Burp após Duff Veterano |
# jan/09 · Editado por: Burp após Duff
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Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
A GÊNESE: DEUS EXISTÊNCIA DE DEUS 1- Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, a origem de tudo o que existe, a base sobre que repousa o edifício da criação, é também o ponto que importa consideremos antes de tudo.
2- Constitui princípio elementar que pelos seus efeitos é que se julga uma causa, mesmo quando ela se conserve oculta. Se, fendendo os ares, um pássaro é atingido por mortífero grão de chumbo, deduz-se que hábil atirador o alvejou, ainda que este último não seja visto. Nem sempre, pois, se faz necessário vejamos uma coisa, para sabermos que ela existe. Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas.
3- Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma ( máxima, sentença), é o de que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente. Se perguntassem qual o construtor de certo mecanismo engenhoso, que pensaríamos de quem respondesse que ele se fez por si mesmo? Quando se contempla uma obra-prima da arte ou da indústria, diz-se que há de tê-la produzido um homem de gênio, porque só uma alta inteligência poderia concebê-la. Reconhece-se, no entanto, que ela é obra de um homem, por se verificar que não está acima da capacidade humana; mas, à ninguém acudirá a idéia de dizer que saiu do cérebro de um deficiente mental (no original: idiota) ou de um ignorante, nem, ainda menos, que é trabalho de um animal, ou produto do acaso.
4- Em toda parte se reconhece a presença do homem pelas suas obras. A existência dos homens antediluvianos não se provaria unicamente por meio dos fósseis humanos: provou-a também, e com muita certeza, a presença, nos terrenos daquela época, de objetos trabalhados pelos homens. Um fragmento de vaso, uma pedra talhada, uma arma, um tijolo bastarão para lhe atestar a presença. Pela grosseria ou perfeição do trabalho, conhecer-se-á o grau de inteligência ou adiantamento dos que o executaram. Se, pois, achando-se um de vocês numa região habitada exclusivamente por selvagens, e lá descobrir uma estátua digna de Fídias (escultor grego, 490 a.C.), não hesitarão em dizer que, sendo incapazes de tê-la feito os selvagens, ela é obra de uma inteligência superior à destes.
5- Pois bem! lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos se sustente que há efeitos sem causa.
6- A isto, opõem alguns o seguinte raciocínio: As obras ditas da Natureza, são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão; as moléculas dos corpos inertes se agregam e desagregam sob o império dessas leis. As plantas nascem, brotam, crescem e se multiplicam sempre da mesma maneira, cada uma na sua espécie, por efeito daquelas mesmas leis; cada indivíduo se assemelha ao de quem ele proveio; o crescimento, a floração, a frutificação, a coloração se acham subordinados a causas materiais, tais como o calor, a eletricidade, a luz, a umidade, etc. O mesmo se dá com os animais. Os astros se formam pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não acusa a ação de qualquer inteligência livre. O homem movimenta o braço quando quer e como quer; aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria um autômato. Ora, as forças da Natureza são puramente automáticas. Tudo isso é verdade; mas, essas forças são efeitos que hão e ter uma causa e ninguém pretende que elas constituam a Divindade. Elas são materiais e mecânicas; mas não são de si mesmas inteligentes, também isso é verdade; mas, são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente. Um pêndulo se move com automática regularidade e é nessa regularidade que lhe está o mérito. É toda material a força que o faz mover-se e nada tem de inteligente. Mas, que seria esse pêndulo, se uma inteligência não houvesse combinado, calculado, distribuído o emprego daquela força, para fazê-lo andar com precisão? Do fato de não estar a inteligência no mecanismo do pêndulo e do fato de que ninguém a vê, seria racional deduzir-se que ela não existe? Apreciamo-la pelos seus efeitos. A existência do relógio atesta a existência do relojoeiro; a engenhosidade do mecanismo lhe atesta a inteligência e o saber. Quando um relógio lhes dá, no momento preciso, a indicação de que necessitam, já lhes terá vindo à mente dizer: "Aí está um relógio bem inteligente?" Outro tanto ocorre com o mecanismo do Universo: Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.
7- A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, crêem instintivamente na existência de um poder sobre-humano. Eles vêem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à Humanidade. Não demonstram eles raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram por si mesmas?
19- Deus é, pois, a inteligência suprema e soberana, é único, eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições, e não pode ser diverso disso. Tal o eixo sobre que repousa o edifício universal. Esse farol cujos raios se estendem por sobre o Universo inteiro, única luz capaz de guiar o homem na pesquisa da verdade. Orientando-se por essa luz, ele nunca se transviará. Se, portanto, o homem há errado tantas vezes, é unicamente por não ter seguido o roteiro que lhe estava indicado.
