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Talmet_Br Veterano |
# nov/13
Olá!!
Recentemente, eu e mais três amigos, decidimos tentar produzir uma musica a distância, ou seja, cada um gravaria seus respectivos instrumentos e depois fariamos as devidas mixagem. Os instrumentos usados foram, guitarra, baixo, bateria e vocal. Tudo foi gravado em linha e de forma seca.... Sem reverb.
Estou usando o reaper para mixar, mas, ainda não consegui fazer parecer que os instrumentos estejam tocando juntos na mesma sala. Ateh cheguei a usar alguns reverbs no send e return na bateria e na guitarra no sentido de causar alguma mudança no timbre (encorpando o instrumento).... Mas nao consegui criar a sensaçao de ambiente legal.
Muito pesquisei, e mais perdi... Muitos se fala sobre os reverbs de convolução (que eu ainda nao tenho)... Em algum lugar li sobre colocar um reverb de convolução na master track (achei isto meio estranho... Nao sei...).
Enfim.... Gostaria de saber se vcs tem alguma dica de reverb para criar esta sensaçao de ambiencia.... E se tem alguma dica sobre como deve ser usado...
Ja sou grato por qualquer ajuda!!! :-)
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JJJ Veterano
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# nov/13 · Editado por: JJJ
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EU começaria usando o mesmo tipo de reverb (não muito forte), num bus, para todo mundo, apenas com o mix level um pouco diferente entre eles.
Bateria mais ao fundo. Baixo e guitarra no mesmo nível. Vocal mais seco, à frente.
E com esses parâmetros, ia mudando o tipo de reverb no bus pra ver qual ficaria melhor. Depois de achar o "melhor" reverb, podia colocar uma cópia em cada track, pra personalizar melhor.
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El_Cabong Veterano |
# nov/13
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Uma coisa que eu uso e fica bem real mesmo é o Reverber de médios com bem pouca intensidade (+/- 10%) e rápido decay (+/- 800ms). Para isso só reverbere as frequências de 300 à 4000Hz.
Isto é o mais próximo da realidade fisicamente falando. Reverberar os graves fica aquele embolamento, e reverberar os agudos fica aqueles SSSsss FFSSsss bem artificiais nas sibilações, harmônicas, chimpô, pratos, ...
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rcorts Veterano |
# nov/13
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Interessante. Vou só acompanhando pra aprender mais.
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NINO_D.BOB Membro Novato |
# nov/13
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Cara escolha um reverb que te agrada, use ele em um BUS, e o mesmo pra tudo. Isso vai te dar uma sonoridade como se estivessem todos tocando em uma mesma sala. Mas o que pode estar te atrapalhando pode ser a ambiencia captada na gravação. Onde foi e como foi feita a captação da bateria??
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Insufferable Bear Membro |
# nov/13
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O ideal seria um reverb de convolução para cada instrumento, de forma que você tenha a resposta ao impulso para a posição de cada instrumento pra isso. Mas você não tem isso, o jeito é tentar emular, ou criando respostas ou usando outros reverbs. Mas a idéia é que em cada reverb você especifica a posição do instrumento e o tamanho da sala, se você quer realismo você vai especificar a posição de cada instrumento na sala em cada reverb e todos eles teriam o mesmo tamanho de sala.
Mas não é isso o que você deve quer, você deve ajustar essas coisas de acordo com o gosto artístico, e tudo depende também do que você tem... Aí acho que músicos/produtores podem te dar respostas melhores do que qualquer pessoa que saiba de toda essa teoria acústica.
Mas o que você não quer é botar na master track, isso funcionaria como se todos os instrumentos estivessem exatamente no mesmo ponto.
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Slash_1989 Veterano |
# nov/13
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Talmet_Br Você ta usando monitores? Se tiver, leva eles para um quarto seu com bastante reverberação, reproduz sua musica lá e poe um microfone quase no teto, virado de frente pra parede, pra pegar ambiência!
Pronto, musica original com sua própria ambiência, feita em casa! Plugin nenhum simula!
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Talmet_Br Veterano |
# nov/13
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Nossa... só dicas bacana!! :) A maioria sequer imaginava!!!
