Faders Motorizados! Qual o diferencial?

Autor Mensagem
Thiago V. Colares
Veterano
# fev/16


Pessoal, boa tarde!

Desconfio que essa seja uma pergunta muito idiota (kkkk) mas preciso perguntar... Leio em várias especificações de controladores e outras coisas que tem "Faders Motorizados", como se isso fosse um grande diferencial...

Afinal, qual a diferença de faders motorizados para faders comuns?

Abraços!

Lelo Mig
Membro
# fev/16
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Thiago V. Colares

"como se isso fosse um grande diferencial..."

E é! Quando você equaliza no virtual, os faders movem-se automaticamente na mesa, controlador e etc, real.



Thiago V. Colares
Veterano
# fev/16
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Entendi, mas em um controlador midi... Tem o mesmo funcionamento? Defino o parâmetro no PC e o controlador "posiciona" ele automaticamente,?

Lelo Mig
Membro
# fev/16
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Thiago V. Colares

Sim!

Thiago V. Colares
Veterano
# fev/16
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Legal! Valeu Lelo Mig!

fernando tecladista
Veterano
# fev/16
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Thiago V. Colares
também evita dar algum tranco no som
você tem lá uma cena onde o volume de alguma coisa está no 17 (em uma escala de 128) então esse valor é bem baixo, só que fisicamente o fader está no talo, você decide mexer "ao vivo"no fader com o som rolando, então esse fader que está no talo vai passar por valores altos 120, 100, até chegar nesse que está na memoria e o que soa baixo vai sair triturando ouvidos

makumbator
Moderador
# fev/16
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Outro uso importante dos faders motorizados é conseguir brincar assim:

https://www.youtube.com/watch?v=jJ1dhTtSU2A



Ismah
Veterano
# fev/16
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E também serve para memorizar posições, seja em presets de um equalizador (como existe na Behringer X32), ou caso trabalhe em layers (camadas), por exemplo em uma mesa digital, como a 01V96. Vc tem os faders de master 1-16, na layer 2, de 17-32. Em cada auxiliar os volumes de send etc...

Se poupa espaço físico assim, e componentes, o que resulta num preço mais acessível.

freitas_silva
Veterano
# fev/16
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Rapaz, sinceramente não vejo uma vantagem grande ter faders motorizados num controlador. Em mesas digitais, ontem se controla dezenas de canais, é sim uma mão na roda, principalmente quando se carrega cenas.

Agora motores pra controlar menos de meia dúzia de faders? Não sei... pode até ser que faça diferença na performance de alguém, mas acredito que não trará uma diferença significativa para a grande maioria dos tecladistas.

Aposto que pouco menos de 50% dos tecladistas que usam controladores nem se quer sabem endereçar controllers. No máximo mechem no fader/knob de volume CC 07, que já vem pré configurado.

Não deixa de ser um equipamento interessante, assim como a linha VX da CME, mas eu não pagaria mais caro só pra ter os "motorzinhos"...rs

Synth-Men
Veterano
# fev/16
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Acho normal, igual ao manual.

Tem suas vantagens.

Já vi muitos produtores, controlando as pistas pelos faders.

A exemplo você gravou a mesma música com algumas configurações de volumes e adição de efeitos diferentes, controlado pelos faders, gravando um patch de memorização num controlador destes, não terá que lembrar cada posição.

Não tem jeito, quem tem controlador, motorizado ou não, terá que ter o trabalho de configura-lo a DAW.

Synth-Men
Veterano
# fev/16 · Editado por: Synth-Men
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Duplicado!

Synth-Men
Veterano
# fev/16 · Editado por: Synth-Men
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Triplicado!

Ismah
Veterano
# fev/16
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freitas_silva

Depende o uso. Eu usaria num naipe de metais (brass) para controlar a mixagem de todos eles. Ou num Hammond como se fossem as drawbars, ou registros de um órgão de tubos. Alterando entre essas paradas seria muito melhor e prático, os faders se moverem.

Synth-Men
Veterano
# fev/16
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Depende o uso. Eu usaria num naipe de metais (brass) para controlar a mixagem de todos eles. Ou num Hammond como se fossem as drawbars, ou registros de um órgão de tubos. Alterando entre essas paradas seria muito melhor e prático, os faders se moverem.

Boa!

