Reviews e Dicas de CD´S

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Ed_Vedder
Veterano
# mai/05


Calma, baixa esse taco de beisebol rapaz...

Vamos postar aqui nossos Reviews dos álbuns que mais gostamos, ou seja, coloque a sua opinião detalhada sobre cada faixa dos CD´S que estão sempre no seu porta luva do carro, ou na cabeçeira da cama.

Se não for pedir demais, sempre que alguem escrever um Review, lembre-se que para a pessoa que escreve, esse disco é muito especial. Se para vc não é, procure não causar a desordem, simplesmente faça um Review de seus CD´s favoritos como resposta (Tá eu sei que isso não vai funcionar).

Dando inicio aos trabalhos, Alice in Chains - MTV Unplugged

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Quando lançou este disco, o AIC vivia grandes boatos de que o grupo estaria chegando ao fim. Afinal, eles haviam acabado de lançar seu disco auto-entitulado, e sequer fizeram uma turnê para divulgá-lo. Como se não bastasse, o vocalista Layne Staley estava cada vez mais envolvido com drogas. Eis que então, o Alice In Chains resolveu gravar um Acústico da MTV.
Apesar de seu som pesado, a banda já estava acostumada a tocar com violões, como pode ser comprovado nos EP's SAP e Jar Of Flies. Alguns afirmam que a mistura de rock pesado e blues que a banda realiza fica ainda melhor acústico.
O disco começa absurdamente belo com a maravilhosa "Nutshell" . O próprio público vai à loucura nos primeiros acordes. A voz de Layne, para muitos a melhor do grunge juntamente com chris cornell atinge um impressionante paralelo entre o sonho e o pesadelo com muita dramaticidade. A introdução é feita aos pouquinhos, começa com Jerry Cantrell sozinho no palco, em seguinda vão juntando-se os demais. Até Layne surgir com óculos escuros (no melhor estilo mosca)
Continuamos muito bem com a arrastada "Brother". Ouça esta música e emocione-se com o grande dueto de Staley e o guitarrista Jerry Cantrell (que faz uma segunda voz maravilhosa). O poder da canção atinge o pico em um ótimo refrão e um magnífico solo de violão de Cantrell. Se estiver vivo, vamos continuar a viagem!
Depois de "Brother", Layne fala pela primeira vez, diz que há tempos a banda estava esperando pra fazer esse show. Diz que vai tocar algumas boas canções e chama "No Excuses".
Após a boa execução da música, brincam com a introdução do clássico "Enter Sandman", do Metallica e voltam com a pesadíssima "Sludge Factory", com bela interpretação de Layne, e com uma letra depressiva, de autoria também do vocalista: "Now the body of one soul/I adore wants to die".
Uma ressalva quanto a Sludge Factory, na versão em DVD, mostra o vocalista errando a letra bisonhamente logo nos primeiros versos, a banda toda para e após risadas descompromissadas e olhares curiosos, a banda toca novamente, mas é notável uma potencia bem maior de Layne na segunda tentativa.
Layne avisa que vão tocar o clássico "Down In A Hole", do ótimo disco Dirt (que luta com esse acústico e com Alice In Chains pelo posto de melhor disco da banda). Essa música é simplesmente perfeita, a sincronia das vozes de Layne e Jerry mostra-se mais visível nesta faixa.
Em seguida, mais um clássico de Dirt - a pesada "Angry Chair". Você já está gritando "QUE DISCO BOM" e ainda nem está na metade. Para completar a trilogia de Dirt, lá vem "Rooster", com sua letra maravilhosa e mais uma bela interpretação de Layne Staley, que rouba o show mais uma vez.
A banda toca "Got Me Wrong" do EP SAP (que, como foi citado, era acústico) e parte para a boa "Heaven Beside You" do depressivo Alice In Chains, de 1995. Após a música, Layne brinca dizendo que foi o melhor show que fizeram nos últimos três anos e o baterista Sean Kinney diverte a platéia dizendo que foi o único. Mike Inez introduz no baixa aquela que, talvez, seja o maior clássico do AIC: "Would?", também do disco Dirt. Sempre que ouço essa música, lembro da participação da banda no filme "Singles" tocando essa música. Que belo refrão!
Bem, o show tem que continuar, e eles continuam com "Frogs", excessivamente depressiva e psicodélica. Sete minutos de pura lisergia e uma letra (de Layne) com toques como "A child sings an unclaimed tune/Inocence spins cold cocoon/ Grow to see the pain too soon". Agora é a vez de Jerry brincar, dizendo que a câmera que filmava o espetáculo estava queimando sua bunda. Tocam a blueseira "Over Now" e ao final desta, anunciam que o espetácula havia chegado ao fim. A galera insiste, alguém na platéia grita "Booooooooo" e Layne manda a figura se foder e avisa que vão tocar mais uma. Tocam com perfeição "Killer Is Me", e deixam o palco após um show que nunca deveria acabar. Enfim, se você quer Música de qualidade (com M Maiúsculo mesmo), esse disco é obrigatório não só na "Rockoteca" do pessoal grunge, mas dos amantes do bom e velho rock 'n'roll.

izack darck
Veterano
# mai/05
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Barão Vermelho - Barão Vermelho


O disco de estréia da banda que juntamente com a Blitz, revolucionou o rock nacional no início dos anos 80. Lançado em 1982, traz sucessos como "Billy Negão", "Bilhetinho Azul", e a visceral "Todo Amor Que Houver Nessa Vida". É Roberto Frejat, Gutto Goffi, Dé, Maurício Barros e Cazuza em suas melhores performances. Cazuza na época apenas um garoto de 22 anos transformando suas poesias em letras de música e arrasando no blues "Down Em Mim". Vale a pena conferir.


Cássia Eller - Com Você...O Meu Mundo Ficaria Completo

O disco lançado em 1999 traz uma Cássia muito diferente do que se costumava ver. Mais calma...tranquila e feminina, Cássia optou por um arranjo mais MPB ao contrário dos seu outros discos com uma batida mais rock, mais ligeira. Nesse album vê-se toda alma da intérprete com sua voz deliciosa de se ouvir, como em canções de Nando Reis, Marisa Monte, Caetano Veloso e outros. Cássia até divide os vocais com sua mãe, Nanci Eller, em Pedra Gigante de Gilberto Gil, muito bom.


Maria Bethânia - Maricotinha (Ao Vivo-duplo)

O Show maravilhoso no Canecão transformado em cd. Bethania em sua melhor fase, com repertório formado de sucessos antigos e tbm por compositores novos como Chico Cesar e Cazuza. Maria Bethania é a única cantora que faz o mesmo sem parecer enjoativo, com seu jeito dramático peculiar, recita poemas de poetas como Alvaro de Campos e Ferreira Gullar. Os pontos altos do Show são as interpretações de "Negue" sucesso na sua voz nos anos 70, "Todo Amor que Houver Nessa Vida" do poeta Cazuza e "Maricotinha" de Dorival Caymmi. É uma verdadeira pérola.

Alexandre Souza
Veterano
# mai/05
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Jimi Hendrix - Live at Berkeley
Entre outras musicas fudidas tem Hey Joe, Machine Gun, Purple Haze e Voodoo Child.

Stevie Ray Vaughan - The Sky is Crying
Esse CD tem a lendaria versão de Little Wing, The Sky is Crying e um acustico fantastico Life By the Drop

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Rage Against The Machine - Rage Against The Machine.


Se uma palavra tivesse que ser usada para definir o primeiro álbum do Rage Against The Machine, seria “impressionante”. Lançado em 1993, quando os EUA ainda viviam o estouro do grunge, o disco auto-intitulado ficou marcado por vários motivos.

Entre eles, poderiam ser citados a sonoridade do Rage, repleta de elementos raras vezes vistos em outras bandas, como o caráter experimentalista e ao mesmo tempo virtuose do guitarrista Tom Morello unido ao vocal “rapeado” de Zack de la Rocha; e também o teor das músicas, todas elas faixas de protesto contra a política e a sociedade americana – a postura revolucionária de Zack tornaria lendária.

O álbum começa quente, com a explosiva “Bombtrack”. Já no título se torna visível outra marca da banda, uma fina ironia presente em diversas outras músicas. A faixa seguinte é provavelmente o maior sucesso do Rage: “Killing In The Name”, cuja letra, que originalmente se chamaria “Killing In The Name Of USA”, foi censurada mesmo após a retirada do “USA” do título, não sendo impressa no encarte. Há outros destaques, como “Bullet In The Head”, “Know Your Enemy” e “Freedom” (esta, o primeiro single), além, é claro, de “Wake Up”. Esta música, uma das melhores do disco, passou despercebida na época do lançamento do álbum, se tornando depois um grande hit ao ser incluída na trilha sonora do mega-sucesso Matrix.

Lado a lado com Zack e Morello, o baterista Brad Wilk e o baixista, que neste álbum assina como Timmy C. (ele mudaria a assinatura a cada disco) não fazem por menos, criando uma sólida cozinha. É particularmente interessante a introdução de “Bombtrack”, com o baixo em uma seqüência curta porém genial, e a mudança na bateria de “Freedom”.

Com esse primeiro álbum, o Rage Against The Machine entraria no restrito clube das bandas que possuem um estilo de música realmente original, que infelizmente nos últimos tempos foi associado ao dito “new metal”. Nada é perfeito. Isso, porém não diminui o impacto e a urgência desse CD, bem como não minimiza seus atributos. Ainda bem.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Pearl Jam - Ten



Ten é o primeiro álbum do Pearl Jam, e com certeza é o mais famoso de todos, sendo considerado por muitos como o melhor da banda. Foi gravado poucas semanas depois da banda ter se formado.

É um excelente disco, um dos melhores da década e talvez o melhor vindo de Seattle na minha humilde opinião.

Algumas premissas fazem-se necessárias para explicar a magnitude desse disco. Foi espantosamente rápido o processo de gravação deste álbum, mesmo com a banda formada há alguns meses, até a chegada de Eddie Vedder a Seattle, pouca coisa de concreto havia sido composto pelo então quarteto liderado por Stone Gossard.

Uma espécie de Mini-Ópera foi composta pelo surfista de Illinois, feita com bases em gravações de uma demo entregada em mãos pelo ex-baterista do Red Hot Jack Irons. Uma musica em especial chamou a atenção de Vedder, ela se chamava Dólar Short, e que depois viria a se chamar Alive.

Completando esta, havia a explosiva Once, e a angustiante Footsteps (que acabou não entrando no disco). A saga meio que auto autobiográfica de Vedder entre outras coisas, narrava a história de um jovem que sentia desejos pela própria mãe (Alive), e que no futuro tornaria-se um serial killer (Once) sendo condenado a morte (Footsteps).

