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shoyoninja Veterano |
# dez/07
Tendo em vista os inúmeros tópicos pedindo informações muitas vezes básicas sobre gravação, vou colocar aqui o que aprendi até hoje sobre o assunto. Vou procurar separar os tópicos por posts. Por favor ajudem complementando e fazendo correções. Valeu!
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shoyoninja Veterano |
# dez/07
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Princípios Básicos da Gravação Digital
Gravar digitalmente um som significa quantificá-lo em valores numéricos, mas como quantificar o som?
A resposta encontrada foi medir a intensidade da onda sonora em intervalos regulares de tempo e registrar cada uma dessas instensidades para reprodução posterior.
É como se uma cópia da onda sonora fosse traçada com uma linha pontilhada, e, na reprodução esses pontos fossem novamente ligados. Claramente, quanto menor a quantidade de pontos, maior será a diferença entra a onda digital e a gravada.
Um bom exemplo é aquele jogo de "ligue-os-pontos" que aparece em revistas para crianças. Geralmente é possível identificar o que o desenho final representa, mas percebe-se que o desenho fica meio quadrado e sem detalhes.
Ou então os novos televisores de alta-resolução, que possuem maior quantidade de pontos para representar a imagem e, por isso, a qualidade e nitidez são infinitamente superiores ao televisor comum.
Então, o que determina a quantidade de pontos em uma gravação digital de áudio, já que não se trata de uma imagem? O que determina é velocidade com que esses pontos são registrados, em outras palavras, a FREQUÊNCIA de gravação. A frequência mais comum, utilizada em CDS e mp3 é a de 44 mil hertz (44kHz), o que equivale a dizer que o som gravado em um CD teve seus pontos registrados 44 mil vezes por segundo.
Esse numero não foi escolhido ao acaso. Foi determinado matematicamente (Niquist) que, para registro de uma onda sonora, a frequência necessária para gravação sem perda de qualidade tem de no mínimo o dobro da frequência máxima a ser gravada. E como a audição humana tem (em geral) seu limite na faixa dos 22kHz, a frequência mínima de gravação tem de ser igual a 2 x 22kHz = 44kHz.
Ótimo, então o sinal de áudio tem sua intensidade quantificada e registrada 44 mil vezes por segundo, mas quantificada no que e registrada no que? Ora, na única coisa que equipamentos digitais entendem, números, mais especificamente 0 zeros e 1 uns.
A situação ideal seria de se poder registrar qualquer intensidade da onda sonora e com uma precisão total... Porém, como vivemos no duro mundo real, isso é impossível. Primeiro porque é impossível criar um equipamento capaz de medir intensidades em qualquer faixa de valores e segundo, porque equipamentos digitais tem um limite na quantidade de informações que podem armazenar, precisão absoluta siginifica números infinitamente grandes.
Assim, adotou-se um padrão para o limite de intensidade ( não é o objetivo aprofundar-se no assunto, mas é o nível de saída padrão de pré-amplificadores e o de entrada padão de amplificadores) e um limite para o tamanho do número que a representaria. O limite adotado para o tamanho foi 16 bits. O que equivale dizer, que o equipamento digital pode registrar 65000 posições diferentes de intensidade entre valores negativos e positivos.
Portanto são dois fatores que controlam a qualidade de gravação, o número de bits e a frequência de gravação.
Cada nível de intensidade registrado em função da frequência é chamado de SAMPLE ( amostra).
A frequencia é geralmente chamada de SAMPLE RATE ( frequencia de amostragem).
O tamanho de cada sample é chamado de BIT DEPTH ( "profundidade" de bits).
É fácil perceber que quanto maior forem esses parâmetros, maior será a qualidade da gravação final ( ainda que seja polêmica a discussão se seres humanos são capazes de perceber a diferença). E também que quanto maiores esses parâmetros, mais capacidade de processamento, memória e armazenamento serão exigidos de seu equipamento.
É comum nos dias de hoje o uso de frequências de gravação de 96kHz e samples de 24 bits até em home studios, já que a os computadores agora são capazes de trabalhar tranquilamente com essa resolução.
Se ainda não ficou muito claro o que estou tentando explicar, faça uma experiêcia simples. Utilizando o sound forge ou outro editor de sua preferencia, abra qualquer arquivo de música. Use o zoom na linha do tempo até que você possa ver pontos e coneões entre eles. Cada ponto desses é um sample. E a altura dele em relação ao centro da onda é sua intensidade.
O próximo post será a respeito de equipamentos de gravação e reprodução digital.
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Gabriel Cervi Veterano |
# dez/07
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Cacete, stick nisso!
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shoyoninja Veterano |
# dez/07
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Equipamentos para Gravação e Reprodução Digital
A gravação e a reprodução digital é feita por circuitos, integrados ou não, chamados de conversores A/D e D/A ( Analógico->Digital e Digital -> Analógico).
Esses cicuitos são responsáveis pela conversão de sinais elétricos em dados, e vice-versa. É nele que ocorre a leitura da intensidade dos sinais na frequencia escolhida.
Portanto a qualidade desses circuitos é DECISIVA tanto na gravação quanto na reprodução. Circuitos de baixa qualidade não terão precisão entre os dados e os sinais elétricos respectivos.
