Gibson põe à venda o imóvel da sua famosa fábrica em Memphis/TN

Autor Mensagem
Ismah
Veterano
# nov/17
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Lelo Mig
A contribuição de Leo Fender e Les Paul em tudo que envolve guitarras é inquestionável, são lendas, e merecem este status

Eu já acho que é bem questionável... Leo Fender foi o CEO, mas não sei até que ponto ele leva o crédito... Só um exemplo... Don Randall fica de escanteio?

Les Paul, foi um grande experimentador SIM, mas há duas versões da história: uma onde ele praticamente entregou um modelo pronto pra Gibson, e eles compraram a ideia... E outra, onde ele apenas foi o endossado, pois era famoso na época.

MMI

Menos amor convém... Todos nós sabemos que uma guitarra não é algo TÃO absurdo, sem essa de que o luthier de violino não sabe laminar como a Gibson... Penso, que aqui atribui valor, a algo que não tem tanta importância...

Como em qualquer comparação de guitarra X vs Y, entra que há diversos caminhos para se chegar a um mesmo objetivo.

EduJazz
Veterano
# nov/17
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Eu tô com o MMI. Vejam o processo de produção de uma Collings I35... não é marcenaria não, com todo respeito à marcenaria (que é uma profissão/arte foda). É outro assunto, um craftsmanship de verdade.

Lelo Mig
Membro
# nov/17 · Editado por: Lelo Mig
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EduJazz
MMI

Existe um romancismo muito grande quando se fala em guitarras, um romancismo demasiadamente exagerado.

Guitarristas, em geral, se sentem ofendidos quando expomos a simplicidade do instrumento, como se essa singeleza fizesse dela, enquanto "produtor de musica" algo menor e obviamente não é.

Mas, fisicamente é um instrumento simples sim, tecnologicamente primario.

Tem "peças" de marcenaria, com encaixes, entalhes, marchetaria, muito, mas muito mais complexos que em uma guitarra.

Claro que o cara se especializa na fabricação de instrumentos... É natural em qualquer profissão.

Agora comparem uma guitarra com um saxofone? Caras, a complexidade e precisão do sax é muito maior.

Não estou desmerecendo o instrumento, sou guitarrista. Mas conheço o processo todo de fabricação, acompanhei muitas confecções, já fiz em casa (só como experiência, antes que perguntem, ficou ruim).... E acho que é um instrumento simples... Isso não é pejorativo.

Eu vejo essa "romantização", porque, ainda que eu tenha abandonado a música como profissão estou cercado por eles. A grande maioria de amigos e colegas que convivo são músicos. Boa parte profissionais, incluindo de orquestras. Um amigo em especial é grande colecionador, com acervo invejável guitarras e amplis. Tenho, através destas pessoas, acesso a instrumentos que não teria de outra maneira.

Nos que não são guitarristas, não vejo tanta discussão com detalhes construtivos como nos guitarristas. Não há tanta crença no "diabo da crossroads".

MMI
Veterano
# nov/17 · Editado por: MMI
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Ismah
EduJazz
Lelo Mig

Nada de amor, ofensa e romantismo nisso não. Só fatos. Guitarras não são a coisa mais complexa do mundo, mas tosca não se pode falar. Tem coisa mais complexa que guitarras? Claro que sim! Tele e strato foram feitas para produção em massa, trocar peça, simples, barato. Mas uma L5 por exemplo não. E recebem o nome de "guitarra".

Uma ES-335 por exemplo, se caracteriza por ser laminada. Eu prefiro uma sólida como a Collings faz, a Dunamiz fez, a Benedetto faz - mas é um projeto alterado, distorcido, não é a mesma coisa. A Gibson comprou a Epi para dominar isso, a máquina está lá em Memphis trabalhando. Até onde eu sei, ninguém no Brasil faz uma dessa, não dá. Daria, é só comprar uma e batalhar, como a própria Collings também faz. Mas não tem. Da LP para cima, são projetos que envolvem ângulos e cuidados que de forma nenhuma não é qualquer mané marceneiro que faz.

