Comprei: Mesa Boogie Mark V head !

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maxbqi
Veterano
# mar/12
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nichendrix
Acompanhando o tópico (muito interessante por sinal), mas vou colocar uma experiência relacionada ao que vc falou do livro do Edmar Luighi e discordar um pouco de vc. É até dificil discordar de vc que sempre tem argumentos tão concisos, mas vou fazer por uma questão de percepção pessoal. Como vc não citou o nome do livro que vc leu, pode ser que o que vou falar não se aplique.

Em outro tópico estou conversando sobre regulagens e comentei que estou procurando meios de aprender bem a regular para não depender de luthiers. Nesta minha busca, me deparei com este livro do Edmar e digo que realmente é muito bom, explica o nome de tudo, mas achei que quando chega de fato aos finalmente ele deixa muito a desejar ao ensino da regulagem em si. As dicas no final do livro são interessantes, mas regulagens para mim, o livro passou longe do esperado. Veja bem, não estou falando que não tem, mas achei muito pouco informativo ao que ele se propõe.
Continuem a discussão que está interessante. Desculpe a intromissão.
Abs

nichendrix
Veterano
# mar/12
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maxbqi
Em outro tópico estou conversando sobre regulagens e comentei que estou procurando meios de aprender bem a regular para não depender de luthiers. Nesta minha busca, me deparei com este livro do Edmar e digo que realmente é muito bom, explica o nome de tudo, mas achei que quando chega de fato aos finalmente ele deixa muito a desejar ao ensino da regulagem em si. As dicas no final do livro são interessantes, mas regulagens para mim, o livro passou longe do esperado. Veja bem, não estou falando que não tem, mas achei muito pouco informativo ao que ele se propõe.

Mas em que sentido tu diz isso?

Porque pra mim, ali é uma mão na roda pra quem não sabe nada, meu primo de 14 anos aprendeu a regular com ele sem problema nenhum.

O problema é que não tem é como se falar muito mais que aquilo, porque não existe uma regulagem padrão, não existe como dizer, as cordas tem que estar na altura tal, ou o alivio tem que ser de tanto, isso vai ao gosto do dono do instrumento. Pode olhar em qualquer livro americano e tem a mesma coisa (e em geral com muito menos imagem).

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12
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nichendrix

Então pra mim essa coisa de não toca 5% do que vale o gear é muito sem noção, tu acha que um cara que é um mestre do ritmo como o Peter Tosh (guitarrista do Bob Marley) ou o Chimbinha ou Nile Rodgers (guitrarrista do James Brown) tocam menos do que vale o gear deles porque são incapazes de solar em semi-fusas a 300bpm?

Mas eu não estou inferindo que pro cara merecer, ele tem que dominar alta velocidade. Tem que saber ser um músico versátil, com diversidade em técnica, conhecer teoria, se aprofundar nos conhecimentos, compor, criar fraseados, acordes que o destaquem como único, não como cópia de alguém. Isso tudo vem com dedicação à música, é disso que eu falo.

é o bullying de um bando de idiotas pseudo-metaleiros que acham que sabem tocar porque sabem fazer blublu.

Bom, eu pelo menos nunca vi bullying desse gênero, mas me intriga o fato de eles afirmarem que não tem talento, mas passarem o tempo todo deles só pesquisando sites de compras de equipamentos, em vez de melhorar o fator o principal do timbre: eles mesmos.

E falo sem dó nem piedade mesmo, a maioria dos "tocadores" de metal é um bando de pau no cu que não sabe tocar porra nenhuma, mas acha que sabe porque tem destreza mecânica (algo que até um macaco desenvolve se botar pra treinar).

Calma, velho, calma... eu não quero que essa discussão vá para um outro lado mais sério. A minha opinião foi o que escrevi ali em cima. Eu acho que as pessoas passam muito tempo comprando coisas, em vez de estudar de praticar, de criar a sua própria identidade. O que adianta ter equipamentos tops, se o cara é só mais um guitarrista que não faz nada que o outro não faria? A pessoa tem que se destacar, na minha opinião.

Aí é que está, tu não toca o sulfiente nem pra ver essas diferenças, imagina pra apreciá-las, quando tu chegar lá, esses detalhes vão fazer diferença, antes disso, ficar especulando é bobagem.

Mas a questão não é essa. Eu não tenho experiência nessas guitarras para descobrir seus detalhes que as tornam superiores, mas não importa. Eu acho um absurdo pagar 40 mil dólares por um instrumento. Convertendo tudo em reais + impostos e taxas, dá tudo na casa dos 100 mil reais. Pra mim é insanidade mental pagar um preço desses por uma guitarra. Pode ser a melhor guitarra do mundo, mas ainda sim é só uma guitarra! Com 100 mil reais eu compro um apartamento de luxo na serra gaúcha. É desse valor de dinheiro que eu tô falando.

Tu acha que quando uma pessoa chega ao ponto de ter grana pra ter instrumento de 30mil dólares, ela não já fez tudo isso, não já tem carro, casa, empregada, empresa, mestrado/doutorado, etc?

É que, cara, tu não tá me entendendo... não é que o cara que compra um instrumento desses deveria investir em estudos. Esse foi o exemplo da minha vida, mas o que eu digo é que dá para se comprar coisas maravilhosas com essa grana que o cara gasta em apenas uma guitarra, cuja única finalidade é de tocar música.

pai eu vou investir minha grana em instrumentos que vão valorizar acima de todos os fundos de renda fixa e só ficar atrás de fundos de ações alavancados

Não entendi nada do que tu disse, mas eu entendi o que tu quis dizer. Eu tô dando o meu melhor pra ser o mais claro possível... o instrumento pode sim vir a ser um investimento para o futuro, mas, cara... tem muita coisa aí no meio. Imagina se eu digo essa frase pros meus pais e mostro pra eles o instrumento de 100 mil reais. Não importa se é investimento, eu acabei de largar 100 mil por um violão! ''Olha aqui que bonito o meu violão, pai, paguei 100 mil por ele''. Felizmente eu me envolvo indiretamente nas ações que eu tenho com a minha família, e os investimentos são ótimos e muito bem pensados, ao que me chega aos ouvidos. Mas eu não tenho como justificar pagar 100 mil por um violão, mesmo que tenha uma função futura. 100 mil reais eu posso aplicar em um banco eu comprar em ações como a da Petrobrás, para citar um exemplo. Eu não sei bem no que os meus pais investem, muito do que eu falo é parte do que me contam e parte do meu conhecimento, ainda que pequeno, sobre ações, investimentos e todo blah blah blah.

nichendrix
Veterano
# mar/12
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Vinícius Iron
Mas eu não estou inferindo que pro cara merecer, ele tem que dominar alta velocidade. Tem que saber ser um músico versátil, com diversidade em técnica, conhecer teoria, se aprofundar nos conhecimentos, compor, criar fraseados, acordes que o destaquem como único, não como cópia de alguém. Isso tudo vem com dedicação à música, é disso que eu falo.

Rapaz, mas, se tu for pensar nesse ponto, não existe músico desde os tempos do Beethoveen e Wagner.

Na boa, quem disse que um músico pra ser bom tem que ser versátil? Olha o B.B. King, é um músico como poucos, mas faz as mesmas pentas, os mesmos licks, há 60 anos.

Quer dizer se eu não quiser nada além de tocar igual ao Iron Maiden a vida toda eu não presto pra ser músico ou pra ter um bom gear? Porque?

Se tu pensar nisso, na boa, tu tira 99,999999999996% dos músicos de qualquer instrumento do cenário, tu acha que o Satriani fez alguma coisa diferente pra ser ele? Tu acha que não existia cara que tocava o que ele toca, antes dele?

Bom, eu pelo menos nunca vi bullying desse gênero, mas me intriga o fato de eles afirmarem que não tem talento, mas passarem o tempo todo deles só pesquisando sites de compras de equipamentos, em vez de melhorar o fator o principal do timbre: eles mesmos.

Olha quantos tópicos tem no FCC falando mal do Chimbinha, ou de N outros músicos que as pessoas não consideram bons. Olha quantos tópicos técnica x feeling.

Isso se tu passar pra escola é a mesma coisa de dizer que tu só é legal se tu anda com a turma x e se tu não anda tu é um loser. Resumindo Bullying.

E na boa, já parou pra pensar que nem sempre o cara quer ir ou não tem tempo ou oportunidade pra ir muito além de determinado ponto?

Pega um Beto Ianicelli da vida, o cara é um músico do caramba, mas a paixão dele é Beatles, dá aula de Beatles, tudo dele é voltado a Beatles. O cara, por formação foi muito além, fez conservatório de violão erudito, se formou em regência, etc. Só que de 2001 pra cá ele basicamente só se dedica a dar aula num curso chamado Beatles Songs. Ele não quer nada além disso.

Pensa na situação minha ou do MMI ou na tua daqui uns anos, eu trabalho em média de 10 a 12h por dia, tu acha que quando eu sento com uma guitarra eu to interessando em ficar fazendo 1,2,3,4 na escala pra ganhar mais velocidade?

Pra mim hoje, eu toco quase o suficiente pro que eu gostaria, ainda treino porque tem coisa que eu gostaria de fazer, mas ainda não cheguei lá, mas estou quase. E na boa, pra mim a maior parte do tempo, discutir música e gear é tão bom quanto tocar, já que eu não posso passar 3-4h tocando, toco uma e discuto mais uma ou duas horas aqui, pronto, já deu. Desestressei do stress do dia a dia, fiquei tranquilo e feliz.

Tu acha que pra maioria essa não é a situação padrão?

Tu acha que Gibson e Fender ganhariam grana fazendo guitarra só pra músico?

Calma, velho, calma... eu não quero que essa discussão vá para um outro lado mais sério. A minha opinião foi o que escrevi ali em cima. Eu acho que as pessoas passam muito tempo comprando coisas, em vez de estudar de praticar, de criar a sua própria identidade. O que adianta ter equipamentos tops, se o cara é só mais um guitarrista que não faz nada que o outro não faria? A pessoa tem que se destacar, na minha opinião.

