Vale a pena investir em um Home Studio sem saber nada ?

Autor Mensagem
mahohnikk
Membro Novato
# out/16 · Editado por: mahohnikk
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Pessoal, eu somente quero dizer que, existem sim equipamentos em mesma faixa de preço, mas um ser superior ao outro. Existem materiais de acústica que não são a melhor opção (que caso você erre e aprenda, ainda fica com um prejuízo). Por mais que errar comprando equipamento que poderia ser melhor, cabos que poderiam ser melhores ocorra, existem erros como é o caso da acústica que te trazem prejuízo. Por isso eu acho que isso de aprender na raça não é o mais indicado sem uma base teórica. Bom, é a minha opinião.

Calime
Veterano
# out/16 · Editado por: Calime
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kazu keyboard

Ok, de boas man...sem problemas mesmo. Não me senti ofendido, e não, com certeza vc não entendeu o que eu quis dizer. Mas blz mesmo assim.

kazu keyboard
Veterano
# out/16
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Calime
explique melhor rs

Iversonfr
Veterano
# out/16
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hunterwolf7

Não li e não acompanhei o tópico, mas respondendo o título: Sim, vale a pena. Se você quer investir, quer dizer que gosta disso e irá atrás de aprender. Quando comprei minha primeira interface, nunca tinha mixado uma música. Fucei, testei, li, re-li e aprendi aos poucos. Hoje considero que consigo fazer coisas bacanas apesar de não ser profissional da área. Se realmente quiser, dá pra fazer miséria com uma interface simples e um mic.

MMI
Veterano
# out/16
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Meu pitaco...

Tem um problema conceitual forte neste tipo de discussão. Homestudio para uns pode ser um smartphone, se também tiver um guitar link é chique demais, que costuma ser o cara que diz que os homestudios dos famosos ( Tedeschi/Trucks, Steve Vai, Dave Grohl...) não podem ser chamados assim, são estúdios em casa (WTF???). Acho bem chato, mas aqui no Brasilzão o conceito de homestudio pegou algo meio pejorativo, tosqueira barata mesmo - um conhecido tem uma baita estrutura em casa, grava gente famosa lá, mas perde clientes só porque insiste em chamar de homestudio. Tudo bem, acho que o termo se limita a tradução, é um "estúdio em casa", que pode ser um iPhone com um iRig somente, por exemplo, como pode ser uma estrutura sofisticada de alguns milhões de reais. Mas aí aparece o carinha do tosco e barato falando de mixagem e pior ainda, masterização... Começa a ficar complicado este conceito de captação, mix e master sem ambiente, sem equipamento e até sem teoria como pregam alguns aqui.

Ok, melhor não discutir isso aqui, vai longe... Até porque é algo que entra gosto e opinião pessoal, muito conhecimento empírico, metodologias pessoais etc. Em relação a isto, vale assistir o vídeo de um dos maiores produtores musicais do país e refletir um pouco... Entre outras coisas, ele deixa explícito que tem gente que faz mágica, que faz soar lindo, que masterização é algo muito legal.

É bom que se ressalte, são 3 etapas básicas até se "lançar" uma música: gravação, mixagem e masterização. Como são 3 passos básicos, é preciso que se domine um por um, de preferência um de cada vez para se partir para o próximo. Então, quem quer saber do assunto, o primeiro passo é saber gravar, captar o som.

Mas aqui o sujeito que não sabe nada quer entrar no mundo da gravação e processamento do som (evitando falar em homestudio, mix e master, tá?). Claro que vale a pena, mesmo sem saber nada! Se bem que o "vale a pena" depende do tamanho da "pena" de cada pessoa, é bom que se invista pelo menos numa interface e este investimento vai doer no bolso de cada um de maneira diferente. Mas é um bom começo. Minha dica? Gravar, muito, exageradamente. É bom para aperfeiçoar a técnica no instrumento, pensar em arranjos, técnicas, possibilidades musicais, composição, caminhos a seguir etc. Se seu instrumento for teclado, violão ou guitarra, evite microfones, use o sinal em linha. É bom desenvolver desta forma, já que quase todos aqui não tem um espaço decente com ambiente tratado, então vale investir para este lado que dá para eventualmente ter resultados até melhores que com um microfone. Mas muita gente quer o microfone porque em banda ás vezes precisa precisa microfonar, porque quer gravar vocais, porque quer gravar instrumentos acústicos. É um caminho mais difícil, mas possível... Saiba então que se está comprando um novo instrumento que vai requerer técnica, estudo e aperfeiçoamento, microfone é variado e difícil quase como guitarras.

