desafio!: prove que um captador stock esp lh-150 não é melhor do que emg's/duncan's

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Ismah
Veterano
# nov/16
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boblau
Mas a maioria esmagadora dos guitarristas ficam atrás do "holy grail" e com isso gastam muito dinheiro com soluções que não necessariamente mudam muita coisa.

Perfeitamente! Mas antes de tudo, é preciso definir onde se quer chegar... Dar tiro no escuro ou pra cima nunca salvou ninguém.
Pra quem tem muita bala ($$$) na agulha, ótimo... Teste tudo que puder, pelo tempo que quiser...

Pra nós meros mortais, restam as feiras e lojas

Tem quem fica a vida toda nas trocas, e define seu timbre assim: em constante mudança. Não acho errado, mas isso não caracteriza um músico.

Parece bobagem mas identidade, pra uma banda, para um músico vale mui... Existem estudos que as pessoas procuram mais do mesmo, logo, faz sentido uma banda como A7X ser rejeitada, e fazer sucesso entre jovens - que não conhecem tanto do antigo. Eu estendo esse dado aos timbres.

A banda aqui, que eu trabalho, pode dar um rádio de pilha, ou um full-stack, eu sei exatamente que cada um vai soar como soa hoje - e já ouvi eles vezes suficientes em equipamentos diversos, para saber isso.
Na música é a mesma coisa, mas não é o foco do tópico.

Se pegarmos caras como Stones, eles fizeram mui isso, até para não enjoar creio. A questão é que cada troca, havia um motivo para, e quando por fator sonoro, eles sabiam o que queriam diferente. E muitas vezes ainda que com outro equipamento sonoramente o timbre não era tão diferente - a famosa identidade.

Tomemos por exemplo o som de uma destas bandas modernas: Meshuggah

Eles não são ruins técnicamente, desenvolveram um novo estilo, e quase que por hora, um estilo só deles. Quem ouviu eles AO VIVO, para saber se o som do disco, feito com simuladores, é o som que sai do amp dos caras? Se é o som que soa no PA?

Será mesmo que com uma 1x12" e um amp "standart" eu reproduzo o peso que eles tiram com afinações baixas, cordas grossas, em possíveis amps modificados...?

Dentro desta perspectiva é que entendo que as pedaleiras de hoje em dia são os equipamentos que mais influenciam no timbre de um guitarrista pois com seus simuladores podem virtualmente tirar som de qualquer coisa.

O lado bom: dá para provar de tudo que é aparato. Mas sem instrução, quase sempre sai merda...

Ouço muita banda de garotos nos festivais, geralmente soando mal pra caramba, não porque eles sejam ruins ou com mau gosto, mas porque nunca ouviram pessoalmente o som de um amp X que buscam imitar, porque timbraram a baixo volume (aqui mora o perigo!), com o amp colado no ouvido, às vezes num quarto com tanta coisa dentro que fica sem reverberação ambiente... Pior quando timbra com um fone, e espeta no input (mesmo no power, fica bem xoxo) de um amp pra microfonar...

Antigamente era melhor, mas não porque era antigamente, porque geralmente se tinha o amp (ou uma cópia dele) do que definiu o que é som de guitarra, e hoje são lendários...

Eu sou partidário que a imitação nunca será perfeita, e isso causa vários problemas, um deles que eu vejo hoje é o excesso de ganho...
Uma guitarra em 1970, tinha um ganho muito inferior do que se consegue desenvolvendo captadores para hoje, então fazia sentido por tudo no talo e tocar.
Hoje usar uma guitarra com captação ativa, injetando sinal em um amp hi-gain com ganho no talo, no mínimo é sem sentido, e é o sonho de muita molecada (nem todos) do "metau". E a piada com pedais tipo o MetalZone e suas cópias de que é caixa de abelha, fazedor (existe essa palavra?) de zumbido etc... É mesmo o pedal o culpado por ter excesso de agudos? Ou será que são os amps fracos, em baixo volume que implicam num som sem graves?

Não que isso seja ruim, ou errado, mas qualquer um que tenha escutado pessoalmente (u2b não vale) um full stack, com um amp de médio ganho e guitarra passiva, sabe que não é no ganho que mora o segredo de um timbre pra metal...

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah
Mas antes de tudo, é preciso definir onde se quer chegar

esse é um ponto que vai dividir todas as opiniões, pois esta resposta PODE não existir, se pensarmos em timbre. Vc pode ler vários relatos de guitarristas aqui neste tópico que trocam captadores, por exemplo, porque o legal é fazer a troca. E não tem nada de errado nisso.

São maneiras diferentes de encarar por exemplo uma viagem: tem gente que se planeja de viajar saindo de um ponto a outro e vai para curtir o segundo ponto e volta. O que importa neste caso é ir visitar um local, uma cidade. Tem gente que se planeja viajar saindo de um ponto e voltando para o primeiro sem parar praticamente em nenhum lugar. O que importa é a viagem, o deslocamento. É o prazer de viajar.

Outro ponto polêmico é a referência do timbre de um músico, onde vc cita: Tem quem fica a vida toda nas trocas, e define seu timbre assim: em constante mudança. Não acho errado, mas isso não caracteriza um músico.

Eu diria que é uma forma de pensar, mas não necessariamente correta pelo ponto de vista de vários músicos profissionais da guitarra. Se vc for, por exemplo, um músico de estúdio, o "seu timbre" é na realidade aquele que está na cabeça do produtor e o cara tem que se virar para chegar no timbre (até cito aqui o caso de um amigo que teve que comprar outro instrumento, porque o produtor não gostava do som do instrumento dele, ridículo, mas verdade...). E esses caras são músicos, e dos bons.

Se vc for pensar em caras de mainstream com timbres variados, dois nomes vieram na minha cabeça: Alex Lifeson do Rush e Trevor Rabin do Yes. Posso ainda citar o Steve Lukather do Toto.

