Porque pessoas que não entendem de música hoje em dia conseguem fazer sucesso?

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Tecfrente
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: Tecfrente
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Mauricio Luiz Bertola

Tecfrente
"Empatia"
Só um dado: Empatia, carisma, embora não possa ser criado, pode ser manipulado, pode ser desenvolvido e "empurrado pela goela abaixo" dos incautos. Hitler (historicamente falando), é um exemplo claro disso. E existem muitos outros, inclusive na música...
Abç


Com esse comentário você meio que parafraseou o trecho de meu post:

(...) as origens antropológicas, POLÍTICAS, culturais, PSÍQUICAS, biológicas ... da CAUSA dessa empatia (...)

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jul/15
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Tecfrente
Discordo.
Apenas procurei demonstrar que "empatia" pode ser "construída", "manipulada". Não parafraseei, acrescentei mais um pequeno dado à discussão.
Abç

Tecfrente
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: Tecfrente
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Mauricio Luiz Bertola

Se Hitler, embasando-me em seu exemplo, "manipulou" toda uma massa para que essa massa tivesse "empatia" por ele, não poderíamos afirmar que essa empatia (construída, como você disse) teve uma "causa" política, por exemplo ? Ou "psíquica", como queira ? Hitler se interessava por mentalismo, hipnose e há quem diga que o símbolo da suástica foi construído por aquelas formas geométricas propensas a um processo sugestivo e hipnótico. Mas aí já entraríamos em outra discussão ...

Tecfrente
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: Tecfrente
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Wuju Wu Yi

Mauricio Luiz Bertola
concordo com vc. este tópico é um bom tópico que fala sobre isso.

http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/319938/


Olha, que interessante! Nem tinha lido esse post e também falava sobre a empatia a que me referi hehee. Que egrégora maluca ... ou seria o inconsciente coletivo ?! (pergunta apenas retórica hehe)

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jul/15
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Tecfrente
Sim, entraríamos em outra discussão...
Detalhe: O carisma dele era inegável e foi por ele desenvolvido propositalmente.
Não são as causas que são políticas, são os objetivos...
Abç

Tecfrente
Membro Novato
# jul/15
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Mauricio Luiz Bertola

Tecfrente
Sim, entraríamos em outra discussão...
Detalhe: O carisma dele era inegável e foi por ele desenvolvido propositalmente.
Não são as causas que são políticas, são os objetivos...
Abç


Sim. A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica.

RafaelBernatto
Veterano
# jul/15 · Editado por: RafaelBernatto
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Sim. A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica.

Que paradoxo bacana hein.. onde a causa é o objetivo.. o_O rsrs

"Razões políticas levaram Hitler a estudar e aprimorar seu carisma. Mudando trejeitos por exemplo."

Isso que ele quis dizer.. e não necessariamente que Hitler tinha aquele carisma por causa de suas disposições políticas..

Lelo Mig
Membro
# jul/15
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Deita-te numa cama de pregos
e crie fama de faquir.
Crie fama e deita-te na cama.


Tecfrente
Membro Novato
# jul/15
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RafaelBernatto

Sim. A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica.

Que paradoxo bacana hein.. onde a causa é o objetivo.. o_O rsrs

"Razões políticas levaram Hitler a estudar e aprimorar seu carisma. Mudando trejeitos por exemplo."

Isso que ele quis dizer.. e não necessariamente que Hitler tinha aquele carisma por causa de suas disposições políticas..



Onde que causa é objetivo ? Preste atenção.

Eu disse:

A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica.

Não vejo um hipérbato em minha oração que justificasse sua falta de entendimento ou disfunção de ordem interpretativa. Talvez sua dificuldade hermenêutica esteja na sintaxe de um dos verbos mais rudimentares e fundamentais de nossa língua: o verbo ser/estar.

