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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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tito lemos
Bom, eu estava espondo as minhas opniões. Mas de fato, vou me abster um pouco.
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BrotherCrow Membro Novato |
# jan/15
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Li numa biografia do Pink Floyd anos atrás que, quando o CD começou a se popularizar, havia uma fábrica inteira dedicada EXCLUSIVAMENTE a prensar cópias de Dark Side em CD. É um daqueles discos que sempre vai ter fãs. Lembra aquela cena de "Homens de Preto" em que o K dizia que, sempre que surgia um novo formato de reprodução de áudio, ele comprava o álbum branco dos Beatles nesse formato? É por aí.
Mas pra não desviar muito do que o cafe_com_leite propôs, acho que tem uma similaridade de conceito. O PF explorou o conceito com mais profundidade. O Radiohead explorou de forma mais concisa e adaptada pro público mais jovem. Musicalmente, lógico que o PF foi influência. Tem como não ser? Em termos de relevância, o Radiohead teria que comer muito feijão com arroz pra competir com o PF (imagino que nem seja o objetivo deles). E, por fim, em questão de qualidade, aí fica pro gosto de cada um. Acho perfeitamente compreensível alguém achar o Dark Side indigesto. Quando ouvi "On The Run", fiquei perdidaço. Beeem depois fui sacar mais ou menos o que eles queriam passar. Da mesma forma, fico perdidaço com algumas coisas mais recentes do Radiohead. Talvez algum dia eu vá entender melhor a música deles, mas por enquanto acho muita coisa do King of Limbs e do In Rainbows chata demais.
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tito lemos Veterano
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# jan/15
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Apesar de Pink Floyd ser minha banda predileta, não consigo ver um abismo tão grande entre eles e o Radiohead não. Não vejo o Radiohead como inferior. Não consigo conceber Roger Waters como um deus e Thom Yorke como um mero pupilo. Acho que são igualmente geniais, a diferença toda está meramente em gosto pessoal, e em como esse gosto é afetado pelo que é talhado em pedra pelo senso comum. Senso esse que diz que quem veio do passado, com todas as suas limitações tecnológicas, merece ser endeusado, e quem está fazendo o seu trabalho no presente é inferior, que não faz mais do que a sua obrigação já que os primeiros já deram o exemplo e a tecnologia de hoje torna tudo mais fácil.
Um dia os caras do Radiohead serão os deuses, e o que estiver rolando no momento, por mais incrível que seja, será considerado inferior.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jan/15
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tito lemos Senso esse que diz que quem veio do passado, com todas as suas limitações tecnológicas, merece ser endeusado, e quem está fazendo o seu trabalho no presente é inferior, que não faz mais do que a sua obrigação já que os primeiros já deram o exemplo e a tecnologia de hoje torna tudo mais fácil. Cara, desculpe, mas isso não faz sentido... O passado não é "apanágio" de genialidade. Genialidade é genialidade em QUALQUER ÉPOCA, em qualquer circunstância e em qualquer campo da vida humana. Gênios não são "deuses", aliás, alguns eram pessoas extremamente problemáticas, mesmo doentes... Uma coisa nada tem à ver com a outra. O TEMPO e a relevância social (o sentido é amplo aqui) sim, é o Juiz Supremo do que é genial e do que não é... Há um consenso, cujo embasamento é o tempo (que é o argumento principal) e a relevância (já explicitada por mim e pelo Lelo Mig), de que "The dark Sides of the Moon" É uma obra genial e seminal. Esse "status" ainda, me parece, não foi (ou quase) atingido pela obra "Ok Computer", e por isso, o seu argumento de que "...Um dia os caras do Radiohead serão os deuses, e o que estiver rolando no momento, por mais incrível que seja, será considerado inferior..." me parece pouco seguro. Abç
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tito lemos Veterano
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# jan/15 · Editado por: tito lemos
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Mauricio Luiz Bertola
O que eu disse não é a regra (quem sou eu pra dizer: "É assim e pronto" ? Serei eu o Dono da Verdade? rsrsrs). Mas é algo que eu observo acontecer com uma frequência tão grande (a vasta maioria das análises passado x presente), que me leva a pensar nisso como um padrão cômodo e aceito. É uma visão minha, ainda que possa estar equivocada.
Minha declaração final está em forma imperativa para reforçar a intensidade da minha observação.
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tito lemos Veterano
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# jan/15 · Editado por: tito lemos
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Mauricio Luiz Bertola
Genialidade é genialidade em QUALQUER ÉPOCA, em qualquer circunstância e em qualquer campo da vida humana.
Por vezes, essa genialidade só é reconhecida muito tempo depois. O gênio as vezes nem é reconhecido assim em vida...
