O mercado brasileiro está falido, acabado sem a menor prospecção de evolução.

Autor Mensagem
MMJr
Veterano
# jul/15
· votar


Acordo eliminará tarifa de eletrônicos em 80 países; Brasil está fora...

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/07/1657798-acordo-eliminara- tarifa-de-eletronicos-em-80-paises-brasil-esta-fora.shtml


...

Drinho
Veterano
# jul/15
· votar


é uma cuba mais elegante....

rcorts
Veterano
# jul/15
· votar


nichendrix

Sim, imposto de importador PJ é diferenciado. E ainda, mesmo que fossemos considerar o imposto simplificado de 60% + aprox. 18% de ICMS (em média), só de considerar o fato que compram no atacado e não no varejo dá na cara que a margem de lucro é absurda. Só não enxerga quem não quer ver.

Sobre carros, estou naquela política de trocar meu carro usado por outro menos usado e mais completo. E ainda uso a internet, o mecânico do meu carro atual e a opinião de amigos para fazer a escolha do modelo. Comparando as carroças zero KM que são vendidas aqui, melhor ter um carro de 5-7 anos de uso completo e confortável (e ainda por um preço bem mais reduzido). O resto é cuidado com manutenção e zelo do dono, além de um bom mecânico e de confiança, é claro.

Ismah
Veterano
# jul/15
· votar


nichendrix

Acredite em mim, não é só guitarra e telescópio... (lembrei do Pablo Escobar)

rcorts
Veterano
# jul/15
· votar


vintagentleman

Olhem essa agora:

BRASIL FORA DE ACORDO INTERNACIONAL PARA REDUZIR TAXAS DE ELETRÔNICOS

Ou seja, em vez de incentivar a produção, reduzir tributos, melhorar infraestrutura, vamos de protecionismo. Cada vez mais isolados...

Depois reclamam das compras dos turistas no exterior.


Nunca deixamos de ser colônia de exploração, a diferença é que hoje somos explorados dentro do nosso próprio país.

Enquanto não houver insurgência e matança aqui nessa jossa seremos tratados como diria Zé Ramalho: como um admirável gado novo.

subgrave
Veterano
# jul/15
· votar


Brasil fora de tudo que é bom, agradeçam ao comuno-petismo que se alinha com venezuela e cuba, enquanto isso ficamos com Tamija e Merdeoro!

nichendrix
Veterano
# jul/15
· votar


subgrave

Cara, essa postura do governo Brasileira é mais velha que eu, que o PT, que o PSDB, a verdade que nossas empresas em geral não são competitivas, se abrir o mercado, acontece como o que aconteceu nos tempos do Collor, boa parte delas vão à falência se for introduzida alguma medida de concorrência externa, então essas empresas botam uma pressão do caramba nos governos para garantir que sempre existam práticas protecionistas.

Isso daí não tem nada a ver com comunismo, tem a ver é com empresas tendo poder de manobra para obter tais vantagens (proteção contra a concorrência externa por meio de barreiras fiscais).

makumbator
Moderador
# jul/15
· votar


subgrave

Concordo totalmente com o nichendrix. Isso sempre foi assim. Independente de quem governava o país. Até pela sua idade, você deve se lembrar do período de reserva de mercado na informática no Brasil nos anos 80, que não só atrasou o país como incentivava o contrabando e a pirataria. E no fim das contas não trouxe praticamente nenhum ganho para o país.

Nefelibata
Veterano
# jul/15
· votar


subgrave

Os EUA e UE também vivem as voltas na OMC com processos por protecionismo.

EUA mesmo teve duas brigas boas com o brasil por causa dos subsídios e sobretaxas que os norte-americanos impunham na indústria do aço e da laranja.

Protecionismo na medida certa sempre foi sinônimo de defender os interesses nacionais e a economia, praticado por todo mundo.

nichendrix
Veterano
# jul/15
· votar


Nefelibata
Protecionismo na medida certa sempre foi sinônimo de defender os interesses nacionais e a economia, praticado por todo mundo.

É aqui que a gente se ferra, porque a gente não tem a medida certa, aqui protecionismo vai defender uma parte da população que tem muito a perder se suas empresas tiverem que concorrer com o mercado externo e a maior parte da população se ferra, porque eles nem produzem o que precisam produzir a um preço justo e nem a população pode conseguir alternativas legalmente a um preço também justo.

rcorts
Veterano
# jul/15
· votar


Nefelibata

Como disse o Nichendrix, e sem delongar muito, protecionismo na medida certa, tudo bem. Mas o que ocorre aqui no Brasil não tem nada de medida certa, uma vez que a indústria nacional é uma piada, os produtos são um lixo e o protecionismo, mais do que proteger o mercado, contribui para que a indústria nacional continue não investindo em inovação e redução de custos.