Voltando a minha oração, perceba que utilizei o verbo ser/estar no plural (foram), pois em casos em que o sujeito e o seu predicativo estão em graus diferentes, deve-se concordar com o elemento que estiver no plural, logo utilizei "foram" em vez de "foi", que nesse último caso concordaria com "A causa ..."

Vejamos novamente ...

A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica.

Eu poderia ter dito ...

A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo FOI seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica. (vai contra a regra supramencionada).

A "empatia" teve uma "causa", certo ? Você dá a entender que essa causa são os "trejeitos" e o "carisma" que Hitler desenvolveu, ok ? Ele não fez tudo isso por "objetivos" políticos ? Logo temos:

"trejeitos" e "carisma" que Hitler desenvolveu (causa)
Empatia (efeito)

"objetivos" políticos (causa)
"trejeitos" e "carisma" que Hitler desenvolveu (efeito)

Logo, formamos um silogismo ...

"objetivos" políticos (causa) (Nessa exata premissa "objetivo" é "causa")
Empatia (efeito)

Ora, se A é maior que B e B é maior que C, logo A é maior que C. Se conseguir entender isso, entenderá tudo o que eu disse.

Algo mais ?

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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Eita bixo..kkk

RafaelBernatto
Veterano
# jul/15 · Editado por: RafaelBernatto
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Tecfrente

Voltei no tempo pra dizer que ok. rsrs

Tecfrente
Membro Novato
# jul/15
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RafaelBernatto

Tecfrente

O "problema" seria resolvido assim: "A causa da construção ou aprimoramento da empatia de Hitler foi seu objetivo político" O que é óbvio...


Não tem nada de óbvio. Pelo contrário. A construção acima está errada.

Olha como você deve estar entendendo a frase acima:

"A causa da construção ou aprimoramento da empatia de Hitler foi (tida como) seu objetivo político"

Veja:

O "objetivo político" de Hitler foi estabelecer a supremacia da raça ariana em seu território.

O "objetivo político" de Hitler não foi construir uma "auto-imagem" que gerasse "empatia" de seu povo sobre ele. Isso foi um "meio" para que ele alcançasse seu "objetivo político".

Maquiavel é famoso pela frase:

Os "fins" justificam os "meios".

No Caso de Hitler, ela se aplica bem, pois ele fez o que fez com os judeus (meios) para tentar alcançar aquilo que não alcançou (fins).

Voltando à minha construção inicial que deu início a esse imbróglio todo:

A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica.

Vou reformulá-la, para que ela não seja mal-interpretada por hipérbato.

Hitler tinha "objetivos políticos" em mente. Para conquistá-los, ele procurou fazer de tudo para que o povo sentisse "empatia" por ele e seus ideais.

O que causou a "empatia do povo por ele" ? Os "objetivos políticos" dele, ok ?

Você pode pensar:

Não, não foram os objetivos políticos, mas sim seus gestos, movimentos corporais, ritmo de oratória, modo de se vestir, corte de bigode kkkk seja lá o que for kkkk

Daí, eu digo:

Mas tudo isso ele fazia por quê ? Pelos "objetivos políticos" dele, concorda ?

É óbvio que tinha gente que tinha empatia por ele, independente de suas idéias, mas apenas pela sua pessoa. Mas aí já é uma outra história. Não estamos falando desse tipo de gente e sim daquelas que tiveram uma "empatia" induzida, provocada, construída nelas de maneira manipuladora por ele.

Veja a construção de várias formas:

A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica.

é igual ...

Os "objetivos" políticos de Hitler (suas idéias utópicas e insanas) e sua condição psicopatológica "causou", indiretamente, uma empatia do povo por ele.

é igual ...

Os "objetivos" políticos de qualquer ditador do mundo precisam de "meios" para serem alcançados. A "empatia" do povo por esse ditador é um desses "meios", que facilitem o alcance desses "objetivos".

Logo, quando ditadores tem "objetivos políticos" é comum "causarem" a empatia de seu povo para facilitar o alcance desses objetivos.

