Gravar com o ganho no máximo ou gravar baixo e depois jogar compressor ?

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JJJ
Veterano
# mar/13 · Editado por: JJJ
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.omni
Bom... muita gente também jura que não tem diferença alguma entre um mp3 256 e um arquivo em wav 96/24... Sei lá. O lance do bit depth faz mais diferença que a resolução em si, pelo menos até 24bits.

O que acontece é que se a gente comparar uma música pronta talvez não haja tanta diferença mesmo.
Mas nós estamos falando de tracks. Vários deles. A degradação sonora em vários tracks com baixa resolução, quando junta tudo, é muito mais audível do que comparar uma música pronta em mp3 com wav 24/96...

Eu tenho usado 24/48 e pra mim tá bom demais... exceto quando...

os plugins fodem demais o som (principalmente EQ e compressão). É complicado ter que ficar administrando os plugins pra ter só o efeito que você quer atingir sem sentir que perdeu alguma coisa com isso

Isso é duro, realmente. Eu chego ao ponto de evitar usar alguns e estou bem minimalista quanto a isso. Quero o som o mais fiel ao original possível e só arrumando uma coisinha aqui e ali. Quando vejo caras como o Bonadio colocar camadas e mais camadas de compressão, fico pensando: caramba! os equipamentos desse cara tem que ser muito bons (e são, sem dúvida...) pra não destroçar a gravação. Vai fazer aquilo "em casa" pra ver a M que fica o resultado final...

.omni
Veterano
# mar/13 · Editado por: .omni
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JJJ
O que acontece é que se a gente comparar uma música pronta talvez não haja tanta diferença mesmo.

Será? Só se for achatada até o talo sem respirar um dBzinho.

Quando vejo caras como o Bonadio colocar camadas e mais camadas de compressão, fico pensando: caramba! os equipamentos desse cara tem que ser muito bons (e são, sem dúvida...) pra não destroçar a gravação.

É que outboards não lidam com samples, eles lidam com áudio de verdade. Então muda uma cor aqui ou ali, mas tudo permanece razoavelmente intacto.
Mas o lance de usar vários compressores, na maior parte do tempo eles fazem coisas bem distintas e geralmente nunca comprimem muito, é só pra dar uma arredondada nos transientes mais altos. Mas é pra timbrar, não é pra comprimir.

E outra: não é comum isso de "usar vários compressores" assim, no mesmo canal.
Como praticamente sempre em estúdios grandes a mixagem feita é um híbrido entre um console analógico e um DAW, alguns efeitos estão ali pra fazer uma pequena função específica como filtrar uma frequência ou comprimir uma pequena sessão do som no lugar certo do signal flow.
Um signal flow que pode fazer sentido é usar por exemplo: um EQ plugin pra filtrar alguma frequência que esteja sobrando ANTES de ir pra fora do DAW, e daí para um compressor outboard pra comprimir suavemente mas mais só pra chegar um pouco pra frente, depois um "all in one" pra puxar frequências e ainda suavizar um pouco os transientes. Não vai passar muito mais disso. E tudo é muuuuuito de leve, só sessõezinhas específicas. Ficar passando o som por um milhão de circuitos diferentes também vai deteriorando o som.
E também é bem comum não fazer absolutamente nada, só levantar o canal e mandar pra mesa, setar auxiliares e está pronto. Muitas coisas já são gravadas sendo equalizadas (e comprimidas, se tiver balls), então já chegam prontas (ou quase prontas).

Ah, e existem plugins e plugins. Uns são mais transparentes e outros tentam emular equipamentos por questões de timbre, e mesmo sendo mais cruéis do que *certos* outboards com o som, os dois tem seu uso tanto em estúdios cheios de outboards como em mixes ITB. E tem uns plugins que tem um puta som!

waltercruz
Veterano
# mar/13
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E eu acho que eles usam compressores específicos já procurando uma 'cor' no som não? caras como o Bonadio, etc.

brunowebguitar
Veterano
# mar/13
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waltercruz
Sim, é exatamente isso, conforme o .omni falou anteriormente. Eles usam os compressores pra acrescentar aqueles detalhes de cor mesmo.

rcorts
Veterano
# mar/13
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.omni


Pra se livrar de inter sample peaks, basta não passar muito dos -2dB que tudo deve ficar razoavelmente limpinho, até em conversores mais baratos.