Como eu disse antes, pegue o Jim Hall, provavelmente o guitarrista mais técnico e sofisticado ainda vivo. Mesmo ele não fez nada que fosse muito diferente de caras que vieram ele, com Charlie Parker, Wes Montgomery, Thelonius Monk, Herbie Ellis, etc.

Me diga um guitarrista que faz algo que ninguém mais faz?

É que, cara, tu não tá me entendendo... não é que o cara que compra um instrumento desses deveria investir em estudos. Esse foi o exemplo da minha vida, mas o que eu digo é que dá para se comprar coisas maravilhosas com essa grana que o cara gasta em apenas uma guitarra, cuja única finalidade é de tocar música.

Como eu disse antes, porque?

Se o cara aprendeu a tocar Rolling Stones ou Iron Maiden e está feliz da vida dele com o tanto que toca, porque ele tem que ir além só pra satisfazer a vontade alheia?

Na boa se tu me perguntar se eu acho justo eu ter os instrumentos que tenho e alguns amigos meus, alguns já entrando no Doutorado em Música, que tocam 10000x mais do que eu vou tocar na vida inteira, e por conta do custo Brasil, não ter acesso a esses instrumentos.

Bom eu não acho justo, mas eu também não acho que eu mereço menos instrumentos que tive do que eles não. Eu tenho e tive o que esses instrumento porque gosto e porque sei usar e porque tive a grana e disposto a trabalhar pra ganhar a grana que gastei para tê-los.

Estou falando tanto no meu caso, porque acho que não posso ficar teorizando com a vida dos outros.

Mas a questão não é essa. Eu não tenho experiência nessas guitarras para descobrir seus detalhes que as tornam superiores, mas não importa. Eu acho um absurdo pagar 40 mil dólares por um instrumento. Convertendo tudo em reais + impostos e taxas, dá tudo na casa dos 100 mil reais. Pra mim é insanidade mental pagar um preço desses por uma guitarra. Pode ser a melhor guitarra do mundo, mas ainda sim é só uma guitarra! Com 100 mil reais eu compro um apartamento de luxo na serra gaúcha. É desse valor de dinheiro que eu tô falando.

Cara eu to falando a horas, quando tu chegar no ponto que tu tem a cabeça pra dar 100mil num instrumento, tu já tem esse apartamento na serra gaucha há anos.

Isso não é instrumento pra mim ou pra ti, isso é instrumento pra quem tem 30-40 anos de música nas costas e já ganhou dinheiro, com isso ou não a ponto de 100mil ser dispensável.

Daqui alguns anos tu talvez entenda isso, daqui uns anos tu vai conhecer gente pra quem 100mil é trocado.

Na boa, no meu trabalho, eu já conheci gente que fala de comprar um jatinho com a mesma facilidade que um médico ou advogado bem de vida falaria de dar um golzinho pro filho que passou no vestibular.

Felizmente eu me envolvo indiretamente nas ações que eu tenho com a minha família, e os investimentos são ótimos e muito bem pensados, ao que me chega aos ouvidos. Mas eu não tenho como justificar pagar 100 mil por um violão, mesmo que tenha uma função futura. 100 mil reais eu posso aplicar em um banco eu comprar em ações como a da Petrobrás, para citar um exemplo.

Bom, duvido que se tu falar que esses 100mil irão valorizar em média na ordem de 600% em 10 anos, pergunta se eles dispensariam isso como investimento. Pra tu ter noção, o rendimento médio pra 1 década da Bovespa é na faixa de 460% a 570%

Sabe como os preços de vintage chegaram onde estão? Sabe como o preço de uma Les Paul Standard 1959 subiu de 5mil dólares em 1985 pra 500mil dólares em 2005?

Basicamente na primeira metade dos anos 80, quando os EUA enfrentavam uma crise braba, vários banqueiros japoneses que também tocavam guitarra, perceberam que instrumentos vintage estavam valorizando acima do valor médio do índice Down Jones.

Alguns desses banqueiros decidiram unir o útil ao agradável e começaram a caçar esses instrumentos em tudo que é canto dos EUA e da Europa. De uma hora pra outra, instrumento que quase ninguém se interessava, passaram a ter uma procura muito grande, pra uma oferta muito pequena (só foram feitas 350 Les Pauls em 59 e 150 Stratos em 54)., os preços passaram a subir exponencialmente, até chegar onde está hoje. Com o preço dessas Fenders e GIbsons variando de 100 a 600 mil dólares dependendo do estado de conservação.

Sinceramente se um banqueiro japonês consegue ver isso como investimento, teus pais teriam que ser muito cabeça duras pra serem investidores em ação e não entenderem essa matemática financeira básica.

Aqui volta à outro motivo pela qual o pessoal que dá grana nessas guitarras não tem muita pena de dar essa grana num violão, porque além de ver como um instrumento de trabalho ou de prazer, eles vêem como um investimento. As minhas nem chegam a isso e eu depois de um tempo passei a ver dessa forma, na boa, eu pago seguro das guitarras e o banco aceita elas como garantia se eu precisar de empréstimo. São ativos como outros ativos quaisquer.

maxbqi
Veterano
# mar/12
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nichendrix

Mas em que sentido tu diz isso?
Como comentei no meu post, acho que foi uma questão pessoal. Eu esperava muito do livro, e talvez tenha sido este o problema. Como um manual de conhecimento sobre o instrumento achei ele interessante. Mas quando chegou a parte dos reparos essenciais, ficou aquém do que esperava. Acho que ele gastou tanto tempo falando de tipos de guitarra, tipos de ponte e etc e quando chegou na parte de regulagem, que foi o que eu buscava no livro, achei um conteúdo simples. Acho que faltou mais figuras das regulagens, relato de problemas esperados, como proceder em determinadas situações, etc. Ajuste do tensor, por exemplo, achei muito pouco informativo. Vc lê, entende o que deve ser feito, mas na hora ver e fazer vc tem dúvidas porque ele foi superficial no assunto. Pode ser que vc esteja certo e por não conhecer outros livros, esteja subjugando o livro. Logo sanarei isto, pq estou para começar a leitura de um do Dan Erlewine, ai vou tirar as minhas conclusões.
Abs

nichendrix
Veterano
# mar/12
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maxbqi
Acho que faltou mais figuras das regulagens, relato de problemas esperados, como proceder em determinadas situações, etc. Ajuste do tensor, por exemplo, achei muito pouco informativo. Vc lê, entende o que deve ser feito, mas na hora ver e fazer vc tem dúvidas porque ele foi superficial no assunto.

O negócio é o seguinte, como falei antes, aqui você trabalha com algo relativo, muito relativo.

Por exemplo, tu tem alguns fatos que são iguais para todos os instrumentos, como o fato de toda guitarra ter tensor ajustável. E que pra um lado aperta e pra outro diminui.

Só que fora isso não tem como tu falar muito mais. Não tem como dizer, rode tantas vezes pra tal lado e fica bom, deixe um alivio de tantos mm, e fica bom. e por aí vai.

Existem braços e braços, construções e construções e gostos e gostos no meio. Por exemplo dar uma 1/6 de volta no tensor duma Les Paul é uma coisa, não move muito porque é um braço colado e grosso, dar 1/6 de volta numa Ibanez Jem é uma mudança e tanto.

Tu pode dizer que o alivio ideal gira em torno de uma mizinha de espessura, mas isso não é absoluto, eu tenho guitarra que gosto do alivio maior, tem outras que gosto exatamente disso, tem outras que acho que um alivio menor melhora a tocabilidade.

A mesma coisa pra altura de captadores, não tem como dizer, deixe tantos mm abaixo das cordas, tem gente que vai querer mais ataque e por isso vai querer mais próximo, tem gente que vai querer menos e por isso mais longe. Tem captadores com mais saída que vão dar o melhor resultado em uma altura, outros com menos saída vão ter que ficar bem mais altos pra chegar ao mesmo resultado.

Enfim por mais que se fale do assunto, não tem muito o que falar sem entrar no gosto do freguês.

Pode ser que vc esteja certo e por não conhecer outros livros, esteja subjugando o livro. Logo sanarei isto, pq estou para começar a leitura de um do Dan Erlewine, ai vou tirar as minhas conclusões.

Talvez tu ache mais interesante porque ele não se restringe a mostrar o que fazer, na maioria dos topicos, ele também mostra o padrão de fábrica pra vários modelos e marcas, o que ele considera ideal (pro gosto dele) e as regulagens de alguns clientes famosos dele.

Agora é um livro que tem mais de 3x o número de paginas, mas que tem menos figuras, e bem mais texto. Algumas das conversas do livro são bem interessante e esclarecedora pra quem quer realmente entender o porquê das coisas, mas raramente isso tem algum impacto real no que vai acontecer na regulagem em si (uma das reclamações que você tem do livro do EL).

Gosto do nível de profundidade do Dan Erlewine, é bem mais profundo nesses temas que giram em volta da regulagem, do que o do EL, mas nada que eu não tivesse aprendido no The Guitar Player Handbook e no The Complete Guitarrist.

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12
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nichendrix

Rapaz, mas, se tu for pensar nesse ponto, não existe músico desde os tempos do Beethoveen e Wagner.

Na boa, quem disse que um músico pra ser bom tem que ser versátil? Olha o B.B. King, é um músico como poucos, mas faz as mesmas pentas, os mesmos licks, há 60 anos.

Quer dizer se eu não quiser nada além de tocar igual ao Iron Maiden a vida toda eu não presto pra ser músico ou pra ter um bom gear? Porque?