Quem quer um videogame ou um spartphone da Gradiente ou da CCE aí? vai unzinho?

Ismah
Veterano
# jul/15
· votar


Preconceito com essas marcas... Eu não reclamo - não tenho. kkkk

rcorts
Veterano
# jul/15
· votar


Ismah
Preconceito com essas marcas... Eu não reclamo - não tenho. kkkk

Ha ha! boa!

boblau
Veterano
# jul/15
· votar


Protecionismo?

Vocês realmente acham que algumas alíquotas de importação diferenciadas é protecionismo à indústria nacional?

1- comparem a carga tributária de uma indústria chinesa, coreana, americana, alemã, etc. com uma brasileira.

2- comparem o apoio e incentivo financeiro à abertura de uma indústria chinesa, coreana, americana, alemã, etc. com uma brasileira (não me venham com BNDES....).

3- comparem a qualificação de mão de obra oferecido pelo governo a uma empresa chinesa, coreana, americana, alemã, etc.

4- comparem o investimento em pesquisa e desenvolvimento financiado pelo governo e oferecido de uma indústria chinesa, coreana, americana, alemã, etc. com uma brasileira.

5- comparem os custos de folha, incluindo aí nossa legislação trabalhista, de uma indústria chinesa, americana, coreana, alemã, etc. com uma brasileira.

6- comparem os custos atrelados (segurança, iluminação pública, creches, e outros excrementos) de uma indústria chinesa, coreana, americana, alemã, etc. com uma brasileira.

7- comparem o custo da insegurança jurídica de uma empresa chinesa, coreana, americana, alemã, etc. com uma brasileira.

8- comparem a produtividade um trabalhador de uma indústria chinesa, coreana, americana, alemã, etc. com uma brasileira.

9- comparem as taxas de juros pagas por uma indústria chinesa, coreana, americana, alemã, etc. com uma brasileira.

10- comparem a simplicidade de se abrir capital de uma indústria chinesa, coreana, americana, alemã,etc. com uma brasileira.

Acima, apenas 10 itens práticos e absolutamente conhecidos de todos da comparação entre o Brasil e outros países no que diz respeito à indústria.
Indústria que quer crescer realmente no Brasil precisa sujar as mãos. Acesso a licitações, dinheiro do BNDES, garantias de recebimento dos produtos fornecidos só acontece realmente se a indústria "coloca a mão no gato".

Agora o que mais me entristece em tudo isso é o protecionismo do povo brasileiro que não compra um produto nacional por simplesmente "achar" que um importado é melhor. Isto sim é protecionismo.

Para aqueles que dizem que a indústria brasileira só faz lixo, vou dizer o seguinte da área na qual atuo há 31 anos:

1- A melhor celulose (produto manufaturado, commoditie) do mundo é a brasileira.

2- O melhor papel de escrever e imprimir (aquele A4 de impressora) é o brasileiro.

3- A melhor produtividade florestal no manejo de fibras para celulose do mundo é a brasileira. As indústrias brasileiras só utilizam madeiras 100% reflorestada, sem nenhuma exceção, sem nenhuma exploração de matas virgens e sem concessões de exploração do governo, diferentemente dos países listados acima....

Portanto, estamos em crise sim, o país está vivendo um momento muito difícil de quem gastou mais do que ganhou. Mas é com espírito de luta, mudanças, inovações, união é como se sai de uma situação destas.

MMI
Veterano
# jul/15
· votar


boblau

Mais ainda...

O calote aqui é institucionalizado. A lei protege. O governo dá calote, em todos os níveis. O consumidor dá calote também, além de tudo que está entre esses dois extremos. Roubar uma galinha e sair correndo dá cadeia, mas cheque sem fundo ou estourar o cartão de crédito não dá (para não falar nos escândalos das altas esferas).

Horário bancário... A economia, as finanças passam pelos bancos. Uns dos setores de maior lucro no Brasil é o bancário. Mesmo assim trabalham num estapafúrdio horário das 10 às 16 de 2a a 6a - horário que a população economicamente ativa deve trabalhar, não ir para filas. Boa parte dos países tem bancos que trabalham de segunda a sábado, da manhã até a noite. Os negócios, a economia, o sistema financeiro ganham muito. A desculpa é que existe legislação trabalhista específica para o setor...