Sobre normalizar, eu também deixaria um pouco mais baixo pra garantir. Uma coisa que não distorcia com um pico em -6dB pode vir a distorcer se colado em 0dB.


Cara, desculpa a pergunta tosca, mas ainda estou aprendendo esses lançes de limites para gravar, comprimir e tal.

Por exemplo, se na gravação, digamos, nenhum pico ultrapasse os -3db, que já ouvi dizer ser um limite razoável. Se ao normalizar eu colocar tudo em 0dB corre mesmo o risco de distorcer? não iria apenas aumentar o volume?

.omni
Veterano
# mar/13
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rcorts
Pode ser que só aumente o volume, mas pode vir a distorcer ao aplicar efeitos ou pode gerar inter sample peaks, que é quando o áudio gerado excede o 0dB entre dois samples.
Se for normalizar, não cole em 0dB, deixe um espaço pro som respirar.

Mas se você mantiver o áudio baixo, isso tem menos chance de acontecer. Eu acho que normalize é uma ferramenta boa dependendo do caso, mas eu não costumo usar. Acho que todo processamento a mais que você faz é de alguma forma ruim, ainda mais em todas as tracks.
Mas se você está acostumado e se isso funciona no seu workflow, use!

rcorts
Veterano
# mar/13
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.omni

Interessante suas colocações meu caro. Não estou só conseguindo mesmo entender o que você quer dizer com inter sample peaks. Desculpe, mas ainda tenho muito que percorrer em produção.

Eu também não costumo normalizar mesmo não, pois ao gravar já tenho ao máximo evitar a clipagem. Até onde eu sei, normalizar só é bom mesmo para evitar que durante a compressão, se aumentar muito o ganho de saída da track, uma variação dinâmica muito grande corrompa a qualidade geral da track. Seria por este caminho mesmo?

Não sei se falei alguma besteira, mas só tentando explicar como eu penso: uma track sem normalizar geralmente tem uma variação dinãmica grande, como o compressor atenua os picos mais altos e eleva os mais baixos, quanto maior a variação dinãmica entre os picos mais altos e os mais baixos mais o compressor vai precisar agir, o que aumenta a chance de achatar de mais o som e ao mesmo tempo aumenta a chance de estourar (clipagem). Se falei besteira novamente, desculpa. Mas preciso tirar essa dúvida, até pra entender melhor quando eu devo ou não normalizar uma track.

Valeu pela paciência.

waltercruz
Veterano
# mar/13
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Oi rcorts, tudo bem?

Num outro tópico, eu postei o seguinte texto sobre intersample peaks:

http://www.hometracked.com/2007/11/08/prevent-intersample-peaks/

Dá uma lida nesse texto, acho bem explicativo, mas qlqr coisa eu posso tentar pensar numa maneira de explicar aqui.

Pelo que sei, mais legal que normalizar seria aplicar um limiter, se o alvo for loudness.

.omni
Veterano
# mar/13 · Editado por: .omni
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rcorts
Você lê em inglês?
Se sim: http://www.hometracked.com/2007/11/08/prevent-intersample-peaks/

té onde eu sei, normalizar só é bom mesmo para evitar que durante a compressão, se aumentar muito o ganho de saída da track, uma variação dinâmica muito grande corrompa a qualidade geral da track.

Não entendi direito seu raciocínio.
O normalize nada mais é do que ganho. Ele não muda a variação dinâmica, só aumenta o volume.
Você deve normalizar uma track quando sentir que o volume está baixo demais nela e que com o volume do fader você não consegue chegar aonde quer na mix.
Agora note que existem dois tipos de normalização, peak e RMS.
No peak, ele pega o pico mais alto e coloca no limite que você escolheu (-0,3dB, -0,5dB, etc), levantando toda a track por igual. No RMS ele faz a média de volume da track inteira e levanta tudo junto. Nesse tipo você tem que ficar atento pra nenhum pico clipar, porque você pode escolher uma média de -15dB pra track mas ainda assim alguns picos podem passar do 0dB.


