Synth-Men Veterano |
# set/14 · Editado por: Synth-Men
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Prezados.
O texto abaixo não refere-se a opinião, mas sim da união de alguns fatos.
Existem pastores e obreiros que trabalham 24h na igreja e existem músicos que também estão a disposição 24h. Estes viajam, e deixaram suas vidas socialmente comum, para viverem de sua fé.
Muito parecido com o trabalho socialmente cotidiano, trabalhamos 8h por dia, mas quando a empresa precisa, ficamos mais tempo. Quando uma empresa assina nossa carteira de trabalho, em 99% dos contratos trabalhistas, as empresas exigem que seus contratados trabalhem exclusivamente para ela, até que o contrato seja rompido. De certa forma o contratado está 24h a disposição da empresa.
Pastores, assistentes, músicos, na igreja, não recebem salários e sim ajuda de custos, isto quando fazem serviços profissionais que exijam dedicação 24h ou mais (apenas os que fazem isto). Mas isto e tudo registrado, de acordo das normas da lei, nos termos relacionados as instituições religiosas, filantrópicas, sem fins lucrativos, associações, gremiações, sindicatos e etc.
Imaginem que a igreja com mais de 3.000 lugares, necessita de uma brigada de incêndio, técnicos de segurança do trabalho e enfermaria. Apenas profissionais podem realizar esta tarefa. Geralmente estes serviços são terceirizados.
É necessário uma limpeza profissional para manter a higiene, de acordo com a saúde pública. Isto é realizado por profissionais.
E assim vai... Eletricista, bombeiro hidráulico, marceneiro, mestre de obras, operador de som, vídeo, etc...
As igrejas menores, estes serviços são realizados por membros voluntários mesmo.
Lembrando que membro de uma instituição é diferente de um freqüentador. Membro faz parte, freqüentador vai de vez em quando, mas também participa.
No meu caso, preferi não ser remunerado, mas a igreja quis em todos os momentos custear, os meus serviços prestados na igreja, como músico.
Conheci muitos remunerados e não tinha diferença nenhuma de mim. Eram dedicados 24h e os voluntários o tempo que podiam.
Creio que há muitos aqui falando de remuneração, mas não são e não pretendem se profissionalizar musicalmente. Mesmo assim, conseguem um espaço, para tocar na igreja e muitas vezes voluntariamente e depois de achar que já estão dominando totalmente aquele espaço, querem até exigir remuneração.
Isto é uma coisa que a igreja vai escolher, assim como um time de futebol (que também é uma associação sem fins lucrativo) escolhe seus jogadores e técnicos.
Imaginem quantos voluntários e quantas pessoas estão dispostas a trabalhar 24h de acordo com a sua fé, independente da religião?
Para que tudo corra bem, é claro que as instituições irá escolher os melhores currículos e as melhores experiências.
Lembrando que o músico da igreja, antes de ser músico ele é um obreiro da igreja. Obreiros escolhem dedicar alguns momentos de sua vida, mesmo que seja pouquíssimo tempo, trabalhar na OBRA DO SENHOR (isto cada um de acordo com sua fé e religião), conforme seus talentos, conforme sua própria escolha. As igrejas precisam, mas não impõem ninguém ser obreiro, aliás estão faltando obreiros nas igrejas.
Tem uns que sabem cozinhar, outros costurar, outros pintar, consertar coisas e outros de alguma forma sabem tocar instrumentos musicais e cantar.
Estes irão se oferecer como voluntários e se a igreja necessitar que fiquem em tempo integral, irá remunera-lo de acordo com a CLT, isto se o indivíduo quiser.
O músico para ser remunerado na igreja pela CLT, necessita ter a carteira de músico e ser sindicalizado e a igreja necessite de um músico que tenha os requisitos para ser remunerado. É assim também em outras tarefas, do qual a igreja necessita remunerar para que um serviço seja realizado. É assim também em qualquer outra instituição.
Infelizmente, poucos tomam está atitude, mas querem receber pelos seus trabalhos.
Profissionais autônomos como músicos, não tem dúvida dos seus trabalhos, quando tem, estudam mais, se qualificam, entendem do seu trabalho em qualquer instituição. É assim em qualquer profissão.
É diferente de alguém que tocava em casa, como hobbye e resolveu estender seu hobby para alguma instituição, como voluntário e agora acha que está trabalhando de graça.
Se o indivíduo acha que tem que receber pelos seus serviços, então ofereça seus serviços profissionais remunerados. Não se ofereça como voluntário, não faça testes ou apenas pesquise o ambiente. Igrejas ou qualquer outra instituição não precisam disto. Se precisar vai contratar.
Se o indivíduo se ofereceu como voluntário, então não queira receber. Caso queira, deixe de ser voluntário e procure se espaço, onde será remunerado pelos serviços prestados.
Abraços e paz a todos.
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Filipe_Tabernaculus Veterano |
# set/14
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Essa discussão é muito mais complexa do que aparenta, pois antes de responder se é devido que o músico receba, devemos responder o que é igreja, e aqui o bicho pega. A discussão só existe por causa do modelo adotado pela maioria das igrejas que é o institucional, igreja templo. modelo que muda de acordo com tempo e cultura. se eu perguntar igreja precisa de músicos ? eu diria que não, por que igreja são pessoas, agora se eu perguntar na reunião da igreja precisa ? essencialmente não também, paulo só fala umas coisa em efésios 5:18,19. não precisa de instrumento. Agora se eu perguntar na reunião da igreja que adotou um modelo para funcionar precisa de músicos remunerados ? , eu diria que depende do modelo adotado. Minha crítica é contra aqueles que defendem modelos e configurações atuais como sendo a única forma verdadeira de ser igreja, e porque defendem que seu modelo é o verdadeiro, ditam obrigatoriamente para os outros; músicos precisam ser voluntariados , ou músicos precisam ser remunerados.
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