desafio!: prove que um captador stock esp lh-150 não é melhor do que emg's/duncan's

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MMI
Veterano
# nov/16
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Ismah

APENAS quis dizer que o som que estão habituados a ouvir, é aquele captado pelo microfone... Enfim...

Mas falar APENAS isso é tão absurdo que era melhor falar que eles não sabem o que é um full stack ou talvez nem saibam mais tocar e tenha um roadie dublando eles atrás do palco. Como diz o ditado, você só está vendo as pingas que eles tomam, os tombos que levam não. kkkkkkkkkk

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah

Acho que estou sendo muito mal interpretado...

será? Na minha opinião não. Só que vc interpreta que, quem te contradiz te interpreta mal. Já insisto nesta tecla há muito tempo. Não coloque "verdades" na sua boca (ou na sua escrita) que sejam apenas suas opiniões. No momento que vc afirma algo, precisa saber se é verdade ou não. Se for sua opinião, ninguém vai te interpretar de forma errada (pelo menos eu não vou), afinal cada um tem a sua. Olha só este exemplo abaixo:


APENAS quis dizer que o som que estão habituados a ouvir, é aquele captado pelo microfone... Enfim...


De onde vc tirou isso? Se isto é a sua opiniao sobre eles, ok, não tenho o que discutir, mas isto não é verdade em nenhum dos dois casos. Mas pode tranquilamente ser sua opinião.

Quer ver um outro exemplo? O que vc acharia de alguém que afirma que tem 10 anos de experiência na estrada e a idade desta pessoa é de 21 anos? Pode até ser verdade, mas carece de muita informação complementar não acha? Uma coisa é começar a tocar na infância, outra coisa é estar na estrada...

Ismah
Veterano
# nov/16 · Editado por: Ismah
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boblau

Comecei a trabalhar ainda bem criança, numa banda local de certo nível (ligada a família), banda que tocava em média 20~25 shows/mês, e fui evoluindo... Mas não me surpreendo, esse é um questionamento frequente, e sei que vai ser assim sempre, ou ao menos até criar cabelos brancos (se der tempo)...
Não devo satisfações da minha vida pessoal/profissional, e nem acho necessário.

De onde eu tirei... Dá uma vasculhada, o Kiko fala muito sobre, tem diversas entrevistas onde ele explica sobre como é sua rotina... Sobre tocar unplugged sua guitarra ou com fones, no quarto de hotel...

Enfim... Cansei de desvirtuar (mais) um tópico...

MMI
você só está vendo as pingas que eles tomam, os tombos que levam não

Certo... Agora me conte um dia Maurício onde tu está vendo os tombos... Os caras não são ruins, mas eles pegar num equipamento real, é bem complicado... Ótimo que não precisam, e creio que se precisar os caras são capazes, mas... Ainda assim o referencial deles não é um som cru, não é o som do amp, é o som final, e poucos, poucos mesmo tem essa referência.

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah
Não devo satisfações da minha vida pessoal/profissional, e nem acho necessário.

não deve mesmo. Estou somente te mostranto onde vc pode ser mal interpretado. Esta sua história é linda. A sua colocação sem ela é que pode ser mal interpretada.

Certo... Agora me conte um dia Maurício onde tu está vendo os tombos... Os caras não são ruins, mas eles pegar num equipamento real, é bem complicado... Ótimo que não precisam, e creio que se precisar os caras são capazes, mas... Ainda assim o referencial deles não é um som cru, não é o som do amp, é o som final, e poucos, poucos mesmo tem essa referência.

Pelo amor Ismah.... não faz isso cara... da história destes dois vc não conhece nem 1%. E a história deles é cheia de tombos. E dos poucos que conhecem esta referência (que não são tão poucos assim) da qual vc fala, com certeza estes dois fazem parte do topo da lista.

Ismah
Veterano
# nov/16
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E estou pedindo que me mostre a história...

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah
E estou pedindo que me mostre a história...

Como pretende que façamos isto? Uma biografia não autorizada dos dois? Com que sentido?

Estamos afirmando, por termos tido e ainda ter contato pessoal com estes guitarristas, que eles são músicos completos, com vasta experiência em equipamentos e que dizer que o referencial deles não é um som cru, não é o som do amp, é o som final está errado e que ambos carregaram muito equipamento nas costas. Isto não é história para vc?