como o compressor atenua os picos mais altos e eleva os mais baixos, quanto maior a variação dinãmica entre os picos mais altos e os mais baixos mais o compressor vai precisar agir, o que aumenta a chance de achatar de mais o som

Na verdade não. Até porque você não é obrigado a usar um compressor, não tem problema a variação dinâmica ser grande. Agora, se você quiser diminuir isso, antes de pensar em compressão, pense em automação de volume pra aumentar passagens mais baixas e diminuir picos mais altos.
Sobre achatar o som, isso depende basicamente da regulagem do compressor. Ele pode começar a agir em -6dB, porém só comprimir de levinho a track. Ou então, pode agir em -2dB, mas não deixar passar absolutamente nada.
Entendeu? Ao normalizar, a única coisa que vai mudar é o valor do threshold, que é onde ele vai começar a agir. Numa track normalizada, esse valor será menor (mais perto de 0dB), mas o resultado será o mesmo.

Apenas tome isso como regra: não existe regra. Não se sinta obrigado a normalizar nada, ou a comprimir nada. :)

waltercruz
Ih, postei o mesmo texto! Hehehe

rcorts
Veterano
# mar/13
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waltercruz


Beleza, lendo o artigo deu pra sacar porque mesmo gravando colado em 0dB ainda pode clipar. Muito claro esse artigo. Valeu mesmo.



.omni
Não entendi direito seu raciocínio.
O normalize nada mais é do que ganho. Ele não muda a variação dinâmica, só aumenta o volume.


Acho que era justamente aí que estava meu erro. Aliás, foi o que eu já tinha lido em outros lugares. Por isso acabava usando a função normalize nessa idéia de diminuir o range de frequências, numa falsa ilusão de poder usar o compressor mais tranquilamente e ainda obter um som com mais loudness.

Beleza meu. Muito obrigado. Só de ter essas respostas aqui já vou começar a enxergar com outros olhos as minhas gravações e mixagens. E um dia chego lá.

Só mais uma dúvida: geralmente, não uso compressores em cada track. Faço a mix apenas com plugins de EQ, Reverb, amps virtuais e outros de modulação. Normalmente deixo pra usar compressores somente pra fazer uma pré-master. E nessa fase eu já não me arrisco a mexer com plugins individuais como compressores, normalizers, eq, etc... Para isso uso os presets do Izotope Ozone 3

Minha dúvida é: se eu aplicar um plugin de compressor em uma track de guitarar por exemplo. Depois digamos que eu queira fazer isso numa track de baixo. Quando eu for passar no Izotope Ozone, geralmente os presets já aplicam (automatizadamente) compressores. Seria errado, ou mesmo desaconselhável fazer isso, por estar comprimindo o som duas vezes,e ainda sem saber exatamente como o compressor do ozone está atuando? Ou por exemplo, se eu comprimir direto em cada track, não deveria usar o compressor do Izotope?

Ah, se não for demais, uma outra pergunta que na verdade eu acho muito ingênua, mas infelizmente estou tentando ainda descobrir o caminho das pedras: como vocês tem aquele feeling, ou mesmo uma noção de que a track precisa de usar um compressor?

Valeu de novo pela paciência. Ainda preciso aprender muito de produção e vou chegar lá. Mas a ajuda de vocês que já dominam mais nesse ramo é muito importante.

Abraço.

.omni
Veterano
# mar/13 · Editado por: .omni
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rcorts
Legal, que bom que você entendeu!


se eu aplicar um plugin de compressor em uma track de guitarar por exemplo. Depois digamos que eu queira fazer isso numa track de baixo. Quando eu for passar no Izotope Ozone, geralmente os presets já aplicam (automatizadamente) compressores. Seria errado, ou mesmo desaconselhável fazer isso, por estar comprimindo o som duas vezes,e ainda sem saber exatamente como o compressor do ozone está atuando?