Mas Ten contém músicas inesquecíveis do começo ao fim, verdadeiros hinos do "grunge"! O vocal de Vedder esta perfeito em todas as faixas, cheio de emoção e angustia na medida certa, agressivo às vezes. A parte instrumental também está bem legal, com exceção da guitarra de Stone Gossard, que está fraquinha nesse álbum.

O disco começa de um jeito diferente, com um instrumental calmo...mas isto é apenas para prepara-lo para a porrada que vem a seguir, Once! Em seguido surge um dos primeiros hits da banda, a famosa Even Flow, com seu refrão inesquecível.

Alive surge para colocar a banda em evidencia, com o famoso Riff de Stone Gossard, e o solo interminável de Mike Mcready.

E assim segue o disco, com destaque para Jeremy (perfeita) em mais uma letra auto biográfica, Why Go, uma música que para muitos passaram desapercebida, visto que não virou um hit como muitas, mas possue um trabalho interessantíssimo, principalmente no baixo de Jeff Ament.

Porch, crua e direta, e que mais tarde ganharia uma sensacional interpretação no Unplugged da banda.

Garden, com uma letra muito bem montada, mudanças de climas e um refrão bem pegajoso, no bom sentido.
Então vem a clássica Black, e eu não tenho nada a dizer sobre ela, bem teria até, mas deixa pra lá.

e Deep, umas das músicas mais destoantes do álbum.

Oceans, calma e emotiva, uma música que já deixa bem claro que o Pearl Jam estava longe de ser apenas uma tentativa de ser um Nirvana (Graças a Deus).

A angustiante Release, vem para fechar o álbum, está musica é perfeita para encerrar um álbum como esse, como uma onda ela começa tranqüila, com um vocal extremamente contido, guardando todo seu lado emotivo para o momento certo.

Na verdade todas as musicas tem seu valor.
O único problema do álbum é mesmo a mixagem, que dá muito destaque a voz de Eddie, deixando as guitarras em segundo plano. Pra se ter uma idéia, as vezes fica difícil ouvir as guitarras claramente. Felizmente a banda, nos próximos albuns, fez uma produção melhor! Mesmo com esse probleminha da mixagem, o Ten ainda é um grande disco, um clássico, com musicas que ficarão no coração de muita gente.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05 · Editado por: Ed_Vedder
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O Rappa - Rappa Mundi

Depois de um primeiro álbum quase que tatalmente voltado ao Reggae, o Brasil conhece umas das bandas mais autênticas e promissoras dos anos 90, Rappa mundi, colocou O Rappa na vitrine de grandes bandas nacionais.

A feira abre o disco com algumas fortes influencias do disco anterior, embora tenha algumas pitadas de distorção em alguns momentos, talvez tenha sido o primeiro Hit da banda.

Miséria S.A na minha humilde opinião é uma das melhores letras do Rappa, passando os olhos somente na letra, fica dificil imaginar musicando-a, porém o resultado ficou excelente.


Vapor barato ficou tão legal, que parece uma musica dos caras, apresenta uma mudança de tom legal na segunda parte, onde Falcão mostra-se impecável.

Ilê ayê apresenta uma boa pitada da famosa mistura de ritmos da banda.

Hey joe mostra que é possivel fazer uma boa versão de uma musica tão consagrada, mesmo não indo com a cara do Marcelo D2, ele deu uma boa colaboração nesta música, e o resultado ficou excelente.

Pescador de ilusões ao meu ver é uma das melhores musicas do Rappa, uma letra inspiradissima, e uma melodia simplesinha, num casamento perfeito.

Uma ajuda, no trecho

com você a lua foi mais que a lua e a
felicidade
continua rápida mas agora é mais pura

a banda pela primeira vez mostra um lado mais romântico, sem ser clichê.

Eu quero ver gol é outra das minhas favoritas, infelizmente não costuma entrar no setlist da banda, achei que a musica poderia ter sido mais explorada e melhor mizada tambem.
(9) Eu não sei mentir direito

Homem bomba acabou se tornando outro hit, mas ao meu gosto não agradou muito.

Tumulto talvez seja a mais empolgante de todo o CD, os caras realmente acertaram a mão, com uma introdução perfeita e um final apoteótico, é a minha preferida.

Lei da sobrevivência não chega a empolgar, com uma letra não muito inspirada de Falcão, chega a soar sonolenta, mas o refrão entra para salvar a música, "Eu não quero ficar, esperando o tempo passar..."

Óia o rapa encerra esse grande disco de forma não muito empolgada, mas mantem a qualidade e o ritmo das outras faixas, de um disco que acabou tornando-se um divisor de aguas na carreira da banda.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Smashing Pumpkins - Mellon Collie and the Infinite Sadness



"Mellon Collie and the Infinite Sadness", o terceiro álbum do Smashing Pumpkins, começa com uma canção triste e melancólica, levada a cabo por um piano solene. Uma introdução encantadora, que logo em suas primeiras notas prende a atenção do ouvinte e o faz ingressar em um mundo fantasioso pincelado em tons verde escuro e todo permeado pela figura solitária que ilustra a capa do álbum.

Um mundo onde os desenhos do encarte (que parecem ter saído de livros infantis) são reais e sentimentos díspares entre si são ligados por canções envolventes, delicadas, e até furiosas. "Mellon Collie and the Infinite Sadness", nesse sentido, é mais do que um álbum de rock alternativo: é uma obra-prima variada e única, concebida meticulosamente pelo líder absoluto do conjunto, Billy Corgan. Não apenas um amontoado de músicas dispostas em qualquer ordem, mas sim um conjunto de pérolas que versam sobre sentimentos, aflições, desejos e outras intimidades raramente expostas com tamanha sinceridade e poesia... com uma harmonia mágica ligando o sonho e a realidade, a alegria e a tristeza, a esperança e a melancolia.



Apenas musicalmente falando, os adjetivos usados para descrever "Mellon Collie and the Infinite Sadness" são os mais variados possíveis, uma vez que ao longo das 28 faixas contidas nos dois discos ("Dawn to Dusk" representa o dia, "Twilight to Starlight", a noite), a banda se aventura com desenvoltura pelos mais variados estilos e nos mostra suas ecléticas influências. Passagens orquestradas, riffs beirando o metal, influências eletrônicas, momentos introspectivos, harcore adolescente, instrumentos exóticos, algumas doses de psicodelia e até canções de ninar são alguns dos ingredientes que Billy Corgan usa para emocionar quem ouve sua música. Algumas poucas faixas têm impacto imediato, mas a grande maioria têm que ser compreendida aos poucos, principalmente aquelas que possuem harmonias insólitas ou elementos eletrônicos (recurso que a banda soube usar com parcimônia, como na primorosa "Love"). É de se esperar que todo essa variação de estilos e influências inicialmente pareça muito indigesta e demasiadamente presunçosa. O próprio Billy Corgan sabia que estava correndo o sério risco de ser taxado como um dos músicos mais pretenciosos da história do rock ao gravar um trabalho tão diverso e de longa duração, ainda mais em uma época em que o disco duplo é um formato praticamente abandonado pela indústria fonográfica. Mas é um álbum que merece várias audições, até que se comece a entender sua unidade e valor como obra artística. E como toda obra artística, uma análise puramente técnica se torna superficial e injusta.

Liricamente, encontramos novamente muito talento. Billy Corgan se dedica desde o primeiro disco do Smashing Pumpkins a escrever músicas que falam, de acordo com o ele próprio, "about life": a infância/adolescência que passou e não volta mais (na nostálgica "1979"), indagações quanto à razão de ser e existir (na excepcional "Muzzle") e amor ingênuo e puro ("Lily" e "Beautiful"). E nas baladas, Corgan é de uma sensibilidade rara: além das já citadas "Lily" e "Beautiful", temos "By Starlight", "Thirty-Three", "To Forgive", "Galapogos", "In the Arms of Sleep" e "Stumbleine", canções com letras doces entrelaçadas em acordes cativantes. Destaque para a última, um pequeno show protagonizado por voz e violão: simplicidade e beleza caminhando lado a lado, de mãos dadas.

Mas não são apenas as canções intimistas que emocionam: aquelas que transpiram raiva e são vociferadas rasgadamente também se destacam, como "Tales of a Scorched Earth", "An Ode to No One" e "Bullet with Butterfly Wings". Temos ainda angústia e desespero na forma de riffs distorcidos, como nas não menos pesadas "X.Y.U.", "Here is no Why" e "Jellybelly", bem como melodias portentosas e muito feeling em "Where Boys Fear to Tread", "Porcelina of the Vast Oceans" e "Thru the Eyes of Ruby". Todas essas são marcadas pelas guitarras pesadas e contundentes (ponto para James Iha e para o próprio Billy Corgan), que explodem nos tímpanos do ouvinte na mesma intensidade que os dedilhados de violão das canções lentas tocam o coração. Experimentalismo e psicodelia também têm espaço: em "Cupid the Locke" e "We Only come Out at Night", o Pumpkins brinca com sonoridades inusitadas, e acerta em cheio ao criar canções cativantes e ousadas. Por fim, podemos destacar a pesadíssima "Bodies" (instrumental devastador, criando um clima denso e nervoso), a delicada "Take Me Down" (escrita e cantada por James Iha) e a inesquecível "Tonight, Tonight", que possui uma orquestra fazendo base para Billy Corgan cantar versos de esperança. "We'll make things right, we'll feel it all tonight / The indescribable moments of your life tonight / The impossible is possible tonight / Believe in me and I believe in you, tonight", promete ele.

Muitos críticos acabaram efetivamente acusando o Smashing Pumpkins de pretencioso demais, ao mesmo tempo que diziam que Billy Corgan não sabia o que queria, atirando então para todos os lados. Mas não há como negar que há sim muita inspiração, talento e criatividade ao longo das quase duas horas de música que ouvimos nesse álbum. Corgan, ao lado de uma banda tecnicamente competente e que soube acompanhar em perfeita sintonia o lirismo de seu líder, gravou um trabalho com um objetivo inegavelmente ambicioso nos dias de hoje, que é ir além da "música para ouvir". Sua obsessão o levou a dizer que esse disco encerraria o Smashing Pumpkins como todos os conheciam, e que a missão da banda estaria cumprida. É sem dúvida alguma uma obra emblemática e difícil, e que talvez só seja compreendida e admirada em toda sua profundidade se o ouvinte partilhar dos sentimentos que Billy Corgan deixa transparecer em versos como "And nobody nowhere understand anything / About me / And all my dreams / Lost at sea". Pode não ser um marco na história da música (apesar do título de "disco duplo mais vendido de todos os tempos" ser bem significativo), mas é tocante, sincero e intenso, o que por si só já o faz especial. Pretencioso ou não, é uma ode à vida, uma ode ao viver com o coração, afinal, "Destroy the mind / Destroy the body / But you cannot destroy the heart".