Desta forma, eu entendo que o volume de informação na cabeça de um guitarrista jovem hoje em dia leva ele a uma salada de timbres onde ele pode, com muita probabilidade, achar que um full stack com uma Fender ou uma Gibson, ter um som ruim. E ninguém vai falar para ele que não é.

Partindo deste princípio, uma pedaleira moderna, um Fractal, um Kemper ou outro equipamento destes, pode trazer a este jovem, com um clique, uma compra ou um download de patches, timbres que ele escuta e ele pode facilmente reproduzir em casa. Quando for tocar em palco, liga em linha, como qualquer teclado.

Na minha opinião é a forma mais moderna e adequada para um jovem iniciar. Se depois ele tiver dinheiro e quiser investir em um equipamento X atrás do seu holy grail, ok.

No fim entendi o ponto do Vandreh, onde véios bobos como ele, acabam influenciando jovens a trocar de captadores achando que com isso vão encontrar o som do A7X e que isto só causa frustração e despesa.

Eu estou devagar voltando à ativa e devo admitir que vou acabar mesmo me curvando à tecnologia atual de simuladores no lugar do meu bom e velho full stack. Eu vi na minha frente o Eduzinho tirando o som dele de um Kemper e ele me disse que um full stack pode ser igual, mas melhor é difícil. Tudo bem que o cara é endorser, mas não acredito que ele me diria algo que não fosse a real, afinal estávamos entre amigos no dia. Além disso, o Kiko está no Megadeath tocando de Fractal - já imaginou isso?

renatocaster
Moderador
# nov/16
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Ismah

Hoje usar uma guitarra com captação ativa, injetando sinal em um amp hi-gain com ganho no talo, no mínimo é sem sentido

Mas não é essa a tendência de mais de 90% das bandas de rock atualmente? Afinações baixas, 7 cordas, 8 cordas, excesso de ganho...é o que se "vende" hoje. Por isso que o mercado de simuladores nunca esteve tão forte quanto está hoje (inclusive tem sido cada vez mais comum até mesmo o uso de simuladores VST ao vivo).

MauricioBahia
Moderador
# nov/16 · Editado por: MauricioBahia
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boblau: Na minha opinião é a forma mais moderna e adequada para um jovem iniciar. Se depois ele tiver dinheiro e quiser investir em um equipamento X atrás do seu holy grail, ok.

Esse é a tecla que venho martelando desde que entrei pro FCC. Eu lembro que até fui "zoado" pq defendia muito as Zooms e Condors da vida pois na época (2008) o cenário era (posso estar errado) de que só válvulados, Gibsons, Fenders e analógicos prestavam, com raras excessões. Era um potencial gasto de grana, desnecessário na minha opinião, que eu pensava: "coitados dos pais dessa molecada". Eu digo isso pois eu vivia e conversava com músicos top, profissionais inclusive que não ligavam tanto assim pra marcas. Era a sonoridade que importava, falando especificamente de timbres.

Então, eu acho legal ir aos poucos. Não precisa de muito pra tocar pra caráleo e fazer um som. Depois, ficando íntimo com o equipo você passa por fazes, como a da curiosidade, da novidade, a da busca do timbre perfeito, a da grana sobrando e você compra algo novo, a do "menos é mais" e assim vai. Por fim, você acaba se identificando pois antes disso é uma busca por experiência.

Obviamente, cada um faz o seu caminho e tem sua opinião. Mas quando alguém abre um tópico pra debate, minha posição é clara e bem honesta. Exponho do meu jeito e aceito críticas. Só assim podemos ter um ambiente produtivo e motivante, voltado ao pensamento. É preciso pensar!!!!

:)

renatocaster
Moderador
# nov/16
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MauricioBahia

Eu lembro que até fui "zoado" pq defendia muito as Zooms e Condors da vida pois na época (2008) o cenário era (posso estar errado) de que só válvulados, Gibsons, Fenders e analógicos prestavam, com raras excessões.

Este cenário não mudou muito, acho que ele continua bem atual. Sempre vai existir essa "mística", de que só valvulados, analógicos, Gibson, Fender, PRS, etc, resolvem a parada. Não que seja tudo apenas "mística", mas sempre há a parte exagerada nisso tudo.

Eu acho que a industria de equipamentos musicais evoluiu tanto nestes últimos anos, para ficarmos apenas se prendendo a esses velhos "paradigmas"...Se a gente parar pra pensar sem "pressão" por marcas, pego como exemplo o caso do V-Amp. Ele já foi na época dele um equipamento do "baralho" e era totalmente sem grife...e olha o quanto evoluímos desde então?

A questão é que há uns bons anos atrás realmente existia um abismo de diferença na qualidade de um equipamento barato em relação a um equipamento caro de marca consagrada. Hoje, esse abismo já não é mais tão profundo assim.

boblau
Veterano
# nov/16
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renatocaster
MauricioBahia

Mas não é essa a tendência de mais de 90% das bandas de rock atualmente? Afinações baixas, 7 cordas, 8 cordas, excesso de ganho...é o que se "vende" hoje.

parece ser mesmo... mas aí, com absoluta certeza, trocar um captador, madeira da guitarra e outras modificações deixam de fazer sentido, correto?

Em relação a isso, eu estava muito triste com os meus timbres, mesmo tendo uma pegada forte, instrumentos top, pedaleira top, ampli top, atenuador top, gabinete top. Simplesmente não timbrava nada. No último domingo, liguei para o meu luthier e disse a ele que iria modificar tudo e se eu estragasse a regulagem, que ele iria voltar tudo para trás na minha Fender. Ele concordou.