Não necessariamente, o Ozone faz um papel diferente ao comprimir todas as tracks ao mesmo tempo.
Mas usar presets sem mexer pelo menos no threshold é perigoso. Apenas atente pra não deixar nada comprimir demais.

como vocês tem aquele feeling, ou mesmo uma noção de que a track precisa de usar um compressor?

Ih, aí é uma pergunta complicada de responder.
O lance é que cada compressor é diferente do outro, cada um tem um timbre, eles fazem coisas diferentes.
Vou te dar uma dica, você deve ter alguns compressores que vieram no seu Daw, o Ozone, e etc. Use as mesmas regulagens (ratio, threshold, attack/release, knee (se tiver) em diferentes compressores e compare-os. Tente deixar todos com o mesmo volume pra você entender o que cada um faz com o som.
Todos tem a ver com dinâmica, mas são bem diferentes uns dos outros.
Uns são mais "duros", outros são mais "fofos", outros valorizam o attack, etc.
Então raramente a gente vai pensar "hm, preciso botar um compressor". É mais de pensar em um compressor específico porque ele tem uma característica que costuma casar bem com o tipo de instrumento e situação que você quer.

waltercruz
Veterano
# mar/13
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rcorts
Ah, se não for demais, uma outra pergunta que na verdade eu acho muito ingênua, mas infelizmente estou tentando ainda descobrir o caminho das pedras: como vocês tem aquele feeling, ou mesmo uma noção de que a track precisa de usar um compressor?

Não é ingênua não. E a resposta é inclusive simples: você descobre que precisa de compressão quando nenhum nível do fader fica bom. Você abaixa porque alguma parte está alta demais e a parte mais suave da música some. Ou você aumenta porque está baixo demais e a parte mais rock and roll clipa. Aí vc comprime, pra diminuir a faixa dinâmica e poder acertar o seu fader. Óbvio que dá pra resolver com automação tb, uma comprimida pode ajudar esse processo.

Minha dúvida é: se eu aplicar um plugin de compressor em uma track de guitarra por exemplo. Depois digamos que eu queira fazer isso numa track de baixo. Quando eu for passar no Izotope Ozone, geralmente os presets já aplicam (automatizadamente) compressores. Seria errado, ou mesmo desaconselhável fazer isso, por estar comprimindo o som duas vezes,e ainda sem saber exatamente como o compressor do ozone está atuando? Ou por exemplo, se eu comprimir direto em cada track, não deveria usar o compressor do Izotope?

Opa, então tem vários usos do compressor. Supondo o primeiro exemplo aqui, a guitarra que vc gravou tem muita variação de dinâmica, aí vc comprimiu pra conseguir achar um lugar razoável pra deixar o fader. Massa!

A compressão que se faz no canal master geralmente serve para dar uma 'colada' na música. Mesmo uma compressão pequena, que tire 1 ou 2 db no master, pode te ajudar a ter aquela sensação de coesão, sabe? A sensação de que vc está trabalhando com uma música, e não com diversas tracks tocando ao mesmo tempo.

E tem tb compressores específicos que são procurados devido a uma coloração específica que dão ao som, como o 1176 para timbres de bateria, o dbx 160 para baixos e o LA-2A para vocais.

waltercruz
Veterano
# mar/13
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Vou te dar uma dica, você deve ter alguns compressores que vieram no seu Daw, o Ozone, e etc. Use as mesmas regulagens (ratio, threshold, attack/release, knee (se tiver) em diferentes compressores e compare-os. Tente deixar todos com o mesmo volume pra você entender o que cada um faz com o som.
Todos tem a ver com dinâmica, mas são bem diferentes uns dos outros.


Excelente dica .omni.

Alan_Domingues
Veterano
# mar/13
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.omni

Bom... muita gente também jura que não tem diferença alguma entre um mp3 256 e um arquivo em wav 96/24... Sei lá. O lance do bit depth faz mais diferença que a resolução em si, pelo menos até 24bits. Talvez o 32 só faça real diferença quando for 32 bits de verdade.

Sabe quem fala isto? A geração mp3.

Nunca fizeram gravação em fita, nunca ouviram um vinil.

Mp3 é muito legal, prático, etc. mas sinceramente em termos de qualidade de som é uma bela porcaria em termos de definição. A compressão é muito bruta, mesmo com taxas altas.

