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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# ago/14
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cafe_com_leite Eu sei lá. Com isso você quer dizer que só essas duas bandas tem algum valor cultural? Se tem valôr cultural ou não, não posso ser incisivo, mas que são boas e carregam uma boa dose de inovação, sim. No caso das bandas que vc citou, achei até mesmo derivativo... Mas não quero levar as coisas pro gosto pessoal, pois o que estou discutindo aqui é o contêxto e a "explosão" de criatividade dos anos 60/70, aliada a um movimento cultural e social de âmbito mundial. Isso não existe mais.... Abç
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# ago/14
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Lelo Mig Ah,ah,ah,ah,ah,ah..... Quase caí da cadeira de tanto rir!!!! Maneiro! Massacration Rulez!!!
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cafe_com_leite Veterano |
# ago/14
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Mauricio Luiz Bertola "explosão" de criatividade dos anos 60/70, aliada a um movimento cultural e social de âmbito mundial. Isso não existe mais...
Pode não estar acontecendo em tamanha proporção, mas etá. E dizer que algo tão grande ou maior nunca mais existirá é limitar demais a capacidade humana.
Em fim. Acho que tudo que vier nessa discussão será mera repetição. Eu continuarei acreditando na minha geração e o senhor continuará com a sua visão. Peço perdão se fui um pouco agressivo nas palavras, ainda estou aprendendo a como usa-las da melhor forma. No mais agradeço a ti e a todos por essa discussão saudável (acredito eu). O Música em Geral precisa de mais dessas. Abço
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MatheusRich Membro |
# ago/14
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<comentário de passagem> Só observo essas treta shausha (aliás, até q enfim um tópico tá rendendo mais do que 2 paginas) </comentário de passagem>
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MatheusRich Membro |
# ago/14
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<outro comentário inútil> acabei de perceber que eu deixei de ser novato :D </outro comentário inútil>
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# ago/14
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cafe_com_leite Cara, não foste agressivo em lugar nenhum. Acho que vc, inclusive, está certo em muitas coisas. Um abraço
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Greenwood Veterano |
# ago/14
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Julia Hardy Esse texto acabou de completar dez anos. Basicamente, fala do mesma tema do tópico. O assunto não se esgota tão cedo.
Excelente texto. Obrigado!
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Greenwood Veterano |
# ago/14
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Mauricio Luiz Bertola Impossível cara, e eu provo isso... Aliás, uma das minhas linhas de pesquisa acadêmica vai exatamente por esse lado. Afinal, a História não se "repete", exceto como farsa (que é o que temos nos dias de hoje), nem anda pra trás...
Você simplesmente não tem como provar. Pois estamos falando do futuro. Você não o conhece. Nem academicamente, nem empiricamente muito menos espiritualmente. Ninguém pode prever o futuro. A qualquer momento pode aparecer uma banda melhor do que qualquer clássico que já existiu. Aceite isto. Você vai viver melhor.
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INNARELLI Membro Novato |
# ago/14
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Greenwood ah cara quer saber, acho radiohead uma banda do caralho. sou apaixonado por essas moças de hoje que cantam e tocam, adoro horses, alabama shakes, tulipa ruiz é da hora. o ser humano não muda, todos temos uma cruz para carregar é isso que acredito. paulo coelho leu guimarães rosa que leu machado de assis que leu goethe e assim vai...a forma pode ser outra, existe bom senso e senso comum, existe estética. o planeta foi fundido por sacrifício de profetas, fundido no sentido de falar uma só língua, escolha um caminho e não olhe pra trás.
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TG Aoshi Veterano |
# ago/14 · Editado por: TG Aoshi
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Greenwood Você simplesmente não tem como provar. Pois estamos falando do futuro. Você não o conhece. Nem academicamente, nem empiricamente muito menos espiritualmente. Ninguém pode prever o futuro. A qualquer momento pode aparecer uma banda melhor do que qualquer clássico que já existiu. Aceite isto. Você vai viver melhor.
Talvez pelo contexto que foi colocado, você entendeu errado. Claro que nunca estudei História em nível acadêmico, então posso inserir algumas bobagens aqui.
O conceito que o Bertola explicou, que já ouvi muito em aulas de História, é que história não se repete; pode no máximo ter acontecimentos similares (diferem por contexto, motivações, resultados, etc), mas nunca é a mesma coisa.
