Simulador de Leslie

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pedrolake
Veterano
# mai/14
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LDR traduzindo é um resistor sensível a luz

Não seria mais corredo dizer que ele é um pot linear sensível a luz???


Não porque sua varição acontece em deltaT, dependente da variação da luminosidade que pode por sua vez ser linear ou não, na fonte geradora, mas quando chega lo led/lampada, esse agente (led/lampada) pode somente trabalhar em equações exponenciais/ logaritimicas.

Portanto é mais correto dizer resistor sensível à luminosidade.

Ismah
Veterano
# mai/14
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pedrolake

Mas ele varia seu valor conforme a luminosidade, não? Então ele se tornaria um resistor variável, estimulado pela luminosidade.

pedrolake
Veterano
# mai/14
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Sim e mas não de forma linear.

Ismah
Veterano
# mai/14
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pedrolake

Logo perfeito para um wah :3

Mas sobre o chorus digital... vc ia explicar, como disse aceito sua explicação (até pra deixar registrado).

nichendrix
Veterano
# jun/14 · Editado por: nichendrix
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pedrolake
Ismah

A Lovetone tinha 4 pedais que podiam ser controlados por meio de um jack com um LDR que fazia as vezes de um pedal de expressão. Ele foi inicialmente projetado para ser usado no Ringer Stinger (Ring Modulator/Octave Fuzz) e no ? (Flanger), mas depois foi lançando uma versão do "light jack" que funcionava também com Meatball (Envelope Filter), Doppleganger (Phaser/Vibrato) e o Wobulator (Tremolo Panner). Bastava ligar o jack com o LDR e ele controlava o parametro que aquela entrada controlava.

No Ringer Stinger ele controlava a Frequência do VCO ou a quantidade de LFO. No ? Flanger ele controlava o delay time da LFO. LFO 1 e LFO2 no Doppleganger. LFO1 Rate no Wobulator. Decay Time e Filter Depth no caso do Meatball.

Inclusive algus dos efeitos mais massas que já ouvi sairam desses pedais controlado assim, como o som de envelope filter de Subterranean Homesick Alien do Radiohead, várias músicas do Blur, do Sonic Youth e do Pavement.

No final desse vídeo tem uma pequena demonstração dele no Ring Stinger que é o Ring Modulator/Octave Fuzz da marca, começa em 6:15. Infelizmente não achei nenhum vídeo demonstrando o light jack nos outros pedais.



Ismah
Veterano
# jun/14
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nichendrix

Saquei o lance desses... Mas no caso dos wah's ópticos ao estilo Morley, a ideia é a mesma?!

nichendrix
Veterano
# jun/14
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Ismah

Aí eu realmente não sei te dizer, porque só usei um desses uma vez, e nunca abri um ou conferi as specs pra saber o que tem dentro. Mas o princípio não deve ser tão diferente não, por exemplo, no Lovetone Meatball, se você usa esse light jack em um dos parametros (não lembro de decay time ou intesity) e ele faz as vezes de controle da pedalada do wah.

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Eu somente conheço , já tive o Lovetone Meatball, ele possui um gerador LFO e um VCO, um sistema de compander para comprimir e expandir a onda e manipular seu decay, pico de subida e descida. Ele controla esses parâmetros pelas fotocélulas (LED/LDR) , diretamente nos geradores, modificando o tempo deltaT da onda.

Ismah
Veterano
# jun/14
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pedrolake

Po cara, vc tem um grande talento pra tecladista (sintetizar ao menos)

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Eu sou engenheiro eletronico e formado em engenharia de som, acabo tendo que conhecer varias tecnologias,

nichendrix
Veterano
# jun/14
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pedrolake
Cara, meu sonho de consumo é o Meatball, eu adoro envelope filters, mas dos que testei na vida o Meatball é o único que realmente achei "sem defeito" pro meu gosto, quem chegou perto foi o Moog e o Mutron III, mas não curti tanto quanto o Meatball, foda que os 3 são os olhos da cara, da bunda e mais um pouco.

pedrolake
Veterano
# jun/14
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nichendrix, um amigo meu de faculdade é o responsável pelos projetos da Lovepedal eu tenho o circuito de fábrica, se quiser montar um vai precisar de um TL074 , um 1458 e duas fotocélulas.

nichendrix
Veterano
# jun/14
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pedrolake
Como assim? Você é handmaker?