Obs.: se é tão tosco, o Lelo tentou um simples e não conseguiu...

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# nov/17
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MMI

Não conhecia essa Collings, quando eu for rico vou comprar uma dessa só pra ostentar.

Lelo Mig
Membro
# nov/17 · Editado por: Lelo Mig
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MMI

"Obs.: se é tão tosco, o Lelo tentou um simples e não conseguiu..."

O fato de eu não ter feito uma obra prima não a torna menos tosca...rs. Muito pelo contrario, nem marceneiro sou... E ainda assim fiz uma um pouco abaixo da "Tonante"....rs. Mas, a exceção do braço/escala, o resto é muito simples. Se eu tivesse pretensão e quisesse, com estudo, treino de tecnicas e ferramentas ideais chegaria lá.

Você poderia argumentar: Mas com esta pretensão se tornaria um Luthier, claro que faria.

Mas o que quero dizer é que se levasse 10 anos para fazer uma boa guitarra, precisaria de 30 para fazer um bom violão e 50 para fazer um violoncelo.

Obs: Me refiro a guitarras sólidas. Semi acusticas tem processo de fabricação mais próximo aos violões.

Mas, além daqui partiremos para a subjetividade...

Abraço!

MMI
Veterano
# nov/17
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Lelo Mig

Aí é o problema, Lelo. Se eu tivesse a pretensão e quisesse, com estudo, treino de técnicas e ferramentas eu seria astronauta, engenheiro, advogado, técnico de futebol, músico, luthier, físico nuclear, piloto de fórmula 1, maratonista, locutor de radio, padeiro, piloto de jato e vagabundo profissional, tudo ao mesmo tempo. Um projeto de guitarra, estilo Fender, parece fácil mas não é muito, apesar de ser o que mais se aproxima de "tosco" nesta área. Se você levaria 10 anos para fazer uma boa guitarra, não é tosco.

Eu acho que o genial muitas vezes é simples. Nisso se encaixa perfeitamente uma tele, um pífano de bambú. É meio como resumir o trabalho de Einstein a E=mc2, simples, curto, genial.

Sem nada passional, mas fico inconformado com um guitarrista falando que guitarra é algo tosco, mesmo conhecendo todo processo de fabricação. O termo "guitarra" se aplica eventualmente àquela gambiarra que o Jack White abre o filme It Might Get Loud e solta a primeira frase do filme: Quem falou que você precisa comprar uma guitarra? (para mim não chamaria aquilo de guitarra, mas algo que faz som nas mãos dele), passa por uma strato, tele, LP e com certeza inclui semis e archtops. Uma archtop é sim uma guitarra e bem antes de existir uma strato, está mais para um violoncelo que você diz que precisaria de 50 anos. Pior, aqui se discute exatamente a fábrica da Gibson onde praticamente NÃO se faz sólidas - quase uma exceção lá. De sólida ali só a LP Custom branca e a double neck - coisas que muita gente aqui nem viu na frente na vida.

No fundo é a subjetividade mesmo. Não me incomoda fechar a Gibson Memphis, não acho que guitarras foram o ápice da genialidade humana. Mas minha subjetividade pode falar em "tosco" para um aviãozinho de papel, mas uma 335, 135, 175 (que é o que é feito lá), é lamentável num fórum como este encaixar esta palavra. Dizer que qualquer mané marceneiro faz uma dessas... Nem a pau! É algo tosco que ninguém no Brasil é capaz de fazer? Caramba, os caras fazem até os captadores ali. Se for pensar assim, é mais tosco ainda um computador moderno, porque eu posso comprar uma gabinete, placa mãe, processador, memória e montar aqui em casa em muito menos tempo que se inventar de fazer uma guitarra sólida tipo tele (Talvez se comprar todas as peças e parafusar somente...). Na minha subjetividade e respeito a quem produz e inventou esse tipo de guitarra, não cabe a palavra "tosco", ainda mais neste fórum, por quem se denomina guitarrista.

Lelo Mig
Membro
# nov/17 · Editado por: Lelo Mig
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MMI

Desculpe amigo... Respeito sua opinião, admiro seu conhecimento, mas você esta sendo passional sim.