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jan/15
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tito lemos Por vezes, essa genialidade só é reconhecida muito tempo depois. Exatamente. Abç
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Julia Hardy Veterano |
# jan/15 · Editado por: Julia Hardy
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Tem gente aqui com opinião mais embasada sobre o albúm, mas, vou tentar opinar.
Gosto bastante do The Bends(mais responsável por Travis, Coldplay e outros do que o TDSOTM), mas, com o Ok Computer, o Radiohead saiu de vez do time de bandas "ordinárias" de rock. Pode ser classificado como um rock progressivo moderno. Foram mais longe ainda com o Kid A. Só que após isso, a banda(pra mim)ficou quase insuportável.
Sobre as influências, quando ouço Radiohead, penso em King Crimson.
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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Julia Hardy Só que após isso, a banda(pra mim)ficou quase insuportável.
Eu acho que o Radiohead fez o certo. Os caras criaram uma base imensa de fãs, enxeu a burra de dinheiro e se viu na condição de fazer o que der na tela, sem se preocupar com sucesso comercial ou de critica. Prova disso foi que eles foram a primeira banda a disponibilizar oodownload de seu álbum pelo preço que o cliente quisesse pagar. De certa forma o Radiohead também fez "barulhos" significaveis na indústria fonográfica.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jan/15
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Julia Hardy Concordo com vc... Mas não vejo relação com o King Crimson não... Talvez o da fase anos 80, com o Andrew Belew na guitarra e voz... Mesmo assim.... Abç
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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Mauricio Luiz Bertola
Não sei se você já ouviu o álbum The King of Limbs. Recomendo se não ouviu. Acho que o álbum mais experimental da banda, não que seja grande coisa ou comparado às loucuras de Fripp e companhia, mas se tratando de uma banda do mainstream…
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jan/15
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cafe_com_leite Cara, eu tenho o show no "The basement" em que eles tocam essa álbum na integra... Achei muito doido mesmo!!! Experimental e Pop ao mesmo tempo. Radiohead não é das minhas bandas preferidas não, mas respeito os caras... King Crimson é uma referência pra mim, e escutei muito esses caras, nos anos 80 os álbuns Beat e Indiscipline foram "musts" no meio musical em que eu frequentava, e abriram uma "praia" seguida depois por vários guitarristas experimentais, caras como Bill Frisel, por exemplo. Outra área foi explorada pelo gênio absoluto da guitarra: Allan Holdsworth, um cara à parte por sua música e forma de tocar; não existe ninguém igual à ele, nem ninguém consegue tocar do jeito dele... Abç
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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Mauricio Luiz Bertola Cara, eu tenho o show no "The basement" em que eles tocam essa álbum na integra...
Eu curto de mais esse live. As músicas soam melhores que no disco e é incrivel ver aqueles dois bateristas tão entrosados que até parecem ser um o reflexo do outro no espelho huehie
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Julia Hardy Veterano |
# jan/15
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cafe_com_leite
Eles deram uma aula de marketing. Eu achei genial. Ao invés de dar píti, eles devem ter pensado: "vão baixar as músicas de graça de qualquer jeito, então, vamos disponibilizar as músicas pra download e passar a caneca." Deu certo e venderam muitos albuns, acredito.
Mauricio Luiz Bertola
É justamente ao KG dos anos 80 que me remete o Radiohead.
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Casper Veterano
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# jan/15
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Os dois álbuns acima citados ( The Dark Sides of the Moon e Ok Computer) são fundamentais no meu ponto de vista, ambos tem uma grande importância na minha escala de valores musicais, apesar que o Dark Sides foi mais impactante na minha adolescência.
Não entendo o sentido de comparar os dois. Ambos são excelentes.
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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Casper Não entendo o sentido de comparar os dois. Ambos são excelentes.
A comparação não é no sentido de apontar qual o melhor, mas sim das coisas que ambos se assemelham.
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Lelo Mig Membro
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# jan/15
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Mauricio Luiz Bertola cafe_com_leite Julia Hardy
O que mais Radiohead e King Crimson têm em comum é o desapego pelo mainstream, pela fama, ainda que o status "cult" permaneça.
King Crimson, no final dos 60 e início dos 70, estava no topo do Olimpo prog, ao lado de Pink Floyd, Genesis e Yes. Não se acomodaram no posto alcançado e partiram para o experimentalismo. Entre erros e acertos fizeram coisas incríveis, algumas totalmente indigestas e desconhecidas do grande público.
O Radiohead fez a mesma trajetória "contra tudo e contra todos"...
Gosto de bandas corajosas que acreditam na utopia de "fazer música", ainda que entenda a covardia de muitos perante um mercado que é imperdoável com a maioria que o contraria.
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ogner Veterano
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# jan/15
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Pô, In Raibows é muito bacana também, gente!!!
