"Clipagem" Digital - Um alerta pra quem usa equipos digitais e analógicos

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MauricioBahia
Moderador
# nov/09 · Editado por: MauricioBahia
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DotCom: Ops... vou ter que rebater essa. Vem cá cara, você acha que dá pra condensar 5 anos de uma graduação em alguns posts de fórum?

Cara, como é que condensaram séculos de pesquisas para o seu curso de graduação ser efetivo em 5 anos?

DotCom
Veterano
# nov/09
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MauricioBahia
Cara, como é que condensaram séculos de pesquisas para o seu curso de graduação ser efetivo em 5 anos?
Deixa eu ver...
1) Separando em vários cursos o conhecimento dos filósofos? Que eu saiba, eu não estudo medicina, nem artes, nem engenharia civil, e nem mesmo toda a parte de engenharia elétrica. Meu foco foi engenharia eletrônica.

2) Mesmo dentro da área de eletrônica, ainda existem muitas subdivisões, e eu não estudei todas elas.

É assim que um curso de engenharia tem "só" 5 anos. PORÉM, processamento de sinal (digital e analógico) eu estudei um bocado na faculdade, e como me interesso, ainda estudei mais por fora.

tsc... A gente não é idiota.
mimimimimimimimimimimimimimimimimimimimimimimimimi... larga de complexo de inferioridade. Sei mais que alguns aqui? Sim. Não porque sou mais inteligente nem nada. Mas porque é a área que estudei.
Quem quiser estudar e aprender, pode muito bem saber muito mais do que eu. Porém, fórum não é lugar pra aprender assuntos densos como esse. Aprender eletrônica básica, entender como funciona uma fonte linear, tudo bem. Mas processamento de sinais? O buraco é mais embaixo.

DotCom
Veterano
# nov/09
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MMI
Cara, o loop é em paralelo, tem controle de mix, mas como no próprio manual diz, eu uso em série os efeitos, sem mexer no loop. Não tem dúvida nenhuma aí. Não entendi o que você quis dizer nisso.
O que quero dizer é que você, fazendo a ligação pré -> pedais -> power, está ligando os pedais "em loop", pois um loop em série é basicamente essa ligação.

Seu pré tem controle de saída? Tem uns amplis que têm um botão pra chavear o loop em +4 dB ou -10 dB, o que ajuda a "casar" o nível de sinal com pedais/racks.

MauricioBahia
Moderador
# nov/09
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DotCom: Porém, fórum não é lugar pra aprender assuntos densos como esse.

Clipagem digital é uma assunto tão denso assim? Não posso concordar com isso pois o vejo sendo citado nos manuais de pedais, numa linguagem bem amadora e acessível, como já postei aqui.

JC_Junior
Veterano
# nov/09
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lá vai!



como eu falei, dB é uma unidade de razão, não vou entrar em detalhes aqui, quem quiser saber mais pode procurar na net que tem bastante assunto e é um pouco extenso, mas posso tentar explicar algo. No nosso caso (sistemas de áudio) utilizamos o dBu, que equivale a um sinal de 0,775Vrms de pico, quando se tem no manual alguma especificação de +10dB isso é equivalente a 7,756Vrms de pico e -10 equivale a 0,0775 Vrms.
agora em relação ao tópico, para não se clipar a entrada de algum pedal teria que ver o quanto o pedal anterior a ele amplifica o sinal. para isso devemos verificar o valor máximo (dB) que um pedal X possui em seu input e ver o valor output máximo do pedal Y anterior a ele, se o valor no output do pedal Y for igual ou maior do input do pedal X é preciso cuidado ao regular para que não ocorra o clipping. no caso dos boosters eles somam ao sinal que entra um valor de XdB, adotando X=2, assim, se entra um sinal com 5dB (2,45Vrms) na saída terá 7dB (3,88Vrms), logo após esse booster teriamos que plugar um pedal que tivesse um input level de, no mínimo, 8dB para não ocorrer clipagem.

espero que eu tenha sido claro, se tiver alguma coisa equivocada no meu post, por favor aguém me corrija!

MauricioBahia
Moderador
# nov/09
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JC_Junior

Vc tem alguma formação em eletrônica? Acha o assunto "clipagem digital" acessível para um fórum de leigos?