Encerro por aqui, porque não tenho a pretensão de convence-lo de nada... Longe disso. Apenas, conflito opiniões, coloco o outro lado da moeda, sim porque há o outro lado da moeda.

"o genial muitas vezes é simples"

Concordamos aqui. Em momento algum disse que algo precisa ser sofisticado, pelo contrario, falo justamente da não necessidade de "procurar complexidade" onde não há.

"LP Custom branca e a double neck - coisas que muita gente aqui nem viu na frente na vida."

Você sempre reforça o fato de conhecer e ter acesso a instrumentos que a grande maioria do FCC nunca sequer chegou perto. Também concordamos neste ponto. Você diz ter acesso e eu não duvido nenhum pouco e não tenho o mínimo motivo para duvidar de você, até porque você demonstra conhecimento, inegável. Mas cuidado, para num universo como o FCC, se achar o único com esta oportunidade.

"não cabe a palavra "tosco", ainda mais neste fórum, por quem se denomina guitarrista."

Aqui é a sua opinião. Penso diferente... Isso não me faz melhor ou pior que ninguém neste fórum.

Quanto a me "auto denominar guitarrista", novamente entramos na subjetividade. Tudo que tenho e tive em equipamentos e instrumentos comprei com dinheiro ganho tocando em bares, bailes e etc. E ganhei dinheiro tocando por uns 15 anos. Por um lado acho que fui mais guitarrista que muitos aqui... Por outros não.

E digo "fui", justamente porque hoje sou hobbista, quase nem toco mais, apesar de estar cercado de musicos, bastidores de ensaios e shows, studios e etc. Não perdi o tesão pela música, mas perdi em tocar.... Assunto que não cabe neste tópico.

Novamente... cada um acha o que quer.

Abraço!

Casper
Veterano
# nov/17
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Caro MMI:

Guitarra é um pouco mais que o Jack White fez
no It Might Get Loud. Mas não muito.
Por algum motivo a massa de guitarristas
acha que Gibson é o Santo Graal das guitarras,
o que obviamente não é verdade. Não sei como
surgiu esse mito.

Buja
Veterano
# nov/17
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No meio da discursão, entro so pra dizer que tudo na vida nao é 8 nem 80.
Carro nao é uma prancha com 4 rodas, 1 volante e um motor.
Moto nao é uma bicicleta motorizada.
Guitarra tambem nao é so um pedaço de pau com cordas.

Tambem nenhum desses inventos tambem nao é a supremacia da engenharia trascedental nao.
Subjetivar e levar tudo aos extremos é o que nos faz deixar de ser racional e assumir o lado animal, onde, la sim, é tudo 8-80. Não somos assim.

Guitarra é coisa de luthier fazer, desde a mais simples até a maior obra de arte.
Moveis é coisa de marceneiro fazer, e garanto que um bom luthier nao sabe fazer uma mesa com 4 pernas tao bem quanto um marceneiro faz.
nao precisa duvidar. É so pedir pro luthier planejar sua cozinha com mdf, e voce vai ver que "lindeza" que vai sair.

É cada um nao sua profissao, nem denegrir a do outro.
Nao tem essa de mecanico da formula 1 consertar desde moto até avião.
Nao! Ele é mecanico de formula 1.
Nao é qualquer marceneiro tambem que sai recortando tabua de parajú, metendo captador em cima e fazendo guitarra nao.
Isso é subjetivar e desmerecer o trabalho do outro, a profissao do outro.

Será que posso falar que guitarrista de metal, porqe toca rapido, toca qualquer country? É guitarrista de country toca qualquer metal?
Pois é, ja ouvi essa bobagem no forum.

Gibson é Gibson a 1 seculo. Fender, mesmo fazendo ressuies de nocasters, faz isso desde 1900 e antes do meu pai nascer.

Lelo Mig
Membro
# nov/17 · Editado por: Lelo Mig
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Buja

Você tem razão com relação ao extremismo, 8 ou 80.

Mas, acredite, não sou extremista. E tenho a certeza que outros também não o são. A maioria aqui é maduro, sensato, bem informados e com boa cultura geral.