Pergunte o que quiser, se eu souber por experiência, te respondo com o maior prazer e se não souber, vou atrás.

MMI
Veterano
# nov/16
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Ismah

onde tu está vendo os tombos...

Cara, só não vê quem não quer. Como o boblau disse, muita coisa não tenho razão e autorização de contar aqui, seria de muito mau gosto. Ainda mais que muita gente até daqui do próprio fórum não gosta de ler que alguém conversa ou tem contato com esses caras famosos. Mas vou provocar um pouco esse povo então, a seu pedido... O tópico agora é TOMBOS então, certo?

Só citando algumas pessoas que andei gravando e tendo contato direta ou indiretamente... Hoje mesmo saiu no uol uma entrevista com o Guilherme Arantes. Note o título: Guilherme Arantes diz que carreira 'é muito mais fracasso que sucesso'. Já é um indício dos tombos, mas ali no corpo ele diz:

Hoje, 40 anos depois, olhei minha história e pensei que precisava amarrá-la, porque é uma história de picos e vales, mais baixos do que altos, a carreira é muito mais fracasso do que sucessos, os sucessos são pontas de iceberg. Então me interessava mostrar o resto dos icebergs.

Não tem nada de estranho esta afirmação, assim é a vida, principalmente de quem vive de música neste país. Andei fazendo coisas para ele, mas poderia citar outros que também andam nos vales, como Gilberto Gil e o próprio Edu Ardanuy. Mas vamos nos limitar ao Eduzinho...

Faz um tempo que não não o encontro. A última vez, do que posso contar, conversamos da gravação que eu fiz com ele, ele contava do fim do Dr Sin, a versão dele claro, as merdas que rolava. Olha ali na agenda do dite dele, ele é um bom exemplo de grandes músicos nacionais que não se apresentam mais em banda, não mostram sua arte, dos que o mercado e as condições levaram a ir contra o que o Milton Nascimento dizia em sua música que "todo artista tem que aonde o povo está". Ele faz quase que exclusivamente workshops, gravações, aulas e aparições para patrocinadores, quase nunca microfona um amp mais, usa o som do amp. Em grande parte, ele toca em seu estúdio, não pense que ele toca bem por um "dom de Deus" que não exige esforço constante. Do estúdio e equipamento dele, já vi o Triaxis (não era um só não...), Mesa Road King, Mesa Rectifier, Marshall diversos, amps de patrocinadores e muita coisa, pedais, pedaleiras... O cara tem e teve equipamento, tempo, estudo para ter muita referência do que é um som de amplificador, sem ajuda de ninguém. Também sabe muito bem como microfonar e gravar suas partes. É injusto e infundado dizer que ele não tem referência do som de amp, ele não é só um dos maiores guitarristas do Brasil, como que por conta disso, é um dos caras que mais sabem fazer som de guitarra no Brasil, pelo menos na praia dele. Não menospreza o cara... Não só ele como o Kiko, só chegaram onde chegaram como ícones da guitarra nacional porque ralaram e ralam muito. Eles sabem muito bem como e porque fazem o som de guitarra deles, com controle total no que fazem, seja com um amplificador, seja com plugin, seja com um equipamento digital como Axe ou Kemper.

Se hoje o Kiko é um rockstar de nível mundial, numa banda grande e encontrou alguém que o permite desencanar um pouco do equipamento, não quer dizer que ele não saiba como fazer e resolver por si só. Mas do jeito que as coisas são, não duvide que daqui uns anos ele vire um ex-guitarrista de banda famosa, encostado num canto do mundo que ninguém sabe o que está fazendo, como o Marty Friedman... E tome tombos!

rsf
Veterano
# nov/16
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ismah
Eu que sou um "hobbysta" de quarto e sala (nao toco o suficiente para ser considerado guitarrista"), tenho contato com o som cru, do amp, dos pedais etc.
Sei tudo sobre os amps que tenho e acho que isso é meio como bicicleta, aprendeu uma vez não esquece mais.