Não adianta querer comparar com países desenvolvidos. Pega o México, por exemplo. Lá a legislação trabalhista dá 1 semana de férias ao ano, o país precisa trabalhar e produzir. Quem aqui topa? rs

nichendrix
Veterano
# jul/15
· votar


boblau
EM parte não é isso que está se falando? Que existem problemas aqui que tornam a produção extremamente ineficiente e que em função disso, eles pressionam o governo para criar cada vez mais barreiras, entre elas barreiras tributárias, para concorrência internacional?

Eu falo há muito tempo que se o governo fosse esperto criava um sistema tributário onde empresas pagariam o minimo de tributos e famílias pagariam muitos tributos. Só que preferimos deixar uns 70% ou mais da população livre de tributos diretos, mas pagando uma carga de tributos indiretos absurda, já que as empresas tem que assumir o financiamento do estado.

Isso é só um dos pontos que eu vou morrer sem entender porque fazemos assim e não do jeito que o mundo inteiro já provou que dá certo.

O fato do produto ser nacional não quer dizer que ele é ruim, mas temos um histórico sim de industrias produzindo produtos defasados e de baixa qualidade, o que não é algo que se deva generalizar, dois exemplos que me vem a cabeça são o do Civic e o da Harley Davidson (ambos produzidos no Brasil), algum tempo atrás descobri que a qualidade das Harley aumentou tanto quando trouxeram a fábrica pra cá que hoje quase todas as motos da marca são produzidas aqui, e o Civic brasileiro é considerado o que tem a melhor qualidade em todas as plantas produtivas, superando inclusive os fabricados nos EUA e no Japão. Então não é complicado ver que se der condições a gente pode crescer e melhorar, mas cadê as condições?

nichendrix
Veterano
# jul/15 · Editado por: nichendrix
· votar


MMI

Cara isso não chega a ser problema, tem país que produz mais, com menos e tem férias e direitos trabalhistas bem mais interessantes que os nossos, basicamente qualquer país da Alemanha pra cima é assim, o problema mesmo não é dar os direitos trabalhistas e o que se cobra por eles. Aqui um funcionário custa em média pra empresa 178% do valor da remuneração (100% de remuneração e 78% de encargos), não é raro custar de 200% a 210% (isso mesmo 100% ou mais de encargos).

A pergunta é porque custa isso se a gente não tem esses direitos trabalhistas todos? Na Dinamarca, por exemplo, a mulher tem licença maternidade de 1 ano e o marido licença maternidade de 6 meses, mas a licença maternidade e paternidade lá, custa menos do que a licença aqui (6 meses para esposa e 1 semana para o marido). Isso é só um direito que lá tem melhor e por um custo menor.

O calote, é apenas um sintoma da ineficiência, se o produto é mais caro do que devia e está além das capacidades do consumidor, então recursos como financiamento e prestações se tornam parte essencial para que haja a venda.

Imagina o cara que é assalariado mesmo, salário minimo, ganhando R$ 788,00, se for comprar um fogão, que os baratinhos são R$ 250,00, não tem outra forma de pagar se não for se endividando, e ele nunca precisa só do fogão, precisa de tudo que todo mundo precisa pra viver, mas tudo isso custa mais do que ele poderia pagar, é meio obvio que em algum momento o cara vai dar calote. Ninguém consegue gastar mais do que tem ad infinitum, nem o governo.

Essa cultura das coisas valerem mais do que seria coerente para elas valerem é tão forte que o Brasil é o único país que conheço em que a figura do parcelamento mensal existe. A maioria dos países o parcelamento é pra bens duráveis como imóveis e carro e a parcela é anual. Porque são coisas que o cara pode até comprar por precisar, mas são compras planejadas, não é algo que possa ser considerado como minimo essencial pra viver.