Mas, não sou homem de politicamente correto, de tapinha nas costas de politicagens.

Aqui no FCC é bastante comum eu usar de extremismos simbólicos, de estereotipos, de desconsiderar as exceções, em prol de alavancar a discussão, de gerar embates.

Acho positivo.... Muita polidez e concordâncias aqui, geram uma espécie de camaradagem hipócrita... Tipo, "não vou contrariar fulano porque ele é o guru do FCC".

Sentaria a uma mesa para uma cerveja com todos aqui e daria boas risadas.

Abraço!

Buja
Veterano
# nov/17
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Lelo Mig
Eu sei amigo. Mesmo sem nunca ter visto a cara de ninguem aqui, da pra sentir de longe quem é que da pra sentar e tomar uns goles, e quem é pra dar um chute no meio da poupança, kkk.

Eu fico bobo de ver como tem gente que chega pra mim e diz
"ow, voce mexe com computador né! (como se analista de sistemas fosse mexedor de computador).
Então, comprei uma tv smart e nao consigo mexer nela. Quebra o galho la, configura ela pra mim. (como se mexedor de computador ficasse confugurando televisao)"

É serio. Parece que fazem pra fazer graça pros outros.
Da vontade de virar prum cara desses eu falar assim.
Ow, fiquei sabendo que voce é torneiro né. Entao, minha torneira la em casa ta pingando sem parar. Nao tem como voce dar uma olhada nao?!!!!

Mano, uma pessoa pode até ter varias aptidoes. E a maioria geralmente tem.
Mas me da raiva quando neguin vem denegrir a profissao do outro.
Ouvir expressoes do tipo: "ahh o cara é caminhoeiro, então digirir taxi pra ele é fichinha".
Poo, ta querendo dizer que o taxista é inferior ao caminhoneiro. Sao coisas completamente diferentes.
Entao, o padeiro que faz pudim pra 200 pessoas ao dia, da de 10x0 na doceira que so faz 1 bolo de casamento por final de semana. Mente pequena dos inferno que alguns tem.

Ah...foi mal mano. É so desafabo das 0hrs rsrs. Nao é endereçado a voce nem a ninguem nao, blz.

Ja tomei 2 aqui, no feriado, com carne de panela. Se eu falar mais, falo bobagem. Vo dormir. Boa noite pra voces!!! 0/

Hammer
Veterano
# nov/17
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Ufa fds.

renatocaster
Moderador
# nov/17
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Nesse ponto eu concordo com o MMI. Guitarra pra mim não é somente um pau com cordas. O problema é nego querer comparar uma construção de uma guitarra com um jato supersônico ou com uma sonda da NASA. Aí é foda também.

Mas pensem bem, na construção de uma guitarra existem vários aspectos embutidos de física, engenharia, geometria, ciência de materiais, etc...sem contar com o lado "artesão" da coisa, a habilidade de trabalhar com madeiras em formatos diversos, tendo que respeitar raios, diâmetros, etc...

Enfim, gambiarra qualquer um pode tentar fazer...mas fazer um produto, que demanda atender um alto padrão de exigência e qualidade, é outra coisa completamente diferente. E isso não é para qualquer um, não.

Lelo Mig
Membro
# nov/17 · Editado por: Lelo Mig
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Buja
renatocaster

Amigos, a intenção não foi depreciar profissões ou o instrumento. Apenas mostrar o quanto ele é simples.

Não esqueçam que eu sou o primeiro aqui, junto ao MMI, a defender e valorizar os custos das guitarras e dizer que o pessoal reclama, geralmente, sem razão.

O que quis ressaltar é que eu ou qualquer um de vocês, sem conhecimento e sem grandes habilidades, fiz uma "tonante".

Se eu tiver que fazer uma sanfona, não sei nem por onde começar... No entanto, a grande maioria dos guitarristas (não declaradamente e não generalizando) se sente uma raça superior a dos sanfoneiros. Guitarrista se sente "elite" e procura, ainda que inconscientemente, sofisticar um instrumento simples.