Na Exaltação do Amor A folha ressequida que cai, anônima, do pedúnculo em que nasceu, é bem o símbolo do poder oculto de Deus em a Natureza. Poder que é força, vida e amor... Quem a recolheu? O Sol? Não. O Vento? Não. O Homem? Não. A folha desceu por si mesma, segundo os ditames preestabelecidos pelas leis gerais do Universo, para o seio fecundante da Terra que a transforma em novo elemento no laboratório da incessante renovação. Assim também se movem as criaturas e os destinos. A folha cai... Os mundos caminham... O homem evolve... Brilha o Sol, naturalmente, mantendo a Família Planetária nos domínios da Casa Cósmica. Avança o Vento, sem esforço, nutrindo a euforia das plantas. Em princípios de soberana espontaneidade, constrói o Homem a própria existência. Saber não é tudo. Só o amor consegue totalizar a glória da vida. Quem vive respira. Quem trabalha progride. Quem sabe percebe. Quem ama respira, progride, percebe, compreende, serve e sublima, espalhando a felicidade... Siga, pois, seu roteiro, louvando o bem, esquecendo o mal e edificando sem repouso. Se o caminho é áspero e sombrio, prossiga com destemor. Lembre-se que na vanguarda há mais amplo local para a sua esperança. Busque ouvir a mensagem do amor, onde passe. Estude amando. Responda aos imperativos da evolução, amando onde esteja. Atenda ao semelhante, amando com alegria. Satisfará, em tudo, a você mesmo, amando sempre. Na marcha ascendente para o Reino Divino, o Amor é a Estrada Real. As outras vias chamam-se experiências que a Eterna Sabedoria, ainda por amor, traçou à grande viagem das almas para que o espírito humano não se perca. Antes de você, o amor já era. Depois de você, o amor será. Isso, porque o Amor é Deus em tudo. Viva, assim, a vida, amando-a para entendê-la. Viver e amar... Amar e compreender... Compreender e viver abundantemente... Ângulos de uma verdade só - A Vida Eterna. No entanto, viver sem amar é respirar sem trabalho digno; querer com exclusivismo entontecente é contemplar situações e circunstâncias com apriorismos que geram a enfermidade e a morte. Se você sabe, portanto, o que é viver, por que não vive? Só vive realmente quem ama. Só ama efetivamente quem age para o bem de todos. Só age, sem dúvida, para o bem de todos, quem compreende que o amor é a base da própria vida. Fora dessa verdade, há também movimento e ação de sombra que tornará fatalmente à luz em ciclos determinados de choro, provação e martírio. Nada novo, sempre a Lei, que funciona compassiva, mas inexorável, restituindo a cada sementeira a colheita certa. Comande a embarcação de seu destino e não atribua a outrem os erros que as suas mãos venham a cometer. De você mesmo depende a própria viagem. Instrua a você, sem procurar encobrir, ante a própria consaciência, as faltas que lhe arrojam a alma ao desencanto ou ao agravo das próprias necessidades do espírito. Ainda que a noite lhe envolva o passo, alente, no imo do ser, o dia eterno da fé. Não se confie ao sabor da invigilância, para que a invigilância não lhe arraste a existência ao sabor do sofrimento. Antes de nós, o Universo era o Santuário da Glória Divina. Lembremo-nos, pois, de que Deus nos criou para acrescentar-Lhe a grandeza. Não Lhe diminuamos o esplendor, cultivando a treva... Enganaremos a forma. Jamais enganaremos a vida que palpita, triunfante, em nós mesmos. Aprenda a buscar aquilo de que você carece no próprio aperfeiçoamento, antes que alguém lhe ensine a preço de aflição. Busque o roteiro exato, antes que outros se lhe ofereçam, no dia de sua perturbação, para guias de sua dor. Força é poder. Idéia é força. Mas só o amor condiciona o poder para a vitória da luz. Ame o caminho. Caminhe e vença. Anote hoje os seus movimentos, no ritmo do trabalho e da oração, e o amanhã surgirá com brilho sempre novo. Sorria para os lances mais difíceis da estrada e os panoramas próximos e remotos descerrar-se-ão sorrindo à sua alma. Não pare senão para refazer o fôlego atormentado. Mais além, é a estrada de destino. Não escute o murmúrio das sombras senão para socorrer as vítimas do mal, a fim de que os gemidos enganadores do nevoeiro não lhe anestesiem o impulso de elevação. A fraternidade ser-lhe-á anjo sentinela entre os pântanos da amargura. Cante o poema da caridade, seja onde for, e as criaturas irmãs, ainda mesmo quando algemadas ao crime, responder-lhe-ão com estribilhos de amor. Guarde compaixão e a paz ser-lhe-á doce prêmio. Exemplifique a fé que lhe honra a inteligência e o mundo abençoar-lhe-á todas as plavras. Amanheça todo dia no serviço que lhe compete e o dever retamente cumprido manterá você, invariavelmente, na manhã luminosa da vida. Antes de amparar a você, ampare aqueles que, desde muito, suspiram pela migalha de seu amparo. Antes de nossa vontade, a vontade do Senhor. Antes do bem para nós, o bem necessário aos outros. Seja para você a justiça que observa e corrige e seja para o irmão de jornada a bondade que ajuda e absolve sempre. Sobretudo, guarde a certeza de que o amor se emoldura na humildade que nunca fere. Coloque você em último lugar e a vida encarregar-se-á de sua própria defesa em qualquer parte. Ainda mesmo com sacrifício, sob chuvas de fel e gritos de calúnia, renda diariamente seu culto ao amor e o amor na própria vida brilhará em sua alma, convertendo-a em estrela para a Glória Sem-Fim.
ANDRÉ LUIZ
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