Velho... desengata a 5ª marcha e pensa um pouco. Eu não tô dizendo que para um músico merecer equipamento top ele precisa ter todos aqueles atributos. Eu apenas citei exemplos do que seria, na minha opinião, um músico de respeito. O BB King pode usar os mesmo licks há 60 anos, mas ele tem história dentro do Blues. Criou belas músicas e influenciou. Tu pode tocar igual ao Iron Maiden e ''merecer'' equipo tranquilamente. Mas só porque tu dedicou a tua vida musical ao Iron Maiden não significa que tu seja ruim. O que eu falo é daqueles caras que parecem que sentem prazer em dizer: ''Eu não sei NENHUMA escala e detesto teoria musical'', mas compram tudo quanto equipamento, sendo que, muitas vezes, nem manual ele leem pra saber como é que a máquina funciona. Aí sabe o que eles fazem? Ficam enchem de merda a internet culpando o equipamento, inventando um monte de defeito, devido às suas péssimas habilidades no instrumento. Muitas vezes o amp ou guitarra pode ser excelente, mas, como ele não é guitarrista suficiente, o som vai sair ruim e a culpa vai acabar caindo em cima do equipo. Aí os pequenos gafanhotos, como eu, vão ler isso, pensando que o cara sabe do que fala, e vai achar que nem vale a pena sequer testar o equipo, de tão mal que falaram dele. Felizmente os meus dias de ingenuidade acabaram. Não confio mais em quase ninguém desse pessoal lá de fora.

Olha quantos tópicos tem no FCC falando mal do Chimbinha, ou de N outros músicos que as pessoas não consideram bons. Olha quantos tópicos técnica x feeling.

Isso se tu passar pra escola é a mesma coisa de dizer que tu só é legal se tu anda com a turma x e se tu não anda tu é um loser. Resumindo Bullying.


Não entendi onde quis chegar...

E na boa, já parou pra pensar que nem sempre o cara quer ir ou não tem tempo ou oportunidade pra ir muito além de determinado ponto?

Não conseguir passar de determinado ponto não significa que, no ponto em que ele parou, ele está num nível ruim. Mesmo que exista um limite para ele (e existe para todos), com paixão ao instrumento todos podem ser muito bons, mas ser muito bom não implica a obrigatoriedade de ser um virtuoso. Olha o Eric Clapton, Jimi Hendrix e BB King da vida... eles não chegam aos pés da técnica do Paco de Lucia, mas são muito bons no que se propõe a fazer, pois fazem direito.

Pega um Beto Ianicelli da vida, o cara é um músico do caramba, mas a paixão dele é Beatles, dá aula de Beatles, tudo dele é voltado a Beatles. O cara, por formação foi muito além, fez conservatório de violão erudito, se formou em regência, etc. Só que de 2001 pra cá ele basicamente só se dedica a dar aula num curso chamado Beatles Songs. Ele não quer nada além disso.

Tranquilaço, cara... a pessoa pode escolher tocar aquilo que ela quiser, mas precisa ser boa no que faz.

Pra mim hoje, eu toco quase o suficiente pro que eu gostaria, ainda treino porque tem coisa que eu gostaria de fazer, mas ainda não cheguei lá, mas estou quase. E na boa, pra mim a maior parte do tempo, discutir música e gear é tão bom quanto tocar, já que eu não posso passar 3-4h tocando, toco uma e discuto mais uma ou duas horas aqui, pronto, já deu. Desestressei do stress do dia a dia, fiquei tranquilo e feliz.

Eu também. Eu tô adorando ficar aqui conversando contigo. E eu tô bem tranquilo e defendendo meu ponto de vista. São legais essas conversas, pois surgem bastantes ideias interessantes no meio, muito boas pra quem tá aí fora acompanhando, hehe.

Me diga um guitarrista que faz algo que ninguém mais faz?

Velho, não leva ao pé da letra, rs. É muito difícil alguém revolucionar a guitarra totalmente como o Eddie Van Halen fez, mas a pessoa pode se destacar por detalhes próprios seus. Não significa que que para merecer tal coisa é necessário que só exista gênios no mundo. Não é por aí, não leva ao pé da letra...

Se o cara aprendeu a tocar Rolling Stones ou Iron Maiden e está feliz da vida dele com o tanto que toca, porque ele tem que ir além só pra satisfazer a vontade alheia?

Ele não precisa ir além. Ele precisa ser bom no que faz, mesmo que seja com pouca coisa.

Na boa se tu me perguntar se eu acho justo eu ter os instrumentos que tenho e alguns amigos meus, alguns já entrando no Doutorado em Música, que tocam 10000x mais do que eu vou tocar na vida inteira, e por conta do custo Brasil, não ter acesso a esses instrumentos.

De novo... tu não precisa se igualar a mestres que tem ampla técnica em tudo. Tu tem que ser bom naquilo que tu se propôs a tocar.

Cara eu to falando a horas, quando tu chegar no ponto que tu tem a cabeça pra dar 100mil num instrumento, tu já tem esse apartamento na serra gaucha há anos.

Isso não é instrumento pra mim ou pra ti, isso é instrumento pra quem tem 30-40 anos de música nas costas e já ganhou dinheiro, com isso ou não a ponto de 100mil ser dispensável.


Ah, bom, agora entendi... é, o cara que paga a grana nesse instrumento é o tipo de cara que já tem tudo na vida mesmo, e dinheiro é algo que jamais faltará. Agora sim fez sentido pra mim. Mas, convenhamos, esse é o tipo de cara multimilionário ou até bilionário. Está a muitos anos-luz de nós dois juntos, que já temos bastante dinheiro, + o MMI + o edalko + todo o Cifra Club junto.

Daqui alguns anos tu talvez entenda isso, daqui uns anos tu vai conhecer gente pra quem 100mil é trocado.

Já entendi, hehe. :)

Bom, duvido que se tu falar que esses 100mil irão valorizar em média na ordem de 600% em 10 anos, pergunta se eles dispensariam isso como investimento. Pra tu ter noção, o rendimento médio pra 1 década da Bovespa é na faixa de 460% a 570%

Mas a sacada é comprar e vender rápido as ações, conformem elas deem alta. Um professor de história meu do cursinho, há dois anos, me contou de um amigo dele que passava todo o dia na frente da televisão/computador olhando a bolsa. Vivia só em função de comprar e vender ações quase todos os dias. Em 3 anos ele já estava com 900 mil no bolso, só nessa brincadeira. Ou seja, o negócio é comprar e vender rápido. Não que fazer investimento à longo prazo seja ruim, mas eu não pensaria lá na frente, mas sim em um futuro próximo.

Sabe como os preços de vintage chegaram onde estão? Sabe como o preço de uma Les Paul Standard 1959 subiu de 5mil dólares em 1985 pra 500mil dólares em 2005?

Excelente. Mas, mesmo assim, eu não quero comprar instrumento pra ficar pensando pra daqui a 20 anos. Aliás, eu nem penso em comprar guitarra pra vender. Eu quero guitarra pra começar a tocar agora e pra vinda inteira e me divertir! Meus investimentos têm de ser à curto prazo. No máximo, 1 anos, dependendo de que banco as minhas ações estão sendo investidas.

Basicamente na primeira metade dos anos 80, quando os EUA enfrentavam uma crise braba, vários banqueiros japoneses que também tocavam guitarra, perceberam que instrumentos vintage estavam valorizando acima do valor médio do índice Down Jones.

Alguns desses banqueiros decidiram unir o útil ao agradável e começaram a caçar esses instrumentos em tudo que é canto dos EUA e da Europa. De uma hora pra outra, instrumento que quase ninguém se interessava, passaram a ter uma procura muito grande, pra uma oferta muito pequena (só foram feitas 350 Les Pauls em 59 e 150 Stratos em 54)., os preços passaram a subir exponencialmente, até chegar onde está hoje. Com o preço dessas Fenders e GIbsons variando de 100 a 600 mil dólares dependendo do estado de conservação.


EU acho meio arriscado comprar guitarra em meio a uma crise, mesmo sabendo que elas serão valorizadas. Muitas vezes o cara tá fixo em uma empresa. De repente ocorre uma crise, a empresa vai a falência, e todo o dinheiro que ele tem é necessário para comer e ter onde dormir, já que tem de arcar com a hipoteca, muito comum nos EUA.

Sinceramente se um banqueiro japonês consegue ver isso como investimento, teus pais teriam que ser muito cabeça duras pra serem investidores em ação e não entenderem essa matemática financeira básica.

Eles veem tranquilamente essa matemática. Mas não é a nossa intenção largar um alto valor em um instrumento para pensar em um futuro distante. Nossas ações são principalmente de bancos com muitas aplicações envolvidas. Largar 100 mil por um instrumento fere com uma estratégia nossa já estabelecida. Nós temos outras intenções com esse dinheiro, que não é comprar um instrumento pra servir de revenda daqui uns anos.

Aqui volta à outro motivo pela qual o pessoal que dá grana nessas guitarras não tem muita pena de dar essa grana num violão, porque além de ver como um instrumento de trabalho ou de prazer, eles vêem como um investimento. As minhas nem chegam a isso e eu depois de um tempo passei a ver dessa forma, na boa, eu pago seguro das guitarras e o banco aceita elas como garantia se eu precisar de empréstimo. São ativos como outros ativos quaisquer.

Como eu disse, não faz parte da nossa estratégia esse tipo de investimento. É até difícil conversar com os meus pais. Quando eu quero falar desse assunto, eles nem dão muita boa. Quando eu tento argumentar como poderiam ser feitos investimentos diferentes, eles mandam eu não me preocupar com nada na maior tranquilidade.

maxbqi
Veterano
# mar/12
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nichendrix
O negócio é o seguinte, como falei antes, aqui você trabalha com algo relativo, muito relativo.
Concordo. é muito relativo e como vc ponderou bem em todos os seus argumentos, o gosto varia do freguês e não existe uma formula mágica para regular muitos parametros pessoais. No entanto, eu achei pouco informativo pelo modo como algumas informações gerais foram colocadas. Não sei, as vezes seja exagero meu, mas não teria como colocar fotos de um braço sendo regulado? Mostrando os detalhes? Entende o meu ponto? Esperava um material mais prático, mas acredito que não vou achar algo assim. Vou ler o livro do Dan e ver o que consigo. No final das contas tirarei minhas conclusões, mas pela conversa e troca de experiências estou vendo que estes livros de regulagem parecem protocolos de laboratório. O básico está lá, mas vc só aprende as entrelinhas na prática e com alguém te mostrando.
Abs

nichendrix
Veterano
# mar/12
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Vinícius Iron
Olha quantos tópicos tem no FCC falando mal do Chimbinha, ou de N outros músicos que as pessoas não consideram bons. Olha quantos tópicos técnica x feeling.