Por causa do Rock'n'roll e os herois da guitarra, criou-se uma mitica em torno da guitarra e suas marcas, que não corresponde a verdade. Talvez a unica marca que rivalize com Fenders e Gibson, como "lendas" é a Stradivarius.

As marcas, por causa dos guitarristas e das bandas, por causa da historia do rock, foram alavancadas por isso e se tornaram maiores do que o produto que oferecem. Percebem o que queria salientar?

Abraço!

renatocaster
Moderador
# nov/17
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Lelo Mig

As marcas, por causa dos guitarristas e das bandas, por causa da historia do rock, foram alavancadas por isso e se tornaram maiores do que o produto que oferecem. Percebem o que queria salientar?

Eu te entendo, e até concordo contigo. Mas isso acontece em qualquer ramo, qualquer segmento. Uma costureira também pode conseguir fazer um belo terno em casa, mas um terno Armani sempre será um "terno Armani". O que uma marca agrega e representa extrapola qualquer questão técnica.

Mas eu acho que a discussão não é bem essa, tento ver mais pelo lado da manufatura. Como o MMI falou, determinados modelos de guitarra não são tão simples assim. Eu posso pegar um serra e uma lima e tentar fazer em casa uma Explorer ou uma Flying V, que são modelos que possuem formas mais retilíneas. Mas como fazer aquele tampo "ovalizado" de uma Les Paul, ou de uma semi-acústica? Para mim, como leigo, não parece ser tão simples assim.

Acho que nesse caso precisa ter o mínimo de análise crítica, para não ser tomado por uma visão generalista. Guitarra não é nenhum monstro de complexidade, concordo, mas a gente tá falando de um universo vasto de modelos diferentes uns dos outros. Uns mais simples, outros nem tanto.

rafael_cpu
Veterano
# nov/17
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Lelo Mig
Meus idolos não usavam Custon Shops, Reissues, Signatures e estas coisas inventadas posteriormente pra "justificar" preços abusivos.
Nossos idolos consagraram guitarras de 300 dolares compradas na loja da esquina e em muitos casos de segunda mão.
Trocavam fiação e potenciometros em casa, blindavam com papel aluminio, revestiam captadores em parafina e toda sorte de gambiarras...
A "marca" no headstock é consequencia do que grandes guitarristas fizeram por estas empresas e não o contrário.


Eu penso algo nessa mesma linha também, Lelo Mig!

T+

MMI
Veterano
# nov/17
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Lelo Mig

Mas, não sou homem de politicamente correto, de tapinha nas costas de politicagens.
Aqui no FCC é bastante comum eu usar de extremismos simbólicos, de estereotipos, de desconsiderar as exceções, em prol de alavancar a discussão, de gerar embates.
Acho positivo.... Muita polidez e concordâncias aqui, geram uma espécie de camaradagem hipócrita... Tipo, "não vou contrariar fulano porque ele é o guru do FCC".


Pois é. Ao ponto de ir para o lado pessoal para defender tanta insensatez. Não precisa ser politicamente correto, mas se orgulhar de não ser e desmerecer tudo e todos... Deixa para lá. Esquece, morreu.

renatocaster

Mas eu acho que a discussão não é bem essa, tento ver mais pelo lado da manufatura. Como o MMI falou, determinados modelos de guitarra não são tão simples assim. Eu posso pegar um serra e uma lima e tentar fazer em casa uma Explorer ou uma Flying V, que são modelos que possuem formas mais retilíneas. Mas como fazer aquele tampo "ovalizado" de uma Les Paul, ou de uma semi-acústica? Para mim, como leigo, não parece ser tão simples assim.

