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Marisco Veterano |
# dez/06
É na Escola de Engenharia que começa a ser destruída a nossa auto-estima. É na Escola de Engenharia que começa a ser forjado o nosso comportamento autodestrutivo, nosso desprezo pelos valores da própria profissão, nosso desgosto com a nossa própria atividade profissional. É na Escola de Engenharia que nasce a nossa falta de coragem empresarial e essa submissão inaceitável aos caprichos dos clientes.
Engenheiros, Médicos, Arquitetos, Advogados, Agrônomos, Dentistas...
Uma coisa leva à outra: toda vez que, numa conversa qualquer, o assunto “comportamento no mercado” vem à tona acabamos caindo nas inevitáveis comparações de engenheiros, arquitetos e agrônomos com médicos, dentistas e advogados...
Quando me perguntam o que eu acho disso (dessa comparação de profissionais tão diferentes) respondo sempre a mesma coisa: acho que essa comparação é JUSTÍSSIMA.
Se eu, engenheiro, por qualquer motivo, tiver de ser comparado com outros profissionais, acho muito justo que seja com médicos, com dentistas ou com advogados. Afinal temos muito mais coisas em comum do que diferenças. Somos todos prestadores de serviços. Nosso produto (nosso serviço) é altamente especializado e todas essas atividades demandam profissionais com capacidade intelectual diferenciada. Ninguém chega a ser médico, advogado, dentista, agrônomo, arquiteto ou engenheiro apenas por ter um belo par de olhos, uma voz doce, algum dinheiro no banco ou um padrinho influente... A conquista de qualquer um desses títulos demanda qualidades e habilidades especiais, muito estudo e empenho (às vezes até muitos sacrifícios).
Temos, é verdade, muitas semelhanças, quando a comparação é feita no nível da qualificação. Porém, no exercício das profissões e no comportamento empresarial de cada grupo as diferenças aparecem e são enormes. Neste texto concentramos nossas reflexões sobre a formação dos profissionais de Engenharia. No entanto, nossa experiência e a convivência com milhares de arquitetos e agrônomos dos mais distantes lugares do Brasil nos permitem acreditar que os conceitos podem se estender sem problemas também para esses profissionais. Voltemos no tempo.
Voltemos ao tempo em que essa pessoa (que hoje é um engenheiro) tinha seus quinze, dezesseis anos, um ou dois anos antes do vestibular. Esse moço ou essa moça é, muito provavelmente, um dos melhores alunos da sua sala (talvez da escola). É um expoente estudantil, requisitado pelos colegas, elogiado pelos professores, respeitado pelos pais (de quem é motivo de muito orgulho) valorizado pelos parentes, pelos vizinhos, admirado pelas garotas (ou garotos).
Comparemos nosso amiguinho com o estudante de quinze ou dezesseis anos que virá a ser médico, dentista ou advogado.
Veremos quase nenhuma diferença.
É isso mesmo. Na origem, são todos iguais. Têm o mesmo perfil, a mesma história, o mesmo rendimento. Todos são brilhantes e bem sucedidos.
Vem o vestibular. Ingressa, cada qual, na faculdade que escolheu... E é aí que as diferenças começam a aparecer. Os estudantes de Medicina e de Odontologia são enquadrados em um ambiente novo, com pessoas que se vestem de uma maneira diferente, se comportam de uma maneira diferente e que estabelecem uma identidade visual (e, por decorrência, uma identidade psicológica) com a atividade profissional que irão exercer alguns anos depois.
Os estudantes de Direito, já nos primeiros meses de escola convivem com professores que vêm para as aulas de terno, gravata, sapato social, barba feita ou bem cuidada. E o mais interessante: aqueles senhores e senhoras respeitáveis, bem vestidos e de fina educação (os professores), tratam os seus alunos por “senhor” ou “senhora”, com toda a fineza e educação que a prática profissional recomenda. E estimulam seus alunos a acreditar e se convencerem de que são superiores. Que estão se preparando para “falar com o Estado” (privilégio que não é concedido a nenhum outro profissional...). Enfim, aprendem que precisam respeitar os outros, mas aprendem, antes de tudo, que precisam exigir respeito para si.
