN
Veterano
# mar/08
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ClaudioBass

Cara...parabéns pela iniciativa, coragem e capricho1
Gostei muito.
abçs

jholanda
Veterano
# mar/08
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parabéns, claudio. obrigado por compartilhar a experiência.

como disse em outro tópico estou pensando em comprar um fender de 5 cordas. Sua experiência me animou a avaliar a possibilidade de defretar meu atual squier vm jazz bass. só que no luthier ;-)

agora só falta colocar um demo para a gente ver como ficou :-)

zegotinha
Veterano
# mar/08
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...parabéns pela iniciativa, coragem e capricho1


é, acho que é praticamente unânime avontade de ouvir o som do instrumento !!!

Ivanov_br
Veterano
# mar/08
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Que belo resultado! Agora é só tirar o escudo pra ficar beeem Jaco!

michael-knight
Veterano
# mar/08
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Cara, eu entrei no forum agora para perguntar justamente sobre isso e dei de c ara com esse tópico!!!! Obrigado!!!

dani_low
Veterano
# mar/08
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minha igreja tem um tagima jazz bass bem antigo e ta mal cuidadao la, se eles quisessem me vender eu ia fazer isso nele hehe
tava na duvida como fazia o preenchimento dos trates pq ja vi em alguns lugares os caras colocando laminas de madeira...

ClaudioBass
Veterano
# mar/08
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jholanda
avaliar a possibilidade de defretar meu atual squier vm jazz bass. só que no luthier ;-)

Pô, mas a idéia do tópico era encorajar a galera a fazer a transformação... tá certo que usei um baixo do meu filho pra fazer, mas fui na cara e na coragem (e no bom senso) e acabou dando certo... Mas, agora falando sério, não tem muito mistério fazer isso não, mas se você não se sente a vontade pra fazer, acha que vai dar errado, então não faça... se não tiver segurança, é melhor mesmo levar num Luthier!

jholanda
zegotinha
é, acho que é praticamente unânime avontade de ouvir o som do instrumento !!!

É claro que foi a orimeira coisa em que pensei... só que troquei meu desktop por um notebook há um tempo, e ainda não consegui comprar uma interface de áudio externa pro note. Assim que tiver essa chance eu gravo um MP3 e disponibilizo pra galera ouvir. Por hora, vou ficar devendo essa!

Ivanov_br
Agora é só tirar o escudo pra ficar beeem Jaco!

O do Jaco era um Jazz Bass, esse que transformei é Precision Special JP. Mas o timbre posso garantir que ficou muito semelhante.

michael-knight

Beleza... qualquer coisa que eu possa ajudar é só falar!

dani_low
alguns lugares os caras colocando laminas de madeira...

Sim, o preenchimento com lâminas de madeira é outra técnica utilizada pra fechar as cavidades dos trastes, era assim que eu ia fazer, mas na véspera, fui a uma loja de materiais de construção, e sem querer achei essa massa pra preenchimento em madeira, e tinha um cara comprando pra fazer um baixo fretless por recomendação de um Luthier. Aí, não tive dúvidas, voltei lá no dia seguinte e comprei a massa. Funciona super bem, a escala fica 100% lisa, você passa o dedo ao longo de toda a escala e não percebe onde ficavam os trastes!

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Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/08
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ClaudioBass
Parabéns pelo trabalho cara, fico muito legal!
Abçs

ClaudioBass
Veterano
# mar/08
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Mauricio Luiz Bertola
Parabéns pelo trabalho cara, fico muito legal!

Valeu Bertola... aprovado pelo mestre :-)

Errei em alguma coisa? por favor, pelo texto que escrevi, fique a vontade pra dar seu parecer como Luthier profissional!

Esse é aquele baixo que te falei que vou deixá-lo contigo pra construir um braço novo totalmente fretless, sem as marcações de linhas e nem de bolinhas!