Fato importante, um conversor A/D não consegue converter SOM em dados, mas sim um sinal elétrico em dados. Assim como um conversor D/A não converte dados em som, mas sim dados em um sinal elétrico. Portanto, haverá sempre uma etapa analógica do sinal de áudio, ainda que pequena, mas haverá.
Portanto, é necessária uma breve descrição dos dispositivos analógicos e seu efeito em uma reprodução/gravação digital.
Microfone - Dispositivo capaz de converter uma onda sonora mecânica em sinal elétrico, uma tentativa de imitar o funcionamento do ouvido humano. Existem vários tipos de microfones: Dinâmicos - Microfones que não necessitam de energia externa para seu funcionamento, compostos por uma membrana, uma bobina e um magneto geralmente. Atualmente os microfones dinâmicos alcançaram uma qualidade muito boa, capazes de responder a frequências altas ( até 16kHz, geralmente). Têm grande resistência a pressão sonora e podem ser usados em instrumentos de percussão e outros que tem grande ataque e volume. Também são indicatos para utilizações ao vivo para vocais e outros instrumentos por serem, geralmente, direcionais e portanto evitam microfonia. Condensadores - Microfones que necessitam de fonte de energia para funcionar, sua cápsula tem funcionamento bem diferente dos microfones dinâmicos. É formada por duas placas que variam de distância conforme a vibração sonora e, portanto, tem sua capacitância variada tmb. Como não há bobina ligada à membrana seu peso é bem menor, portanto é capaz de captar frequências mais altas e tem maior qualidade. Em contrapartida, são mais delicados e não resistem a grandes pressões sonoras ou humidade. Microfones de fita - Em um microfone de fita, uma fita é suspensa em um campo magnético e uma corrente flui através dela. A vibração sonora faz com que a fita oscile dentro do campo magnético provocando alteração na corrente existente nela. Possuem ótima qualidade de resposta e alcance de frequência, porém são caros e MUITO delicados.
Alto-falantes: São o oposto dos microfones, porém, até hoje, um único tipo de construção tem funcionado com sucesso, a de membrana, bobina e magneto. Apesar de toda tecnologia existente na construção de alto-falantes, melhorando a eficiencia elétrica e a resposta a frequências, existem limites físicos para o que um cone ligado a uma bobina pode fazer. As principais restrições tem relação a massa da bobina e do cone, bem como a resistência do mesmo. Juntamente com a caixa de som, são responsáveis por GRANDE parte do resultado final de uma reprodução de áudio.
Pré-amplificador: Um pré-amplificador tem uma função um tanto intuitiva, amplificar um sinal o suficiente para que seja possível sua utilização em um amplificador de potência ou outro equipamento que exija um sinal com um nível de "linha". Os pré-amplificadores geralmente possuem circuitos de alta-qualidade, para trabalhar pequenos sinais com grande precisão sem degradar o áudio. Um microfone, por exemplo, deve ser adequadamente pré-amplificado antes de ser gravado ou amplificado.
Amplificador: O amplificador é responsável por elevar a potência do sinal elétrico de áudio para que o mesmo possa mover a bobina dos alto-falantes e assim reproduzir o som devidamente. Um amplificador pode trabalhar em várias classes, classe A, classe AB, classe S, etc. Não é o objetivo desse texto discutir as classes de amplificação. Mas amplificadores bem construídos em classe A ou AB são excelentes para a reprodução de áudio.
Exemplo de percurso do áudio para gravação digital:
Microfone->Pré-amplificador->Conversor A/D
Exemplo de percurso do ádio em reprodução digital:
Conversor D/A->Pré-amplificador->amplificador->alto-falantes
Alguns exemplos de conversores A/D: Placa de som para gravação, aparelho de gravação ADAT, módulos para gravação digital (tascam,etc), gravador de MD, gravador MP3.
Alguns exemplos de conversores D/A: Aparelho de MP3, placa de som, CD player, aparelho de MD, DVD, etc...
Importante ressaltar que muitos dos aparelhos citados integram pré-amplificadores e amplificadores analógicos em seus circuitos.
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shoyoninja Veterano |
# dez/07 · Editado por: shoyoninja
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Gravação Digital Utilizando Computadores.
Apesar de existirem outros meios para gravação de dados em meio digital ( módulos de gravação ADAT por exemplo), acredito que o mais usado por iniciantes em home studios é o via aplicativos de gravação, conhecidos como DAW ( Digital Audio Workstation / Estação de Trabalho para Áudio Digital). Esses aplicativos, em sua visão mais simples, funcionam como mesas de mixagem virtuais que integram a função de gravação em CADA UM DE SEUS CANAIS. O que dá liberdade ao artista para editar sua gravação da forma que quiser, alterando volumes, escolhendo os canais a serem mixados, até mesmo fazendo correções no áudio já gravado. Alguns dos aplicativos mais comuns comerciais são: Cakewalk Sonar, Protools, Nuendo, Cubase e Reason. Para os iniciantes que ainda não querem investir em software ( compra de software no Brasil é um esporte ainda bem caro) existem softwares livres, um muito bom e que permite um bom aprendizado é o Audacity. Uma pesquisa no google vai levar-lhe a página de cada um desses programas.