Nos últimos anos de faculdade, estudantes de Odontologia e Medicina já se vestem como se médicos ou dentistas fossem. Freqüentam clínicas e atuam como profissionais na área da saúde. Assumem, enfim, um ou dois anos antes de terminada a faculdade, todo um comportamento típico de médico. De dentista.
Os estudantes de Direito, por sua vez, a partir da Segunda metade do curso, já se vestem como advogados (roupa social, sapato, eventualmente gravata e um terno ou blazer...). Mantém com os seus professores e com os seus colegas um comportamento e um vocabulário apropriados para as lides jurídicas. E, o mais importante: são tratados, pelos seus professores, como Doutor. (Dr. Fulano, termine seu relatório até a próxima aula. Dr. Sicrano, esteja preparado para a prova final, na sexta-feira.). Apesar de ainda não terem concluído o curso.
Os estudantes de Engenharia, ao contrário, a partir do início do curso, a única diferença que eles conseguem perceber na faculdade, em relação ao ensino médio é o grau de dificuldade (que simplesmente quintuplica!).
Não existe nenhum estímulo a um comportamento novo, nenhuma referência, um exemplo positivo de comportamento. Nenhuma motivação para um desenvolvimento psicológico alternativo. Nenhum elemento que interfira na formação do profissional do ponto de vista da sua imagem física composta de aspectos visuais e comportamentais. A vida social, no ambiente da faculdade, é muito restrita, quando não inexistente.
Além do mais, a faculdade entra na vida desses jovens como um elemento de ruptura. Os alunos são colocados em uma condição a que eles não estavam acostumados. Estavam acostumados a tirar notas máximas com a maior facilidade e, de repente, passam a sofrer e ter grandes dificuldades para obter notas mínimas ou médias. Deixam de ser respeitados pelos seus professores que se tornam distantes e autoritários e perdem a admiração dos colegas que estão todos desesperados tentando se salvar de uma coisa que ainda não estão entendendo Direito.
Não que as faculdades de Medicina, Direito ou Odontologia sejam fáceis. Ocorre que lá os estudantes têm compensações psicológicas que os estudantes de Engenharia não têm. Essas faculdades, por diversos mecanismos, inexistentes nas escolas de Engenharia, dão continuidade ao amadurecimento psicológico e social do futuro profissional. E, com isto, mantêm em alta a motivação e auto-estima dos seus estudantes.
Na Engenharia não existe nenhum processo de acompanhamento psicológico para aquele estudante desesperado que teve a sua carreira de sucesso estudantil subitamente interrompida (mesmo os alunos que continuam conquistando notas altas, acabam sentindo a falta do aplauso dos colegas, do respeito dos professores e da admiração coletiva). E não existe ninguém para explicar o que está acontecendo. Ninguém para dizer a este estudante que ele não é tão inepto ou incapaz como, algumas vezes os professores parecem querer provar.
É quase geral, por parte dos professores, nas escolas de Engenharia, a manifestação desnecessária de superioridade intelectual, o exercício gratuito de poder e o terrorismo psicológico.
E o estudante, que entrou na faculdade no auge positivo da auto-estima, vai recebendo, ao longo de cinco anos, das mais variadas formas, uma única mensagem: “Você não é tão bom quanto você pensava que fosse !”.
Ao contrário dos estudantes de Direito, Medicina ou Odontologia, que têm como professores, profissionais que atuam no dia-a-dia de suas atividades, os estudantes de Engenharia passam cinco anos submetidos aos rigores (e, em alguns casos, caprichos) de engenheiros que não atuam, profissionalmente, como engenheiros e sim como professores, e que, portanto, não têm a vivência da atividade profissional e não têm a ciência ou a consciência das relações comerciais que vão definir o sucesso ou o fracasso dos profissionais que eles estão formando.