Assim como o começo, o final de "Mellon Collie and the Infinite Sadness" é não menos peculiar e emotivo. Os quatro integrantes da banda cantam juntos uma singela despedida para todos aqueles que embarcaram com o coração aberto nessa viagem musical, desejando-os "Goodnight, to every little hour that you sleep tite / May it hold you through the winter of a long night / And keep you from the loneliness of yourself". E, em um enigmático paralelo com a primeira faixa, um piano cadenciado se torna solo ao fim da canção... ressonando novas notas tristes e melancólicas.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Stone Temple Pilots - Core


Falar de Stone Temple Pilots sempre foi difícil devido às inúmeras comparações com bandas de Seattle, principalmente Pearl Jam e Alice in Chains. Sempre foi dito que eles entraram na onda do grunge, já que quando 'Core' foi lançado, em 1992, o grunge estava em seu auge. Mas eu particularmente acho que o Stone Temple Pilots não foi nenhuma cópia. Eles tinham talento próprio e eu comprovei isso quando ouvi pela primeira vez o álbum de estréia, 'Core'.

Falando do álbum, ele é recheado de grandes canções, como as mais conhecidas, 'Sex Type Thing' (que veio a ser o primeiro hit da banda); 'Wicked Garden' (que se destaca principalmente pelo som poderoso da bateria); 'Creep' (uma balada que tem um vocal marcante); e tem também o mega-hit 'Plush'.

Mas não é só de sucessos que o álbum é composto. Tem também as pesadas 'Piece Of Pie'; 'Dead And Bloated' (a primeira faixa do disco, que começa meio chatinha mas depois fica muito interessante); e 'Crackerman', que tem o seu comecinho bem parecido com o primeiro hit da banda.

Mas as que se destacam mesmo são as faixas-vinhetas 'No Memory', uma canção instrumental perfeita e inesquecível (repare no som do baixo ao fundo), e, quando menos se espera, começa um instrumental pesado... Esta é 'Sin', outra excelente música! Quem ouve pela primeira vez acha que é a mesma faixa, mas eles colocaram as duas faixas sem pausa propositalmente. Dando continuidade a 'Sin', temos 'Naked Sunday' com seu refrão que pega fácil e um rítmo bem legal e diferente. A outra faixa-vinheta é 'Wet My Bed'. Excelente, curtinha, com uma letra cheia de ironias, esta música não segue os padrões normais, ouça, é Scott falando em tom de conversa (ele até gagueja - propositalmente, é claro). Esta faixa abre espaço para a já comentada 'Crackerman'. Encerrando o álbum, tem 'Where The River Goes', com um solo logo no começo, inesquecível e poderoso. A música não decepciona e encerra o disco com chave de ouro.

'Core' é excelente. Mostra uma banda até certo ponto madura, com excelentes músicos e um vocalista, que, apesar das comparações, tem uma voz bem legal e marcante. Não dê ouvidos a quem critica o Stone Temple Pilots, apenas ouça o som da banda e veja como quem critica está enganado (e lembre-se que toda banda tem as suas influências).

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Radiohead - OK Computer


"Ok Computer" é a obra-prima do grupo inglês Radiohead, tendo inclusive sido escolhido pelos leitores da revista Q, em 1997 (ano do seu lançamento), como o melhor álbum de todos os tempos. Os outros dois discos da banda são também muito bons, "Pablo Honey" de 1993 e "The Bends" de 1995.

Mas não vão muito além daquilo que a banda parecia propor ser, ou seja, uma banda de rock alternativo com excelentes músicas, mas todas, digamos, normais e convencionais, nos padrões atuais (sendo que nestes dois primeiros discos, o vocalista e compositor Thom Yorke já mostrava ter talento para escrever letras tristes e auto-depreciativas).

Mas em "Ok Computer", eles extrapolam tudo aquilo que já haviam feito. As letras e temáticas continuam as mesmas, mas, musicalmente falando, é algo muito superior, e, porque não, a frente de seu tempo. Belíssimas melodias, músicas com estruturas mais complexas, uso bem dosado e extremamente harmonioso (sim, isso é possível!) de elementos eletrônicos, teclados bem encaixados, atuações inspiradíssimas de todos os membros da banda (principalmente Thom nos vocais) e excelentes letras fazem desse disco uma obra inesquecível.

Vale falar um pouco mais das letras escritas por Thom Yorke. Elas vão muita além da rebeldia sem causa mostrada pela maioria das bandas de rock desses últimos tempos. Thom demonstra nelas certo desprezo pelo mundo atual, pelo modo de viver das pessoas, enfim, pelo dia-a-dia típico dos humanos desse final de século. "As pessoas acordam cedo demais para sair de casas onde não gostam de morar, para ir à um trabalho do qual não gostam, em um dos meios de transporte mais perigosos do mundo (carro)", disse ele certa vez. Em suas letras ele quase sempre deixa evidente esse seu descontentamente, mas de uma maneira meio que conformada, sempre pregando uma fuga a tudo isso, para se levar uma vida simples e espiritual (muito diferente da vida que ele efetivamente leva, sendo um "rock star").

Praticamente todas as músicas de "Ok Computer" impressionam pela sua beleza. Começando por "Airbag", com seu andamento paranóico, baixo entrecortado, efeitos eletrônicos esquisitos, e que possui uma letra estranha em que Thom fala de outra de suas fixações (ligada diretamente com aquela do dia-a-dia do homem moderno): acidentes de carro. "In a fast german car, I'm amazed that I survived, an airbag saved my life", canta ele no final da música. Não é a primeira música do Radiohead que usa esse tema.

A segunda, "Paranoid Android", é o grande destaque do álbum: belas melodias (sim, são mais de uma), excelente trabalho de guitarras e uma estrutura diferenciada, como se fosse dividida em movimentos, tendo, inclusive, sido taxada por muitos como uma típica música de rock progressivo.

"Subterranean Homesick Alien" também é ótima, com bela melodia e instrumentos bem atmosféricos (outra característica notada ao longo do disco inteiro), e, pra variar, lirismo no mínimo curioso ("I'd show them the stars and the meaning of life, they'd shut me away" lamenta Thom Yorke mais uma vez mantendo um distanciamento da humanidade).

"Exit Music (For a Film)" é a canção mais triste do disco, onde Thom mostra explicitamente sua vontade de fugir de um mundo no qual ele definitivamente não se encaixa. Essa faixa tem um clima realmente melancólico e intimista, com uma belíssima interpretação do vocalista, que mostra ter controle total de sua voz.

"Let Down" é outra canção extremamente inspirada, de uma beleza quase palpável, com seu instrumental envolvente acompanhando de maneira perfeita o vocal, como se ambos fossem uma coisa só. Nela, mais uma vez ouvimos Thom Yorke lamentar a vida, e, em um trecho que deve entrar pra história, dizer "One day, I'm going to grow wings, a chemical reaction, hysterical and useless". Nesse momento, toda a música parece mudar de maneira sutil, e um clima de "reação" diante de tanta frustração e de quase imperceptível alegria domina, em nova sintonia perfeita de instrumentos e vocais. E o ouvinte? Bem, o ouvinte essa hora está nas altura!

A próxima, "Karma Police", também é linda, com uma base de violão e piano bem simples. "Fitter Hapier" é a música (?) mais estranha do disco, mas que é perfeitamente compreensível conhecendo-se Thom Yorke. "Electioneering" é bem alegre e empolgante, além de ser a mais acessível do disco, com cara de hit radiofônico (sem que isso signifique que ela seja simplesmente "legal", como a maioria dos hits comerciais). No contagiante refrão, Thom canta: "When I go forwards, you go backwards, and somewhere we will meet".

"Climbing the Walls" também é excelente, com muito clima e andamento hipnótico. "No Surprises" é uma bela balada que tem na sua letra o seu ponto ponto forte, pois representa perfeitamente o que se passa na cabeça do atormentado vocalista . "I'll take a quiet life. Such a pretty house, Such a pretty garden. No alarms and no surprises" chora ele no refrão. "Lucky" também é belíssima, com um lindo refrão acompanhado perfeitamente pela guitarra cheia de melodia. Thom parece ter um acesso de alegria em meio a tanta tristeza e decepção: "It's gonna be a glorious day! I fell my lucky could change". "The Tourist" fecha perfeitamente essa obra-prima: mais uma canção hipnótica e climática, com letras e vocais inspirados, melodia triste e cadenciada, outra música inesquecível.

Resumo da ópera: um disco muito bonito, que vai além das fronteiras do rock praticado atualmente. Isso pode não parecer nada simpático, mas esperamos que Thom Yorke continue sendo um cara muito triste e depressivo, para que assim continue nos presenteando com trabalhos como esse!

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05 · Editado por: Ed_Vedder
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Metallica - Master of Puppets

No final da década de 70/início de 80 o metal passava por uma forte crise, pois embora alguns poucos heróis carregassem "nas costas" o estilo, parecia que ele estava fadado à ficar restrito à apenas alguns guetos. Mas mesmo esses heróis já começavam à denotar um certo cansaço, haja visto a grande maioria já estar na estrada há um bom tempo e seus trabalhos não apresentarem o frescor da juventude, apenas reciclar velhos conceitos musicais/estéticos.

Eis que de repente começam à surgir algumas bandas inovadoras, a mais notória delas o Iron Maiden, que se tornou o símbolo-mor da NWOBH (sigla de New Wave Of British Heavy Metal - termo usado para designar as bandas inglesas que fizeram o "renascimento" do metal). Porém haviam muitos que não se identificavam totalmente com elas, pois embora muitas dessas bandas emergentes tivessem inegáveis qualidades, estavam de certa forma distantes da realidade vivida no dia-a-dia por muitos jovens - enquanto suas letras versavam sobre temas fantásticos ou bobagens adolescentes, no palco criavam um verdadeiro teatro, com músicos enfiados em calças de lycra coloridas, palcos cheios de cenografias estranhas etc. Com isso a tão propalada atitude contestatória e proximidade músicos x fãs disseminada pelo vendaval punk ocorrido há poucos anos atrás ficava um tanto comprometida.

Como conciliar esta postura "pé-no-chão" com o metal?