Agora, fico imaginando guitarristas de carne e osso como os citados, os quais obviamente nâo começaram sendo quem são. Parece-me mais do que crível, parece-me óbvio que eles passaram por tudo que é tipo de som cru, cozido, morno, congelado e etc. Alíás, vou além, o cabedal desses caras que por certo já tocaram em tudo que é biboca imaginável e não imaginável.deve permitir a eles saber qual o equipamento utilizado só pelo cheiro.

Não tem como chegar aonde esses caras chegaram conhecendo somente o "som final". Agora que chegaram, talvez, no ponto mais alto de suas respectivas carreiras, nada mais justo que apenas subam ao palco e toquem. Acreditar que eles nâo conhecem o" som cru" é tão inverossímil quanto acreditar que um piloto de formula 1 antes de ingressar na categoria pilotou somente no GT6.

Delson
Veterano
# nov/16
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Rendeu esse tópico, hein?

Lelo Mig
Membro
# nov/16 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah

Meu querido, há uma outra observação em relação a esta "polêmica".... Você esta esquecendo de um "detalhe" que faz toda a diferença do mundo...

Ouvir som final, principalmente "in ear" é uma coisa muito nova... Em grandes e médios palcos não ouvimos som de P.A, os P.As estão ao lado e à frente, som de P.A nunca foi referência, a não ser em palcos pequenos.

Por isso a "antiga fórmula" de caixas de retorno ainda é tão usada e a função principal desse retorno sempre foi "fazer o vocalista ouvir a banda e a banda ouvir o vocalista"... Som de palco é "historicamente ruim". Guitarrista gosta e acostumou a ouvir "ampli na orelha".

Isso vêm mudando e melhorando apenas nas 2 últimas décadas e mesmo assim de forma bastante devagar, porque há muita resistência por parte dos músicos criados e acostumados ao "caos sonorro" do palco.

Muitos músicos, diria que a grande maioria (mesmo na gringa) ainda preferem som de ampli na orelha e caixas de retorno no chão. A maioria (incluindo o Kiko) foi "formado" neste ambiente.

Há pouco, bem pouco tempo mesmo, (uso constante) vemos palcos "limpos", sem caixas e com sistemas "in ear". A nova geração, os que têm atingido sucesso nesta última década, têm "aprendido" dentro desse conceito.

Vi, há pouco tempo, um "backstage" com o Bob Cowan (engenheiro de som do Metallica), sobre a tour 2015. Tirando as mesas digitais, equipos menores e de melhor eficiência, caixas mais compactas que falam muito alto, sistemas sem fio e etc., frutos, estes, dos avanços tecnológicos, o "grosso" da montagem e distribuição é o mesmo que era nos anos 60.


https://vimeo.com/98596203

Ismah
Veterano
# nov/16
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boblau
Pergunte o que quiser, se eu souber por experiência, te respondo com o maior prazer e se não souber, vou atrás.

Algo não tão técnico, mas um tanto quanto interessante... Com que tu, como disse ter emprestado o back line, tocava na época em que todos eram anônimos...?

MMI

Ainda mais que muita gente até daqui do próprio fórum não gosta de ler que alguém conversa ou tem contato com esses caras famosos.

Essa visão deturpada também tem... Tem gente que trata a banda como se fosse algo mágico...

Lelo Mig
Em grandes e médios palcos não ouvimos som de P.A, os P.As estão ao lado e à frente, som de P.A nunca foi referência, a não ser em palcos pequenos.

Mas eu não falei em som do PA, falei em som final, o mesmo que é emitido do PA, e soa em floor, side, ear e qualquer outro monitor que tu quiser...

Aliás, monitoração exige sempre mais canais, mais processamento que PA, indiferente se é floor, fly, side, ou ear...

mesmo assim de forma bastante devagar, porque há muita resistência por parte dos músicos criados e acostumados ao "caos sonorro" do palco

Nem tanto Lelo... Em um universo urbano aqui, e lá fora, dos pequenos que vão tocar com a guitarra nas costas e já é, até os médios músicos que tocam um outro festival, quase todos tem partido para a portabilidade não só nos amps, mas no palco todo...

Encontrei no site do Blackberry Smoke o rider deles, e cara... Nosso rider é mais exigente que o deles...

Há pouco, bem pouco tempo mesmo, (uso constante) vemos palcos "limpos", sem caixas e com sistemas "in ear".