Como resultado disso, ao final de cinco anos, o estudante de Engenharia se transforma em um engenheiro. E este engenheiro é completamente desprovido de auto-estima, de respeito próprio, de prazer profissional ou de consciência de mercado. Na metade do último semestre da faculdade, dois meses antes de receber o diploma e ser entregue aos leões do mercado, o estudante de Engenharia ainda é tratado como mero es-tu-dan-te.
Em momento algum, durante a faculdade, o estudante de Engenharia é tratado como engenheiro, em momento algum, durante esses cinco anos, a escola propicia a percepção da mudança de condição de estudante para a condição de profissional.
Estudantes de Direito, Medicina e Odontologia, ao contrário, muito antes do fim da faculdade já têm uma noção razoavelmente clara das dificuldades do exercício profissional que eles irão enfrentar. Com isso vão desenvolvendo mecanismos psicológicos de defesa e saem da faculdade com maior grau de segurança. Entram no mercado profissional de cabeça erguida, com uma consciência de valor. E com todo o processo de construção da imagem profissional em andamento. Estudantes de Engenharia não são estimulados a se vestir bem, nem a ter preocupações com técnicas de comunicação ou relacionamento social ou de exercício intelectual não linear. Com isso acabam não desenvolvendo habilidades gerenciais ou de relacionamento com o mercado.
Esta é uma das razões pelas quais as organizações de Engenharia são, quase sempre, extremamente burocráticas e conservadoras.
Engenheiros (ao contrário de advogados, médicos e dentistas) não comandam seu ambiente de trabalho. Por mais que detenham o conhecimento e a técnica, os engenheiros são, via de regra, pouco influentes em relação ao produto final, seja uma construção, uma instalação, um empreendimento complexo ou um processo produtivo.
O mais lamentável é que os engenheiros, via de regra, só vão perceber os resultados da negligência com a imagem física, a comunicação não-verbal e o comportamento no mercado, depois de já terem acumulado muitas perdas desnecessárias (algumas das quais, infelizmente, irreversíveis).
E qual é a utilidade desse discurso? Qual a importância de se colocar este tema no papel? Porque tornar pública esta opinião, que, com certeza aborrecerá alguns segmentos? Ninguém é ingênuo a ponto de acreditar que a simples leitura deste ensaio leve um diretor de escola de Engenharia, um professor, um estudante ou um profissional de Engenharia a alterar o seu comportamento. O que se espera é que essas pessoas, a quem o texto é dedicado, tenham um momento de reflexão. E que a esse momento de reflexão se siga uma atitude. E que essa atitude tenha como objetivo dar um futuro melhor para a Engenharia no Brasil.
A Engenharia depende dos engenheiros. E os engenheiros começam a ser formados aos quinze ou dezesseis anos, ainda no ensino médio.
Eu ainda acho, como sempre achei, que o conhecimento científico que é transmitido aos estudantes durante a faculdade de Engenharia é fundamental. E que o valor da Engenharia está sustentado na capacidade intelectual e técnica dos seus profissionais.
No entanto, vejo como importantíssima uma nova visão, nesse processo de formação do engenheiro, que leve em consideração todo o relacionamento social dos estudantes entre si e com os seus professores. É importante que, aos estudantes, seja transmitida uma visão mais clara das relações comerciais que eles enfrentarão na vida profissional, seja na condição de profissionais autônomos, empresários ou empregados em alguma empresa.
Em qualquer um desses casos as relações sociais são elementos definitivos para o sucesso. É um “detalhe” que faz toda a diferença.