Não há diferenças entre esses softwares em matéria de qualidade de gravação, algumas pessoas chegam a falar em "timbre" de um software, mas que fique claro que isso não existe. O software de gravação nada faz além de contas e operações matemáticas para calcular a mixagem final, e muitas dessas contas são executadas pela própria interface de áudio. Seria o mesmo que dizer que um CD gravado em uma mídia da SONY tem um som melhor que o gravado em uma mídia mais barata. A mídia SONY pode ter várias vantagens em relação a midia barata, mas com certeza, qualidade de som não tem nada a ver com isso ( a não ser que a mídia seja ruim o suficiente para que os dados sejam corrompidos, e aí o CD nem mesmo será reconhecido pelo aparelho).
CONTUDO, não basta um software de gravação para que se possa fazer gravações em um computador, o computador precisa de um meio para receber os sinais de áudio e entendê-los. Então o que é necessário? Isso, um conversor A/D e D/A, que, no caso de computadores, são conhecidos como INTERFACES DE ÁUDIO.
Felizmente, todo o computador vendido comercialmente já possui uma interface integrada, para que você possa escutar músicas, ouvir o som de seus jogos e conversar com alguém via microfone no msn. Quase todas essas placas simples possuem uma entrada LINE-IN e MIC-IN que devem ser suficientes para receber o sinal para gravação em uma aplicação simples para aprendizado. Mas essas placas geralmente não possuem muita qualidade em seus circuitos, não tem pré-amplificadores e não foram desenvolvidas para trabalhar com gravação de áudio, então, não espere grandes resultados delas.
Quem estiver disposto a investir um pouco poderá comprar interfaces de áudio simples, com uma qualidade muito superior às comuns e um custo bem acessível. Mas como escolher a interface? Vamos começar vendo algumas características comuns a todas elas: Canais de entrada/saída – Uma característica IMPORTANTÍSSIMA na hora da escolha de sua nova interface, a quantidade de canais de entrada e saída é a quantidade de canais que você poderá gravar ou reproduzir simultâneamente em seu computador. Por exemplo, suponha que você queira gravar uma música utilizando um violão e voz. Se você quiser gravá-los ao mesmo tempo ( cantar e tocar o violão) você precisará de 2 canais simultâneos, agora se você prefere gravar primeiro o violão, e depois gravar a voz separadamente, em cada momento da gravação será necessário apenas 1 canal. O pior cenário em um home studio é sempre a gravação de uma bateria acústica, pois é composta de 8 ou mais instrumentos diferentes ( geralmente mais, bateristas adoram uma coleção de tons e pratos :D). Se você quiser gravar cada um dos tambores e pratos em um canal independente serão necessários tantos canais simultâneos quantas peças existirem na bateria.
Para simplificar, já que o assunto acima será melhor explicado em um post futuro, a quantidade de canais de uma interface é o número de cabos de sinais de áudio que podem ser ligados ao mesmo tempo nela.
Resolução de Gravação/Reprodução: Quanto maior, melhor, porém é possível obter bons resultados com a resolução padrão de 16 bits e 44kHz.
Conexão SPDIF: SPDIF é um padrão de comunicação da dados de áudio digital via cabo coaxial. É capaz de transmitir via um único cabo diversos canais de áudio em altas resoluções. É utilizado para comunicação entre dispositivos digitais de áudio, seja de gravação ou reprodução.
Conexão via cabo ótico: como o SPDIF, é um padrão para comunicação de dados de áudio digital, a diferença é que utiliza um cabo de fibra ótica. Também pode transmitir diversos canais a altas resoluções. Conexão Word Clock: É utilizada para que os equipamentos digitais sejam sincronizados, isso é necessário pois, por melhor que seja a fabricação dos equipamentos, as frequências de gravação e reprodução em equipamentos diferentes nunca vão coincidir exatamente, assim, a frequência é gerada em um único equipamento e transmitida para os outros. Geralmente, o word clock é transmitido via SPDIF. Se você vai utilizar mais de uma interface de fabricantes diferentes, você precisara do word clock.
Pré-Amplificadores embutidos: Item importantíssimo, se você não possuir pré-amplificadores para seus microfones ou outras fontes de sinal sua interface não vai poder receber o sinal diretamente e você não vai conseguir trabalhar com ele. Assim, se for o seu caso, sua interface precisará de pré-amplificadores em seus canais de entrada, de preferência, que também forneçam Phantom Power para utilização de microfones energizados.
E, finalmente, apesar de os computadores mais recentes já não terem mais dificuldades com gravação de áudio digital, se você pretende fazer gravações com muitos canais e efeitos e usar alta resolução, é recomendável que você tenha uma configuração de hardware que suporte sua demanda. Um processador dual core com 1 Gb de memória RAM, placa de vídeo off-board e um HD de 7200 RPM já devem ser suficientes para um bom desempenho mesmo em aplicações mais exigentes.
No próximo post vou tentar indicar como fazer uma gravação simples de violão e voz de várias formas diferentes.
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shoyoninja Veterano |
# dez/07
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Gravação Simples, violão e voz.