NINO_D.BOB A bateria foi gravada com uma bateria eletronica via midi... onde se usou um vst (nao sei... mas acho que foi addictive drums). Porem, eu recebi apenas os arquivos ja convertidos em audio.
Insufferable Bear Eu encontrei um reveb de convolução gratis chamado "Knufinke SIR1". Ele serveria para o propósito?? Se sim... como deveria ser usado??? Coloco ele em um bus e regulo as enviada de cada canal?? Ou seria de forma diferente?? Não entendi muito bem quando vc disse: "O ideal seria um reverb de convolução para cada instrumento, de forma que você tenha a resposta ao impulso para a posição de cada instrumento pra isso."... se puder explicar melhor... ficaria grato! :)
Slash_1989 Achei sua idéia fantástica!!! :) Porém, não sei se vai ser possivel reproduzir em minha casa... aqui eu realmente tenho um problema sério com barulhos externos (cachorro dos vizinhos).
Desde já... agradeço a todos pelas dicas postadas!!! Não conhecia praticamente nenhuma!!! (e quero logo experimentar todas!!!) :)
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Insufferable Bear Membro |
# nov/13
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Talmet_Br Bom, tudo o que eu falei é na teoria, o reverb funciona mais ou menos assim: Você quer simular as qualidades sonoras de uma sala, por exemplo, seu banheiro. Você quer o som que você ouviria se você estivesse embaixo do chuveiro ouvindo alguém tocar violão sentado no vaso. Então você vai colocar algo que gere um impulso em cima do vaso, de onde estaria saindo o som do violão e dois microfones no chuveiro, onde estariam seus ouvidos e você grava o som desse impulso. Agora, com uma operação matemática não muito simples, você meio que mistura o som do impulso com qualquer áudio que você tenha e o que você vai ter vai ser o som que você processou como se ele estivesse saindo do vaso e você estivesse ouvindo no choveiro.
O problema é óbvio, se você quer que o som esteja saindo do chuveiro e você esteja no vaso, você teria que fazer o processo inverso. Mas esse é o sistema mais fiel que você pode ter, só que é também o mais trabalhoso. Então, por razões teóricas, o reverb de convolução é o mais interessante, mas quando se está falando de música é outra coisa... às vezes é mais prático usar um GVerb configurado bonitinho, o importante é que o som seja bom, não que seja fiel.
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El_Cabong Veterano |
# nov/13 · Editado por: El_Cabong
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Talmet_Br Cara uma coisa que eu sempre fazia nas minhas músicas era deixar tudo com bastante reverber. Fazia !! Porque atualmente estou preferindo um som bem seco, e estou gostando muito mais dos resultados destas últimas gravações. Estamos agora, por exemplo, gravando o nosso novo CD e as reverberações estou fazendo assim: Bateria, Baixo (a cozinha): completamente secos. Violões: completamente secos mas com gravação em stereo overdub. Guitarras: só com os efeitos da pedaleira (e aí entra reverber delay, ...) Sopros, Cordas: com reverber de médios com bem pouca intensidade e decay médio. Vocais: com reverber de médios com bem pouca intensidade e rápido decay. Na minha opinião está ficando muito bom !!
No meu gosto ultimamente com relação ao reverber: o menos é mais.
Estou preferindo a música bem crua e seca, porque quando se coloca as caixas de som stereo num ambiente qualquer, e começa-se a reproduzir uma música crua e seca, esta música assume totalmente a reverberação do ambiente em que as caixas de som stereo estão, e isso fica muito legal, pois é como se a banda estivesse alí naquela sala tocando ao vivo. Já fiz esta experiência. Fica muito real !!!!! __________________________________________
Fica então esta sugestão (experimenta a cozinha seca) e o resto com bem pouquinho reverber (bem pouco mesmo).
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NINO_D.BOB Membro Novato |
# nov/13
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Cara, manda ai essa musica pra gente ouvir.
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waltercruz Veterano |
# nov/13
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Talvez um pouco de compressão de bus seja o que vc procura.