Acho que ficou claro agora que não há paradoxo em "objetivos" e "causas". Desde que entenda-se "objetivos políticos" como a "supremacia da raça ariana" e não "provocar empatia do povo por ele". Isso é um "objetivo-meio", vamos falar assim, e não o "objetivo-último", final, derradeiro (supremacia ...)

RafaelBernatto
Veterano
# jul/15
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Olha como você deve estar entendendo a frase acima:

"A causa da construção ou aprimoramento da empatia de Hitler foi (tida como) seu objetivo político"


Não, até que depois eu vi que poderia ser entendida dessa forma, tanto que editei o texto.. Mas tudo bem... Eu na verdade concordo com você...

Desde que entenda-se "objetivos políticos" como a "supremacia da raça ariana" e não "provocar empatia do povo por ele". Isso é um "objetivo-meio", vamos falar assim, e não o "objetivo-último", final, derradeiro (supremacia ...)
Aqui é o ponto.. O "problema", acho, foi a palavra "objetivo".. enfim.. mas é isso.. rsrs

Tecfrente
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: Tecfrente
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RafaelBernatto

Agora.. Dizer que a frase não é ambígua já é demais

Nunca disse isso.

No seu primeiro post, você não disse "ambiguidade", mas "paradoxo".

"Paradoxo" (também chamado de oxímoro) é uma coisa, "ambiguidade" (também chamado de anfibologia) é outra.

Minhas argumentações foram pelo fato de você ter dito que houve "paradoxo" em minha construção, o que não houve.

Tecfrente
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: Tecfrente
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RafaelBernatto

Tudo bem. Acho que entendi a origem de todo o debate. você interpretou inicialmente "objetivo" de uma forma diferente da que deveria ter sido interpretada.
Veja que sempre usei o adjetivo "político" junto a palavra "objetivo" para não haver interpretações destoantes. Quando comentei que o "objetivo político" era a "supremacia da raça ariana" daí tudo ficou mais claro, não é ?

RafaelBernatto
Veterano
# jul/15
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Tecfrente

IMO, se você pegar essa frase: "A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica." e apresentar a uma porção de pessoas, 99% delas irá entender que (trocando em miúdos) as loucuras e ideologias dele levaram as pessoas a segui-lo. Em primeira instância... Motivo direto. A pessoa ouviu os ideais dele e se simpatizou..

Por exemplo: Uma amiga disse (interpretando sua frase): "O motivo das pessoas gostarem dele foi a identificação com as ideias políticas e o fato dele ser um manipulador".

Sacou?

Porém não foi isso que você quis dizer, claro..

Sobre o paradoxo...
Eu escrevi concordando com isso: (Do Bertola)

Detalhe: O carisma dele era inegável e foi por ele desenvolvido propositalmente.
Não são as causas que são políticas, são os objetivos...
Abç


Que na minha opinião discorda do que afirmo ser o "entendimento comum" da sua frase..

Entendeu? :X

Contudo, seguindo o seu raciocínio... (E é óbvio isso) O objetivo-final vai ser sempre causa da causa do objetivo-final... O tal do paradoxo.. rsrs

Foi esse meu raciocínio.. espero que tenha ficado claro..

RafaelBernatto
Veterano
# jul/15
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Tecfrente

Mas vamos parar com isso rsrsrs.. Chega de desvirtuar o tópico... E me desculpe pois acho que fui meio arrogante quando comecei a conversa.. o/

Ismah
Veterano
# jul/15
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Lelo Mig
se a única coisa que ele leu é Paulo Coelho e 50 Tons de cinza, se só assiste filmes no estilo Crepúsculo, se nunca foi ao teatro, se acha que Michelangelo é uma tartaruga ninja......nunca vai compor nada que preste.

ÉPICO!

sandrokaza
No cenário de trilhas sonoras por exemplo, acho que estética e técnica é muito valorizado, porém, o retorno que um profissional deste ramo tem nem sempre é muito bom

Vc sabe bem pouco disso rsrs

Mauricio Luiz Bertola
Sim, isso SEMPRE ouve.
Mas era contrabalançado com muitas coisas boas também...
Hoje em dia a relação infelizmente inverteu...