Creio que o caminho seja outro: não se usava sistema de monitoração ear em 1980, simplesmente porque não existia tecnologia barata suficiente para tal...!

E outra coisa mudou nos palcos! O conceito do arranjo em linha (line array) é conhecido pelo menos desde 1950, mas só se popularizou 40~50 anos depois, quando a tecnologia barateou...

Ismah
Veterano
# nov/16
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Tirando as mesas digitais, equipos menores e de melhor eficiência, caixas mais compactas que falam muito alto, sistemas sem fio e etc., frutos, estes, dos avanços tecnológicos, o "grosso" da montagem e distribuição é o mesmo que era nos anos 60.

Anos 60 não, anos 50...! O conceito e forma de mixar não mudaram jamais... Pode ser a (Meyer Sound) MJF210 ou a caixa feita de porta do armario... Vai dar microfonia uma hora...

Ainda se usa em sistemas variados, sinal balanceado, uma forma mecânica de eliminar problemas de ruído...
Ainda se usa cabos sempre que possível, porque sistemas RF/wireless são bem ineficientes, o mais avançado sistema que se conhece, é limitado...
Ainda não se conseguiu burlar o atraso de grupo, ao equalizar um som. Se preferindo sempre mexer primeiro na captação, do que no balanço de frequências...

E não deve mudar tão cedo! Inclusive, se inicia um novo ciclo, porque o som ao vivo, era prioridade volume, hoje já se consegue um nível absurdo, e voltou-se a pensar em qualidade, na mix, e no sistema que vai reproduzir o programa...

renatocaster
Moderador
# nov/16
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Lelo Mig

Por isso a "antiga fórmula" de caixas de retorno ainda é tão usada e a função principal desse retorno sempre foi "fazer o vocalista ouvir a banda e a banda ouvir o vocalista"

Pois é, e ainda se usa pq ainda é bem eficaz.

Som de palco é "historicamente ruim". Guitarrista gosta e acostumou a ouvir "ampli na orelha".

Não à toa que tem umas meia dúzia aí ficando surdo...Paul Gilbert é um desses, e Ted Nugent também.

rsf
Veterano
# nov/16 · Editado por: rsf
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Delson
Rendeu esse tópico, hein?

como leigo gostei desse "desvirtuamento" do tópico. Especialmente essa parte de sonorização do palco. Que começou questionando se dois grandes guitarristas conhecem o tal do som cru e que desbancou para a complexidade que é a sonorização de palco. Bem interessante. Isso que ainda nao se abordou as dificuldades decorrentes da sobreposição de frequencias e de volume, mapa de palco, posicionamento dos monitores e de egos etc. Só falta, agora, o pessoal (MMI, Lelo Mig, Boblau, Ismah etc) abordar qual o tipo de personalidade que o pobre do técnico deve ter para "sobreviver" a toda essa luta de volumes e egos e ainda assim conseguir um resultado decente.

MauricioBahia
Moderador
# nov/16 · Editado por: MauricioBahia
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Estou adorando o tópico!! Aprendendo muito! \o/
Obrigado amigos. :D

boblau
Veterano
# nov/16
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rsf

Só falta, agora, o pessoal (MMI, Lelo Mig, Boblau, Ismah etc) abordar qual o tipo de personalidade que o pobre do técnico deve ter para "sobreviver" a toda essa luta de volumes e egos e ainda assim conseguir um resultado decente.

O técnico ou engenheiro de som na minha opinião não deve tentar "consertar" nada.

Banda bem ensaiada, com músicos decentes, técnico conhecedor do repertório e participando dos ensaios, equipo bom, casa com um mínimo de condição acústica e uma boa dose de bom senso, normalmente dá tudo certo.

O grande problema começa quando os dois primeiros itens não se apresentam....

Agora, fazer uma banda soar bem com um monte de egocêntrico, sem ensaio, e técnico achando que sabe tudo, é o planejamento do caos. Dá para perceber isso na passagem de som....

Ismah
Veterano
# nov/16
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rsf
Só falta, agora, o pessoal (MMI, Lelo Mig, Boblau, Ismah etc) abordar qual o tipo de personalidade que o pobre do técnico deve ter para "sobreviver" a toda essa luta de volumes e egos e ainda assim conseguir um resultado decente.