Subi a ação das cordas dando 1 volta e 1/4 em cada parafuso dos saddles para não perder a curvatura. Mudou tudo, parecia uma imagem HD.... tudo passou a funcionar. Voltei ao luthier e questionei ele e ele me disse que hj em dia, a regulagem mais "solicitada" é a ação mais baixa possível. Por esta razão ele havia regulado com uma ação onde os bends não mutavam, o mais baixo possível. Caraca, acabou com o som da guitarra. Mas cheio de distorção ficava bom e confortável. Depois que eu subi a ação das cordas, o mais gozado é que ficou um pouco mais baixo que a regulagem que a Fender recomenda e já ficou muito bom!

Garanto que em hi-gain isto não faria a menor diferença....

Então, a reflexão mencionada pelo Bahia é muito importante no momento em que colocamos opiniões variadas para jovens iniciantes. Eu acho que a opção mais econômica ainda é um instrumento honesto, uma boa pedaleira e um PC.... Dá para estudar muita guitarra com estes equipamentos, tanto a técnica quanto o timbre.

Confinar um jovem iniciante a uma Strato, um TS e um ampli valvulado não é mais uma opção honesta a se dar, na minha opinião. Aí ele vai achar que o problema é o captador....

Muito bom tópico!

JoeCruzGuitar
Veterano
# nov/16 · Editado por: JoeCruzGuitar
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Vi este topico logo no inicio e já ia responder mau humorado, mas no desenrolar entendi o x da questão proposto. rs.....

Primeira coisa que tenho a dizer é que cada um gasta seu dinheiro da forma que quiser, não consigo criticar alguem por ter trocado de guitarra, comprado um cabo melhor, ou gasto 30 mil reais numa custom shop, mesmo se o cara souber male male fazer meia duzia de acordes.

Troquei muito de captadores ao longo da vida, é algo legal, recentemente fiz isto num projeto de guitarra. Cria-se uma baita expectativa para plugar logo o instrumento e ver a diferença e tal.

Neste sentido, digo que é algo bem legal.

Por outro lado, sei que um bom musico tira um bom som de qualquer instrumento que se mantenha minimamente afinado, isto é o minimo que precisamos ter. Guitarra que desafina, ou que tem uma tocalibilidade horrorosa ninguem merece, mas dá para encontrar boas coisas a preços baixos.

Tive uma excelentissima lespaul de luthier que possuia captadores da marca Kent Armstrong (asiaticos) e ela soava muito bem.

Também tive guitarra da marca OLP (chinesa) e os pickups originais eram muito foda, nesta fiz uma troca por um par de seymour para testar, mas se fosse levar ao pé da letra a troca não seria necessário neste caso, a guitarra soava excelente com os captadores chineses originais.

Já troquei um set de SSS fenders por Van Zandts e o upgrade foi perceptivel para melhor.

Já troquei de outra strato por um set lindy fralin blues e o upgrade foi absurdamente perceptivel para melhor.

Vendi todas as stratos que tinha e a que sobrou comigo é uma fender japan, era a melhor de todas, nesta os pickups são 2 singles fender 50s e um seymour jb, não troco eles por nada, mesmo tendo excelentes experiencias como citei acima com VZ e o LF.

No final das contas, quem esta afim de aprender a tocar, usa qualquer coisa. Quem esta afim de experimentar, gasta dinheiro da forma que quiser heheh

Lelo Mig
Membro
# nov/16 · Editado por: Lelo Mig
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Não vejo problema algum em trocar nada, fazer experiências, buscar o melhor timbre e, acima de tudo, o timbre pessoal.

Concordo, em quase tudo, com o que foi dito pelo JoeCruzGuitar.

Só (sempre bato nessa tecla), acho que de nada vale trocar, nem as cordas, se o músico ou pretenso músico não treina seus ouvidos.

O que me incomoda é ver garotos falando em captador X, Y, Z... madeiras, valvulados, boutiques e não perde 5 minutos abrindo e fechando um botão de tone para ver qual a diferença produzida.

Seja uma Condor, uma Fender, o que for, é preciso "sentir" a sonoridade a exaustão... cada captador, cada botão.

Tem muito neguinho discutindo "a influência da madeira no som da guitarra", e se eu trocar os caps dele, escondido, ele nem percebe.

Botem uma coisa nessas "cabeças de Zé Ruela comedores de Cheetos e expectadores de Youtube": De nada vale gráficos, fórmulas, análises espectrais, curvas de desempenho e etc., tiradas de sites ou livros técnicos se para seu ouvido não faz diferença.

Então entenda: se no osciloscópio é diferente mas no seu ouvido não, então NÃO faz diferença alguma!

Pronto...falei!!

MauricioBahia
Moderador
# nov/16 · Editado por: MauricioBahia
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Lelo Mig: O que me incomoda é ver garotos falando em captador X, Y, Z... madeiras, valvulados, boutiques e não perde 5 minutos abrindo e fechando um botão de tone para ver qual a diferença produzida.

Isso! Falou tudo. Pior é quando o cara culpa o equipo quando ele mesmo não se atualiza!!! Pior, é preguiçoso! kkk

Me incomoda também, e muito! Pronto, falei!

Abs

Calime
Veterano
# nov/16
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JoeCruzGuitar

No final das contas, quem esta afim de aprender a tocar, usa qualquer coisa. Quem esta afim de experimentar, gasta dinheiro da forma que quiser heheh

Pronto...e aqui morre uma discussão. O resto é mimimi.

renatocaster
Moderador
# nov/16
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boblau

parece ser mesmo... mas aí, com absoluta certeza, trocar um captador, madeira da guitarra e outras modificações deixam de fazer sentido, correto?

Correto. E principalmente a madeira, hehehehe. Por exemplo, eu não consigo conceber a ideia de que a madeira usada na guitarra do John Petrucci (tem vários outros casos parecidos, peguei só como exemplo) possa fazer um puta diferença no timbre final dele.

Na boa, que diferença faz a madeira para aquele tipo de som que ele tira? Para mim, os efeitos, os amps, caps, fazem muito mais diferença do que a madeira. Bem diferente de um cara que toca com uma hollow-body plugada direto no amp.