Isso se tu passar pra escola é a mesma coisa de dizer que tu só é legal se tu anda com a turma x e se tu não anda tu é um loser. Resumindo Bullying.

Não entendi onde quis chegar...


O que eu estou tentando dizer, é que apesar de muita gente botar isso na sign ser verdade, apenas pra aparecer que tem grana, tem muita gente que bota essas signatures, porque gostam de coisas simples, como country ou esses rock-pop ou indie-rock da vida, ou no caso do Brasil, que gostam dos Chimbinhas, dos Forrós, Sertanejo ou Axé da vida.

Essas pessoas são constantemente intimidadas nos fóruns, seja aqui no FCC, seja Guitar Corner, seja no Harmony Central, etc. São intimidadas porque existe uma certa cultura de bullying entre guitarristas de determinados estilos, especialmente os considerados técnicos ou sofisticados.

Por exemplo, olha aqui no FCC, quantos tópicos tem pra dizer que o Chimbinha não presta, quantos topicos tem dizendo que é um absurdo fulano de tal que é cantor sertanejo ter uma Les Paul e ele, um metaleiro de nada, sem namorada, sem dinheiro, mas (na cabeça dele) sobrando telento, não tem grana nem pruma Shelter?

Chega um ponto que o cara que está do outro lado dessa ponta simplesmente diz, fodam-se vcs que são lisos e não tem grana pra comprar uma Custom Shop.

Eu também. Eu tô adorando ficar aqui conversando contigo. E eu tô bem tranquilo e defendendo meu ponto de vista. São legais essas conversas, pois surgem bastantes ideias interessantes no meio, muito boas pra quem tá aí fora acompanhando, hehe.

Isso que é o mais importante, se divertir, meu trabalho as vezes é cansativo, tenho que ler muito e escrever muitos relatórios ou elaborar material didático pra treinamento dos funcionários dos meus clientes, fora o tempo que eu tenho que gastar desenvolvendo aplicações disso tudo, quando a cabeça cansa, é aqui que vem descansar.

Ah, bom, agora entendi... é, o cara que paga a grana nesse instrumento é o tipo de cara que já tem tudo na vida mesmo, e dinheiro é algo que jamais faltará. Agora sim fez sentido pra mim. Mas, convenhamos, esse é o tipo de cara multimilionário ou até bilionário.

Eu discordo, a maioria dos caras que eu conheço, estão bem de vida, mas estão longe de milhão ou bilhão. A maioria dos caras que conheço que tem essas guitarras de boutique ganha na faixa de 10mil e 30mil reais por mês. São médicos, advogados, executivos, administradores, professores de música mais bem remunerados (em geral a galerinha com PhD que dá aula em boas universidades), músicos de estúdio ou donos de estúdio mais bem remunerados.

Em comum eles tem o fato de já ter casa, carro, sitio ou fazenda, etc. Depois que tu compra esses itens de necessidade mais básica, tu começa a olhar o que antes tu não olhava.

Está a muitos anos-luz de nós dois juntos, que já temos bastante dinheiro, + o MMI + o edalko + todo o Cifra Club junto.

Cara, o que eu já tive de gear na vida, dá fácil uns 100mil reais e, valores atuais, obvio não comprei tudo duma vez e nem guardei isso tudo. A maioria deles eu adquiri pelo método edalko... hehehehe

O método edalko é simples, vc compra uma squier, usa, junta um pouco mais de grana e vende, pega uma condor, depois faz a mesma coisa e pega uma Epipoca, faz a mesma coisa e pega uma Fender MIM, faz de novo e pega uma Fender American, faz de novo e pega uma Gibson Standard, toca a Gibson Standard por uma Studio e um Marshall valvulado de entrada, troca o Marshall mais uma grana por um Mark III, e aí vai.

A maioria dos caras que tem muitas guitarras que conheço, especialmente os que tem mutias vintage, tem essas guitarras desde que elas eram novas, ou pelo menos desde quando elas eram só guitarras usadas baratas.

Tem um cara no Youtube que eu costumava me corresponder, tem umas 20 guitarras entre elas duas Fender vintage (as outras são guitarras mais normais e novas), é professor de Quimica de Ensino Médio nos EUA. Uma vez perguntaram como um professor de escola pública, tinha grana pra ter duas Fender Strato 61 praticamente novas que vendendo dava quase 200 mil em guitarra.

Ele falou, quando eu comprei elas, eu era só um aluno de ensino médio que trocou as 50 pratas do salário de aprendiz no McDonalds por uma guitarra usada em uma casa de penhores.

Mas a sacada é comprar e vender rápido as ações, conformem elas deem alta. Um professor de história meu do cursinho, há dois anos, me contou de um amigo dele que passava todo o dia na frente da televisão/computador olhando a bolsa. Vivia só em função de comprar e vender ações quase todos os dias. Em 3 anos ele já estava com 900 mil no bolso, só nessa brincadeira. Ou seja, o negócio é comprar e vender rápido.

Isso é uma abordagem de investimento, day-trade ganha muito e muito rápido, mas também tem uma puta chance de perder tudo numa tarde ruim.

Não que fazer investimento à longo prazo seja ruim, mas eu não pensaria lá na frente, mas sim em um futuro próximo.

Existem outras formas, todas elas são equivalentes, depende do que tu quer, do risco que tu está disposto a assumir. Pra mim ou pro cara aí, se perder 10mil numa tarde, não vai ficar doido, sabe que o que perde hoje ganha amanhã (desde que não perca tudo). Se tu botar minha mãe, pra ela não rola, o perfil dela é bem conservador, então com ela não rola de viver de day-trade, pra ela a análise de investimento é totalmente diferente, mais fundamentalista.

EU acho meio arriscado comprar guitarra em meio a uma crise, mesmo sabendo que elas serão valorizadas. Muitas vezes o cara tá fixo em uma empresa. De repente ocorre uma crise, a empresa vai a falência, e todo o dinheiro que ele tem é necessário para comer e ter onde dormir, já que tem de arcar com a hipoteca, muito comum nos EUA.

Eu sinceramente, queria era justamente estar com grana pra investir nisso agora, é a hora que o pessoal vende instrumento caro por preço de Banana, como tu acha que em 3 anos o Edalko pegou 2 Soldanos, 2 Mesa, um Marshall, algumas Fender, uma Tom Anderson, algumas Les Paul, tudo por preço baixo?

Como eu disse, guitarra, do ponto de vista de investimento são ativos, de baixa liquidez (é como imovel, valem dinheiro, mas só viram dinheiro se vender).

Isso é muito util como reserva de dinheiro. Falo isso porque eu já tive uma loja, uma importadora, que na época da alta violenta do Dolar, quando foi a quase 4 reais, quebrou, não rolava operar daquele jeito, tu fazia a compra de 10mil reais e no dia de pagar tava valendo 14 mil reais e depois de vendido o produto tu tinha feito só 13 mil. Eu só não saí devendo até as bunda nessa falência porque tinha um monte de guitarras e amps que um monte de gente tava disposto a pagar um preço bem alto por eles (a maioria eu tinha comprado na época do dolar a 1,00-1,50 reais), na boa teve guitarra que eu comprei a 1800 reais e que vendo na faixa de 9-10mil reais.

Foi aí que comecei a ver o quanto pode ser interessante ter elas como investimento e o quanto isso é uma vantagem em relação a outros investimentos que o povo tem como bom, mas que tem menor liquidez, como imoveis. Se eu tivesse que vender 1 imóvel assim sem ter um pretendente e na urgência, eu dificilmente teria conseguido vender por um bom preço, no prazo que eu tinha pra quitar tudo.

Como eu disse, não faz parte da nossa estratégia esse tipo de investimento. É até difícil conversar com os meus pais. Quando eu quero falar desse assunto, eles nem dão muita boa. Quando eu tento argumentar como poderiam ser feitos investimentos diferentes, eles mandam eu não me preocupar com nada na maior tranquilidade.

Quando tu for médico, faz teus próprios investimentos, existem cursos pra isso. Investimentos e uma boa doze de senso de oportunidade fazem maravilhas na vida de uma pessoa.

nichendrix
Veterano
# mar/12
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maxbqi
Não sei, as vezes seja exagero meu, mas não teria como colocar fotos de um braço sendo regulado? Mostrando os detalhes? Entende o meu ponto?

Eu entendo, mas pensa comigo, tu tem um braço que tem aproximadamente 1m de comprimento, como em uma foto num livreto de 20x15 tu vai conseguir fazer uma foto de um ajuste de 0,4mm ser perceptível ao olho nú neste tamanho diminuto?

Na boa as vezes dá trabalho ver isso com o olho encostado na escala, então é mais simples tu mostrar um caso extremo e elaborar os detalhes em texto.

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12 · Editado por: Vinícius Iron
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nichendrix

O que eu estou tentando dizer, é que apesar de muita gente botar isso na sign ser verdade, apenas pra aparecer que tem grana, tem muita gente que bota essas signatures, porque gostam de coisas simples, como country ou esses rock-pop ou indie-rock da vida, ou no caso do Brasil, que gostam dos Chimbinhas, dos Forrós, Sertanejo ou Axé da vida.

Como assim? Desculpe, ainda não entendi bem o teu ponto...

Essas pessoas são constantemente intimidadas nos fóruns, seja aqui no FCC, seja Guitar Corner, seja no Harmony Central, etc. São intimidadas porque existe uma certa cultura de bullying entre guitarristas de determinados estilos, especialmente os considerados técnicos ou sofisticados.

É, isso eu já vi bastante... o Harmony Central, então, nem se fala. É uma imundice aquele fórum.

Por exemplo, olha aqui no FCC, quantos tópicos tem pra dizer que o Chimbinha não presta, quantos topicos tem dizendo que é um absurdo fulano de tal que é cantor sertanejo ter uma Les Paul e ele, um metaleiro de nada, sem namorada, sem dinheiro, mas (na cabeça dele) sobrando telento, não tem grana nem pruma Shelter?