O estudante chega ao curso de Engenharia cheio de sonhos com a auto-estima elevada, transpirando confiança e auto-respeito. É muito triste que, dez ou quinze anos depois esse potencial tenha se transformado em um sujeito cabisbaixo, sem consciência de valor, destituído de auto-estima e respeito próprio. Abrindo mão da sua natural vocação de agente do desenvolvimento para ser mero instrumento de trabalho para terceiros.
Na Escola de Engenharia o engenheiro precisa ser “construído” para ser um vencedor. Precisa ser estimulado a acreditar no seu potencial. Confiar na sua inteligência. E, acima de tudo, precisa aprender a importância de manter a cabeça erguida.
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TIO_TEDDY Veterano |
# dez/06
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É na Escola de Engenharia que começa a ser destruída a nossa auto-estima
Voltemos ao tempo em que essa pessoa (que hoje é um engenheiro) tinha seus quinze, dezesseis anos, um ou dois anos antes do vestibular. Esse moço ou essa moça é, muito provavelmente, um dos melhores alunos da sua sala (talvez da escola). É um expoente estudantil, requisitado pelos colegas, elogiado pelos professores, respeitado pelos pais (de quem é motivo de muito orgulho) valorizado pelos parentes, pelos vizinhos, admirado pelas garotas (ou garotos).
Putz, totalmente verdadeiro isso, o abismo entre sair do ensino médio sempre tirando notas boas e "chorar" para um professor arrendondar a sua nota para 5 ou até mesmo repetir uma matéria, é algo imenso.
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TIO_TEDDY Veterano |
# dez/06
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E o estudante, que entrou na faculdade no auge positivo da auto-estima, vai recebendo, ao longo de cinco anos, das mais variadas formas, uma única mensagem: “Você não é tão bom quanto você pensava que fosse !”.
pqp, esse texto é muito foda!
sintetizou tudo que eu penso, e achava q era uma exceção!
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Jack Holland Veterano |
# dez/06
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Bacana o texto... li tudo!
Ninguém chega a ser médico, advogado, dentista, agrônomo, arquiteto ou engenheiro apenas por ter um belo par de olhos, uma voz doce, algum dinheiro no banco ou um padrinho influente... A conquista de qualquer um desses títulos demanda qualidades e habilidades especiais, muito estudo e empenho (às vezes até muitos sacrifícios).
Faltou o "Cientista da Computação" aí, hahaha
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TIO_TEDDY Veterano |
# dez/06
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De onde ele foi tirado?
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Marisco Veterano |
# dez/06
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TIO_TEDDY
Foi escrito por este cara: http://www.eniopadilha.com.br/index.php
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TIO_TEDDY Veterano |
# dez/06
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Marisco
vlw cara, ele mandou mt bem msm
tu tb eh estudante de engenharia?
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Mr Rackman Veterano |
# dez/06
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a parte dos professores é bem real também, principalmente quando você é calouro.
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Chimbinha Veterano |
# dez/06
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HJ INCLUSIVE ESTAVA ESTUDANDO ANALISE MATEMATICA DE SINAIS E SISTEMAS Aff...
mto fodahhhhhhhhhhhhhhhhhh
fourier e laplacee purin
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Aninha_Shady Veterano |
# dez/06
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Que medo... não vou mais fazer engenharia química. =P
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Midgard Veterano |
# dez/06
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Marisco
caralho velho muito bom esse texto =) agora fiquei com medo =S
acho q vou levar esse texto pra aula segunda \o/ e discutir com a galera
soh sei q
Engenharia Elétrica comada \m/
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jvic Veterano |
# dez/06
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Nossa, oq esse cara queria? Q estudande de engenharia tb se vestisse de uma forma "especial"? Acho isso a maior viadagem, ridículo.
Pessoas q tem uma tendencia à liderança, a saber trabalhar em grupo, naturalmente vão se destacando. O fato é q a maioria das pessoas q fazem esses cursos de exatas são nerds como nós q não tem isso no DNA. Aí consultar um psicologo pode ajudar. O curso de engenharia é pra aprender engenharia..