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Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/08
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ClaudioBass
Cara, notei que pequenas lascas de madeira saíram nas bordas dos sulcos dos trastes, isso acontece algumas vezes quando retiramos trastes, e é preciso muito cuidado. Mas de resto, o trabalho ficou excelente.
Será um prazer confeccionar um braço para seu instrumento. Até porque já tenho algumas madeiras em estoque.
Abç

ClaudioBass
Veterano
# mar/08
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Mauricio Luiz Bertola
Cara, notei que pequenas lascas de madeira saíram nas bordas dos sulcos dos trastes, isso acontece algumas vezes quando retiramos trastes, e é preciso muito cuidado.

Sim, isso realmente aconteceu nos trastes das casas 17, 19 e 20. Foram os trastes que deram mais trabalho pra sair. Depois, percebi que se eu tivesse hidratado a escala antes de tirar os trastes, e tivesse colado uma fita crepe nas laterais dos trastes no sentido vertical, provavelmente isso não teria acontecido!

Mas, ficou o ensinamento pro próximo. Valeu!

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Tobias Sammet
Veterano
# mar/08
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exelente trabalho cara! estou criando coragem pra fazer isso no meu hahah

dani_low
Veterano
# mar/08
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so uma perguntinha velho...
vc trocou as cordas pra mais grossa pq tem alguma coisa a ver com o ronco do fretless ou foi por outro motivo?

ClaudioBass
Veterano
# mar/08
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dani_low
so uma perguntinha velho... (...)

Eu gosto de cordas de 045 pra cima, não curto cordas muito leves não. Mas tem relação com o "ronco" do fretless sim.

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jkdias
Veterano
# mar/08
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ClaudioBass

maneiro cara, parabéns pelo trabalho!

Ps: eu só colocaria um jogo de roundwound no bicho.

michael-knight
Veterano
# mar/08
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ClaudioBass
Mauricio Luiz Bertola

Comprei recentemente um Eaglezinho Jazz Bass na intenção de desfretar. A minha dúvida é a seguinte: Ao tirar as cordas, antes de começar a retirar os trastes, eu preciso soltar o tensor? Se sim, como faço isto sem risco de fazer lambança? (O acesso ao tensor é no headstock, com chave allen que já veio com o baixo)
Obrigado!

ClaudioBass
Veterano
# mar/08
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jkdias
Ps: eu só colocaria um jogo de roundwound no bicho.

Mas a roundwound detona a escala, e só eu sei o que meu braço sofreu pra lixar a escala... e eu prefiro cordas lisas mesmo, dá um som mais bonito!

michael-knight

Bem... quando eu fiz o meu, eu não soltei o tensor, apenas retirei todas as cordas. O tensor eu só tive que regular quando coloquei as cordas novas, quando todas estavam afinadas, peguei uma régua daquelas longas de ferro, e pude constatar uma convexidade no braço, o que já esperava, pois coloquei uma corda mais pesada do que a original. Só por esse motivo é que tive que trabalhar no tensor, e aí sim tive que afrouxar as cordas antes de girar o tensor.

Todas as outras regulagens foram feitas na ponte, mais precisamente no Saddle (carrinho) pra regular a altura das cordas. Depois de muita surra consegui chegar com as coras a 4mm do braço, ficou bem confortável!

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Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/08
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michael-knight
O ClaudioBass respondeu com maestria.
Eu acrescentaria que a regulagem de entonação deve ser feita com mais cuidado pois há um ligeiro deslocamento na posição da 2ª oitava num baixo sem trastes (em direção à ponte).
Abç

makumbator
Moderador
# mar/08 · Editado por: makumbator
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ClaudioBass

Muito bom! Parabéns! Nada como ter um filho com um baixo pronto para ser usado em uma experiência! Hein? Hashahsash!!!!

Mas a roundwound detona a escala, e só eu sei o que meu braço sofreu pra lixar a escala... e eu prefiro cordas lisas mesmo, dá um som mais bonito!

Concordo. Gosto mais da lisa porque se aproxima do som do baixo acústico, mas já usei fretless com corda round e nem ligava para detonar ou não a escala. O dano na escala era muito pequeno mesmo ao longo dos anos, e acho que quem gosta do som do fretless com corda round(o que não é o meu caso) tem que aceitar esse fato...