Ou um sábio ancião, ou um matador profissional. Eu escolhi o modo americano, bem agressivo de ser, e chega a ponto de deixar o recado explícito. Só que de um modo geral, as pessoas lá são assim, o que faz rolar um certo respeito por ambas as partes, pois ninguém quer medir forças. Mas por aqui, uma hora será o dia da caça rs

Algumas coisas dá para gerenciar, trabalhando como se cada via monitor fosse uma mixagem. Mas haja recursos! Não é qualquer festival que movimenta grana para alugar uma console boa, a Yamaha M7CL é uma das mais aceitas e pedidas ainda nos riders, dá pra fazer 20~24 vias (não lembro bem), só que... É uma mesa de 80pau, a diária não baixa de 2mil, não é grana que uma banda acha no cisco, sem falar na logística, ela é grande pesada volumosa... E claro, precisa também alguém para operar...
_____________

Os problemas com a banda, não são do técnico, nem ele quem vai resolver. Banda com disputa de egos no volume, despreparada para tocar em cima de um palco (pode parecer bobo, mas tem vocalista que toca com uma caixa ao pé do ouvido, e quando tem um floor monitor ele se perde... Simplemente não há o que fazer, o vivente precisa se adaptar a esse sistema.

Pra mim o mais ruim é a banda que fica passando música/ensaiando, na hora da passagem de som. Mas o pior mesmo, é quando se está passando instrumento A, o elemento B fica tocando...

Pessoalmente eu aviso, quando um passa som, os demais ficam quietos. Se não rola, muto os canais, e deixo rolar até que cai a ficha. Já teve banda que ficou sem passagem por isso. É nessas horas que o técnico passa por ruim, mas eu sou sincero com todas as bandas que trabalhei: EU não preciso me escutar e escutar os outros.

Agora... Com sistema ear, pode esquecer TUDO que foi dito até aqui. Pode ter disputa de ego, pode querer um escutar o baixo com timbre agudo, o outro pode ficar surdo se quiser, e isso não interfere nos demais...

boblau

Te deixei uma pergunta acima.

Agora, fazer uma banda soar bem com um monte de egocêntrico, sem ensaio, e técnico achando que sabe tudo, é o planejamento do caos. Dá para perceber isso na passagem de som... [2]

Wade
Membro Novato
# nov/16
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Segredo pra nivelar volume pra banda de roque:

1 - Deixe os guitarristas colocarem o volume que eles quiserem.
2 - Baixe 70db de cada.

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah

Te deixei uma pergunta acima.

é esta aqui?

Com que tu, como disse ter emprestado o back line, tocava na época em que todos eram anônimos...?

Se refere a este meu comentário aqui?

Todos tocávamos na década de 80/90 nos mesmos lugares. E um nos equipo do outro.

Em várias ocasiões, tocávamos em barzinhos e toda hora rolavam muitas canjas e jam´s. Era muito divertido, para quem frequentava os barzinhos, mais até do que a própria apresentação da banda.

Em outras ocasiões, os equipamentos estavam quebrados de um e o outro emprestava.

E em outras, o músico no início, não tinham equipo para apresentações, e a gente colocava para eles.

E sempre que eu precisei de algo, sempre tinha alguém para me emprestar.

Eram várias bandas que se apresentavam e se ajudavam, entre elas: Chave, Platina, Inox, Golpe de Estado, Proteus, Colírio, Vírus, Viper, Feio e Mau, Poncio Pilatos, Hot Dog, Columbia, Rock Memory, Áries, Comitatus e muitas outras. Era um espírito de colaboração com caras do bem.

Lembre-se que era uma época em que as importações eram proibidas, portanto o acesso a equipamentos eram ou nacionais, ou contrabando, ou gente que viajava para fora e trazia na bagagem. Não tinha o acesso que temos hoje e não tinha internet. O melhor veículo de compra e venda era o jornal Primeiramão e o boca a boca.

Mas eram bons tempos... muito bons.

Mas Ismah, sinceramente, acho que não entendi a pergunta....

Lelo Mig
Membro
# nov/16 · Editado por: Lelo Mig
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rsf

"Só falta, agora, o pessoal (MMI, Lelo Mig, Boblau, Ismah etc) abordar qual o tipo de personalidade que o pobre do técnico deve ter para "sobreviver" a toda essa luta de volumes e egos e ainda assim conseguir um resultado decente."