A resposta veio da costa oeste americana, com algumas bandas que começaram à levar ao extremo a agressividade sonora de algumas bandas surgidas no final da década de 70, ao mesmo tempo em que se vestiam como garotos normais - sem "frescuras" nem "boiolices", e as letras procuravam manter uma preocupação social, denotando uma certa "atitude". Em seus shows os fãs participavam de forma mais intensa, passando à adotar o mosh e o stage-dive, herança direta do punk-rock.

Sem dúvida o nome mais representativo desta leva foi o Metallica. Já em seu primeiro e clássico disco ("Kill 'Em' All", 1983) forjaram uma sonoridade única, acelerando as batidas e destacando ainda mais o trabalho das guitarras, fazendo um som sem concessões, era "pau" do começo ao fim. Com este e o próximo disco ("Ride The Lighning", 1984) ajudam à consolidar o "Thrash Metal", que nesta época apenas engatinhava.

Contudo atingem o ápice em 1986 com o "Master Of Puppets". Embora já fossem considerados uma grande banda e tivessem uma legião de fãs, causaram um verdadeiro assombro aos bangers da época, que ficaram maravilhados com a incrível massa sonora criada pelas guitarras - que se tornam ainda mais pesadas, com um timbre ligeiramente grave, porém limpas. As letras estão mais profundas, e são ácidas e contundentes, enquanto as músicas vinham de forma extremamente trabalhadas, cheias de "quebradas", paradoxalmente pesadas e melódicas ao mesmo tempo! Conseguem a proeza de agradar à todos, fossem fãs de metal "tradicional" ou o pessoal que só ouvia "podreiras", tanto que vendem mais de 500.000 cópias sem contar com nenhum grande esquema de divulgação em rádio ou TV, apenas propaganda boca-a-boca!

Na turnê deste disco vêm a tragédia: a morte de Cliff Burton num acidente na Suécia em setembro de 1986. Porém a banda prosseguiu, chamando Jason Newstead para o lugar de Cliff, formação que se mantém até hoje.

Muitas pessoas criticam o Metallica pois afirmam que desde 1991 tornaram seu som "comercial" e renegaram seu passado glorioso... mas é justamente por causa dele e de trabalhos como o Kill' Em' All" e o Master of Puppets que hoje eles têm direito de fazerem o que quiserem... pois seu nome já está marcado à ferro e fogo na história do Metal... e conseqüentemente do Rock!

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Neil Young - Unplugged


Há males que vêm para o bem. E até o malhadão e batido formato acústico rende seus bons frutos. É o caso do Unplugged de Neil Young. O genial canadense sempre pendeu uma metade para o folk (a outra metade é preenchida por sensacionais viagens guitarrísticas entupidas de feedback), e se mostra bem à vontade no palco, sua segunda casa.

Aconteceram alguns incidentes pra rolar esse disco. No dia da gravação Neil chegou atrasado e barbudo, mas quis fazer o show mesmo assim. Completamente bêbado, errava as canções, parando e começando de novo. Resolveu-se fazer outra gravação, agora com Young sóbrio (mas ainda bem barbudo, hehehe...). O resultado é esse grande disco.

"The Old Laughing Lady" abre o show. É uma canção bem antiga, da época do Buffalo Springfield. É também um folk bem tradicional, de raiz, voz, violão dedilhado e uma letra meio "dylanesca". "Mr. Soul" também é do BS. Mas já é um pouco diferente, com um bom riff (característica de Neil). A primeira da sua carreira solo é "World On A String", do clássico Tonight's The Night, com andamento bem arrastado. A bela e singela "Pocahontas" é simples, com gaitinha e aquele estilo inconfudível de tocar violão. "Stringman" é levada toda no piano, com uma introdução igual ao refrão de "Like A Hurricane". Aliás, a perfeita "Like..." é a próxima do disco, com aquela introdução única de órgão e grande refrão. Pra completar a primeira metade do disco, mais um clássico: "The Needle And The Damage Done", do não menos clássico disco Harvest, maior sucesso comercial de Neil.

A maravilhosa "Helpless" é um dos maiores destaques desse acústico. Com belo arranjo, de piano, acordeão e gaita. É incrível como um refrão tão simples possa emocionar tanto. O público vibra ao reconhecer "Harvest Moon", faixa-título do disco que Neil estava divulgando na época. É a primeira canção de a partir de 76 a rolar (é de 92). "Transformer Man" é de 82, da fase eletrônica do cantor, mas ainda uma bela balada. "Unknown Legend" também é de Harvest Moon. Essa versão pouco se diferencia da de estúdio, ou seja, é linda. E o refrão já é clássico. Agora rola outra antigona, "Look Out For My Love", de Comes A Time (78). Ainda na década de 70, "Long May You Run", pessoalmente minha canção favorita de Young. E é ótima ela estar aqui, pois antes só havia saído no fraco disco de mesmo nome, de 76, dividido com Stephen Stills. O show acaba com a terceira de Harvest Moon, a canção-homenagem "From Hank To Hendrix".

Esse Unplugged é uma ótima opção para quem está se iniciando na carreira do canadense. É também uma ótima oportunidade pra quem curte o lado mais acústico (já que o elétrico está muitíssimo bem representado com o sensacional Live Rust) de Deus.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Red Hot - Greatest Hits

Tarefa difícil fazer uma coletânea do Red Hot Chili Peppers, já que esta grande banda tem um número enorme de hits. Greatest Hits and Videos, composto de um CD e um DVD, acaba sendo uma continuação de What Hits?!, lançado em 1994, o que facilita um pouco as coisas. Assim, o trabalho faz com que dos sons presentes o mais antigo seja Higher Ground, cover de Stevie Wonder gravado em Mother's Milk, de 1989, primeiro disco a contar com John Frusciante na guitarra e Chad Smith na bateria.

Aliás, Higher Ground também apareceu no What Hits?!, ao lado de Under the Bridge, de BloodSugarSexMagik (1991). Ambas aparecem nesta nova coletânea, tanto no CD quanto no DVD. Além de Under the Bridge, BloodSugar..., o mais popular álbum dos Peppers, colocou mais algumas músicas aqui: Give it Away, talvez o maior hit dos caras; a contagiante Suck My Kiss; e a belíssima Breaking the Girl, todas presentes nos formatos áudio e vídeo.

Em 1995, depois do êxito de BloodSugar... e algum período sem lançar nada, os Peppers gravaram One Hot Minute com o guitarrista Dave Navarro, hoje de volta ao Jane's Addiction. Ao que tudo indica, ele se enturmou bem com os novos colegas à época, mas a banda com Frusciante soava melhor. Talvez por isso apenas My Friends, no CD, e Aeroplane, no DVD, marcam presença na coletânea.

One Hot Minute não é um disco ruim - mas fica aquém de BloodSugar... - e mostra muitos elementos dos primeiros álbuns da banda, mas a segunda parte do disco já apresentava o que viria em seguida com Californication. De qualquer maneira, Warped e Coffee Shop, duas aulas de Flea no baixo, são duas das músicas de One Hot... que ficaram fora e poderiam muito bem estar estar em Greatest Hits and Videos.

De Californication temos a faixa-título, Scar Tissue, Otherside, Road Trippin', Parallel Universe (apenas no CD) e Around the World (apenas no DVD). São músicas mais melódicas do que as dos discos anteriores, mas que não dispensam o peso já conhecido da banda, como na introdução de Around the World e no refrão de Otherside. Anthony Kieds canta como nunca e conta com a ajuda de Frusciante, que retornara com tudo no disco.

Do álbum mais recente da banda, By the Way, a faixa-título e Universally Speaking constam no CD. Em vídeo, além das duas, ainda temos The Zephyr Song e Can't Stop. Pena não poder contar com ambas também no disquinho de áudio, pois juntas as quatro canções são uma boa síntese de By the Way. Os clips aqui são mais simples do que os do disco anterior, mas são muito bons.

Mas esse minibox ainda conta com algumas surpresas, como a faixa Soul to Squeeze, de 1991. Antes, ela só havia sido lançada na trilha sonora do filme "Coneheads". Música muito boa e clip muito bem feito, que marcaram a despedida de Frusciante dos Peppers. O CD ainda conta com duas faixas inéditas, a ótima Fortune Faded e a não tão ótima assim Save the Population.

Para fechar, o DVD traz com um documentário da última turnê dos caras, mostrando cenas de bastidores, encontros bacanas com o pessoal do Foo Fighters e alguns making of dos vídeos. Para quem não conhece os Peppers, se é que isso é possível, ou não tem nada deles, Greatest Hits and Videos é uma boa pedida, mas BloodSugar... e Californication fazem parte da discografia básica da banda. Para quem tem tudo deles, os atrativos ficam por conta do DVD, das faixas inéditas e de Soul to Squeeze. Vale a pena.

(Warner - Nacional)

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Silverchair - Frogstomp

A primeira idéia que nos vem a cabeça ao ouvir esse cd, é que trata-se de uma obra do período PÓS-GRUNGE. Distorções, peso e muita melodia fazem desse o trabalho mais vendido e que levou o Silverchair ao estrelato. A banda não havia ainda tomado o seu real rumo musical, o que nos deixa a perceber muitas influências, visíveis até para o mais leigo em música. Até pela pouca idade da galerinha Australiana, é de certo ponto perdoável algumas escorregadas que existem nesse disco.



O álbum, em si, é ótimo. Possui melodias contagiantes (confira em "Pure Massacre" minha preferida) e muito peso, mas peca por duas coisas. A primeira é o plágio descarado que Daniel Johns comete. A sua voz e o jeito de cantar ficou muito parecida com a Kurt Cobain. O segundo pecado cometido e que me nego a crer que seja coinscidencia: alguns riffs de guitarra que você parece já ter ouvido em algum lugar. "Israel's Son" soa à "Outshined", do Soundgarden. O começo de "Suicidal Dream", lembra muito "Bleed The Freak", do Alice In Chains.

O que de certa forma absolve Johns e sua turma, é o fato de pelo menos terem plagiado grandes clássicos :)

"Frogstomp" não é um plágio, mas sim um álbum que nasceu no fervor da onda "grunge" que assolava o planeta. O CD, por sinal, possui músicas quase perfeitas, que passam pelo peso de "Undecided", pela balada "Shade", e chegam na levada punk de "Findaway".

Definitivamente, um ótimo CD (apesar das escorregadas). Por fim concluimos que o grunge deu uma passeada pela Austrália.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Gostando ou não gostando, concordando ou não, o U2 com toda a certeza foi a maior banda de rock dos anos 80. Outro fato incontestável é que Joshua Tree, mudou o curso do próprio grupo.

A banda nesta época estava em uma profunda viagem pela música norte-americana. Bono havia feito o blues Silver and Gold para o projeto Artists Against Apartheid, em 86, e gravado a canção com os Stones Keith Richards e Ron Wood.