Abs

MauricioBahia
Moderador
# nov/09 · Editado por: MauricioBahia
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Se alguém me provar que o tópico traz "malefícios" aos usurários de pedais eu o fecho imediatamente. Não tenho o mínimo pudor em fazer isso. Até pq o objetivo é o aprendizado correto.

JC_Junior
Veterano
# nov/09
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MauricioBahia

eu estudo engenharia elétrica, e entendo o que o DotCom quer dizer com o fato de tentar explicar, essa área de sinais que nós estudamos é muito abstrato, é dificil de se tentar passar somente em post, não é nenhum desmerecimento com o povo aqui, pode ter certeza.


creio que nos pedais de efeitos digitais não ocorra clipagem digital, e sim analógica mesmo. esse clipping que ocorre deve ser antes mesmo de chegar ao circuito de processamento do efeito, não tenho certeza exatamente onde pode ocorrer (não sei se pode ser nos buffer ou nos conversores A/D)

no que eu entendo de sistemas digitais, para que ocorra um clipping digital em algum sistema, seria se aplicassemos mais informação que ele poderia processar, no nosso caso, se aplicassemos 2 sinais em um mesmo pedal.

rsf
Veterano
# nov/09
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Calma, se o seu drive é de 12v MAS você tem bom-senso e não bota tudo no 10, é provável que você NUNCA tenha problemas com headroom.

resumindo... não é o fato de um pedal ser de 12v e o subsequente ser de 9v que isso, de per si, irá gerar o excesso..isso é apenas uma condição para tanto..para que esse excesso ocorra, vc terá que chegar no nível de sinal do pedal de 12v (suponhamos 10) que o pedal de 9v não alcança/reconhece. Quando isso acontece, o pedal de 9v peida, porque esse "excesso" chega no input do coitado e ele não vai conseguir "ler" esse "plus" de informação...Em outras palavras, o pedal de 12v tem mais sinal para dar do que o de 9v tem para receber e quando vc aciona essa diferença, ela é ceifada, porque o de 9v não consegue "ler" essa sobra e a retira do sinal... óbvio, não? hehehehhehe


agora só falta entender uma coisa (eu acho, numa dessas é bem mais hehehehe)...

temos então dois fatores para considerarmos para qualquer equipamento de audio (isso tecnicamente falando, já que como vc disse, nesse caso é melhor dar atenção aos ouvidos)

..mas enfim, por amor ao debate....

1º valor - alimentação - é isso que irá definir o Headroom do equipamento de audio....quanto maior a alimentação, maior o Headroom (dedução minha, hehehehe )

2º valor - "quantidade" de sinal recepcionado - (quantidade como sinonimo de ganho, dB, "volume" (?)
é isso que irá fazer o equipamento "peidar" ou não...se o sinal recebido ultrapassar o headroom (definido pela alimentação), o pedal peida; se ficar igual ou menor..não peida..heheheehee

se isso estiver certo, entendi..se eu estiver errado..desisto..

tem duas coisas que eu acho que vou morrer e nunca vou entender....
eletrônica e mulheres....

JC_Junior
Veterano
# nov/09
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rsf

está tudo certo!

MauricioBahia
Moderador
# nov/09 · Editado por: MauricioBahia
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JC_Junior: creio que nos pedais de efeitos digitais não ocorra clipagem digital

Então pq na minha Modfactor e na G-System (digitais) há um LED indicador de clipagem? Olha esse post: http://forum.cifraclub.com.br/forum/7/220938/p3#6404192

Abs

JC_Junior
Veterano
# nov/09
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MauricioBahia


isso é um led indicador na entrada do pedal, quando ele entra ainda é analógico, ele se torna digital após passar pelo conversor A/D.


Abs.

MauricioBahia
Moderador
# nov/09
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JC_Junior

Eu sei que se torna digital após o conversor. Mas pq os caras recomendam que o sinal não chegue muito "quente" no input alegando que pode haver clipagem digital?

Abs

JC_Junior
Veterano
# nov/09
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MauricioBahia


para que o sinal não clipe ainda na parte analógica do circuito e não seja convertido clipado pra digital

MauricioBahia
Moderador
# nov/09 · Editado por: MauricioBahia
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JC_Junior

Hummmm... Legal. Entendi!!! Mas será que todas tem essa "proteção"?