Agora, músicos do Brasil, sejamos honestos e vou falar como "ex técnico de palco", não como músico:

Querem engenheiros? Paguem por eles!

O "piso salarial" de um engenheiro no Brasil é 5 mil... Que "engenheiro" vai se fuder num palco da vida, carregar caixa nas costas, prá ganhar as merrecas que os caras pagam aqui? E falo de shows profissionais, de primeiro escalão.

Vocês têm mais é que "engolir" roadies e cables man "metidos a técnicos" e agradecer por ter alguém que saiba operar uma mesa digital, já que a maioria de vocês não sabe nem como ligá-la.

Um músico, banda e etc... precisa entender uma coisa que a maioria não entende. O técnico de som está lá para:

1- Fazer com que o artista seja ouvido pela audiência.
2- Fazer com que os músicos se ouçam.
3- Fazer com que a platéia ouça com qualidade.
4- Fazer com que os músicos se ouçam com qualidade.

A principal função de um técnico de som é fazer com que a audiência OUÇA o artista. Se possível, ouvir com qualidade, mas, ao vivo não é studio, então o primeiro objetivo é a platéia ouvir.

Os músicos são chatos... não estão ouvindo o mesmo som que a platéia irá ouvir e ficam pedindo "mais grave, mais agudo e etc."

A gente, só enrola, enche de reverb, o cara fala "agora tá bom", aí a gente tira o reverb; finge que botou mais grave os caras acreditam; finge que fez isso ou aquilo e os caras acham que a gente tá fazendo.

Se o cara não sabe timbrar instrumento técnico não faz milagre, se o cara não gosta da voz dele, técnico não corrige.

O músico brasileiro têm a típica mentalidade brasileira: Ele aprendeu a tocar sozinho, de ouvido, autodidata, alguns são ruins prá caralho... mas ele "não respeita" o técnico, porque acha que o técnico não têm formação como os técnicos gringos.

Conheço caras que passaram a vida toda em cima de palco. Tocam algum instrumento, fizeram vários cursos na área de áudio, cursos de eletrônica e acústica e estão sempre se informando... Não são engenheiros de áudio? Não! Raramente você encontrará um no Brasil... não encontra nem em Studio, querem encontrar num palco?

Na gringa, como em toda área profissional, na montagem de palco e sonorização é a equipe técnica que manda! O músico apenas sobe no palco e toca!

Abraço! (obs: o "você" no texto é uma generalização e não direcionado a você rsf, ok?)

Ismah
Veterano
# nov/16 · Editado por: Ismah
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Lelo Mig
Que "engenheiro" vai se fuder num palco da vida, carregar caixa nas costas, prá ganhar as merrecas que os caras pagam aqui?

Errr... Fala de engenheiro de som ou engenheiro acústico?

Um engenheiro de som, ou de mixagem mais precisamente, é um cara que cuida da mixagem em si, um engenheiro acústico do sistema de som. O primeiro realmente falta aqui, não conheço muitos cursinhos nessa área, imagine graduação superior.
E caras referências, em geral só mesmo caras que aprenderam na estrada praticamente tudo que sabem: Alexandre Rabaço (IATEC/freelancer), Kalunga (Ivete Sangalo), Kadu Melo (Fábio Jr). E se tem algum curso ou outro, IATEC, IGAP...

Europa eu sei que tem até pós-graduação até para roadie (!), eu teria ido, mas esse diploma aqui não vale nada rsrs

Quanto a cachê, é meia verdade... Se ganha mais de modo geral, mas não por ser engenheiro. Por lá todo mundo quase é pós-graduado, e isso complica as coisas! Lá fora, a situação é relativamente pior o mercado que por aqui. Trabalho mais leve, estudo mais fácil, mas concorrência é bem mais acirrada...

Pra roadie, o negócio é acirrado... Tem guitar tech que é a enésima geração de luthier... E pra piorar, muitas bandas estão dispensando eles e partindo para coisas mais plug'n'play... Mas ficando na engenharia de mixagem... Muitas bandas estão também levando sua console - Mackie DL32R, Behringer X18air cabem debaixo do braço! - com cenas e automações feitas em estúdio - as mesmas do disco muitas vezes - que controlam tudo... É um palco hi-tech que não custa um valor absurdo...