Eu acho que é por aí, vc tem que ver o que realmente agrega valor naquele instrumento que vai te ajudar a tirar aquele som característico, de sua preferência. É para isso que existe uma infinidade de instrumentos e combinações, com características diferentes.

boblau
Veterano
# nov/16
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renatocaster
Na boa, que diferença faz a madeira para aquele tipo de som que ele tira?

Nenhuma. A geladeira dele "congela" muito mais o timbre do que a madeira "esquenta"...

Ismah
Veterano
# nov/16
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boblau
Se vc for, por exemplo, um músico de estúdio, o "seu timbre" é na realidade aquele que está na cabeça do produtor e o cara tem que se virar para chegar no timbre (até cito aqui o caso de um amigo que teve que comprar outro instrumento, porque o produtor não gostava do som do instrumento dele, ridículo, mas verdade...). E esses caras são músicos, e dos bons.

Desculpe, mas aqui nunca funcionou assim. O produtor chama músico X, porque sabe que ele soa Y. Nenhum produtor tende a forçar uma mudança num músico, e se o faz, lamento dizer mas eu desconfio da habilidade deste músico. Poderíamos entrar no mérito "necessidade do cachê", mas alguém que está precisando de grana, não compra uma guitarra nova.

Partindo deste princípio, uma pedaleira moderna, um Fractal, um Kemper ou outro equipamento destes, pode trazer a este jovem, com um clique, uma compra ou um download de patches, timbres que ele escuta e ele pode facilmente reproduzir em casa. Quando for tocar em palco, liga em linha, como qualquer teclado.

Pés no chão rapaz! A realidade aqui não é essa, poucos do fórum tem bolas para por um equipo de 10 pau no set, e muito menos tem bolas para por um desses na estrada, na melhor hipótese uma POD HD500 ou GT100...

E vale lembrar que "Eduzinho" (seria o Ardanuy?), Kiko e essa turma está acostumado a se ouvir em sistemas in-ear a muito tempo, que é o que soa um simulador destes. Então a referência deles para um full-stack, é ele microfonado, como soaria em estúdio. Novamente, é longe da realidade da maioria, que toca com 1x12", se não com o amp da casa, porque é trabalhoso carregar o amp.

Na minha opinião é a forma mais moderna e adequada para um jovem iniciar. Se depois ele tiver dinheiro e quiser investir em um equipamento X atrás do seu holy grail, ok.

Concordo plenamente. Mas iniciar como? Qual a referência do cara pra dizer que ESSE timbre é de um JCM, e aquele do solo é de um mk V...? rsrs

isso não caracteriza um músico

Relendo soa mais correto dizer que "não caracteriza O músico", mas vi que tu entendeu.

renatocaster
Mas não é essa a tendência de mais de 90% das bandas de rock atualmente? Afinações baixas, 7 cordas, 8 cordas, excesso de ganho...é o que se "vende" hoje. Por isso que o mercado de simuladores nunca esteve tão forte quanto está hoje (inclusive tem sido cada vez mais comum até mesmo o uso de simuladores VST ao vivo).

Ainda que seja, isso não é problema. O problema está a partir do ponto que o som da banda se conhece apenas ao vivo, e como falei do Kiko, e do "Eduzinho": eles tocam em linha, se ouvindo microfonados desde muito tempo já... A referência deles é o som microfonado e processado que soa no PA, mas isso não reflete na realidade geral do brasileiro, há casos que nem PA se tem.

Este cenário não mudou muito, acho que ele continua bem atual. Sempre vai existir essa "mística", de que só valvulados, analógicos, Gibson, Fender, PRS, etc, resolvem a parada. Não que seja tudo apenas "mística", mas sempre há a parte exagerada nisso tudo.

Na guitarras, há sim uma mística. Creio que todo guitarrista comece como um monje copista, até na escolha do instrumento... Então o cara vê o ídolo com guitarra X, e ele quer ter a X, e isso reflete diretamente no mercado, tanto que marcas menores, costumam copiar paint designs de guitarras famosas.

Falando de periféricos...

A diferença é que no valvulado, analógico, se pluga e toca. É aquilo lá e dane-se o resto. O som vem mais ou menos "pronto", e tua timbragem se limita a virar meia dúzia (sendo otimista) de botões, e testando todas combinações das posições. Querendo ou não, a pessoa se vê forçada a ir testando combinações até um ponto que isso a agrade (ou ela desista).

Naturalmente, pela facilidade, quem tem uma multiFX, passa para o próximo patch, se tiver a função "Edit'n'Share", a tendência é baixar patchs desenfreadamente, até achar um que a agrade. Raramente alguém edita um patch, e quando edita geralmente ele parece que soa inferior ao de fábrica...

Aqui conto um segredo meu... Eu já fiz altas granas programando pedaleiras, a ponto de fazer propostas pro cara NÃO pagar, e ele acabar aceitando... Penso que algo está saindo errado pra isso acontecer. Meu financeiro agradece, mas meu lado músico, está deveras preocupado.

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah

Desculpe, mas aqui nunca funcionou assim. O produtor chama músico X, porque sabe que ele soa Y. Nenhum produtor tende a forçar uma mudança num músico, e se o faz, lamento dizer mas eu desconfio da habilidade deste músico. Poderíamos entrar no mérito "necessidade do cachê", mas alguém que está precisando de grana, não compra uma guitarra nova.

Vc vai desconfiar da Rede Globo? E do músico que faz as trilhas lá? O produtor que eu desconfio é este seu que escolhe o músico de acordo com o som do guitarrista...

Pés no chão rapaz! A realidade aqui não é essa, poucos do fórum tem bolas para por um equipo de 10 pau no set, e muito menos tem bolas para por um desses na estrada, na melhor hipótese uma POD HD500 ou GT100...