Este é o ponto, Renatão. Pelo menos eu, falo aqui de uma fábrica que praticamente não faz modelos sólidos. Faz tão poucos que quase ninguém viu na vida nem vai ver, digo isso porque é um mínimo da produção de Memphis e suponho que dificilmente se alguém for para a Guitarra Center de NY ou Hollywood vai poder escolher e testar os dois modelos, quanto mais escolher a peça, digo sem o menor sentimento passional ou de me exibir. Aliás, tem colegas neste fórum que foi lá, tem colegas que já tiveram ou tem dessas guitarras (sólidas ou não), como disse ali atrás, tem até um cara fazendo uma M2M. Ali fazem modelos mais complexos (não é nenhuma nave espacial não...) é a fábrica Custom Shop (tudo que se faz ali recebe esta denominação) onde quase só produz as semi-acústicas. A questão é que não só fazem este tipo de guitarra, esta é a empresa que inventou este tipo de guitarra. É uma pena, mas não tenho nenhum apego emocional, porém acho que devo algum respeito aos inventores e produtores desse tipo de instrumento. Apenas lamento e é a vida que segue.

Del-Rei
Veterano
# nov/17 · Editado por: Del-Rei
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Todas as marcas estão precisando se reinventar pra manter o mercado aquecido.

A Music Man acabou de lançar mais uma Signature do Petrucci... Deve ser a vigésima Signature do cara já. E achei bem esquisita essa. Parece um misto de Predador com Alien e Jornada nas Estrelas....

Segue o link do site: https://www.music-man.com/bfr/nomac

Lelo Mig
A "marca" no headstock é consequencia do que grandes guitarristas fizeram por estas empresas e não o contrário.

Certamente. É como dizem por aí: o marketing mais feroz, quem faz é o consumidor.


Ismah
Deixando de ser fabricadas, elas valorizariam como nunca... E quem poderia ter um maior estoque de Gibson LP que a própria Gibson?

Acho que isso é a receita pro fracasso, cara... A empresa já está mal das pernas... Deixando de vender seu carro forte, é ladeira abaixo certamente.


MMI
Já tive Chibson até, um som limpo de respeito, de braço torto. kkkk

Hhahahaha. Taí uma coisa que nunca imaginei... rsrsrs.


A PRS de um modo geral é mais caprichada, madeiras e acabamento, tem um controle de qualidade mais aprimorado.

A impressão que sempre tive, é que PRS é pra quem prefere uma coisa mais refinada, enquanto a Gibson é mais rústica.... E sempre preferi Gibson.

Um aceno de longe!!!

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# nov/17
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Um amigo me contou que "montou" uma Gibson LP Studio com peças compradas todas avulsas.

Fui ver a guitarra. Toquei nela. Abri a parte de trás para ver.

Na boa, dá pau na R9 que meu irmão pagou 20K. Tudo coisa de primeira, única diferença é que a captação é Burstbucker (eu particularmente prefiro T498 e R490). Afinação automática, split, um monte de possibilidades de regulagens (negócio de fases dos captadores, um trequinho que vc muda dentro da guitarra), enfim, uma baita duma guitarra. Acabamento impecável.

Segundo ele gastou com tudo por volta de US$ 1.200.

A Gibson vai falir...

NeoRamza
Veterano
# nov/17
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Lelo Mig
rafael_cpu
Meus idolos não usavam Custon Shops, Reissues, Signatures e estas coisas inventadas posteriormente pra "justificar" preços abusivos.
Nossos idolos consagraram guitarras de 300 dolares compradas na loja da esquina e em muitos casos de segunda mão.
Trocavam fiação e potenciometros em casa, blindavam com papel aluminio, revestiam captadores em parafina e toda sorte de gambiarras...
A "marca" no headstock é consequencia do que grandes guitarristas fizeram por estas empresas e não o contrário.


Concordo que realmente o peso da marca no headstock se deve aos artistas que usaram. Mas convenhamos que se usavam é porque não eram ruins. Podem até não ser o que havia de melhor, mas não acredito que eles emplacariam qualquer porcaria, por melhor que fosse o músico.