Vou tentar explicar como preparar e fazer uma gravação de violão e voz de maneiras diversas, não vou me focar muito em procedimentos de softwares específicos, mas sim as idéias gerais, não tenho intenção de refazer um manual ( e nem tenho conhecimento para isso :D).
Em primeiro lugar, precisaremos de 2 microfones, 2 pedestais para microfones, 1 computador com uma interface de áudio com, no mínimo, 2 canais de entrada e dois pré-amplificadores, algum software para gravação, 1 violão, 1 cantor e alguém que saiba tocar violão.
Os últimos dois itens são bem óbvios, claro, mas são o motivo de todo o resto, você nunca vai gravar uma boa música se não houver um músico capaz de tocá-la. E a música gravada será tão boa quanto for o músico em questão. Nem o melhor microfone do mundo vai fazer um cantor ruim cantar bem, e o mesmo vale para o violão.
Antes de começar, vou assumir que a instalação dos drivers controladores da interface de áudio já foram instalados conforme o manual da mesma e também você já configurou seu programa escolhido para uso dessa interface. Os manuais explicam detalhadamente como fazer isso.
Muito bem, vamos ao primeiro setup:
1 - Gravação com um microfone captando várias fontes:
Primeiramente, coloque o microfone na altura de seus ouvidos, a uma distância igual tanto do cantor quanto do violão. Ligue o microfone em um dos canais pré amplificados de sua interface.
Agora inicie seu programa de gravação escolhido. Crie um novo projeto e escolha um nome que seja claro e que lhe permita organizar seus projetos posteriormente. Informe a data, o nome dos artistas e o nome da música, para projetos mais complexos, informações sobre versão e andamento também são muito úteis. Os programas mais complexos, como o sonar e semelhantes, trazem uma seleção de tipos de projetos a se criar, recomendo escolher sempre um projeto novo em branco, sem usar padrões pré-definidos.
Muito bem, o próximo passo é criar um "track". Mas o que é isso? Um track é como um canal de um mixer, porém funciona com informações gravadas no computador. Um track pode conter informações de áudio digital, arquivos midi, ou simplesmente ser um canal auxiliar para adição de efeitos. Queremos criar um track para áudio digital, ele deve ser mono já que estamos gravando apenas um microfone. Seu aplicativo deve ter um menu Insert e uma opção Audio Track, pode estar com outro nome mas, com certeza, deve ter fácil acesso. Agora, devemos dizer ao programa com quais canais de áudio de sua interface esse track deve trabalhar. Entre nas propriedades de track e encontre as opções de Entrada e Saída, In/Out. Na entrada escolha apenas o canal no qual você conectou seus microfones, e na saída, deve existir uma opção chamada Master ou Main. Escolha uma das duas. Aproveite e altere o nome desse track para Microfone 1, ou MIC ou algo que lhe indique o que foi gravado nele. Pode parerecer desnecessário fazer isso quando trabalhamos com apenas 1 track, mas quando seus projetos tiverem 16 ou mais, com certeza vai lhe poupar muito trabalho identificá-los.
Excelente! Agora é só sair gravando certo? Errado. Vamos antes acertar o andamento da música no programa e configurar um metrônomo para auxiliar na gravação. Pode parecer frescura, mas novamente, quando você trabalhar com mais tracks e mais recursos, será impossível sem sincronia. Econtre no seu programa o indicador de tempo e o metrônomo, configure o metrônomo para tocar no momento da gravação.
Agora habilite a gravação no track que foi criado e comece a gravar, escute o metrônomo, está rápido ou lento? Faça testes e altere o tempo de seu projeto de acordo, até que você encontre o andamento ideal para a música.
Pronto, agora sim, apague as informações que você gravou quando estava testando, feche portas e janelas para que ruídos externos, peça para seus músicos começarem a tocar e... ainda não, antes de gravar própriamente, observe o nível do sinal do microfone em seu track, deve haver um medidor com marcações de 0dB a -60dB. Veja se enquanto os músicos tocam o nível chega a 0dB ou fica muito abaixo. Se o nível chegar a 0dB ou ficar nele muito tempo abaixe o ganho do pré-amplificador, pois haverá distorção do sinal. E se o nível ficar sempre muito abaixo de 0dB aumente um pouco o ganho, até que fique num nível aceitável.
Pronto, peça para que comecem a música novamente e pode gravar. Observe durante a gravação se o sinal não excede o nível máximo (0dB), como você configurou o ganho previamente isso não deve ocorrer. Mas se ocorrer, abaixe o ganho, e comece denovo.
Após a gravação salve seu projeto e procure uma opção para Exportar o áudio. Exporte o resultado em um arquivo Wav ou mp3 e pronto. Sua música está gravada.
Resultados melhores para esse tipo de gravação são obtidos usando um microfone condensador de cápsula grande, você terá assim mais detalhes e maior espectro de frequências.
Você provavelmente notará nessa gravação que o violão e a voz ficaram meio misturados, há muita reverberação da sala onde você fez a gravação e ou a voz ou o violão estão mais altos do que deveriam. Isso é normal nesse tipo de gravação, e só pode ser corrigido regravando e mudando o posicionamento do microfone, mas será muito difícil isso em uma sala sem tratamento acústico.