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rcorts Veterano |
# nov/13
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El_Cabong
Cara, eu sou nenê ainda em produção. Mas semelhante a você também estou num momento mais econômico tanto em termos de reverb quanto de outros efeitos. Pra bateria e baixo também estou fazendo a mesma coisa, tudo mais seco, exceto um reverb bem discreto na caixa (não sei porque, mas eu gosto assim).
Na guitarra e voz eu gosto de um reverb de leve como você falou, na região entre 600hz e 3khz.
Mas preciso aprender a mexer mais nesses parâmetros de decay, release (por falar nisso, decay e release são a mesma coisa?).
E também se você ou alguém aqui puder me tirar uma dúvida, esse lance de stereo overdub que você falou seria gravar duas vezes a mesma track? ou estou equivocado? Valeu!
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El_Cabong Veterano |
# nov/13 · Editado por: El_Cabong
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rcorts O decay é aquele tempo que o reverber leva para sumir completamente. Não sei se Release seria um sinonimo de Decay (talvez seja). No caso dos vocais eu uso o reverber de médios com uma pequena intensidade de 10% e decay de 800ms. Isso faz com que o reverber do vocal fique praticamente imperceptível na mix final, mas ele está ali dando uma "encorpada" na voz.
Overdub é isso mesmo. Eu gravo o violão duas vezes procurando tocar a mesma coisa, aí jogo cada um deles para um canal (direito e esquerdo)
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rcorts Veterano |
# nov/13
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El_Cabong
Legal, valeu pelas dicas. Talvez decay e release sejam parâmetros similares mas não exatamente idênticos. Por exemplo, se formos analisar o significado dos termos em inglês, decay remete a uma queda mais gradual e release a algo mais rápido e direto. Sei lá, talvez também funcione tudo do mesmo modo, já que esses termos não parecem seguir uma padronização. Por exemplo, em diferentes dispositivos é comum se usar volume e level com o mesmo significado, que é aumento de ganho. Ratio e rate também são termos que parecem ser usados para o mesmo parâmetro de acordo com a conveniência de cada fabricante/produtor.
Perguntei sobre overdub porque já tinha ouvido falarem nesta técnica de gravação, mas não com esse nome. Sempre ouvia algo do tipo, ah, é bom gravar a base duas vezes pra montar o stéreo... e eu era meio preguiçoso pra fazer isso. Mas fiz recentemente e deu um resultado bacana.
Valeu pelas dicas.
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Insufferable Bear Membro |
# nov/13
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decay e release Nunca ouvi falar de release em reverbs, isso deve ser emprestado dos envelopes, onde o release é o período entre o momento em que a tecla deixa de ser pressionada e o momento em que a nota acaba, e isso pode ser tão longo quanto você queira.
esta música assume totalmente a reverberação do ambiente em que as caixas de som stereo estão Mas não é assim que ambiência funciona, se você mixar tudo sem ambiência vai soar como se todos os instrumentos estivessem no mesmo ponto. Colocar um instrumento mais para a direita e outro mais para a esquerda é realmente o básico a ser feito, mas não é tudo...
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rcorts Veterano |
# nov/13
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Insufferable Bear
Nunca ouvi falar de release em reverbs, isso deve ser emprestado dos envelopes, onde o release é o período entre o momento em que a tecla deixa de ser pressionada e o momento em que a nota acaba, e isso pode ser tão longo quanto você queira.
Realmente, acho que peguei esse termo "emprestado" de compressores. Bom, uma dúvida a menos. Rs rs rs. São tantas.
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El_Cabong Veterano |
# nov/13 · Editado por: El_Cabong
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Insufferable Bear Colocar um instrumento mais para a direita e outro mais para a esquerda é realmente o básico a ser feito
Sim isso eu faço: Um violão todo para um lado, outro todo para o outro, tons da bateria (indo do agudo pro grave) da direita para a esquerda, chimpô mais para um lado, condução mais para outro, dois pratos de ataque também um mais para um lado e o outro para outro lado, vocal principal no centro, 2 backvocais um para cada lado (mas não totalmente), baixo no centro, ... E eu costumo colocar um atraso de uns 3 a 5ms no canal mais baixo de um instrumento para dar aquela espacialidade stereo.
Veja que até aqui não entrou nada de reverber.