Isso acontece aqui. Mas, sinceramente, nos últimos tempos, eu comecei ter a impressão de que aqui quem gosta de metal não tem respeito, é considerado ''uma criança que tem muito o que aprender''. Eu já uns bullyings aqui de certos bluseiros que pensam que é o estilo definitivo. PIOR ainda se tu diz que gosta de Guns. Aí sim tu sofre bullying. Já vi postagens aqui mesmo do tipo:

Membro X: Olá, gostaria de saber que guitarra vocês me aconselham a comprar. Eu gosto muito de Guns.

Membro Y: Guns? Já passei dessa fase há muito tempo, kkkkkkk.

Como se existisse uma escadinha:
- Gosta de Guns (iniciante, tem muito o que aprender de música).
- Gosta de metal (gurizão, um dia ele cresce).
- Gosta de Hard Rock (tá melhorando, mas tem o que aprender).
- Gosta de Blues e Jazz (esse entende de música e tem o meu respeito!)

É claro que ninguém nunca escreveu isso, mas eu estou nesse fórum desde a metade de 2010 e já pela maneira que uns tratam os outros nas postagens, que é bem por aí que a coisa anda...

Eu discordo, a maioria dos caras que eu conheço, estão bem de vida, mas estão longe de milhão ou bilhão. A maioria dos caras que conheço que tem essas guitarras de boutique ganha na faixa de 10mil e 30mil reais por mês. São médicos, advogados, executivos, administradores, professores de música mais bem remunerados (em geral a galerinha com PhD que dá aula em boas universidades), músicos de estúdio ou donos de estúdio mais bem remunerados.

Olha, cara, eu vou ser bem sincero. Não vou ficar dando uma de falso humilde, até porque a gente já se conhece bem pelo tempo que a gente conversa e também porque ninguém vai ter interesse em ler nossas postagens gigantes. Mas eu queria dizer que a minha família tem bastante dinheiro, bastante mesmo. Não me entenda mal. Volto a dizer que não vou dar uma de falso humilde aqui, pelo menos não nesse tópico. Eu posso ter aquele Benedetto de 100 mil reais, só que eu não acho que vale a pena. Num Americana, o benefício pra mim é mais do que suficiente, além de que eu não teria coragem de tirar de casa uma guitarra de 100 mil. A questão é que EU e meus pais achamos um absurdo pagar esse preço por apenas uma guitarra. Tem quem pague, mas deixa que outros façam o que quiserem com seu dinheiro. Eu não acho que compensa pra mim. O custo x benefício, nesse caso, fala mais alto e, sinceramente, o custo é maior que o benefício que ele me traria. Se eu tivesse um Archtop Americana, eu nunca mais falaria em Archtops na minha vida, porque pra mim aquilo já mais do que o suficiente. Mais que isso é frescura, mesmo tu insistindo comigo que tudo que eu digo é impírico e que se eu tivesse experiência nos instrumentos eu enxergaria a diferença. Não importa. Eu enxergaria a diferença, mas jamais largaria 100 mil em uma guitarra. Como eu disse antes, pode ser a melhor guitarra do mundo, mas ainda sim é só uma guitarra.

O método edalko é simples, vc compra uma squier, usa, junta um pouco mais de grana e vende, pega uma condor, depois faz a mesma coisa e pega uma Epipoca, faz a mesma coisa e pega uma Fender MIM, faz de novo e pega uma Fender American, faz de novo e pega uma Gibson Standard, toca a Gibson Standard por uma Studio e um Marshall valvulado de entrada, troca o Marshall mais uma grana por um Mark III, e aí vai.

Isso é legal. Muita gente faz isso. É forma natural de melhorar no equipo, a chamada ''escaladinha'', hehe.

Isso é uma abordagem de investimento, day-trade ganha muito e muito rápido, mas também tem uma puta chance de perder tudo numa tarde ruim.

Aqui em casa, ninguém faz Day-Trade. Alguuuma vezes, o meu irmão faz. A gente faz é investimentos para futuros próximos, tipo 1, 2 ou 3 anos. Com alguma exceção de investimentos à longo prazo.

Eu sinceramente, queria era justamente estar com grana pra investir nisso agora, é a hora que o pessoal vende instrumento caro por preço de Banana, como tu acha que em 3 anos o Edalko pegou 2 Soldanos, 2 Mesa, um Marshall, algumas Fender, uma Tom Anderson, algumas Les Paul, tudo por preço baixo?

Não tá querendo dizer que é bom que tenha uma crise para que vendam seus instrumentos bem baratos, né? Hehehe.

na boa teve guitarra que eu comprei a 1800 reais e que vendo na faixa de 9-10mil reais.

Legal, cara. É que aí tu já tinha o instrumento e sem a intenção de um dia vender. Foi uma azar essa alta do dólar, mas uma boa pra vender a guitarra e sai lucrando pra não cair em falência.

Foi aí que comecei a ver o quanto pode ser interessante ter elas como investimento e o quanto isso é uma vantagem em relação a outros investimentos que o povo tem como bom, mas que tem menor liquidez, como imoveis. Se eu tivesse que vender 1 imóvel assim sem ter um pretendente e na urgência, eu dificilmente teria conseguido vender por um bom preço, no prazo que eu tinha pra quitar tudo.

É, tranquilo, eu respeito a tua opinião. Mas eu não sou de tornar a guitarra um ponto de investimento. Eu quero comprar aquilo pra eu tocar a vida inteira e ser feliz com os instrumentos. É uma mentalidade diferente da tua. E eu também nem gosto muito de vender as minhas coisas, mas isso já é outro assunto...

Quando tu for médico, faz teus próprios investimentos, existem cursos pra isso. Investimentos e uma boa doze de senso de oportunidade fazem maravilhas na vida de uma pessoa.

Nããã... eu não ligo muito pra isso. Quando formado, eu serei um sacerdote da medicina. Não vou ter tempo pra isso. Digo, vou ter investimentos, mas não vai ser nada tão ''viajado'' como nós estamos falando agora. O meu pai é médico e sempre manteve os investimentos da maneira dele (que eu não sei como é). - Editado por motivos de segurança. -

maxbqi
Veterano
# mar/12
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nichendrix
Jeito deve ter. Concordo que é dificil, mas deve ter. Eu com a minha cabeça dura vou atrás disto. Se não conseguir, vou quebrar a cara, mas já tá valendo, pelo menos tentei. Isto é inerente do ser humano. Aprendemos quebrando a cara por nós mesmos. hehe

Vinícius Iron
Apenas um adendo. Eu tenho um amigo que é impressionante o tanto de grana que ele faz apenas negociando equipamentos. As vezes parece que investir em equipamentos não seja um bom ativo, mas quando vejo as negociações que ele faz eu fico de cara. Fora a sorte que ele dá.
Uma vez ele pegou um amp Fender SS de uma igreja por 700 conto pq ele estava com o botão de volume qbrado. Era só trocar o potenciometro. Ele comprou um original, mandou dar uma retifica e revendeu em menos de 3 meses por 2000. Isto pq o valor estava estimado em 2200 na época. Quantas vezes ele não pegou nego com as calças na mão precisando de grana e fez uma boa grana vendendo depois. E isto é o que muitos lojistas por ai fazem. Outra vez (esta foi sorte, pqp) ele passeando por lojas de coisas antigas achou uma Gibson Custom antiga (não lembro agora de quando) detonada. Quando ele perguntou o preço, o cara pediu 600 conto. Ele comprou e foi arrumando as peças aos poucos para ir repondo o que precisava. Pouco tempo depois, mesmo sem terminar a reforma, um cara comprou dele por mais de 5000.
Dá para fazer dinheiro, só saber garimpar e negociar bem. Eu não sou assim e nem tenho esta sorte. Mas queria ter ficado com a Gibson dele. Nunca vi uma tão bonita.

Abs

nichendrix
Veterano
# mar/12 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron
Como assim? Desculpe, ainda não entendi bem o teu ponto...

Vamos lá, botar o quotes na ordem.

Isso aqui:
Essas pessoas são constantemente intimidadas nos fóruns, seja aqui no FCC, seja Guitar Corner, seja no Harmony Central, etc. São intimidadas porque existe uma certa cultura de bullying entre guitarristas de determinados estilos, especialmente os considerados técnicos ou sofisticados.

É a causa disso aqui:

O que eu estou tentando dizer, é que apesar de muita gente botar isso na sign ser verdade, apenas pra aparecer que tem grana, tem muita gente que bota essas signatures, porque gostam de coisas simples, como country ou esses rock-pop ou indie-rock da vida, ou no caso do Brasil, que gostam dos Chimbinhas, dos Forrós, Sertanejo ou Axé da vida.

É, isso eu já vi bastante... o Harmony Central, então, nem se fala. É uma imundice aquele fórum.

O que estou falando é que por muito tempo, nesses fóruns, o pessoal metal/hard rock, caia em cima do pessoal de outros estilos, especialmente os tidos com simples (Blues, Forró), brega (Country, Sertanejo, Calypso), e até mesmo nos mais complexos (Jazz, Fusion ou Boss), etc.

Sabe aquela coisa infantil, de implicar e botar apelido, se tu chegasse nos fóruns de guitarra e falasse muito de bossa ou de jazz, tu era o vovô ou o Ol'man, se falasse muito de blues, era porque tu não tinha capacidade técnica pra tocar metal, se tu gostava de Country era porque tu era um caipira, etc.

O que acontece nesses em muitos posts do cara ostentando o gear, mesmo não tendo técnica é a revanche desses caras que sofreram essas sacanagens. O mesmo acontece com a nova onda de gente que curte blues, ou jazz, eu Fusion caçoando do pessoal que gosta de Guns, ou de Metallica,

Enfim, se fosse em Star Wars seria o Retorno de Jedi depois da Vingança dos Sith... heheheheheh

Mais que isso é frescura, mesmo tu insistindo comigo que tudo que eu digo é impírico e que se eu tivesse experiência nos instrumentos eu enxergaria a diferença. Não importa. Eu enxergaria a diferença, mas jamais largaria 100 mil em uma guitarra. Como eu disse antes, pode ser a melhor guitarra do mundo, mas ainda sim é só uma guitarra.