Na boa até hoje, a única coisa que eu vi fora do Brasil vender em prestação mensal foi telescópio, e em geral é um sistema diferente, como muitos dos fabricantes tem escala de produção pequena, o cara em geral compra e depois é que o telescópio vai ser fabricado, por causa disso, eles oferecem um sistema em que o cara paga parcelas mensais até o mês da entrega, mas no fim ele paga primeiro pra receber depois. Imagina isso no Brasil, o cara comprar um fogão ou uma geladeira nas Casas Bahia e esperar 2 anos pra ver a cor... kkkkkk

Enfim, nosso sistema é feito pra privilegiar uma pequena parcela que domina o meio politico e tem seus agentes no meio econômico e pra meter com tudo e sem direito nem a um cuspe no resto da população, seja ela patrão ou empregado.

sandroguiraldo
Veterano
# jul/15
· votar


Vocês realmente acham que algumas alíquotas de importação diferenciadas é protecionismo à indústria nacional?


boblau

Prezado, não seria o caso de "uma mão lavando a outra?" Digo, o governo "protege" contra os "importados" e de outro lado "lava a égua" com o produto nacional? Tipo uma máfia, você me paga pra eu te proteger de mim mesmo rsrsrrs

De qualquer forma, sabemos quem ganha né? Triste...

Nefelibata
Veterano
# jul/15
· votar


boblau

Concordo.

MMI

Concordo.

nichendrix

Concordo pra C*ralh*.

Só um ponto: Só que preferimos deixar uns 70% ou mais da população livre de tributos diretos, mas pagando uma carga de tributos indiretos absurda, já que as empresas tem que assumir o financiamento do estado.

Como "estudioso" do nosso direito tributário devo discordar neste ponto. Discordo apenas da parte as empresas tem que assumir o financiamento do estado.

De fato a injustiça do sistema tributário está nisto: deixar uns 70% ou mais da população livre de tributos diretos, mas pagando uma carga de tributos indiretos absurda

Sem ignorar o peso do custo da folha de pagamento e seus encargos, temos que a característica do tributo indireto é justamente o encargo ser pago/suportado por uma pessoa diferente daquela que paga. É o caso do IPI, II, ICMS, ISS, CIDE, IOF, algumas hipóteses de Cofins. Nestes tributos quem efetivamente assume o encargo é o consumidor no momento em que compra o produto/serviço.

Além disso encarecer os produtos e gerar pressão inflacionária quando da alteração de alíquotas (caso do aumento dos combustíveis recentemente), isso gera um problema estrutural que consiste no trabalhador assalariado assumindo o grosso da tributação, comprometendo quase metade de sua renda para sustentar a federação (união/estados/município).

Ainda, aqueles que possuem maior capacidade contributiva pagam menos tributos pois o Imposto de Renda, ITCMD, ITBI, ITR, IPVA e IPTU não atingem quem poderia pagar mais e em alguns casos chega a ser simbólico, como no ITCMD e ITR. Em alguns casos o cara nem paga IR por ser isento, caso do acionista que recebe remessa de lucros/dividendos de uma empresa.

Modernamente, nos países com maior nível de IDH, é ao contrário. Temos impostos indiretos baixos no consumo e tributos direitos altos, essencialmente IR e ITCMD (imposto sobre heranças), que são tributos pessoais inclusive.

Desta forma, paga mais quem pode mais e livra o consumo aumentando o poder de compra do trabalhador, que gera demanda, que gera produção e desenvolvimento.

A questão é: Enfim, nosso sistema é feito pra privilegiar uma pequena parcela que domina o meio politico e tem seus agentes no meio econômico e pra meter com tudo e sem direito nem a um cuspe no resto da população, seja ela patrão ou empregado.

Exatamente. O congresso é formado 80% por empresários e ruralistas. Eles tem o poder de mudar isto. E eles querem aliviar o consumo do trabalhador e passar a pagar mais tributos diretos pessoalmente?

Mais fácil deixar a conta pro trabalhador e ficar esperneando de maneira cínica eternamente como se isto fosse um problema sem solução. O cinismo é tão grande que depois o governo é comuna/bolivariano bla bla bla... Tá ruim? Senta conversa e muda! O interesse é deles próprios, 80% do congresso.

Acontece que eles não estão interessados em justiça. Pra estes, está ótimo do jeito que está.

Nefelibata
Veterano
# jul/15 · Editado por: Nefelibata
· votar


nichendrix

Ah... esqueci de citar duas coisas. Não confundir tributo indireto com substituição tributária e:

Ainda, no Código Tributário Nacional tem um artigo que diz que, no caso de tributo indireto, quem tem legitimidade pra pedir "repetição de indébito" é aquele que efetivamente suportou o encargo e não quem pagou, a não ser que este seja autorizado por aquele.

O que também é um grande problema, mas aí já é outra história.

Abraço

Edit: A Harley inclusive somente manteve uma pequena produção "custom" nos EUA pq os americanos consumidores da marca são muito "puristas" e não aceitam que uma Harley, parte do american life style, não seja... north-american made.