JJJ
Veterano
# fev/16
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Nunca tive uma mesa assim, mas, além de guardar a "memória" de posições (bem interessante) e mexer por grupos, imagino que se possa fazer a "automação" dos faders, junto à DAW (se elas "conversarem").

Ismah
Veterano
# fev/16 · Editado por: Ismah
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JJJ

Me empolguei um pouco em escrever, mas é por uma boa causa.

Não em todos os casos é possível criar automação, porque se precisa armazenar e receber esses comandos de algum lugar, e ter uma linha do tempo que diga quando isso acontece. É o chamado time code (é tipo um relógio central, que dita a velocidade do tempo, e sincroniza tudo o que acontece), muito comum nos sistemas de teleprompt usados em TV.

Ainda é sujeito a falhar - como aconteceu quando abrimos pra uma banda nacional de renome. A mesa deles parou e o show foi bem pior do que realmente é (tinha assistido em outra cidade), porque ninguém estava habituado a fazer manualmente.

Ainda é uma tecnologia muito cara, e instável, inviável para bandas médias que não conseguem ser headline o não tem nome pra exigir uma console de 500mil. Mas é verdade, que o futuro está ali. Automação pegando etc. A única banda grande que ainda usa console analógica (muito provavelmente subsnake analógico também) e geladeiras de periféricos é o Slayer.

A Malta usa o ProTools em real time, trabalhando em conjunto com a console. Acho que até usa comandos MIDI para chavear efeitos de guitarra, e não lembro se a console de luz não está interligada com ele também para tudo sair perfeitamente sincronizado.

Algumas mesas que acho que oferecem suporte a isso são as Avid Venue, Soundcraft Vi4 (acho que é essa que a Malta usou aqui), Vi6, Yamaha PM1D (muita incerteza, Yamaha não é chegada em conjugadas), que vem com um computador em rack pra se usar plug-in's no principal formato do ProTools com uso de iLok etc. É uma brincadeira bem legal rsrs

Todas as consoles que atuam como controladoras do ProTools tem suporte para isso.

Mas... Automação e time conde não é novidade...

Acho que quem começou isso foi o Berry Gordy (Motown Records), lá por 66, quando desafiou seus engenheiros a criar um mixer com faders automatizados.

Na gringa, se fala muito da inglesa Allison Systems como pioneira em automação de faders, auto mute. Os dinossauros do áudio (a maioria com 80, 90 anos), já falam que ela rodava time code. Não entendi bem, mas parece que se gravava a automação no canal vizinho. Achei realmente muito pouco sobre isso.

A API (Automated Process Inc, surgiu em 68) é o maior nome nesse ramo, mas não são pioneiros em todas as coisas. Apenas são digamos o Master of Bosses na construção de equipamentos. Em 73 lançaram os primeiros faders motorizados e computadorizados. Acho que era a API The Box

Ainda em 68, se tinha a Ampex M1100 (gravador de 16 e 24 canais em uma fita de 2"), que tinha algumas possibilidades de gravar automações.

Em 70-72 a AMS Neve é pioneira, ao instalar seus faders Necam (Neve Computer Assisted Mixdown) que aceitam encoding, no London's Air Studios. Ou seja se gravava uma track com o movimento, eu considero o princípio da robótica. Fico me perguntando se era em firmware, rom, ou o que, mas que o barato devia ser louco na época.

[OFF] Curiosamente, a AMS Neve desenvolveu a primeira console SS, para o Philips Recording Studios, em Londres em 64! Isso me magoa muito, porque mostra como estamos absurdamente atrasados nesse ramo aqui no país.

Já na era digital, o mais antigo que vi foi a Harrison Audio, com a Harrison SeriesTEN por volta de 85.

Antes disso, segundo o Gilmour e o Alan Parson dizem no "Dark side of the moon doc", eram de 4 a 6 pessoas movendo pots numa mesa para mixar 16 canais... Tipo um Twister sobre a console, e um erro, poderia f***r com o trabalho de todos. Imagine quantas coisas são como são por puro acidente, porque já estavam tentando fazer isso a bilionésima vez...

Enfim... É um pouco do que sei, e é culpa de alguns caras aqui do fórum, como o MMI e o makubator, que um dia entraram em discussão sobre a tecnologia que os Beatles tinham disponível...