E o que vocês querem dizer com " guitarras de 300 dólares compradas na loja da esquina" ? Quer dizer que eles tocavam com qualquer porcaria que encontrassem pelo caminho? Repito o que eu disse aqui, 300 dólares na época era muito dinheiro, e não se achava guitarras de 300 dólares em qualquer esquina não.A própria Gibson parou de fabricar Les Paul porque era cara e produziu a SG no lugar, com a intensão de ser mais acessível. Não sei de onde você tirou essa ideia, mas conseguir uma Les Paul era algo difícil mesmo não sendo um hype na época. E mesmo que Fender fosse mais baratas, ainda assim não era preço de banana. Vou te dar alguns exemplos de músicos famosos com seus instrumentos:

- Em 1969, durante gravação do primeiro album do Led Zeppelin o Jimmy Page conta que chegaram a oferecer uma Les Paul para ele, mas ele não tinha dinheiro para comprar. Por isso o primeiro album foi todo gravado com uma Telecaster, com excessão de uma música que foi com uma Flying V emprestada.

- Já o Billy Gibbons em 1969 queria comprar uma Les Paul, mas por algum motivo não tinha nas esquinas perto da casa dele. Ele conta que procurou por muito tempo uma pra comprar e não achava. Até que um dia encontrou uma, mas ainda assim não tinha dinheiro para pagar o que o vendedor pedia. Depois de um tempo ele conseguiu comprar com o dinheiro da venda de um carro.

- Um pouco mais tarde em 1974 Bernie Marsden já ganhava dinheiro com música e tinha sua Les Paul. Foi quando apareceu uma Les Paul melhor que a sua. Como não tinha dinheiro para comprar foi obrigado trocar sua Les Paul e uma Fender por essa Les Paul melhor, o que seria equivalente a 500 euros, que repito, valia muito mais na época.

- O Slash antes da fama, em meados dos anos 80, depois de muito custo conseguiu através do seu produtor adquirir uma Les Paul parcelada em trocentas vezes, onde ele ainda atrasou as parcelas. E depois ainda vendeu pra pagar contas. O Appetite for Destruction mesmo, ao contrário do que muita gente acredita foi gravado com Rickenbacker. Mas quando perguntam pro Slash ele diz que não lembra e desconversa.

Essa ideia de que nossos ídolos simplesmente tocavam com qualquer coisa barata que aparecesse pela frente e que não se importavam, é errada. Nossos ídolos tocavam com o que davam, e isso não os impediam de inclusive gravar bons albums. Mas isso não quer dizer que não ligavam, assim que tiveram oportunidade todos eles fizeram questão de ter equipamentos melhore. Não dá pra concordar com essa ideia de que guitarra é tudo igual e tanto faz.

renatocaster
Moderador
# nov/17
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Del-Rei

A Music Man acabou de lançar mais uma Signature do Petrucci... Deve ser a vigésima Signature do cara já. E achei bem esquisita essa. Parece um misto de Pedrador com Alien e Jornada nas Estrelas....

Coisa "linda" hein? E o precinho? rsrsrs

http://nemusiccenter.com/ernie-ball-music-man-bfr-limited-edition-jp-m ajesty-nomac-14-of-21-made/

Del-Rei
Veterano
# nov/17 · Editado por: Del-Rei
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renatocaster
Coisa "linda" hein? E o precinho? rsrsrs

Nem fala... O treco é esquisito pra dedéu, e custa U$ 10K. A cada 100 unidades vendidas a movimentação financeira é de 1 milhão - fora aqueles impostinhos locais...

Ajuda a aquecer o mercado de guitarra, mas pra empresa que precisa "matar um leão por dia", foi apenas um leão, porque esse produto nãos de sustenta a longo prazo. Daqui a pouco virá a trigésima Signature do mesmo artista...........

E aí voltamos ao mesmo ponto da Gibson... Guitarra não é um bem descartável e, em regra, ninguém acumula uma guitarra por ano. Os caras precisam se reinventar pra continuar no mercado.

Aí vem guitarra com USB, guitarra com overdrive embutido, guitarra com corpo transparente (acrílico), Signature Firebird do Slash que praticamente ele só começou a usar por conta da parceiria com a Gibson, fazendo a ordem inversa do que se espera de instrumentos Signature....

Um aceno de longe!!!

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# nov/17
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Del-Rei
feia mesmo. mas a brisa nessa guitarra é ser colecionável, blablablabla tipo aquele tenis do Kanye West que é feio pra cacete e teve fila onde vendeu.

https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/jovens-acampam-em-porta-de -loja-em-ipanema-para-comprar-tenis-de-r-12-mil.ghtml

quando eu me sinto um idiota lembro dessa noticia e me sinto melhor.