Ouça um disco do Van Halen mesmo em CD e ouça a mp3 e você vai ver a diferença brutal, no vinil então.

Eu tinha vários discos em casa e ainda ouvia vinil no meu velho som. Mas infelizmente com o tempo o equipamento morreu, e não consegui reviver. Lembro ouvindo Thriller do Michael Jackson em vinil. Sinceramente, o mp3 detonou o som.

.omni
Veterano
# mar/13
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Alan_Domingues
Eu não disse que concordo com quem diz isso.
Eu estou acostumado a trabalhar em 96/24, só de exportar uma cópia de monitor pra 44.1/16 e queimar em um cd você já nota diferença no som. Imagina pra mp3...

rcorts
Veterano
# mar/13
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.omni
waltercruz


Pessoal, ambos os comentários foram muito esclarecedores e já começo a pensar em várias idéias por agora pra dar um up nas minhas tentativas de produção caseira.

Valeu demais mesmo. Agora vou tentar aplicar essas idéias primeiro e depois vou atrás de outras 1500 dúvidas que tenho.

Abraços a todos.

El_Cabong
Veterano
# mar/13
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Alan_Domingues

Se num computador alguém pegasse duas faixas:
- Uma é a Wav (16bits/44,1kHz) de uma música do Van Halen.
- Outra é o MP3 320kbps ripado direto da wave original desta mesma música do Van Halen.

Estas músicas serão tocadas 20 vezes aleatóriamente (10 vezes a Wav e 10 vezes a MP3) Você só irá escutar numa sala ao lado sem ver qual formato está sendo tocado.

Você acertaria as 20 vezes qual formato está sendo tocado (MP3 ou Wav)??

Eu não acertaria !!!

El_Cabong
Veterano
# mar/13 · Editado por: El_Cabong
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Não sei !!!!
Eu até posso ter um ouvido mais limitado que o pessoal daqui do forum, mas as impressões que eu tenho com relação a MP3 ripadas direto da Wav de músicas prontas (finalizadas) e suas diversas taxas são as seguintes:

MP3 de 128kbps - Grande diferença nos agudos que parecem estar abafados (lembra o som das antigas fitas cassetes de cromo em que atingiam o máximo de 16kHz), e as vezes no som dos médios aparece umas distorções como se o som estivesse com um pouco de efeito flange. Músicas com guitarra distorcida aparece uma diferença descarada !!
MP3 de 160kbps - Os agudos ficam bem melhores, aparecem também as distorções nos médios, só que num número menor de vezes e menos intensas, raramente se consegue escutar uma música inteira sem perceber as diferenças entre o original.
MP3 de 192kbps - Muito pouca diferença entre o original na maioria das músicas. Geralmente noto diferenças em músicas com solo de piano destacado ou puro, em músicas com muita condução de bateria, em músicas com muita reverberação.
MP3 de 256kbps - Muito difícil encontrar alguma diferença audível com relação ao original.
MP3 de 320kbps - Até hoje nunca percebi nenhuma diferença audível com relação ao original.

Alan_Domingues
Veterano
# mar/13
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El_Cabong

Você pode jogar a mp3 em qualquer formato que você vai ter alguma compressão em frequências e dinâmicas. Olha, pelo que me recordo de minha graduação de Produção Fonográfica, o CD tem um kbps de 1400. E sinceramente o CD não tem aquela vibe do vinil que tem uma transparência sonora, harmônicos, aquela sensação de ambiência. Nunca vi até hoje uma mp3 assim. No CD chega quase lá, e mesmo assim não tem a qualidade sonora.

Não vamos falar de referências como fone de ouvido e aparelhos de som da Casas Bahia. Muito menos o som do notebook ou caixinhas de pc. Vamos falar de bons monitores de referência.

Podem me chamar de chato, mas mp3 é bom para você ouvir no seu celular, ipod da vida, trabalhar com áudio profissionalmente falando, não tem como.