Eu não estou falando que tu tem que achar e dar a grana, eu estou falando, existe a diferença e ela é perceptível, mas leva tempo pra perceber e realmente achar que faz falta e que existe um consenso entre os apreciadores desse tipo de instrumento que isso vale muito, justamente porque é difícil de chegar lá. Pouca gente faz, pouca gente consegue, logo se considera justo que essa diferença, por menor que seja, valha muito.

Constatei o fato, não estou dizendo que tu tem que concordar, aceitar e pagar por ela. Eu não pagaria no momento da vida que estou, então eu prefiro gastar essa grana na minha empresa atual, fazer crescer e quando eu tiver veio e fazendo chrod melody como Joe Pass, eu penso nisso... hehehehehe

Pra mim hoje o alvo a médio prazo é uma 16B, quero pegar uma 335 Custom Order (feita na cor que eu quero e com marcadores block) até o final do ano que vem, se o dolar não tivesse disparado e complicado minha vida, é possível que fechasse ela esse ano.

Depois disso eu penso em tentar uma 16-B antes que o Benedetto morra e elas fiquem caras demais, pra mim isso é o máximo que pretendo gastar em guitarra, não porque não ache que uma Sinfonieta ou Il Teredo não valham (se eu fosse multimilionário, eu até compraria), mas eu não toco lá essas coisas.

Não tá querendo dizer que é bom que tenha uma crise para que vendam seus instrumentos bem baratos, né? Hehehe.

Eu estou dizendo que ótimo que as crises venham, tanto pra comprar gear barato, quanto porque assim como médico ganha dinheiro com a doença alheia, eu ganho dinheiro com empresas em crise. Eu sou o equivalente ao médico delas, e como todo médico, adoro ver meus pacientes curados.

É, tranquilo, eu respeito a tua opinião. Mas eu não sou de tornar a guitarra um ponto de investimento. Eu quero comprar aquilo pra eu tocar a vida inteira e ser feliz com os instrumentos. É uma mentalidade diferente da tua. E eu também nem gosto muito de vender as minhas coisas, mas isso já é outro assunto...

Cara eu nunca penso em comprar nada pra vender, tenho meus comandos em ação de crianças todos guardados na casa da minha mãe, porque nem dar pra criança carente eu nunca quis. Só que eu aprendi que as vezes a vida te surpreende de formas que tu não prevê e não tem conhecimento de métodos estatísticos de previsão do mundo que resolvam. Nessas horas, tu descobre que teus instrumentos podem valer mais do que tu pensa, e até salvar tua pele as vezes.

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12
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maxbqi

Eu concordo. Dá pra fazer dinheiro tranquilo com guitarra, principalmente se tu faz upgrade nela. Eu tenho certeza que, com muito esforço, um Epiphone pode chegar no nível de uma Gibson USA (ainda que não no nível de um Custom). Mas pra mim é diferente. Pra mim, guitarra é comprar e se divertir pro resto da vida. É claro, eu posso melhorá-la em luthier, mas para o meu próprio benefício. Pessoalmente, eu não vejo a guitarra como um negócio... mas respeito muito quem o faz.

nichendrix
Veterano
# mar/12
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maxbqi
Outra vez (esta foi sorte, pqp) ele passeando por lojas de coisas antigas achou uma Gibson Custom antiga (não lembro agora de quando) detonada. Quando ele perguntou o preço, o cara pediu 600 conto. Ele comprou e foi arrumando as peças aos poucos para ir repondo o que precisava. Pouco tempo depois, mesmo sem terminar a reforma, um cara comprou dele por mais de 5000.

Eu tenho um caso deveras mais absurdo que esse. Um amigo meu, certa vez tava numa cidade de interior e acho um cara vendendo a guitarra do pai dele, foi ver era uma Les Paul Custom 1968 toda original, só tava com mal contato na chave seltora, e ainda é na cor mais rara dessa guitarra, a Antique Natural. Moral da história, hoje, 16 anos depois a guitarra vale fácil 30-35mil dólares

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12
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nichendrix

O que estou falando é que por muito tempo, nesses fóruns, o pessoal metal/hard rock, caia em cima do pessoal de outros estilos, especialmente os tidos com simples (Blues, Forró), brega (Country, Sertanejo, Calypso), e até mesmo nos mais complexos (Jazz, Fusion ou Boss), etc.

Sabe aquela coisa infantil, de implicar e botar apelido, se tu chegasse nos fóruns de guitarra e falasse muito de bossa ou de jazz, tu era o vovô ou o Ol'man, se falasse muito de blues, era porque tu não tinha capacidade técnica pra tocar metal, se tu gostava de Country era porque tu era um caipira, etc.


Feito, agora encaixou, hehe.

O que acontece nesses em muitos posts do cara ostentando o gear, mesmo não tendo técnica é a revanche desses caras que sofreram essas sacanagens.

Mas será mesmo que todos esses caras que postam esse tipo de sign é porque sofreram bullying? Muitas vezes nem parece... parece mais que é deboche alheio mesmo deles.

Enfim, se fosse em Star Wars seria o Retorno de Jedi depois da Vingança dos Sith... heheheheheh

Hahaha, boa!

Eu não estou falando que tu tem que achar e dar a grana, eu estou falando, existe a diferença e ela é perceptível, mas leva tempo pra perceber e realmente achar que faz falta e que existe um consenso entre os apreciadores desse tipo de instrumento que isso vale muito, justamente porque é difícil de chegar lá. Pouca gente faz, pouca gente consegue, logo se considera justo que essa diferença, por menor que seja, valha muito.

Pois é, mas mesmo encontrando diferença, eu não acho que ela seja tão abundante que valha 30 mil a mais. Se eu tivesse um Americana, pronto, seria o Archtop definitivo pra mim. Se ele já me dá o som que eu quero e a tocabilidade perfeita que eu sinto, por quê eu vou sentir necessidade de ter um outro, mesmo que seja superior. Eu nunca vou achar que, tendo um Americana, eu vou sentir falta de ''algo a mais''. É besteira, aquilo já é perfeito pra mim. Se eu partir de uma guitarra de 500 dólares para uma de 10 mil, aí sim vale todo centavo. Mas de 10 mil para 30 mil, não compensa, na minha opinião. Muito pouco benefício relevante em termos de som e tocabilidade para um custo tão alto.

mas eu sou o revoltado de casa que quer ter as coisas por mim e não porque alguém pode me dar.

Mas por quê? Se os teus pais podem de ajudar, beleza. Tu não é casado, não tem tua própria família. Não precisa se envergonhar, eu não me envergonharia. O que eu não gosto muito que algumas pessoas nesse fórum postam bullyings em rapazes que tiveram todo seu equipamento dado pelos pais. Aí sofrem de coisa do tipo: ''É claro que tu tem isso. Papai e mamãe te deram. Na tua idade eu já trabalhava.'' Parece que virou uma obrigação um adolescente de 17-18 anos ter que trabalhar ''forçado'' porque não quer ser vítima de bullying das pessoas. Eu prefiro muito mais investir só nos meus estudos para, no futuro, ter meu trabalho garantido na medicina, do que trabalhar em lojinha ou em sei lá o quê sem necessitar, mas só para provar para uns imbecis que eu sou o tal, que eu trabalho e tudo mais. Vou dizer uma coisa, o que eu tenho de guitarra, foi tudo dado pelos meus pais. Eu mesmo perguntei um dia pra eles se quem sabe eu poderia trabalhar, e eles me responderam: ''Tu não precisa. Nós te damos tudo o que tu quiser, desde que com moderação. Tu não precisa provar nada pra ninguém''.

Eu só abri esse assunto pra aproveitar o conversa sobre Bullying que nós iniciamos. Além do bullying dentro dos gostos musicais das pessoas, esse outro tipo de bullying que eu citei é bem comum e já vi direto aqui no Cifra.

Pra mim hoje o alvo a médio prazo é uma 16B, quero pegar uma 335 Custom Order (feita na cor que eu quero e com marcadores block) até o final do ano que vem, se o dolar não tivesse disparado e complicado minha vida, é possível que fechasse ela esse ano.

Depois disso eu penso em tentar uma 16-B antes que o Benedetto morra e elas fiquem caras demais, pra mim isso é o máximo que pretendo gastar em guitarra, não porque não ache que uma Sinfonieta ou Il Teredo não valham (se eu fosse multimilionário, eu até compraria), mas eu não toco lá essas coisas.


Eu vou ser feliz pro resto da vida em termos de Archtop, se eu tiver uma 16-B ou uma Americana. Mas acho muito improvável que eu compre antes do Benedetto falecer. Tenho muitas outras prioridades de amps, guitarras elétricas de corpo sólido, efeitos, cabos etc. Que idade está o Benedetto, afinal? Uns 70 ou 80?

Eu estou dizendo que ótimo que as crises venham, tanto pra comprar gear barato, quanto porque assim como médico ganha dinheiro com a doença alheia, eu ganho dinheiro com empresas em crise. Eu sou o equivalente ao médico delas, e como todo médico, adoro ver meus pacientes curados.

Isso mesmo. Concordo.

Nessas horas, tu descobre que teus instrumentos podem valer mais do que tu pensa, e até salvar tua pele as vezes.

Certo. Nesse sentido, eu só tenho a concordar mesmo.

Bom, eu recomendo apagar, se quiser continuar, me manda uma MP que eu te passo meu email/msn e a gente continua por lá.

Certo, vou editar ali. Mas eu já te tenho adicionado no MSN. É que eu entro MUITO raramente. Mas, a qualquer hora dessas, eu dou um pulo ali pra gente bater um papo.

nichendrix
Veterano
# mar/12
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Vinícius Iron
Mas será mesmo que todos esses caras que postam esse tipo de sign é porque sofreram bullying? Muitas vezes nem parece... parece mais que é deboche alheio mesmo deles.

Eu não estou dizendo que todos. Estou dizendo uma das formas como isso começou. Isso tem a ver com a cultura do americano, pra eles tu é o que tu tem, eles sempre tem a cultura o melhor é o que é mais em alguma coisa (e contagiam o mundo com isso).