Não vai existir outra banda que suplante, que substitua o Led, do mesmo jeito que não vai surgir alguém que substitua você. Acontecimentos são únicos, por isso não se repetem.
Agora se o conceito foi realmente usado pra dizer que não vai existir banda/músico com popularidade/importância/sei-lá-o-que no nível de banda "X", aí usaram errado e o problema não é meu... =p
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cafe_com_leite Veterano |
# ago/14
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TG Aoshi Agora se o conceito foi realmente usado pra dizer que não vai existir banda/músico com popularidade/importância/sei-lá-o-que no nível de banda "X", aí usaram errado e o problema não é meu... =p
Bom, se ele falou nesse sentido eu discordo plenamente. Como o Greenwood disse, ninguém pode prever o futuro. Talvez a mãe Diná, o polvo poul, mas já morreram, então contentemos com a incerteza do amanhã, a final, é nisso que tá a graça da vida.
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entamoeba Membro Novato |
# ago/14
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ninguém pode prever o futuro.
Vivemos prevendo o futuro, e com grande percentual de acerto - tratando-se do futuro de curtíssimo prazo. Se alguém te arremessa um objeto você rapidamente estima a trajetória dele de modo que possa agarrá-lo no ar. Nem caminharíamos se não tivéssemos a expectativa de que cada passo nosso encontraria o chão, fazendo com que nos movêssemos para frente.
Comportamentos regulares podem ser antecipados (como algumas leis da física: os efeitos da gravidade etc.); comportamentos de sistemas complexos também, apesar da chance de errarmos ser bem maior, vide a Meteorologia.
A cultura é um mecanismo extremamente complexo, mas faz movimentos nítidos como fazem as nuvens. Não caminhamos para um futuro completamente incerto. Esperamos certa regularidade no comportamento das pessoas, tanto que não vemos muita coisa nova em nosso cotidiano.
Não gosto desses recursos do discurso que servem para evitar a discussão. Coisas como "gosto é subjetivo, não podemos falar dele" ou "ninguém pode conhecer o futuro, logo, tudo que é dito sobre ele é leviano" funcionam como uma espécie de fuga.
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cafe_com_leite Veterano |
# ago/14
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entamoeba Alguém previu o surgimento de um gênero tão forte quanto o rock? Creio que não, mas aconteceu. Acredito nisso.
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entamoeba Membro Novato |
# ago/14 · Editado por: entamoeba
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cafe_com_leite, Ok. Nem tudo será previsto, este é o ponto! Mas quais indícios temos de que algo novo possa acontecer?
Existe hoje algum movimento emergente de contracultura com potencial para ecoar de maneira massiva?
Pensar em possibilidades de movimentos de contracultura é fácil, já que a idiotice tem imperado. Difícil é imaginar que o bom senso possa ecoar em um meio tão árido quando o atual.
Aqui nesse fórum, por exemplo, você vê que os jovens, pretensos músicos, estão muito ocupados em saber como repetir ruídos mas raramente investem em uma discussão sobre música, e quando fazem, mal sabem por onde começar. Nunca nenhuma geração combinou tanta informação com tanta alienação (ou isso nunca ficou tão exposto).
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INNARELLI Membro Novato |
# ago/14
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Acredito que estamos no tempo dos cínicos. histeria.
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entamoeba Membro Novato |
# ago/14
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Dei uma olhada rápida em alguns dos nomes mais relevantes do rock e que ainda estão na ativa. Raro achar algum que tenha nascido depois de 1970. Terá sido esta a primeira geração que fracassou? (Eu jurava que seria a de nascidos em 80)
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Rednef2 Veterano |
# ago/14
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Pelo menos aqui no Brasil demos azar no progresso do rock. Perdemos Chico Science; Rodolfo pulou fora do Raimundos. E consequencia disso foi o respectivo enfraquecimento do manguebeat e rock nacional.
Acho que se Chico estivesse vivo e talvez Rodolfo não tivesse saido do Raimundos, as coisas estariam diferente
Mas ai entraremos no campo do imaginário. "Se.."
"E se o Guns n Roses não tivesse se separado?" " E se Kurt não tivesse se matado?" "E se Layne Staley não tivesse morrido?"