Ismah
Veterano
# jun/14
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pedrolake disse

Eu sou engenheiro eletronico e formado em engenharia de som, acabo tendo que conhecer varias tecnologias,

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Não sou engenheiro eletronico e eng de som , trabalho na Vox e moro em Londres, estudei com John Cogins, filho de Dave Cogins o fundador, ele é engenheiro responsável pelos projetos da Lovetone e da Lovepedal, tenho alguns circuitos e layouts da placas pois as vezes eu o ajudo a fazer review no projeto e verificar possíveis melhorias.

nichendrix
Veterano
# jun/14
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pedrolake
Em setembro eu estou me mudando pra Lancaster, então a gente pode conversar direito sobre isso. Pena não vir com a caixa azuzinha do Meatball. Você consegue todos os componentes?

Ismah
Eu sou engenheiro eletronico e formado em engenharia de som, acabo tendo que conhecer varias tecnologias,

Isso não quer dizer muita coisa, tanto aqui no fórum tem colegas como o Curly e o Bog que também são engenheiros elétricos/eletrônicos, no caso do Bog com doutorado em processamento de sinal e boa parte dos meus primos é engenheiro elétrico, e no fim, eu monto e modifico pedais melhor que a maioria dos meus primos, agora se pedir pra eu mexer com sistemas de potência, eu não sei nem por onde começa. Logo ser engenheiro significa que tem o conhecimento pra fazer e não necessariamente que faz bem ou que faz isso pra viver.

Outro exemplo de que formação não quer dizer muita coisa é eu, que sou administrador e arquiteto de formação, mas basicamente faço só trabalho com ciência da computação e engenharia de produção porque terminei me especializando no desenvolvimento de sistemas de automação de processos de negócios e simulações de sistemas industriais e mercadológicos. Meu mestrado foi basicamente em modelagem matemática e estatística e aplicação de modelos de física estatística na modelagem de sistemas complexos, o que é a ultima coisa que você pensaria se olhasse só pra minha formação original. Agora no doutorado vou pra engenharia de sistemas industriais e logísticos que basicamente mistura ciência da computação e engenharia de produção.

Por isso perguntei se ele trabalhava com isso, porque ter o conhecimento é uma coisa, viver dele é outra totalmente diferente.

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Nich por exemplo minha formacao principal e em engenharia de semi conductors e super condutores, Havard,sou um dos pais do Shark da analog devices. Depois fui Para a McGill Canada, engenharia eletronica, Leeds London, engenharia do som. Em 2011, fisica e engenharia da computacao MIT. Tokyo university, DSP engeneering.

Ismah
Veterano
# jun/14
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nichendrix
mestrado foi basicamente em modelagem matemática e estatística e aplicação de modelos de física estatística na modelagem de sistemas complexos

Mestrado humilde. Não bastava dizer engenharia de desenvolvimento produtivo?

Ismah
Veterano
# jun/14
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nichendrix
mestrado foi basicamente em modelagem matemática e estatística e aplicação de modelos de física estatística na modelagem de sistemas complexos

Mestrado humilde. Não bastava dizer engenharia de desenvolvimento produtivo?

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Para ter mais detalhes nessa area de lfo, e modulação, Ismah, bolei um circuito simples de um gerador LFO, você pode montar em uma proto-board.

O circuito: Gerador LFO

Variando os controles de depth e speed você varia a inclinação da onda triangular e a frequência, com você manipulará a onda pela frequência e pelo comprimento de onda.

O Led pode ser acoplado em um LDR para testar a sua variação nesse caso segue o esquema do amplificador, o LDR irá agir como um atenuado/ amplificador no caso gerando um vibrato parecido com o dos amplificadores valvulados. Amplificador/mixador

nichendrix
Veterano
# jun/14 · Editado por: nichendrix
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pedrolake
Nich por exemplo minha formacao principal e em engenharia de semi conductors e super condutores, Havard,sou um dos pais do Shark da analog devices. Depois fui Para a McGill Canada, engenharia eletronica, Leeds London, engenharia do som. Em 2011, fisica e engenharia da computacao MIT. Tokyo university, DSP engeneering.

