Lá em 432hz soa melhor que em 440hz E Provas?!

Autor Mensagem
Ken Himura
Veterano
# ago/13
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makumbator
Adler3x3
Pois é. O temperamento igual era considerado feio por todo mundo até a popularização do piano e das modulações contínuas, ali pelos idos de 1850. Depois disso, continuou sendo considerado feio, mas tolerado já que abria esta chave pra se escrever em tonalidade dilatada, modulações constantes, cromatismo exacerbado e todo aquele ethos do auge do Romantismo. Hoje em dia, muita gente acha normal por mero condicionamento auditivo. Acho até engraçado algumas discussões entre iniciantes de violão, algo do tipo "Poxa, mas eu afinei direitinho o instrumento, mas quando toco acorde X sempre sai desafinado e estou fazendo o dedilhado certo!".

No meu trabalho com compositor, graças à grande influência que o violino têm na minha vida, eu já penso em temperamento justo a maior parte do tempo, inclusive em obras seriais - o que gera um problema na hora de explicar pro intérprete hehehe. Pitagórico (e outros desiguais) eu penso mais em melodias longas (ou passagens melódicas que devem soar como se fosse uma única corda enorme), mas não deixo nada explícito - geralmente, já faz parte do treino do instrumentista.

Como maestro, aí sim que eu encho o saco com isso. Um dia, tava regendo uma orquestra jovem pequena e parei o ensaio por quase 10 minutos pra afinar um acorde de Dm; essa 3a menor não saía de jeito nenhum. Na maioria das vezes, ela saiu alta - porque os garotos eram bem jovens no instrumento e, com certeza, tavam pensando em temperamento igual na hora de tocar este fá. Se tocassem com um piano junto, estariam afinados com ele, mas o efeito em orquestra era ainda um acorde estranho, com a 3a "indefinida" entre a maior e a menor.

Eu acho que a pedagogia musical tem que se atualizar porque estes conceitos equivocados no início acabam gerando uns vícios tensos no futuro que dão um puta trabalho pra corrigir.

Adler3x3
Veterano
# ago/13 · Editado por: Adler3x3
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Makumbator
Ken Kimura

Boas explicações.
É muito bom contar com a ajuda de vocês.

Vou fazer algumas gravações/experiências usando diferentes afinações.
Para tentar entender melhor tudo, e principalmente para saber qual a melhor afinação a ser utilizada em determinada peça de acordo com os instrumentos a minha disposição.
Mas antes tenho que estudar e pesquisar outros pontos importantes que podem afetar o resultado final.

Pontos:
- O Instrumento Virtual VST Aria Player tem uma lista configurações de afinação, inclusive do Barroco e outras mais conhecidas, mas não tem nada com 432, e não é possível entrar com o valor;
- O Instrumento Virtual Kontakt Player tem opções de ajuste manual, e basta entrar com um valor, que o software automaticamente aplica a afinação;
- O Notion 4 Editor de Partituras vem com o padrão Europeu de 442, e possibilita alterações de 417,2 a 468,3;
- E outras DAW acredito que usam o padrão 440, mas ainda não verifiquei todos os detalhes, e não tem como ter certeza do valor utilizado;
- E outros instrumentos VSTIs tem opções semelhantes de ajustes;
- E outros VSTis não tem esta opção, e assim uma track teria que ser gravada, e depois o áudio editado para alterar a afinação de forma a ficar de acordo com a afinação do projeto como um todo;
- Assim como loops de efeitos (vento, ondas do mar, trovões, canto de passarinho etc...)
- E posso obter ou fazer uma gravação de sons da natureza que estejam soando bem, e tentar descobrir a afinação, e depois configurar os instrumentos com a mesma afinação;
- O Teclado musical Yamaha PSR S 910 que utilizo tem opções boas de mudar as afinações dos instrumentos;
- No Finale e no Mixcraft não descobri ainda aonde se faz estas alterações;
- Da mesma forma usando um afinador digital pode-se afinar as cordas do violão com outras afinações diferentes do padrão;

E estas diferentes afinações podem afetar o resultado final de uma gravação.
E existem "n" possibilidades de usar muitos softwares como rewire, só que em face das diferentes formas de afinação tem que proceder os ajustes. (pois o host pode ter uma afinação diferente do slave)
E tem outro ponto, os loops que fazem partes dos instrumentos podem ter sido gravados em diferentes afinações, conforme o instrumento que pode ser de época ou não.
E esta informação muitas vezes não consta no help ou material de apoio do software.
E aí entra em cena mais um complicador.