Obrigado.

nichendrix
Veterano
# nov/09 · Editado por: nichendrix
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MauricioBahia
DotCom

Rapaz eu não sei porque vocês ainda estão brigando.

Eu concordo com os dois em parte.

Concordo com o MauricioBahia no tocante a necessidade de tentar esclarecer o funcionamento desse tipo de fenomeno em pedais e pedaleiras, sejam eles analógicos ou digitais.

Todavia concordo com o DotCom que o buraco é bem mais embaixo, e que não adianta tentar explicar isso tudo em posts, porque realmente não tem como.

Da mesma forma, MauricioBahia, eu acho que o tópico ficaria mais proveitoso se você conseguisse deixar de lado um pouco do problema criado nas 2 primeiras páginas do tópico e se concentrar no problema proposto. Igualmente, DotCom, eu acho que embora em teoria seja complexo, sempre há a experiência empirica, e isso pode ajudar muito aqui, e não há duvidas que você poderia ajudar um pouco mais falando um pouco da sua experiência empirica na matéria em questão.

Eu não estou aqui pra provar nada, muito menos se o tópico é prejudicial ou não, mas vocês dois brigando tornam realmente a discussão mais difícil de entender. Porque no fim os dois estão parcialmente certos em parte do argumento, mas errados em outra, pois um assume que tudo pode ser exposto de forma muito simples e o outro assume que só pode ser exposto de forma muito complexa.

Como disse, lá na pagina 2 e ninguém viu e ainda fiz alguns posts tentando explicar a difculdade de se trabalhar com dB por ser uma unidade medida relativa que expressa razões entre outras medidas, ou seja não é uma medida de valor real, não há precisão nela a menos que vc tenha um medidor ou conheça os valores reais da qual o dB representa relativamente. Meu post está cheio de erros, mas a idéia basica foi novamente explicada e de forma muito mais legal, correta e precisa tanto pelo DotCom quanto pelo JC_Junior.

Creio que o grande motivo do DotCom insistir que é complicado explicar seja em parte por isso, pois para explcar as medidas reais e como elas são expressas de forma relativa em dB não é nada simples, pois além da teoria você teria que conhecer as especificidades de cada pedal e como elas se relacionariam entre sí.

Eu sou arquiteto, como na profissão a gente trabalha com sistemas elétricos a gente tem o conhecimento básico das especificações deles, esse trabalho é bem simples se comparado com a explicação do que ocorre em processamento de sinal e eu não saberia explicar em poucas palavras todo o conhecimento necessário para especificar um sistema elétrico residencial, eu teria que digitar muito pra isso. Imagine um tema que é bem mais complexo.

Mas eu consigo dar informações basicas sobre o assunto, consigo usar exemplos práticos para explicar porque algumas tomadas devem ser de 10A e outras de 20A, porque certas conexões podem ser feitas com fios de tal bitola e não de outro, ou a necessidade de um sistema com mais de uma fase de distribuição.

Dá pra usar exemplo, práticos que ajudem as pessoas a ter uma noção de porque as coisas são do jeito que são sem necessáriamente ter que explicar tudo, timtim por timtim, para elas.

Até porque no fim quem faz a instalação do projeto é um eletricista semi-analfabeto que também não sabe o porquê das coisas, mas sabe por meio de tentativas práticas e um conhecimento basico que se ele errar a bitola de um fio o consumo vai ser muito maior e ele vai trabalhar sobrecarregado e isso pode tanto provocar um curto e consequentemente um incéndio. Aliás já vi muito eletricista corrigindo projeto de engenheiro eletricista e o cara não ouviu e só quando deu merda que foi ouvir os anos de experiência empirica do eletricista.

Voltando ao tópico, reitero que acho que a discussão pode ser muito produtiva caso vocês dois deixem de picuinha e se concentrem em ajudar e usar seus conhecimento pra somar e não pra ficar desfazendo o trabalho um do outro, ou para desmerecer o mesmo.

JC_Junior
Veterano
# nov/09
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MauricioBahia

a proteção que você se refere, seria a parte analógica do circuito? se, sim, eu não sei exatamente explicar, mas creio que todo pedal digital tenha alguma parte analógica tanto na entrada quanto na saída, alguma espécie de buffer ou limiter (que foi relatado na resposta enviada pelo engenheiro da eventide) para tratamento do sinal antes e depois dos conversores.