No início da indústria da gravação, quase não tinha processamento, então o que se capturava era quase o produto final. Se alguém errava, começava tudo de novo, todo mundo, já que mesmo as bandas eram gravadas numa sala com um microfone. Os músicos e cantores precisavam ter uma técnica de microfone, mudar o posicionamento conforme o momento na música, usar a dinâmica, afinação, tempo e capacidade de tocar e improvisar sem erros. Inventaram então o compressor, que deixou os músicos (especialmente os cantores) mais relaxados em relação às técnicas de microfone, já que o aparelho nivela o som. Com o tempo a coisa tomou uma proporção grande, correção de frequências, de afinação, de tempo, simulações... Tem músico que acha que tudo se corrige com equipamentos e plugins, o que deteriora a qualidade do áudio. É brutal a má qualidade de áudio captado hoje em dia em alguns casos (muitos!) que entram no conceito que diz que depois "conserta na mix". Mas se o processo de gravação começou ruim, o segundo passo (mix) entra para remendar as besteiras, não dá para querer que se chegue muito longe no resultado final...

Portanto o primeiro passo é saber gravar, saber captar e saber dirigir o processo. Não recomendo de forma nenhuma o que sugeriram aqui, de baixar multitracks e sair "mixando". Muitos desses multitracks da internet foram feitos por ases da masterização que o Mayrton Bahia se referiu no vídeo, já que esses caras também dirigiam a captação e mixagem, eventualmente, ou pelo menos quem fazia as etapas iniciais era muito bom ou tão bom quanto. Os multitracks não servem porque muitas vezes foram feitos num bom padrão, com uma ideia e um caminho a ser percorridos depois na mix e master. É comum que o som do microfone já estivesse processado num equalizador e compressor nas gravações analógicas antigas de muito estúdio bom, restando pouco processamento que já estava na cabeça de quem gravava. Mais ainda, não adianta querer aprender o segundo passo se não sabe o primeiro. Iniciante em multitracks para mim é querer ser maestro da Filarmônica de Berlim sem conhecer uma nota musical sequer.

O que eu recomendaria? Gravar inicialmente. Aprender a mexer com 1 track. Aprender as frequências, aplicativos como o Quiztones ajudam - isso para identificar as frequências que sobram e faltam numa faixa. Estudar ou fazer um cursinho de ouvido relativo e absoluto ajuda muito, saber achar a nota que não está bem. Prestar atenção no ataque das notas, no decaimento, na dinâmica, na sensação espacial que aquela faixa dá e saber manipular isto. É o caminho para saber equalizar e comprimir depois numa mix. Isto com uma faixa, depois com duas e quando for muito bom nisto, passar para 3 ou 4, neste momento dá para pensar em falar de mixagem. Começar com 20 tracks não ajuda muito.

Para se ouvir? Acho que o ideal são fones de ouvido open-backed de boa qualidade. Monitores são bonitos, legais, mas precisam de um ambiente minimamente decente. Não é bem assim quando se diz que o importante é só saber como soam os instrumentos no seu equipamento, é fator importante, mas longe de ser único. Acústica em gravação é importante, não dá para fugir. Mas quando se sabe o que faz, dá para se remediar e contornar um pouco em ambiente doméstico. Mas aí cada caso é um caso...

Nem cheguei na masterização, mas acho que já expus algumas ideias, bastante pessoais, que talvez pouco importem para o pessoal. Teria muito mais, mas tá bom, chega. kkkkkkkk

Ismah
Veterano
# out/16
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MMI
É comum que o som do microfone já estivesse processado num equalizador e compressor nas gravações analógicas antigas de muito estúdio bom, restando pouco processamento que já estava na cabeça de quem gravava. Mais ainda, não adianta querer aprender o segundo passo se não sabe o primeiro. Iniciante em multitracks para mim é querer ser maestro da Filarmônica de Berlim sem conhecer uma nota musical sequer.

Não é o caso das track citadas por mim. Acho que é um bom começo pra quem quer ter uma ideia de como é mixar, e como treinar a mixagem e criar referências de "para onde ir".

MMI
Veterano
# out/16
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Ismah

Como é um " acho" contra " acho", eu ainda vou achar que não vale a pena nenhuma multitrack baixada na internet. Para mim vai continuar sendo tentar aprender o segundo passo sem saber o primeiro, sem saber a intenção , a motivação e razões do início. Ainda penso que é um caminho para gente experimentada, mix se começa com 1 track, depois 2, sabendo de onde veio e para onde vai. Duvido que um iniciante vai saber "para onde ir" estando no escuro, sem saber de onde veio e por que veio. Eu acho que é um péssimo começo, você acha que é bom, mas tudo bem, é assim mesmo. Sem problemas.