Faziam shows beneficientes, como os feitos pela Anistia Internacional, e como consequencia esse preocesso de americanização mostravam várias referências para a nova empreitada: canções de Bob Dylan, John Lennon, Lou Reed entre outros já faziam parte do repertório regular das turnês.

Para a produção foi chamado mais uma vez Brian Eno, que já havia produzido o disco "The Unforgettable Fire". Eno teve muitos problemas para acalmar a banda, principalmente Bono, que produzia toneladas de letras e queria um som mais cru, mais blues.

The Edge, no entanto, preferia mexer mais com o lado "europeu" da banda.

Foi no meio desse impasse entre Bono e Edge, que Eno teve que se equilibrar. Eno: "Bono estava fortemente influenciado por música gospel, blues e rock americano. Ele queria um disco mais americano, com um som mais de arena. Edge preferia trabalhar com climas e coisas mais intimistas. Eram coisas absolutamente antagônicas no começo. Eu tinha que mostrar aos dois que precisávamos chegar a um meio termo."

Apesar da banda estar gostando do resultado das gravações, Bono estava insatisfeito. O primeiro single, With or Without You, foi quase tirado do disco graças ao cantor, que achava que venderia apenas três cópias e que seria um grande erro. Foi a muito custo convencido que caminhavam na direção certa.

A tensão entre os integrantes e Eno fez de Joshua Tree um marco nos anos 80. Com mais de 15 milhões de cópias vendidas e três singles perfeitos - With or Without You, I Still Haven´t Found What I´m Looking For e Where The Streets Have no Name - o U2 começou uma gigantesca turnê pelos Estados Unidos e Europa.

O grupo mostrava ao vivo a força de canções como Bullet The Blue Sky, mostrando a face escondida da América, ou em Running to Stand Still, que falava da heroína. Até canções mais obscuras do disco como Exit ganhavam força, com Bono cantando Gloria de Van Morrison no meio. Tantas referências faziam com que o disco soasse denso. Mothers of The Disappeared, música que fecha o disco, conta a história de mães que tiveram seus filhos torturados e mortos em guerras civis na América Central e Latina.

Mais do que um grande disco, The Joshua Tree foi aclamado pelo próprio grupo como sua grande obra-prima. A banda esmiuçaria o fantasma americano em "Rattle and Hum" de 1988, com participações de B B King e Bob Dylan e até de riffs de guitarra de Bo Diddley, como em Desire. A banda mudou radicalmente de figura na década de 90, caindo para a eletrônica e dance, mas "The Joshua Tree" ficou como um marco de umas melhores bandas da história do rock.

maggie
Veterana
# mai/05
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Paganini Diabólico

Multidões pagavam preços exorbitantes para assistir as apresentações daquele músico magrelo e feioso. Comerciantes colocavam o nome do ídolo em produtos tão diversos como perfumes e botas. As turnês incluiam as cidades mais importantes da Europa, com destaque para Viena, Milão, Hamburgo, Paris e Londres, com lucros suficientemente grandes para que o artista ficasse milionário. Sem dúvida, o italiano Nicolò Paganini (1782-1840) foi uma espécie de popstar musical do século passado.

As apresentações de Paganini resumiam-se quase sempre a composições próprias, sons mágicos retirados do violino. O rosto esquálido contorcia-se, os cabelos negros cacheados agitavam-se, e o arco do violino fazia movimentos inalcançáveis para a maior parte dos músicos da época. Algumas vezes, pelo simples prazer de assombrar, Paganini sacava uma tesoura e cortava três cordas do violino, prosseguindo o concerto somente com uma, a corda sol.

As lendas não tardaram em aumentar o interesse por Paganini. Dizia-se que teria feito um pacto com o demônio para poder tocar daquela maneira, que as cordas de seu violino seriam confeccionadas com os próprios cabelos do diabo. Outra história dizia que sua habilidade vinha de anos de prática na prisão, condenado pelo assassinato da amante. Nesta versão, as cordas do seu instrumento seriam feitas dos intestinos da infeliz vítima. Algumas vozes tentavam diminuir o seu valor artístico, como o poeta irlandês Thomas Moore: "Paganini pode tocar divinamente, e algumas vezes realmente o faz, mas quando vem com seus truques e surpresas, seu arco em convulsões, sua música mais parece o miado de um gato agonizante." Os fãs, porém, eram mais numerosos e mais importantes que os críticos. Paganini foi escolhido para solista da princesa de Lucca, sagrado Cavaleiro da Espora Dourada pelo papa Leão XII, nomeado virtuoso da corte do imperador da Áustria, entre várias outras honrarias.

A obra-prima de Paganini, Veitequattro Capricci per violino solo, Op. 1, foi composta entre 1800 e 1810, e é um marco do romantismo. Não somente um exercício de virtuosismo, os caprichos são de uma beleza arrebatadora. A riqueza de recursos do instrumentista abriu muitas portas à criatividade do compositor, e Paganini usa todo tipo de idéias musicais nos caprichos. Combina movimentos de arco com pizzicatos, usa martellatos e stacattos, altera a afinação no meio da peça, e deixa-se influenciar por fontes tão diferentes como barcarolas venezianas, temas ciganos e contraponto barroco. Os vinte e quatro caprichos são ao mesmo tempo uma enciclopédia da arte do violino e uma deliciosa audição. E, para alguns, também prova de poderes diabólicos.
Burburinho

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Creed - My Own Prision


Os Norte Americanos do Creed, são típicos exemplos de uma banda que desde o inicio fez tudo errado fora dos palcos. Mesmo com um excelente álbum de estréia, conseguido as duras penas, com um baixíssimo orçamento, e praticamente bancado pela banda, os integrantes deixaram-se levar pelo egocentrismo, mas isso é uma ouuuutra história.

Falando do álbum em si, a primeira idéia que nos remete é de uma ex-banda cover de Pearl Jam em sua primeira tentativa de trabalho próprio. Muito embora o som feito pela banda é de extrema qualidade, principalmente no tocante às guitarras do excelente Mark Tremonti.

O disco abre com a excelente Torn, e de cara já mostra o que seria a tônica do trabalho do quarteto, dedilhado e vocal contido no inicio, e da-lhe powerchord e drives nos refrões.

Demos um CTRL+C E CTRL+V no meu comentário acima e o colamos para falar fa faixa 2 “Ode”

O ponto alto do CD está na fabulosa My Own Prision, simplesmente perfeita, se a intenção era se aproximar do Pearl Jam, conseguiram.

De resto o CD soa de certa forma repetitivo, com a mesma fórmula já descrita acima, o que não me impede de dizer que Pity for a Dime é outra boa musica. Passarei batido por In América (Enjoada e sem sal) Illusion, que é um pouco mais elaborada mas não chega a empolgar e Unforgiven, a melhorzinha desta seqüência.

Quase que finalizando aparece What’s life for com um bonito trabalho de Tremonti na guitarra e o vocal mais Vedderniano possível de Scott.

One finaliza muito bem esse disco, e até onde sei, essa música foi gravado em separado depois de o disco estar quase finalizado. One foi mixada com recursos financeiros da gravadora, diferente das outras 9 faixas, e percebe-se realmente uma melhora.

Resumindo, My own Prision poderia ter sido o inicio de uma grande banda, não fossem as disputas de vaidades do Sr “Eu sou o Máximo” Scott Stap.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Pink Floyd - P.U.L.S.E

“P.U.L.S.E.” é um disco duplo gravado ao vivo em 1994 durante a turnê de divulgação do disco “The Division Bell”. Por sinal, uma gigantesca e grandiosa turnê que em 59 shows arrecadou 104,6 milhões de dólares, a segunda maior arrecadação da história – perdendo apenas para a “Vodoo Lounge”, dos Rolling Stones.

Este cd mostra todo o brilhantismo da banda no palco. Depois da saída do inesquecível Roger Waters, David Gilmour mostra todo o seu valor e conduz com muita maestria os rumos da banda e o show em particular.

O primeiro CD contém alguns grandes clássicos do Floyd e, óbvio, muitas músicas do “The Division Bell”. É um deleite ouvir músicas como “Shine On You Crazy Diamond”, “Astronomy Domine”, “Hey You” e “Another Brick in the Wall” (que não poderia faltar) na voz de Gilmour. Todas sobram em interpretação, técnica, virtuose, feeling e emoção.

Tudo que marcou a trajetória do Pink Floyd está presente no show. Um estádio imenso; um palco gigantesco com produção, artes e efeitos de luz perfeitos; platéia atenta e encantada; músicos completamente cientes de si e soberbos em sua genialidade. Um mega-show, um mega espetáculo. Perfeito para gravar um cd ao vivo. Somando-se aos grandes clássicos, as músicas do “The Division Bell” mostram-se profundas e tocantes, composições que fazem jus à história do Pink Floyd.

O segundo CD é um presente, literalmente. É o primeiro registro ao vivo do (qualquer adjetivo máximo que você queira colocar aqui) “The Dark Side of The Moon”. É a primeira vez que o álbum é gravado ao vivo, inteiro, música após música.

Somos brindados com interpretações memoráveis de composições do quilate de “Time”, “Money” (numa embasbacante versão de mais de 8 minutos) e “Us And Them”. Tudo reproduzido fielmente, com a maior perfeição possível, e melhorado (!?) com arranjos e andamentos mais belos ainda.

Depois de sermos congratulados com “The Dark Side of The Moon” ao vivo, Gilmour e Cia. parecem brincar com a nossa sanidade. Será que alguém aí já ouviu “Wish You Were Here”?

Acho que apenas 101% da população mundial. Uma das músicas mais famosas e inesquecíveis do Floyd. Seu histórico e emblemático riff inicial é digno de um lugar na história. Uma composição simples para os padrões floydianos agrada, por isso, até quem não gosta da banda. Simples, mas perfeita e tocante, um rock profundo e eficiente, letra versando sobre a ausência, a saudade, a amizade e a vida. Toda vez que ouço esta música sou completamente absorvido por ela e meu nível de emoção e felicidade sobem.

Ainda tem mais? Sim, e como tem. Estou falando de “Comfortably Numb”, que literalmente vai te deixar confortavelmente anestesiado. Saída do enigmático “The Wall”, são 9 minutos e meio de delírio total. Use esta música para acreditar que existe coisa boa no mundo.

Para fechar, temos a estupenda e agressiva “Run Like Hell”, mostrando o lado mais agressivo do Floyd e a face mais raivosa da voz de Gilmour. Empolgante do início ao fim.