Na gringa, como em toda área profissional, na montagem de palco e sonorização é a equipe técnica que manda! O músico apenas sobe no palco e toca!

Quando disse isso tive de fugir para as montanhas alguns meses...
Pensei duas vezes antes de dizer novamente...
Mas é bem assim, e vai ter patada se um se meter no trabalho d'outro.

boblau

A pergunta foi para dar nomes aos bois (equipo)... Lá fora, nos anos 80/90, praticamente todas as bandas de metal usaram o ADA MP1... Mas como bem disse, não tinha destes por aqui.

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah

A pergunta foi para dar nomes aos bois (equipo)...

Não vi isso na pergunta. Se puder, me mostre onde estava.

De qualquer forma, o que rolava na época para guitarra era Fender, Marshall, Gibson, Ibanez, Duovox, hand made, Roland, etc. Só eu era meio diferente e tocava com amplis Dean Markley e Seymour Duncan.

Ismah
Veterano
# nov/16
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boblau

Não a fiz, mas foi a intenção que tive com ela...

Curioso... Como se toca metal num Duovox? Num roland (não conheço nenhum fora o JC)? Quem eram os handmades?

MauricioBahia
Moderador
# nov/16 · Editado por: MauricioBahia
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Ismah: Como se toca metal num Duovox?

Eu achava que dava pra tocar metal com qualquer amplificador, asim como com qualquer guitarra. Joga um pedal de distorção from hell e pronto.

Falei besteira?

Abs

Ps. Por sinal, achei dois vídeos interessantes sobre os Duovox

https://youtu.be/oZTglOlWryk

https://youtu.be/yAhf0jquAmM

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah
Não a fiz, mas foi a intenção que tive com ela...

depois vc não quer ser mal interpretado... chega a ser patético. Como quer que respondamos uma pergunta se não a deixa objetiva?

Curioso... Como se toca metal num Duovox? Num roland (não conheço nenhum fora o JC)? Quem eram os handmades

Primeiro ninguém falou que só se tocava metal, não escrevi isso em nenhum lugar e diferentemente de vc, não fico passando mensagens subliminares. Tinha rock nacional, jazz, country, fusion, blues, traditional...

Segundo, uma das formas de se tocar com distorção num Duovox é não ter outra opção. Na época, isto era o que tinha. Eu mesmo ainda tenho o meu 120G. E eles têm um baita som. Tua pergunta é tão esquisita para quem é tão entendido de amplis, que sequer entende que os Duovox já incorporavam o conceito de volume master (de power). Portanto dava até para regular algum volume. Sua pergunta soaria ridícula se vc perguntasse como se toca metal com um Marshall? Pois é, pega um Plexi e tenta distorcer ele.... sem atenuador. Distorce um Fender Twin. E eles não servem para metal?

Outra forma é fazer o que o Bahia falou, empurrando com pedais. Os Boss SD-1 e os TS eram bem comuns, além dos HM-1 e HM-2. A DOD também tinha boas distorções. Eu tinha o hoje raríssimo Boss Rocker.

A Roland tinha os JC 120 que são sensacionais, tiravam som de qualquer coisa. Além disso tinham os Roland Cube 60 que eram muito comuns. Grandes guitarristas da época tocavam com set da Roland, como o Faíska, Álvaro, Marinho e outros. Se vc olhar as bandas nacionais nos vídeos do Rock in Rio 1985, vai ver muito Cube Roland em cima do palco. Era o que tinha.

Quanto aos hand made tinha muito. Muitos guitarristas e baixistas simplesmente não tinham grana e rolava muita engenharia reversa. Eu mesmo fiz um ampli de baixo baseado num ampli Staner que compramos. Compramos todos os componentes na Sta Efigênia e montamos ele.

Um cara que vendeu muito ampli valvulado foi o saudoso Hélcio Aguirra. Ele montava os amplis, reformava, regulava todos os valvulados para a gente.

