Sobre Classic Rock

    Autor Mensagem
    Sincero
    Veterano
    # mar/06


    Texto de Lucio Ribeiro
    Eu naum concordo, alguem aqui concorda?

    Bossa nova e outras bossas
    "Best say something
    When you're thinking that you'll get it back
    But it's too late to avoid it so
    It's far too late"
    Hives, em "Two-Timing Touch and Broken Bones"

    "Bum Bum Bum Bum
    Bum Bum Bum Bum
    Bumbababum Bababum Babum Bababa
    Bumbababum Bababum Babum"
    Irmãos Rocha!, em "Bumbababum"

    "Music when the lights go out
    Love goes cold in the shades of doubt
    The strange face in my mind is all too clear
    Music when the lights come on
    The girl I thought I knew has gone
    And with her my heart it disappeared
    But I no longer hear the music
    Oh no no no no no"
    Libertines, em "Music When The Lights Go Out"

    Alô. Alô?
    O microfone está funcionando?
    Alô?

    * A gente tem que fazer por merecer.
    A rádio mais interessante que existe em São Paulo, a Brasil 2000 FM, está tendo que incluir "Aqualung" em sua programação, porque você não a está ouvindo e eles precisam de audiência.
    Uma rádio decente é parte importantíssima na engenhoca que move a cena local. E, quando a busca de audiência desemboca no Dire Straits, como faz outras rádios da cidade, a cena fica amorfa, inodora, incolor.
    Essa história de olhar para trás já enche faz tempo. Imagine daqui a cinco, dez, quinze anos. Você vai ligar o rádio e ouvir "Aqualung".
    (Espero que a metáfora aqui seja entendida. O ponto de conflito diz respeito menos a música em si do que o estado de coisas que ela provoca e significa.)
    Seguindo o raciocínio, seu filho vai pegar a estrada daqui a vários anos e no carro vai estar bombando a irada "Money for Nothing".
    A fila precisa andar. "Classic Rock" já não é mais música que não move nada, não faz a pessoa sair de casa para comprar disco, não motiva ninguém a ir a uma festa.
    Tocar "classic rock" em 2004 é pôr para rolar Nirvana, o grunge todo, REM, "Killing Moon", Talking Heads.
    Ouvir rádio que toca "Aqualung" hoje, enquanto o mundo está girando, é ameaça a uma série de coisas bacanas pelas quais sempre se luta e sempre se reclama que não tem.
    Os discos bem ou mal estão sendo lançados no Brasil. Nesta semana saiu no país o álbum do Snow Patrol e do Phoenix. O Prodigy e o Libertines vai ser editado aqui tão logo forem para as lojas lá. Os Irmãos Rocha! soltaram música nova. O Ludovic está aparecendo, vai ter disco do Cansei de Ser Sexy e o Jumbo Elektro vem aí com CD e site cool.
    O calendário de shows até o final do ano se mostra espetacular. Dizzee Rascal, o dono da música mais legal deste ano extralegal em músicas, vai vir ao Brasil para o Tim Festival. O barulhento Liars deve quebrar o colorido no Tomie Ohtake, no Sonar, que vai ser chacoalhado pelo LCD Soundsystem e pelas Chicks on Speed. Os Chemical Brothers vêm aí para show ao vivo. O rapper 50 Cent chega para "causar" em setembro. Aquela banda lá, que você sabe qual é, finalmente toca aqui, em novembro.
    Eventos de moda usam rock, modernetes falam de rock, órgãos governamentais bancam festival de rock, a eletrônica abre para o rock e o hip hop está casado com o rock.
    As festas rolam, as bandas são muitas.
    Neste cenário, neste julho de 2004, não dá para ligar o rádio e ouvir... "Aqualung".
    E a culpa, desta vez, neste caso, não é da rádio. É sua.
    Ouça rádio. Ouça a rádio. Seja pela internet ou mexendo esse dial pobre.
    Porque depois... Depois não adianta reclamar.

    * Por exemplo.
    A Radio One, de Londres, de propriedade da BBC, veicula músicas campeãs, tem programas para todo mundo, todos os gostos, seja qual ritmo jovem for. Seus DJs são estrelas, todas as bandas interagem com as emissoras e a vida pop inglesa segue seu curso.
    Sempre foi assim e não seria diferente agora, que a nova música britânica vive seu melhor momento desde o britpop.
    Às segundas-feiras, a Radio One põe no ar, das 9 da noite à 1 da manhã (quatro horas seguidas!!!) o programa do DJ indie Steve Lamacq. Tem entrevistas top, todos os lançamentos, as novidades que interessam, as antigas que tem a ver e não cheiram a mofo, levam bandas para tocar no estúdio.
    Aí, a partir desta semana, a Radio One abriu o horário das 7 da noite às 9 para um novo programa, que estreou tocando as mesmas coisas que já tocam na rádio e que o Lamacq está cansado de mandar para o ar, tal.
    O programa começa, o locutor (o ótimo Zane Lowe) entra gritando e manda o seguinte recado: "A inovação começa agora e me sinto orgulhoso de fazer parte dela. Estou aqui para botar a nova música em um pedestal". E rola, na ordem, uma sequência inicial que inclui The Libertines novo/ Dizzee Rascal novo / The Departure / Prodigy novo/ Lost Prophets / Beastie Boys novo/ The Hives novo/ The Killers/ Goldie Lookin' Chain.