Quem tem mais técnica tira sarro da cara de quem tem menos, mas quem tem menos tem mais dinheiro, tira sarro da falta de gear do que tem menos, mas tem mais técnica.

Muito pra trás era assim, obvio a coisa vai evoluindo, e hoje em dia, pra muita gente, virou uma forma de ostentação, como uma menina que eu conheço aqui em BH, o pai dela morreu, deixou umas 40 milhas pra ela, ela tem um Porshe Cayene, mas não sabe dirigir, o carro é só pra dizer que tem e pro motorista levar ela pra cima e pra baixo.

Pois é, mas mesmo encontrando diferença, eu não acho que ela seja tão abundante que valha 30 mil a mais. Se eu tivesse um Americana, pronto, seria o Archtop definitivo pra mim. Se ele já me dá o som que eu quero e a tocabilidade perfeita que eu sinto, por quê eu vou sentir necessidade de ter um outro, mesmo que seja superior. Eu nunca vou achar que, tendo um Americana, eu vou sentir falta de ''algo a mais''. É besteira, aquilo já é perfeito pra mim. Se eu partir de uma guitarra de 500 dólares para uma de 10 mil, aí sim vale todo centavo. Mas de 10 mil para 30 mil, não compensa, na minha opinião. Muito pouco benefício relevante em termos de som e tocabilidade para um custo tão alto.

Bom, pense bem, nós não somos jazzman com 30 de estrada e fazendo acordes que seriam complicados até pra uma tarantula hercules venezuelana... pra mim e pra ti, não faz sentido nenhum mesmo.

Mas por quê? Se os teus pais podem de ajudar, beleza. Tu não é casado, não tem tua própria família. Não precisa se envergonhar, eu não me envergonharia.

Porque eu quero construir algo que realmente seja meu, não preciso provar nada pra ninguém e eles me deram muita coisa na vida, a importadora de certa foi presente deles pra mim, os empregos que tive depois disso, obvio que foi porque eu era bom no que sabia, mas não vou negar que meu curriculo nunca foi pro fundo da lista, pra dar a sorte de serem selecionados, eu ia direto pras provas e pras entrevistas mostrar que sabia.

Porém, uns anos atrás senti a necessidade de fazer algo sem interferência de ninguém, se der certo deu, se não der certo, não deu, enfim toda águia um dia sai do ninho pra aproveitar os céus.

O que eu não gosto muito que algumas pessoas nesse fórum postam bullyings em rapazes que tiveram todo seu equipamento dado pelos pais. Aí sofrem de coisa do tipo: ''É claro que tu tem isso. Papai e mamãe te deram. Na tua idade eu já trabalhava.''

Eu acho isso ridículo, eu nem falo tanto por mim, porque com 17 anos eu fui emancipado pra poder entrar de sócio do meu pai na importadora (hoje com 18 tu abre empresa, mas naquela época era com 21), então tinha como pagar pelos meus instrumentos, mas muita coisa daquela lista que te mandei, foi presente dos velhos, eu tinha grana pra comprar, mas tenho outras paixões, como livros, computadores e computação gráfica, várias vezes deixei de comprar guitarra pra comprar uma workstation pra fazer 3D, ai chegava em casa ou no hotel e tava a guitarra lá.

Da mesma forma que eu trabalho pra ter minhas coisas, eles trabalharam pra poder dar pros filhos, vou tirar o prazer deles? Vou ter menos prazer em tocar porque ganhei?

Parece que virou uma obrigação um adolescente de 17-18 anos ter que trabalhar ''forçado'' porque não quer ser vítima de bullying das pessoas. Eu prefiro muito mais investir só nos meus estudos para, no futuro, ter meu trabalho garantido na medicina, do que trabalhar em lojinha ou em sei lá o quê sem necessitar, mas só para provar para uns imbecis que eu sou o tal, que eu trabalho e tudo mais.

Eu vejo mérito nos dois pontos, acho que cada um deve seguir suas tendências, eu preferi passar mais tempo estudando do que trabalhando, na boa, já tive duas empresas, mas não abri as duas porque eu estava tentando provar que podia trabalhar, pelo contrário, pra mim era uma diversão,

As duas deram certo por muito tempo, uma faliu com a loucura que foi o dólar no meio da década passada, mas outra deu certo, mas uma hora cansei e passei quase toda pra minha parte pra minha irmã, fiquei só com uma parte pequena a pedido da minha mãe pra poder desempatar qualquer decisão que elas se desentendam, já que as duas são bem esquentadas.

Depois disso eu quis largar de trabalhar e ficar 2 anos dedicando mais aos estudos, porque tinha trocado direito por arquitetura, e pronto, fiquei o curso de arquitetura inteira só estudando.

Eu só abri esse assunto pra aproveitar o conversa sobre Bullying que nós iniciamos. Além do bullying dentro dos gostos musicais das pessoas, esse outro tipo de bullying que eu citei é bem comum e já vi direto aqui no Cifra.

Pra mim o problema das pessoas é que elas tendem a descontar suas infelicidades nos outros, eu tento evitar isso ao máximo.

Acho que a única pessoa que eu tenho que puxar a cabeça pra falar do que tive ou do que sei de forma mais incisiva é tu, e mesmo assim só quando a gente discorda muito radicalmente e eu tenho que dizer, vamos concordar em discordar, você acha isso e disse porque, eu acho assado por isso, vamos ficar cada um com sua opinião.

Nunca me estressei com isso e ao menos espero nunca ter pagado uma de arrogante por isso, afinal a intenção não é ostentar é só mostrar que embora aceite tua opinião tenho motivos pra discordar, não é algo que saiu do nada.

Eu vou ser feliz pro resto da vida em termos de Archtop, se eu tiver uma 16-B ou uma Americana. Mas acho muito improvável que eu compre antes do Benedetto falecer. Tenho muitas outras prioridades de amps, guitarras elétricas de corpo sólido, efeitos, cabos etc. Que idade está o Benedetto, afinal? Uns 70 ou 80?

Sim, ele está com 72 se não me engano, mas não esquenta não, o Petillo, o Collings e o Monteleone ainda tem mais uns 15-20 anos pra frente tranquilo, a Linda Manzer e o Stephen Stern mal chegaram mals nos 50tem pelo menos uns 20-30 anos pela frente. Daqui pra lá, esses caras tem tempo pra chegar onde o Benedetto está hoje, da mesma forma que ele ocupou o lugar do D'Aquisto e este o do D'Angellico. O Foster se não tivesse morrido era capaz de passar ele e o trabalho de machetaria do Petillo está num nível superior ao do Benedetto, creio que antes de morrer, eles estejam empatados, e o Petillo tem guitarra carved que custa metade do preço da 16-B.

Certo, vou editar ali. Mas eu já te tenho adicionado no MSN. É que eu entro MUITO raramente. Mas, a qualquer hora dessas, eu dou um pulo ali pra gente bater um papo.

Sim, tem tanto tempo que tu não entra, que eu nem lembrava. Me manda email rapaz, é até melhor, pq como a conversa é boa, fica mais fácil dedicar 15 min pra responder, assim posso fazer nos intervalos do trabalho.

maxbqi
Veterano
# mar/12
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Vinícius Iron

Dá pra fazer dinheiro tranquilo com guitarra, principalmente se tu faz upgrade nela.
Cara, me permita discordar, mas eu acho difícil alguem fazer dinheiro com upgrade em guitarras. Posso estar enganado, mas acho que é exatamente o contrário. É como quando vc vai comprar um carro e ele está cheio de acessórios. Se o comprador não for alguém que reconheça estes acessórios como alguma melhoria, ele não vai pagar a mais por isto. Eu acho que dar upgrade em guitarras interessante em certos pontos, mas na maioria vale a pena esperar e pegar uma guitarra superior. Falo por experiência. Tive duas guitarras tunadas que me serviram bem ao propósito da época, mas hoje tenho apenas uma toda original. E se algum dia esta não me agradar mais, passo ela para frente original e compro uma que me agrade original. Eu tinha esta sua ideia de tunar guitarras, mas hj não penso mais assim. Como disse, em certas situações vale a pena, mas nem sempre. Minha opinião, ok?

Pessoalmente, eu não vejo a guitarra como um negócio... mas respeito muito quem o faz.
Nesse ponto somos iguais. Eu vejo o mundo de possibilidades a respeito da área, mas sou muito apegado às minhas coisas, e uma das regras principais de um bom negociante e não criar raizes com ativos. Vc e o nichendrix mencionaram muito investimento no tópico. Vc já leu um livro que chama Os Axiomas de Zurique? Se não, leia. Tem muitas ideias interessantes colocadas lá.


nichendrix
Digamos que este seu caso ganhou e muito. A gente as vezes comenta que estas pessoas dão sorte, mas uma coisa que aprendi é que sim, existem pessoas com mais sorte do que outras, mas se vc tiver sorte e não souber aproveitar as oportunidas, ou como falamos no interior, pegar a carroça passando, não adianta nada. Para exemplificar o que aconteceu comigo uma vez: Tocava violão a varios anos e resolvi montar uma banda com amigos. Procurando guitarra, um amigo me ofereceu uma por 200 conto. Ele disse que havia ganhado de um tio que recebera como quitação de uma dívida. Bom, por 200 conto, imaginei uma guitarra ruim, velha e detonada e não quis nem ver. Pensei que com 500 conto eu iria em uma loja e comprava uma nova. Passado um ano, outro amigo havia pego esta guitarra emprestada e levou para eu trocar as cordas para ele. Quando ele chega na minha casa eu caí duro. Era uma fender mexicana em perfeito estado precisando apenas trocar os trastes que estavam muito gastos. Não me lembro o ano dela, mas era antiga. Quando tentei comprá-la não consegui e o cara tá com ela até hj. É mole? Tem gente que não nasceu para negociar, como eu.

Abs

Drive30
Veterano
# mar/12 · Editado por: Drive30
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o tópico deu uma desvirtuada legal.

bom, eu tenho 32 anos e toco metal e curto shred, quer dizer que sou crianção?

Essa postura do, ''ouço jazz, scott henderson ,Allan Holdsworth ou Joe Pass e tal e sou mais evoluido musicalmente'' me desculpem mas é ridícula.