Releia o que eu escrevi, falei exatamente isso. Fractal e Kemper não são pedaleiras.... Põe o óculos rapaz....

E vale lembrar que "Eduzinho" (seria o Ardanuy?), Kiko e essa turma está acostumado a se ouvir em sistemas in-ear a muito tempo, que é o que soa um simulador destes. Então a referência deles para um full-stack, é ele microfonado, como soaria em estúdio. Novamente, é longe da realidade da maioria, que toca com 1x12", se não com o amp da casa, porque é trabalhoso carregar o amp

Cara, vc realmente não conhece nenhum dos dois.... muito menos a história deles. Me surpreende eles terem se adaptado a um sistema que não fosse um ampli no palco. Portanto não "vale lembrar" nada... vc não lembra porque nunca viu.

Concordo plenamente. Mas iniciar como? Qual a referência do cara pra dizer que ESSE timbre é de um JCM, e aquele do solo é de um mk V...? rsrs

É simples, esta garotada entra na internet, entra no gear do guitarrista que ele quer o som, entra na pedaleira ou na internet atrás do patch dele e voilá.... Se é um JCM ou Mark V pouco importa para ele no início.

Relendo soa mais correto dizer que "não caracteriza O músico", mas vi que tu entendeu.

Eu tinha entendido "um músico", mas agora "O músico" eu não entendi nada... mesmo. Vc estaria se referindo a que o músico que citei seria ruim? Vivente... eu não faria isto aqui. Aqui devemos trazer somente experiências de músicos bons.... e este que citei, por acaso, é excelente.

Que agressividade.... estamos apenas colocando nossas opiniões, só isso.... (peguei o vírus do véio bobo... hahaha)

acabaramosnicks
Membro Novato
# nov/16
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A fita é que hoje temos as melhores pedaleiras e simuladores fodas do mundo que conseguem chegar em timbres tão bons quanto os melhores amps do mundo, daí vc decide onde quer gastar o seu dinheiro, pq o resultado vai ser bom nos dois caminhos

A referência sempre será half stack, seja marshall, mb, laney, ou o que for. O método pra se chegar nisso pode ser variado hoje em dia, e não necessariamente vc precisa de equipos iguais pra soar parecido (muito parecido).
Aqui no meu quarto consigo resultados excelentes com um Alien 20w e 2x12, no estúdio foi muito bom também, todo mundo elogiou o timbre (inclusive o dono do estudio, que era músico profissional há poucos anos atrás). Ainda não toquei ao vivo, mas como seria microfonado anyway, aposto que o resultado será bom, e de algum modo próximo da referência (half-stack) por estar microfonando.
Se eu usasse um fractal, aposto que o resultado também seria ótimo, e mais próximo ainda das referências, com a vantagem da versatilidade. Mas quanto custa um mesmo? Ah é, praticamente o preço de um cabeçote dos mais renomados. Como eu disse, vc só vai escolher onde gastar pra chegar no mesmo resultado, vai de gosto.
Eu, sinceramente, prefiro o half-stack pq eu acho mai daora e já era. De preferência que não tenha knobs de mais, nem de menos. Mesmo que um kemper ou fractal seja mais prático e fácil e etc, prefiro o half-stack. Inclusive estou me programando pra pegar mais uma 2x12 e um cabeçote do irmão mais velho do meu (Alien Evolution).

Sim, captadores podem fazer muita diferença ou pouca. A fita é que existem tipos diferentes de captadores com diferentes sonoridades. Se vc não está satisfeito com o seu timbre, [u]talvez/u] seja pelos captadores, talvez não, mas trocando eles vai sentir diferença sim. As vezes é sutil, mas claro que tem diferença.
E sim, as vezes a pessoa troca só pq quer trocar e pq acha daora o passatempo/hobby/seilá, e no final a diferença do som é pequena. E daí? deixa os kra heauheauheau

MMI
Veterano
# nov/16
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Ismah

Kiko e Edu não sabem como soa um full stack? Manolo, edita e apaga essa parte, pelamor... kkkkkk

acabaramosnicks
Membro Novato
# nov/16
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MMI
Acho que o que ele quer dizer é que o que eles estão acostumados a escutar não é o full stack tocando, e sim o full stack microfonado no sistema in-ear deles. Faz sentido, pra quem não quer ficar surdo. Eu tocando com 20w no talo toda semana já estou usando protetor auricular, imagina full stack! Tem que usar in-ear mesmo! Se vc tocar 5m com um full stack do seu lado tu fica surdinho da silva kkkkkkk

Ismah
Veterano
# nov/16 · Editado por: Ismah
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boblau

Entendeu errado... O produtor geralmente escolhe o músico pela proposta do disco, avaliando o timbre sim, mas obviamente que as habilidades não estão fora da jogada...

Grandes coisas ter 10 full-stack. Boa parte das bandas de metal adotaram no começo dos anos 2000 os sistemas ear, pela pura praticidade logística e comercial, aliada a qualidade...

Vc estaria se referindo a que o músico que citei seria ruim?

Era uma correção ao que disse anteriormente. Não criar uma identidade sonora, não caracteriza o músico. Ainda que o guitarrista da Lex Luthor ou da Gang Lex, seja muito bom, ninguém sabe quem é e qualquer outro poderia substituí-lo...

Nem sequer pensei no músico citado... E se ele faz Jingles pro papa, ou pro padeiro da esquina, isso não faz dele bom músico aos meus olhos, apenas faz dele um músico de sucesso.

Acho sábio encerrar aqui, já é a segunda vez que preciso me explicar porque as frases foram lidas soltas e não no contexto...

MMI

Lembrei do Kiko tomando uma aula do Guitar Tech dele no Megadeth... Acho que ali ele conheceu seu set-up... O resto o colega acima te deu a interpretação do que quis dizer...

boblau
Veterano
# nov/16
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acabaramosnicks

Acho que o que ele quer dizer é que o que eles estão acostumados a escutar não é o full stack tocando, e sim o full stack microfonado no sistema in-ear deles.