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shoyoninja Veterano |
# dez/07
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Gravação 2 canais simultâneos.
Novamente, usaremos o violão e voz como exemplo.
Para esse tipo de gravação, você precisará usar 2 microfones. Um para o violão e outro para o cantor.
Siga os passos do item anterior para ligação dos microfones, só que deixe-os bem próximos a suas respectivas fontes ( violão e cantor), quanto mais próximo, melhor, pois propiciará um som mais "isolado".
Agora crie no seu aplicativo dois tracks de áudio. Configure as propriedades de cada um de forma que a saída dos dois fique em um mesmo canal e a entrada com cada um dos microfones. Assim cada track será correspondente a um instrumento diferente e habilite a gravação em ambos.
Verifique o andamento e o metrônomo, assim como o nível de sinal dos DOIS microfones.
Pronto, peça novamente para que toquem a música e grave.
Terminando de gravar, escute o resultado final. Provavelmente um dos instrumentos estará novamente mais alto que o outro. PORÉM, dessa vez, podemos facilmente arrumar isto, basta alterar o volume do track que está mais alto e pronto. Também, agora é possível aplicar efeitos tanto na voz quanto no violão individualmente. O ato de regular os volumes dos canais individuais e aplicar efeitos é chamado de mixagem.
Por enquanto não vamos abordar muito as técnicas para mixar, mesmo porque não há uma regra definida para isso, não conheço duas pessoas que a façam da mesma forma.
Esse tipo de gravação é muito utilizada para situações ao vivo, pois os músicos estão todos tocando ao mesmo tempo. Para cada microfone que você desejar utilizar, você precisará de um track e de um canal na interface de áudio.
Baterias acústicas são gravadas dessa forma, considerando cada uma de suas partes um instrumento diferente ( o que é a verdade na realidade).
Finalizando, exporte o áudio para o mesmo formato no qual você exportou a primeira experiência e compare os resultados. Você perceberá que o som ficou bem mais claro, com menos ruídos de fundo e com mais dinâmica. Isso é devido a proximidade dos microfones a suas fontes de som.
Volte ao programa de gravação e altere a mixagem, brinque um pouco com efeitos e com o pan (jogar para esquerda e direita) dos canais, ouça os resultados.
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shoyoninja Veterano |
# dez/07 · Editado por: shoyoninja
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Gravação – 2 canais – dubbing (dublagem)
Esse é o método mais utilizado em gravações em estúdio pois garante uma isolação quase total das fontes de som individuais. Consiste em gravar apenas UM instrumento por vez, com uma gravação de guia ao fundo.
Para fazê-la, vamos precisar de apenas um microfone, um fone de ouvidos E da gravação já feita anteriormente da mesma música através do segundo método.
Abra o projeto do segundo método e grave-o com outro nome, para que possamos alterá-lo.
Desabilite a gravação dos dois tracks originais.
Vamos começar com o instrumento no qual o ritmo e o andamento da música estejam mais presentes. No caso, vamos usar o violão.
Posicione o microfone próximo ao violão.
Crie um novo track e configure-o para a saída de áudio normal e a entrada no canal do microfone.
Regule o nível de gravação para que não haja distorções.
Altere a mixagem da gravação anterior para que o som do violão fique bem mais baixo que a voz, bem ao fundo apenas. Ligue o fone de ouvidos na saída de áudio e entregue ao sr. Tocador de Violão.
O metrônomo deve obviamente permanecer no mesmo andamento da gravação anterior.
Certifique-se de que a gravação começará no começo da música já gravada ( o aplicativo deve ter um botão |<< para voltar ao começo.
Aperte o botão para começar a gravar e peça para que o artista a acompanhe, observe que a música está tocando nos fones de ouvido ( apenas nos fones, não pode haver nenhum som na sala de gravação fora o do violão sendo tocado).
Após gravar o violão, use o mute nos tracks originais, crie um novo track para a voz e configure-o para que use o microfone. DESABILITE a gravação no canal do violão, apenas o da voz deve receber a próxima gravação
Volte novamente ao começo da música, entregue os fones ao cantor e pode gravá-lo.
Ao final, escute o resultado apenas dos dois novos tracks que você gravou. Perceba como os instrumentos estão bem separados, não há nem traços de vazamento de som de outros instrumentos entre os tracks. Após a mixagem desses dois novos tracks, exporte o áudio e compare com as outras gravações.
Com certeza o nível de clareza deste último método é muito maior. MAS você perceberá talvez que esse último método gera um resultado "seco" demais, falta coezão entre os instrumentos, talvez até mesmo feeling. Isso porque não há iteração entre os músicos durante a execução. É claro que há músicos e músicos e que alguns se sairão muito melhores que outros em gravações individuais, não há mágica, a gravação soará no máximo tão bem quanto o músico tocar.