Como se não bastasse tudo isso, o encarte é uma verdadeira obra de arte, um pequeno livro, com fotos e mais fotos do espetáculo, muito bem construído, uma capa linda (para mim uma das mais brilhantes da história) e uma embalagem criativa.

Tudo, absolutamente tudo, neste cd está perfeito. Até o nome, ideal e descritivo, pulsante, vivo, encantadoramente vivo.

Wesleywolf
Veterano
# mai/05 · Editado por: Wesleywolf
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Entao vai!!!!

Stratovarius - Fourth Dimension 1995.

Album que projetou a banda para o megasucesso, com a entrada do vocalista Timo Kotipelto, a banda ganhou um novo direcionamento musical, com influencias liricas e classicas, um som mais denso e profundo, tanto que hinos da banda como Against The Wind, Distant Skies, Galaxies, Twilight Symphony, We Hold The Key estao emplacados até hoje.
Este album praticamente dobrou as vendas de seu anterior Dreamspace, e fez com que a banda alçasse vôos mais longos, como uma turnê pelo Japao e outras partes do globo, tornou a banda mundialmente mais conhecida, eles foram eleitos a melhor banda finlandesa.

Faixa a faixa:

01 - Against The Wind
02 - Distant Skies
03 - Galaxies
04 - Winter
05 - Stratovarius
06 - Lord Of Wasteland
07 - 030366
08 - Nightfall
09 - We Hold The Key
10 - Twilight Symphony
11 - Call Of The Wilderness;

Musicas recomendadas e resenhadas;

Against The Wind- Faixa de Abertura, um começo empolgante que leva a um belo refrão, mais grudento do que chiclete em cabelo, um belo solo tambem, destaque para a voz de Kotilpeto, com seu potente agudo!!

02 Distant Skies - Musica com uma interessantissima intro, apesa da letra nao ser lá aquelas coisas, já que fala de uma certa fobia de viajar de aviao, a parte instrumental detona, otimo trampo de guitarra, e um refrao ainda mais marcante e grudento do que a primeira!!!

03 - Galaxies- Sem duvida o destaque gira em torno da intro e arranjos de teclado, pode até soar cliche mas nao se esqueçam que esse trabalho é de 1995, ou seja, 10 anos atrás, uma letra interessante tambem, já que ao meu ver cria uma especie de "toque" em vc para abrir os olhos e acordar em quanto há tempo, para seguir para uma outra galaxia ou dimensao, tambem com refrao marcante e novamente grudento, um belo solo de guitarra tambem!!!

09 - We Hold The Key - A minha musica preferida no album, (apesar de um engraçadinho ter feito o favor de riscá-lo justamente nesta faixa e torná-la inaudível) Ela começa com um clima todo especial seguida de uns lindos acordes de violao que prepara o ouvinte para o que está por vir, muito melodica e emotiva, um lindo solo ora virtuoso ora harmonioso que faz viajar ao desconhecido (agora viajei), um belo tema, tambem sobre uma especie de conscientizaçao sobre o que nos cerca, onde nos seguramos a chave para "salvaçao eterna", basta fazermos por merecer, enfim, linda musica mesmo, sugeria prioridade total à ela caso vcs queiram ouvir o album!!!

10- Twilight Symphony- O propio nome diz tudo, uma mistura de peso, harmonia e sinfonia, começa com intro ultra raipda que me pareçe um instrumento arábe, vai ganhando peso e a bela combinaçao dos teclados (se alguem tem duvida de que o teclado é necessario no Heavy em certos casos, eis aki a prova), um ótimo solo, teminha com um solo e harmonia muito melancolica, linda musica tambem, recomendo sem o menor receio!!

Bem galera, é isso ai, claro que minha resenha nao ficou tao boa quanto as do Ed Veder, mas parece que o kra é perito nisto porra (a nao ser que ele anda colando de alguma fonte, zuano hehe) mas dá para esclarecer bem a quem nunca ouviu e quer ouvir um ótimo cd de heavy metal melódico, fui!!!!

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05 · Editado por: Ed_Vedder
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Led Zeppelin - IV

No inicio da década de 70, o Zeppelin já era conhecido e reverenciado pelo mundo afora. Mas Robert Plant (, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham achavam que isto não era o bastatnte. E assim foi feito, este álbum é considerado por muitos o melhor de todos os tempos.

Black Dog é a primeira faixa, um blues pesado e ácido. é impossivel não aumentar o volume. Dando sequência, umas das músicas mais reverenciadas da banda: Rock ‘n’ Roll. A bateria de Bonham no começo é incendiária, energia pura, e vocal rasgadissimo e contagiante de Plant.

The Battle Of Evermore parece ter sido colocada estratégicamente como terceira faixa, para dar uma acalmada, uma balada bem trabalhada com muita inspiração nas guitarras de Page.

Starway to Heaven... Reza a lenda que Plant teria escrito a letra desta música em uma tacada só, e que não levou muito tempo compondo-a. Page percebeu o que a banda tinha em mãos não era simplesmente mais uma música e se esmerou durante alguns dias no acabamento da canção, chegando a compor três solos diferentes. Realmente eles acertaram a mão nesta faixa, que entrou para a história do rock.

Misty Mountain Hop é o que podemos chamar de Rock'n Roll, em toda a sua essencia.

Going to California é o momento paz e amor do disco e particularmente a minha preferida, um vocal muito emotivo de Plant.


When The Levee Breaks, um resumo do play, com todo mundo arrebentando: Bonham afundando as baquetas, Jimmy muito inspirado, J. P. Jones marcando o compasso da música que, cantada de uma maneira única por Plant, fica com pinta de épica.


Uma frase de John Paul Jones resume bem o que esse disco representou: “Ninguém nunca mais nos comparou ao Black Sabbath depois deste álbum.”

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Dire Straits - Brother in Arms

Este disco, despretencioso é até hoje o disco mais vendido em toda a história do Reino Unido. Competindo com Beatles, Led Zeppelin, Queen, Oasis etc...


Para abrir o álbum foi escolhida “So Far Away”, que tornou-se um grande hit, com versos apaixonados e doloridos. Essa tristeza (blue, em inglês) ao mesmo tempo romântica, sonhadora e esperançosa, é traduzida pela inesquecível capa azul celeste, com a foto de um violão voando entre nuvens levemente escuras num céu azul intenso, e So Far Way, nos dá justamente esta sensação.

Para seguir a faixa que foi o primeiro single retirado do disco, uma música que, se não é triste, ela simplesmente fala de descontentamento e frustração, “Money For Nothing” que contou com a grande colaboração, inclusive na criação dos arranjos de Sting (The Police)

Um pouco mais de vibração surge na celebração à vida em “Walk Of Life”, notem que esta é a terceira faixa do disco, e o terceiro Hit da banda.

“Your Latest Trick”, é não menos interessante, apenas não tocou exaustivamente como as outras citadas, possue um Saxofone muito bem executado.

Mark Knopfler decide então falar sobre amizade sem ser piegas, numa das mais belas baladas do grupo, “Why Worry”

“Ride Across The River” é uma das músicas do disco que tem como tema soldados e a guerra, e a mesma história de sempre: matar ou morrer.

Com o mesmo tema surge umas das musicas mais impactantes do disco, “The Man’s Too Strong”.

“One World”, um blues, é a mais pop (e talvez propositalmente) de todo o álbum.

“Brothers In Arms”, desde seu clima inicial, com ruídos de batalha, é mais uma da galeria das Musicas Perfeitas. Mais um hit e mais um clip famoso. Knopfler mostra mais uma vez porque é famoso e respeitado no mundo todo, a guitarra nesta musica é triste e rebelde ao mesmo tempo, magnifica.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05 · Editado por: Ed_Vedder
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The Police - Synchronicity

Conhece a história do jogador de futebol que abandonou a carreira quando estava no auge? Aconteceu algo parecido com o The Police, um dos mais importantes grupos dos anos 80. “Synchronicity” foi o canto de cisne de um trio que começou punk, bebeu das águas do ska e do reggae, misturou com uma pitada (bem pequena) de new wave e teve, como produto final, uma banda única, com um som inconfundível, não importando os elementos musicais que fossem adicionados com o passar dos anos.

Boa parte disso se deve às composições, voz e baixo de Sting, mas não dá para imaginar The Police sem o maravilhoso trabalho de bateria de Stewart Copeland e a guitarra Telecaster de Andy Summers.

Produzido em 1983 pelo próprio trio e Hugh Padgham, o álbum foi concebido sob o conceito de sincronicidade, ou seja: há uma relação entre todos os eventos no planeta. Se uma borboleta bater as asas no oriente pode causar um furacão no outro lado do mundo.

Nunca Sting, como letrista, esteve tão inspirado no The Police. A primeira faixa do álbum é “Synchronicity I”, cujo tema é explorado, repetida e hipnoticamente, até a bateria de Copeland entrar marcando forte e a voz de Sting nos trazer em versos o conceito de sincronicidade.

Na segunda faixa, “Walking In Your Footsteps”, a guitarra de Summers nos faz pensar nos gritos de dinossauros, enquanto Sting fala da tolice que fazemos, seguindo as pegadas dos dinossauros a caminho da extinção. Em seguida, com um impressionante groove no baixo, “O My God” tem outra letra cerebral que revela um dos grandes trunfos deste disco: versos inteligentes e com temas fortes sem serem ambiciosos, herméticos ou chatos.

Pausa nas composições de Sting. Agora é a vez de Stewart Copeland e Andy Summers. “Mother”, de Stewart Copeland, não é, definitivamente, uma música para tocar nas rádios FM. Com a voz ensandecida e harmonia explorada mais em notas dissonantes do que na obviedade, a letra é para fazer qualquer Norman Bates suar frio. “Miss Gradenko”, de Summers, é uma música de pouca duração, mais ritmada e simples. Pareceria quase uma concessão de Sting e Copeland para com seu guitarrista, não fosse a riqueza intrínseca da música, que vai-se percebendo a cada audição.

Ao som de um sintetizador e da forte marcação da bateria, inicia-se “Synchronicity II”, que rendeu um videoclip futurista e muito exibido na época de seu lançamento, com Sting ainda com o cabelo pintado e com o corte que usou para as filmagens de “Duna”. Agora os versos não tratam de uma explicação do conceito, mas de uma exemplificação. A banda se reintegra em volta de seu cantor e volta a funcionar como uma unidade e com sua sonoridade habitual.

Depois de uma grande música, outra grande música. Um dos maiores, se não o maior sucesso do grupo, “Every Breath You Take”, com sua letra obsessiva e um arranjo impecável, alavancou as vendas do disco até para um público que lhe era indiferente, embalado pelo dedilhado abafado da guitarra, o baixo simples e mesmerizador, a batida seca da bateria e, claro, a beleza em si da composição, capaz de resistir a qualquer arranjo ou interpretação.