Quem faz uma faculdade ser boa é o aluno.
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Midgard Veterano |
# dez/06
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jvic
q engenharia tu faz?
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flea fan Veterano |
# dez/06
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Os estudantes de Direito, já nos primeiros meses de escola convivem com professores que vêm para as aulas de terno, gravata, sapato social, barba feita ou bem cuidada. E o mais interessante: aqueles senhores e senhoras respeitáveis, bem vestidos e de fina educação (os professores), tratam os seus alunos por “senhor” ou “senhora”, com toda a fineza e educação que a prática profissional recomenda. E estimulam seus alunos a acreditar e se convencerem de que são superiores. Que estão se preparando para “falar com o Estado” (privilégio que não é concedido a nenhum outro profissional...). Enfim, aprendem que precisam respeitar os outros, mas aprendem, antes de tudo, que precisam exigir respeito para si.
(...)
Os estudantes de Direito, por sua vez, a partir da Segunda metade do curso, já se vestem como advogados (roupa social, sapato, eventualmente gravata e um terno ou blazer...). Mantém com os seus professores e com os seus colegas um comportamento e um vocabulário apropriados para as lides jurídicas. E, o mais importante: são tratados, pelos seus professores, como Doutor. (Dr. Fulano, termine seu relatório até a próxima aula. Dr. Sicrano, esteja preparado para a prova final, na sexta-feira.). Apesar de ainda não terem concluído o curso.
E por que isso deve ser motivo de orgulho? Toda essa pompa desnecessária pode parecer muito impressionante para os que olham de fora (digo fora do ambiente acadêmico, não de um curso específico) e não tem muita noção do que realmente se passa do lado de dentro.
O orgulho e a auto-estima devem partir de dentro de você, e não da comparação com o outro. Se acha que não tem o devido respeito que deveria ter, faça por onde e alcance-o. A não ser que tenha medo de afrontar um professor otário e convencido, ou realmente se admire com o terno notável que o "Doutor" (nem ainda graduado, diga-se de passagem... essa denominação é ridícula) Fulaninho ostenta.
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Marisco Veterano |
# dez/06
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jvic
Quem faz uma faculdade ser boa é o aluno.
E o mundo é perfeito e todas as pessoas são felizes...
flea fan
A não ser que tenha medo de afrontar um professor otário e convencido
Ta bom, se você estudasse numa faculdade federal, não diria isso.
Aqui na UFRGS, quem enfrenta professor está fadado a se ferrar. Não é como em faculdades privadas, que você paga e tem direito a reclamar. Aqui tu reclama do professor, e ele te roda em todas as disciplinas que ele lecionar.
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Marisco Veterano |
# dez/06
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TIO_TEDDY
Me formo em Eng Elétrica no final desse semestre.
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Midgard Veterano |
# dez/06
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Marisco
vc vai atuar em q area?? telecomunicações?
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Marisco Veterano |
# dez/06
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Midgard
Ainda não tenho certeza man.
Atualmente estou em Telecom, mas talvez vá para a parte de potência (subestações).
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Carlos Henrique 2 Veterano |
# dez/06
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Midgard
Engenharia Elétrica comada \m/
Engenharia Civil comanda!
Marisco
Aqui na UFRGS, quem enfrenta professor está fadado a se ferrar. Não é como em faculdades privadas, que você paga e tem direito a reclamar. Aqui tu reclama do professor, e ele te roda em todas as disciplinas que ele lecionar.
Aqui idem, sobretudo naquelas matérias que só tem um único professor e que dá aulas a décadas. Enfrentar essa gente muitas das vezes é correr o risco de não se formar.
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jvic Veterano |
# dez/06
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Marisco
E o mundo é perfeito e todas as pessoas são felizes...
Hein? Não sei oq meu comentário tem a ver com isso. Aliás, meu comentário diz exatamente o oposto: o mundo não é perfeito, as pessoas não são felizes -- nem o seu professor -- então aprender a viver com isso.