Perks of the fetish...

nichendrix
Veterano
# jul/15
· votar


Nefelibata

Eu acho muito complicado, não porque é impossível mudar o Brasil para melhor, se pensar no aspecto teórico é muito fácil, se pensar na implementação na prática é trabalhoso, mas nada que não tenha sido feito antes em outros lugares. Só que tudo esbarra num único aspecto, você tem que convencer a parte pequena que sairia "prejudicada" que é bom pra ela se prejudicar porque vai fazer um país melhor e que no longo ou longuíssimo prazo vai dar mais resultado para ela também.

Ser humano não foi feito para considerar longo e longuíssimo prazo como uma ameaça real ou um oportunidade de ganho, é uma capacidade que adquirimos, mas que não vem de fábrica, nosso instinto é sempre de curto prazo.

Se pensar bem, não só a corrigir as distorções tributárias, mas as distorções produtivas das nossas empresas ajudaria pra caramba a esses caras ficarem mais ricos no longo prazo, até porque se tornariam bem mais competitivos internacionalmente, mas vai convencer eles, que já tem um passarinho na mão, que se deixar ele voar ele volta com mais outros?

Nefelibata
Veterano
# jul/15
· votar


nichendrix

Concordo. E insisto no arremate do meu post:

Pra eles está muito bom do jeito que está e mudar dá trabalho. Mas, mais do que isso, mudança dá medo.

rcorts
Veterano
# jul/15
· votar


boblau

Sim, mas a culpa disso não é do povo, e sim do governo. E a indústria comentada em questão nestas últimas 2 páginas foi a de eletrônicos, e convenhamos, ninguém acha que importado é melhor do que o nacional, a gente simplesmente tem certeza. Você compra um Sony, Panasonic, Dell ou qualquer outra marca e dura 10x mais com muito mais confiabilidade e eficiência, além de inovação. Realmente, não é só questão de achar.

Nefelibata
Veterano
# jul/15
· votar


rcorts

Sim, mas a culpa disso não é do povo, e sim do governo. E a indústria comentada em questão nestas últimas 2 páginas foi a de eletrônicos, e convenhamos, ninguém acha que importado é melhor do que o nacional, a gente simplesmente tem certeza.

Não é bem assim. Em 2013 o governo petralha deu isenção de impostos sobre a fabricação de smartphones no brasil que deu um grande impulso pra indústria e baixou preços. Sony, LG, Motorolla, Apple, Nokia e etc fabricam aqui telefones e computadores aqui.

rcorts
Veterano
# jul/15
· votar


Nefelibata
nichendrix

Perfeitos seus últimos posts, o que só reforça a ideia de que o maior culpado de termos um sistema que impede o avanço da indústria nacional é o governo. A culpa que o brasileiro (consumidor) tem na verdade é só de aceitar os preços abusivos, já que para a realidade de nosso país até os preços considerados "justos" já são abusivos.

rcorts
Veterano
# jul/15
· votar


Nefelibata
Não é bem assim. Em 2013 o governo petralha deu isenção de impostos sobre a fabricação de smartphones no brasil que deu um grande impulso pra indústria e baixou preços. Sony, LG, Motorolla, Apple, Nokia e etc fabricam aqui telefones e computadores aqui.

Tudo bem, mas uma coisa é empresas multinacionais fabricarem aqui. Gera emprego e de certa forma pode até baratear os produtos. Ok.

Outra coisa seria considerar uma verdadeira indústria nacional, aquela composta por marcas realmente nacionais e empreendedores/ acionistas majoritários brasileiros, que além de gerar empregos e competitividade ainda fariam com que o lucro ficasse retido aqui dentro. E essa não é bem nossa realidade. Se eu estiver errado, fico grato que me expliquem o porquê.

Abç.

rcorts
Veterano
# jul/15
· votar


Nefelibata
Sony, LG, Motorolla, Apple, Nokia e etc fabricam aqui telefones e computadores aqui.

Só uma pergunta, pode ser muita falta de conhecimento minha mesmo. Mas se Sony, por exemplo fabrica telefones aqui dentro, como se explica um smartphone, mesmo sendo top de linha da marca, custar algo em torno de 2 mil reais?

Como se explica um PS4 custando 2 mil reais?

Se pegar a realidade dos EUA por exemplo aparelhos da mesma classe custam em torno de 600 dólares. Bom, como fica isso na prática?