    Site:http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult512u190.shtml

    Mr_Mojo_Rising
    Veterano
    # mar/06
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    Acho esse cara um "muderno" metido a besta, faz tempo já. Muito fáceis de serem batidos esses argumentos. E depois, acho que tem que se ouvir o que é bom, não importa quando foi feito. Se as bandas de hj em dia fossem boas o suficiente, as pessoas naturalmente ouviriam elas ao invés de Aqualung. O que se ouve nos Strokes, Killers e etc, é na maioria das vezes uma reedição mal-feita da década de 80, revestida de pretensão "muderna". Aí não dá. Já tentei ouvir com atenção pra ver se acho algo que me atrai, mas não conseguiram me emocionar como Highway Star ou Tumblin Dice fazem até hj. Não é questão de nostalçgia, é qualidade mesmo.

    maggie
    Veterana
    # mar/06
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    Essa opinião dele é bem óbvia, já que ele trabalha pra indústria musical. E ela vive de lançamentos, então o que é antigo deve ser suplantado logo. Independente de ser bom.


    Lamentável. E ainda por cima o cara se derrete todo por The Artic Monkeys, que eu pessoalmente acho bem mais-ou-menos. Nada que os Strokes já não tenham feito.

    Fabio Gravata 2
    Veterano
    # mar/06
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    esse cara é um bastardo mesmo, temos mais é que ouvir aqualung e outros clássicos até não aguentarmos mais.

    praticamente todas as bandas que eu gosto são muito mais velhas que eu (e olha que nem sou tão novo assim) e 99% nem existe mais.

    Bero Vidal
    Veterano
    # mar/06
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    maggie
    Essa opinião dele é bem óbvia, já que ele trabalha pra indústria musical. E ela vive de lançamentos, então o que é antigo deve ser suplantado logo. Independente de ser bom. (2)

    Nada que os Strokes já não tenham feito.
    Vou um pouquinho atrás: nada que todas as bandas dos anos 60 já não tinham feito....

    fernando tecladista
    Veterano
    # mar/06
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    acho que o cara ouviu muito pagode antes de escrever isso



    classic rock não faz a pessoa sair de casa para comprar disco não compro porque não acho se achasse compraria

    Tim Festival.....

    :(

    só faltou citar MTV

    Carlos Henrique 2
    Veterano
    # mar/06
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    vai ter disco do Cansei de Ser Sexy
    hehehe
    ó aí a banda que o Natureba detesta.

    -----------------------------

    O que preocupa é que um mané desses é formador de opiniões.

    Clapton_Page
    Veterano
    # mar/06
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    q desgraçado o filho da puta q escreveu isso. Mesmo aqualung tendo mais q 30 anos, é muito melhor q essas porcarias q existem hj. E mesmo com as composições de Mozart tendo quase 250 anos, dão uma surra em tudo q é tipo de música q existe hj. Puta merda q cara babaca hein, tah loko. Esse dá pra matar hein.

    PedroMoser
    Veterano
    # mar/06
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    esse imbecil aí nao tá falando de música por música.
    Ele tá falando de comercialização de música pra grandes massas...

    nesse ponto ele tá certo, ninguem quer ouvir o aqualung (infelizmente, é um ótimo cd de uma das melhores bandas de rock que já existiu).

    Na maioria das vezes essas criaturas nao tao nem aí pra musica, quem tá numa Rave, fica sentado ouvindo música ou tomando ácidos e dançando? Quem pega um cd do Yes e poe pra tocar em casa, carro, ou caralho a quatro, esse sim tá ouvindo música pela música em sí - ou nao, as vezes nao pela música mas pela lembrança de um tempo que nao volta, etc.

    No fim, música por música, só os músicos escutam. Normalmente ouvem ou porque é "agito" ou porque aquilo foi a "sound track" da vida do cara ou mesmo porque aquilo te conforta em um momento de dor, acentua felicidade, etc.

    espero ter consegui falar direitinho o que eu queria, acho que nao, mas eu nao vo re-le esse lixo ^^

    snowwhite
    Veterano
    # mar/06
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    Penso que é bobagem isso. A mim parece que o rock e suas ramificações e tendências futuras vão se aglomerando, assim se aglomerariam sambas, valsas, músicas celtas etc. Cada coisa na sua categoria.
    Quem gosta de rock, pode navegar prazerosamente pelo rock clássico e passar para o hard rock ou o que o valha, sem precisar " enterrar " as décadas passadas. Isso é fechar a mente e a cultura musical.
    Não estou falando de gostar de qualquer coisa, mas das coisas de boa qualidade de qualquer época do rock.

    Rachmaninoff
    Veterano
    # mar/06
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    E a molecada cabeça-de-vento lê isso e leva a sério.

    snowwhite
    Veterano
    # mar/06
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    Rachmaninoff
    E a molecada cabeça-de-vento lê isso e leva a sério.

    E eu ainda postei aqui...hauhuahuahuha

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