MauricioBahia
Moderador
# nov/09
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nichendrix: Rapaz eu não sei porque vocês ainda estão brigando.

heheh. Eu tô brigando pelo bem do tópico. Essa é a minha bandeira! O tópico é essencialmente sobre CLIPAGEM DIGITAL. Qual o problema de abordarmos o assunto? Pelo que o Dotcom vem dizendo, não vale a pena pq ninguém vai entender.

Ele diz que meu primeiro post está cheio de de equívocos, mas embora eu o tenha questionado ainda não apontou qualquer equívoco! Além disso, eu citei o que li nos manuais de algumas pedaleiras Top.

O que posso concluir? Que ele quer "detonar" o tópico pois acha que pode confundir as pessoas, quando na verdade, o objetivo seria o contrário.

Abs

MauricioBahia
Moderador
# nov/09 · Editado por: MauricioBahia
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JC_Junior: alguma espécie de buffer ou limiter (que foi relatado na resposta enviada pelo engenheiro da eventide) para tratamento do sinal antes e depois dos conversores.

É nesse ponto que sempre quis chegar pois MUITA gente diz que o som quando passa por digitais fica "pasteurizado", perde dinâmica e aí por diante.

No meu modo "leigo" de ver, se os volumes que chegam na entrada de pedaleira digitais estiverem num nível mediano, o sinal chega com menos possibilidade se ser limitado ou comprimido na ambiente digital, apresentando mais dinâmica e, por fim, ficando menos "pasteurizado", como dizem. Portanto, o volume seria um fator relevante para um timbre melhor em pedais/pedaleiras digitais.

Abs

MauricioBahia
Moderador
# nov/09 · Editado por: MauricioBahia
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JC_Junior

A minha conclusão é que a G2, por exemplo, feita para amadores não te dá opção de visualizar um possível "clipping" e já toma decisões automáticas de compressão e limitação do sinal para não complicar o usuário leigo. Como todas, deixam um headroom monstro de vários decibéis para que o sinal possa "fluir" com toda sua amplitude.

As GT-10, G-System e Modfactor por exemplo, são feitas para profissionais e, além do modo automático citado acima, apresentam opções de visualização no painel com um LED indicador de clipagem, para que você fica alerta ao sinal muito alto de entrada, justamente para evitar que ela (o pedal) utilize compressão ou limitação.

Esse LED seria algo do tipo "Olha, vai clipar, é melhor diminuir o volume de entrada (se não diminuir, vamos comprimir ou limitar, mas isso não é dito nos manuais apesar do engenheiro da Eventide afirmar que isso ocorra)".

Abs

JC_Junior
Veterano
# nov/09
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MauricioBahia

isso mesmo!

A GT-10, G-System e outras do mesmo nível, são pedaleiras tops, pra profissionais e com toda certeza tem essa função diferentemente da G2 que é da linha de acesso a esse mundo!

MauricioBahia
Moderador
# nov/09 · Editado por: MauricioBahia
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JC_Junior: isso mesmo!

Então, o objetivo do tópico é alertar pra que seja verificado o volume que chega logo antes do seu digital. Será que o som não tá "pasteurizado" pq vc exagerou no volume do pedal (ou outro dispositivo) que está plugado logo antes deste digital?

Veja esta figura no manual da G-System:
http://img9.imageshack.us/img9/1542/gsys.gif

Ela diz tudo, mostra claramente um pedal antes da G-System (e é "A" G-SYSTEM) com Level no máximo e dizendo "Não é bom" e o mesmo pedal no Level mediano dizendo "É bom".

É isso que tento expor aqui.

Abs

nichendrix
Veterano
# nov/09
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MauricioBahia
heheh. Eu tô brigando pelo bem do tópico. Essa é a minha bandeira! O tópico é essencialmente sobre CLIPAGEM DIGITAL.

Esse é o problema, ele aponta isso por um erro, e eu entendo porque e o porque ele defende tanto que isso deva ser tratado apenas como clipagem.