OFF TOPIC

Eu era um que acreditava que a computação nasceu com o trabalho do Gates no fim de 80. Mas a programação (em firmware será?) nasceu bem antes de se ter um computador, ou algo parecido, lá com Daniel Bernoulli em 1712.

Na verdade quase um século e meio antes de Gates (1837), surgiu a máquina analítica (considerado o primeiro computador do mundo) de Charles Babbage. Este que não conseguiu terminar em vida o que começou.

Se alguém se interessar, tem esse ótimo artigo da Wikipédia

E mais uma vez, eu olho pra coisas que estão no texto acima, e vejo como somos atrasados.

JJJ
Veterano
# fev/16
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Ismah

O testamento eu leio depois! hehehe

Quanto ao "off-topic", aí eu é que me meto a sabido... kkkk
Os primeiros lances de programação "moderna" (sem esses negócios de Bernouli, Babbage, Leonardo da Vinci, Aristóteles...) vem dos ecos da segunda guerra. Eu já dei aula sobre isso. Dá uma googlada em Colossus, máquina inglesa usada pra quebrar códigos nazistas, se não me falha a memória. Aí tem o ENIAC (na computação à válvula - da qual, ao contrário dos amplis de guitarra, ninguém tem saudade!!! rs) e depois a coisa cresceu até os antigos mainframes, onde dominavam linguagens como Fortran e Cobol. Gates tem a ver com a programação de micro-computadores. Nisso sim, ele foi um dos pioneiros, mas já pelo fim da década de 70. A informática já estava plenamente estabelecida (IBM à frente). A micro-informática (computador pessoal) é que estava no início.

Ismah
Veterano
# fev/16
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JJJ
IBM à frente

Brigando principalmente com a Xerox diga-se. Mas realmente, é bem mais antiga que isso, se conceituar programação como "automação de tarefas".

JJJ
Veterano
# fev/16
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Ismah
Brigando principalmente com a Xerox diga-se.

Hummmm.... não... nessa época do início da micro-informática, a briga de mainframes da IBM era com a concorrente Burroughs, que depois se uniu à Sperry e formaram a Unisys.

O lance da Xerox sempre foi copiadora mesmo, depois diversificaram pra impressão de modo geral. Como eles criaram e "jogaram fora" várias ideias que surgiram no seu laboratório de Palo Alto (inclusive a ideia de um sistema operacional de janelas, mouse, ethernet, etc, etc, etc), acho que daí que você tirou essa ideia da concorrência. Mas não foi bem assim.

realmente, é bem mais antiga que isso, se conceituar programação como "automação de tarefas".

É... mas só com licença poética... hehehe

MMI
Veterano
# fev/16 · Editado por: MMI
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JJJ

Entre suas citações, é do Alan Turing que fez aquela máquina para quebrar a encriptação do Enigma nazista que você falou. Do filme O Jogo da Imitação...

Ismah

Os Beatles e George Martin olhando hoje com um Pro Tools ou outra DAW moderna, não tinham nada para gravar. Se for mais para trás ainda, se olhar o Sun Studios e Chess, aí era um microfone na sala para todo mundo, se muito dois. kkkkkkkk

Em 1969 na Apollo 11 que levou o homem à Lua contava com provavelmente o computador mais avançado da época, bem inferior a este que estou escrevendo essa mensagem. Dentro da cápsula, tinha o Apollo Guidance Computer (AGC) que era do tamanho de uma mala de viagem, incríveis 64Kb de memória e operava a 0.043MHz - com todo aquele fogo no rabo, os caras eram muito machos para sair voando. Gravar era fácil. hahahahahaha
(se quiser ler a respeito)

freitas_silva
Veterano
# fev/16
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Cara, me diverti muito com toda essa linha do tempo... Sempre fui amante de tecnologia, aliás, trabalho com isso. É muito legal ver como os caras tiravam leite de pedra e hoje agente se reclama por que o celular só tem 16gb de memória...rs

Thiago V. Colares
Veterano
# fev/16
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Cara, que viagem!

Começamos falando sobre faders e chegou em Alan Turing! kkkkkkk

Também sou da área de TI e curto muito essas paradas, rs...