Ismah
Veterano
# out/16
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Eu entendi seu ponto de vista. E opiniões divergem talvez por termos tido inícios diferentes.

Não por ser melhor, mas por ser uma prática gratuita me parece o veio mais fácil para se começar. Captar e gravar é complicado, exige certa acústica, microfones, e referências... Até ter uma base sólida de como soa um instrumento sozinho e como ele soa na mix, acho bem complicado. Ainda assim, acho que dá para se levar tudo em paralelo.

Por exemplo usando a OpenTracks de Remember december, re-gravar em casa uma linha de baixo, guitarra e tal... eu gravei uma dobra e foi uma baita experiência pra mim tirar a música e regravar.

https://www.palcomp3.com/DonIsmah/remember-december-stereo/

MMI
Veterano
# out/16
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Ismah

São opiniões e neste ponto, bastante conflitantes. Para mim este tipo de prática é mais difícil, desanimadora e contra producente.

Captar guitarra e baixo, como falei ali em cima, dá para botar o cabo numa interface/guitar link/dispositivo para celular ou tablet e fazer um som decente. A grande vantagem é que dispensa acústica e microfone, que quase ninguém tem ou se preocupa muito com isso. Não leva para o pessoal ou como agressão, mas se o cara não sabe como um instrumento soa sozinho, especialmente se o cara toca o instrumento, melhor começar de novo porque está tudo errado...

Como você deu a cara a tapa, espero que não se magoe... Mas quando você pega uma multitrack dessas e se mete a regravar, processar o áudio, a comparação é inevitável. No meu caso, não tenho essa música nas minhas playlists porque não é das minhas prediletas. Botei no google e achei o vídeo do canal Vevo, bem produzido, bem feito e poderia jurar que um craque da masterização produziu o som para o Youtube - não é meu estilo, mas com som irretocável, excelente para o que se propõe. Ao ir no seu, dá para notar que é bastante amador, graves deficientes, agudos chatos, o som por vezes embola e compete uma coisa com outra... Espero que não seja seu caso, mas tem cara que vai se magoar fazendo esta auto crítica ou mesmo se ouvir (ou ler) isso de alguém. Acho que o fato de pular etapas, de não saber como os sons podem ser isolados e em conjunto, atrapalha muito e ao dar a cara a tapa, vai levar muito tapão na cara mesmo. Pior que não acrescenta, deu trabalho, não ficou bom, tomou na cara e não foi para onde interessa, que é descobrir como se faz. É natural que desanime, que fique bravo com as críticas, acabe levando para o lado pessoal e vire um mar de desapontamentos. Péssimo.

Um amigo, super-produtor americano, conversa há um tempo atrás. Ele faz um trabalho de mixagem e master via internet. Só que dependendo de quem grava, o preço da mix (ou mix e master) é o mesmo se o contratar para gravar também. Porque o cara ao captar, já faz levando o som para a mix. Daí que a mix e master vira uma questão de pequenos detalhes e não um trabalho monstruoso de corrigir tudo. E não precisa nem ser tão fodão... Eu mesmo, hoje estava numa sessão de violões na qual em grande parte era com um violão meu, equipado com um Fishman Aura Ellipse. Ele tem 4 imagens de sons feitos pela Fishman especialmente para ele, soam diferentes. É muito claro que isoladamente estes sons tem melhores e piores, 2 eu gravaria tranquilamente como faixa única, 2 jamais faria isso porque me incomodam em solo. Mas usei os 4 sons hoje! Porque os 2 sons que me incomodam, encaixam perfeitamente em algumas situações de mix, os agudos que eventualmente são exagerados, num conjunto se destacam e ficam atraentes. Isso é um básico, que um mané como eu faz com tranquilidade, é fácil, mas precisa estudar e praticar.

Não adianta pular etapas. Tem que batalhar, conhecer, treinar, estudar. Este ano gravei com um cara que me foi apresentado (por caras bons!) como um grande engenheiro e produtor brasileiro que se fosse gringo estaria nos maiores nomes do mundo, o que vim depois a concordar. Mas o conhecimento é muito empírico, difícil de mensurar, o cara é um poço de humildade e vai escutar todas as opiniões que qualquer pessoa disser, tentando aprender e até levar o som a um patamar desejado (ele dá aulas e me deu umas dicas preciosas). Este sujeito captando o som é um absurdo, parece mágica. E insisto, este é o segredo, aí que se começa e se evolui.