“King Of Pain”, que dá continuidade ao disco, é mais uma letra brilhante numa melodia cativante. Destaque para o trabalho impecável de percussão e bateria de Stewart Copeland, sendo agressivo na medida certa. Summers, mais uma vez, prepara a base para que seus parceiros brilhem. Na esteira de belas músicas, “Synchronicity” fecha com “Wrapped Around Your Finger” e a hipnotizante “Tea In The Sahara”. A versão em cd ainda traz uma bonus track, “Murder By Numbers”.

Depois deste disco antológico e os concertos para promovê-lo, o grupo acabou, vítima principalmente dos enormes egos de Sting e Copeland. Só viriam a reunir-se mais uma vez para uma coletânea fantástica, onde re-gravaram uma versão dispensável para “Don’t Stand So Close To Me”. Como canto de cisne, porém, nada poderia ser mais grandioso e melhor para o lugar de honra que o trio conquistou no panteão do rock do que “Synchronicity”.

maggie
Veterana
# mai/05
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Ruído Rosa - Pato Fu
Como não poderia deixar de ser, vai um review meu sobre minha banda favorita e seu sexto album.
As faixas:
Eu: A influência do rock gaúcho na banda é escancarada na primeira faixa, numa música cujos arranjos da Graforréia Xilarmônica foram subistituídos para uma linguagem mais heavy.

Ninguém: Essa é clássica, uma pena que não foi o hit que rodou nas rádios. Baladinha calma, legal pra curtir uma fossa. :)

Day After Day: Poderia muito bem ter sido gravada pelo Karnak, e tem um jogo de palavras bacana.

Tribunal de Causas Realmente Pequenas: É uma das minhas favoritas, e mostra que Jonh não sabe só fazer arranjos com cavaquinho como também explorar as nuances de uma história bem contada.

Menti Pra Você, Mas Foi Sem Querer: Entra um estilo mais new wave, pra galera pular e se divertir.

Ruído Rosa: Não, o aparelho de som não tá com defeito. A música é assim mesmo, tipo Erotica, da Madonna. E proclama o que tudo mundo deveria saber: o amor é anormal.

Deus: No show anterior eles já tinham declarado, e aqui o público em geral fica sabendo da predileção religiosa da banda.

2 Malucos: Mais uma influência fica na cara: Super Furry Animals, que aliás está com CD pra sair do forno. Dá pra classificar como uma jovem guarda turbinada pelo punk.

Tolices: Versão do Ira! com eletrônica no lugar das guitarras. Talvez a única bola fora do CD.

Que Fragilidade: Começa a fase Mutantes, com psicodelia remasterizada.

E O Vento Levou: Mistura de lounge com trip hop, encerra a fase calma do CD.

Sorria, Você Está Sendo Filmado: Jonh dá o ar da sua graça cantando essa balada brega, levemente inspirada em Fastball.

Ando Meio Desligado: A versão pra essa música dos Mutantes ficou bem arrojada e pancada, e acabou indo pras rádios.


É isso aí galera, taí um review de um CD menos conhecido de uma banda super citada nas revistas especializadas fora do Brasil e que tem cacife pra tocar com Beck e Super Furry Animals.

maggie
Veterana
# mai/05
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London Symphonic Orchestra - Kashmir: Symphonic Led Zeppelin

Não precisa falar muito, ouçam e depois digam se não é um algum fundamental, daqueles que a gente põe pra rodar quando quer pensar na vida. A minha favorita é All My Love, apesar de ser difícil de escolher.


Músicas:
1. Dawn At The Great Pyramid
2. Kashmir
3. Battle Of Evermore, The
4. Stairway To Heaven
5. When The Levee Breaks
6. Going To California
7. Friends
8. All My Love
9. Kulu Valley - (Ambient remix)

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05 · Editado por: Ed_Vedder
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Smallville - Trilha Sonora



Pra quem tem aquele espírito Desbravador, e gosta de um sonzinho alternativo, eis um CD muito gostoso de se escutar, além da faixa já conhecida Save-me, este disco traz surpresas muito boas e duas covers dos anos 80 que na minha opinião ficaram até melhores.


Save Me, musica da banda Remy Zero, abre o cd e tambem o seriado, tem uma introdução maneirinha e um refrão chiclé, mas está longe de ser a melhor faixa do álbum.

Inside Out da banda Von Ray é uma balada muitissima bem feita, com um toque certo de distorção, essa é um dos destaques do disco.

Island In the Sun foi realmente um desperdicio, e logo com a unica banda conhecida de todo o cd, o pessoal do Weezer, eu honestamente odeio essa musica.

Superman, mais uma musica excelente do disco, com um pianinho meio enjoado no inicio, a balada se desenrola muito bem, tornando-se um ponto alto do disco, a letra tambem é sensacional.

Nuclear recebeu um certo destaque no disco, mas honestamente eu a coloco no mesmo pacote das outras Lonely Day e Fight Test, apenas musicas boas.

Don´t Dream It´s Over aparece com uma roupagem totalmente diferente, e não menos maravilhosa, acertaram em cheio nessa musica!

Wave Goodbye, a primeira coisa ao ouvir essa musica é comparar a voz do vocalista à de Bono Vox, e fica por ai, nada de especial tambem.

I Just Wanna Be Loved com certeza é a música mais fraca do álbum.

Everything, como diz o título, essa musica é tudo, uma das musicas mais introspectivas e belas que já escutei, ela por si só ja vale o CD, e o nome da banda é Lifehouse, que tambem tem outras musicas legais, mas essa Everything é um espetáculo.

Time After Time um arranjo lindo de violão, e uma voz muito melhor do que Cindy Louper fecham o disco, apesar de ser apenas violão e voz, o resultado desta experiencia ficou excelente.

LOW Fl
Veterano
# mai/05
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The Mars Volta - Frances the mute

Em uma época em que o sempre mutante mundo da música faz o Punk virar Pop e o Heavy Metal, com uma “nu-fórmula” (se é que você me entende), está no ‘mainstream’, a banda The Mars Volta é uma das que transgridem as regras atuais, com estilo difícil de ser rotulado, difícil de ser compreendido.

“Frances The Mute”, o segundo trabalho desta banda, traz novamente a sonoridade transgressora, cheia de ritmos não lineares, guitarras excêntricas e linhas vocais bilíngues ousadas. Como referência, imagine uma mistura do excelente, mas por si só já esquisito Radiohead (principalmente da fase do primoroso “Ok Computer”) e do veterano e lendário Rush (no álbum “2112”), tudo com um certo toque Garage Rock. Complicado, não? Mas o vocalista Cedric Bixler-Zavala e o produtor Omar Rodriguez-Lopez parecem não se importar se eu, você ou alguém é capaz de compreendê-los e assim, seguem fazendo a sua inusitada obra. São cinco faixas que deverão fazer a alegria dos modernos.

Destaques para trechos legais na faixa de abertura “Cygnus.... Vismund Cygnus”, em “Miranda That Ghost Just Isn’t” e “Cassandra Gemini”.

Para alguns, vai soar totalmente esquisito. Para outros, será um trabalho admirável. Na minha opinião ser normal às vezes faz bem e “Frances The Mute” é um álbum doidão demais (mas verdade seja dita, feito com adrenalina de sobra). No geral, um bom CD.

Na verdade o Cd é somente uma musica, mas divididas em suites. Alguns cds vem com 5 faixas e outras com 18, mas eh o mesmo tempo de musica:

01. Cygnus...Vismund Cygnus
02. A. Sarcophagi
03. B. Umbilical Syllables
04. C. Facilia Descenus Averni
05. D. Con Safo
06. The Widow
07. L'Via L'Viaquez
08. Miranda That Ghost Just Isn't Holy Anymore
09. A. Tathata Sunyata
10. B. Pour Another Icepick
11. C. Pisacis (Phra-men-ma)
12. D. Con Safo
13. Cassandra Gemini
14. A. Tarantism
15. B. Plant A Nail In the Navel Stream
16. C. Faminepulse
17. D. Multiple Spouse Wounds
18. E. Sarcophagi

LOW Fl
Veterano
# mai/05
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Ed_Vedder
Nao contavam com a minha astucia!!!!!!

http://speculation.org/mreff/Mars_Volta_-_Francis_The_Mute.rar

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05 · Editado por: Ed_Vedder
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Pearl Jam - Yeld


Depois do fracasso de "No Code" (leia-se fracasso de vendas), Vedder e sua trupi tantaram fazer um disco mais Rock n Roll novamente. Algumas pessoas lamentaram este fato, pois para elas, No Code foi um grande disco, e de certa forma Yeld rompeu uma tendencia pré-estabelecida pelo seu antecessor.

Mas quem se atreve a criticar uma banda como o Pearl Jam, os caras que freiaram a si mesmos, caras que trocaram as limosines e o show bizz pelo anonimato.

E é por ai que irei seguir este review, Yeld não deixa de ser um grande disco por soar destoante do seu fracassado antecessor.

Brain of J abre o disco dando a impressão de que Yeld será um novo Vitalogy, guitarras possantes de McCready e uma bateria pra lá de diferente (como em todo o disco) de Jack Irons, com certeza essa é uma das melhores músicas do disco.

"Faithfull" começa com um vocal meio enjoado de Vedder, estilo Sometimes (eta musica chata) do No Code. Mas Vedder ri por último, Faithfull engrena um grande refrão, que ganha um vocal raivoso como nos tempos do TEN.


"No Way" uma letra meio bobinha de Stone Gossard, e demora demais para engrenar, uma faixa até certo ponto desnecessária.


"Given To Fly" começa a tocar, e alguns fãs mais desavisados são capazes de acreditar que é uma cover de Going to California do Led Zeppelin, me arrisco a dizer do alto de minha personalidade Tiete, que Given to Fly é ainda melhor, inicia com uma bateria muito bem elaborada de Jack Irons, e o vocal grave de Eddie dá uma clima perfeito a essa musica, e então ela cresce absurdamente, e vc realmente se sente disposto a voar.

"Wishlist" poderia ser uma canção bobinha, com um instrumental bem simples, mas sua letra e a forma descompromissada como é cantada, casaram tão bem, que essa música acabou tornando-se uma das melhores (para muitos a melhor) do álbum.

"Pilate" é legazinha, pena que as guitarras dão o ar da graça só no refrão.
"Do The Evolution" é interessantíssima, com Vedder narrando a estúpida "evolução" do homem. Nessa música Eddie está irreconhecivel e inimitável. "Do The Evolution" também ganhou um belo vídeo-clipe, em animação (dirigido por Todd "Spawn" McFarlane), o primeiro da banda desde 1992.