Nefelibata
Veterano
# jul/15
· votar


rcorts

Cara, o problema não é exatamente o governo. É óbvio que o governo do pt teve vários problemas e falhas, especialmente com a dilma. Talvez o maior deles seja a falta de um plano de desenvolvimento nacional de longo prazo ambicioso, abrangente e integrado com várias áreas. O PAC até tenta alguma coisa mas é muito tímido.

Mas a questão não é essa. O problema sério é o congresso nacional formado por bandidos profissionais e uma plutocracia que atende aos próprios interesses. Conforme dito acima, 80% dos parlamentares são empresários e latifundiários que sentem arrepios ao se falar de reforma tributária e política séria.

E nas últimas eleições piorou muito com o perigoso crescimento de uma "bancada evangélica", que já ameaça o estado laico com pautas fundamentalistas e medievais.

O que quero dizer com isto? Explico: não estou defendendo governo nem nada disso. Estou tentando mostrar precisamos enxergar que "o governo" vai muito além do PT e seus aliados bandidos.

Se queremos que o país mude, mais importante que o governo/executivo é o legislativo, pois é o legislador que de fato muda as coisas, aprovando leis e reformas de todo tipo.

Enxergar o mal somente no executivo é exatamente o que um Eduardo Cunha da vida quer. Pq se o pessoal descobrir que o poder de mudar as leis e fazer reformas está com eles; Se as pessoas descobrirem que inúmeros excelentes projetos de reforma propostos pelos poucos parlamentares decentes estão engavetados há anos no congresso simplesmente pq eles querem, as coisas mudam.

Existem uma penca de bons projetos de reforma tributária, por exemplo, engavetados; mas não se fala nada e eles querem que vc acredite que "a culpa é do PT", pq a intenção é substituir os bandidos do PT pelos bandidos deles próprios.

Assim a carruagem passa, os cães ladram, mas nada acontece.

Nefelibata
Veterano
# jul/15
· votar


rcorts

Outra coisa seria considerar uma verdadeira indústria nacional, aquela composta por marcas realmente nacionais e empreendedores/ acionistas majoritários brasileiros

Concordo mas com duas considerações.

Primeiramente, por princípio, numa economia liberal globalizada o conceito de "indústria nacional" é anacrônico. O importante seria produzir, gerar riqueza e emprego. A questão da empresa ser multinacional, nacional hoje é quase meramente jurídica.

Segundo, existem mecanismos legais para que parte das remessas de lucros fiquem no país. No entanto, não se pode limitar isto tanto, senão os investidores ficam desencorajados a investir aqui.

rcorts

Como se explica um PS4 custando 2 mil reais?

Cara, esse assunto dá briga pq tem duas correntes divergentes que explicam o tema.

A primeira responde dizendo "custo brasil".

A segundo responde dizendo "lucro brasil".

Depois de algum estudo, tenho a tendência de concordar com o "lucro brasil", embora os custos no brasil sejam alguma coisa altos e a "burrocracia" seja um inferno.

Mas existe uma forma pragmática de enxergar isto:

Se o custo brasil fosse tãoooo alto mesmo como dizem, alguma multinacional viria produzir aqui? Óbvio que não. Prefeririam a índia, vietnam ou a china mesmo.

O que acha?

nichendrix
Veterano
# jul/15 · Editado por: nichendrix
· votar


Nefelibata

Essa sua ultima resposta, me lembra a entrevista outro dia do Miro Teixeira, em que ele fala que quando o Lula assumiu existiu uma reunião para decidir como conseguir apoio do congresso, parte achava que dava pra tentar com projetos que o interesse fosse multipartidário, mas no fim a maioria achou que isso não iria ser atrativo para a maioria e que eles deveriam atrair os deputados pro lado do governo por meio de ajudas com verbas para projetos de lei (o que mais na frente descambaria para o mensalão, quando nem isso era mais suficiente).

rcorts
Se pegar a realidade dos EUA por exemplo aparelhos da mesma classe custam em torno de 600 dólares. Bom, como fica isso na prática?

O custo real de produção no Brasil é menor que lá, se não fosse não faria sentido eles mandarem a produção deles pra cá, eles passam a ter incentivo fiscal para produzir aqui, então realmente é uma boa pergunta, porque será? Aí é hora de lembrar do vídeo lá que você postou do Gol.

Aí eu pergunto, dada a opção de ter 200-300% de ganho em relação ao custo de produção, você se contentaria com 30%???

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a O mercado brasileiro está falido, acabado sem a menor prospecção de evolução.