O fato é que como o JC_Junior falou, não faz muito sentindo a primeira vista um overload em um conversor AD/DA ou em um processador de efeitos. Pode existir um pico de voltage e queimar tais partes, mas um overload só se você fornecesse mais informações do que ele conseguiria processar ou que o sistema pudesse gerenciar.

Portante o provavel é que esse cliping esteja relacionado a umda de duas situações possíveis, ou às duas (está além do meu conhecimento explicar). Ou a clipagem vem da parte analógica do pedal de efeitos, porque o sinal entra analógico e até chegar ao conversor AD, é 100% analógico. Ou então esse cliping significa de alguma forma o sinal (que ainda está em forma de corrente elétrica) gerar uma flutuaçãoi elétrica no sistema digital muito acima do que ele consegue lidar gerando uma falha de processamento, como um computador travando por super-aquecimento ou por receber uma voltagem acima do que o processador está projetado para receber (embora eu ache essa segunda explicação bem improvável).

De qualquer forma o tal clipping digital estaria relacionado à consequências da manipulação analógica do sinal, o que tornaria um clipping exclusivamente digital improvável ou impossível.

Qual o problema de abordarmos o assunto? Pelo que o Dotcom vem dizendo, não vale a pena pq ninguém vai entender.

Eu concordo com ele em parte, se você for realmente explicar o que acontece, ninguém vai realmente entender, não por burrice, mas por não ser engenheiro, se fosse fácil entender não se precisaria de tantos engenheiros pra fazer pedais digitais.

Agora eu discordo que explicar como a coisa funciona seja a unica maneira de abordar o problema dando uma noção do que está acontecendo e como lidar com ele. Como disse há a experiência prática, a experimentação empirica.

Muito engenheiro civil gosta de consultar o mestre de obras da construção para fazer ajustes em projetos, o mesmo com os engenheiro eletricistas e os técnicos eletricistas, não porque eles não saiba, mas porque em nível de projeto, eles não lidam com todas as variáveis ambientais que esses caras lidam, e essa experiência pode ser aproveitada pelo projetista.

Portanto eu acho que o caminho deveria ser não pedir e apontar explicações puramente técnicas, mas usar exemplo do que pode acontecer no resultado final se isso ou aquilo for feito, mais ou menos na linha do que o Bog fez. Vc mostra a parte que todo mundo vai entender, sem explicar as especifidades técnicas do fenomeno.

Ele diz que meu primeiro post está cheio de de equívocos, mas embora eu o tenha questionado ainda não apontou qualquer equívoco! Além disso, eu citei o que li nos manuais de algumas pedaleiras Top.

Você acha que o manual da pedaleira é aprofundado? No seu caso é fácil uma vez que ela vem com um led, mas vc sabe o que aquele led mede?

O lance é que você assumiu que o clipping digital é fruto de uma entrada maior no processador digital, quando provavelmente nem é, provavelmente ocorra antes do processador A/D, ou seja o clipping digital é provavelmente uma decorrência de algum clipping em partes analógicas do circuito digital.

Você fala o tempo todo do -3dB, mas pra etender o -3dB corretamente vc teria que saber o que é isso, pra saber vc precisa saber que essa é uma medida realativa da razão de uma medida absoluta em relação a um referencial.

Como o JC_Junior falou: No nosso caso (sistemas de áudio) utilizamos o dBu, que equivale a um sinal de 0,775Vrms de pico, quando se tem no manual alguma especificação de +10dB isso é equivalente a 7,756Vrms de pico e -10 equivale a 0,0775 Vrms.

Mas pode também não ser dBu que trabalha com a medida que o JC_Junior usou, poderia ser dBm que trabalha com outra unidade de medida.

Pra entender o que o dB quer dizer vc tem que saber 2 coisas, qual a unidade medida que está sendo representada relativamente em dB, qual o valor nesta medida equivalente a 0dB e como é logaritimica, qual a razão usada para esta medida?

Por exmplo 0dBm=1mW mas 1dBm=1,259 mW, e isso vai aumentado de forma logaritmica e vc tem que conhecer a razão deste aumento pra fazer a conta exata de como mecher neste treshold.

Por isso algumas digitais tem esse medidor de nível, para que pessoas comuns que nunca se formaram em engenharia elétrica possam saber fazer isso no visual, já que a maioria não conseguiria fazer medindo o tempo todo o sinal e fazendo as contas.