O que ele quis dizer e não sei realmente, mas ambos começaram as carreiras carregando muita caixa e tocando em barzinho com muito ampli ruim... Eles tocaram com tudo o que é equipo que vc pode imaginar e full stack para eles é só mais um tipo de equipo.

O me impressiona hoje nos dois é eles terem optado por tocar com simulações, o que mostra muita maturidade de ambos. O Kiko toca com Fractal, power valvulado e gabinetes no palco, além do in ear. Dizer que ele não conhece o seu próprio rig é muito complicado....

Nenhum dos dois nasceu com uma montanha de equipo não e sabem muito bem timbrar suas guitarras em qualquer pau com cordas. Me admira (postivamente falando) eles terem se acostumado e se convertido às simulações.

Ismah
Veterano
# nov/16
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boblau

Cara, não sou eu que estou dizendo, é o que qualquer um pode ver com o Kiko todo perdido apresentando (para mim está mais pra "sendo apresentado") ao seu set.

Sugiro que vá acompanhar uma passagem de som. Os caras aparecem pra passar som, pra tocar sorrir e tirar foto. Acompanhe os RigRundows do Premier Guitar no u2b, 9 de 10 vezes NÃO é o músico que apresenta o set, e raramente ele sequer está no lugar...

A realidade é outra da nossa, tem alguém pra cada coisa, se facilitar até pra cagar por eles...

O Kiko toca com Fractal, power valvulado e gabinetes no palco, além do in ear

E a função dos gabinetes se resume a

- cenário
- backup caso o ear dê problema

Mas ainda além... Em maioria esmagadora das fotos que vi, o Megadeth tem o palco LIMPO, sem nenhum amp aparente, apenas painel de led (tour 2015) e/ou cenário (tour 2016), algumas vezes com amp por trás do painel de LED e algumas vezes sem NADA - principalmente festivais...

O me impressiona hoje nos dois é eles terem optado por tocar com simulações, o que mostra muita maturidade de ambos.

Eu ainda aposto na logística e em visão de mercado...

Nenhum dos dois nasceu com uma montanha de equipo não e sabem muito bem timbrar suas guitarras em qualquer pau com cordas.

Disso eu não duvido... Mas eles não fazem ao menos não no palco... Tem banda regional que aparece pra passar som, tocar, sorrir nas fotos e só... Eu também iria querer beber cerveja e curtir o lugar com algumas mulheres, não ficar horas timbrando amplificador a cada show...

MMI
Veterano
# nov/16 · Editado por: MMI
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Ismah

Você notou que está resumindo a vida e a carreira do Kiko Loureiro a um vídeo do Youtube que, de fato, ele estava perdido? Mais ainda, coloca o Edu no mesmo saco, como se ele também sempre tivesse tocado a vida toda no Megadeth ou alguma banda similar também?

Vou te explicar uma coisa... O Megadeth pode até ser o ponto alto da carreira do Kiko, mas cronologicamente é quase nada, ele virou rockstar de verdade agora. As mordomias e a chance de não ter a mínima ideia do equipamento que usa é só neste momento (se é que é verdadeira esta impressão que deixa o vídeo). O Edu nem banda mais tem, monitor in ear para que? O dele talvez nem funcione mais...

Eu entendo que de certa forma você defende o seu e imagina que é assim que funciona. Como disse o boblau, parece que você está falando deles sem os conhecer. Conheço os dois de bastante tempo, o Edu do tempo (por muito tempo, aliás, quase todo o Dr Sin) ele gravou e ensaiou de Mesa Triaxis - ele teve um monte de cabeçotes e gabinetes e até toquei em alguma coisa, mas usou muito o Triaxis. Já gravei com ele inclusive. Sabe como funciona? Ele monta o timbre, faz o som, grava e faz um pedido: não equalize, não comprima, não manipule, o som que eu quero é este, mexa o mínimo possível. A verdade é que, já te disse antes, os técnicos de som ao vivo principalmente, de uma maneira geral (e correndo o risco de generalizar mesmo) são de baixíssimo nível, quanto menos na mão deles ficar, melhor. Quanto mais se vai a um alto nível, menos se pode confiar nestes caras que muitas vezes se acham muito mas na realidade são só curiosos que se meteram no ramo. Te digo que aqui em Sampa, colocando aberturas de shows em estádios, grandes casas de espetáculos (desde os antigos Olympia, Via Funchal até os atuais Citibank Hall, Tom Brasil etc.) tenho que ser cruel e dizer que nunca vi um som perfeito de brasileiro, triste dizer isto, gostaria de ver. Principalmente quando tem um gringo na jogada, o abismo é enorme, dá raiva até, inclusive já fui em show que nem ouvir a estrela dava, a vontade era de pedir a grana do ingresso de volta (numa baita casa...). Precisaríamos de umas centenas de chatos como o João Gilberto para colocar o som em ordem nos espetáculos...

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah

meu amigo, tá difícil de te passar algumas coisas básicas. Não estou aqui para competir com você de quem conhece mais o que, estou somente tentando te mostrar as coisas como elas são, não como aparentam ser via internet, portanto, de novo:

1- eu não coloco aqui o que vejo na internet, eu conheço os dois caras, o Kiko bem menos pois ele é mais novo que eu e quando parei ele estava no início, o Eduzinho mais, pois tem praticamete a minha idade. Todos tocávamos na década de 80/90 nos mesmos lugares. E um nos equipo do outro.

2- dizer que o Kiko está "todo perdido" no seu rig é uma baita injustiça. O cara conhece muito, sabe muito bem fazer o seu rig, pode acreditar.