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cafe_com_leite Veterano |
# ago/14 · Editado por: cafe_com_leite
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É difícil eu argumentar esse topico porque minha preocupação não está em alcance de massa, mas no quem tem sido feito. Eu particularmente to curtindo o que tá sendo feito, pessoal independente fazendo trabalho de qualidade. Embora muito do que eu ouça não é especificamente rock, mesmo tendo influências dele. Aliás, acho que esse é o futuro do rock, ser uma base pra fusão de outros gêneros, colocando a agressividade do rock em outros estilos, isso tá acontecendo cada vez mais.
Uma amostra do que eu to falando:
Dibigode-Mariposa (a largatixa e o urubu).
Edit: não consegui postar o link. Maldito YouTube móvel que não mostra o link pra copiar.
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entamoeba Membro Novato |
# ago/14
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cafe_com_leite, Não falo de "massa", falo de um número de pessoas que configure algo que possamos chamar de público, de um número de bandas que constituam uma cena. Se a coisa continuar a enfraquecer, não teremos quórum para chamar bandas de fora para tocar aqui. Voltaremos àqueles tempos que para ver um grande show era necessário viajar para o exterior.
Rednef2, O declínio do Raimundos, na minha opinião, é anterior à saída do Rodolfo e o Nação Zumbi se virou muito bem sem o Chico Science (apesar desta ser uma grande perda). Os outros estados não souberam dar valor a cena de Pernambuco. Preferem o sotaque de carioca ou as gírias de paulista.
Já mencionaram Charlie Brown Jr. aqui. Acho a atitude deles uma merda. É o tipo de banda que deveria causar embaraço na plateia. Apesar do bom trabalho instrumental, a banda era encabeçada por um sujeito desesperado por auto-afirmação, o que ululava em suas letras e postura.
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cafe_com_leite Veterano |
# ago/14
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entamoeba Se ainda tem bandas é porque tem público. No sul mesmo, tem várias bandas interessantes, inclusive tem um evento muito intetessante chamado Pinhachela em Porto Alegre, se não me engano. É pequeno, é, mas ainda tem. Agora, que isso poderia ser muito maior e melhor, com certeza, acho que isso poderia ser melhorado com mais incentivo a cultura. Todo mundo aqui deve ter ouvido falar que o incentivo do governo pra música vai tudo pra artistas consagrados que ganham uma fortuna por ano. Isso tudo reflete. Creio que pros EUA e na Europa as coisas são muito melhores pra qualquer tipo de arte.
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Casper Veterano
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# ago/14 · Editado por: Casper
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Vou tentar fazer uma analogia que acho válida.
Música erudita.
O período (na música erudita) que ficou conhecido como clássico, foi de 1730 até 1820, portanto durou 90 anos. Um período relativamente curto, que, por diversos motivos, teve uma produção musical extraordinária, por qualquer padrão de comparação.
Lembrando que não existiam as facilidades de hoje, possivelmente os próprios instrumentos eram a maior tecnologia que os músicos possuíam na época.
Hoje os instrumentos são melhores, os meios de se registrar a música são melhores. Porque não apareceu um novo Wolfgang Amadeus Mozart? Nenhum novo Ludwig van Beethoven?
Na minha opinião, não apareceu ninguém nessa área capaz sequer de arranhar a superfície da obra desses dois citados, sem se estender a outros músicos igualmente bons da época.
Não quer dizer que não possa mais aparecer.
Mas acho a chance astronomicamente pequena.
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INNARELLI Membro Novato |
# ago/14
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Casper estudaram mais? mozart e beethoven?
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entamoeba Membro Novato |
# ago/14 · Editado por: entamoeba
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Casper,
Nos Séculos XVIII e XIX não havia muito o que fazer. Não dava para ouvir música gravada, a única maneira de ter contato com ela era tocando ou assistindo alguém tocar. A prática da música não concorria com quase nada. Sem TV, Internet, trabalho, academia, leitura, família, compromissos sociais etc. o sujeito podia viver a música com outra intensidade.
A música erudita é produto de um ritmo de vida que não pode ser reproduzido hoje. Talvez até a genialidade por detrás dela seja superestimada, mas isso já é tema para outro tópico. Outra coisa a se pensar é se a música erudita é "corretamente" compreendida pelo ouvinte moderno, já que ele também não pertence ao tempo e às necessidades que a produziram.
Gostei do teu exemplo. Facilita a compreensão de como a música é determinada pelo momento que ela se insere na história.