ClaudioBass
Veterano
# mar/08
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Mauricio Luiz Bertola
há um ligeiro deslocamento na posição da 2ª oitava num baixo sem trastes (em direção à ponte).

Ops! devidamente anotado no caderninho do aprendiz! Tks.

makumbator
Gosto mais da lisa porque se aproxima do som do baixo acústico

Quanto mais baixa a ação das cordas e quanto mais pesada, mais roncado e bonito fica o som. Percebi que a hidratação da escala também influencia no som!

E você Makumbator, quando vai se aventurar? :-)

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Rdg Bass
Veterano
# mar/08
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Mauricio Luiz Bertola

Eu acrescentaria que a regulagem de entonação deve ser feita com mais cuidado pois há um ligeiro deslocamento na posição da 2ª oitava num baixo sem trastes (em direção à ponte).


Sendo assim tirando os trastes ele desloca a posição da 2ª oitava, perdendo a ultima nota. É isso q ocorre???

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/08
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Rdg Bass
Não.
O que acontece é que há um ligeiro deslocamento do harmônico da 12ª casa para "frente"
Abç

makumbator
Moderador
# mar/08
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ClaudioBass

E você Makumbator, quando vai se aventurar? :-)

heheh...por enquanto não, o acústico já exige tanto tempo de estudo...mas já tive um samick meia-roda que transformei em fretless como vc fez com o seu, mas acabei vendendo anos depois(gostei mil vezes mais do som dele sem os trastes que antes, vendi só porque um louco me ofereceu muito). Mas no momento estou brincando com um baixolão de 5 cordas fretless que ganhei em um sorteio, e achei bem divertido também!

Rdg Bass
Veterano
# mar/08
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Mauricio Luiz Bertola

A sim , tinha achado que tmb deslocava as notas.

vlw.

ClaudioBass
Veterano
# mar/08
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makumbator
gostei mil vezes mais do som dele sem os trastes que antes

Isso eu também achei estranho... o som desse Squier com os frets era excelente, mas sem os frets ficou maravilhoso. Tá certo que mudei a corda de 040 pra 045, mas a impressão que dá é que o som do baixo ganhou mais corpo/volume/punch e mais brilho sem os frets. Ontem fui pra um ensaio que normalmente faço de acústico, mas resolvi levar o Squier pra fazer um teste mais substancial, e logo na primeira música que tocamos o pessoal da banda reparou nos aspectos de som que falei antes... está dando até vontade de tocar baixo elétrico com mais frequência!

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jkdias
Veterano
# mar/08
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makumbator
Mas no momento estou brincando com um baixolão de 5 cordas fretless

cara, vc está usando encordoamento de bronze? (queria saber como fica o som de um fretless com essa corda).

makumbator
Moderador
# mar/08 · Editado por: makumbator
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ClaudioBass


Isso eu também achei estranho...o som desse Squier com os frets era excelente, mas sem os frets ficou maravilhoso.

Isso parece ser bem comum(o baixo soar melhor depois de defretado), além de mim, tenho 2 amigos que tiveram a mesma experiência, e aqui no fórum já vi mais um caso além do seu. Curioso não?



jkdias


cara, vc está usando encordoamento de bronze? (queria saber como fica o som de um fretless com essa corda).

Sim, no caso ainda a que veio(já está meio morta). Eu até gostei do som da de bronze, mas pretendo mesmo trocar por corda flat em breve

ClaudioBass
Veterano
# mar/08
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makumbator
(...) já vi mais um caso além do seu. Curioso não?

... Isso sem contar no ganho de velocidade no deslocamento da mão esquerda quando se usa escala e cordas lisas. Estava ensinando pro meu filho uns harpejos do método Jazz Concepts do Pastorius. Tem um harpejo que começa em Sol na 3a casa e termina em Ré na 12a casa, executado em 120bpm. Com o baixo fretado era complicado executar isso nessa velocidade, mas sem os frets ficou bem tranquilo, até acima de 120bpm.

Como diz o pessoal lá da Escola de Música, "Se traste fosse bom não tinha esse nome..." tenho me tornado cada vez mais fã dessa frase :-)

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