.omni
Veterano
# mar/13
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El_Cabong
Experimente pegar algo com bastante dinâmica, com momentos mais sutis (e menos comprimidos) e experimente prestar atenção apenas no reverb.
Piano solo é bom pra isso. Você vai notar que o mp3 parece que tem uma areia arranhando alguma coisa ali.
Ouça de fone.

Em algumas músicas você vai notar, em outras não.
AAC 320 eu não vejo diferença, PORÉM por se tratar de um arquivo em baixa resolução, num ambiente ideal eu acho que é possível notar.
Como eu disse, de um arquivo em alta pra o arquivo exportado em 44/16 já se nota uma diferença. Se queimar em um CD então, nem se fala.

El_Cabong
Veterano
# mar/13 · Editado por: El_Cabong
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.omni
Piano solo é bom pra isso. Você vai notar que o mp3 parece que tem uma areia arranhando alguma coisa ali. Ouça de fone.

Sim. É exatamente isso que eu percebo nos fones, escutando MP3 de 192kbps. Já nos de 256kbps às vezes eu percebo isso mas é meio raro, e nos de 320kbps eu nunca percebi. Vou ver se presto mais atenção nestes de 320kbps.

Alan_Domingues
MP3 ... trabalhar com áudio profissionalmente falando, não tem como.

É claro que profissionalmente não tem como mesmo !!!!!
Profissionalmente eu só trabalho com Waves de 24bits.

waltercruz
Veterano
# mar/13
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Tem um cara que eu respeito um bocado, o Tarekith, que inclusive escreveu alguns guias legais sobre mixagem e masterização, que recentemente postou uma música com o seguinte comentário:

This is also the first time I'm releasing a track as a 320kbps AAC file instead of a 320kbps MP3. As I talked about in my Mastered For iTunes blog post a couple weeks back, after a lot of critical listening tests, I'm convinced AAC files sound closer to the original master of my songs than MP3s do. I'm curious to see if anyone has any issues playing back the file. There shouldn't be any problems, but if you do run into one please let me know.

mp3 de 128 dá pra perceber nitidamente a diferença. Eu tento manter a minha coleção toda com mp3 de 320kbps.

waltercruz
Veterano
# mar/13
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But the AAC Round Trip plug in has one more trick up it’s sleeve, and that’s a built in blind listening test so you can see just how close to the source file you can get your AAC encodes. While playing back your song, the plug in will randomly play the processed audio and the source audio, and you need to guess which is the source. When you’re done, it will tell you how many of the guesses out of 20 you got right.

If nothing else this is a pretty impressive way to see just how far AAC encoding has come. In the studio I can usually guess the source about 95% of the time, but it’s not easy at all and takes me quite awhile to find a point in the song where it’s apparent. In contrast, I can spot 320kbps MP3′s compared to the source wav reliably within a few seconds usually.

http://tarekith.com/mastered-for-itunes/

interessante :)

Alan_Domingues
Veterano
# mar/13
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Eu tenho um opinião bem radical sobre o mp3.

Odeio de todas as formas. Raramente ouço mp3. Uso pela praticidade para poucas situações. Sempre ouvi em CD as músicas quando a minha finalidade é qualidade. Se quero apenas "ver qual é" da música, a mp3 basta. Agora não adianta, mp3 comprime muito o som, e não tem como ninguém negar isto.

alv2707
Veterano
# mar/13
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O problema de mp3 e CD é a marca que é forte demais. Mp3 foi criado numa época em que velocidade de conexão e espaço em HD eram "sonhos". Hoje tem dezenas de formato com qualidade muito superior mas não tem nome no mercado. É o mesmo com o CD, tem mídia que deixa ele comendo poeira, mas não vinga e pra desenvolver alguma coisa nova só se for algo muito revolucionário.

Quanto a qualidade. Pra maioria das pessoas não faz diferença. É igual vídeo, tem gente que só assiste fullhd 1080i em placa offboard violenta, e tem gente que um mkv numa placa onboard já tem imagem "perfeita".

Uma vez num teste cego o áudio que eu preferi era um mp3 128Kbps. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O vinil é inferior ao CD mas tem muita gente que prefere os "defeitos" dele do que o CD. Qualidade depende de gosto e gosto é imensurável.