Existe algum software auxiliar que análise uma gravação para descobrir a afinação contida no Loop?
Como usar temperamentos desiguais com instrumentos virtuais?
E na música moderna, qual seria a melhor afinação? ou afinações alternativas?

Ken Himura
Veterano
# ago/13
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Adler3x3
Existe algum software auxiliar que análise uma gravação para descobrir a afinação contida no Loop?

Sabe que eu nunca parei pra pensar nisso? hehehe

Como usar temperamentos desiguais com instrumentos virtuais?
Tem que usar alguns recursos midi e às vezes do próprio instrumento. Detune, alterações no pitch bend, modulation e afins.

E na música moderna, qual seria a melhor afinação? ou afinações alternativas?
Vai depender do que você tem em mãos. Mas, numa visão geral, eu acredito que seja o temperamento justo.

makumbator
Moderador
# ago/13 · Editado por: makumbator
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Adler3x3

As opções de afinação e padrão de lá realmente dependem de cada VSTi em questão. O Addictive keys por exemplo tem uma gama ampla de lá e várias afinações históricas. Além disso pode-se usar um temperamento igual perfeito nele ou com os desvios que os afinadores de piano colocam devido a inarmonia de cordas submetidas a altas tensões.

O Aria player que tenho aqui (última versão, com interface meio prateada) realmente não deixa mudar o lá livremente, mas apenas em padrões fixos (como o 415, o do Handel, etc...).

O Cubase 7 e o Logic (esse já a algum tempo) possuem também regulagem de afinação de áudio, que aproxima um pouco a afinação do som mais puro dos temperamento desiguais. Não é exatamente um novo temperamento, mas pequenos desvios para tirar um pouco da "feiura" do temperamento igual em acordes (algo análogo aos desvios que afinadores de piano fazem para deixar o instrumento mais harmônico).

Aqui alguma informção sobre esse sistema específico:

http://www.hermode.com/index_en.html (assista primeiro ao filme "o que é hermone tunning?)

http://www.hermode.com/downloads/Steinberg_Cubase_Tuning_Data.pdf

O ruim é que ele só funciona bem com samplers VST3 com suporte ao note expression (no caso do Cubase). E no Cubase ele só pode ser usado com lá no 440Hz, ao contrário do Logic, que aceita outro padrões. Mas a própria Steinberg disse que será ampliado para outros padrões no futuro, assim como já acontece com o Logic.


Ken Himura

A questão de afinação com orquestra é bem trabalhoso mesmo, pois além de boa parte dos jovens músicos estarem acostumados com o temperamento igual "perfeitinho" que se escuta na músic pop, muitos nem sabem que existem os desvios, que existem outros sistemas... e que a afinação em grupo de instrumentos não temperados é na verdade um compromisso entre cada músico para se ouvir e se adequar aos demais, para que o todo fique bonito.

Adler3x3
Veterano
# ago/13 · Editado por: Adler3x3
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Makumbator

Vou assistir com calma.
Obrigado pelas dicas.
E o Cubase parece que cada vez tá ficando melhor.

Recentemente adquiri o Synth Alchemy completo.
Dei uma olhada e tem centenas de tipos diferentes de afinação.
Nunca vi nada igual em matéria de recursos.em todos os sentidos.

Gabriel Landim
Veterano
# ago/13
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Eu não sei pra vocês... mas pra mim a diferença de 8 Hz é gritante!
E você "sente" a música diferente também, talvez pelo fato das maior parte das músicas atuais estar em 440hz e o nosso cérebro estar acostumado com aquilo ali.
O próprio I.O.U. do Allan Holdsworth que é um dos meus discos preferidos tem toda uma atmosfera especial por causa disso.
Só é chato quando você quer tocar junto com a guitarra e ter que mudar a afinação, destravar o nut às vezes...