É preciso estudar, conhecer. Como o colega aqui escreveu, investir acertadamente. Um equipamento para audição crítica é muito importante para quem quer adicionar o nome "studio" 'a sua "home". Mais que isso, é preciso conhecer os sons. Saber como os instrumentos soam. Mais ainda, o que se despreza por grande parte dos iniciantes e " experts de internet", é saber como soam os microfones e suas técnicas.Não é uma regra geral, mas é bom que se conheça e reconheça o som dos microfones. Um bom equipamento de monitorização é capaz de contar, sem nenhum exagero, que determinado som é um vocal com o cantor bem colado a um ribbon em alguns casos, por exemplo. Mas só vai saber se o cara explorou este tipo de equipamento e estudou suas possibilidades (claro, precisa também que o engenheiro de som da gravação seja bom e queira mostrar isto).

Em resumo, precisa de uma base sólida sim. Estudo e trabalho, sangue suor e lágrimas. Sem a base sólida, não adianta ir para o segundo andar ou terceiro sem ter feito o primeiro andar. Vai cair...

Ismah
Veterano
# out/16
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MMI
Não leva para o pessoal ou como agressão
Como você deu a cara a tapa, espero que não se magoe...

Larga disso cara, sou seguro de mim o suficiente para ouvir a crítica e aceitá-la. As produções são brincadeiras que vou fazendo, estudos que realizo...
Quem quer meu trabalho seja a área que for, e pagar por ele, terá de conviver com meus pecados, meu modo e gosto para cada coisa, ou contratar outro. Simplesmente isso. :)

Se não tivesse feito cada cagada dessas, não estaria aqui... Já adianto que fui me alongando bastante nas respostas, peço desculpas, mas síntese não é uma qualidade minha.

A grande vantagem é que dispensa acústica e microfone, que quase ninguém tem ou se preocupa muito com isso.

É verdade irredutível. Porém, gravar em linha me parece péssima ideia, porque voz não tem captar em linha, e é o principal da música em 90% dos casos... Apenas por isso acho que vale a pena se dedicar a microfonar tudo e se virar com aquilo que tem pra hoje.

se o cara não sabe como um instrumento soa sozinho, especialmente se o cara toca o instrumento, melhor começar de novo porque está tudo errado...

Cara mas é o que mais tem, é músico sem noção em cima de palco, eu que venho do ao vivo que o diga...Já ouvi muita banda que no disco é uma maravilha, ao vivo é um lixo...

Baterista sempre é o mais problemático, geralmente treina-se muito a memória muscular e o "clock", mas não o ouvido. Aí os tons soam tudo fora da escala, batedeira e de resposta soam desafinadas uma com a outra...
E pior quando não sabe dosar volume, tem hi-hat vazando na caixa, no tom...

Guitarrista com caixa de abelha tem as pencas e o erro mor é tocar colado no amp: graves implicam em muita energia, a cada vez que a distância dobra, a potência é 4 vezes menor... Já pensou o cara que toca com o amp na altura do ouvido, 30cm longe o grave que ele escuta, mas que quem está a 3m não escuta, pois está 42dB mais baixo?

Tu pode peneirar no FCC inteiro, não sei se tu tira 10 que sabem em que faixa voz se destaca, em que faixa bate o kick e o click do bumbo, que faixa de frequência soa baixo e guitarra... Se por um teclado aí sim que ferrou...
E eles não precisam saber, mas deveriam ouvir mais atentamente o todo da banda...

Nem vamos falar do soar em grupo... Peguei uma passagem de som num festival aí que eu fui embora, pra não avançar em ninguém...

Tu é um cara que tem uma referência olhando de cima pra baixo, só baseado no que tu cita de guitarra, produtor americano, etc, já sei que tu está talvez até uns passos a frente com o ouvido do que eu mesmo...

a comparação é inevitável

Sempre que terei duas opções isso acontecerá, mas eu estaria decepcionado comigo, se soasse igual. Eu nunca ouvi a original, até para não usar ela de referência.