Por isso que eu achp que a discussão deva ir pro exemplo, já que nem todos usam digitais tops, que já vem com um led que mede e faz as contas todas por você e portanto não saberão como evitar o clipping de entrada em um pedal digital

O que posso concluir? Que ele quer "detonar" o tópico pois acha que pode confundir as pessoas, quando na verdade, o objetivo seria o contrário.

Eu concordo com ele, não pelos motivos deles, e tb nãoi acho que vc esteja ajudando por outros motivos também.

Ele está realmente falando a verdade quando diz que de um ponto puramente técnico vai confundir a maioria que não conhece a fisica e a matemática envolvida, o cara vai ficar mais perdido que cego em tiroteio.

Por isso defendo uma mudança a linha de argumentação de todos, discutindo exemplo onde isso ocorre ou ocorreu e tentar dar dicas de como ocorreu e como corrigir o problema de forma empirica, sem entrar na explicação técnica.

É até mais ultil pq a grande maioria das pedaleiras e pedais digitais não vem com tal sensor de entrada de sinal.

É nesse ponto que sempre quis chegar pois MUITA gente diz que o som quando passa por digitais fica "pasteurizado", perde dinâmica e aí por diante.

O som fica pasteurizano e perde a dinamica por conta de clipping, mas porque a conversão AD/DA é limitada ao tamanho de palavra, portanto quando uma informação processada sairia fora do padrãdo de tamanho de palavras (XX bits) do processador, ela não seria totalmente convertida, perdendo-se nuantes, então normalmente esses efeitos devem ter uma rotina interna de limitar ao numero de paralvras mais próximos do máximo de palavras que o processador A/D aguenta. É isso que gera perda de qualidade em toda midia digital. Porque no cd e no processo de masterização digital do disco, há um limite do que pode ser reproduzido em cada frequência, esse limite é o tamanho da palavra, então eles arredondam pra o valor mais próximo da mesma forma que um limitador. Isso pode acontecer antes, durante ou depois da conversã AD e DA.

Bom pra mim é hora de dormir, amanhã a gente se fala.

MauricioBahia
Moderador
# nov/09
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nichendrix

Valeu velhote! Depois eu leio e respondo... Tô mortinho!

Abs

fill.zanchez
Veterano
# nov/09 · Editado por: fill.zanchez
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MauricioBahia
DotCom

Se alguém me provar que o tópico traz "malefícios" aos usurários de pedais eu o fecho imediatamente. Não tenho o mínimo pudor em fazer isso. Até pq o objetivo é o aprendizado correto.

Não estou falando pra você fechar o tópico!
Quando li esse tópico realmente fiquei preocupado pois tenho alguns pedais analógicos e vou ligá-los junto a uma GT-10 que vou comprar.
Como eu disse a algumas páginas atrás eu nunca uso os volumes (exceto da guitarra) acima de 50% mas com esse monte de discussão sobre sinal, processamento e blá, blá, blá... Agora estou preocupado de que com a mistura analógico + digital fique ruim. =/

Por ex: aqui você dá o exemplo de colocar um SD-1 no talo antes de uma pedaleira dizendo que isso iria prejudicar o timbre pois a resolução vertical estaria saturada. Realmente no meu set de analógicos quando eu usava um SD-1 no talo (80% volume e 80% ganho) antes de um BRD1 (50% volume e 50% ganho) apesar de ambos funcionarem em 9v (como disse o DotCom) o segundo começava a apitar loucamente sem parar!

Se os dois analógicos são 9v isso então não deveria acontecer, ou não tem nada a ver?
O mesmo aconteceria com a pedaleira?

MauricioBahia
Não sei se você cometeu erros no seu post inicial como disse o DotCom, até porque quem sou eu pra julgar alguém sobre pedal/pedaleira, mas a única coisa que guardei na cabeça foi "tome cuidado com o volume". Pergunto: então "pra ser feliz" a principal preocupação que devo ter é só essa mesmo? Porque isso eu sempre fiz.

E DotCom seja mais humilde nas respostas, todos aqui sabem de seu conhecimento técnico mas se você não tiver pra quem dar respostas seu knowhow vai ser SÓ SEU, e pelo menos eu não seria feliz assim... Criei esse tópico outro dia, tive o maior trabalho e você já chegou lá criticando sem ao menos prestar atenção no que eu e outros tinhamos postado. (Se ainda tiver as mesmas críticas pode voltar lá que já foram respondidas - em itálico - citando trechos já escritos anteriormente ou de outros users).