Balls Balls Balls Of Steel
Membro
# ago/13
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Gabriel Landim
Realmente. Eu pensava que 8hz de diferença seria imperceptível por ser uma diferença tão pequena, mas dá pra reparar CLARAMENTE.

Ismah
Veterano
# ago/13 · Editado por: Ismah
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Ok, ok ok... chegou um ignorante, mas com o mesmo objetivo de alguns aqui, de aplicar explicações científicas...

Me expliquem sobre os desvios em acordes...

Temperamento justo, temperamento igual etc, creio que se refira a afinação "igual" onde A3=440Hz, A2=220Hz, A4=880Hz

EDIT: peço autorização para postar no meu blog (http://musicoparamusico.blogspot.com.br/ - em construção ainda) a explicação dada

makumbator
Moderador
# ago/13 · Editado por: makumbator
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Ismah
Temperamento justo, temperamento igual etc, creio que se refira a afinação "igual"

Não. São coisas totalmente diferentes. O lá= x é apenas o padrão de referência dessa nota. Ou seja, qual a frequência que será atribuída com o nome de lá4 (ou lá3 dependendo do entendimento).

Um sistema de temperamento desigual ou igual pode ser feito sobre qualquer lá de referência (440, 415, 442, etc... não importa).

Posso usar o temperamento favorito do Bach (Werkmeister III) no lá de 440Hz, assim como usar temperamento igual moderno com o padrão de lá barroco de 415Hz.

O temperamento, dito de maneira "grosseira", é como a oitava é divida em seus intervalos (de forma a acomodar o desvio da natureza, que em intervalos totalmente puros não fecha a oitava).

Não é possível ter um sistema de intervalos musicais todos puros (ou seja com razão simples, mais harmônicos para o cérebro humano) e ainda assim fechar uma oitava. Os sistemas de afinação são maneiras de acomodar esse desvio da natureza, e com isso ter um sistema utilizável musicalmente em várias oitavas e tonalidades.

No temperamento igual todos os semitons são iguais (de mesmo tamanho), já nos desiguais há semitons mais longos e mais curtos.

No temperamento igual o desvio da natureza é distribuído de forma igual em todos semitons, e com isso todos ficam mais impuros e desafinados, mas tem a vantagem de ter total liberdade de modulação e sem quintas de lobo (que aparecem em sistemas justos). Nele apenas o uníssono e oitava são intervalos realmente perfeitos, todos os demais são "desafinados" devido ao desvio empregado.

O ouvido moderno se acostumou à "feiura" do temperamento igual.

Nos desiguais o desvio é distribuído em certos intervalos, deixando outros mais puros (o quanto, e quais depende de cada sistema em particular). Com isso há intervalos mais bonitos dentro da oitava. E cada tonalidade soa realmente diferente e particular (um lá maior soa diferente de um sol maior). Nos sistemas desiguais mesotônicos (característicos do fim do barroco) podia-se usar todas as tonalidades.

Nos sistemas justos (como o pitagórico) o desvio é direcionado à quinta de lobo (que como o nome diz, é desafinada, e "uiva" com os batimentos quando exposta harmonicamente).

A desvantagem dos justos (além da quinta de lobo) é a restrição grande à modulação e cromatismo, pois dependendo da tonalidade a se tocar é preciso reafinar o instrumento.

Aqui alguma info:

http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000102005000100 016&script=sci_arttext

Ismah
Veterano
# ago/13
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Alguns termos me embaraçaram... A explicação veio completa mas precisa de um nível de concentração que já não tenho no momento... Enfim...

Temperamento da escala seria a razão entre as frequências... porque se afinássemos baseados em quintas teríamos variações no ciclo das frequências das oitavas... ou seja chegaríamos a uma nota diferente da tomada por tônica. O que na hora de bater um acorde causaria alguma dissonância... Certo?

No entanto, assim teríamos de ter uma tonalidade referencial (seria por isso que afinar de ouvido as oitavas da guitarra sempre resulta em discordância com um afinador cromático?) e que se assim fosse feito com base em CM, na hora de soar um DM não teríamos intervalos de mesma proporção ao CM, e uma dissonância característica... Isto é, a III e V do CM, em relação à III e V do DM não tem as mesmas proporções...

O que já no temperamento igual, teríamos a dissonância comum a todos os acordes/intervalos, não?