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/15
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Não é apenas sobre este tópico aqui, mas o comentário parece ser propício:
Sinceramente não sei qual é o significado que as pessoas atribuem à palavra "comparar". A única coisa que sei é que devem considerar alguma coisa muito ruim.
Bem, eu entendo "comparar" pela definição do dicionário:
com·pa·rar - Conjugar verbo transitivo 1. Confrontar uma coisa com outra para lhe determinar diferença, semelhança ou relação.
Pois bem, se eu chegar e dizer: "Os dois cds tem bateria" (semelhança) estarei comparando os dois cds, e pasmem, ninguém vai morrer por isso.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/15
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O mais curioso é o monte de post que é assim:
"{Escreve uma comparação entre os dois cds}, não dá para comparar."
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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Die Kunst der Fuge
Te confesso que quando criei esse topico esperava mesmo que quem comentasse estabelecesse uma relação entre os conceitos dos álbuns e por tabela descambasse numa discussão sociológica/filosófica. Mas não rolou, que não quer dizer que esteja ruim, só tomou vida própria.
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Lelo Mig Membro
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# jan/15
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Die Kunst der Fuge
Você esta correto em sua observação... é que no fundo, ficamos com o verbo comparar no sentido de "um melhor outro pior", "uma mais importante outro menos"... acabamos sendo contaminados pela sensação de comparação qualitativa.
Neste sentido, da comparação qualitativa, o "não dá para comparar" é positivo...
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jan/15
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Eu acho que o tópico rendeu uma boa discussão... Nesses dias de férias.... Abçs
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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Mauricio Luiz Bertola Eu acho que o tópico rendeu uma boa discussão...
Sim, rendeu mesmo. Rendeu bastante conteúdo e opiniões diversas. Só acho improdutivo as comparações no sentido de melhor e pior.
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sebber Veterano |
# jan/15
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Mas café, é aquela coisa que já te disseram sobre a discussão rolar nos seus parâmetros.
Se você viu uma semelhança conceitual entre os álbuns, parece que essa visão não é compartilhada pela maioria que está comentando, e por isso o tópico não andou como você esperava.
A propósito, para mim já foi proveitosa a discussão, porque me fez baixar os dois álbuns que curto do Radiohead, que são The Bends e o citado Ok Computer. Com relação aos demais, tenho a mesma opinião da Julia Ousada (rsrs só brincadeira), são quase intragáveis.
flw
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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sebber
OK cara, não estou reclamando.
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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sebber
O álbum in rainbows tem coisas que se assemelham ao the bends e OK computer. Se não conhece, experimente ouvir.
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sebber Veterano |
# jan/15
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cafe_com_leite
Valeu a indicação, vou ouvir.
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cafe_com_leite Veterano |
# jan/15
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Julia Ousada
Juliahardy_MG
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JJJ Veterano
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# jan/15 · Editado por: JJJ
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Quanto ao fato de serem álbuns emblemáticos de suas eras e tal, tudo bem.
Mas eu não conheço nenhum disco que se assemelhe (musicalmente falando) ao Dark Side. Nem os da mesma época. Aliás, nem os do próprio Pink Floyd!
Existiram muitos outros discos conceituais progressivos - deles e de outras bandas - mas nenhum é como The Dark Side of The Moon. Muitos vão para a praia das então chamadas "óperas-rock" (Tommy, The Lamb Lies Down on Broadway, The Wall - do próprio Floyd - etc.). Dark Side não é uma ópera rock... Outros partem para as músicas gigantescas, íntegras ou divididas mas que parecem uma só (Close to the Edge, Thick as a Brick, Tarkus, Meddle ou Wish You Were Here - do próprio Floyd, etc.). Dark Side não tem músicas gigantes... Outros são semelhantes na estrutura, mas pecam por excesso, tem músicas que obviamente estão ali só pra "encher linguiça". Dark Side não tem nada em excesso, nada em falta. Outros são extremamente discos de "nicho", de bichos-grilos hipongos progressivos (alguns do King Crimson, vários de bandas obscuras que só loucos por prog conhecem, Hemispheres do Rush, ou o Ummagumma, do próprio Floyd). Dark Side é prog e pop, ao mesmo tempo! É palatável ao grande público e experimental, ao mesmo tempo! Algo quase impossível de acontecer.
É um disco único, onde o conceito pode ser vivenciado no todo, mas as músicas podem viver isoladamente numa boa. Um disco onde tudo é bom, onde não há uma vírgula fora do lugar (tá, o despertador é alto e irritante demais, só pra colocar um defeitinho... rs).
Sem falar da gravação absolutamente fantástica, anos e anos à frente da maioria das coisas gravadas no mesmo período, com um Alan Parsons possuído por um "anjo mixador"!
Tá... alguns podem não gostar. Gosto é gosto e não discuto. Mas entender o motivo desse disco ser o clássico que é, é fácil.
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