El_Cabong
Veterano
# mar/13
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alv2707
O vinil é inferior ao CD mas tem muita gente que prefere os "defeitos" dele do que o CD

Eu não acho o vinil inferior ao CD. Nos agudos extremos por exemplo em que no CD de 44,1kHz se tornam um verdadeiro zigue-zague. No vinil aqueles mesmos agudos estão todos desenhados perfeitamente (na sua onda sonora).
O vinil perde é na Relação Sinal/Ruído (SNR) e nos estalos de atrito da agulha.

Como o SNR e os estalos são coisas que qualquer um que não seja surdo percebe, acabam dizendo que o Vinil é inferior.
Ele tem na verdade algumas vantagens e algumas desvantagens.

Eu acho que o vinil só se tornaria completamente inferior, se os Waves de um CD fossem de 24bits / 96kHz.

El_Cabong
Veterano
# mar/13 · Editado por: El_Cabong
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Obs.: Eu sou meio contra esta nomenclatura que se dá ao som digital, por exemplo:
- Wav de 16bits / 44,1kHz
Porque Hertz se aquilo alí não são ciclos ?? Aquilo são pontos e a metade deste valor é que poderia ser considerado ciclo.
Acho que a nomenclatura deveria ser assim:
- Wav de 16bits / 44,1kdps (dots per seconds) isso é um wave capaz de reproduzir até 22,05kHz. Aí sim !!!

alv2707
Veterano
# mar/13
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El_Cabong
Os CDs tem suas desvantagens também, por isso que disse que ele é uma mídia bem "ultrapassada". Mas ainda assim O vinil também tem faixa dinâmica menor e adiciona saturação dá uma "cor" a mais na master. Por isso disse que o CD é superior. O CD é mais fiel a master do que o vinil que acrescenta "cor". Acho que como a principal qualidade do sistema de reprodução é a "isenção", o CD ganha no balanço técnico.

Mas é exatamente como eu disse da qualidade, depende do gosto da gente.

Uma coisa a se considerar também é o know-how do sistema de gravação. Pega um vinil dos anos 30, não passa nem perto de representar com qualidade o som que foi gravado, toda a tecnologia de gravação e reprodução foi aprimorada concomitantemente levando sempre em consideração o vinil. Tipo desenvolverem equalizadores que respondiam de um jeito no vinil, ai veio o CD e o mesmo equalizador tem uma resposta diferente, então tem que começar a ser adaptar e desenvolver novos equalizadores e processos, isso se aplica a toda a cadeia de gravação e leva bastante tempo.

Falei tudo isso pra dizer que o CD ainda não é explorado ao máximo, a galera que grava hoje não tem o mesmo know-how, conhecimento acumulado no mundo digital que a galera tinha de analógico antigamente.

.omni
Veterano
# mar/13 · Editado por: .omni
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alv2707
Falei tudo isso pra dizer que o CD ainda não é explorado ao máximo, a galera que grava hoje não tem o mesmo know-how, conhecimento acumulado no mundo digital que a galera tinha de analógico antigamente.

Cara, discordo...
Pouca coisa mudou, além da transparência (que antes não existia). Os equipamentos analógicos (top) continuam sendo os mesmos, mas os digitais melhoraram a ponto de serem completamente cristalinos. Só ganhamos em possibilidades. Já estamos bem além do CD como mídia... e mesmo sendo algo ultrapassado, tem profissionais de master que sabem exatamente como fazer pra botar um monte de infomação sonora numa mídiazinha de plástico de 16 bits.
Pode crer.

El_Cabong
Veterano
# mar/13
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alv2707
Pega um vinil dos anos 30, não passa nem perto de representar com qualidade o som que foi gravado

Isso é verdade. Já os últimos vinis que foram lançados antes do estouro de vendas do CD já estavam vindo com uma ótima qualidade. O último vinil que eu comprei na loja foi o do Legião Urbana - Quatro Estações. O som era muito bom !!! Tenho ele até hoje em perfeito estado, sem nenhum arranhão !!
Se eu conseguisse na época fazer uma mágica de tirar fora aqueles estalos e também o ruído de fundo, o som seria uma perfeição !!

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