Ou será que o tempo filtrou as coisas ruins?

Tecfrente
O público tem empatia com o artista e pronto.

Se isso é certo, errado, legítimo, coerente, bonito, feio, etc ... daí já é assunto para se discutir (por exemplo, as origens antropológicas, políticas, culturais, psíquicas, biológicas ... da causa dessa empatia) , mas estou apenas respondendo objetivamente com uma única palavra o tópico.


Até ganhou +1 por essa.

Fernando de almeida
Veterano
# jul/15
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Eita quanta discussão e quantos conceitos disso e daquilo ...

Legal ... hehehehehe ...

Fatores filosóficos, sociológicos, culturais, históricos, políticos, religiosos, sociopolíticos, econômicos, antropológicos, geográficos, morais, interpretativos, pessoais e até sexuais, entre outros - kkkkkkkkkkk - queria ser culto assim ....

Tecfrente
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: Tecfrente
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RafaelBernatto

Tecfrente

IMO, se você pegar essa frase: "A causa da "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica." e apresentar a uma porção de pessoas, 99% delas irá entender que (trocando em miúdos) as loucuras e ideologias dele levaram as pessoas a segui-lo. Em primeira instância... Motivo direto. A pessoa ouviu os ideais dele e se simpatizou..

Por exemplo: Uma amiga disse (interpretando sua frase): "O motivo das pessoas gostarem dele foi a identificação com as ideias políticas e o fato dele ser um manipulador".

Sacou?

Porém não foi isso que você quis dizer, claro..



Foi isso sim que eu quis dizer.

Antes de mais nada, apenas uma correção de ordem gramatical:

Só apenas uma pequena correção: "de ele ser um manipulador" e não "dele ser um manipulador".

Sua amiga interpretou corretamente minha frase. Diga isso para ela.

Vou coadunar a frase dela com a minha:

Interpretação de sua amiga:
"O motivo das pessoas gostarem dele foi a identificação com as ideias políticas e o fato dele (sic) ser um manipulador".

O motivo das pessoas gostarem dele "traduz-se por" causa da empatia.

"identificação com as ideias políticas e o fato dele ser um manipulador" é "causa" (ou "motivo", usando o termo de sua amiga) da empatia do povo por ele.

Mas qual a "causa" dessas "ideias políticas e o fato dele ser um manipulador" ?

Os "objetivos políticos" ! Eureka !!!! Entendeu ?

B é causa de C
A é causa de B

Logo,

A é causa de C.

Sendo ...

A = objetivos políticos.
B = ideias políticas e o fato de ele ser um manipulador
C = empatia do povo por ele.

Então ...

"A causa da "empatia (C)" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" (A) políticos e sua condição psicopatológica."

Sabe o que gera ambiguidade na frase acima ? Ignorar a palavra "causa". Veja como tudo é interpretado de forma diferente (da forma como você interpretou):

"A "empatia" que ele "construiu" em seu povo foram seus "objetivos" políticos e sua condição psicopatológica."

Ou seja, da forma como está acima, a interpretação fica:

O objetivo dele era construir uma empatia em seu povo (estou desconsiderando a expressão "condição psicopatológica", pois ela não faz parte do debate).

Quando eu disse "objetivo" estava me referindo a "objetivo político" e não a outros objetivos antes desse.

Na verdade, não foi eu quem usou essa expressão "objetivo político", mas o colega Mauricio Luiz Bertola, depois que eu disse que a causa da empatia era de origem política (entre outras causas ... é só voltar e ler meu post), daí ele disse que a causa da empatia não era política, mas os objetivos políticos. Para mim, mesmo considerando "objetivos políticos" ainda acho certo falar "a causa da empatia foi política, entre outras causas". Agora querer especificar "objetivos políticos", "ideologia política", "intuito político", trama político", etc ... tudo não deixa de ser política!