Mas então, em mesas de som eu já vi os faders motorizados funcionando e são bem legais... A mesa la da igreja é uma Behringer X32. Nosso técnico fica lá perto do púlpito com um iPad e os faders "vivos" lá na mesa, rs... Qualquer cara de TI acharia isso no mínimo empolgante, rs...

Mas agora surgiram mais dúvidas...Pros faders motorizados funcionarem, precisa de alguma configuração "adicional" (digamos assim), ou um rack do Kontakt já resolveria, por exemplo? A DAW precisa ter alguma feature especial pra isso?

makumbator
Moderador
# fev/16 · Editado por: makumbator
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Thiago V. Colares
Mas agora surgiram mais dúvidas...Pros faders motorizados funcionarem, precisa de alguma configuração "adicional" (digamos assim), ou um rack do Kontakt já resolveria, por exemplo? A DAW precisa ter alguma feature especial pra isso?


Em geral não precisa, desde que o hardware em questão tenha os motores funcionando e a comunicação com a DAW esteja correta tudo funciona.

Nosso técnico fica lá perto do púlpito com um iPad e os faders "vivos" lá na mesa, rs...

É, eu controlo o Cubase 8.5 Pro com ipad air ou iphone via wi-fi. Com isso consigo gravar distante do computador e o opero com um app da Steinberg que permite todo o controle (faz tudo: salva, grava, edita, coloca marcador, cria e apaga pistas e clips, grava automação, etc...). Tenho controladores em hardware também (mas sem faders motorizados), entretanto tenho preferido o uso de ipad ou iphone.

Ismah
Veterano
# fev/16
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MMI

Ah isso sem dúvida. Todavia, nenhum estúdio teria a grana que a NASA tinha para mandar um homem a lua.

Se tiver informações a como funcionava o gravador de rolo, mais precisamente a fita (que era digital não?).

Thiago V. Colares
makumbator

Depende de algumas coisas não? Por exemplo o Kontakt oferece suporte a feedback force?

makumbator
Moderador
# fev/16
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Ismah
Depende de algumas coisas não? Por exemplo o Kontakt oferece suporte a feedback force?

Não uso o kontakt pra isso, e ele não interfere em nada na integração de motorização de faders e a DAW (pelo menos no Cubase é assim). Já usei equipamento dessa linha aqui com Cubase (com faders motorizados):

http://www.thomann.de/gb/avid_artist_mix.htm?sid=d86d8a350c54387430967 856aa210cc5

E só preciso de um driver EUCON (protocolo que acompanha a DAW e pode ser instalado ou desinstalado separadamente do Cubase). Funciona maravilhosamente bem, e com faders motorizados.

JJJ
Veterano
# fev/16
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MMI

Esse carinha mesmo.

Ismah
Veterano
# fev/16
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makumbator

Mas o que tu desejaria controlar? Quero dizer, quais faders seriam motorizados?

MMI
Veterano
# fev/16
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Ismah

Se tiver informações a como funcionava o gravador de rolo, mais precisamente a fita (que era digital não?).

O mais legal desse assunto é ler o livro Made in Japan do Akio Morita, fundador e ex-presidente da Sony. Lá ele conta a história de como ele pensou e inventou o lance de gravação em fitas magnéticas.

MMI
Veterano
# fev/16
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Um fader motorizado simples para se usar em homestudio é o FaderPort da Presonus. Eu tenho, mas confesso que não tenho usado. :)

makumbator
Moderador
# fev/16 · Editado por: makumbator
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Ismah

Mas o que tu desejaria controlar?


Nada além do que já controlo. Toda a DAW.

Quero dizer, quais faders seriam motorizados?

No meu caso nenhum. Apenas estou falando que já usei controladores com faders motorizados através do protoloco Eucon, e eles não precisam de nada além do driver (instalou o driver e pronto, tudo funciona). E controlam o que for, e os faders respondem à automação gravada na DAW, e tudo mais.

MMI

É, esse eu já usei emprestado de um amigo. além do CC121 da Steinberg, que também já esteve comigo uma temporada (também é motorizado):

http://www.steinberg.net/en/products/controllers/cc121/start.html

No momento tenho todos dessa série aqui, com exceção do FD (mas não tem nada motorizado em nenhum neles). Mas funcionam muito bem.:

http://www.steinberg.net/en/products/audio_interfaces/cmc_series/model s.html

Mas acabo usando mais o Ipad/iphone mesmo.

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