3- dizer que um guitarrista famoso deve apresentar o seu rig no lugar do seu técnico de guitarra para mim soaria até um pouco anti-ético por parte do guitarrista. O técnico pode e deve ter o seu espaço para brilhar também.

4- não Ismah, a função dos gabinetes não é backup do in ear, muito menos cenário (até porque nem aparecem).

5- logística e visão de mercado podem até influenciar, mas convencer um guitarrista famoso que tem o seu som, a mudar tão radicalmente de tecnologia, é que a coisa está realmente num nível bem alto.

6- neste nível do Megadeath ninguém mais timbra nada por horas, está tudo pronto. Os técnicos passam no palco somente os níveis de volume e ambiências.

7- lembre-se que o Megadeath é uma empresa com um dono. E o Sr Mustaine é implacável e perfeccionista. Portanto ali, errou, deu cagada, tá fora. Ali ninguém entra como músico ou técnico porque é amigo, toca bem, "tá na gig" etc. Alí é competência e profissionalismo. E o Kiko passou...

Quanto a sua sugestão para mim para ir ver alguma passagem de som, eu vou te dizer qual foi a passagem de som que eu fui, acompanhei e depois vi um dos shows com o melhor som de todos. Queen em 1981 no Morumbi. A logística era gigantesca, os caras trouxeram tudo da Inglaterra (menos a estrutura metálica do palco) e na passagem de som quem passou bateria, baixo piano, voz e guitarra foram os técnicos. O Freddie, Deacon, Taylor e May apareceram para tirar fotos e se ambientar com o lugar.

Se quiser te passo mais algumas experiências de passagens de som de bandas e artistas profissionais onde eu fui pessoalmente, não via internet.

Aliás acompanhei uma de um conterrâneo seu aí no RS, o excepcional Borghettinho em 2002.

abraço!

Ismah
Veterano
# nov/16
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MMI
quanto menos na mão deles ficar, melhor

Na verdade quando mais pronto o som for captado, melhor... Equalização e processamento (mesmo digital) causa atraso de grupo, e vários outros problemas...

de uma maneira geral (e correndo o risco de generalizar mesmo) são de baixíssimo nível

Verdade. E as vezes é por irresponsabilidade da banda. Já vi banda nacional, com suceso no exterior, deixar pro técnico da empresa mixar... Oi?! Temos caras bons sim, mas temos mais bandas chorando pra pagar cachê...
Aqui no sul é mais barato, porque tem mais oferta, mas um técnico fixo, não fica por menos de 2~3mil por mês... Freelancer é 300 pila/show + diárias na estrada... Pra fazer valer, o cachê tem que ser bom, e a agenda cheia...

Esse lance de que não tem, é meia verdade, até tem, temos uma quantia razoável de engenheiros de áudio no país... Mas eles estão em nichos onde dá dinheiro, e isso é bem longe da realidade do que rola em SP... Curiosamente os polos que se formam todos, é sul e nordeste, não me pergunte por que, sendo que faria mais sentido isso ser na muvuca de SP/RJ...

tenho que ser cruel e dizer que nunca vi um som perfeito de brasileiro

Existem vários fatores... Assistindo aos Stones, a Cachorro Grande pode tocar num canto do palco, ou seja, foram podados... Já começa assim...

E claro, o gringo tem mais bolas para pedir equipamento, não temos produtores preocupados por aqui... E isso leva as bandas a pedir uma frota pra quem sabe, ter 2 caminhões esperando...

Gringo chega pedindo Venue, API, JBL Vertec e os caras fazem... Tá um arraso a estrutura pro David Guetta em PoA... A do G'n'R eu não vi e nem vou ver, já que to na estrada no final de semana...

boblau

Queen em 81

35 anos depois bicho, tá tudo igualzinho... Até usam PM5000 pra tocar o PA rsrs

Se quiser te passo mais algumas experiências de passagens de som de bandas e artistas profissionais onde eu fui pessoalmente, não via internet.

Ficarei honrado.

Lelo Mig
Membro
# nov/16 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah
MMI
boblau

Rapazes, com licença de eu dar meu "pitaco" nessa conversa, com uma pequena contribuição de experiência profissional e não virtual.

A última, derradeira, a pendurada de chuteiras (pelo menos até então), trabalho em sonorização "alive" que atuei foi numa "Palestra/Show" do maestro João Carlos Martins, ao piano, mais um quarteto; Oboé, Violino, Fagote e Violoncelo No salão de eventos do Royal Palm Plaza em Campinas.

Não fiz a mesa! Atuei na montagem... cabeamento, microfonagem e etc.

Dados importantes a seguir:

1- Foi nos dada toda a manhã, até as 15:00 hs, para toda a montagem e testes.

2- Os microfones para o Oboé, Violino, Fagote e Violoncelo foram de modelos (o melhor que a emnpresa possuia) que obedeciam a critérios pré estabelecidos e requisitados pela equipe do maestro. (Resumindo: O cara não estudou 390 anos de fagote 25 hs por dia, para soprar em qualquer merda).

3- As 15:30 chegaria o afinador de piano, então o local deveria estar vazio e em silêncio.

4- O rapaz do Fagote, acompanhou toda a montagem, de forma educada, deu sugestões, tirou dúvidas e ficou a disposição.

5- As 16:00 hs o local foi liberado para passagem de som e ajustes finais. Ajustes mais finos no posicionamento e equalização do piano foram feitos com o afinador tocando.

6- O quarteto se posicionou, foram feitos os ajustes finais com eles tocando e o Fagotista, por vezes ia ao piano. (tocava pra caralho).

7- Tudo pronto, ninguém mais entra na sala além do técnico e eu e dos músicos do maestro.

>> João Carlos chegou as 20:00 hs, nos cumprimentou de forma simpática e sorridente e??? ... Passou o Som???

Claro que não!! Ele é uma empresa!!

Foi para o saguão, fazer média com empresários, tirar self com os babões, receber tapinha nas costas de políticos e fingir que adora estes caras!!