É igual aquele caso ...

- Fulano está com infecção viral.

- Não. Ele está com gripe.

- Sim. Mas não deixa de ser uma infecção viral.


Ou senão ...

- Fulano viajou para a Europa.

- Não. Ele viajou para a França.

- Sim. Mas não deixa de ser Europa.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jul/15 · Editado por: Mauricio Luiz Bertola
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Ismah
Ou será que o tempo filtrou as coisas ruins?
Também...
Mas no futuro, essa "filtragem" ficará bem mais complicada. Basta dar uma olhada nas "paradas de sucesso" hoje, basta analisar, à partir de sua memória mesmo, o que de significativo musicalmente se produziu nos últimos 10/15 anos, basta ver que tipo de música músicos mais jovens (que não sejam estritamente profissionais) fazem "covers", etc, etc...
A questão aqui não é se antigamente (de 60 anos até uns 30 atrás), se fazia música ruim. Isso é FATO. A questão é que o número de coisas significativas que se produziu de 10 anos pra cá se reduziu e vem se reduzindo sistematicamente... No rock, no samba (não "pagode"), na MPB, isso é notável... Não vou citar "fúnqui", tipo "proibidão" pois não considero isso música, nem esses ritmos da moda atuais (de matriz"interiorana" - nem vou usar o termo "sertanejo" pois essa miríades de estilos tem uma história em particular) pois não me interesso por isso e eles fazem parte desse processo radicalizado atualmente de "coisificação" da música (entenda que estou apenas observando à partir dos padrões e dinâmicas atuais - "antigamente" os estilos que citei acima também faziam parte da Indústria Cultural, mas a forma como isse se dava era diferente da de hoje).
E isso, este processo, é o resultado de uma dinâmica da Indústria Cultural atual, do próprio Capitalismo atual, e isso é inexorável, não tem volta (a História não dá "marcha à ré"). Isso também não significa que não se produzam coisas boas, muito boas hoje; apenas que elas não são mais veiculadas, não são "acessadas" pela enorme maioria da população (que acaba por não se beneficiar desta produção) - estes ficam à mercê da mídia (que só divulga o lixo e o imediatismo que dá lucro rápido), não são "educados" à ouvir, a "consumir" coisas boas; e essa produção (de coisas legais) fica "guetizada", elitizada numa galerinha que acha que o mundo virtual e a sua "patota" é o mundo real - E isto é um processo de "pulverização cultural" que leva ao rebaixamento dos padrões (culturais) gerais, sua "guetização", e, por conseguinte reforça ainda mais o ciclo vicioso do rebaixamento que é induzido pela Indústria Cultural atual.
Espere e você verá, daqui à um ano, uma nova Valesca Popozuda, um novo Naldo, um novo Cristiano Araújo, uma nova moda qualquer. Agora, ver um novo Cartola, um novo Queen, uma nova Elis Regina, um novo Luiz Gonzaga, um novo Black Sabbath, etc.... Isso cada vez mais torna-se improvável....
Abç

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jul/15
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Tecfrente
Na verdade, não foi eu quem usou essa expressão "objetivo político", mas o colega Mauricio Luiz Bertola, depois que eu disse que a causa da empatia era de origem política (entre outras causas ... é só voltar e ler meu post), daí ele disse que a causa da empatia não era política, mas os objetivos políticos. Para mim, mesmo considerando "objetivos políticos" ainda acho certo falar "a causa da empatia foi política, entre outras causas". Agora querer especificar "objetivos políticos", "ideologia política", "intuito político", trama político", etc ... tudo não deixa de ser política!

Certo, concordo; mas há que identificar corretamente os conceitos, os assuntos abordados, pois "...viajar para a Europa..." é generalizante. "...viajar para a França...", é específico. E, se se quer rigor, informação, deve-se especificar.
Até porque, a França é bem diferente da Polônia, embora ambos sejam países europeus...
Mas concordo com você.
Abç

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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eu ainda acho que a imortalização das bandas de rock dos anos 60-2000 aconteceu por puro pioneirismo. não tem nada haver com qualidade.