Já faz tanto tempo que mixei essa música, que não lembro o que foi a referência. Sei que eu sabia muito menos que hoje, e tinha bem menos equipamento que hoje, inclusive, em nenhuma delas a bateria é processada, por não ter processamento para rodar VSTi + VST para cada canal - eu não sabia que dava para converter em áudio rsrs

Era e é ainda a proposta do PalcoMP3 manter documentado minhas mixagens... A menos velha caminha para 4~5 anos atrás... E cara, como eu era bem mais ruim que agora! Como aprendi coisas que não sabia a época, e como aprendi...
Percebo nitidamente o furo no espectro e o excesso de graves que os " monitores " deixam... A graça maior está que não uso ambiência, simplesmente porque a máquina na época não dava conta de processar, hoje eu gravaria esse reverb num canal paralelo... kkk

É uma pena que eu andei embaralhando meio sem querer as músicas...
Um exemplo de mix não tão antiga, é a versão heavy metal de de "Chesme man" do violonista grego Armik. Repare que os graves mais firmes já nessa, mas o baixo é bem médio.
Feliz em festa, é uma polka regional, bem ao estílo alemão.
Já Fusca azul, é um exemplo de como não mixar bumbo rsrs

Alguns defeitos que tenho, se pensar no que o mercado pede hoje, mas não sou produtor, essa mix é pra mim ouvir enquanto fumo e dizer "porra, eu gravei esse lixo aí quando tinha 10 anos, como eu era ruim..."

- Pouco (pra não dizer nenhum) reverb
- Pratos bem presentes
- Pouco pra nenhum sub-grave
- Pouca compressão
- PAN bem aberto, e muitos efeitos disso.
- Não masterizo
- Muito pouca coisa gravada em MIDI, muita coisa simulada que eu toquei com teclado

Agora que talvez nem se eu venha a ser o melhor do país um dia eu mixe como Um amigo [teu], super-produtor americano... Simplesmente porque ele é mais experiente, tem mais horas de estudo para, além de que exatamente ele pode ter um músico soda, um instrumento soda, periféricos soda...

Mas cara volto a dizer, como isso foi importante pra mim aprender... Hoje, 80% da equalização da banda que trabalho é minha no show ao vivo, e poderia assumir a mix, apesar de não ter me adaptado a estar sem fader...

MMI
Veterano
# out/16
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Ismah

sou seguro de mim o suficiente para ouvir a crítica e aceitá-la.

Bom!

gravar em linha me parece péssima ideia, porque voz não tem captar em linha, e é o principal da música em 90% dos casos... Apenas por isso acho que vale a pena se dedicar a microfonar tudo e se virar com aquilo que tem pra hoje.

Conhecer microfones e técnicas de microfone é essencial para quem quer trabalhar na área. Exatamente pela voz principalmente, mas por muitos outros instrumentos ou situações que simplesmente não dá para gravar em linha. Mas aqui no fórum, em casa e sem p... nenhuma, iniciante total e onde a maioria toca as 6 cordas ou eventualmente teclado... Melhor fazer em linha e tirar da equação um monte de zica. Eu mesmo, em casa, geralmente nestes casos faço assim, os mics entram em outras situações. Talvez no seu caso, em especial, pode arriscar microfones, mesmo assim acho algo a se evitar.

Já ouvi muita banda que no disco é uma maravilha, ao vivo é um lixo...
Baterista sempre é o mais problemático, geralmente treina-se muito a memória muscular e o "clock", mas não o ouvido. Aí os tons soam tudo fora da escala, batedeira e de resposta soam desafinadas uma com a outra...
E pior quando não sabe dosar volume, tem hi-hat vazando na caixa, no tom...


É fato! Mesmo assim, tem que saber e ter uma opinião, uma referência, mesmo que seja totalmente errada. Já os bateristas são difíceis mesmo (generalizando).

Tu pode peneirar no FCC inteiro, não sei se tu tira 10 que sabem em que faixa voz se destaca, em que faixa bate o kick e o click do bumbo, que faixa de frequência soa baixo e guitarra... Se por um teclado aí sim que ferrou...
E eles não precisam saber, mas deveriam ouvir mais atentamente o todo da banda...


Mas é aí que mora o segredo, onde se esconde o leite e onde separa os homens do ramo das crianças. Eu não acredito em recitas de bolo para isto e eventualmente faço completamente diferente do que se propaga na internet.

O segredo não é saber que faixa de frequência se destaca cada coisa, mas saber e reconhecer as faixas de frequência. Ouvir um baixo e saber que ali, por exemplo, precisa acrescentar frequências no equalizador (vixi, isso dá guerra), quais frequências. Abrir um "buraco" na mix dos instrumentos sem prejudicá-los para o pitch daquela voz em particular se destacar. São detalhes que os velhos masterizadores de LPs sabiam (e sabem) fazer, como o Mayrton Bahia falou no vídeo, fazendo a desgracência dos LPs soarem lindos. É disso que me refiro quando falei do produtor com quem gravei este ano, são cabelos brancos que precisam ser muito respeitados, que numa tarde se aprende mais que em dias de Youtube.