Ele precisa fazer o metier, precisa fazer o social, vender suas palestras, manter sua imagem viva.

Ele é Maestro João Carlos Martins, reconhecido mundialmente como um dos maiores interprete de Bach do mundo!! Vai ficar passando som?

Sua equipe e nós temos obrigação de saber o som de piano que ele deseja, o som do quarteto, o brilho, a reverberação, o volume.

Ele entra e toca.... e é assim que tem de ser.

No entanto, desconsiderar tudo que ele conhece, tudo que já viveu, os Fritz Dobert desafinados que já tocou na vida, os buracos e roubadas em que já se meteu?

Um músico deste porte, erudito ou pop.... rock,n´roll ou jazz, não chega a estes níveis sem conhecimento. O cara não precisa mais fazer... mas sabe muito, têm muita vivência.

Usando o exemplo de vocês, um Zé Ruela novato sobe num palco e tá tudo bom ou tudo ruim... mas ele nem sabe o que é. Um Kiko Loureiro, sabe exatamente, onde o bicho pega.

Hoje ele é funcionário do Megadeth... e o som de guitarra é o que o Mustaine acha que têm de ser e manda o técnico fazer. Kiko, sobe lá e toca, apenas toca e foda-se.

A pergunta é: Será que assim como o Maestro João, o Kiko não merece isso hoje?

Eu acho que sim....


Abraços!

LeandroP
Moderador
# nov/16
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Lelo Mig
... garotos falando em captador X, Y, Z... madeiras, valvulados, boutiques e não perde 5 minutos abrindo e fechando um botão de tone para ver qual a diferença produzida.

Tu dum, pishhhh...

(Ps.: Curto muito usar o tone da guitarra. Ferramenta indispensável)

Calime
Veterano
# nov/16 · Editado por: Calime
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LeandroP

Ps.: Curto muito usar o tone da guitarra. Ferramenta indispensável

Legal! Poderia dar exemplos práticos do seu uso e aplicações do mesmo? Tbm o uso, mas descobri que minhas aplicações desse recurso são um pouco diferentes da maioria dos guitar. Quem mais quiser opinar aí, sinta-se a vontade.

MMI
Veterano
# nov/16
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Lelo Mig

Mas o ramo erudito acaba sendo mais respeitado mesmo. Mesmo em estúdios, garanto que é mais fácil o pianista ou o fagotista receber os microfones melhores que o "guitarrista de metau". Raríssimas vezes vi o dono do estúdio liberar os microfones vintage para os guitarristas. E na verdade, eles tem uma menor demanda mesmo, geralmente se contentam com qualquer dinâmico que esteja por lá.

O Kiko e o Edu merecem? Claro que sim. Mas este ano gravei com um engenheiro de som que merece todas as honras que já gravou muito com eles, inclusive é ali da região onde o Angra nasceu e foi da época que tinha pouca opção, então o Edu tocou muito com eles lá do estúdio. Me orgulho muito desta sessão que participei, foi uma conjunção de pessoas e ideias para buscar a captação perfeita, tudo pensado e controlado. Só que foi um "laboratório" que nunca esses guitarristas famosos pediram ou fizeram, mas o resultado arrepiou até os cabelos brancos dos donos e masterizadores. Infelizmente, é assim que funciona com guitarrista.

boblau
Veterano
# nov/16
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Ismah
Queen em 81
Acho sábio encerrar aqui, já é a segunda vez que preciso me explicar porque as frases foram lidas soltas e não no contexto

rsrsrsrsrsrssrsrs

boblau
Veterano
# nov/16
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Lelo Mig

excelente depoimento! É exatamente desta forma que as coisas podem ser. Respeito ao público, respeito ao artista, todos ganham.

Só para entrar no seu assunto, uma das vezes qe mais me emocionei foi durante uma afinação de um piano de cauda com diapasões. Eu tinha 16 anos. Estavam o afinador (um senhor de idade que se emocionava junto comigo), eu e o piano em uma sala de concerto.

Neste seu exemplo, o maestro não passar o som e fazer o social é uma coisa correta. A Anita não passar o som e fazer um social é a mesma coisa de forma diferente. Um põe a cara ao sol, a outra mostra outra coisa para a lua....

É a diferença entre talento e dedicação para um produto de mídia....

Ismah
Veterano
# nov/16 · Editado por: Ismah
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Só para constar duas vivências minhas com bandas meia boca, se comparadas a show internacional... E mostrar que é ilusão que só existem técnicos de pen drive, onde o show já vem pronto... O grosso, como roteamento de canais, adição de máquinas de efeito etc, sim vem no pen-drive, mas ajuste fino, é sempre feito.

- Malta

- Delta Som e Luz
- Console: Soundcraft Vi6/ creio que uma Venue SC48, no palco, para monitores e efeitos talvez.
- Montagem do back line 7~9hs da manhã
- Roadies e técnicos passaram som das 9hs da manhã as 21:15

Jota Quest

- Empresa: Imacto-Vento Norte
- Console: Venue SC48 (PM5D de back up)
- Montagem, no dia anterior, solicitaram 9 carriers
- Roadies passaram som das 8hs até 17hs,

Experiências que acompanhei mais de perto, por ter parceiros em ambas as empresas. Ainda assim, fiz parte da banda de abertura. Aliás, pintou uma vaga no setor de manutenção na área luminotécnica de uma delas, se alguém tiver interesse!
__________________

Acho que estou sendo muito mal interpretado... Não duvido que Edu Ardanuy como o Kiko Loureiro saibam como é tocar com um full stack, e nem que merecem não precisar carregar seu próprio equipamento - aliás, qualquer banda que não chega com a guitarra debaixo do braço, tem e merce ter seu roadies... APENAS quis dizer que o som que estão habituados a ouvir, é aquele captado pelo microfone... Enfim...

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