Oq eu quis dizer é q na faculdade o sujeito tem de aprender a se virar, correr atrás. Esse texto aí defende uma posição contrária, a de q a faculdade tem de pegar na mão do aluno e botar no colo.
Aqui na UFRGS, quem enfrenta professor está fadado a se ferrar.
É, toda federal tem desses professores. Enfrentar ou não o professor, não é a questão. A questão é vc ter sua auto-estima abalada porq causa de um professorzinho desses.
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Marisco Veterano |
# dez/06 · Editado por: Marisco
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jvic
Oq eu quis dizer é q na faculdade o sujeito tem de aprender a se virar, correr atrás. Esse texto aí defende uma posição contrária, a de q a faculdade tem de pegar na mão do aluno e botar no colo.
Acho que tu entedeu o texto de um ponto de vista equivocado. O que diz ali é que o ensino deveria ser diferente. Que o aluno deveria ser valorizado como um potencial de desenvolvimento, não como um imbecíl (como eh feito hoje).
Eu passei 6 anos dentro de uma faculdade de engenharia, e sei bem que poderia ter aprendido muito mais com muito menos esforço. Isso se os professores fossem mais conscientes e qualificados (e não falo aqui em qualificações técnicas, mas sim letivas).
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Fritz_mkvl Veterano |
# dez/06
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É como tomar um chute no saco todos os dias.
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Christina Amaral Veterano |
# dez/06
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Quem nunca recebeu um olhar torto ao dizer que quer fazer faculdade de Engenharia?
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Christina Amaral Veterano |
# dez/06
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Marisco
Ah, ótimo texto...
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Fritz_mkvl Veterano |
# dez/06
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“Você não é tão bom quanto você pensava que fosse !”
É isso aí.
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Atomic Veterano |
# dez/06
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Nao concordo.. primeiro q n eh verdade q a maioria dos estudantes de engenharia eram os melhores da sala, segundo q os melhores da sala normalmente levam mais desvantagem do q vantagem, terceiro q ser chamado de sr ou dr n eh vantagem, eh ate meio fresco (eu n sei, mas duvido q os professores de hj chamem os alunos assim)...
pra mim o q falta na facul de exatas n eh apoio moral, eh ensinar coisas q sao uteis ao inves de uma tonelada de teoria q vc nunca vai usar na vida!
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pagode nem morto Veterano |
# dez/06
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Não gostei do texto.
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Christina Amaral Veterano |
# dez/06
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Dentro da faculdade eu não sei, mas quando você diz pra alguém que sua área é exatas e que vai fazer Engenharia, só quem é da área acaba apoiando.
Ano que vem vou fazer vestibular pra Engenharia e só quem faz exatas até agora mostrou um sincero "ter gostado da minha escolha", assim digamos.
E sim, ser chamado de doutor dá um apoio enorme, por mais fresco que seja.
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Midgard Veterano |
# dez/06
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Christina Amaral
ate agora nao vi ninguem virar a cara por eu estar fazendo engenharia
e ate elogiaram
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Curly Veterano |
# dez/06 · Editado por: Curly
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Marisco
o que o texto espelha de certa forma corresponde à verdade, mas creio que o ponto crítico para compreender o que está acontecendo com a engenharia nos últimos 30 anos é a mudança do papel do Estado: a Engenharia era movida pelas grandes obras públicas, que a partir dos anos 80 simplesmente deixaram de existir...
Quanto aos estudantes de Engenharia em si existem fatos que falam por si só: nos grandes concursos públicos como Auditor-Fiscal da Receita Federal, até 70% dos aprovados são engenheiros, apesar de que as matérias cobradas são fundamentalmente Direito e Contabilidade ! Por que é assim ? Porque é a galera acostumada a estudar para valer...
Fora que os Engenheiros são muito bem sucedidos em outras áreas afins: Computação, Administração, etc
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