As vantagens desse método são inúmeras, as principais são: a) total separação dos instrumentos para mixagem; b) possibilidade de regravar apenas um instrumento, dando mais margem a erros; c) possibilidade de corrigir partes de gravação de um instrumento; d) possibilidade de fazer vários takes de um único instrumento e aproveitar o que soar melhor, ou partes de cada um;
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rafael_kl Veterano |
# dez/07
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shoyoninja Aproveitando teu grande topico ai, to com uma duvida em relacao a gravacao digital.. to com uma delta 1010lt a poucos dias, e hj fui ligar a GT8 nela via sinal digital, mas ficou distorcendo mt...e nao faco a minima ideia do que pode ser... Bom, pro Sonar reconhecer o sinal, tive que mudar na placa o "master clock" de "Internal Xtal" para "S/PDIF In". Mas é soh o que mexi. E pela GT8 nao sei o que pode ser, visto que no amplificador o som dela fica bom. Abraco.
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shoyoninja Veterano |
# dez/07
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rafael_kl Que tipo de distorção? O som está diferente ou cheio de ruídos estranhos?
Não se esqueça que no amplificador o pré amp é BEM diferente do normal e o prórpio gabinete e o alto-falante tem sonoridades próprias.
Nunca brinquei com a GT8, ela deve ter uma penca de configuração para essa saída de som não tem não?
Você está usando cabo coaxial pra ligar o spdif?
Bom tente explicar como é a distorção que você está ouvindo que fica melhor de entender.
Abraços
PS: Ligue o line-out analogico dela na delta e veja se o som é o mesmo.
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NeoRamza Veterano |
# dez/07
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Ficou muito bom. Valeu.
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Lord fafe Veterano |
# dez/07
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Caraiuh... Pq ki ainda naum colocaram esse topicuh nu topo?
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Rev_Leo Veterano |
# jan/08
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shoyoninja [b][/b]
Olá, amigo
Existe possibilidade de gravar tudo que passa pela mesa de som (voz, teclado e violão), com apenas a mesa de som, um bom Pc e o Sonar?
Pode me dizer, como realmente ligo a mesa no Pc? eu uso as saídas L R da mesa (RCA) ou a Master (P10)? estou com dúvida!?!
Aguardo/thanks
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shoyoninja Veterano |
# jan/08
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Rev_Leo Existe sim
Só que, a placa de som do seu PC precisa de uma entrada line in stereo.
Vc pode usar tanto as saídas de gravação (RCA) quanto a Master (P10). Depende do que você está fazendo.
Se vc está usando a mesa exclusivamente para gravar use a Master.
Se vc vai fazer um set ao vivo com banda usando a mesa para controlar o som e quer gravar sua mix em 2 canais use a RCA.
Recomendo comprar uma interfacezinha simples dessas USB mesmo ou, melhor ainda, um gravador portátil de 2 canais, tem um monte no mercado e tem boa qualidade.
Só não espere milagres. Vc vai conseguir um resultado legal usando a mesa só pra gravar e controlando o nível de gravação com fones de ouvido em uma sala isolada dos instrumentos. PORÉM tentar controlar a gravação no meio da banda tocando ou gravar um som tocado ao vivo é BEM complicado, não é impossível, mas vc vai ter que ter ouvido bom viu véio. heiuheiu já tentei a muito tempo atrás, nunca fica do jeito que vc espera.
Abraços!
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Rev_Leo Veterano |
# jan/08
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shoyoninja: Recomendo comprar uma interfacezinha simples dessas USB mesmo ou, melhor ainda, um gravador portátil de 2 canais, tem um monte no mercado e tem boa qualidade.
Olá, tudo bem?!
Cara, eu não sabia que existia essas interfaces, eu comprei um cabo RCA X P2 (pra ligar a mesa direto na line-in do PC). Agora isso que vc me mostrou foi dimais!
Já tive até uma idéia...e vou testar pra ver!
O meu aparelho de Som é o toca muito da Gradiente ele tem entrada auxiliar RCA e uma saída USB, acho que dá pra usar como interface!?!
muito obrigado pelas informações...: depois postarei o resultado
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shoyoninja Veterano |
# jan/08
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Rev_Leo
Interface nada mais é que uma placa de som. Geralmente quando agente fala sobre interface aqui no fórum é se referindo a placas de som para áudio profissional. E existem muitas com preços bem razoáveis.
O meu aparelho de Som é o toca muito da Gradiente ele tem entrada auxiliar RCA e uma saída USB, acho que dá pra usar como interface!?!
Olha cara, não tenho idéia. Quando vc liga o som no PC ele é reconhecido como uma placa de som ou é só para transferência de arquivos?
Eu desconfio que mesmo que ele seja reconhecido como uma interface ele não tenha canal In, só o OUT. Isso é chutômetro, testa aí.
No mais, provavelmente sua placa onboard terá a mesma qualidade que ele.
Um abraço, vou complementar esse tópico quando tiver um pouco mais de tempo, e continue pesquisando o fórum porque tem bastante informação.
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shoyoninja Veterano |
# jan/08 · Editado por: shoyoninja
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Microfonação - Princípios
Na gravação de áudio, seja digital ou não, o princípio é um só, ser o mais fiel possível ao som original, tentar reproduzir EXATAMENTE o que o você escuta.