JotaEmidio
Veterano
# ago/13
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Achei esta matéria aqui sobre a questão de frequências: http://trumpetarticles.wordpress.com/2013/08/07/440hz-conspiracao-cont ra-mente-humana/

makumbator
Moderador
# ago/13 · Editado por: makumbator
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Ismah

Temperamento é como se divide uma oitava para acomodar o "erro" da natureza.

ou seja chegaríamos a uma nota diferente da tomada por tônica. O que na hora de bater um acorde causaria alguma dissonância... Certo?

Exato, e não apenas harmonicamente, mas melodicamente também. Não seria possível transpor uma melodia para outra oitava e manter a mesma identidade sonora. Soaria "desafinado". Quanto mais distantes as oitavas maior seria o "erro".

Se afinássemos seguindo o padrão da natureza não teríamos uma oitava perfeita, ou seja, o dó2 não seria o dobro do dó1.

O problema iria se acumular ao longo de várias oitavas (pois o desvio de cada uma não seria acomodado). Em um espectro de 8 oitavas (por exemplo) teríamos desajustes bizarros e imensos entre o início e o final da escala total (entenda como início o ponto em que se começou a fazer a afinação).

Seria inviável não apenas manter a harmonia conforme conhecemos, como o uso de instrumentos em diferentes oitavas (pois um instrumento executando a linha do baixo no grave não iria bater com uma linha tenor e nem com uma linha de soprano, etc...).

No entanto, assim teríamos de ter uma tonalidade referencial

Não seria nem uma tonalidade referencial (como nos temperamentos justos), mas sim uma oitava de trabalho. Qualquer coisa fora dela seria inviável dentro do esquema ocidental de música.

O que já no temperamento igual, teríamos a dissonância comum a todos os acordes/intervalos, não?

Nele o erro está distribuído por igual, então cada intervalo tem um desvio pequeno, que no conjunto da oitava correspondem ao desvio natural, e com isso a oitava consegue fechar o ciclo. O precedimento se repete na oitava seguinte, com isso um dó0 junto ao um dó5 conseguem soar na razão esperada.

Nos desiguais o erro está distribuído em certos intervalos (com outros puros). Então fica mais bonito e particular em cada tonalidade. Ouça gravações feitas em temperamento desigual para observar a beleza dos acordes.

(seria por isso que afinar de ouvido as oitavas da guitarra sempre resulta em discordância com um afinador cromático?

Uma parte da razão não é nem o sistema temperado igual, e sim os limites físicos de precisão de trastes retos ao longo de um braço relativamente comprido (e sujeito a torções). É difícil fazer uma corda que mantém a espessura (obviamente) acertar a frequência exata ao longo de 24 trastes retos.

Por isso existem os sistemas tipo buzz feiten, que são algo na guitarra e baixo para acomodar os desvios do material (trastes, braço longo, torções, etc...) e também um pouco da feiura do temperamento igual (que soa mais feio harmonicamente).

Aquele sistema que comentei na outra página (que tem no Cubase 7 e Logic) são uma forma parecida de reduzir essa "dureza" do temperamento igual nos acordes, sem ter que sair para outro sistema (ou seja, fazendo pequenos desvios DENTRO do sistema).

Aqui um tópico com um pouco de info da inarmonia dos pianos com comentários de um profissional afinador de pianos no decorrer do tópico):

http://forum.cifraclub.com.br/forum/13/153824/p1#5840263


JotaEmidio

É o mesmo bla bla sem fundamento e com conclusões incorretas, como o link da página anterior. Pseudo ciência.

badari
Membro
# ago/13
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nossa, que diferença da air on g string do bach !
a versão moderna é bem mais feia. a ''antiga'' é muito mais relaxante, bonita, passa sensação de paz, uma viagem no tempo!. eu escutava as varias versões e sabia que tinha algo de errado, mas não sabia o que era ahsusuahahus
valeu pela aula makumbator

Ismah
Veterano
# ago/13
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BRISANDO UM POUCO

a ressonância entre corpos de mesma frequência, não seria a teoria holística, de que a afinação X, tem alguma influência sob o corpo humano uma afinação diferente, semelhante a aplicação de ondas no tratamento de câncer - radioterapia?