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INNARELLI Membro Novato |
# ago/14
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entamoeba a revolução dos burgueses, queda da bastilha, voltaire, iluminismo, as tartarugas ninja, rafael, donatelo, mickelangelo, leonardo, arte culta, arte nobre, tudo isso derrubou o classicismo. classicismo por colocar os artistas no topo da cadeia alimentar, vida social, mecenas etc...beethoven foi visto como um messias. tudo que supracitei, ponto zero do que o modo de produção é classificado hoje, capitalismo. talvez daqui a 100 anos exista outro mozart, outro beethoven, se o planeta não for engolido por água ou bombas.
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Julia Hardy Veterano |
# ago/14
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O negócio de alcance de massa faz parte da discussão. Nos EUA, existe a Broadway e a Off-Broadway. A segunda apresenta espetáculos menores e alternativos. Mas, só existe por causa da Broadway. Na música, o rock só é forte quando o rock "comercial" também o é. O sucesso do Nirvana ajudou muitas bandas. O resultado é visível ainda hoje. E o classic rock pode não atrapalhar, mas não ajuda a formar mais nada.
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Jube Veterano |
# ago/14 · Editado por: Jube
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Pra mim os grandes nomes da música erudita do passado são superestimados, doa a quem doer. Eles foram geniais em suas épocas, mas hoje seriam só mais um em meio a milhões, nos meus estudos de trilha sonora eu topei com alguns caras que são simplesmente fenomenais com suas harmônias muito bem trabalhadas que são utilizadas comercialmente em alguns jogos da industria mobile.
edit: acho ainda que esse pensamento retrogrado de achar que os músicos do passado eram os melhores é inválido, roda um pouquinho o youtube que você acha alguns caras que arrebentam mas não tem a mesma notoriedade por existirem centenas de outros à altura e muito mais que é o que a era da informação nos proporciona.
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INNARELLI Membro Novato |
# ago/14
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Jube centenas de outros à altura e muito mais que é o que a era da informação nos proporciona
estamos falando de rock, mas o que tu disses é verdade em relação a gênios, demônios "awesome".
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Rednef2 Veterano |
# ago/14
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entamoeba O declínio do Raimundos, na minha opinião, é anterior à saída do Rodolfo e o Nação Zumbi se virou muito bem sem o Chico Science (apesar desta ser uma grande perda). Os outros estados não souberam dar valor a cena de Pernambuco. Preferem o sotaque de carioca ou as gírias de paulista.
Tava dizendo na parte de "midia", digamos assim. O Nação Zumbi continua tão boa quanto antes, ou até melhor. Jorge DuPeixe substituiu Chico a altura. Mas o movimento perdeu um pouco de força após o fatídico acidente em 1997.
O Raimundos musicalmente falando ja vinha mal com o Só no Forevis, mas como eram uma banda mainstream, abria portas pra outras bandas de rock aparecer no cenário. Com a saida de Rodolfo e a consequente saida da banda do mainstream, diria que isso foi a pá de cal no Rock Nacional.
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JJJ Veterano
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# ago/14
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Casper
É o que o Bertola falou desde o início do tópico. Mozart e Beethoven (e todo o povo do clássico) é "único" na História porque o contexto da época foi único também. Não haverá mais um período barroco, um período renascentista, realista, romântico, clássico, whatever. Assim como não haverá mais um período "anos 50/60", que foi o que desencadeou toda a história do Rock, como a conhecemos.
O que virá, daqui pra frente, deve refletir a realidade atual (para o bem ou para o mal).
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Casper Veterano
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# ago/14
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Caro entamoeba:
Nos Séculos XVIII e XIX não havia muito o que fazer.
Verdade. Não há como negar que o tempo dedicado por esses músicos em suas composições era muito maior que o tempo hoje.
Seguindo essa linha de raciocínio, temos cada vez mais nosso foco disperso, pelas seduções mais diversas.
Então, com menor dedicação, como esperar melhor qualidade?
Caro Jube:
Pra mim os grandes nomes da música erudita do passado são superestimados.
Sou obrigado a discordar. Johann Sebastian Bach, por exemplo, foi um compositor cujo valor da obra é inegável, em qualquer discussão em qualquer era. Se existe alguém com uma obra da mesma relevância, nos dias atuais, por favor me apresente.
Caro JJJ:
Repito o que disse a pouco:
Então, com menor dedicação, como esperar melhor qualidade?
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