No lugar de ouvidos usaremos microfones para escutar. Microfones nada mais são do que tentativas atificiais de imitar o ouvido humano, nenhum o faz com perfeição, em alguns pontos eles se sobressaem, em outros deixam a desejar. Vamos ver as características dos tipos mais comuns de microfones:
Dinâmicos - São resistentes, modelos novos tem uma reposta boa até aproximados 15 Khz, possuem muita faixa dinâmica e por isso são ótimos para instrumentos onde existe muito ataque e pressão sonora.
Geralmente os microfones dinâmicos utilizados em estúdios são cardióides. O que significa que são direcionais e captam apenas as fontes de som diretamente em sua frente. Para torná-lo direcional, orifícios são feitos na sua cápsula, na parte de tráz, de tamanhos e em posições onde frequências específicas são canceladas. Esses mesmos orifícios fazem com que o microfone tenha um ganho de resposta em graves quando capta uma fonte de som próxima.
Não são bons para captar fontes de som distantes pois a cápsula é pesada e não reage bem a baixos níveis de pressão sonora.
Condensadores - São delicados, tem uma ótima resposta de frequência, desde graves até os agudos ( 20Khz ou até mais). Existem modelos direcionais, omnidirecionais e figura 8. Os modelos direcionais também apresentam um ganho de graves para fontes próximas.
Existem ainda consensadores de cápsula pequena e grande. Ao contrário do que se pensa, o tamanho da cápsula nada tem a ver com sua resposta de frequências graves, mas sim sua relação sinal ruído. Cápsulas grandes tem mais região de contato com o ar, portanto reagem mais a vibrações e são mais sensíveis. Um microfone de cápsula grande é excelente para captar sons ambientes ou instrumentos com nuances delicadas.
O único incoveniente ( que não chega a ser um problema tão grande assim) é que os condensadores tem uma frequência de ressonância alta devido ao baixo peso de suas cápsulas ( a membrana mais especificamente) e adicionam uma coloração na faixa dos agudos ( 7 a 8 Khz). Dependendo da aplicação funciona como uma equalização natural, muito suave e que dá brilho ao som.
MICROFONAÇÃO ESTÉREO SIMPLES DE UMA BANDA
Caso mais simples, mas não admite correções futuras. O melhor é usar 2 mics condensadores em abertura estéreo. A localização é fácil de achar.
Deixe a banda tocar, dê ao vocalista um mic sem pedestal e deixe que o cidadão tenha liberdade para se movimentar pela sala.
Observe que ele vai perambular um pouco pelo local e vai parar em um lugar, esse lugar é onde você deve colocar seus mics, pois é onde o som soa natural hehe. Vá até lá e confira.
Claro que a banda tem que ter um certo bom senso, não vai haver local equilibrado se o guitarrista acha que só ele deve ser escutado num raio de 5 quarteirões de distância.
Para colocar os mics, faça da forma mais natural possível, coloque os mics em um ângulo de uns 110 graus, com as cápsulas alinhadas em uma reta, a intenção é imitar a separação do ouvido humano. A altura deve ser de 1,75 mais ou menos.
Pronto, só gravar. Adicionando outros canais específicos a esses mics é possível realçar coisas importantes como a caixa, o bumbo, guitarra solo e voz.
Até mais.
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RobinhoNSM Veterano |
# jan/08
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shoyoninja
Cara estou com uma curiosidade.... eu tenho um caixa amplificadora Oneal OCM600, e faço um ligação usando a saida RCA dela (REC OUTPUT) e a entrada LINE da minha placa onboard Realtek. Abro o meu programa editor de audio e vejo que o sinal esta chegando legal nela. A dúvida vem agora, quando eu em vez de ligar esta na minha placa Realtek eu ligo na minha placa Audiophile 192, e vejo lá no meu programa o sinal chegando "bem fraquinho".... porque isto? não deveria chegar tão forte quanto na Realtek?
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shoyoninja Veterano |
# jan/08
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RobinhoNSM Estranho cara... Independente de como funcione sua realtek, o sinal que sai do amp para REC deveria ser em nível line tmb...
Nas configurações da 192 o volume está todo aberto nos inputs?
Você usa outros equipamentos na 192 normalmente?
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RobinhoNSM Veterano |
# jan/08
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Sim... nas configurações da 192 o imput esta em 0 Db (todo aberto), e mesmo assim o sinal chega fraco... diferente da Realtek.
Eu fiquei preocupado com este sinal fraco chegando na 192, então outro dia peguei uma mesa de som emprestada de um amigo... e liguei a saida Master da Mesa (aquelas saídas XLR que normalmente vão para auto-falantes) na placa... e o sinal estava ótimo (sem usar o meu cubo, apenas ligando a mesa de som na placa).
Agora não entendo pq usando meu cubo não teria o sinal forte tambem, assim como chega na Realtek... por ser uma caixa amplificadora, o sinal do microfone e violão ligados no cubo, não deveriam chegar no mesmo nivel que na Realtek?
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Rev_Leo Veterano |
# jan/08
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Uma porcaria!!!
Não consegui gravar nada no Sonar!!! To apanhando que só!!! minha placa é a realtek (pc muito bom), ligo a mesa nela e o mic na mesa e o som sai muito baixo (quase sem volume) e xiando pra caramba. Meu windows é o vista premium, o driver da placa é o correto, só que a gravação não funciona com o drive ASIO / MDW / só funciona com a última opção, q eu não me lembro agora.