Lelo Mig
Membro
# nov/17
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Luiz_RibeiroSP

É isso aí....essa galera tem mais é que dormir em porta de loja.

Sou à favor disso, e mais, sou à favor ainda que metade destes escravos do sistema peguem pneumonia, numa fila em noite fria e morram sem deixar sementes.

A teoria da evolução das espécies é linda...na prática, melhor ainda.

Ismah
Veterano
# nov/17
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MMI
L5 - ES-335

Obras assim, pode apostar que não viriam de uma luthieria sem experiência. Tu sabe melhor que eu que até o Leo Fender entrar na jogada, a guitarra (no sentido americano da palavra) era um instrumento coadjuvante fora da guitarra clássica, quem dominava tem 4 pares de cordas.
Eu deduzo, mas não posso provar, que só saíram as citadas, porque eles tiveram décadas fazendo utras coisas bem mais minuciosas que um instrumento "gigante"...

Da LP para cima, são projetos que envolvem ângulos e cuidados que de forma nenhuma não é qualquer mané marceneiro que faz.

Sinceramente, tu está sendo mais sentimental que conseguiria te imaginar...
Tem cadeira com mais peças que uma guitarra sólida, e se facilitar juntam sem cola as peças, com menos de 1/10 mm entre as partes... Só talvez não saiba a teoria para achar o tamanho das casas.

AGORA... Fazer uma Gibson 50 e bolinha, de cabeça, com mesma sonoridade, mesmas medidas... Não, isso o cara não faz sem ver ao menos - talvez nem a Gibson faça outra igual...
PORÉM... Dizer quem é melhor, o lance é subjetivo...

Mas se mostrar uma guitarra - nem uma planta dela, ou o instrumento em si, só uma foto - pode apostar que muito cara faz...

rafael_cpu
Veterano
# nov/17
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NeoRamza
Concordo que realmente o peso da marca no headstock se deve aos artistas que usaram.
Não costumo entrar em discussões, amigo NeoRamza, mais por falta de tempo do que de vontade kkkk :)

Mas convenhamos que se usavam é porque não eram ruins. Podem até não ser o que havia de melhor, mas não acredito que eles emplacariam qualquer porcaria, por melhor que fosse o músico.

Pois é, mas eu não disse - e creio que ninguém aqui - que eram guitarras ruins. O ponto não é esse.

Mas abrindo um parênteses, já que mencionou, acho que muitos deles emplacariam sim... O EVH tirava o que queria de uma guitarra simples com seu Marshall ou Peavey :))

E o que vocês querem dizer com " guitarras de 300 dólares compradas na loja da esquina" ? Quer dizer que eles tocavam com qualquer porcaria que encontrassem pelo caminho?

Que grandes obras do rock foram criadas e gravadas com guitarras. No sentido de instrumento, ferramenta, e não de obra de arte de per si. Que o foco era o resultado (a música) e não o meio (instrumento).

De qualquer modo, entendo o pessoal que tem com o instrumento uma relação mais de objeto de arte do que de ferramenta para a arte. Eu mesmo quando vejo os posts de muitos aqui, com fotos e vídeos, fico babando nos projetos. Sei apreciar isso também e que ambas podem caminhar juntas.

Creio que hoje se teoriza demais acerca disso tudo... eu vejo as coisas com mais simplicidade. Entretanto, confesso que talvez eu esteja errado e que esta visão seja por demais simplista, míope e rasa.

Grande abraço!

T+

Buja
Veterano
# jan/18
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Cedo ou tarde, o executivo da Gibson teve que falar sobre as recentes mudanças da empresa e o motivo dessas decisões.



JJJ
Veterano
# jan/18
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Buja

WTF is that?!? kkkkkkkkkkkk

sandroguiraldo
Veterano
# jan/18
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Por algum motivo a massa de guitarristas
acha que Gibson é o Santo Graal das guitarras,


Exatamente!!!

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