é tipo surgir o avião. quando surge tem uma agitação imensa e todos sabem quem é santos dumont. mas todos andam hoje de avião e dane-se os engenheiros que projetam os aviões atuais, que só quem é do meio conhece.

40 anos é um tempo muito curto historicamente falando. apesar de ser uma vida do nosso ponto de vista.

Eu não sei o que está acontecendo exatamente com o mundo, e como ele vai ser daqui uns 300 ou 500 anos. Mas creio ser algo mais natural do que parece para muitos. E do ponto de vista de alguém de 500 anos a frente tudo vai parecer simples nos livros (supondo que ainda sejam usados) de história, e mais especificamente nos livro de história da música.

Eu tenho a leve sensação que a maior parte dos chutes estão errados. Mas enfim.

Só acho isso ai. Tem que ser muito visionário pra entender com precisão o que esta acontecendo.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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eu tenho a leve sensação que pra surgir novos icônes culturais, todo mundo da geração passada (artistas) precisam morrer. do contrário todo mundo ainda vai estar com a mentalidade presa neles.

não da pra pensar em outros sambistas por exemplo sabendo que martinho da vila, zeca pagodinho, jorge aragão e cia estão vivos. agora quando eles morrerem certamente vai surgir uma galera nova ai. creio.

não que eu esteja desejando isso, apenas penso ser o ciclo natural das coisas.

só acho.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jul/15 · Editado por: Mauricio Luiz Bertola
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Wuju Wu Yi
eu ainda acho que a imortalização das bandas de rock dos anos 60-2000 aconteceu por puro pioneirismo. não tem nada haver com qualidade.
Cara, você não deixa de ter uma certa razão em apontar o pioneirismo... Mas...
Quando você lê intelectuais de porte como Humberto Eco, Jacob Gorender, Susan Sontag, Eric Hobsbawn, Theodore Adorno, Jean-Paul Sartre, etc (a lista é razoável), refletindo, analisando, elogiando o movimento cultural dos anos 60/70 e o que ele produziu de impacto social, político e econômico, essa sua afirmação fica relativizada. E até na prática mesmo: A influência dessas bandas, desse movimento cultural é presente hoje mesmo nesses estilos mais "comerciais".
Você tem toda a razão quando diz que não se pode fazer "futurologia", nem isso é objeto e objetivo das Ciências Sociais. Mas pode-se identificar dinâmicas e processos. Tanto é que, se você estudar os livros, têxtos, reportagens e declarações da época de Santos Dumont, verá que muitos consideraram aquilo que ele e outros estavam fazendo como a "chave do futuro"; e, de fato foi uma das, embora não se soubesse como...
40 anos é um tempo muito curto historicamente falando. apesar de ser uma vida do nosso ponto de vista.
Só pra você ter a "notícia", existe hoje um ramo teórico-metodológico na História e nas Ciências Sociais denominado "História do Tempo Presente", que trabalha com temporalidades bem menores que isso; existe um Laboratório dessa corrente na UFRJ, capitaneado por um ex-professor meu (na minha época na UFF). Ou seja: Essa reflexão científica existe, embora não com o objetivo de "prever" o futuro, mas de apontar processos, dinâmicas...
Eu tenho a leve sensação que a maior parte dos chutes estão errados. Mas enfim.
Basta você ver, por exemplo, a filmografia de ficção científica dos anos 50 e 60, que pretendia "imaginar" o século XXI ( a lista aqui é extensa!), para ver como eles erraram feio na maior parte de suas "imaginações". Já em outras, surpreendentemente acertaram, como o intercomunicador de Jornada na Estrelas, que nada mais é (hoje) que o telefone celular!
Quanto à questão de vc ter afirmado que a geração de sambistas precisar morrer para que se produza uma nova geração, talvez até seja verdade em um certo sentido. Mas, mesmo morto o indivíduo, fica a obra, a influência. Quando você escuta o trabalho da Martinália (filha do Martinho da Vila), vê claramente a influência do pai e de outros - e isso é só um exemplo (no caso do Samba), em outras vertentes isso ocorre...
Rupturas totais, radicais, são muitíssimo raras (quase que não existem), e se processam assimétricamente na vida social.
Abç