Esse comportamento é o mesmo dos músicos eruditos que se acham superiores, apesar de gostar de musica classica esse foi um dos motivos que me fez afastar desse meio, pela atitude separatista e arrogante de muitos deles.

Escuto metallica desde 1988 mais ou menos e não me canso até hoje, o que acontece é que fui agregando outros estilos musicais ao meu gosto, mas nunca deixei de gostar de metal, vejo muita gente falando que não escuta mais , que evoluiu, como se sentisse vergonha , talvez por querer provar algo ou mostrar certa maturidade ,pelo amor... isso pra mim é insegurança e falta de autenticidade.

nichendrix
Veterano
# mar/12
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Drive30

Eu acho que tu levou pro lado errado, o proposito não era justamente discordar dessa conversa toda?

Drive30
Veterano
# mar/12
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nichendrix

sim, meu post foi mais como um protesto e reforço no que voces estao dizendo , nao quis dizer que estou contra o que voces estao falando. devo ter me expressado mal

Drive30
Veterano
# mar/12
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voltando ao assunto de ampli, ninguem me respondeu uma coisa.

Alguem sabe se com o Mark IIC+ ou III eu consigo um timbre metal vintage e nao tao moderno quanto os rectifiers? Alguem tem experiencia nesses amplis?

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12
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nichendrix

Sim, ele está com 72 se não me engano, mas não esquenta não, o Petillo, o Collings e o Monteleone ainda tem mais uns 15-20 anos pra frente tranquilo, a Linda Manzer e o Stephen Stern mal chegaram mals nos 50tem pelo menos uns 20-30 anos pela frente.

Cara, mas 72 anos não é muita idade... acho que ele pode tranquilamente viver mais 10 anos. Com hábitos saudáveis, então: pouca gordura saturada e colesterol LDL, bastantes proteínas, vitaminas e minerais, prática de exercícios físicos regularmente. Com isso ele pode chegar até uns 95.

A conversa pegou ontem, hein. No final das contas, foi ótimo. Desvirtuamos, mas foram muito interessantes as informações. Ah, e uma hora dessas vou mandar um email pra captação Lindy Fraley, pra saber mais de seus modelos customizáveis. Já são três captadores de butique na lista.

maxbqi

Tranquilo, respeito. Não é uma via de regra, mas uma guitarra bem ajustada na alma, na altura das cordas, no verniz do braço + ponte melhor, potenciômetros melhores, lock nut melhor e tarraxas, a guitarra pode subir uns 2 ou até 3 mil reais de preço. Eu não gosto de vender as minhas coisas, mas acabei comprando duas guitarras boas na época, mas hoje eu não sei se valeria tanto a pena ter feito aquilo. Como eu não gosto de vender, pretendo abrir uma exceção única e customizá-las, pois não quero deixar de usá-las quando eu tiver guitarras tops. Quero que elas fiquem em um nível o mais próximo possível. É claro, isso é uma exceção e, se tu me perguntasse se aconselharia alguém a comprar uma guitarra boazinha eu customizar, eu diria que não bem rápido. O problema é que não teve ninguém pra me dizer isso na época.

Vc já leu um livro que chama Os Axiomas de Zurique? Se não, leia. Tem muitas ideias interessantes colocadas lá.

Não li, mas vai pra lista. Um amigo meu também me recomendou um livro que ele disse que mudou a vida dele em uma questão mais visionária para finanças etc. A minha lista de livros já tá bem grande, mas os meus estudo atrapalham, hehehe.

Drive30

Eu também acho isso. Sem nem perceber, algumas pessoas acabam tachando as outras pelo que eles escutam. É verdade, esse pessoal que escuta unicamente Jazz, Blues ou Música Clássica despreza o pessoal do metal porque pensa que eles ainda não conhecem música, que é só colocar distorção forte e power chords que nem esses gurizões que se acham maléficos porque tocam numa droga de um ENGL Powerball, sem conhecimento de melodia ou harmonia e beleza musical. Eu já vi muito disso aqui. A arrogância é bem sútil e aparece muito naqueles fãzinhos de Pink Floyd. Esses sim são os que mais ridicularizam o pessoal que curte metal. Eu toco metal e, com o que eu tenho de conhecimento, eu posso agregá-lo ao estilo que eu quiser. Eu sei ser melódico e criar harmonias complexas, inclusive porque eu também escuto Jazz, Erudito e Blues. O pessoal que gosta de Guns, então, nem se fala... esses nem nasceram pra música, segundo aquela gentinha.

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12
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Drive30

Alguem sabe se com o Mark IIC+ ou III eu consigo um timbre metal vintage e nao tao moderno quanto os rectifiers? Alguem tem experiencia nesses amplis?

Aí tu teria que perguntar pro Edalko. Mas um V tem toda a essência dos Marks. Os antigos não farão nada que o V não faça.

Drive30
Veterano
# mar/12
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Vinícius Iron

sei, seria legal alguem explicar a evolução dos amplis , o que mudou nos mark I ate V , dos mark eu conheco pouco , toquei num IV uma vez, só achei muito bom, mas queria saber desses mais antigos II ou III.

Eu tive um Studio Caliber DC-2 ,, e ate hoje sinto falta do timbre dele, na época eu troquei por um single rect head (queria ter ficado com os 2 mas nao tinha grana) , o clean era ruim, mas o drive, pqp!, ganho até o talo com definição, nem precisava usar pedal de booster, eu até acho que ele tem um pouco mais ganho que o meu rect , embora menos versátil. Mas a situacao agora ja é outra e to pensando em pegar mais 1 mesa, hahah.

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12 · Editado por: Vinícius Iron
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Drive30

Ao contrário do que a massa de guitarristas do Cifra Club fala, os Marks são MUITO melhores pra metal do que os Rectifier. O ganho e o graves do Mark são mais ''apertados'', mais ''tight'', ao contrário do Rectifier que é mais soltão. Esse é o principal motivo que tornam os Marks melhores. Muitas vezes, o ganho do amp é suficiente, mas o cara ainda sim tem que usar um boost para melhorar esse fator ''tight''. Em ganho eles são semelhantes, talvez com um pouco mais no Mark, mas eu tendo muito mais pro estilo e definição dos Marks.

O que eu posso te dizer é que os antigos tem um som mais ''cru'' do que os mais novos, que são mais ''refinados''. Eu não consigo entender o conceito de timbre bom de algumas pessoas. Tem gente lá fora que diz que o som do V é ruim porque é refinado, e prefere o do IV porque é cru e ''duro''. Isso pra mim faz tanto sentido quanto um negro ou um judeu com uma tatuagem da Suástica Nazista. Mas enfim... acho que um V seria a melhor pedida. Além de ter o canal de overdrive lendário dos Marks, ele é o primeiro a ter um canal medium-gain de excelentes qualidade e o melhor canal clean de todos da série.

Drive30
Veterano
# mar/12
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Vinícius Iron

entendo, isso é gosto como eu disse ampli é igual discutir politica ou religiao. Bom eu curto os rectifiers por ter aquele agudo cortante e rasgado e nos mutes da aquela som meio percussivo que me amarro, agora preciso testar os mark sim, e ver qual é a deles. hehe

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12 · Editado por: Vinícius Iron
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nichendrix

Olha os captadores WCR que eu te falei.

O combos fodões deles são estes.

Os reviews desses captadores são impressionantes, ainda que não tenha vídeos bons o suficiente. Só falam bem, bem e bem desses captadores!

Vinícius Iron
Veterano
# mar/12
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Drive30

O modo Extreme do V pode te dar aquele crossroads entre o som de Mark e de Rectifier. É umas das novidades implementadas pela Mesa/Boogie nesse modelo. Vale a pena, cara, principalmente se tu é mais dos anos 80 no metal.

nichendrix
Veterano
# mar/12
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Drive30
voltando ao assunto de ampli, ninguem me respondeu uma coisa.

Alguem sabe se com o Mark IIC+ ou III eu consigo um timbre metal vintage e nao tao moderno quanto os rectifiers? Alguem tem experiencia nesses amplis?


Depende do que tu chama de timbre metal vintage, o som do Boogie no metal começou em meados dos anos 80, então eu não sei se tu define isso como som de metal vintage.

Pra mim o som vintage de metal vem dos Marshall Plexi/JCM, que eram os amps usados pelo Jimi Page, Ritchie Blackmore, Tonny Iommi, Van Halen, Randy Roads e afins. Se quiser esses sons vai atrás de um JCM800 ou similar.

Se for esse som, esses Marks não fazem esse estilo. São mais pro som do Metallica do Master of Puppets ao Black Album.

Pode ver que dos grandes usuários de Mark II e III, os únicos que são realmente do metal é o Metallica, os principais usuários do Mark II e III foram o Santana e o Ronnie Wood dos Rolling Stones, com alguns guitarristas como o Scofield e o Lee Ritenour tocando fusion com eles.

Vinícius Iron
Em ganho eles são semelhantes, talvez com um pouco mais no Mark, mas eu tendo muito mais pro estilo e definição dos Marks.

Na na ni na não... os Rectos foram criados para serem Mark IV com mais ganho e o tone stack mais amigável pra palm mute, na boa, pode por uns 25% a mais de ganho nos Rectos em relação aos Mark da mesma época.

O ganho e o graves do Mark são mais ''apertados'', mais ''tight'', ao contrário do Rectifier que é mais soltão. Esse é o principal motivo que tornam os Marks melhores.

Aí realmente depende, os Mark são menos scooped que os rectos, não tem aquele som de arroto e aquele ataque nos palm mutes que os Rectos tem, os Rectos tem graves abrangentes e bem agudos bem rasgados, coisa que oe Mark não tem.

O som de metal dos anos 90 é basicamente som de Recto e nos 70 e 80 era basicamente Marshalls, eventualmente um Hiwatt, Orange ou Laney.

Já o som de metal mais pesado, como o Trash do Metallica nos anos 80 e inicio dos 90 todos vem dos Mark IIc e III, mas na versão Mark 300 Coliseum, que tinha 180W.

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