Ken Himura
Veterano
# ago/13
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Ismah
a ressonância entre corpos de mesma frequência, não seria a teoria holística, de que a afinação X, tem alguma influência sob o corpo humano uma afinação diferente, semelhante a aplicação de ondas no tratamento de câncer - radioterapia?

Olha, pode até ser e tem linhas de pesquisas sobre isso (o efeito do som/musicoterapia sobre células cancerígenas). Mas ainda é um campo que engatinha na ciência.

Já na tradição musical indiana, existem escalas e melodias que ajudam (ou agravam) doenças, morte, acendem velas etc. Eu não conheço - e difícil algum ocidental conhecer - porque é um sistema super fechado de ensino, apenas por transmissão oral, além de precisar compreender aquele sistema de solfejo indiano super complexo. Só conheço as histórias de musicólogos que foram pra Índia.

Na minha opinião como músico, não acredito que apenas uma frequência ou um padrão de afinação ou uma nota (que, na verdade, é uma frequência) seja tão eficaz assim. Acredito que, pelos experimentos com ressonância que já fiz, o que daria certo de alguma forma são sequências, padrões ritmo-harmonico-melódicos, tonalidades ou agrupamentos de sons...

Ismah
Veterano
# ago/13
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O que tem na música não sei dizer, mas de fato. creio que causa influência sobre nós - tente ouvir psytrance e ficar parado ou uma das músicas para meditação e correr, (SARCASMO NA SEQUÊNCIA) ou Lacrimosa ou alguma banda do gênero por um período mais longo e não cometer suicídio...

Ken Himura
Veterano
# ago/13
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Ismah
Mas aí, você tem que ver o que é auto-sugestão, o que é sugestivo pela letra/poesia e o que é influência do som puro. É um caminho bem espinhoso.

Adler3x3
Veterano
# ago/13 · Editado por: Adler3x3
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Ken Kimura e todos

Na minha opinião como músico, não acredito que apenas uma frequência ou um padrão de afinação ou uma nota (que, na verdade, é uma frequência) seja tão eficaz assim. Acredito que, pelos experimentos com ressonância que já fiz, o que daria certo de alguma forma são sequências, padrões ritmo-harmonico-melódicos, tonalidades ou agrupamentos de sons...

Também sigo esta linha de pensamento.

Entretanto até onde pude pesquisar adentrando numa área mais sutil, da musicoterapia, observei que são usadas somente uma nota em certas frequências.
Numa onda sonora especial, que fica repetindo a nota com algumas variações, e a recomendação é que o som seja escutado em fones de ouvido, afetando desta forma as ondas cerebrais.
Uma certa onda especial que não sei descrever com palavras, mas o certo é que tem pequenas alterações no ritmo, cujas notas são geradas num software preparado para isto. (numa espécie de sequência, onde a nota é repetida indefinidamente, (ou até a mesma nota tocada mais de uma vez junto, ou quase junto, o que cria um efeito especial mas como disse como variações, e fica uma certa pulsação, que afeta ou atraí a atenção do cérebro.)
Como por exemplo:

http://www.youtube.com/watch?v=dX_xgkv9MT8

E as experiências cobrem um grande extensão de frequências desde as mais gravas as mais agudas.
E também estão fazendo experiências mesclando frequências de uma nota só com acordes ou uma certa harmonia.
Eu particularmente gosto mais de escutar as ondas mais graves.
E assim numa música com mais variações:
- primeiro se gravaria as frequências individuais em tracks separadas, com um razoável tempo de reprodução;
- segundo - pode se incluir uma certa harmonia, cujo tom dependeria de uma afinação especial;
- terceiro - o mesmo válido para a inclusão de pequenos solos para enriquecer mais a música.
- quarto - tem que haver compatibilidade entre as frequências, ou melhor dizendo, uma certa relação com a finalidade da música (relaxar, ativar a energia em certas partes do corpo, doenças específicas, e por aí vai longe...)
e dentro de certas frequências de afinação, tem-se diferentes notas (formato atual das escalas), e assim não pode haver conflitos, por exemplo uma nota que excita com uma nota que acalma soando ao mesmo tempo, e pode ocorrer um efeito nulo, ou puxando mais para um lado, (pois a sequência de notas musicais vai se encaixar em certas sequências de frequências.
E a cada frequência que se vai usar na track com a onda especial (a track principal), tem que reformular toda as frequências das notas musicais.
E assim numa mesma música, coexistiriam diferentes formas de afinação, diferentes tabelas de notas e frequências.
- quinto - na DAW teria que fazer um automação bem caprichada na questão do volume e pan;
- sexto - mixagem (de um nota só é fácil), se a onda estiver soando bem, mas quando se adiciona mais instrumentos na harmonia complica, e requer um trabalho mais sutil ainda.
o ideal se for usar EQ , usar somente no que o instrumento virtual tem de melhor a oferecer, evitar usar um EQ convencional sobrepondo o instrumento, pois isto pode alterar de alguma forma a frequência.
- sétimo - a gravação final exportando para um determinado formato de áudio.