Enfim, tinha que ter braço, estudo, inventividade para tocar naquela época. Fora que para tirar uma música era um trabalho hercúleo. eram horas na frente de um tapedeck nota a nota, tirando base, baixo, solos, letras etc. O Eduzinho e o saudoso Theo foram os primeiros brasileiros a desvendar os mistérios do disco Rising Force de um tal de Malmsteen. Já imaginou tirar arpegios em sweep picking nota a nota sem um vídeo? Eles tiraram o disco inteiro. Na raça, sem vídeo aula. A banda do Edu se chamava - Este Lado Para Cima.

Wade
Membro Novato
# nov/16 · Editado por: Wade
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Eu comecei a tocar já no início dos anos 2000 e por falta de equipamento, tocava Metal no mini-system de casa botando o volume no talo até as caixas fritarem.

E nas primeiras bandinhas era Hardcore com amp clean mesmo. No máximo um crush de leve justamente por forçar a barra em amps vagabundos.

Imagine pros caras nos anos 70/80 no Brasil que nem estando na esfera profissional tinham acesso aos equipamentos "adequados" pro som que queriam fazer. Nego se vira como dá, cara.

Lelo Mig
Membro
# nov/16
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Ismah

"Como se toca metal num Duovox?"

Cara, sinceramente, não entendi,.... disserte sobre o tema.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# nov/16
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Lelo Mig
Pois é...
Há muitos anos atrás fui assistir a um show de Metal num clube de subúrbio aqui do RJ (pois é! tinha isso naqueles tempos!) em que os caras tocavam com Tremendão e Duovox.... Som pesado!
Abç

Vandreh
Membro Novato
# nov/16
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Pra mim, tá claro que essa história de guitarra sempre gera uma conversa interessante porque por mais técnico-científico que o papo seja ele é, ao mesmo tempo, sempre muuuuuito subjetivo.
Neste tópico isso fica muito claro: com muitos dados em mão, este aponta para a esquerda, mas aí aquele aponta para a direita, o outro para cima, outro para baixo... Um fala que tal coisa é mito, outro diz que é fato, e vice-versa...
Pegando o que pipocou por aqui, dá pra dizer que o que existe entre o ouvido do músico e o que é entendido como "um bom som" por ele é um labirinto composto por física, informação/desinformação,tecnologias, acomodação auditiva, fetiches, ego, sugestões psicológicas (deram exemplos dos placebo malandro que os técnicos dão aos músicos heueheu) etc.
Resgato a metodologia proposta pelo MauricioBahia que me parece ser um bom horizonte:

"É, já faz alguns anos que não comparo mais, principalmente à distância pois, o áudio que nos é "entregue", não é o produto inicial mais. O que temos é um subproduto parecido pois ouvimos por diferentes sistemas de reprodução (fones, caixas, etc) sem contar a percepção auditiva que pode variar de indivíduo para indivíduo.

Outra coisa é que mesmo comparando ao vivo existe a "acomodação auditiva", acústica do local e até outros sons ambiente que "contaminam" o timbre.

Depois que parei de comparar, resolvi aceitar as diferenças. Incrível como meu preconceito sonoro praticamente acabou. Ainda sobra muito mais tempo pra práticar, o que é, de fato, produtivo.

Viva a diferença! Hehe"


rsf
Veterano
# nov/16 · Editado por: rsf
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Vandreh
Pegando o que pipocou por aqui, dá pra dizer que o que existe entre o ouvido do músico e o que é entendido como "um bom som" por ele é um labirinto composto por física, informação/desinformação,tecnologias, acomodação auditiva, fetiches, ego, sugestões psicológicas (deram exemplos dos placebo malandro que os técnicos dão aos músicos heueheu) etc.
Resgato a metodologia proposta pelo MauricioBahia que me parece ser um bom horizonte...


Se seguissemos à risca essa "metodologia", esse tópico teria encerrado na segunda postagem, sequer o forum precisaria existir. E o pior, não teríamos conhecido os "egos, fetiches, sugestões psicológicas, subjetividades" que são imensuravelmente mais interessantes do que resignar-se à inafastável "subjetividade". Se a subjetividade fosse causa impeditiva, nada poderia ser "discutido", já que tudo guarda em si subjetividade, inclusive a própria realidade, que é bem mais subjetiva do que as nossas "verdades" podem imaginar.
Para terminar, eu tenho preconceitos sonoros e espero continuar a tê-los.hehehehe

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