Nem vamos falar do soar em grupo... Peguei uma passagem de som num festival aí que eu fui embora, pra não avançar em ninguém...

hahahahahahaha. Me abstenho disso. Já aconteceu de eu escrever um texto para uma pessoa melhorar, acertar umas aparas que estavam bem ruins... Na hora que atualizei a página depois de quase tudo pronto para citar um detalhe, bem na hora de enviar a mensagem, apareceram elogios rasgados para aquela c@gad@. Apaguei tudo e me retirei... :)

Agora que talvez nem se eu venha a ser o melhor do país um dia eu mixe como Um amigo [teu], super-produtor americano... Simplesmente porque ele é mais experiente, tem mais horas de estudo para, além de que exatamente ele pode ter um músico soda, um instrumento soda, periféricos soda...

Essa é a questão.

Experiência é necessária e faz toda a diferença, só que não se compra nem se baixa na internet. É ralar a bunda mesmo.

Músico "soda" está cheio, tem por aqui caras que em outros países seriam idolatrados. Até temos esses mitos, outro dia falavam que Tom Jobim é o Mozart brasileiro, o que dá para entender perfeitamente. Mas tirando ele, temos (ou tivemos) por aqui Hermeto Pascoal, Arismar Espírito Santo (e seu filho Thiago), César Camargo Mariano (e família, kkk), Hamilton de Holanda, Duofel, Dominguinhos, Yamandú, Arthur Maia, André Mehmari, Toquinho, Marcio Bahia, Celso Pixinga, Paulinho da Costa... Fora os que não tem essa fama toda.

Já no que tange a um instrumento soda, é bem mais fácil. Tem por aqui muita coisa. Temos alguns luthiers se equiparando aos melhores do mundo. Temos colecionadores com coisas impressionantes, só que é difícil saírem da toca - eu tenho visto coisas sensacionais. Mesmo estúdios, tem os que disponibilizam coisas excelentes.

Periféricos? Conversei sobre isso com um produtor gringo e ele perguntou: para que? Precisa ter as coisas certas, não milhões de equipamentos. Aqui em Sampa tem vários estúdios com microfones fabulosos, equipamentos excelentes. Mas mesmo assim, dá para ter um bom equipamento por menos. Mas é primordial ter, não adianta "dar um jeitinho". Como o gringo me disse, não adianta, o equipamento barato via de regra vai soar barato.

Del-Rei
Veterano
# out/16
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MMI
Cara, você teria alguma indicação de material na internet pra começar a estudar isso? Já achei tanta coisa, mas acabo me confundindo ainda mais. Compressor, por exemplo, já li diversas coisas mas nunca consegui "visualizar" de forma clara as mudanças de ataques e decaimentos. Nem na prática. Mexo, mexo, e pra mim, continua tudo igual.

Um aceno de longe!!!

Ismah
Veterano
# out/16
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Del-Rei

Bem na moral, começa por aqui

http://iatec.com.br/

MMI
Músico "soda" está cheio, tem por aqui caras que em outros países seriam idolatrados.
Já no que tange a um instrumento soda, é bem mais fácil.

Grande áfrica, eu não posso pagar por um nem por outro kkk

Conversei sobre isso com um produtor gringo e ele perguntou: para que?

Ricordo que periféricos são mais que apenas processadores de sinal...

MMI
Veterano
# out/16
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Del-Rei

Cara, você teria alguma indicação de material na internet pra começar a estudar isso?

Não conheço, já procurei. Mas deve ter, não sei se coisa boa e bem explicado, especialmente em material gratuito.

Compressor, por exemplo, já li diversas coisas mas nunca consegui "visualizar" de forma clara as mudanças de ataques e decaimentos. Nem na prática. Mexo, mexo, e pra mim, continua tudo igual.

A forma de ataque e decaimento, o "knee" etc. mudam de compressor para compressor. É difícil demonstrar com um só, deixar claro essas funções é mais difícil ainda. Depois de entender, usar perfeitamente é um arte (não é meu caso, kkk).

Vou tentar montar umas ideias para te ajudar com isso. Qualquer coisa me chama que a gente conversa.

MMI
Veterano
# out/16
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Ismah

eu não posso pagar por um nem por outro kkk

Contratar um show particular do Roberto Carlos ou da Ivete, por exemplo, é um preço quase impossível para 99,9% dos brasileiros. Já músicos deles já gravei sem que estivessem pagando nada.

Desses que eu citei ali em cima, já vi um fazendo gravações por 50 reais ou mesmo na amizade. Já toquei com um deles em churrascão, na maior cara de pau. É uma questão de querer e fazer, não costumam ser intocáveis num pedestal não. A vida é uma troca...

periféricos são mais que apenas processadores de sinal...