Valeu caras!

Bog
Veterano
# nov/09 · Editado por: Bog
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nichendrix
o que tornaria um clipping exclusivamente digital improvável ou impossível.

Na verdade, como eu mostrei até no 1o testículo que postei aqui, pedaleiras com simulação de amp abusam da compressão para emular o soft clipping dos valvulados. E isso é feito por software.

Eu considero isso relevante porque MUITA gente usa essas simulações de amp como se fossem as "distorções" da pedaleira. Mas dependendo do nível de volume da entrada - e mesmo da guitarra - a pedaleira vai comprimir mais ou menos o sinal. Note que isto é um fenômeno diferente do hard clipping que acontece antes da (ou durante a) conversão AD, e que também acontece em amps transistorados.

O que isso quer dizer? Que quando o cara usa um pedal ou amp transistorado qualquer, existe um limite para o nível do sinal antes de ele clipar feio. Mas quando se trata de pedaleiras digitais com simulação de amp, mesmo antes disso o sinal já começa a ser comprimido. Se perde dinâmica mesmo antes do hard clipping, enquanto a pedaleira ainda está trabalhando dentro do seu limite.

Quanto ao papo ficar técnico demais, eu concordo que não dá para entrar em todos os detalhes. Eu não entendo da parte de eletrônica, e simplesmente pularia uma descrição enorme e técnica demais. Da mesma forma, eu não entro em muitos detalhes sobre a parte que eu entendo - o processamento digital propriamente dito. Acho que o mais importante não é dizer quantos volts devem passar por cada cabo, mas simplesmente deixar claro que é bom tomar cuidado com o volume dos pedais que você usa na cadeia. No fundo, eu acho que é SÓ isso o que importa para o usuário "normal".

MMI
Veterano
# nov/09
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Valeu pessoal. Acho que deu para perceber muita coisa que eu queria aqui, especialmente com o que o JC_Junior destrinchou. Só que as respostas para nossas dúvidas costumam trazer novas dúvidas.
Bacana a relação dB/Vrms explicada. Fui ver direito o que é Vrms e preferi me recolher à minha ignorância (entendi sim...), mas por isso que os caras fazem uma graduação na área e eu sou de outra completamente diferente.
Para mim o que ficou é que tem um limite, passou vai clipar. Esse limite, digamos 10dB ou quase 8 Vrms, na prática é virtual e empírico, se tem o led que acende é o limite, senão, é no "achômetro" do ouvido. Quando se chega nesse limite, volta "um peteleco", aí sim, completamente empírico. A não ser que o amigo Bahia construtor de pedais faça um medidor de sinal para testes. hehehehehe
Valeu!

MauricioBahia
Moderador
# nov/09
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Bog: Quanto ao papo ficar técnico demais, eu concordo que não dá para entrar em todos os detalhes. Eu não entendo da parte de eletrônica, e simplesmente pularia uma descrição enorme e técnica demais. Da mesma forma, eu não entro em muitos detalhes sobre a parte que eu entendo - o processamento digital propriamente dito. Acho que o mais importante não é dizer quantos volts devem passar por cada cabo, mas simplesmente deixar claro que é bom tomar cuidado com o volume dos pedais que você usa na cadeia. No fundo, eu acho que é SÓ isso o que importa para o usuário "normal".
(2)

nichendrix
Veterano
# nov/09
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MMI

Teus preamps não tem uma chave pra por a saida dele em +4 dB ou -10 dB???

JC_Junior
Veterano
# nov/09
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MMI

Vrms é tensão eficaz, é como se fosse uma "média" uma faixa onde a tensão permanece, podendo variar pra mais ou pra menos , exemplificando, a tensão nas tomadas que é, alguns lugares, de 127Vrms, alternados, formando uma onda senoidal, essa onda senoidal pode chegar a um valor máximo de 179,6Vmax, para se obter o valor máximo é so multiplicar o valor rms por raiz de 2. Mas o que se realmente usa é o valor RMS para a medição de tensão, corrente, etc e tals.

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