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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Mauricio Luiz Bertola
Imagino que tenha sido bem mobilizante todo o movimento musical da época mesmo, mas é meio natural já que aquilo Foi uma radicalização. Algo que além de ser novo por si só (musicalmente) ainda teve o contexto social.. ai sei lá, parece previsível. Hoje em dia naturalmente aquela Vibe enorme já passou, vai ficar na história como o ínicio de um novo cenário e tal, e sobrou uma estabilização musical. Comercialização e tal. Não posso apontar que se é bom ou ruim, mas uma coisa é certa, reproduzir aquele cenário é muito complicado.

Ou deve haver uma mobilização radical na sociedade e isso se refletir na música, ou simplesmente esperar toda aquela geração e suas lendas perecerem para dar espaço a lendas novas, que vão ser do conhecimento das gerações que vão vir.

O exemplo que usei no samba, aplica-se a qualquer gênero. Não da pra pra galera nova ter muita visibilidade no rock/metal por exemplo com as lendas pioneiras ainda vivas. Ou não da forma que todos querem (Que surjam lendas páreas). Sempre vai ficar aquela Vibe de respeito onde os novos não podem ascender ao status de lendas porque as verdadeiras lendas estão vivas ou algo assim. Eu saquei que sempre vão ter as influências, como tu citou no samba e tal, mas ai que tá. Com Martinho da Vila e cia vivos, eles são as lendas, o resto são os influenciados. Pra surgirem novas lendas precisa haver uma ruptura das gerações, que infelizmente vem junto com o perecimento dos antigos.

A música desses anos de "glória" que passaram ai ainda é muito moderna. Tá muito cedo pra definir se vem ou não coisa boa pela frente ai. Eu vou dar um tempo pra história ir se moldando. rsrs

No demais, ótimas informações no seu post. Vou tentar me apartar desses escritores. hehe

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15 · Editado por: Wuju Wu Yi
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é o que eu acho.

edit: concordo contigo que previsões uma hora acertam e outras horas erram drasticamente. penso que é difícil acertar. exemplo bem legal você usou.

pianoid
Veterano
# jul/15
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o que seria da música sem compositores e intérpretes, né?

quanto ao público, não importa muito: a maioria absoluta das pessoas não entende música e precisa sim de rostinhos bonitos, ou dançarinas no palco, ou Lang Lang fazendo caras e bocas enquanto toca para saberem quando é o momento de se emocionar

pianoid
Veterano
# jul/15
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Fernando de almeida
Fatores filosóficos, sociológicos, culturais, históricos, políticos, religiosos, sociopolíticos, econômicos, antropológicos, geográficos, morais, interpretativos, pessoais e até sexuais, entre outros - kkkkkkkkkkk - queria ser culto assim ....

ou se acostume ou não dê muita trela aos olavetes do VT do uol

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# jul/15
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o que seria da música sem compositores e intérpretes, né?

quanto ao público, não importa muito: a maioria absoluta das pessoas não entende música e precisa sim de rostinhos bonitos, ou dançarinas no palco, ou Lang Lang fazendo caras e bocas enquanto toca para saberem quando é o momento de se emocionar


apesar de ser um ponto que todo mundo condena, eu concordo sem por nem tirar. isso vai se manter até no mínimo o governo elevar o nível cultural do país até o pais ser um pais culto por inteiro. porém isso não existe, é utópico.

eu não antipatizo nada com os icônes populares, tirando pelo fato deles acabarem com a visibilidade de outros músicos/gêneros.

mas fazem parte a vida das pessoas.. mesmo que de forma passageira.

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