E fica evidente que este é um sistema de composição ultra complicado, mas pode-se aqui também aplicar as técnicas da boa teoria musical.
Obviamente é uma música que só pode ser feita plenamente com a utilização de softwares, pois até para um músico virtuoso seria muito difícil num mesmo instrumento contornar as diferentes frequências e afinações necessárias.
Pode-se até gravar as partes usando instrumentos reais.
Mas uma execução completa ao vivo, é quase impossível, exceto se for bem simples.
E que pode também ser acoplado a um música feita de forma tradicional, em pequenos trechos para gerar efeitos especiais, de acordo com o tema e motivos da peças musical.
Se a música é para relaxamento, pode-se utilizar as frequências mais indicadas, para reforçar certas partes e a música atingir o seu fim.

E estão usando para a cura de várias doenças.
Muitas doenças são originadas por microrganismos, muitos deles unicelulares, e assim desta forma a onda sonora aplicada corretamente pode matar um vírus, uma bactéria e assim por diante.
Já fiz algumas experiências, tinha um bom software demo, que produz estes tipos de onda sonora, mas perdi o software quando o meu antigo pc, deu problemas no hd.
Mas quero achar de novo.

Ao meu ver é um campo perigoso, pois qualquer mudança ou aplicação indevida pode gerar outros problemas.
Tem que saber o que esta fazendo, e um cuidado redobrado na edição (tem que conferir, conferir e conferir), não pode errar o número da frequência para o fim desejado. (ou até mais de uma frequência especial, ou várias, mas que tem que estar relacionadas).
O que ainda não consegui fazer, foi o de poder usar um instrumento de alta qualidade, e usar como base para criar estas ondas especiais (tipo vst, pad com notas longas ou um synth de boa sonoridade)
E assim não sei ainda como fazer esta conversão usando instrumentos VSTis.
Se alguém tiver alguma dica, estamos receptivos.
E seria música? , com uma nota só.
Acredito que sim por causa das variações da onda sonora.
E de certa forma o sistema por ser baseado nas frequências em separado, não tem nada a haver com o nosso sistema temperado de afinação.
Assim cada caso se for harmonizado, necessita de uma outra afinação. (tendência de pensar assim, mas é relativo, não é uma verdade absoluta).

O Sistema esta concentrado nas frequências, uma de cada vez por sessão, ou intervalos com certa duração.

Ismah
Veterano
# ago/13
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Quem entender me explica resumidamente (20 palavras).

Zoeira amigo, realmente bem explanado, mas precisa de muita concentração para compreender cada linha de teu pensamento.

Ismah
Veterano
# ago/13
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Quem entender me explica resumidamente (20 palavras).

Zoeira amigo, realmente bem explanado, mas precisa de muita concentração para compreender cada linha de teu pensamento.

badari
Membro
# ago/13
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a canon in D, será que alguem tem ela nesse estilo que o makumbator falou ai? (estetica, temperamente e frequencia barroco), ou só tem versão ''moderna''?

badari
Membro
# ago/13
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a canon in D, será que alguem tem ela nesse estilo que o makumbator falou ai? (estetica, temperamente e frequencia barroco), ou só tem versão ''moderna''?

makumbator
Moderador
# ago/13
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badari

Tem é claro, é uma peça bem manjada. Depois procuro uma gravação assim que esteja disponível online.