Cara, com metade da sua formação eu não ia parar em processamento de som, eu ia brincar era com computação quântica ou algo do tipo...kkkkkkk

É capaz de vc conhecer o Bog aqui do fórum, ele fez doutorado em DSP lá em Tokyo e voltou não tem muito tempo.

Aqui na USP tem uma galera do Instituto de Física que toca e que está brincando lá de tentar criar uma arquitetura de captadores mais eficiente para guitarra e baixo elétrico e com melhoria em captadores piezo-elétricos para instrumentos acústicos. Nunca cheguei a ver se isso deu em alguma coisa, mas eles andavam bem empolgados.

Será que não dá pra usar o arduino pra criar um processador de sinal que simule uma Leslie ou um Uni-Vibe? Taí um projeto que poderia ser interessante.

Ismah
Mestrado humilde. Não bastava dizer engenharia de desenvolvimento produtivo?

Não, porque Modelagem de Sistemas Complexos não é a mesma coisa de Engenharia de Sistemas ou de Produção. Na verdade nem foi meu foco inicial no Mestrado.

Lá eu desenvolvia modelos computacionais e matemáticos com aplicações em sistemas sociais, como mercado e análise de redes sociais e por fim a influência de fatores emocionais e sociais em flutuações de mercado, de serviços e de produção. Só que essa ultima parte surgiu quando eu tava atrás de uma aplicação pros modelos que tinha desenvolvido, poderia ter focado em análise de redes sociais, em mercado de ações, em comportamento eleitoral, comportamento de grupos em festas, no laser, em situações de pânico ou em revoltas, em desenvolvimento urbano, dobra de proteínas, redes de expressão de DNA, desenvolvimento espacial de carcinomas, no fim preferi um ver se era aplicável em algo que eu tinha um maior domínio, mas isso não era necessário e nem é o foco do programa.

Em geral nos programas de modelagem de sistemas complexos todo mundo estuda um pouco de tudo, de biologia, física, matemática, medicina, economia, administração, psicologia, marketing, ciência da computação, sociologia, antropologia, etc. A gente aprende a fazer modelos pra todas essas áreas porque em geral eles são muito parecidos. Por exemplo um algoritmo para estudar redes de expressão de DNA é muito parecido com um algoritmo para estudar comportamento de redes sociais como o Facebook ou redes de produção científica ou como produtos podem se espalhar baseados em marketing de redes sociais. Quado você reduz isso aos aspectos matemáticos e estatísticos e aos modelos computacionais, há uma semelhança muito grande o que leva a algumas conclusões poderem ser transpostas de uma situação para outra com relativamente pouca adaptação.

Por exemplo, se tu tem um gene que causaria uma doença genética e a rede de expressão genética tem um conjunto de genes que suprime a expressão daquele gente, "desligando" o gene e fazendo com que ele não cause a doença que deveria causar, matematicamente, isso é quase a mesma coisa de modelar o caso de um grupo de amigos onde um deles discorda das opiniões e atitudes do grupo e não manifesta essa opinião para não ser excluído do grupo. Na minha área de atuação uma aplicação disso seria o caso em que um funcionário está cansado de trabalhar ou estressado, mas continua produzindo num ritmo como se não estivesse, porque o restante do grupo está altamente motivado a trabalhar e ele não quer deixar os amigos na mão.

Então o modelo matemático é praticamente o mesmo, o computacional também, tu vai mudar o nome das variáveis de estados e algumas formulações para elas, mas se tu imprimir o gráfico dos 3 casos e botar um do lado do outro, vão parecer o mesmo gráfico, vão ter o mesmo comportamento.

No fim isso é um offtopic do caramba.

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Nich mas nossas áreas se fundem na inteligencia artificial, robótica e paradoxo quântico de Azmuth-Bathem ( teoria pouco conhecida e difundida).

Ismah
Veterano
# jun/14
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nichendrix

Deu nó antes de terminar o primeiro parágrafo :S

Desculpe mas quis dizer que bastaria dizer que fez mestrado numa área X.

pedrolake

Voltando aos méritos iniciais, como se gera o chorus, vibe, tremolo etc, digital?

nichendrix
Veterano
# jun/14
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pedrolake
Nich mas nossas áreas se fundem na inteligencia artificial, robótica e paradoxo quântico de Azmuth-Bathem ( teoria pouco conhecida e difundida).