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Insufferable Bear Membro |
# nov/13 · Editado por: Insufferable Bear
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El_Cabong Porque mesmo sem reverberação você pode identificar a fonte sonora, seria como uma banda tocando onde não há paredes (ou chão). Mas existem estudos que comprovam que há uma melhora significativa na localização com a adição de reverb. Agora, isso não deve influenciar no seu gosto pessoal, eu já disse várias vezes, um bom produtor conseguiria um resultado muito melhor baseado no seu gosto pessoal do que em fatos científicos, mas eu só queria dizer que a reverberação na sua sala não deveria ser medida para sua mixagem...
Assim como os produtores não colocam seus monitores dentro de catedrais ou banheiros. =p
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rafaeltlg Veterano |
# nov/13
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Cara, na verdade nas músicas não é perceptível a sensação de que tudo está em uma sala ou qualquer outra coisa, serve mais para dar um efeito especial como destacar os instrumentos, dar suavidade, mascarar um instrumento e por aí vai... concordo com o waltercruz acho que você precisa é de uma "cola" na mix, e a compressão de bus já ajuda
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El_Cabong Veterano |
# nov/13 · Editado por: El_Cabong
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Insufferable Bear rafaeltlg
Olha pessoal ! Eu já fiz esta experiência e a sensação é esta mesmo !! Numa sala coloquei as caixas de som uma distante da outra, e como num triângulo equilátero eu fiquei no vértice de frente para elas, e coloquei uma música pra tocar. Uma música totalmente seca de reverber, com os instrumentos, um em cada posição stereo. Uns 100% para um lado, uns 100% para outro, uns 60% para um lado, uns 50% para outro, uns 30% para um lado, uns 20% para o outro, uns bem no centro, ...
É como se a banda estivesse ali na sala tocando ao vivo. Experiência própria !! ___________________________________________
Já coloquei também pra tocar nesta mesma situação, uma música do Pink Floyd, por exemplo (cheia de reverberações características das músicas deles) e a sensação não foi esta. A banda não estava alí tocando ao vivo.
Obs.: Não que eu não goste de Pink Floyd !! Muito pelo contrário !!!
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Ismah Veterano |
# nov/13
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El_Cabong é como se a banda estivesse alí naquela sala tocando ao vivo.
MEGA UP!!!
Venho produzindo assim, e com uma taxa mínima de compressão. O Waves L1 UltraMaximizer + (limiter) é o que venho usando e ando gostando bastante.
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Insufferable Bear Membro |
# nov/13
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El_Cabong Pode ser agradável, mas não é a mesma coisa.
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fischborn Membro Novato |
# nov/13
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Se tem monitores bons, e uma sala com uma ambiência boa, essa é uma ótima dica!!! Eu costumo usar, mas mais pela praticidade, e também porque da um resultado legal.
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fischborn Membro Novato |
# nov/13
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Agora vi que já tinham comentado isso no tópico, mas ta valendo também
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Ismah Veterano |
# nov/13
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fischborn
Conseguiria fazer um áudio biauricular assim?!
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Alfa polar Veterano |
# dez/13
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Talmet_Br
amigo, pessoal tá dando uns conselhos legais, mas completamente inviáveis kkkkkkk, levar os monitores no banheiro??? Cara a gente já passou dessa época, é muito simples. Existe uma técnica praticada por praticamente 90% ou mais dos produtores que mixam (odeio o termo engenheiro de mixagem, e vai tudo se fude kkkk). É a coisa mais simples do mundo, você coloca uma maquina de RVB em um canal, geralmente uma sala média ou dependendo do som, se for uma balada pop algo assim uma sala maior, e manda TODOS os canais da mix pra ela por auxiliar.
Detalhe, quando eu digo TODOS, é TODOS mesmo, bumbo de batera e baixo também, só que você vai no fader do auxiliar desses dois e reduz consideravelmente o volume da mandada, senão sua mix perde peso. Deixa em -40, -50 dbFS. O resto você dosa a gosto, vai sentindo se vc quer mais ou menos ambiência em cada instrumento, e dai com o fader do canal do RVB vc dosa o reverb pra mix toda. É simples, e sua mix dá uma boa colada.
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