Adler3x3
Veterano
# ago/13 · Editado por: Adler3x3
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badari todos

Dependendo do software que se usa existe a possibilidade de aplicar
afinação na frequência de 415 (lá) e usar por exemplo o Werkmeister.
Conforme a peça musical com instrumentos de orquestra que se aproxime do estilo barroco fica melhor de ouvir.
Fiz alguns testes por aqui e realmente o 415 soa melhor que o 440.
Isto pode ser feito por exemplo no Kontakt player instrumento por instrumento.

E continuando com as pesquisas sobre diferentes afinações:
Para uma música de meditação moderna com semibreves se usar duas afinações diferentes em cada canal, usando pan extremo dá um efeito bem legal.
Por exemplo:
- no canal esquerdo usar 436
- no canal direito usar 440
é da para usar outras configurações diferentes (440 - 444, 432 - 440, 440 - 448 e por aí vai, tem que ir experimentando)
Funciona muito bem com pads, mas em alguns instrumentos de orquestra também fica bom.
Isto pode ser feito por exemplo no Kontakt player instrumento por instrumento.
Ou gravar num VST qualquer uma track com um só instrumento, e depois alterar no Audacity a afinação de 440 para outra qualquer.
E depois reimportar o arquivo na DAW.
Fica melhor escutando em bons fones de ouvido.


Leiam este artigo fiz alguns testes e funciona.

http://www.curaeascensao.com.br/musicas_arquivos/musicas10.html

Encontrei um programa que dá para usar em músicas bem lentas com poucos instrumentos, que faz uma transformação e fica com uma sonoridade de ondas bem legal.
Dá para usar o programa para criar efeitos em pequenos trechos o que por si só já vale a pena ter o programa. (não se tem controle sobre o resultado, mas pode ser interessante).
Transforma as ondas do áudio e salva o novo arquivo com um "h" na frente do arquivo original dentro da pasta de instalação do software.
Em músicas normais com muitos instrumentos e percussão, ou mais rápidas não fica legal.
O programa é bem simples, tem alguns bugs mas funciona.

http://mcs.world.coocan.jp/healing_generator.zip

Lord-g
Veterano
# ago/13
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Ken Himura
Eu só gostaria de saber quem foi o "descobridor" desde número, 432. Parece um lance como os de LOST, hahaha!

Acredito que talvez ja tenha a resposta mas só pra somar ao tópico foi o próprio Pitágora.

http://en.wikipedia.org/wiki/Pythagorean_tuning

Finus_SuperBarulhento
Veterano
# ago/13
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Bom...vai depender da música mesmo.
Um Jazz, uma música clássica até vai bem.
Mas para Rock em frequência de afinação diferente de 440hz fica muito xoxa.
Fiz o teste e realmente fica sem ataque e passa uma sensação de que está faltando alguma coisa.

Ismah
Veterano
# ago/13
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Finus_SuperBarulhento

Psicológico :)

Lord-g
Veterano
# ago/13
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Finus_SuperBarulhento
Mas para Rock em frequência de afinação diferente de 440hz fica muito xoxa.

Verdade já vi vários caras com afinação diferente de 440 Hz e soava super xoxo. ( detalhe guitarras desafinadas) kkkk zueira.

8 Hz é muito pouco mas um instrumento só talvez não faça diferença.

Experimente tocar algo com guitarra limpa em 432 e cante alguma música.
Depois volte pro convencional e cante e toque novamente.

Acredito que se não fizesse sentido Pitágoras não teria adotado esses valores e aqui pra nós: ele era o cara, descobriu coisas importantíssimas pra música de forma geral, sem os conceitos dele o conhecimento musical não estaria tão expandido como está hoje !!!!!!

Ismah
Veterano
# ago/13
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Lord-g

8 Hz é muito pouco

Viu o vídeo acima?

um instrumento só talvez não faça diferença

POSSIVELMENTE haveria dissonância...

Experimente tocar algo com guitarra limpa em 432 e cante alguma música.

Não seria porque a voz se afina em 440Hz, afinal aprendemos a cantar no padrão?

Filippo14
Veterano
# ago/13
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Aquele lance de true temperament faz com que todos os semitons fiquem perfeitos?
é isso?




Abração

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