É por aí mesmo, o tema inicial do meu doutorado é comparar dois tipos diferentes de AI para modelos de simulação de agentes e qual a performance deles na resolução e otimização em problemas de produção.

Mas o que você acha dessas novas plataformas de desenvolvimento de hardware de baixo custo, tipo o Arduino ou o Rapsberry Pie para quem quer começar a brincar com Processamento de Sinal, acha que da rock?

Ismah
Deu nó antes de terminar o primeiro parágrafo :S

Cara, imagine como é uma aula de termodinâmica e eletromagnetismo num curso de engenharia elétrica, que aí você vai descobrir que o buraco é bem mais embaixo. Minha maior dificuldade no mestrado foi justamente porque em geral vc já começa trabalhando com modelos que presumem que você sabe o básico dessas duas coisas e alguma coisa de quântica, e como eu vinha da área de humanas só sabia o que ensina-se no segundo grau, apanhei um bocado pra chegar lá.

Desculpe mas quis dizer que bastaria dizer que fez mestrado numa área X.

Provavelmente sim e provavelmente não, em geral quando digo meu mestrado é em modelagem de sistemas complexos, vem a pergunta, o que diabo é modelagem de sistemas complexos? logo, já parto do pressuposto que vou ter que explicar e por isso explico logo pra economizar meu tempo.

Minha ex-namorada diz que entre os tempos de ser só minha amiga, 2 anos de namoro e voltar a ser só minha amiga, até hoje não sabe exatamente o que eu faço, prefere dizer que é algo que tem muita matemática, muita física, muita computação e que é coisa de nerd.

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Nao deixam de ser is Xlinks atuais, baixo tempo de desenvolvimento e media fidelidade

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Ismah, vamos lá, digitalmente para se criar efeitos de guitarra/baixo/teclado, usamos dois modelos um matemático, por meio de equações como aquela de Fourier. E usamos o modelo de algorítimos, por meio de programação seja em C, C++,C#, java, Assembly que ira se tornar o que chamamos de código de máquina que é uma representação em binário.

Para programar teremos também códigos proprietários , que muitas vezes são códigos que fazem com que o processador execute uma determinada função.

Por exemplo o chorus pode ser escrita por uma função, o delay por outros ( já posto as funções).

nichendrix
Veterano
# jun/14
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pedrolake
Ao menos em teoria digital e analógico fazem a mesma coisa, só que de modos diferentes não?

Sempre tive a impressão que esses algoritmos são relativamente simples, por exemplo, algoritmos pra gerar picos de LFO, digitalmente me parece muito com uma função pra gerar um sinal pra LFO e uma segunda função pra "somar ou subtrair" esse sinal ao sinal original de uma maneira específica, gerando um padrão de interferência similar ao analógico.

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Nich, sim e não pois quanto mais complexo os algoritmos, significa manipular e modificar, mais características da onda, interpolação dos picos, controle de oitavas, controle do domínio de tempo, do domínio da frequencia e etc, vou preparar uns exemplos e posto. Enquanto isso da uma olhada no PSOLA (Pitch Synchronous OverLap-Add) e no SOLA (Synchronized OverLap Add).

O chorus pode ser conseguido nesta equação:

y[n] = x[n] + a  x[n - D]

A interpolação:

v[n] = frac  DelayLine[i + 1] + (1 frac)  DelayLine[i]

nichendrix
Veterano
# jun/14
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pedrolake
Achei aqui uns source codes com exemplo de pitch shifter, vocoder e pitch correction (que presumo que seja uma espécie de auto-tune), todos feito com PSOLA e SOLA. Depois vou dar uma estudada pra ver o que sai disso.

A priori o tipo de código me lembra um pouco código de processamento de imagem, que tenho alguma experiência porque uso na hora de criar saída para apresentação de modelos de simulação que contenham espaço e que a apresentação do espaço muda conforme algum parâmetro simulado.

pedrolake
Veterano
# jun/14
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Sim são muitos usados em imagem também, principalmente para criação e Anti-aliasing.

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