"MFC", com grande melodia inicia uma nova etapa do sico, o trabalho das três guitarras ficou excelente.

"Low Light" foi a maior contribuição do baixista Jeff Ament ao Pearl Jam até então (depois ele tambem iria compor Nothing as it Seems) é uma linda e mocionante canção.

Já "In Hiding" surge como uma autobiografia da banda (que vive escondendo-se), um rockzão super pra cima e vocais até surpreendentes de Vedder nos refrões.

"Push Me, Pull Me" aparece para acabar com a sensação de que Yeld será o melhor álbum do Pearl Jam, chega a ser sonolenta de tão chata.
Mas em "All Those Yesterdays", Stone com uma certa dose de humor acerta a mão como compositor e fecha bem o disco. Mas 1 minuto depois desta, há um instrumental bem legal, escondido.

A frase irônica de Eddie Vedder, em "Do The Evolution": "I'm at peace/with my lust/I can kill because in God i trust" encerra esse comentário, alguem se atreveria a discordar?

Wesleywolf
Veterano
# mai/05
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Kamelot - Karma, 2001.

Apos uma boa ou até ótima repercussão do album Fourth Legacy, a banda lança Karma (na minha opiniao, de longe o melhor trabalho da banda), melódico, cativante, denso e pesado, eis alguns critérios que uso para qualificar o petardo sonoro. É inegável afirmar, que o sucesso do mesmo se deu em boa parte a entrada do novo frontman Roy Khan. Desde Siege Perilous na banda, o novo vocalista só fez ascender a tragetoria do grupo, e o apiçe da evoluçao, criatividade e maturidade musical se tornou evidente em Karma, com riffs alucinantes, belos solos arranjos, fruto do excelente trabalho do guitarrira Thomas Youngblood, aliados a fabulosa e agradável voz de Khan, fazem do mesmo um trabalho digno de musicos excepcionais, o batera Casey Grillo nao fica atras, com uma pegada ora forte, ora suave quando necessario. É importante citar aos desavisados que criticam o heavy melodico pelos seu "gritinhos" histéricos, que neste album de power metal melodico tal cliche nao existe, nada é forçado, pelo contrario soa natural e autentico, um mérito que nao é comulmente encontrado em bandas do gênero, principalmente nas tais plagiadoras descaradas.

Faixas:
01 - Regalis Apertura
02 - Forever
03 - Wings Of Despair
04 - The Spell
05 - Don't Cry
06 - Karma
07 - The Light I Shine On You
08 - Temples Of Gold
09 - Across The Highlands
10 - Mirror Mirror
11 - Requiem For The Innocent
12 - Fall From Grace

Faixas recomendadas: Todas, isso mesmo, todas mas vou enfocar algumas:

01 - Regalis Apertura, sem duvida uma das melhores aberturas de albuns que já ouvi, com todo seu clima épico, ela cria o clima especial para sua sucessora;
02 - Forever, considerada um clássico da banda, refrao grudento e eficiente, mas nada de enjoativo;
03 - Putz que riff matador tem a intro dessa faixa, nos primeiros segundos de audiçao, ele impressionara qualquer guitarrista, e talvez até quem nao goste do som do instrumento, refrao marcante tambem;
04 - Outro riff avassalador, me arrisco até a fazer um convite aos guitarristas de plantao a ouvi-la, se nao gostarem (pelo menos do riff) podem me xingar, destaque tambem para voz de Khan;
05 - Don't Cry - Eis aki uma das mais belas baladas já compostas por uma banda de heavy, a começar pelos lindos acordes de violao, calma, serena e maravilhosa, é ao que se resume está musica, um belo tema onde Thomas retrata a falta de seu pai, cujo ele perdera muito cedo;
06 - Karma - Faixa titulo, outra musica onde vale acrescentar e eficiencia dos teclados em algumas musicas de heavy metal, um classico da banda, que ganhou até um anime;
09 - Across The Highlands, outra faixa que aposto minhas fichas no seu estupendo riff, belo refrao, solo magnifíco;

Enfim, nao é a toa que este disco é aclamado por muitos como o melhor da banda, pois qualidade, criatividade, inspiraçao é o que não lhe falta.

Galera, achei um link do submarino onde vcs podem ouvir trechos das faixas postarei aqui, nao sei se é ilegal, mas ai vai:

http://www.submarino.com.br/cds_productdetails.asp?Query=ProductPage&P rodTypeId=2&ProdId=174165&ST=CM11007#synopsys

Espero que apreciem este excelente album, mesmo para quem nao goste do estilo, eu recomendo e a probabilidade de nao gostarem é mínima!!!

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05 · Editado por: Ed_Vedder
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Wallflowers - Bringing Down The Horse

Alguns álbuns tem uma importância muito grande, e representam uma fase de nossas vidas, em 1997 as coisas andavam bem paradas no cenário musical, bandas fuleiras como o Couting Crows tocavam exaustivamente em rádios e na MTV.

Então Jacob Dylan, o filho do lendário Bob Dylan surge com um album despretencioso, com letras super intimistas, melodias muitissimos bem trabalhadas, no melhor estilo Folk/Rock de Bruce Springtein.

O disco abre com a maravilhosa One Headlight que se tornaria o maior hit dos caras, essa musica é maravilhosa, começa timidamente com uma batida contida de bateria e um som de orgão belissimo, os caras acertaram em cheio na escolha dessa musica para abrir o álbum.

Então nas faixas que seguem, descobrimos que o disco realmente não iria resumir-se a One Headlight, e todas as suspeitas de que Jacob estava em evidencia por ser apenas mais um filinho de papai vão por água abaixo.

6th Avenue Heartache é uma balada maravilhosa, com guitarras blues/folk perfeitas destacando-se sobre uma base linda.

Angel On My Bike, Bleeders, God Don't Make Lonely Girls,I Wish I Felt podem ser colocadas no mesmo patamar: musicas muito boas.

então chegamos em Invisible City, melodia perfeita, vocal contido o tempo todo, estilo narrativa, o timbre de Jacob está perfeito nessa musica, e as guitarras parecem estar chorando, de arrepiar essa musica!!!

Josephine tambem entrou para meu seleto hall de musicas perfeitas, melodia pegajosa, que finaliza com interminavel e belo solo de guitarra.

Three Marlenas é uma canção bobinha, mas muito agradável de se ouvir, não chega a explodir, mas não deixa de ser um outro grande destaque desse novo cd.

Wallflowers é um dos poucos casos de bandas Pop/Rock que não entram naquela onda Clichê, mostrando grande competencia e qualidade em suas composiçoes.

Pra quem tem a cabeça um pouquinho aberta, e acredita que exista boa musica pra lá da distorção, esse cd é insdispensável.

E pra quem ainda não escolheu um presente pro dia dos namorados, melhor conselho que esse, eu não saberia dar.

Ed_Vedder
Veterano
# mai/05
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Temple of the Dog

O álbum lançado pelo Temple of the Dog é único em todos os aspectos. Talvez nunca houve, na história do rock, um episódio de reunião entre duas bandas que tivesse sido tão bem sucedido quanto nesse álbum. A motivação ao fazer o disco era de prestar tributo ao amigo Andrew Wood, não havia pressão de gravadora, interesses comerciais, ou mesmo prazos para lançamento.


O espírito das gravações era o de amigos fazendo música. Os ensaios do Temple of the Dog aconteciam à noite, enquanto que à tarde, Stone Gossard e Jeff Ament ensaiavam em seu novo projeto, juntamente com Eddie Vedder e Mike McCready, o Mookie Blaylock que mais tarde viria a ser o Pearl Jam. Aliás, a história do Temple é marcada por pequenas coincidências. Quando Chris Cornell procurou Stone e Jeff para mostrar a demo de Say Hello 2 Heaven e Reach Down e apresentar a idéia, Stone e Jeff estavam trabalhando em uma demo junto com McCready e o baterista Matt Cameron (baterista de qual banda? Soundgarden!) Matt imediatamente se tornou o baterista do Temple of the Dog.

Essa fita demo que Stone e Jeff estavam fazendo circulou pelo circuito underground da costa oeste e chegou as mãos de um surfista de San Diego: Eddie Vedder!! Eddie compôs as letras para as músicas da demo e foi para Seattle bem na época em que eram feitas os ensaios do Temple of the Dog, e assim ele soube do projeto, acabando por completar a formação da banda, cantando em 'Hunger Strike' e fazendo backing vocal em mais 3 faixas.

Algumas vezes os projetos se misturaram, repare na semelhança das músicas 'Footsteps' do Pearl Jam e 'Times of Trouble' do Temple of the Dog. Stone e Jeff apresentaram essa música para Cornell pôr as letras e colocá-la no álbum ao mesmo em que Eddie, em San Diego, fazia as letras para essa mesma música que estava na tal fita demo.

O álbum é daqueles que se ouve da primeira a última faixa tranquilamente. Começa com 'Say Hello 2 Heaven' e suas letras emocionadas, só a guitarra na introdução já é de arrepiar... Depois vem a interminável 'Reach Down' e seus 11 minutos de puro improviso. Mike McCready, que manda um impecável solo no fim da música, conta que nunca tinha estado em um estúdio até então e gravou toda a música em um só take.

Não há comentários para 'Hunger Strike', música que com certeza vai entrar para a história como um clássico dos anos 90. Foi um grande sucesso e ganhou um videoclip igualmente muito bonito. 'Pushin' Forward Back' mantém o peso do álbum antes de outra bela balada, 'Call me a Dog'. 'Times of Trouble', outra balada com piano e harmônica, tem a bela letra de Cornell.

'Wooden Jesus' tem a interessante passagem acústica/elétrica, a excelente pegada de Cameron na bateria e o banjo de Cornell. 'Your Savior' talvez seja a melhor música do disco, Cameron se supera na bateria, os riffs são ótimos e a parte do solo com Jeff segurando a melodia no baixo é perfeita. 'Four Walled World' é outra boa música com guitarras que lembram muito Led Zeppelin. 'All Night Thing' é a balada que encerra o disco com uma bela melodia baseada em baixo e órgão e uma excelente bateria numa batida incomum para uma balada.

O disco, lançado em 1991, teve uma vendagem modesta até a metade de 1992 quando a gravadora A&M resolveu divulgar o Temple of the Dog após o sucesso do Pearl Jam. O álbum entrou na parada da Billboard e atingiu o top 10, chegando a marca de 1 milhão de cópias no fim do ano.

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