Sei bem disso. Mesmo assim!

Veja, é o mesmo que diz que equipamento barato faz o som soar barato. É primordial gastar sim, nos padrões do FCC um absurdo - mas para os padrões internacionais não. É só ver, por exemplo, a sala do Maurício Gargel, para mim um dos maiores masterizadores de nosso país. Saiu com "dinheiro de pinga" para estes padrões, um troco, mas mesmo assim, tem muitos milhares de reais ali. Aliás, depois que a gente vê ele, Lampadinha, Homero Lolito, Walter Lima fazendo masterizações... Não dá para falar em masterização feita em casa por nós mesmo. kkkkk

Ismah
Veterano
# out/16
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A questão do compressor, gate e expander é realmente complicado de entender...

Eu prefiro ver do ponto de vista da elétrica: como uma automatização de volume.

Gate abre o volume (do 0) quando o som passa de determinado nível
Expander aumenta o volume quando o som passa de determinado nível
Compressor diminui o volume quando o som passa de determinado nível

Attack = tempo que leva para dar/aumentar/diminuir o volume
Hold = tempo que fica parado no nível final de volume
Release = tempo que leva para voltar o volume ao inicial (zero no caso do gate)
Knee = suavização da agressividade como o volume é manipulado.

No gate quanto mais rápido o ataque, mais agudos ficam presentes, pois quanto mais baixa a frequência, mais tempo ela leva para ser audível

Mas na prática mesmo, é melhor largar pink noise e um analisador de espectro, com o efeito no meio e ir trabalhando em cima disso...

A forma de ataque e decaimento, o "knee" etc. mudam de compressor para compressor.

Se puder disserte mais.

MMI
Veterano
# out/16 · Editado por: MMI
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Ismah

Mas na prática mesmo, é melhor largar pink noise e um analisador de espectro, com o efeito no meio e ir trabalhando em cima disso...

Já divergimos sobre isso antes, kkkkkk.

Cara, é som! Tem que ser ouvido, não visto. Sem analisador de espectro, porque não funciona. Sem pink noise, porque funciona menos ainda. O primordial é ouvir o som, a imagem pode ajudar ou atrapalhar, mas a essência é no ouvido. Melhor desligar essas coisas. Se for para ver, gráficos mais bem feitos podem ajudar um pouco, mas mesmo assim, tem que fazer no ouvido e não na imagem.

Lelo Mig
Membro
# out/16
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Ismah

Eu concordo com o MMI... muito menos visão e muito mais audição.

A única função, realmente prática, que vejo em ruído rosa ou pink noise, como vc prefere, é para calibrar sistemas; criar uma espécie de "zero" inicial, quando você fará trabalhos numa sala onde desconhece as características, ambiências e etc. e precisa partir de um ponto inicial para se referenciar.

MMI
Veterano
# out/16
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Ismah

Genericamente falando, um compressor opto é diferente de um valvulado, que é diferente de um FET... Indo mais longe, um compressor La-2a é um bicho simples, por isso é legal para voz, mas pode não ser muito legal para algumas outras ocasiões. Um Elysia Alpha poderia servir melhor para brincar de cortar transientes, sustain e manipular o som, mas mesmo assim talvez não fosse o ideal (para mim não seria). O Manley é legal, mas para podar de vez o ataque o limite de 0,1s pode até ser muito. A forma de manipular o áudio varia, este é o ponto principal.

Para o Del-Rei, a melhor forma de entender essas funções dos compressores é mexendo com Transient Designer. Eu gosto e uso da SPL. Basicamente são funções específicas vindas de compressão e seus parâmetros, o bom é que são 2 botões (3 na verdade, se contar com o gain, mas no hardware são 2 mesmo). O vídeo mostra bem como é. O desafio, não tão complicado, é fazer com um compressor o que este plugin faz. Olha que dá... ;-)

Ismah
Veterano
# out/16 · Editado por: Ismah
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MMI
Lelo Mig

Senhores, não estamos mixando... Ele quer entender como funciona cada parâmetro de um compressor, concordo plenamente que é melhor ser ouvido do que visto, mas para entender o que cada coisa faz precisamos estabelecer condições teóricas que na prática não mudam nada...

Talvez por eu ver mais pelo lado da engenharia, no momento não me interessa saber se soa bem ou mal, me interessa VER um gráfico de frequência por magnitude...

Uma mixagem, é outro lance... Sendo matematicamente correta não soa necessariamente musical, isso é fato. Agora quando eu sei que se fizer isso, acontece aquilo (independente de se for musical ou não), é mais fácil chegar no que eu quero...