Já até disiste...!!!
Deixa queto
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shoyoninja Veterano |
# jan/08
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ligou na entrada certa da placa? Vc pode estar gravando soh o cross talk das entradas. Veja inclusive se sua placa tem line in. Line out n serve. Se n tiver, tente usar a do mic mesmo. Boa sorte!
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Rev_Leo Veterano |
# jan/08
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liguei na "entrada de linha" entrada azul da placa....meu é de perder a paciência....! Vou tentar outra vez...
Valew...mesmo assim
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Música de Preto Veterano |
# jan/08
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RobinhoNSM Sem subestimar, você por acaso não tá ligando na entrada de mic da Realtek?
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Música de Preto Veterano |
# jan/08
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Não sei se foi postado aqui - sinceramente não li tudo - mas existe um paradigma de que gravação digital deve ser feita com o maior nível de sinal possível. Vc concorda shoyoninja?
Outra coisa, definitivamente, não consigo deixar a gravação com o mesmo volume das gravações convencionais. Alguém me dê uma luz!
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RobinhoNSM Veterano |
# jan/08
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Não cara... se eu tivesse ligando na entrada mic da Realtek ae o sinal estaria fraco nela... e eu estava falando que recebo o sinal fraco na Audiophile 192... na Realtek o sinal esta bom... nela eu ligo a saida da caixa amplificadora... agora quando ligo esta mesma saida na Audiophile 192 o sinal fica fraco.. entendeu?? Eu só queria entender isto... Outro dia usei uma mesa de som de um amigo emprestada e liguei as saidas master dela (saida XLR) na Audiophile, e o sinal estava bom... eu só não entendi direito pq a saida do meu cubo não fica legal... outro dia eu vi na internet a respeito de saidas que trabalham em -10Dbv e +4Dbu.... acho que talvez possa ser isto...
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Música de Preto Veterano |
# jan/08
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Até onde sei, essas são medidas de sensibilidade de entrada. -10 seria nível de mic e +4 seria nível de linha. Quanto às entradas, provavelmente o seu cubo não consegue enviar o nível suficiente para a Audiophile. Isso pode acontecer.
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shoyoninja Veterano |
# jan/08
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Música de Preto Bom velho é verdade sim que quanto mais próximo do 0 dB mais resolução de amplitude seu sinal terá, pois, supondo que se trabalhe em 16 bits, você tem 2 elevado a 16, o que é igual a 65536 posições possíveis de amplitude ( incluindo os valores negativos, então é metade para cima, metade para baixo).
Assim se você gravar usando metade da amplitude máxima, você usará 32768 posições incluindo valores negativos para representar o sinal, o que é metade da resolução.
SE você não resolver amplificar esse sinal, não haverá muitos problemas, pois a qualidade seria a mesma de um sinal gravado em 0dB e atenuado.
MAS se você amplificar o sinal o efeito é o mesmo de ampliar digitalmente uma imagem de baixa resolução, o programa processa o áudio e tenta suavisar a perda de resolução, mas ele perde definição.
Em 24 bits esse problema é MUITO reduzido pois são 16.777.216 posições. Ainda que você use a metade da resolução ela será maior do que a do sinal de 16 bits gravados em 0dB.
O exemplo de resolução de imagens é MUITO relativo. Ao contrário do Áudio, no Vídeo e Imagens os equipamentos que temos ainda estão muito longe de suprir mais do que nossos olhos podem ver. No áudio isso já ocorre. Essa resolução de 96Khz, se transposta para um monitor de vídeo, seria o equivalente a ter pixels MICROSCÓPICOS.
O que é óbvio, pois o ser humano tem a visão como principal meio de perceber o mundo. Enganar nossos ouvidos é muito mais fácil do que enganar nossa visão.
Uma relação distante com o vídeo seria imaginar a frequência como a quantidade de pixels da imagem ,e, o número de bits a quantidade de cores.
Voltando a questão, sim eu acho importante levar em consideração o nível do sinal e não gravar em níveis baixos, mas não acho que temos que ter essa fissura de gravar TUDO em -0,1 db, principalmente usando 24 bits.
Exemplo, se você tem um microfone para captar ambiência da sala, é óbvio que você não o usará em volume total em sua mix. Você deve claro captá-lo em um nível bom, que preencha o espectro da gravação, mas não precisa que ele fique todo o tempo batendo no -0,1. Você vai abaixar o volume dele mesmo, de que adianta?
Já um sinal que vá precisar de equalização, compressão (principalmente), e outros processamentos quanto mais resolução disponível melhor.
Enfim, sim, o sinal quanto mais próximo de 0 dB mais resolução terá e Não, não acho que isso tenha que ser seguido a risca e que um sinal gravado a -4 dB por exemplo seja inutilizável.
Abraços
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kiki Moderador |
# jan/08
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shoyoninja parabens pelo tópico! stick mais que merecido! como sempre ajudando com seu conhecimento!
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has4 Veterano |
# jan/08
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\º/\0/\o/\º/\0o/\O/\o/\0/ stick! stick! stick!
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