Mas enfim, não to com saco para isso hoje... To mais musical que normalmente.

Genericamente falando, um compressor opto é diferente de um valvulado, que é diferente de um FET...

Isso é problema... Acho que isso é válido, mas não a nível realidade geral... Meio anos 70 sabe?

- Que pré tu usa? O da mesa
- Gate? O da mesa
- Eq? O da mesa
- Compressor? O da mesa

Sacas? Existem opções, mas isso não é relevante... Ao menos não quando não se é ainda o Rik Rubin...

Transient Designer. Eu gosto e uso da SPL.

Não conhecia, mas é legal pra caramba ein!

MMI
Veterano
# out/16
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Ismah

Não entendi... Até porque Rick Rubin é pouco comparado ao que se acham os Youtubers da vida. kkkkkk

Hoje em dia:

- Que pré tu usa? Da interface
- Gate? Nativo da DAW, mas estou querendo entender o que é isso.
- Eq? E Compressor? Tem os da DAW, tem o pacote completo da Waves, tem mais uns 10 ou 15 pacotes só porque não gosto de ficar baixando muita coisa e ocupando muito espaço no computador. (!!!!!!)

Conclusão... O cara tem todas as simulações de pré, gate, eq, compressor e equipamentos que qualquer estúdio jamais sonhou em ter fisicamente, coitados dos caras de Abbey Road que acham que tem alguma coisa... Aí volto ao que o gringo falou: Precisa ter equipamentos (ou plugins) selecionados, uns poucos e bons resolvem. Entre estes, com certeza, recomendo ter um " facilitador" para mexer nos transientes como este que tenho, da SPL. Serve bem para bateria, mas em casa seu som de strato com singles nunca mais será o mesmo. :)

Confesso que estou chocado, pasmo. Se você não conhecia... Os gurus da internet não mexem com isso? Afffffff

Ismah
Veterano
# out/16
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Eu não sigo "gurus", escuto o que todos tem a dizer, e vou testando algumas coisas eu descobri uma forma melhor de fazer, (principalmente para tratar transientes), outros eu descobri que estava no trilho certo, e outros uma forma mais difícil de fazer.

Pessoalmente estou bem afastado de qualquer coisa relacionado a produção e estúdio, a alguns anos já. Por vias de trabalho, estou me dedicando mais e mais para o ao vivo, para acústica e para a parte de eletrônica de tudo isso...
Se facilitar até final do ano termino o projeto de compressor ótico, "SolidComp" derivado da SSL 4000E...
______________

Acho que me interpretou um pouco mal, quis dizer que eu não ligo muito se estou usando um compressor ótico, valvulado, ou digital / FFT... Ainda mais ao vivo: se tenho uma console analógica com periféricos, não dá para escolher muito, se tenho a mesa (não viaja, ninguém vai por uma Si6 ou Venue SC para uma banda da que trabalho pra baixo...

Então realmente acabo desapegando se é ótico, se é simulado, 10 ms ou 9,89 ms, 4 KHz ou 3 935 Hz, 5,8dB ou 6dB... Mas eu entendo que X pra Y é diferente e posso calcular no papel...

Já desconfio do seu gringo aí já...
Alguns desses caras, parecem inacessíveis, mas eles são bem receptíveis. Troquei alguns e-mail's, e recebi muitas respostas que uso coNVERssor X, pra voz, e Y pra guitarra porque ele define agudos melhor...

Precisa ter equipamentos (ou plugins) selecionados, uns poucos e bons resolvem.

É verdade. Audivelmente ninguém vai parar pra tentar identificar se foi usado simulação de API, SSL ou Neve...

Entre estes, com certeza, recomendo ter um " facilitador" para mexer nos transientes como este que tenho, da SPL

Sim, eu tenho também. Chamo de compressor, gate, expander e limiter. rsrsrs
Citando o Anhaia que também veio do analógico, prefiro ter tudo separado, ambos nós dois não nos sentimos confortáveis com 5 (mil) em 1, como o Izotope, SPL, e demais...

atsocg
Membro Novato
# nov/19 · Editado por: atsocg
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Pois é, também tenho minhas dúvidas. Sou iniciante no meio da música mas já estou pensando em comprar uma sala comercial para investir em um studio. Vale a pena ou devo esperar me profissionalizar mais um pouco?

Ismah
Veterano
# nov/19
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Se assumir isso como profissão, você se profissionalizou... A questão deveria ser: consigo bancar, e ter clientes com o que sei?

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